Previdência Complementar

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1 Gestão Pública e Cidadania Ano IV N o 15 Mai/Jun 2014 Previdência Complementar Funpresp completa um ano, mas ainda encontra resistência dos servidores em aderirem à nova modalidade previdenciária INOVAÇÃO Geoprocessamento auxilia na tomada de decisão SUSTENTABILIDADE PNRS é oportunidade de desenvolvimento e renda REPASSES VOLUNTÁRIOS A importãncia da eficiência do controle interno

2 Fale com os Correios: correios.com.br/falecomoscorreios CAC: ou (informações) e (sugestões e reclamações) Ouvidoria: correios.com.br/ouvidoria SIC: correios.com.br/acessoainformacao TM Rio TM Rio Correios. As melhores soluções que aproximam você e seu eleitor. Mala Direta Postal Serviços de Resposta Selos Personalizados e-dne SEDEX PAC Em uma eleição, tem mais chance o candidato que for mais lembrado pelo eleitor. Por isso, conte com a capilaridade, os serviços e produtos dos Correios para fazer com que o seu nome chegue da melhor forma até quem você quer atingir. correios.com.br/candidato

3 ÍNDICE Leitura Dinâmica O universo da administração pública em poucas linhas 08 Hospital da Criança de Brasília Governo e sociedade encontram caminhos comuns na atenção à saúde 28 Entrevista Francisco Guirado, especialista em negociação conversa com Dinâmica Pública sobre como essa competência pode auxiliar os gestores públicos Capa - Previdência complementar Servidores ainda resistem aderir ao Funpresp, criado há um ano Repasses Voluntários Parte dos recursos da União destinados a Prefeituras de Roraima pode estar sendo desperdiçado por ineficiência dos controles internos dos municípios Hora da Pausa Design, tecnologia e novidades para seu ambiente de trabalho ou de casa Sustentabilidade Plano Nacional de Resíduos Sólidos precisa ser visto pelos gestores públicos como um compromisso com o desenvolvimento sustentável e também como uma oportunidade de geração de emprego e renda para sua região Inovação Utilizar sistemas de informações geoprocessdas pode tornar mais ágeis e acertadas as decisões por parte do setor público 5

4 Multiplataforma Escreva pra gente A Dinâmica Pública é feita para você, gestor. Queremos a sua opinião. Não gostou de alguma reportagem? Gostou de uma em especial? Quer saber mais sobre um assunto? Quer sugerir um tema? Escreva pra gente! redacao@dinamicapublica.com.br Dinâmica Pública é uma publicação bimestral, com distribuição gratuita nacional, dirigida a gestores e a servidores públicos em função estratégica. Conselho Editorial: Henrique Arraes de Souza Rodrigues, Alexandre Barcellos, João Rodrigues Diretor Comercial: Henrique Arraes de Souza Rodrigues Editada pela Editora HB Ltda Os textos assinados por colaboradores não expressam, necessariamente, a opinião da Dinâmica Pública. As reportagens podem ser reproduzidas, desde que autorizado pela equipe e citada a fonte. Escreva para a nossa equipe: redacao@dinamicapublica.com.br Agora você pode ler Dinâmica Pública também em seu tablet ou smartphone. Basta instalar gratuitamente o aplicativo O Jornaleiro, disponível na App Store e na Google Play. Com o aplicativo instalado, você poderá ter acesso a diversos jornais e revistas, incluindo as edições de Dinâmica Pública, que estão vinculadas à categoria Mercado. issn Tiragem: exemplares Anuncie Brasília: (61) / / São Paulo: (11) / Envie para comercial@dinamicapublica.com.br Acesse para publicidade on-line, patrocínio da revista digital e newsletter Para atualizar seu cadastro ou solicitar informações adicionais, envie para: falecom@dinamicapublica.com.br Funpresp divide opiniões Prezado leitor, na reportagem de capa desse mês, um tema que divide opiniões: o Funpresp, fundo de previdência completar dos servidores públicos federais. Há os que alegam que a perda no novo sistema pode desestimular a entrada dos melhores quadros no setor público e com isso gerar um impacto negativo na gestão e nos serviços público. Existem aqueles que acreditam que o novo modelo, se bem gerido, pode até representar um ganho financeiro futuro aos seus associados maior que o modelo anterior. E também, a opinião daqueles que tem a convicção de que independente do ganho individual, a instituição de um modelo de previdência complementar no setor público é uma das ações essenciais para que, em longo prazo, o Brasil reduza seu risco de ter um colapso em seu sistema previdenciário. Abordamos também nessa edição o uso de sistemas de informações geoprocessadas por parte dos gestores públicos. Tudo indica que tais recursos precisam ser vistos como investimentos estratégicos, pois os custos de implementação são pequenos, se comparados ao ganho do gestor público em tomar decisões mais rápidas, acertadas e planejadas. Mais uma vez, tocamos na questão dos repasses voluntários da União. É essencial que gestores municipais contem com equipe qualificadas par evitar que tais recursos não sejam efetivamente utilizados em sua região. As habilidades de negociação e o caso bem-sucedido do Hospital da Criança de Brasília também são assuntos abordados nessa edição de Dinâmica Pública. Desejamos a você uma boa leitura. 6 7

5 Leitura Dinâmica Tecnologia de Irrigação A Embrapa desenvolveu novos sensores para irrigação. A tecnologia, considerada de baixo custo, representa um avanço no manejo e controle da irrigação, seja doméstica ou no campo. O uso de sensores de água para manejo ou controle automático de irrigação é muito importante para melhorar a qualidade, a produtividade e também para prevenir o desperdício de água e doenças de solo. É mais uma tecnologia alinhada com o objetivo da Embrapa de intensificar as pesquisas orientadas para saltos de produtividade, melhoria da qualidade e aumento do valor agregado de produtos com vistas à competitividade e sustentabilidade da agricultura. Com o propósito de reunir informações e facilitar o acesso aos dados científicos sobre a região semiárida brasileira, o Instituto Nacional do Semiárido (Insa), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), lançou recentemente a primeira versão do Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido Brasileiro (Sigsab). Dentre os diversos dados e informações já disponibilizados, estão: levantamento sobre estabelecimentos agropecuários do Semiárido, programas sociais do governo federal, população do Semiárido, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios, Produto Interno Bruto (PIB) do Semiárido, dados sobre rebanhos e produção de cereais no Semiárido e previsão do tempo. Preservação Florestal O BNDES destinou aos governos estaduais da Bahia, Pará e Rondônia R$147,7 milhões para serem aplicados na gestão ambiental. O aporte será feito com recursos do Fundo Amazônia e o montante deve ser utilizado para combater o desmatamento e a degradação florestal. Os recursos apoiarão ações em pelo menos 313 municípios. Dentre as principais ações, destacam-se aquelas voltadas para o fortalecimento da gestão ambiental de municípios e para a consolidação do CAR Cadastro Ambientla Rural, o registro eletrônico de informações espaciais georreferenciadas dos imóveis rurais, com delimitação das áreas de proteção permanente, reserva legal, remanescentes de vegetação nativa, área rural consolidada e áreas de interesse social e de utilidade pública. Conhecimento sobre o Semiárido No acervo digital, lançado no último dia 28 de abril, ainda podem ser encontrados mapas temáticos com informações atualizadas sobre a região, índice de vegetação do Semiárido, biomas, informações demográficas, bacias hidrográficas, entre outros dados. Documentos históricos sobre o período colonial e imperial do Semiárido também podem ser acessadas no Sistema, além dos saberes e iniciativas compartilhados e popularizados desde 2011 pelo programa Semiárido em Foco e das experiências de convivência captadas pelo Semiárido em Tela. As informações abrangem todo o Semiárido brasileiro que se estende por oito estados da região Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe). Capacitação de Professores A Finlândia é uma das boas referências mundiais no que se refere à formação e capacitação de professores. E o CNPq irá apoiar a capacitação de professores da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT) naquele país, por meio do recém lançado Programa Professores para o Futuro, que irá apoiar projetos de pesquisa científica e tecnológica que visem contribuir para a capacitação de docentes. OS professores da RFEPCT serão selecionados para o programa de capacitação por meio de uma chamada pública. Os interessados em submeter propostas devem enviar arquivo com o projeto ao CNPq, por intermédio do formulário de propostas on-line, disponível na Plataforma Carlos Chagas. Serão concedidas bolsas para estudo nas instituições finlandesas University of Applied Sciences (Hamk), University of Applied Sciences (Haaga-Helia) e University of Applied Sciences (Tamk). FINANCIAMENTO No primeiro quadrimestre de 2014, os desembolsos do BNDES totalizaram R%58,8 bilhões. O resultado representa um crescimento de 8% em relação a igual período de O montante foi influenciado pelo setor de infraestrutura, cujas liberações somaram R$21,6 bilhões, atingindo uma expansão de 48% em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado. Os recursos estão vinculados a operações dos setores de energia elétrica, telecomunicações, de transportes metroviário, rodoviário e aeroportos, entre outros projetos estruturantes, que fazem parte do conjunto de investimentos em logística em curso no País. Educação Popular Foi instituído, por meio de portaria, o Marco de Referência da Educação Popular para as Políticas Públicas. O objetivo central é promover um ambiente de reflexão e orientação de práticas propostas pela Educação Popular, para programas, projetos e políticas, sobretudo aqueles originados a partir da ação popular. A expectativa é de que por meio da educação popular, seja possível promover uma maior participação da população brasileira nos debates e proposições de políticas públicas. O Marco foi elaborado de forma participativa e submetido à consulta pública. Ele integra o conjunto de ações previstas na elaboração da Política Nacional de Educação Popular, processo coordenado por um grupo interministerial e por membros de universidades e organizações da sociedade civil, como a Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais e o Instituto Paulo Freire. 8 9

6 Entrevista Francisco Guirado - Professor Especialista em Negociação e autor do livro Treinamento de Negociação Competência para negociar Mestre formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica, pós-graduado em Comunicação Social, em Marketing e em Comércio Exterior, Project Manager Professional, o professor Francisco Guirado Bernabeu, especialista em negociação e autor do livro Treinamento de Nogicação - Desenvolvendo a Competência para Negociar não imaginava que iria cair nas armadilhas da vida. No melhor estilo casa de ferreiro, espeto de pau, não conseguiu convencer seus filhos a passar uma temporada de dois anos em Sevilha, na Espanha, para onde foi designado pelo governo brasileiro com a missão de acompanhar grandes contratos de aquisição de equipamentos. Na negociação e na vida nem sempre concretizamos tudo que planejamos, temos que estar preparados para a ação e ter flexibilidade suficiente para nos adaptarmos às circunstâncias. - admite. Texto Larry Mello Por que o Sr. se interessou em se especializar nesta área? Meu interesse em Negociação surgiu em 2001, quando realizei um curso na J. F. Kennedy Special Warfare Center School, nos Estados Unidos, sobre como negociar em situações de conflito. Foi reproduzido o ambiente da Sérvia, em que os participantes tinham que se relacionar com autoridades governamentais, ONGs, militares de outros países, refugiados, diplomatas, etc. Foi um grande aprendizado. Eu queria montar um treinamento sobre o assunto, mas o destino me levou a fazer um mestrado, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Os dois anos no ITA me deixaram com opiniões 0 ou 1, é ou não é, branco ou preto. Nos primeiros meses de interação com diversos órgãos públicos e privados, descobri que a vida não era bem assim. Não adiantava nada ter boas ideias, um conhecimento fundamentado, se eu não fosse capaz de convencer as pessoas ou ganhar sua confiança para que dessem importância ao que eu estava falando. Alguns colegas me chamaram para ajudá-los a desenvolver projetos em empresas privadas. Percebi que muitas pessoas deixavam de fechar negócios incríveis por falta de habilidades interpessoais. Elas não ouviam corretamente, comunicavam suas ideias de forma incompleta e ambígua, além de ficarem nervosas por nada. Decidi, então, retomar o projeto do treinamento de negociação. Comecei a ler livros de negociação. Muitos livros. Peguei os principais autores no assunto: William Ury, Thompson, Shell, Raiffa, Karrass... Ao estudar esses autores comecei a me aprofundar em determinados aspectos da Psicologia e das relações de poder. Minha leitura passou a incluir Maquiavel, Maslow, Cialdini, Bandler, Carnegie entre outros. À medida que lia os livros, escrevia uma apostila, que de uma folha de papel em branco passou a incorporar 10, 20, 50, 100 páginas. Quando a apostila chegou a 200 páginas resolvi publicá-la e transformá-la em livro. Procurei diversas editoras e fui agraciado pela Ciência Moderna, que publicou meu primeiro livro: Negociadores da Sociedade do Conhecimento. Minhas experiências como professor, o estudo sobre habilidades e competências, somados à leitura de muitos outros livros de negociação, levaram

7 me posteriormente a aumentar a publicação inicial em mais de 100 páginas, além de corrigir e reestruturar alguns capítulos com os quais eu não havia ficado satisfeito na primeira edição. Meu conhecimento de negociação começou a ser aplicado em negociações internacionais, envolvendo grandes fabricantes de aeronaves, como a Boeing, Airbus e Embraer. Além de minhas aulas na faculdade e comecei a ser chamado para ministrar treinamentos em órgãos públicos e empresas privadas. Todos esses conhecimentos e experiências continuaram a ser incorporados no livro. Quando achei que já estava pronto, procurei outra editora: a do SENAC. Essa editora, muito maior e mais bem estruturada, sugeriu que eu mudasse o nome do livro, para que ele fosse mais fácil de ser comercializado. Isso seria um casamento perfeito entre a teoria proporcionada pela leitura e a prática desenvolvida em nossos treinamentos. Essa competência para negociar pode ser aplicada em diversas ocasiões, ou somente para momentos de crise? A competência para negociar pode ser aplicada em todas as situações em que seja necessário chegar a um acordo a partir de interesses conflitantes, como para resolver problemas familiares, com amigos ou no comércio. No ambiente profissional, pode ser empregado em uma grande variedade de situações: gerenciamento de projetos, planejamento estratégico, coordenação de eventos negociamos diversas vezes ao longo de um dia, mesmo sem saber. Nessa época, em que o Brasil vive uma onda de manifestações, e que parte dos governos não demonstra o traquejo adequado para encontrar soluções para cada reinvidicação, o tema Negociação ganha maior relevância? Negociação é um processo de comunicação interativo estabelecido quando duas ou mais partes buscam um acordo, durante uma transação, para atender a seus interesses. Por essa definição, a negociação implica uma troca que possa atender a interesses mútuos. Ela não é a mera persuasão, nem o simples uso do poder de influencia para a imposição de interesses unilaterais, apesar de que esses elementos devam ser estudados e possam ser aplicados em certos tipos de negociação. No meu ponto de vista, na atual conjuntura brasileira, a negociação tem sido aplicada apenas de forma competitiva, induzindo as partes a adotarem o jogo de poder para obterem mais influência: omitem e distorcem informações, estabelecem alianças, usam o poder para maximizar a importância de interesses pessoais ou partidários e para minimizar e até desconsiderar os da outra parte, usam o tempo no limite para exercer pressão. Essas atitudes levam a ressentimentos, induzem a outra parte a querer dar o troco e todos os envolvidos acabam entrando em uma espiral de conflito, com consequências desastrosas para os negociadores e para a sociedade. Dizer, portanto, que a negociação seria a solução para os problemas que atualmente enfrentamos, talvez não seja a melhor colocação, pois as partes estão de certa forma negociando, utilizam o tipo inadequado de negociação, é verdade, mas essa é a forma que aprenderam a utilizar e que lhes gerou os resultados que buscavam, ao longo de suas vidas. A situação fica ainda mais confusa quando uma das partes entra na negociação e, em troca do atendimento a interesses legítimos do outro lado, reivindica coisas ilegais, imorais ou que acabem prejudicando outros segmentos da sociedade não representados nas conversações. O bom uso da negociação, nesse cenário, torna-se cada vez mais difícil - pois além de requerer conhecimento sobre um tema que às vezes não é bem ministrado em treinamentos e cursos escolares - requer também uma mudança de atitude das partes e, acima de tudo, uma mudança cultural. O seu livro pode ser considerado um manual do negociador ou o leitor precisa contar com outros meios e habildiades para obter sucesso? Em meu livro, procurei abordar os conhecimentos e habilidades básicos para que uma pessoa possa ter um amplo conhecimento sobre o que ela precisa para se tornar uma boa negociadora. No entanto, ela não pode achar que simplesmente lendo meu livro ou qualquer outro sobre o assunto vai se tornar uma boa negociadora. Pode aprender muita coisa que melhorará seu desempenho em negociações, mas se ela não possuir as habilidades básicas, como as comunicativas, emocionais, cognitivas e sociais, necessárias para qualquer atividade que dependa de relações interpessoais, como é o caso da negociação, ela vai ter que adquirir essas habilidades, e isso não é fácil. Uma das formas de complementar o conhecimento do livro é por meio de treinamentos. Usamos o método de estudos de casos desenvolvidos pela Harvard Business School, em que as pessoas se colocam na posição do negociador e treinam suas habilidades. Ao final o desempenho é analisado, momento em que são tiradas importantes lições. É importante notar, no entanto, que e aquisição de algumas habilidades depende da modificação de nossas crenças, e é aí que está o problema. Se eu aprendi ao longo da vida que determinado comportamento - como falar sempre mais duro com a outra pessoa - me traz os melhores resultados, por que vou querer mudar? E mesmo que eu queira mudar, por estar convencido que as pesquisas mostram que, a longo prazo, a flexibilidade de ambas as partes sempre traz melhores resultados em uma negociação, como vou mudar minhas crenças? Vai ser necessário treinar, sair da zona de conforto, usar o novo comportamento, errar, voltar a usar, até adquirir uma nova habilidade. Como converter a capacidade de um bom negociador em vatagens para organização? Depende das características de cada organização. Na que eu trabalho, por exemplo, celebramos e gerenciamos os contratos de aquisição e modernização de aeronaves e outros sistemas para a Força Aérea Brasileira, nos quais são envolvidos bilhões de reais. Um bom conhecimento de negociação pode trazer grande economia de recursos, melhorar a qualidade dos sistemas e equipamentos adquiridos, além de melhorar a capacidade operacional da Força Aérea, mantendo ainda um bom relacionamento com os fornecedores e com as diversas organizações com as quais nos relacionamos. Organizações governamentais podem se beneficiar por meio de um adequado entendimento dos interesses envolvidos e a elaboração de leis e políticas públicas que atendam a esses interesses. Quanto à questão ética, o negociador pode ser confundido com um trapaceiro? Depende. Costumo dizer que o domínio de certas habilidades pode ser usado para o bem ou para o mal. O conhecimento de técnicas de persuasão, de relações de poder e de princípios básicos de relações interpessoais pode tanto ajudar a criar um clima de confiança e a solucionar conflitos, como ser uma potente ferramenta de manipulação, induzindo outras pessoas a fazerem o que não desejam, consciente ou inconscientemente. Em nossos treinamentos defendemos a aplicação de alguns princípios, que independente do contexto em que sejam aplicados, sempre serão considerados éticos. É possível incluir a negociação no planejamento 12 13

8 estratégico da gestão pública? No âmbito governamental, as negociações podem ser conduzidas para: celebrar contratos e convênios; elaborar políticas públicas; gerenciar conflitos na execução de projetos, em questões trabalhistas, decorrentes de execução de ações governamentais; estabelecer acordos com o Poder Legislativo, com outros países ou entre os Estados da federação, etc. Uma discussão bem atual sobre a inclusão da negociação no planejamento estratégico da gestão pública diz respeito ao Decreto 8.243, de 23 de maio de 2014, que cria a Política Nacional de Participação Social. Esse decreto possibilita a ampliação e criação de ambientes que, em tese, poderiam ser propícios para abrir diversos fóruns de negociação destinados à atuação conjunta entre a administração pública e a sociedade civil. Entre os instrumentos que podem ser utilizados estão ouvidorias, mesas de diálogo, fóruns, audiências públicas, consultas públicas e ambientes virtuais de participação social. Essa iniciativa poderia ser uma excelente forma de incluir a negociação no planejamento estratégico da gestão pública, mas foi recebida com muita desconfiança pela imprensa e por importantes segmentos da sociedade brasileira. Segundo o Professor Francisco Guirado, para agir de forma ética, o negociador deve seguir os seguintes princípios: Princípio da Legalidade Empreenda sempre ações que estejam de acordo com a lei, a moral e os bons costumes; e que não firam direitos e liberdades individuais. Princípio da Utilidade Empreenda sempre ações que resultem em maior benefício do que em danos para si, para o grupo e para a sociedade da qual você faz parte. Princípio da Eficiência Econômica Empreenda sempre ações que maximizem a riqueza sujeita às restrições legais e de mercado. Princípio da Justiça Social Empreenda sempre ações que não se aproveitem da ingenuidade ou da condição socioeconômica de pessoas menos afortunadas. Princípio da Regra de Ouro Nunca empreenda ações que você não gostaria que outros empreendessem com você. Princípio da Transparência Empreenda sempre ações honestas, claras e verdadeiras, das quais você não se envergonharia de vê-las relatadas na imprensa. Princípio do Interesse Nunca empreenda ações que priorizem interesses pessoais em detrimento dos interesses da instituição que você representar

9 Capa Previdência Previdência complementar engatinha Servidores resistem a aderir ao fundo, que acaba de completar um ano de implementação. Texto Viviane Marques Aposentar-se recebendo o valor do último salário da ativa sempre foi um dos chamarizes para os aspirantes ao serviço público no Brasil. No ano passado, porém, ocorreu a maior mudança recente no regime previdenciário da carreira pública. Criado pela Lei nº , de 30 de abril de 2012, o Fundo de Previdência do Servidor Público (Funpresp) começou a vigorar em fevereiro de 2013, limitando para novos servidores a concessão de aposentadoria no regime de previdência social ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), atualmente no valor de R$ 4.390,24. Para retirar-se da carreira recebendo mais do que isso, é preciso contribuir para o novo fundo de previdência complementar. A questão é que ele ainda não pegou. Segundo a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp -Exe), os fundos que administra ExecPrev e LegisPrev já atraíram mais de quatro mil participantes. De acordo com o relatório de atividades de 2013, considerando-se os servidores empossados em 2013 que recebem acima de R$ 14 mil, houve 51% de adesão. Na faixa salarial entre R$ 10 mil e R$ 14 mil, o percentual foi de 42%. Mas no total o percentual foi de apenas 18%, embora deva-se considerar que boa parte desses novos servidores foram empossados com salários menores que o teto do RGPS. Desinformação, além da falta de cultura corporativa e previdenciária podem ser enumerados como os principais motivos para a baixa adesão. Houve uma mudança total de paradigma na aposentadoria do servidor e isso demanda tempo para ser absorvido e compreendido. O nosso grande desafio no primeiro ano, e em 2014 também, é disseminar informações sobre os planos que administramos ao nosso público, os servidores do Executivo e do Legislativo na esfera federal, afirma Ricardo Pena, diretor-presidente da Funpresp-Exe, que administra e executa também o fundo de previdência dos servidores do Legislativo federal. O Funpresp-Jud, por sua vez, foi constituído separadamente e atende aos servidores do Judiciário. Além da dificuldade de mudança de cultura, a tarefa da Funpresp-Exe de disseminar essa nova cultura fica mais complicada quando se considera que seus fundos contam com 205 patrocinadores, entre órgãos da administração direta, autarquias e fundações, localizados em todo o território nacional. Além disso, há 125 carreiras nos 26 estados e no DF, com suas especificidades e diferenças de remuneração, distribuídas em locais de trabalho. Isso nos demanda um grande esforço de gestão e de comunicação, completa Pena. Especialista em previdência social, o economista Marcelo Caetano, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) acredita que a adesão vai aumentar com o tempo. É uma novidade no setor público, no qual o servidor não precisava se preocupar com a aposentadoria. Em empresas privadas de capital público, como Banco do Brasil, Petrobras e Caixa, certamente os empregados mais antigos já incentivam o ingresso dos mais jovens na previdência complementar, comenta Caetano, referindo-se, respectivamente, aos fundos Previ, Petros e Funcef, que constam entre os maiores do país. E tudo indica que em 20 anos o Funpresp será maior do que todos eles. Só que por pelo menos cinco anos deverá haver um grande esforço para a sua divulgação e aqueles que ingressarem fazerem esse boca a boca, prevê. A Funpresp-Exe tem realizado ações para orientar os servidores sobre os planos, entre as quais estão palestras em cursos de ambientação nos diversos órgãos, atendimento eletrônico via web e presencial. O tema é novo para os servidores e para aderir é necessário estar bem informado, uma vez que é um ato voluntário e facultativo, afirma Pena

10 Ilustração: Assessoria do Funpresp-Exe De acordo com o Decreto nº 7.808/2012, até três entidades fechadas de previdência complementar poderiam ser criadas para administrar e executar os planos de benefícios dos servidores: Funpresp-Exe, para os titulares de cargo efetivo do Poder Executivo; Funpresp-Leg, para funcionários públicos efetivos do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União (TCU), bem como os membros do Tribunal; e, por fim, o Funpresp-Jud, voltado aos servidores do Poder Judiciário. Enquanto a última é uma fundação exclusiva, a Funpresp-Leg optou por juntar-se à Funpresp-Exe, a primeira das três a se estruturar. São fundações de natureza pública, com personalidade jurídica de direito privado e sem fins lucrativos. A Funpresp-Exe é atualmente a entidade em processo mais avançado de estruturação. Segundo seu diretor-presidente, Ricardo Pena, a adesão hoje é de 26% dos servidores enquadrados na nova lei, e a meta é chegar até o fim O que é e como funciona do ano a 30%, o que equivaleria a sete mil participantes. Promoveu concurso público para a contratação de equipe e, em relação aos investimentos, a Fundação está se organizando para licitar uma carteira própria. Hoje, nossos investimentos estão divididos entre o Banco do Brasil e a Caixa, conforme determina a lei de criação da Funpresp. Também vamos abrir a operação para os participantes, ofertando empréstimos com taxas mais vantajosas do que as praticadas no mercado, sinaliza. Internamente, está em curso na entidade um processo eleitoral para a eleição de representantes dos participantes nos conselhos Deliberativo, Fiscal e nos comitês de Assessoramento Técnico do ExecPrev e do LegisPrev. A partir de novembro, começa a gestão compartilhada da entidade. Temos muitas tarefas a realizar que já estão definidas, enquanto outras serão dadas a partir da conjuntura e das decisões do Conselho Deliberativo, que é a instância máxima da Fundação, explica Pena. Baque inicial Apesar de o Fundo de Previdência Complementar do Servidor ainda engatinhar na captação de participantes, Caetano assegura que a criação do fundo foi um acerto no sentido de ajustar as contas da previdência social, mas que não deve ser a única iniciativa. É preciso adequar a previdência à realidade do país. Na iniciativa privada, apenas 5% dos trabalhadores formais ganham acima do teto da previdência. No funcionalismo público o número é um pouco maior. Não faz sentido que esse estrato da população seja atendido pela previdência social, assinala Caetano. Nos primeiros anos, no entanto, as contas da seguridade social passarão por um período de transição e sofrerão um baque. Afinal, um servidor com salário acima do teto, que contribuía para a previdência social com 11% de seus vencimentos totais, repassará esse percentual apenas sobre R$ 4.390,24 (em valores atuais). Para a conta individual do servidor no Funpresp serão descontados até 8,5% da diferença entre o teto e o salário do servidor, além de uma contrapartida da União, de igual valor. Isso significa que, mensalmente, o servidor terá depositado em sua conta de previdência complementar até 17% da diferença entre o que recebe de salário e o teto da previdência social. Segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), o novo regime deve reduzir o déficit da Previdência dos servidores públicos daqui a cerca de 20 anos e zerá-lo ou torná-lo superavitário em até 35, quando os primeiros participantes receberem a aposentadoria. Para Caetano, o Funpresp, sozinho, não resolve o déficit da previdência. Seria muito pior não fazer nada ou optar por aumentar a idade (da aposentadoria), reduzir o valor do benefício ou mudar a sua forma de correção. Mesmo assim é provável que sejam necessárias outras reformas para compensar as distorções que ainda existem, analisa o pesquisador do Ipea. Vale aderir? Entre os servidores, a previdência complementar ainda é vista com aquela desconfiança típica que se costuma depositar no desconhecido. Técnica judiciária no Tribunal Superior do Trabalho (TST), Anna Paula Desimone ingressou no serviço público como professora no município do Rio de Janeiro, em Assumiu seu posto atual no serviço público em 2013, mas segue contemplada pelo RGPS por ter mantido suas contribuições mensais, mesmo no período em que esteve licenciada do cargo para acompanhar o marido militar em outra cidade. Não se interessou pelo Funpresp nem conhece, entre os colegas, alguém que tenha aderido. Sei muito pouco, mas se for semelhante aos (planos) existentes na iniciativa privada acho arriscado para o servidor porque é uma poupança forçada que tira a liberdade do indivíduo de gerir seu próprio dinheiro a longo prazo. Não acho vantajoso, opina. Aqui vale um esclarecimento. Entre uma previdência privada de uma instituição financeira e o Funpresp, o segundo ganha com ampla vantagem, ao não cobrar taxa de administração, apenas uma taxa administrativa de 7% sobre o carregamento mensal. Em termos tributários, há isenção mensal de IR sobre as contribuições, no limite de até 12% da renda tributável. Para quem já tem uma previdência privada em um banco, é possível fazer a portabilidade. Ou seja, o Funpresp é parecido, mas tem vantagens sobre os planos de previdência oferecidos pelas instituições privadas, principalmente pela contrapartida do depósito da União. As vantagens comuns que alcançam todos os servidores são os benefícios tributários dedução mensal das contribuições no IRPF, além da possibilidade de portar recursos de outros fundos de previdência fechada ou aberta (PGBL). E para os servidores antigos que 19

11 queiram fazer um plano de previdência complementar, custa menos que fazer em um banco, uma vez que a Funpresp é uma entidade sem fins lucrativos, ressalta Pena. Débora Andrade, analista tributária da Receita Federal em São José dos Campos (SP), reconhece que, para quem ingressou recentemente, a previdência complementar é uma vantagem, embora, como servidora antiga, também não vá aderir. Para os servidores, era um mundo maravilhoso, mas, sem dúvida, é muito difícil manter uma instituição como a Previdência Social dessa forma. A previdência complementar foi uma decisão necessária e pode ser uma solução a longo prazo, comenta. O diretor-presidente da Funpresp avisa que, para quem permanece nas regras antigas do Regime Próprio de Previdência do Servidor (RPPS), há a possibilidade de adesão como participante alternativo, com contribuições mensais a partir de R$ 79. Neste caso, será uma aposentadoria adicional. Ele terá dedução mensal do IRPF e pode portar recursos de outros fundos de previdência para a sua reserva na Funpresp, uma vez que o custo é bem menor. Também há a possibilidade de o servidor migrar para o Regime de Previdência Complementar, opção na qual o tempo de contribuição no regime antigo será convertido proporcionalmente em um benefício especial. Ou seja, caso faça a adesão ele terá no futuro três aposentadorias: uma oriunda do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), uma do benefício especial e outra da Funpresp, resume Pena. Bônus para aposentadorias especiais pode ser ameaça de insolvência A lei que criou o Funpresp prevê que um percentual de 3,66% da reserva acumulada individual dos participantes seja reservado ao Fundo de Cobertura de Benefícios Extraordinários (FCBE). Além de se destinar às pensões por morte ou invalidez, ele contempla um bônus para as categorias do funcionalismo que, pela Constituição, têm direito à aposentadoria antecipada. Entre elas estão mulheres e professores do ensino infantil, fundamental e médio. Para Marcelo Caetano, pesquisador do Ipea, esse bônus para quem se aposenta mais cedo é o maior problema da previdência complementar do servidor. É um contrassenso porque premia quem contribui por menos tempo. Pode ser um incentivo só para quem vai receber esse bônus aderir, o que, por enquanto, não está ocorrendo, avalia. Para ele, esse fundo dentro do fundo é um ponto frágil que, em casos extremos pode até gerar no futuro uma insolvência, pois o FCBE traz elementos de benefício definido, sistema que prevaleceu até o fim dos anos 1990 e é uma forma insustentável de pagamento de aposentadoria integral. Atualmente, o princípio utilizado é o de contribuição definida (CD), no qual o participante sabe quanto vai depositar, mas só no fim do período acumulado seu benefício a receber poderá ser calculado. Está na lei e não é fácil mudar. Há cálculos atuariais para atenuar esse impacto do FCBE, mas muitas vezes nem a previsão mais conservadora se realiza. E é aí que está o perigo, alerta o economista. Já em relação à resistência de servidores com direito adquirido à aposentadoria integral, Caetano levanta um ponto que talvez passe despercebido à maioria. A previdência complementar é um contrato, no qual vale o que está escrito. A seguridade social está sujeita, por sua vez, à ingerência de governos e mudanças de regras no meio do caminho. É uma questão para se avaliar, diz

12 Gastos Públicos Repasses voluntários O custo da ineficiência Grande parte dos recursos da União destinado a prefeituras de Roraima pode estar sendo desperdiçada pela inef iciência dos controles internos municipais. A carência de servidores especializados em planejamento, gestão f inanceira e controle interno dif iculta a plena utilização dos repasses voluntários da União. Texto Larry Mello A ausência de setor específico de controle interno e a carência de recursos humanos fazem dos municípios do estado de Roraima um arquétipo de ineficiência administrativa. Um levantamento realizado pelo TCU, em ação conjunta com os demais órgãos da Rede de Controle da Gestão Pública e do Fórum Roraimense de Combate à Corrupção, revelou a dificuldade das prefeituras em captar recursos federais. O relatório final aponta uma série de problemas quanto à gestão de recursos federais oriundos das transferências voluntárias. A avaliação demonstrou também inúmeras fragilidades relacionadas a aspectos normativos, organizacionais, operacionais, de procedimentos e rotinas de trabalho, bem como na gestão de patrimônio. Em 10 anos, dos 15 municípios de Roraima, 14 deixaram de utilizar R$ 400 milhões repassados pela União a estados, ao DF e a municípios. As transferências voluntárias são destinadas a programas e ações governamentais, mas dependem da iniciativa dos gestores para que o processo seja desencadeado. A auditoria do TCU ainda aponta carência de servidores especializados em planejamento, gestão financeira e controle interno. A capacitação dos gestores é incipiente Além disso, as funções gerencias são exercidas por pessoas sem vínculo com a prefeitura. Outra condição observada diz respeito a própria continuidade dos processos, uma vez que a estrutura de servidores é modificada a cada eleição. 65% não desenvolvem processo sucessório. O levantamento revela também que dois terços dos servidores que cumprem funções gerenciais nos municípios não possuem conhecimento de suas responsabilidades. 75% dos prefeitos escolhem gestores sem ser baseado em competência. A gerência dos convênios e contratos de repasse exige uma série de controles previstos em legislação. A prefeitura que pretende concorrer a uma das oportunidades, deve elaborar um Plano de Trabalho, com detalhamentos e prazos, e encaminhá-lo, através do SICONV (Sistema de Gestão das Transferências Voluntárias da União), para avaliação técnica e jurídica. A ferramenta digital, desenvolvida pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, está em operação desde O principal objetivo é reduzir as chances de desvio e corrupção, uma vez que cada etapa do processo é constantemente monitorada. Ao se cadastrar no SICONV, o gestor municipal tem acesso a listas dos programas, projetos e atividades de interesse recíproco disponibilizado pelo Governo Federal, com recursos oriundos do orçamento fiscal e da seguridade social da União, Fundo Nacional de Saúde, Fundo Nacional de Assistência Social, Programa Nacional de Alimentação Escolar, por exemplo. Vencida essa etapa, com a devida aprovação, a prefeitura está apta a celebrar o instrumento de parceria. A execução e a prestação de contas são outras fases importantes que também demandam boa condução do controle interno municipal. No período de 2003 a 2012, a União repassou, via transferências voluntárias, cerca de R$ 1,3 bilhões, que correspondeu a mais da metade do total de recursos próprios geridos pelos municípios roraimenses. O TCU detectou que, desse total, 30,71% não foram efetivamente utilizados, por motivos diversos. Entretanto, observou-se que o problema não se resumiu somente à operação do sistema. Segundo informações do 22 23

13 TCU, na auditoria realizada no próprio SICONV, foram encontrados vários indícios de irregularidades, no andamento dos processos relacionados às transferências voluntárias: entidades privadas que foram cadastradas sem que possuíssem, no mínimo, três anos de existência no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ); registros de convênios/contratos de repasse em que o respectivo parecer sobre o plano de trabalho não foi cadastrado no SICONV; transferências voluntárias para entidades inadimplentes, entre outros. As transferências voluntárias, pela relevância e grande cifra de verbas públicas envolvidas, são temas de constante acompanhamento por parte do TCU, seja por meio de levantamentos, auditorias e acompanhamentos, seja por meio da apreciação prévia anual das contas de governo. Nas contas relativas ao ano de 2012, por exemplo, foi verificado que as transferências voluntárias da União a estados, ao DF, a municípios e a instituições privadas somaram R$ 16,3 bilhões, um aumento de 23% em relação a Somente a entidades privadas, foi transferido o montante de R$ 3,026 bilhões no exercício de Os dados do levantamento dão conta de que 93,3% As transferências voluntárias podem ser utilizadas para a execução de programas em diversos eixos temáticos, como a Educação Prof issional e Tecnológica dos municípios de Roraima não possuem procedimentos internos de execução e prestação de contas dos contratos firmados com a União. Para o TCU, os municípios precisam criar órgãos de controle interno e manter uma estrutura permanente de servidores atuando nestas áreas. O TCU acha importante que as prefeituras sejam obrigadas a constituir um setor específico para gestão de contratos firmados junto à União, com um servidor efetivo no mínimo. O auditor federal de controle externo, da Secretaria de Controle Externo em Roraima, Reginaldo Coutinho, explica que o sistema de controle interno, no âmbito de uma prefeitura, visa garantir a integridade do patrimônio público e verificar a conformidade entre os atos praticados pelos responsáveis e os princípios legais estabelecidos, auxiliando o gestor na correta aplicação destes recursos. O TCU acredita, dentre as prioridades de governo, ser altamente recomendável a criação de um setor específico para a gestão de contratos com a União. In loco - Ao longo do ano de 2013, uma equipe de fiscalização integrada, composta por três auditores federias, membros do TCE/RR e do CGU, percorreram os 15 municípios roraimenses, com a finalidade de realizar uma Avaliação de Sistemas Internos Municipais (Ascim). Esse mecanismo destina-se a oferecer subsídios para os gestores públicos implantarem os sistemas de controle interno em cada município brasileiro. Nas visitas às prefeituras de Roraima, foram aplicados questionários de avaliação dos controles internos, entrevistas com os responsáveis pelas atividades de gestão do patrimônio e das transferências voluntárias celebradas com o governo federal. Foram analisadas as prefeituras de Alto Alegre, Amajari, Boa Vista, Bonfim, Cantá, Caracaraí, Caroebe, Iracema, Mucajaí, Normandia, Pacaraima, Rorainópolis, São João da Baliza, São Luiz do Anauá e Uiramutã. Além do objetivo de avaliar controles internos administrativos de municípios do Estado de Roraima, a visita proporcionou maior sinergia entre os membros da equipe, que é integrada por servidores de diferentes órgãos de controle, bem como contribuir com a melhoria da gestão municipal, combatendo à causa das deficiências e auxiliando os municípios a superá-las em busca do desenvolvimento dessas localidades - conta Reginaldo Coutinho, que fez parte do grupo de auditores que fizeram a incursão nos municípios. O relatório final da Ascim-Roraima apontou que 73% dos servidores exercem cargos em comissão, ou seja, não fazem parte do efetivo, contam com vínculo empregatício que compromete a qualidade da função de chefe do controle interno nos municípios, mas 67% destes possuem curso superior, o que provavelmente pode estar ajudando. Para Coutinho, o vínculo empregatício efetivado via concurso público proporciona, a médio prazo, o aprimoramento dos controles administrativos da instituição, uma vez que os servidores, senso comum, sentem-se mais responsáveis e comprometidos com suas funções. Há um fortalecimento da história da instituição, afinal os conhecimentos adquiridos ao longo dos anos permanecerão. De modo contrário, aqueles que exercer cargos em comissão, que são de livre nomeação e exoneração do chefe do executivo, normalmente permanecem no cargo por um período limitado ao do mandato daquele que o nomeou, fazendo com que toda a expertise acumulada não sirva à próxima gestão - recomenda. Apesar de não ser a forma ideal para o tipo de vínculo do chefe do controle interno - se efetivo ou em comissão a contratação é uma prerrogativa do gestor, no âmbito da sua gerência administrativa. Ou seja, não é obrigatório que seja cargo efetivo, mas para o auditor, seria uma boa prática. A ausência de vínculo empregatício efetivo pode não comprometer, mas é altamente recomendável que dentro da estrutura do sistema de controle interno dos municípios haja, ao menos, um servidor efetivo. Para fazer valer o esforço, o TCU recomendou ao MPOG e à CGU obrigar as prefeitura a criarem um setor específico para gestão de contratos com a União e que incluam essa exigência como mais um requisito obrigatório para celebração de transferência voluntárias. No entanto, a medida conferiria às prefeituras mais um desafio, uma vez que a maior parte delas subexistem com baixos orçamentos e carecem de recursos financeiros e humanos. Na opinião 24 25

14 de Coutinho, não há como considerar a medida do TCU mais um obstáculo para se alcançar a eficiência administrativa, tendo em vista que os recursos advindos das transferências voluntárias, muitas vezes, extrapolam até mesmo o próprio Produto Interno Bruto (PIB) do município, o que remete ao entendimento de que todo empenho das prefeituras em obter recursos federais reverteria em vantagens para a população. É notório, portanto, que para bem cumprir alguns dos serviços públicos sob sua responsabilidade, oriundos das competências impostas pela Constituição Federal de 88, estes entes da federação dependem massivamente dos recursos recebidos via transferências voluntárias - rebate. Há intenção de repetir o trabalho, realizado especificamente no estado de Roraima, em outros estados da federação. É óbvio que um trabalho de auditoria não objetiva diretamente encontrar a solução para cada problema. Não obstante, dentro de suas atribuições, o TCU está criando formas de agilizar o processo, uma vez que as demandas socais são urgentes. Além das recomendações ao MPOG e à CGU, o TCU está elaborando projeto de lei que vincule o órgão de controle interno diretamente ao chefe do Poder Executivo Municipal, bem como instituir algumas ferramentas que visam contribuir de maneira preventiva e pedagógica com o aperfeiçoamento da governança e do desempenho dos municípios do Estado de Roraima, em prol da sociedade local, como manuais que auxiliem as atividades de Controle Interno; de Código de Ética; de Estatuto dos Servidores Públicos Municipais;e de Plano de Capacitação para os agentes públicos municipais. Esses novos produtos não pretendem criar novos obstáculos aos gestores, além das previstas na Constituição Federal. Pelo contrário, pretende-se conduzi-los para uma gestão cada vez mais proba e eficiente, cujas fragilidades nos controles dos recursos públicos passem a ser cada vez menos frequentes e, por consequência, gerem economia à gestão - acrescenta. Fonte: TCU 26 27

15 Saúde Hospital da Criança de Brasília Hospital social Governo e sociedade encontram caminhos comuns na atenção à saúde Texto Priscila Crispi Entre os direitos sociais que devem ser assegurados ao cidadão brasileiro, segundo a Constituição Federal de 1988, consta o atendimento e o acesso à saúde, prerrogativa, inicialmente, de responsabilidade do Estado. O aumento crescente da demanda e as deficiências no atendimento e alocação de recursos para o setor despertaram, porém, iniciativas da sociedade civil que fortaleceram o Sistema Público de Saúde (SUS), inaugurando novas lógicas de oferta e gestão do serviço. Esse é o caso do Hospital da Criança de Brasília (HCB), unidade hospitalar terciária, integrada à rede pública de saúde do Distrito Federal e administrada por meio de parceria entre a Secretaria de Saúde do DF (SES/DF) e o Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (ICIPE). O hospital surgiu de uma iniciativa popular e, depois de concluído, foi doado para a União. Sua história está ligada à atuação da Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias, a Abrace instituição reconhecida no Distrito Federal na assistência a famílias de crianças e adolescentes portadoras dessas patologias. Depois de anos atuando na área, a instituição percebeu a necessidade de ir além da assistência às famílias e mobilizou a sociedade civil para erguer um centro especializado para o tratamento integrado e multiprofissional da criança e do adolescente. O terreno para construção do hospital foi, então, cedido pelo Governo do Distrito Federal. Porém, as doações para sua construção vieram da comunidade, somando um custo total de R$ 15 milhões. A aquisição de mobiliário e equipamentos hospitalares se deu por meio do repasse de recursos da SES/ DF; de convênio celebrado entre a Abrace, Ministério da Saúde e Ministério Público do Trabalho; além de recursos captados com empresas. O prédio ficou pronto no ano de 2009, mas só iniciou suas atividades em novembro de Com o intuito de firmar parceria com o SUS e fazer a gestão do hospital, a Abrace decidiu criar o ICIPE. As alternativas eram criar um instituto ou mudar a natureza jurídica da Abrace. Optou-se pela primeira opção, para não prejudicar o trabalho social que vinha sendo feito. No início de 2011, foram retomadas as negociações com a Secretaria de Saúde e assinamos, então, o primeiro contrato - conta Renilson Rehem, superintendente executivo do HCB

16 A última renovação de contrato, feita em fevereiro deste ano, prorroga o acordo por seis anos e disponibiliza mais de R$ 730 milhões para despesas de custeio, fora R$ 20 milhões para investimento em obras. A parceria com o GDF é a única fonte de receita do hospital, que, atualmente, recebe doações apenas de brinquedos. Deste montante, a maior parte vai para a área de recursos humanos. Ampliação Hoje, o hospital oferece vagas em quase todas as especialidades pediátricas para consultas, como alergia, cardiologia, cirurgia pediátrica, genética clínica, ginecologia infanto-puberal, psiquiatria, entre outras. Métodos modernos e alternativos, tanto de diagnóstico quanto de tratamento, como musicoterapia e homeopatia, também são utilizados. A previsão para os próximos anos é que todo atendimento especializado de média e alta complexidade relacionado à criança, no DF e região referenciada, seja feito no HCB, além de oferecer apoio a outras unidades de saúde. O projeto será possível, apenas, com a construção de mais um bloco no prédio, que será erguido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em parceria com a Organização Mundial da Família (WFO). O hospital, porém, continuará sem atender casos de emergência. Rehem explica que, na sua visão, a rede de atendimento à saúde deve funcionar em esquema de escalonamento, por isso, mesmo com a ampliação, é importante manter a vocação do HCB. Se todas as unidades quiserem fazer tudo, não vai funcionar. Ninguém consegue, defende. O Bloco II do HCB compreenderá toda a parte de internação, cirurgias, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Centro de Ensino e Pesquisa e diagnóstico especializado, o que resultará em um aumento de mais de 800% na oferta de leitos de internação. Depois da ampliação, não sei por quanto tempo absorveremos toda a demanda da região, porque ela é sempre crescente. Porém, o planejamento é para um período longo, eu estimo uma década, afirma Rehem. Para o gestor, a incapacidade de atender todos os que precisam de tratamento pediátrico no DF é, justamente, o maior problema do hospital hoje, uma vez que o atendimento está bem resolvido. Mais de 90% dos usuários estão satisfeitos com o tratamento que recebeu no HCB, segundo pesquisas realizadas pela equipe administrativa. Rehem acredita que o grande desafio do SUS é aliar atendimento universal à eficiência. Nesse sentido, considera o modelo de parceria com entes privados para gestão de unidades de saúde uma boa solução. O que interessa é que o atendimento seja público. A população quer ter acesso ao serviço e que ele seja de qualidade. Acho que essas condições a gente oferece, diz o médico. Gestão Tenho muitas reservas em relação à palavra gestão participativa, porque virou um jargão. O que fazemos não é um assembleísmo, não reunimos a equipe para tomar decisões, mas sim pra discutir coisas estratégicas e trocar ideias, diz o superintendente. Rehem explica que o ICIPE possui um Conselho de Administração que é composto por algumas pessoas da sociedade e possui mecanismos de prestações de contas. Além disso, a gestão do HCB conta com um Colegiado Gestor, integrado por superintendentes, assessores e coordenadores das diversas áreas do hospital, que se encontram semanalmente. Porém, as duas instâncias não trabalham sozinhas. Uma vez por mês o Colegiado se reúne com um grupo maior o Grupo Gestor do HCB composto por 60 funcionários de todos os setores, para informá-los das decisões tomadas e ouvir os colaboradores. Essas atitudes visam implementar os princípios e dispositivos da Política Nacional de Humanização (PNH), valorizando os sujeitos implicados no processo de produção de saúde. A Humanização é uma prioridade absoluta para o HCB. Temos adotado uma série de atitudes em busca de assegurar um atendimento humanizado, dentre os quais destacamos os treinamentos frequentes dos nossos funcionários, afirma o gestor, que completa: também temos um canal de diálogo aberto com o paciente, através da Ouvidoria e outros meios, como nosso site. As demandas são avaliadas por diversos setores e chegam na minha mão. Respondo por escrito e assino. A prestação de serviços é, ainda, aliada à pesquisa, fazendo do HCB um hospital de ensino. O hospital ainda não tem programas próprios de residência ou pós-graduação, no entanto, é cenário de estágio obrigatório, residência médica e residência multiprofissional para a Escola de Ciências da Saúdo do DF, a Universidade de Brasília e a Universidade Católica de Brasília. Sua equipe multiprofissional desempenha funções nos eixos de ensino, pesquisa e atendimento médico. Acredito que todo hospital terciário deve trabalhar nessas frentes, pois, nesse campo das doenças menos frequentes e mais complexas, alvo de nossos atendimentos, há muito o que se desenvolver do ponto de vista científico, defende o médico. Como ponto diferencial do atendimento do hospital está a presença de uma vasta equipe de voluntários, possibilitada pela ligação da instituição com a Abrace. O voluntariado é uma diferença efetiva tanto para o paciente HOSPITAL DA CRIANÇA DE BRASÍLIA EM NÚMEROS quanto para a instituição. Eles realizam atividades que vão desde brincadeiras e orientações aos pais até a aplicação de terapias integrativas. Eles auxiliam crianças e adolescentes a passarem pelos tratamentos de uma forma mais leve - conta Rehem. O modelo é inovador, mas inspirado em outras experiências nacionais. Temos realizado visita a vários hospitais em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Em especial, temos uma parceria científica com o Hospital do Câncer de Barretos - conclui. Orçamento médio anual: R$ 122 milhões Área atual construída: sete mil m² Número atual de consultórios médicos: 30 Número atual de leitos de internação: 22 Número de pacientes atendidos até fevereiro de 2014: 842 mil pessoas Número estimado de leitos de internação, com a construção do Bloco II: 200 Estimativa do número de pacientes atendidos por ano, com a construção do Bloco II: mais de 300 mil Número de funcionários (entre servidores cedidos pela SES/DF, celetistas contratados pelo ICIPE e terceirizados): 581 Número de voluntários: mais de 200 Número de prêmios recebidos: 2 (Prêmio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal de Reconhecimento dos usuários, 2013; Prêmio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal de Reconhecimento pelo excelente acesso regulado à atenção especializada ambulatorial, 2012) 30 31

17 Hora da Pausa ambiente descontraído Arquivando todos os cartões Este pequeno arquivo é um acessório bem legal para sua mesa de trabalho. Além de ajudar a organizar todos aqueles cartões de visita, ainda compõe a decoração. Armazena até 500 cartões e custa 12,99 Dólares no Cheias de estilo Sabe aquela chave solta que faz parte de sua vida, mas que não combina com um chaveiro tradicional? Pois bem, no Segredo do Vitório, você encontra uma alternativa bem legal: capas para chaves que são um charme. Amy Winehouse, Jonh Lennon e personagens como Bonequinha de Luxo são algumas das opções. Cada uma custa R$19,90 em Diga não ao desperdício Esse criativo adesivo da torneirinha ao lado do interruptor é uma forma bem diferente e dar o recado de que precisamos evitar desperdícios. Pode ser aplicado junto a interruptores ou torneiras e lembrar as pessoas de desligar a luz ou fechar corretamente o fluxo de água para evitar gastos desnecessários. O preço de cada adesivo é R$39,90 e pode ser comprado na loja virtual Temperatura baixa e uso ergonômico O Cool Feet é super simples de usar e contribui para reduzir a temperatura de notebooks e deixa o equipamento em posição que proporciona o uso mais ergonômico. É formado por quatro pequenos pés que se fixam à parte de baixo dos portáteis por um sistema similar às ventosas. Desenvolvido pelo escritório de design Bluelounge, pode ser comprado pela loja online ao preço de R$52,89. Uma forma bem legal de dar uma renovada no ambiente da casa ou do escritório é mudar as cúpulas de um abajour ou luminária. Sem precisar fazer grandes mudanças, você consegue um toque bem especial. Existem opções bem descoladas na O preço é de R$119,30 para cada peça. Harmonia total Objetos com mais de uma utilidade são sempre mais interessantes. As simpáticas figuras de instrumentos musicais são peças imantadas que serão ótimos enfeites para sua geladeira e que poderão ser usados como descansos de copos que estarão sempre à mão. Uma ótima pedida. Pode ser comprado em e custa R$49,

18 Sustentabilidade Gestão de Resíduos Sólidos Responsabilidade de todos nós A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina responsabilidades que vão além do chamado fim dos lixões. O gestor público terá desafios pela frente, mas também excelentes oportunidades para colocar em prática ações sustentáveis com potencial de estimular o desenvolvimento local, a competitividade empresarial e a geração de renda. Sempre que são abordadas as questões relacionadas ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o fim dos lixões é o primeiro ponto que costuma vir à cabeça dos gestores públicos, sobretudo dos municipais. É claro que investir em infraestrutura e soluções que resultem na destinação adequada dos resíduos é, sem dúvida, um dos mais importantes e complexos passos a serem dados por prefeitos no sentido de adequar seus municípios às determinações da legislação conforme ressaltado em reportagens de edições anteriores de Dinâmica Pública. Contudo, é importante ter em mente que o Plano Nacional de Resíduos Sólidos não se resume às medidas que visam acabar com os lixões que ainda estão presentes na grande maioria dos municípios brasileiros. O gestor público precisa estar pronto para tomar as decisões necessárias, mas principalmente para aproveitar esse momento e elaborar estratégias capazes de fazer com que as ações relacionadas ao PNRS resultem também em estímulos ao desenvolvimento local. Insumos para o próprio município Mesmo uma cidade que já tenha conseguido dar fim aos famigerados lixões deve pensar em reaproveitar ao máximo os resíduos gerados em sua região, destinando aos aterros sanitários somente os materiais realmente inutilizáveis. É muito positivo que os gestores responsáveis por elaborarem os planos municipais entendam que tão importante quanto ter infraestrutura adequada para descartar os resíduos é pôr em prática projetos que gerem benefícios a partir do que hoje é tratado apenas como lixo. Bons exemplos disso são as soluções possíveis para tratar dois problemas que atingem grande parte das cidades: o grande volume de resíduos orgânicos e os entulhos gerados pela construção civil que são descartados sistematicamente nos centros urbanos brasileiros. Com a utilização de biodigestores, o material orgânico se decompõe, gerando gás que pode ser canalizado e alimentar fogões e aquecedores em escolas e outras instalações públicas. Além disso, o restante do material se transforma em adubo de boa qualidade que pode ser utilizado em parques e jardins. Já no caso do entulho gerado por reformas e construções, existem tecnologias que permitem transformar o que a cidade joga fora em insumos para parte das obras do próprio município. As usinas de transformação são capazes de remodelar o entulho em diversas granulações, como areia e brita. Esses insumos reutilizados podem ter diversas aplicações: base para pavimentação asfáltica, fabricação de bloquetes para serem utilizados nas obras municipais etc. Geração de Renda A PNRS prevê ainda que os gestores estabeleçam políticas e estruturas que possibilitem, em conjunto com a sociedade, fazer a separação e a coleta seletiva dos resíduos de forma adequada. Esse é um passo importante, pois amplia o percentual de resíduos em condições de serem reciclados. Além disso, há também a determinação de que indústrias e empresas varejistas invistam em processos visando à gestão responsável dos resíduos em todas as etapas do ciclo de vida do produto, da obtenção da matéria prima ao processo produtivo, consumo e disposição final pós-consumo, conhecida como logística reversa. As diretrizes nesse sentido serão estabelecidas por meio de acordos setoriais firmados com o Ministério do Meio Ambiente. Nesse aspecto é essencial a participação dos gestores públicos no sentido de incentivar e até fiscalizar a destinação adequadas de insumos, produtos e embalagens em todas as etapas de uma cadeia produtiva. É essencial envolver os líderes de cada setor empresarial para que todas as cadeias produtivas que estiverem atuando em uma região se conscientizem da importância de adequarem-se ao PNRS. É um respeito à legislação, ao meio ambiente e às gerações futuras, além de ser um valioso diferencial mercadológico. Isso porque consumidores e investidores veem com excelentes olhos empresas e cidades que crescem de forma alinhada ao desenvolvimento sustentável. Todo esse cenário deve ser visto como uma oportunidade para ampliar a geração local de emprego e renda. Além de fortalecer a 34 35

19 Atuaremos no sentido de contribuir para o aumento da eficiência do setor de reciclagem, aproximando líderes de cadeias produtivas dos diversos atores envolvidos no processo da reciclagem e destinação adequada de resíduos. José Libório, Idealizador do portal Clube de Resíduos cadeia de reciclagem já estruturada em determinada região, a separação adequada dos resíduos e as iniciativas de logística reversa podem atrair novos empreendedores e aquecer ainda mais a economia local. Empresas de transporte, consultorias ambientais, indústria de transformação de resíduo e até iniciativas de tecnologias inovadoras de equipamentos ou TI são exemplos de novos atores econômicos que podem surgir nas regiões em que os gestores modelarem e colocarem em prática uma boa política de gestão de resíduos. Um desses exemplos de inovação é o portal de negócios online Clube de Resíduos, que em breve começará a operar em capitais e regiões metropolitanas do país. De acordo com José Libório, sócio fundador do portal, o objetivo é criar uma ferramenta de negócios, consultoria e certificação que facilite o crescimento e profissionalização da indústria de reciclagem em uma determinada região. Será possível realizar as transações comerciais diretamente pelo portal e com isso ampliar as possibilidades de negócio entre geradores e transformadores de resíduos. Além disso, atuaremos no sentido de contribuir para o aumento da eficiência do setor de reciclagem, aproximando líderes de cadeias produtivas dos diversos atores envolvidos no processo da reciclagem e destinação adequada de resíduos, explica José. O idealizador do portal ressalta ainda que o projeto irá auxiliar seu associado a se enquadrar nas exigências legais. O associado do Clube de Resíduos poderá optar por armazenar seus certificados e relatórios de manejo de resíduos em nossos servidores, disponibilizá-los online para as autoridades ambientais e ter o controle preciso das informações que precisarão ser consolidadas no SINIR, conclui José Libório. O Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR) é mantido pelo Governo Federal e deverá ser utilizado por todas as indústrias e entidades signatárias dos acordos setoriais junto ao MMA. Articulação com outras políticas Outra questão fundamental é a previsão legal de que a PNRS seja articulada também com a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9.795/99), com a Política Federal de Saneamento Básico (Lei11.445/07) e com a Lei /05, que regulamenta os consórcios públicos. As ações de educação e conscientização devem assumir um importante papel para que a sociedade civil mude progressivamente seus hábitos. Estimular o consumo mais consciente do ponto de vista da sustentabilidade e conseguir que a maior parte da população faça a separação correta de seus resíduos são pontos vitais para o êxito em médio e longo prazos. O saneamento, conforme o próprio nome define, é básico. Infelizmente, no Brasil ainda é enorme a parcela da população que não conta com a estrutura sanitária mínima. Proporcionar redes de coleta e tratamento de esgoto e o acesso à água potável precisa ser visto como algo prioritário. A falta de saneamento básico gera problemas ambientais e pode desencadear uma série de riscos à saúde da população. Embora a precariedade nessa área seja muito grande, o momento é favorável aos gestores que tiverem a vontade política para mudar essa situação em sua região. Existem novas tecnologias, como as chamadas fossas ecológicas, que possibilitam soluções pontuais a custos menos elevados e com menor complexidade de execução que as obras de grande porte. A maior parte dos gestores municipais reclama da falta de recursos para realizarem os investimentos prioritários. Sobretudo para os municípios de menor porte, é praticamente impossível conseguir de forma isolada realizar ações relevantes em áreas como saneamento, gestão de resíduos, saúde, educação e mobilidade urbana. O consórcio público, ainda pouco utilizado no país, deve ser avaliado como uma das alternativas mais interessantes para viabilizar projetos de maior complexidade. Essa modalidade possibilita a associação de municípios de uma mesma região para realizar investimentos de maior complexidade e partilhar a gestão de serviços importantes. A atuação integrada é positiva também porque tende a gerar soluções mais abrangentes e capazes de trazer benefícios à população A responsabilidade por descartar corretamente plásticos, metais, vidros, óleos, pneus, papéis e outros resíduos deve ser de empresas, gestores públicos e sociedade em geral. de cidades próximas e que sejam interdependentes. Além disso, os consórcios terão acesso prioritário às linhas de crédito do Governo Federal destinadas às ações relacionadas à Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Desenvolvimento imobiliário O manejo correto dos resíduos sólidos, as condições adequadas de saneamento, a utilização de tecnologias que possibilitam o consumo sustentável dos recursos naturais e o investimento em políticas efetivas de mobilidade urbana são aspectos diretamente relacionados ao conceito de cidades sustentáveis. Tanto nos processos de expansão urbana quanto nas medidas de revitalização das áreas existentes, é estratégico contemplar o desenvolvimento urbano sustentável. Essas práticas geram um reflexo direto no aumento da qualidade de vida da população, o que tende a atrair empreendedores gerando oportunidades de emprego e renda. Esse ciclo leva a uma valorização imobiliária nos bairros e cidades que conquistam tal patamar, o que contribui também para a ampliação do volume de recursos da arrecadação municipal de tributos

20 Inovação Informações geoprocessadas Cada ponto em seu lugar Os inúmeros recursos proporcionados pelo processamento de dados referenciados geograficamente precisam fazer parte do cotidiano dos gestores públicos que queiram tomar decisões mais ágeis e acertadas. Os desafios enfrentados por gestores públicos são complexos. Propor e executar políticas públicas capazes de melhorar os níveis dos serviços prestados à sociedade depende de uma série de fatores, dentre os quais a identificação correta das necessidades, o planejamento adequado das soluções e a disponibilidade de recursos. Mesmo em cenários em que as conjunturas política e financeira sejam favoráveis, há um aspecto essencial para a tomada adequada de decisão de um gestor público: a qualidade da informação que o mesmo tem ao seu alcance. E é exatamente aí que o uso da tecnologia pode se tornar seu grande aliado. Geoprocessamento A definição é relativamente fácil de ser entendida: o geopressamento consiste no armazenamento e análise de dados e informações vinculadas a um determinado local referenciado geograficamente, ou seja, um ponto que tenha sido marcado de forma precisa no globo terrestre, com latitude e altitude exatas. E essa possibilidade relativamente simples de relacionar informações a um ponto geográfico específico abre um número muito grande de excelentes recursos. Para Sérgio Borger, responsável pelo laboratório de pesquisa da IBM no Brasil, são muitas as aplicações e os recursos dos sistemas de geoprecessamento, que podem tornar mais rápido e preciso a resposta por parte do setor público. Ele comenta que tais sistemas ainda são algo em evolução no mundo, e até por isso não existe um caso em que todas as possibilidades tenham sido implementadas de forma integral. Mas, ele ressalta que, de uma maneira conceitual, podemos classificar em cinco níveis o uso dos sistemas de informações geoprocessadas, conforme apresentado a seguir. Gestão de Ativos O primeiro nível de utilização dos sistemas de geoprocessamento por gestores públicos está relacionado à gestão de ativos. Basicamente, é possível mapear quais são os recursos que existem, onde estão alocados e a que parcela da população atende. Os sistemas podem ser preparados para identificar todos os recursos disponíveis em uma determinada área, sejam esses recursos de pessoal, de equipamentos, de infraestrutura e outros. Ter uma visão completa e atualizada desse tipo de informação pode auxiliar o gestor a definir aonde deve alocar novos recursos ou mesmo auxiliá-lo a fazer redirecionamentos que ampliem a eficiência e o resultado de cada ativo. Monitoramento Nessa fase, existem sistemas de informação que utilizam o geoprocessamento de dados e que permitem monitorar eventos específicos e acionar protocolos. Sérgio explica que é possível definir protocolos para diversos tipos de situação. É possível definir procedimentos para eventos relativamente simples, como um semáforo quebrado em um via de grande circulação, ou traçar protocolos mais elaborados para lidar com eventos de maior proporção e complexidade, como o descarrilamento de um trem urbano ou um incêndio de grande porte. Planejamento Sérgio explica que, no terceiro nível, o gestor já terá condições de utilizar as séries históricas dos eventos monitorados na fase dois e, a partir delas, traçar planejamentos específicos para combater tais situações. Um exemplo simples: se há a informação de que um determinado local é inundado 38 39

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