PERFIL DO EMPREENDEDOR JOVEM E DO SEU NEGÓCIO

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1 PERFIL DO EMPREENDEDOR JOVEM E DO SEU NEGÓCIO Abril 2016

2 SIGNIFICADOS DE SER UM JOVEM EMPREENDEDOR Não há predominância de gênero: 49,9% Mulheres 50,1% Homens Com relação à faixa etária: Entre 18 a 24 anos 18,0% Entre 25 a 29 anos 31,0% Entre 30 a 34 anos 51,0% O ensino médio é o nível de escolaridade mais comum 53,5% Mulheres investem mais em cuidados com a beleza, vestuário, bomboniere, confeitaria, artesanato e costura Homens dão prioridade a atividades como TI, venda e assistência técnica de eletroeletrônicos, oficina mecânica e distribuição de água e gás 11,6% é o percentual de inadimplência 85,1% dizem que o negócio sobrevive financeiramente de maneira independente Numa escala de 1 a 10, a nota média atribuída à confiança em si mesmo para administrar o negócio: 8,1 20,4% não adotam nenhuma prática de gestão financeira Dentre os que afirmam adotar práticas de gestão das finanças, as mais citadas são: Registros financeiros em planilhas eletrônicas ou cadernos 33,5% Livro-Caixa 27,3% Planejamento orçamentário 26,7% Demonstração mensal de receitas e despesas 23,1% 53,9% Estão no comércio 46,1% Estão no segmento de prestação de serviços 77,8% não possuem sócio 56% têm negócios que faturam até R$60.000,00 por ano Tempo de mercado: 42,4% 21,0% Está ativa por um período que varia entre um e três anos Estão no mercado entre seis meses e um ano Principais segmentos: 14,0% Salão de cabeleireiros/ Esmalteria/ Clínica de estética/barbearia Regime de tributação: 53,5% Optantes do Simples 26,8% Não possuem CNPJ 83,7% dos negócios são classificados como microempresas 8,2% 4,2% 3,8% Loja de roupas/confecções/ moda/vestuário Bares /Restaurante/ Pizzaria/Pastelaria Venda e assistência técnica de celulares, computadores e notebooks 81,1% não trabalham em outras empresas e nem possuem outros negócios 59,9% dos que trabalham em outra empresa querem o desligamento, mas a maior parte (46,9%) admite que isso só vai ocorrer quando houver um faturamento que possibilite ganho igual ou maior ao que possuem hoje 2

3 INTRODUÇÃO Jovem empreendedor é autoconfiante, valoriza a independência profissional e não abre mão de seu negócio Homens e mulheres com nível de escolaridade melhor que a média da população, em geral, e que confiam em si mesmos como realizadores; dedicados ao próprio negócio e com forte inclinação para permanecer à frente dele, ainda que apareçam possíveis ofertas de emprego; profissionais que valorizam sua independência, embora estejam conscientes das dificuldades que terão pelo caminho como altos impostos e a falta de apoio em políticas públicas. Esse é, basicamente, o retrato revelado pela pesquisa Perfil do empreendedor jovem e do seu negócio, conduzida pelo SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. Os objetivos do estudo incluem investigar o significado, as representações e motivações para o empreendedorismo, bem como suas influências e incentivadores; mapear o perfil dos empresários e de suas empresas. Foram entrevistados jovens empreendedores de ambos os sexos, residentes no país e que têm um negócio próprio, independente de sua formalização, com idade entre 18 e 34 anos. 3

4 PERFIL DO JOVEM EMPREENDEDOR Empreender é ser livre para tomar decisões, apesar dos obstáculos a enfrentar Inicialmente, a pesquisa indica que não há predominância de gênero no perfil dos jovens empreendedores, ou seja: a proporção de homens (50,1%) e mulheres (49,9%) é igual. Com relação à faixa etária, a maior parte pertence ao intervalo de 30 a 34 anos (51,0%), seguido pelos jovens de 25 a 29 anos (31,0%) e de 18 a 24 anos (18,0%). O ensino médio (53,5%) é o nível de escolaridade mais comum, mas também há um percentual expressivo de empreendedores com ensino superior completo (36,0%); entre esses, 19,0% já tem pós graduação, totalizando 5,9% dos jovens empreendedores. Outros 9,4% possuem o ensino fundamental. À primeira vista, supõe-se que os jovens empreendedores sejam homens e mulheres com algum dinheiro no bolso para investir, muita disposição para trabalhar e uma infinidade de ideias na cabeça. Mas afinal, o que significa, de fato, ser um jovem empreendedor no Brasil? O estudo indica que há vários significados para esta condição; de todo modo, percebe-se a clara predominância de aspectos como a autonomia e a percepção das dificuldades envolvidas na tarefa, ou seja: os entrevistados sabem que não é nada fácil manter uma empresa funcionando no país, mas acreditam que vale à pena, por que podem ser os donos do próprio destino, no que se refere à profissão. 15,7%, por exemplo, mencionam o fato de não terem patrão e serem donos do próprio negócio, enquanto 13,2% valorizam a questão de serem donos do próprio negócio/impostos altos. Há ainda os que falam em independência financeira e/ou profissional (6,7%) e aqueles que comparam a atividade empresarial à de um guerreiro que precisa se superar diante as necessidades (4,7%). Significados de ser um jovem empreendedor 15,7% 13,2% 6,7% 4,7% Não terem patrão e serem donos do próprio negócio Valorizam a questão de serem donos do próprio negócio/impostos altos Independência financeira e/ou profissional Comparam a atividade empresarial à de um guerreiro que precisa se superar diante as necessidades 4

5 De forma geral, o estudo indica que é bastante positiva a autoconfiança dos jovens empreendedores. Eles foram questionados sobre uma série de atributos relacionados à gestão do negócio, sendo que para cada quesito era preciso dar nota de 1 a 10, considerando o nível de confiança nas próprias capacidades nas atividades de administração, vendas, inovação, planejamento, finanças e marketing/comunicação. À exceção do item Marketing e comunicação (7,6), em todas as áreas a média das notas foi superior a 8,0, com destaque para a Capacidade e autoconfiança de administrar seu negócio com excelência (8,4), Vendas (8,2) e Inovação (8,1). Ser um jovem empreendedor exige que se dê atenção ao próprio negócio, e isso geralmente impede que a pessoa mantenha outras atividades profissionais. Além disso, frequentemente existe o desejo de assumir o protagonismo em todas as decisões profissionais, ou seja: a pessoa não se sente confortável em ser um empregado, e por isso resolve colocar em prática a ideia de montar um negócio. Os resultados mostram que oito em cada dez entrevistados (81,1%) não trabalham em outras empresas e nem possuem outros negócios, principalmente aqueles com menor escolaridade (85,2%). Apenas 8,9% da amostra possuem um emprego formal em outra empresa, enquanto 5,4% garantem trabalhar de modo informal em outra empresa. O desejo de dedicar-se exclusivamente ao próprio negócio também é percebido no estudo, uma vez que seis em cada dez (59,9%) jovens empreendedores que trabalham em outra empresa querem o desligamento; por outro lado, a maior parte dessas pessoas (46,9%) admite que isso só vai ocorrer quando houver um faturamento que possibilite ganho igual ou maior ao que possuem hoje. Outros 30,9% argumentam que primeiro precisam organizar melhor a nova empresa, enquanto 11,7% dizem que o trabalho toma muito tempo e ficam sem condições de dedicarem-se à empresa. Os jovens empreendedores também dão mostras de que acreditam na própria ideia e não estão dispostos a abrir mão dela facilmente. A maioria (57,7%) garante que recusaria uma proposta de emprego formal, pois preferem trabalhar em sua empresa. Além disso, 23,0% aceitariam a proposta, mas iriam conciliar o novo emprego com o negócio (aumentando para 28,0% entre os mais escolarizados). 5

6 PERFIL DO NEGÓCIO DOS JOVENS EMPREENDEDORES Segmentos de atuação são pulverizados, mas estabelecimentos voltados para beleza e comércio de roupas são predominantes O estudo mostra que os jovens empresários brasileiros atuam em segmentos diversos, sem uma atividade que se destaque, embora seja possível perceber certas preferências de gênero: enquanto os homens dão prioridade a atividades como TI, venda e assistência técnica de eletroeletrônicos, oficina mecânica e distribuição de água e gás, as mulheres investem mais em cuidados com a beleza, vestuário, bomboniere, confeitaria, artesanato e costura. 53,9% dos negócios estão no comércio (aumentando para 58,3% entre as mulheres), enquanto 46,1% se encaixam na prestação de serviços (aumentando para 50,5% entre os homens). Os tipos de empresas mais mencionadas são Salão de cabeleireiros/esmalteria/ clínica de estética/barbearia (14,0%, aumentando para 20,6% entre as mulheres), Loja de roupas/confecções/moda/vestuário (8,2%), Bares /restaurante/pizzaria/ pastelaria (4,2%) e Venda e Assistência técnica de celulares, computadores e notebooks (3,8%, aumentando para 6,7% entre os homens). Por tratar-se de um universo essencialmente jovem, é natural que a maior parte dos negócios ainda esteja nos primeiros anos de vida: 21,0% atuam no mercado há seis meses/um ano, enquanto 42,4% dos respondentes afirmam que a empresa está ativa por um período que varia entre um e três anos (aumentando para 47,6% entre as mulheres); e finalmente, 18,5% possuem entre cinco e nove anos de atuação (aumentando para 23,6% entre os homens). Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a crise impacta a abertura de novas empresas em duas direções. A proporção de empreendedores jovens com empresas montadas recentemente é expressiva. Um quinto deles atua no mercado há menos de seis meses. Essa realidade guarda relação com o que acontece no mercado de trabalho. Se, por um lado, a crise afeta a confiança dos consumidores e investidores, por outro ela fecha portas de empregos e com isso faz as pessoas buscarem alternativas de trabalho, diz Kawauti. A proporção de empreendedores jovens com empresas montadas recentemente é expressiva. Um quinto deles atua no mercado há menos de seis meses. Essa realidade guarda relação com o que acontece no mercado de trabalho. Se, por um lado, a crise afeta a confiança dos consumidores e investidores, por outro ela fecha portas de empregos e com isso faz as pessoas buscarem alternativas de trabalho. 6

7 Nove entre dez jovens empreendedores operam em microempresas Considerando a classificação adotada pelo Sebrae, pode-se constatar que 83,7% dos negócios são classificados como microempresas, uma vez que possuem até nove funcionários. A maior parte dos respondentes, entretanto, garante empregar de duas a três pessoas (41,4%). Uma em cada quatro (26,8%) possui apenas um funcionário, e somente 3,5% dos jovens empreendedores empregam entre 10 e 19 colaboradores. No que diz respeito ao regime de tributação adotado, a pesquisa revela que 53,5% são optantes do Simples, além de mostrar que a informalidade ainda é bastante expressiva: 26,8% dos respondentes admitem que a empresa não possui CNPJ, sobretudo entre as mulheres (30,8%), os menos escolarizados (32,9%) e aqueles que residem na região Sudeste (42,0%). Como seria de se esperar, as empresas que exibem maior tempo de atuação são aquelas com maior percentual de formalização: apenas 13,7% das empresas que estão no mercado há mais de cinco anos não possuem CNPJ, contra 31,2% entre as que estão ativas há no máximo um ano. Empreender também parece ser uma ação solitária para a maioria dos jovens entrevistados: 77,8% não possuem sócio, atualmente, sendo que 71,7% nunca tiveram (aumentando para 75,8% entre as mulheres, 78,9% entre os mais jovens e 80,8% entre os menos escolarizados). Considerando apenas os que têm sócio (22,3%), as justificativas mais mencionadas são a possiblidade de dividir investimentos (8,5%) e compartilhar responsabilidades e atividades no dia a dia (7,6%). 26,8% admitem que a empresa não possui CNPJ, sobretudo entre as mulheres (30,8%), os menos escolarizados (32,9%) e aqueles que residem na região Sudeste (42,0%) 7

8 Maioria dos empreendedores fatura até R$ ,00 por ano Pouco mais da metade dos empresários ouvidos na pesquisa (55,7%) garantem que o faturamento bruto chega a R$ ,00 por ano, sobretudo entre as mulheres (60,4%) e os menos escolarizados (62,9%). Outros 26,9% informam que o faturamento vai de R$ ,00 a R$ ,00 com percentual mais expressivo entre aqueles com ensino superior (31,9%). A grande maioria dos empresários afirma que a empresa possui recursos para manter-se sem que seja necessário recorrer a outras fontes: 85,1% dizem que o negócio sobrevive financeiramente de maneira independente, e apenas 10,7% precisam de aportes externos. Já o tempo necessário para o retorno financeiro dos negócios é relativamente curto, uma vez que 76,3% dos entrevistados dizem ter levado menos de um ano para obter lucro mensal após abertura da empresa. Por outro lado, 13,0% precisaram de mais de um ano, enquanto 8,4% ainda não lucraram. Embora grande parte da amostra afirme estar preparada, no que se refere aos recursos necessários à manutenção do negócio, a gestão vai muito além. Administrar adequadamente uma atividade empresarial exige que o responsável tenha capacidade para antecipar problemas e encontrar soluções, saiba planejar receitas e gastos, controlando estoque e fluxo de caixa, e esteja preparado para gerir os recursos humanos e clientes da empresa, dentre outras habilidades. Nesse sentido, o estudo sugere que os jovens empreendedores ainda têm muito a evoluir: um em cada cinco (20,4%) não adota nenhuma prática de gestão, situação que é ainda mais grave entre os menos escolarizados (27,1%). Dentre os que afirmam adotar práticas, as mais citadas são o Registros financeiros em planilhas eletrônicas ou cadernos (33,5%, aumentando para 39,5% entre os mais escolarizados), o Livro-Caixa (27,3%), o Planejamento orçamentário (26,7%) e a Demonstração mensal de receitas e despesas (23,1%). 8

9 O percentual de inadimplência de jovens que admitem estar com o CNPJ da empresa inserido em cadastros de proteção ao crédito, é de 11,6%. Outros 79,1% garantem não estar nesta situação, enquanto 9,3% preferiram não responder. Considerando uma análise para avaliar a relação entre inadimplência e ausência/baixa adesão de práticas de gestão: primeiro, percebe-se que entre as empresas que não adotam nenhuma prática formal de administração a inadimplência é maior 31,3% contra 18,7%; e segundo, por que quanto mais as empresas adotam práticas como os Registros financeiros, o Planejamento orçamentário e a Demonstração mensal de receitas e despesas, menor é a probabilidade de que elas estejam inadimplentes. A boa gestão financeira da empresa não deve ser uma menor preocupação do empreendedor, sob pena de tomar decisões mal informadas e prejudicar o próprio negócio. A administração e o controle financeiro do negócio é vital. Pesquisa do Sebrae mostra que, entre as empresas que fecharam antes de completar um ano, 8% alegam que a principal causa foram os problemas de planejamento e administração. A boa gestão financeira da empresa não deve ser uma menor preocupação do empreendedor. Conquistar clientes e aperfeiçoar os aspectos operacionais do negócio são metas importantes, mas não se deve negligenciar o registro sistemático das entradas e saídas de recursos, sob pena de tomar decisões mal informadas e prejudicar o próprio negócio. Esses dados mostram que a boa gestão também ajuda a pagar contas, explica Kawauti. INADIMPLÊNCIA X PRÁTICAS DE GESTÃO ADOTADAS NA EMPRESA INADIMPLÊNCIA E GESTÃO ESTÁ INADIMPLENTE NÃO ESTÁ INADIMPLENTE (ADIMPLENTE) NÃO SABE/ PREFIRO NÃO RESPONDER Registros financeiros em softwares específicos 14,3% 16,2% 20,5% Nenhuma 31,3% 18,7% 21,8% Livro-caixa 24,0% 27,2% 32,3% Registros financeiros em planilhas eletrônicas ou cadernos 23,7% 36,5% 20,1% Planejamento orçamentário 14,3% 29,7% 16,3% Demonstração mensal de receitas e despesas 14,1% 25,8% 10,9% Gestão do fluxo de caixa 11,8% 19,1% 13,6% Balanço patrimonial 6,6% 7,1% 12,2% Contratação de empresa ou consultor para executar as atividades de gestão financeira 1,1% 1,5% 4,1% Não sabe 2,2% 1,7% 2,7% 9

10 CONCLUSÕES Há vários significados para a condição de ser um jovem empreendedor no Brasil, com predominância de aspectos como a autonomia e a percepção das dificuldades envolvidas. 15,7% destacam a vantagem de não terem patrão e serem donos do próprio negócio; 13,2% mencionam o fato de serem donos do próprio negócio e os impostos altos; 6,7% falam em independência financeira e/ou profissional e 4,7% comparam a atividade empresarial à de um guerreiro que precisa se superar diante as necessidades. Numa escala de 1 a 10, considerando a confiança dos jovens empreendedores em suas habilidades para gerir sua empresa: com exceção do item Marketing e comunicação (7,6), em todos os outros a média das notas foi superior a 8,0, com destaque para a Capacidade e autoconfiança de administrar seu negócio com excelência (8,4), Vendas (8,2) e Inovação (8,1). 81,1% dos entrevistados não trabalham em outras empresas e nem possuem outros negócios, principalmente aqueles com menor escolaridade (85,2%). 8,9% possuem um emprego formal em outra empresa, enquanto 5,4% garantem trabalhar de modo informal em outra empresa. 59,9% dos que trabalham em outra empresa querem o desligamento, mas a maior parte dessas pessoas (46,9%) admite que isso só vai ocorrer quando houver um faturamento que possibilite ganho igual ou maior ao que possuem hoje. 18,5% argumentam que primeiro precisam organizar melhor a nova empresa, enquanto 7,0% dizem que o trabalho toma muito tempo e ficam sem condições de dedicaremse à empresa. 53,9% dos negócios estão no comércio (aumentando para 58,3% entre as mulheres), enquanto e 46,1% se encaixam no segmento de prestação de serviços (aumentando para 50,5% entre os homens). As opções mais mencionadas são Salão de cabeleireiros/ Esmalteria/ Clínica de estética/barbearia (14,0%), Loja de roupas/confecções/moda/vestuário (8,2%), Bares /Restaurante/Pizzaria/pastelaria (4,2%) e Venda e Assistência técnica de celulares, computadores e notebooks (3,8%). 42,4% afirmam que a empresa está ativa por um período que varia entre um e três anos enquanto 21,0% estão no mercado há seis meses/um ano. 83,7% dos negócios são classificados como microempresas, uma vez que possuem até nove funcionários. A maior parte garante empregar de duas a três pessoas (41,4%). Uma em cada quatro (26,8%) possui apenas um funcionário. 10

11 Regime de tributação: 53,5% são optantes do Simples e 26,8% admitem que a empresa não possui CNPJ, sobretudo entre as mulheres (30,8%), os menos escolarizados (32,9%) e aqueles que residem na região Sudeste (42,0%). 77,8% não possuem sócio, atualmente, sendo que 71,7% nunca tiveram. Considerando apenas os que têm um sócio (22,3%), as justificativas mais mencionadas são a possiblidade de dividir investimentos (8,5%) e compartilhar responsabilidades (7,6%). 55,7% garantem que o faturamento bruto chega a R$ ,00 por ano, sobretudo entre as mulheres (60,4%) e os menos escolarizados (62,9%). Outros 26,9% informam que o faturamento vai de R$ ,00 a R$ ,00 aumentando entre aqueles com ensino superior (31,9%). 85,1% dizem que o negócio sobrevive financeiramente de maneira independente, e apenas 10,7% precisam de aportes externos. O tempo necessário para o retorno financeiro é relativamente curto: 76,3% dos entrevistados dizem ter levado menos de um ano para obter lucro. 13,0% precisaram de mais de um ano, enquanto 8,4% ainda não lucraram. 20,4% não adota nenhuma prática de gestão. Dentre os que afirmam adotar práticas, as mais citadas são o Registros financeiros em planilhas eletrônicas ou cadernos (33,5%), o Livro-Caixa (27,3%), o Planejamento orçamentário (26,7%) e a Demonstração mensal de receitas e despesas (23,1%). O percentual de inadimplência é baixo: 11,6% admitem ter o CNPJ inserido em cadastros de proteção ao crédito, 79,1% garantem não estar nesta situação. É possível correlacionar inadimplência e ausência/baixa adesão de práticas de gestão: entre as empresas que não adotam nenhuma prática formal a inadimplência é maior 31,3% contra 18,7%. Quanto mais as empresas adotam práticas como os Registros financeiros, o Planejamento orçamentário e a Demonstração mensal de receitas e despesas, menor é a probabilidade de que elas estejam inadimplentes. 11

12 METODOLOGIA Público-alvo: residentes em todas as regiões brasileiras, com idade entre 18 e 34 anos, de ambos os sexos e que possuem negócio próprio, independente se formalizado ou não. Método de coleta: pesquisa realizada de forma híbrida (coleta via telefone e pessoal), pós-ponderada pelos estados do país e pela localização do empreendimento (capital x interior). Tamanho amostral da Pesquisa: 788 casos, gerando margem de erro no geral de 3,5 p.p para uma confiança a 95%. Data de coleta dos dados: primeira quinzena de março de

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