ENCONTRANDO O SEU PARCEIRO NA FUNÇÃO DO PRIMEIRO GRAU
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- Angélica Letícia Salazar Correia
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1 ENCONTRANDO O SEU PARCEIRO NA FUNÇÃO DO PRIMEIRO GRAU Thainara Domiciano e Silva¹(IC), thai_domi@hotmail.com; Ana Cláudia Neves¹(IC), André Luís Braga Souza¹(IC), Bruna Iraides Rodrigues Moreira¹(IC), Fabiana Borges Leite¹(IC), Lilian de Campos Marinho¹(IC), Marques Cardoso dos Santos(IC), Rafael Jeferson de Oliveira¹(IC), Santiago Saymon Cândido de Sousa¹(IC), Walesca Myrelly Thomé¹(IC), Rodrigo Bastos Daude¹ (PQ). ¹ Universidade Estadual de Goiás, Campus Cora Coralina Resumo: Esta pesquisa faz parte de ações desenvolvidas no Programa Institucional de Iniciação a Docência (PIBID) no âmbito do Curso de Matemática da Universidade Estadual de Goiás, Campus Cora Coralina, tendo o Colégio Estadual Aplicação Professor Manoel Caiado como campo de atuação. Tem por objetivo resignificar o ensino de matemática a partir de novos métodos e metodologias e assim contribuir para formação de professores e melhoria nos níveis de aprendizagem. Esta atividade em especifico dedicou atenção especial ao ensino e aprendizagem de funções de primeiro grau devido as dificuldades percebidas nas monitorias e observações. Para isto nos movimentamos no sentido de uma pesquisa participante (MARCONI E LAKATOS) tendo a discussão da relação entre professor, aluno e saber matemática de Fiorentini (1995) como fundante; associado a este tomamos Skovsmose (2000) na importância do ato de investigar para construção do conhecimento matemático. Percebemos que o jogo é de grande importância para a aprendizagem dentro de sala de aula, principalmente por causa da negação da aula tradicional. Palavras-chave: Ensino de matemática. Funções. Jogos. Introdução O presente artigo relata uma experiência realizada no ensino médio do Colégio Estadual Aplicação Professor Manoel Caiado do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID). Após as observações realizadas percebemos as dificuldades em relação as funções de primeiro grau. Nos movimentamos a partir da utilização de um jogo que os levasse a compreender funções e sua relação na vida prática fora da sala de aula. Neste processo fez-se necessário um estudo do ensino matemático a partir da década de 1930, demonstra diretamente ou indiretamente alguns modos de entender, ver e ensinar a matemática. Uma maneira de compreendê-la é a partir da relação professor-aluno-saber matemático (interação), sendo mutável historicamente, ou seja, depende do contexto histórico. Por vezes com modos diferentes, em alguns casos atribuindo importância exagerada as formas do conteúdo matemático, ora delegando papel principal ao professor, outras tomando a matemática como abstrata, ou apenas na sua concretude, algumas ligando-se ao cotidiano e a realidade do aluno.
2 Para facilitar nossa análise, usa-se a postura adotada por Fiorentini (1995) que é chamada de tríade, ou seja, relação professor-aluno-saber matemático, nas tendências ilustradas por este mesmo autor, são elas: formalista clássica, empíricoativista, formalista moderna, tecnicista e suas variações, a construtivista e a sócioetnoculturalista. Para melhor ensino da matemática, autores relatam a importância de um ensino diferenciado por meio da utilização de jogos. Também percebe-se que os professores hoje estão sobrecarregados, não tem tempo de planejar melhor suas aulas, por isso do uso do livro didático em sala de aula para que possa ser suporte na preparação de aula, e com isso a aula se torna tecnicista, usando quadro e livro didático. A desmotivação da matemática vem crescendo, D Ambrósio (2003) argumenta que fazer matemática não é reconhecer os problemas típicos de determinado capítulos, aplicando-lhes, portanto determinadas fórmulas, ou seja, é fazer com que o aluno seja ativo no ensino e aprendizagem, que ele seja autor do seu próprio conhecimento, por meio da investigação que o professor faz em relação ao aluno, sendo assim a peça fundamental no ensino da matemática. Skovsmose (2000) traz para nós a questão de o ato de investigar leva o aluno a pensar, refletir e a partir disso o ganha em aproveitamento das argumentações para a discussão dentro de sala de aula. Para este autor a utilização dos materiais manipulativos faz com que o aluno seja construtor do seu próprio conhecimento, participando da atividade lúdica dentro de sala de aula e neste uso pode-se superar as dificuldades encontradas em sala de aula. Material e Métodos Na busca de métodos diferentes, tomamos a utilização de um jogo matemático, desenvolvido na perspectiva de uma pesquisa participante, ao passo que no inserimos no contexto da escola e ali participamos efetivamente sobre os problemas de aprendizagens dos alunos (LAKATOS; MARCONI, 2003). De forma prática, realizamos uma oficina nas turmas dos 1 ano B, 1 ano C e 1 ano D do ensino médio, com um tempo de 50 minutos em cada turma, agrupando os alunos em duplas e trios, organizada em 4 momentos:
3 1 momento: conversamos com os alunos sobre como o jogo seria importante para ajudar no aprendizado dos mesmos, sobre o conteúdo de funções, já que proporcionaria prazer durante o aprendizado. 2 momento: separamos os grupos e apresentamos os jogos aos alunos deixando que eles pudessem conhecer as cartas enquanto passávamos as regras do jogo, abrimos espaço para que eles tirassem dúvidas sobre o jogo, fizemos uma pequena demonstração do jogo, abordando conceitos de função de 1 grau e a identificação de seus gráficos. O jogo foi elaborado por nós, sendo constituído de 30 cartas, sendo 15 com gráficos de funções e 15 cartas com o comportamento e a lei das funções que dizem respeito aos gráficos, as cartas com as imagens dos gráficos são colocadas viradas para baixo, e com o comportamento da função do primeiro grau, viradas para cima. As cartas com imagens dos gráficos viradas para baixo, os alunos devem pegá-las de forma aleatória, uma de cada vez, e referente as cartas que estão viradas para cima encontrar seu parceiro, ou seja, o comportamento adequado para a carta que está em mãos. E assim se agrupando as cartas de duas à duas, formando pares, ao final deve-se fazer a correção desses pares, cada par correto, ganha-se um ponto e a pessoa que tiver mais ponto vence o jogo. 3 momento: este foi o momento de aplicar o jogo e deixar que os alunos aprendessem mais sobre função de 1 grau e se divertissem, logo abaixo estão fotos de alunos participando na elaboração dos jogos, em que se divertiam encontrando os parceiros.
4 FONTE: SILVA, D. 4 momento: pedimos aos alunos que discorressem um texto relatando a experiência que tiveram com o jogo, e os pontos que julgarem positivo ou negativo da atividade trabalhada e a forma com que nós bolsistas do PIBID administramos a atividade durante a aula. Resultados e Discussão Na turma do 1 ano C, houve algumas conversas paralelas, mas com início da atividade se interagiram para buscar seu parceiro no grupo para descobrir os parceiros de cada carta, a partir disso a turma começou a participar, mas devido à dificuldade em funções do primeiro grau, nessa turma nenhum aluno conseguiu vencer o jogo. Depois nos dirigimos a turma do 1 ano B, não encontramos o problema de conversa e os alunos tiveram participação melhor, nós auxiliamos os alunos tirando até mesmo algumas dúvidas sobre conceitos e reconhecimento dos gráficos e assim tivemos um maior número de acertos por parte dos alunos. Por último na turma do 1 ano D, encontramos a turma mais silenciosa, por causa do alto índice de notas baixas, e pelo fato do professor especificamente nesta sala, avaliar a colaboração de cada um durante a atividade, com a participação dos alunos e desde então muitos concluíram o jogo.
5 Nesta atividade que foi conduzida por nós percebemos a grande dificuldade de analisar o gráfico, seu comportamento, os pontos de intersecção com os eixos e o que seria realmente função do primeiro grau. Auxiliando os grupos no desenvolvimento do jogo notamos essas dificuldades, contudo a partir de dúvidas fomos relacionando com o jogo para que nos próximos gráficos eles conseguissem analisar sozinhos, importante pedir que os alunos façam a produção textual, como veremos um depoimento logo abaixo, para saber o quanto os alunos gostam da utilização do jogo no ambiente escolar. FONTE: SILVA, D. Thainara A partir de várias falas dos alunos, como está acima, percebe-se a importância do jogo dentro de sala de aula principalmente para fixação de conteúdo, por ser uma aula diferenciada e o incentivo que despertamos nos alunos pela matéria. Considerações Finais De acordo com a nossa proposta de trabalho e o que foi desenvolvido tivemos que realizar mudanças, primeiro devido o professor regente já ter discutido com eles a importância dos jogos em sala de aula, e pelo tempo de ser 50 minutos foi pouco na turma do 1º ano, porém não teve como eles produzirem o que achávamos do desenvolvimento do jogo. A partir de todo desenvolvimento da atividade percebemos que o jogo é de grande importância para a aprendizagem dentro de sala de aula, principalmente por causa da negação da aula tradicional, pois proporcionamos uma aula atrativa, interessante, e que buscou em todo momento colocá-los em desafio para ocorrer a
6 aprendizagem, pois precisariam que eles pensassem o comportamento de cada gráfico em suas cartas para vencer o jogo. Então tem-se por meio dos relatos que os alunos usando os jogos tem mais chances de obter sucesso na aprendizagem, fixação de conteúdo, e por ser uma aula diferenciada, dinâmica, extrovertida os alunos participaram mais, e assim conseguiram assimilar o conteúdo com as dúvidas que foram tirando no decorrer do desenvolvimento do jogo. Agradecimentos Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Referências D AMBRÓSIO, U. Educação Matemática: Da Teoria à Prática. Papirus, Campinas, D'AMBROSIO, B. S. Como ensinar matemática hoje? Temas e Debates. SBEM, ano II, n.2., p Brasília: GRANDO, R. C. O Jogo e suas Possibilidades Metodológicas no Processo Ensino-Aprendizagem da Matemática. Dissertação (Mestrado em Educação). 175p. Campinas: FE/UNICAMP, FIORENTINI, Dario. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil. Revista Zetetiké, ano 3, nº 4/1995. FLEMMING, D. M. COLLAÇO DE MELLO, A. C. Criatividade e jogos Didáticos. São José: Saint-Germain, BRASIL. Parametros Curriculares Nacionais.MEC Ministério da Educação Secretaria de Educação Fundamental. Brasília. MEC/SEF, FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, KAMII, Constance; DeVRIES, Rheta. Jogos em grupo na educação infantil: implicações da teoria piagetiana. São Paulo: Trajetória Cultural, LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica 5. ed. São Paulo : Atlas LORENZATO, S. O Laboratório de Ensino de matemática na formação de professores. Campinas: Autores Associados, (Coleção formação de professores).
7 LORENZATO, S. Para Aprender Matemática. 2.ed. rev. Campinas: Autores Associados, (Coleção Formação de Professores). PEREIRA, Olinda. Ensino de geometria no ensino primario em timor-leste: o caso dos materiais manipulativos Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Campinas, SKOVSMOSE, Ole. Cenários para investigação. Bolema. Ano 13, n. 14, SMOLE, K. Jogos de Matemática: de 1 e 3 ano. Porto Alegre: Artmed, (Cadernos do Mathema- Ensino Médio).
Introdução. ¹ Universidade Estadual de Goiás, Campus Cora Coralina
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