Profa. Cristiane Lourenço
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- Júlio César Paiva de Sousa
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1 Profa. Cristiane Lourenço
2 Uma fábula é uma história curta com características muito especiais. Em Portugal, teve grande valor na tradição oral. Era contada de geração em geração, de avós e pais para filhos e netos, e, sendo curta, era mais fácil de memorizar.
3 A fábula tem duas características principais: 1. As personagens são animais, plantas ou objetos que falam e agem como pessoas. A esta atribuição de capacidades humanas a outros seres ou coisas chama-se personificação.
4 2. A fábula contém sempre uma lição de moral, um ensinamento sobre o comportamento das pessoas. O leitor ou ouvinte da fábula pode encontrar esta lição nas situações contadas na história, ou pode encontrá-la escrita ou dita diretamente numa máxima ou num provérbio.
5 EXEMPLOS DE PROVÉRBIOS A palavra é de prata e o silêncio é de ouro. A união faz a força. Águas passadas não movem moinhos. A necessidade aguça o engenho. Escuta o conselho dos outros e segue o teu. Mais viver, mais aprender.
6 Quase todos os povos do mundo criaram fábulas, atribuindo características humanas a animais e a outros seres. Por isso, estas histórias fazem parte da sabedoria popular. Eram contadas fábulas na antiga Suméria, no Egito e na tradição do povo hebreu.
7 Noutra parte do mundo, as histórias contadas pelos índios da América falavam de situações vividas por animais, como forma de educar os mais novos na difícil arte da sobrevivência.
8 Pensa-se que existiu, na Grécia antiga, um fabulista chamado Esopo, que terá contado histórias como O leão e o rato, A tartaruga e a lebre, ou A raposa e o corvo. As fábulas eram usadas na educação grega como exercício de treino na aprendizagem dos estudantes. Mais tarde, Fedro, um poeta latino, divulgou-as entre os romanos.
9 Nesta obra, várias histórias protagonizadas por animais pretendiam transmitir sabedoria de vida a três jovens príncipes. Na Índia, ainda antes de Cristo, havia uma coleção de fábulas chamada Panchatantra, que, mais tarde, foi reinventada pelos árabes.
10 Todas estas fábulas foram viajando através do tempo e das diferentes culturas, sendo reinterpretadas e servindo de inspiração a muitas outras histórias.
11 Criador da fábula moderna, serviu-se deste tipo de histórias para descrever e criticar a sociedade do seu tempo. O fabulista francês Jean de La Fontaine, que viveu no século XVII, recontou mais de duzentas fábulas em verso.
12 A fábula é, assim, uma forma narrativa muito antiga que continua a despertar a curiosidade de muitos leitores. Os animais são personagens com características bem definidas e que ajudam a mostrar vários aspetos do caráter das pessoas: vaidade, bondade, orgulho, inteligência, persistência, etc.
13 A palavra fábula tem origem no latim (significa relato, história ) e, ao longo do tempo, também adquiriu o significado de história imaginária, inverosímil. Ainda hoje usamos a palavra fabuloso, para caracterizar tudo o que seja extraordinário, admirável e, de certa maneira, maravilhoso.
14 Podemos mesmo dizer que uma fábula é um conto em que as personagens falam sendo animais e que há sempre uma frase a ensinar-nos alguma coisa para não cometermos erros.
15 Fábula Texto Narrativo Profa. Cristiane Lourenço
16 Texto Narrativo Narrar é relatar fatos ou acontecimentos. Todos os dias contamos fatos reais ou imaginários. Por exemplo, quando relata ao seu melhor amigo algo que aconteceu numa aula ou no dia em que foi à praia com a sua família. Nestes casos está fazendo uma narrativa oral.
17 O texto narrativo é um texto em que o narrador conta uma história, real ou imaginária, onde entram personagens que se envolvem numa ação, situada num espaço e tempo concretos. Texto Narrativo
18 Texto Narrativo O narrador é aquele que conta a história e pode: participar como personagem (utilização da 1.ᵃ pessoa); Exemplo: Partimos para a capital, cheios de entusiasmo. não participar e narrar apenas o que observa (utilização da 3.ᵃ pessoa). Exemplo: O Afonso trepou à árvore e de lá conseguiu alcançar o vasto horizonte.
19 Texto Narrativo As personagens são os intervenientes na ação e, conforme o seu papel, podem ser: principais (desempenham um papel de maior importância); secundárias (têm uma participação ocasional). As personagens são normalmente caracterizadas: fisicamente; Exemplo: Tinha uns grandes olhos verdes e o cabelo ondulado. psicologicamente. Exemplo: Era um rapaz tímido, que gostava de se isolar no seu quarto.
20 Texto Narrativo O espaço é o local ou locais onde os acontecimentos se desenrolam. Exemplo: Avançou pela rua ladeada por árvores de grande porte. O tempo é o momento ou momentos em que decorre a ação, marcado pelo relógio e pelo calendário. Exemplo: Partiu ao início da manhã, com a mochila às costas.
21 Texto Narrativo A ação é o conjunto de acontecimentos que têm lugar ao longo da narração. Uma narrativa geralmente tem três partes essenciais: introdução (situação inicial); desenvolvimento (peripécias); conclusão (desenlace).
22 Texto Narrativo Num texto narrativo há momentos de: narração (relato de acontecimentos onde predomina o pretérito perfeito); Exemplo: O comboio partiu à hora marcada. Francisco olhou pela janela e viu o relógio da estação afastar-se lentamente.
23 Texto Narrativo descrição (caracterização das personagens, dos ambientes, etc., onde predomina o pretérito imperfeito); Exemplo: A sala tinha uns enormes cortinados que filtravam a luz do sol. diálogo (conversa entre as personagens). Exemplo: O que é que te aconteceu?! perguntou Maria ao seu amigo. Nada de especial. Atrasei-me porque adormeci.
24 Texto Narrativo Quando se escreve um texto narrativo, deve-se: organizar as partes da história; escrever o texto; reler e proceder a eventuais correções.
25 FÁBULAS E PROVÉRBIOS Profa. Cristiane Lourenço
26 Certo dia uma águia olhou para baixo, do alto do seu ninho, e viu uma coruja. Que estranho animal! - pensou consigo mesma. Certamente não se trata de um pássaro. Movida pela curiosidade, abriu suas grandes asas e pôs-se a descer voando em círculos Ao aproximar-se da coruja perguntou: - Quem é você? Como é seu nome? - Sou a coruja - respondeu o pobre pássaro em voz trêmula, tentando esconder-se atrás de um galho. - Ha, ha! Como você é ridícula! - riu a águia, sempre voando em torno da árvore. Só tem olhos e penas! Vamos ver, acrescentou, pousando num galho, - vamos ver de perto como você é. Deixe-me ouvir melhor sua voz. Se for tão bonita quanto sua cara vou ter que tapar os ouvidos. - Enquanto isso a águia tentava, por meio das asas, abrir caminho por entre os galhos para apanhar a coruja. Porém um fazendeiro havia colocado, entre os galhos da árvore, diversos ramos cobertos de visgo, e também espalhara visgo nos galhos maiores. Subitamente a águia viu-se com as asas presas à árvore, e quanto mais lutava para se desvencilhar, mais grudadas ficavam suas penas. A coruja disse: - Águia, daqui a pouco o fazendeiro vai chegar, apanhar você e trancá-la numa grande gaiola. Ou talvez a mate para vingar-se pelos cordeiros
27 CARACTERÍSTICAS DA FÁBULA Apresenta os elementos narrativos (ação, personagens, narrador, local e tempo) a narrativa é curta as personagens, geralmente, animais ou objetos personificados traz uma reflexão no final tem uma moral. ESTRUTURA DA FÁBULA Tem a estrutura de uma narrativa com: contexto inicial, problema, tentativa de solução, resultado final e moral.
28 Uma lamparina cheia de óleo gabava-se de ter um brilho superior ao do Sol. Um assobio, uma rajada de vento e ela apagou-se. Acenderam-na de novo e lhe disseram: - Ilumina e cala-te. O brilho dos astros não conhece o eclipse. Moral da Estória: Que o brilho de uma vida gloriosa não te encha de orgulho. Nada do que adquirimos nos pertence de verdade.
29 UM DIA DA CAÇA, OUTRO ATENÇÃO ÀS SEGUINTES DO CAÇADOR ORIENTAÇÕES: - Texto de 10 (dez) a 15 (quinze) linhas; - Coloque um título na sua redação; - O texto deve ter ligação lógica com o dito popular proposto; - A redação deve apresentar as características da fábula; - Não faça rasuras; - Faça letra legível, utilizando caneta esferográfica de tinta azul ou preta; - Construa seu texto segundo a norma culta da língua.
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