Uma nova especialização em recursos naturais. Carlos Frederico Rocha
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- Mario Maranhão Filipe
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1 Uma nova especialização em recursos naturais Carlos Frederico Rocha
2 Por que indústria? Primeira resposta: Relação entre crescimento da produ<vidade da indústria e do tamanho da indústria e crescimento da economia Núcleo endógeno dinâmico do progresso técnico Efeitos sobre infraestrutura e economias de escala Encadeamentos (Hirschman) Indústria fornece externalidades ou spillovers que estão ausentes em outros setores Exis<ria uma maldição dos recursos naturais em que o desenvolvimento dessa a<vidade impediria o crescimento do núcleo endógeno dinamizador Segunda resposta: Estrangulamentos do comércio exterior Elas<cidades renda e deterioração dos termos de troca
3 Par>cipação da Indústria na Economia, a preços constantes e correntes, e PIB per capita, 1991= desindustrialização estabilidade A preços correntes, no início da década de 8, a indústria representav a mais de 4% do PIB. 4 Industrialização crise VA/PIB preços correntes Produção Industrial/PIB PIB per capita Fonte: Série a preços constantes montada por elaboração própria a par<r da PIM- pf e das taxas de variação do PIB. Série a preços correntes, IPEA, hap:// Série PIB per capita IBGE, Contas Nacionais.
4 Pontos de par>da Carlota Perez Fatalidade: América La<na e Ásia: dotação de fatores deu origem a especializações dis<ntas nas cadeias globais de produção processos de aprendizado e acumulação de capacitações dis<ntos Indústrias de montagem (Ásia) mais intensivas em mão de obra Indústrias de fluxo (América La<na) mais intensivas em recursos naturais Possibilidade de cons<tuição de um núcleo dinamizador a par<r da indústria de fluxo (onde capacitações são acumuladas) Equação de Prebisch ou Thirlwall y= x/π y = a taxa de crescimento do PIB, Estrangulamento externo x=(ε.z) taxa de crescimento das exportações, sendo ε, a elas<cidade renda da demanda, e z, a taxa de crescimento da renda mundial, e π= a elas<cidade- renda das importações
5 Maldição dos recursos naturais Reprodução das equações de Sachs e Warner (1995) Taxa de crescimento do PIB per capita Razão entre exportações de recursos naturais e PIB países de baixo crescimento das exportações Taxa de crescimento do PIB per capita Razão entre exportações de recursos naturais e PIB países de alto crescimento das exportações Se um país consegue crescer suas exportações a taxas adequadas não sofrerá dos problemas de maldição dos recursos naturais superação de Prebisch/Thirlwall
6 A pergunta Será que temos capacidade de, a par<r dos recursos naturais, instalar um núcleo dinamizador e superar os problemas de estrangulamento externo?
7 Nova onda de recursos naturais na América La>na: uma oportunidade (?)
8 China e recursos naturais 1% Comércio internacional por grupo de produto, Evolução das Exportações, países selecionados, 1995=1 9% 8% 5 7% 6% 5% 4 4% 3% 3 2% 1% % Non- allocated High- skill and technology- intensive manufactures Medium- skill and technology- intensive manufactures Low- skill and technology- intensive manufactures Labour- intensive and resource- intensive manufactures Primary commodi<es Fonte: UNCTAD. 1 Mundo Argen<na Chile Brasil
9 Evolução do Comércio do Brasil 3E+11 Balanço Comercial, Brasil, Variação do Quantum e dos Termos de Troca das Exportações Brasileiras, ,5E E US$ 1,5E+11 1E E+1 1-5E Superavit Importações Exportações Fonte: Unctad e Grupo de Indústria e Compe<<vidade, IE- UFRJ Crescimento do quantum de importações: 12% Termos de troca Quantum
10 Existe especialização regressiva?
11 Estrutura das exportações Estrutura das Exportações Brasileiras, por grupo de produtos, US$, Bens Agrícolas Commodi<es Industriais Indutores de inovação Outros Commodi<es Agrícolas Petróleo e Gás Indústria Tradicional Fonte: FUNCEX e Grupo de Indústria e Compe<<vidade, IE- UFRJ Estrutura das Exportações Brasileiras, por grupo de produto, US$ constantes, Bens agrícolas Commodi<es industriais Indutores de inovação Commodi<es agrícolas Petróleo e gás Indústria tradicional 22 15
12 Balanço comercial por >po de produto, Brasil, E+1 Processos de montagem 4E+1 2E E+1 Bens agrícolas Commodi<es agrícolas Commodi<es industriais Petróleo e gás Indutores de inovação Indústria tradicional E+1-6E+1 Processos de fluxo - 8E+1 Fonte: Grupo de Indústria e Compe<<vidade, IE- UFRJ.
13 Market share do comércio internacional por categoria de produto, (dados da UNCTAD), % 1,4 1,2 1,8,6,4,2 Argen>na 1,4 1,2 1,8,6,4,2 Chile aprendizado 3 2,5 2 1,5 1, Brasil 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1, Austrália Fonte: UNCTAD
14 Market share do comércio internacional por categoria de produto, (dados da UNCTAD), % Estados Unidos 3 2,5 2 1,5 1,5 Espanha Alemanha Fonte: UNCTAD Market- share do comércio internacional de manufaturas (%) Argen<na Brasil Chile.5.9 Austrália Espanha Alemanha EUA
15 Existe possibilidade de cons>tuição de um núcleo endógeno de progresso técnico? Existe aprendizado?
16 Fonte: Nassif, L. (213) Mudança Estrutural na Economia Brasileira de 1996 a 29: uma análise a par<r das matrizes insumo- produto. Dissertação de mestrado apresentado no Programa de Pós- Graduação em Economia, IE- UFRJ. Variação Real da Produ>vidade, 2-29,5,4,3,2,1 -,1 -,2 -,3 Agropecuária Intermediação financeira, Indústria extra<va mineral Celulose, Papel e Gráfica A<vidades imobiliárias e Total Economia Produção e distribuição de Serviços de informação Comércio Serviços Outros serviços Transporte, armazenagem e Economia sem intermediação Não Metálicos Administração, saúde e Industria Eletro- Eletrônica Construção Outros Química Alimentos e Fumo Metal- Mecânica Complexo Têx<l
17 Cadeia de papel e celulose no Brasil Hectares necessários para produção de 1, milhão t/ano de celulose Evolução da produ>vidade da floresta plantada Fonte: Bracelpa(28), extraído de Vilaschi (29). Fonte: Bracelpa.
18 Oportunidades e Aprendizado no Petróleo
19 E qual é o problema? Não se propõe que os recursos naturais sejam necessariamente uma solução, mas que: São a maior oportunidade de desenvolvimento de a<vidades de alto conteúdo tecnológico no cenário la<no- americano Fornecem alterna<vas para a superação de problemas de estrangulamento externo
20 O grande desafio: de volta às elas>cidades renda y= x/π
21 Lei de Engel Proposta de Carlota nichos de maior valor agregado Problema dificuldade de diversificação e inovação de produtos nos recursos naturais A complementaridade chinesa não é eterna Percentagem da Renda Disponível Dispêndio com Alimentação Total e Par>cipação do Dispêndio na Renda Disponível das Famílias dos EUA, , 25, 2, 15, 1, 5,, , 1., 8, 6, 4, 2,, US$ bilhão Alimentação fora de casa (%) Alimentação em casa (%) Gasto total em alimentação (US$ bilhão)
22 Suécia e UK: capacitação e diversificação Entre 188 e 191, a Suécia saiu de 41% para 55% do PIB per capita britânico Suécia 188, três produtos respondiam por 68% das exportações suecas madeira serrada (4%), aço e ferro (16%) e cereais (12%) : Madeira serrada (26%), papel e celulose (18%), produtos de engenharia (11%) Complexo da madeira con<nuava sendo a principal base para as exportações, mas com uma nova indústria Grupos industriais de fornecedores Grupos industriais responsáveis pela provisão de infraestrutura Ericsson, no ramo de telégrafos, e Asea, no ramo de geradores Evolução do PIB per capita de Suécia e Reino Unido Suécia/Reino Unido (%) Suécia Reino Unido
23 Obrigado!
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