VERA LÚCIA GARCIA PROCESSAMENTO AUDITIVO EM CRIANÇAS COM E SEM DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "VERA LÚCIA GARCIA PROCESSAMENTO AUDITIVO EM CRIANÇAS COM E SEM DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM"

Transcrição

1 VERA LÚCIA GARCIA PROCESSAMENTO AUDITIVO EM CRIANÇAS COM E SEM DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina para obtenção do Título de Doutor em Ciências dos Distúrbios da Comunicação Humana: Campo Fonoaudiológico. São Paulo 2001

2 VERA LÚCIA GARCIA PROCESSAMENTO AUDITIVO EM CRIANÇAS COM E SEM DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina para obtenção do Título de Doutor em Ciências dos Distúrbios da Comunicação Humana: Campo Fonoaudiológico. São Paulo 2001

3 Garcia, Vera Lúcia Processamento auditivo em crianças com e sem distúrbio de aprendizagem. / Vera Lúcia Garcia. - - São Paulo, xxii, 298p. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Programa de Pós-graduação em Distúrbios da Comunicação Humana: Campo Fonoaudiológico. Título em inglês: Auditory processing in children with and without learning disabilities. 1. Aprendizagem. 2. Percepção auditiva.

4 COORDENADOR: Prof. a Dr. a ALDA CHRISTINA L. DE CARVALHO BORGES Professor Adjunto da Disciplina de Distúrbios da Audição do Departamento de Otorrinolaringologia - Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina. ORIENTADOR: Prof. Dr. YOTAKA FUKUDA Professor Associado, Livre-Docente da Disciplina de Otorrinolaringologia do Departamento de Otorrinolaringologia - Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina. CO-ORIENTADOR: Prof. a Dr. a LILIANE DESGUALDO PEREIRA Professor Adjunto da Disciplina de Distúrbios da Audição do Departamento de Otorrinolaringologia - Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina.

5 Pode-se viver no mundo uma vida magnífica, quando se sabe trabalhar e amar; trabalhar pelo que se ama e amar aquilo em que se trabalha. (Tolstói)

6 DEDICATÓRIA

7 À DEUS, Que me guiou rumo ao crescimento pessoal e profissional. Aos meus pais, JAMIL e IRENE, Por todo amor e dedicação, hoje e sempre. Por me incentivarem e apoiarem em todos os meus pequenos e grandes sonhos. Ao FELIPE, meu filho, Por seu amor mais puro, sua alegria contagiante e sua espontaneidade desconcertante. Por toda a sua sensibilidade e apoio, expressos em palavras e ações de encorajamento, durante a execução deste trabalho. Ao CLAUDIO, meu marido, Por seu amor, apoio, paciência e colaboração. Por suas preciosas sugestões. Por compartilhar todos os momentos da minha vida.

8 Ao Prof. Dr. Yotaka Fukuda e Prof. a Dr. a Liliane Desgualdo Pereira por terem partilhado de toda esta jornada e pelo muito que contribuíram à minha formação profissional.

9 AGRADECIMENTOS

10 Ao Prof. Dr. Yotaka Fukuda, pela dedicação na orientação deste trabalho, pela sua amizade, pelo seu apoio na realização dos meus objetivos e incentivo durante toda a minha formação profissional. À Prof. a Dr. a Liliane Desgualdo Pereira, por sua dedicação na co-orientação deste trabalho, por seu exemplo profissional, por sua amizade, sua disponibilidade e generosidade em dividir toda sua experiência na área do processamento auditivo. À Prof. a Dr. a Alda Cristina Lopes de Carvalho Borges por seu incentivo, disponibilidade e amizade sempre presentes. Aos professores do curso de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, pelo exemplo profissional, por sua amizade, e incentivo à minha formação profissional. Às Sra. Roseli e Sra. Célia Pellegrini Tonin, funcionárias da Disciplina de Distúrbios da Comunicação Humana, por toda colaboração e disponibilidade.

11 Ao Dr. Herculano Dias Bastos, Secretário da Saúde da Prefeitura Municipal de Botucatu, pela autorização e suporte técnico para realização deste trabalho. Aos membros do Programa de Saúde Escolar de Botucatu, particularmente à coordenadora do programa Dr. a Eliana Goldfarb Cyrino, do Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UNESP - câmpus de Botucatu, às fonoaudiólogas Maria Edite Cassetari Monteferrante e Sandra Maria Elias Megid e à médica Dr. a Telma Lemos por todo apoio e amizade na realização deste trabalho. Aos amigos da Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Botucatu, em especial ao Dr. Jaime Olbriel Neto, assessor da Secretaria da Saúde, Sra. Cleusa Maria Tavares Barriquelo, Sra. Vilma Bressan Frieza de Andrade, Iara Cristina der Souza Albano Cavalari e Ioni Fátima Mathias, funcionárias da Secretaria de Saúde, pelo carinho e atenção com que me receberam.

12 À Sra. Beatriz de Oliveira Souza, diretora da Escola Estadual Prof. Martinho Nogueira, Sra. Ana Rosa Fernandes Soares, vice-diretora da Escola Estadual Prof. Martinho Nogueira, Mirna Magnuson e Ester Porto Pereira, coordenadoras pedagógicas da Escola Estadual Prof. Martinho Nogueira, pela autorização para a realização deste trabalho, por toda ajuda e dedicação para com os alunos. Às professoras da Escola Estadual Prof. Martinho Nogueira por toda ajuda na realização deste trabalho e disponibilidade. Ao Sr. Edson Aparecido Martins, coordenador pedagógico da Escola Estadual Prof. José Pedretti Neto, pela autorização e ajuda na testagem dos indivíduos na fase final deste trabalho. À Prof. a Creuza Vitalino, Andréa Bueno Benito e Regina B. Mondelli pela realização das avaliações psicológicas deste estudo. concedido. À Universidade do Sagrado Coração pelo afastamento

13 Aos professores da Dalhousie University, particularmente à coordenadora do curso Dr. a Joy Armson e aos professores Dr. a Elizabeth Kay-Raining Bird, Dr. a Christine Santilli, Dr. George T. Mencher e Dr. Dennis P. Phillips, pelo carinho com que me receberam, pela atenção dispensada e pelo muito que puderam contribuir para minha formação profissional. estatístico dos dados. Ao Prof. Marcos T. Maeda pelo cuidadoso tratamento À Prof. a Ms. Léa Sílvia Braga de Castro Sá pela criteriosa revisão sintática e ortográfica. À Sra. Meire, bibliotecária da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP câmpus de Botucatu, pela cuidadosa revisão das referências bibliográficas. inglês. À Prof. a Ms. Valéria Biondo pela versão do resumo para o

14 À Prof. a Dr. a Maria Francisca Colella dos Santos, Prof. a Dr. a Dione Cusin Lamônica e Adriana Rosa Lima Mancuso pelo material cedido. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq pela bolsa de estudos concedida. Aos amigos do curso de pós-graduação por partilharmos o mesmo caminho científico. apoio e incentivo. Aos amigos da Universidade do Sagrado Coração por todo Aos meus alunos da Universidade do Sagrado Coração por entenderem que o aprendizado é uma troca onde todos crescem. Aos meus familiares e amigos por todo amor, incentivo e apoio mesmo a distância, indispensável à execução deste trabalho.

15 À amiga Maria Edite Cassetari Monteferrante por sua amizade sincera, sua meiguice e seu jeito especial de transformar as coisas difíceis em simples. À Eliana Goldfarb Cyrino e Antônio P. Cyrino por sua amizade e incentivo à minha carreira profissional. Às fonoaudiólogas Karin Zazo Ortiz, Marisa Sacaloski, e à psicóloga Ana Lúcia Teixeira de Souza pelo carinho e amizade. À indispensável colaboração e carinho de todas as crianças e suas famílias que participaram desta pesquisa. O MEU MUITO OBRIGADA.

16 LISTA DAS PRINCIPAIS ABREVIATURAS cm - centímetros db - decibel Hz - Hertz ms - milissegundos NA - nível de audição NS - nível de sensação NPS - nível de pressão sonora SRT limiar de recepção da fala

17 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 1 Pág. 2. LITERATURA MATERIAL E MÉTODO RESULTADOS DISCUSSÃO CONCLUSÕES RESUMO SUMMARY REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FONTES CONSULTADAS ANEXOS

18 INTRODUÇÃO

19 Introdução A avaliação audiológica do sistema auditivo central é relativamente recente, e data de meados da década de cinqüenta, com a publicação do trabalho de BOCCA, CALEARO & CASSINARI (1954). Os primeiros trabalhos relacionados com processamento auditivo central enfocaram principalmente o topodiagnóstico de lesões em adultos e foram classicamente denominados como pertencentes a uma abordagem médica, que tinha como objetivo realizar o diagnóstico diferencial de patologias do sistema auditivo central. O aumento da sofisticação radiológica e de procedimentos de obtenção e análise de imagem, resultaram em uma mudança no foco da pesquisa nessa área que, atualmente, procura estabelecer correlações entre o processamento auditivo central e os distúrbios de linguagem e aprendizagem (KEITH, 1996). No Brasil, os estudos se iniciaram em meados da década de 80 com a tradução e proposta do teste de Escuta Dicótica de Dissílabos Alternados - SSW - para o português por BORGES (1986). Nos Estados Unidos, uma falta de consenso sobre como definir o processamento auditivo central levou a American Speech-Language- Hearing Association (ASHA) a convidar pesquisadores da área, a estabelecer diretrizes sobre o assunto em março de Através desse estudo, concluiu-se que o processamento auditivo central consiste de mecanismos e processos responsáveis pelos seguintes fenômenos 2

20 Introdução comportamentais: localização e lateralização sonora; discriminação auditiva; reconhecimento de padrões auditivos; aspectos temporais da audição, que incluem resolução temporal, mascaramento temporal, integração temporal e ordenação temporal; performance auditiva na presença de sinais acústicos competitivos; e performance auditiva na presença de sinais acústicos degradados (ASHA, 1995, 1996). Esses mecanismos e processos podem ser avaliados utilizando-se estímulos verbais e não-verbais. Em consonância com essa recomendação, considerase uma alteração do processamento auditivo central, qualquer deficiência em um ou mais dos comportamentos elencados. No Brasil, PEREIRA (1997b) destacou que o termo processamento auditivo central deve ser utilizado para referir-se à serie de processos que envolvem predominantemente as estruturas do sistema nervoso central: vias auditivas e córtex. A autora considerou a desordem do processamento auditivo central como sendo um distúrbio da audição no qual há um impedimento da habilidade de analisar e/ou interpretar padrões sonoros (PEREIRA, 1993a, 1997a, 1997b). Muitos mecanismos e processos neuro-cognitivos estão envolvidos em tarefas de reconhecimento e discriminação auditiva. Alguns estão especificamente relacionados aos estímulos acústicos, enquanto outros, não estão, como, por exemplo, o processo de atenção e de 3

21 Introdução representação da linguagem a longo prazo. Estes processos e mecanismos são próprios do indivíduo que os ativa ao receber estímulos externos por diferentes vias sensoriais. O termo processamento auditivo central refere-se particularmente à ativação destes processos e mecanismos que estão envolvidos apenas no processamento de informações auditivas, recebidas via sentido da audição. Em uma conferência sobre diagnóstico do processamento auditivo em crianças em idade escolar (JERGER & MUSIEK, 2000), propôs-se a substituição do termo desordem do processamento auditivo central, para desordem do processamento auditivo, uma vez que evitaria a denominação anatômica, e enfatizaria a interação de distúrbios nos níveis periférico e central. Segundo o relato dessa conferência, o termo desordem do processamento auditivo pode ser amplamente definido como um déficit no processamento da informação, que é específica da modalidade auditiva. Neste trabalho, a alteração dos processos e mecanismos envolvendo o processamento da informação auditiva, foram denominados de desordem do processamento auditivo, acatando a recomendação proposta. É de consenso que a desordem do processamento auditivo pode estar associada a dificuldades de recepção auditiva; compreensão da fala; desenvolvimento da linguagem e aprendizagem (JERGER & MUSIEK, 2000). A aquisição da linguagem oral depende do 4

22 Introdução processamento da informação acústica e, qualquer que seja o mecanismo central envolvido, ele deve permitir à criança aprender a linguagem oral. Isto requer o processamento auditivo da linguagem oral recebida. Evidências de tal correlação puderam ser estabelecidas com os estudos realizados por Paula Tallal, desde a década de 70, em crianças com distúrbio linguagem que apresentaram dificuldade em processamento temporal de estímulos auditivos (TALLAL & PIERCY, 1973). A associação entre processamento da informação auditiva e aprendizagem já foi levantada por alguns autores, que utilizaram diferentes provas para avaliação do processamento auditivo (STUBBLEFIELD & YOUNG, 1975; WILLEFORD, 1976, 1980; McCROSKEY & KIDDER, 1980; WELSH, WELSH & HEALY, 1980, 1996; JERGER, MARTIN & JERGER, 1987; BREEDIN, MARTIN & JERGER, 1989; ALMEIDA, LOURENÇO, CAETANO & DUPRAT, 1990). Entretanto, há necessidade de outros estudos, a partir desta abordagem de medidas específicas do processamento auditivo, uma vez que permanecem perguntas não respondidas. Uma delas diz respeito a se a desordem do processamento auditivo é suficiente para causar um distúrbio de aprendizagem, ou se pode existir o distúrbio de aprendizagem sem envolvimento do processamento auditivo. 5

23 Introdução Com base no exposto acima, há necessidade de se estudar a performance em testes do processamento auditivo, de diferentes grupos clínicos. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo estudar, a partir de medidas comportamentais, os mecanismos e processos envolvidos no processamento auditivo de crianças com e sem distúrbio de aprendizagem. Para atingir este objetivo, foram avaliados 60 indivíduos, 36 do sexo masculino e 24 do sexo feminino, com faixa etária variando entre nove anos e cinco meses a 11 anos e 10 meses, a partir das provas de localização sonora, memória seqüencial para sons não-verbais, memória seqüencial para sons verbais, Teste Pediátrico de Inteligibilidade de Fala, Teste Dicótico de Dígitos e Teste de Fusão Auditiva. Foram, então, constituídos dois grupos. O Grupo-Controle, ou também denominado Grupo I, foi constituído por 40 indivíduos, 20 do sexo masculino e 20 do sexo feminino, com idade entre nove anos e seis meses e 10 anos e 11 meses. Com o estudo do Grupo I, objetivou-se descrever e analisar as respostas obtidas em termos de número/porcentagem de acertos, assim como, realizar o estudo das variáveis sexo, orelha testada e freqüência testada. O Grupo com queixa de alteração de aprendizagem, ou também denominado de Grupo II, foi constituído por 20 indivíduos, 16 do sexo masculino e quatro do sexo feminino, com idades variando entre nove anos e cinco meses e 11 anos e 10 meses. Com o estudo do Grupo II, objetivou-se descrever e analisar as 6

24 Introdução respostas obtidas em termos de número/porcentagem de acertos, assim como realizar o estudo das variáveis sexo, orelha testada e freqüência testada. Finalmente, objetivou-se analisar, de forma comparativa, os Grupos I e II, buscando avaliar a aplicabilidade e a qualidade das respostas em cada teste empregado. 7

25 LITERATURA

26 Literatura Neste capítulo, optou-se por incluir os trabalhos relacionados aos assuntos considerados neste estudo, seguindo-se uma ordem cronológica de apresentação. BROADBENT (1954) foi o primeiro pesquisador a propor a utilização de estímulos dicóticos, ou seja, a apresentação simultânea de estímulos diferentes um em cada orelha. O autor realizou dois experimentos: um com sentenças e outro com dígitos. No experimento com dígitos, ele avaliou 24 indivíduos, com idade de no máximo 31 anos e ressaltou que o intervalo de apresentação dos estímulos pode ser um fator importante na identificação dos mesmos. HIRSH (1959) comparou a percepção da seqüência temporal de vários tipos de sons entre si: tons, clicks e ruídos de acordo com algumas variáveis, como duração, freqüência e o próprio tipo de som. Em um experimento o autor apresentou os estímulos dioticamente, com intervalos variados entre os sons e expressos em milissegundos. O autor concluiu que o ouvinte podia perceber a presença de dois sons ao invés de um, quando existia um pequeno intervalo de tempo entre eles, de cerca de dois milissegundos. Observou, também, que havia necessidade de um 9

27 Literatura intervalo de cerca de 17 milissegundos ou mais para que fosse possível a percepção da ordem em que os estímulos se apresentavam. KIMURA (1961a) adaptou a proposta de BROADBENT (1954) e avaliou 71 pacientes adultos com foco epilético em várias áreas do cérebro: temporal direito, temporal esquerdo, frontal e subcortical. Em 51 casos foi realizada uma cirurgia unilateral para retirada de tecido cerebral lesado. A autora utilizou 32 itens de seis dígitos cada, sendo que, para cada par de dígitos, foi apresentado um dígito à orelha direita e um dígito à orelha esquerda simultaneamente. O indivíduo testado deveria repetir os três pares de dígitos ouvidos. Nos casos de lesão do lobo temporal observou prejuízo em ambas as orelhas. Nos casos de cirurgia temporal unilateral observou prejuízo na orelha contralateral à lesão. A autora discutiu que esses resultados sugerem que a via contralateral é mais numerosa que a via ipsilateral e que os lobos temporais direito e esquerdo participam na recepção dos estímulos auditivos, mas o lobo temporal esquerdo é particularmente mais importante na percepção de estímulos verbais, principalmente na modalidade auditiva. KIMURA (1961b) testou 120 indivíduos com epilepsia, apresentando alteração em várias áreas do cérebro: lobo temporal esquerdo, 10

28 Literatura lobo temporal direito, lobo temporal direito e esquerdo, frontal e subcortical; sendo 107 indivíduos com dominância hemisférica direita e 13 indivíduos com dominância hemisférica esquerda. Testou também 13 indivíduos normais destros. O procedimento utilizado consistiu de 32 pares de dígitos com três pares de dígitos apresentados simultaneamente. Os resultados demonstraram que os estímulos que chegam à orelha contralateral ao hemisfério dominante são mais facilmente reconhecidos do que os estímulos que chegam à orelha ipsilateral, confirmando que as vias contralaterais são mais numerosas do que as vias ipsilaterais, e que o lobo temporal dominante é mais importante do que o não-dominante na percepção da fala. KIMURA (1963) avaliou 120 crianças destras, 56 do sexo masculino e 64 do sexo feminino, com idades entre quatro e nove anos, a partir de uma tarefa dicótica com dígitos. A autora encontrou uma vantagem da orelha direita na tarefa proposta, sendo essa assimetria perceptual maior em idades mais precoces. Os indivíduos do sexo masculino, aos quatro anos, apresentaram uma vantagem maior na orelha direita do que os indivíduos do sexo feminino, embora não estatisticamente significante. Na população total, a autora encontrou um desempenho inferior nos indivíduos do sexo masculino na idade de cinco e seis anos, 11

29 Literatura estatisticamente significante, não encontrado acima dessa idade. A autora sugeriu que a dominância cerebral para a fala seja estabelecida aos quatro anos, ou mais cedo. DIRKS (1964) avaliou 24 indivíduos com audição normal, seis homens e dezoito mulheres com idades entre 15 e 19 anos, todos destros, a partir das tarefas como: responder para palavras filtradas ( PB words ) apresentadas simultaneamente em ambas as orelhas; repetir apenas as palavras filtradas apresentadas à orelha direita ou à orelha esquerda e ignorar a palavra competitiva; repetir as palavras filtradas que apareciam de forma monoaural na orelha direita ou orelha esquerda e repetir todos os dígitos apresentados simultaneamente nas orelhas, tal qual o proposto por KIMURA (1963). Os resultados, para a apresentação simultânea de dígitos e palavras, demonstraram uma diferença estatisticamente significante entre o desempenho obtido à orelha direita e esquerda, sendo que à orelha direita, orelha contralateral ao hemisfério cerebral dominante para a fala, identificou-se mais palavras do que à orelha esquerda. KIMURA (1967) discutiu vários aspectos relacionados à diferença funcional observada entre os lobos temporais direito e esquerdo, baseados nos achados encontrados em pesquisas prévias utilizando o teste 12

30 Literatura Dicótico de Dígitos. Descreveu que os estímulos verbais são processados no hemisfério esquerdo, enquanto que os estímulos não-verbais são processados primariamente no hemisfério direito. Discutiu que, porque cada orelha tem uma maior representação neural no hemisfério contralateral, o predomínio da hemisfério esquerdo para a fala se reflete na maior identificação de palavras que chegam à orelha direita, enquanto que o predomínio do hemisfério direito na percepção de padrões entonacionais é refletida pela maior identificação de melodias, que chegam à orelha esquerda. MISCIK, SMITH, HAMM, DEFFENBACHER & BROWN (1972) avaliaram, 32 indivíduos em um experimento e nove indivíduos em outro experimento, para verificar a influência da duração do estímulo e do intervalo entre o estímulo, a partir de tarefas de repetição de dígitos, cujas características acústicas foram manipuladas. Os autores encontraram que quanto maior é a duração e maior o intervalo entre os dígitos, melhor é a retenção dos mesmos. Os autores relataram que o armazenamento de seqüências auditivas é uma função combinada da duração dos estímulos, intervalo entre os estímulos e técnicas de codificação do indivíduo usadas para processar a resposta a ser dada. 13

31 Literatura BEVING & EBLEN (1973) avaliaram 30 crianças de quatro a oito anos de idade, com audição normal, sem antecedentes de alteração de fala e linguagem e inteligência normal, a partir de pares de sílabas sem sentido. As crianças com idade média de quatro anos e sete meses apresentaram melhor desempenho na tarefa de repetição, enquanto que as crianças com média de idade de seis anos e sete meses e oito anos e seis meses apresentaram melhor desempenho na tarefa de discriminação de pares de palavras iguais ou diferentes. Os autores concluíram, desta forma, que as crianças mais novas são inaptas para fazerem julgamentos cognitivos sobre igual e diferente, embora elas sejam capazes de discriminar auditivamente tão bem quanto as crianças mais velhas, sugerindo que, nas provas de avaliação, fossem eliminadas as interferências cognitivas. HECOX (1975) apud SLOAN (1991) estudou o desenvolvimento de estruturas corticais auditivas e seus achados indicaram que as primeiras fibras do lobo temporal a se maturarem são as fibras de projeção primária provenientes de estruturas subcorticais. A mielinização dessas fibras é escassa ao nascimento e é completada aos quatro anos de idade. Já a mielinização das fibras intra-corticais continua até a adolescência. 14

32 Literatura MILLS (1975) fez uma revisão de literatura abordando o tema a criança e o ruído. O autor enfatizou que a exposição da criança a níveis de ruído urbano por longos períodos e/ou durante os períodos críticos de desenvolvimento pode ter conseqüências prejudiciais à discriminação auditiva e habilidades de leitura. TALLAL (1976) avaliou 72 indivíduos normais, com idade de quatro anos e seis meses até a idade adulta, divididos em seis grupos. Os grupos foram divididos segundo a idade (quatro anos e seis meses, cinco anos e seis meses, seis anos e seis meses, sete anos e seis meses, oito anos e seis meses e indivíduos adultos) e foram constituídos de 12 indivíduos, seis do sexo masculino e seis do sexo feminino. Foi empregada uma tarefa com intervalos interpulso de 428ms para treino e séries com menores intervalo interpulso (305, 150, 60, 30, 15 e 8ms) e maiores intervalos interpulso (947, 1466, 3023, 3543 e 4062ms) para serem discriminados. Avaliou, também, 12 indivíduos, nove do sexo masculino e três do sexo feminino, com idades entre seis anos e nove meses e nove anos e três meses, com diagnóstico de disfasia (distúrbio de linguagem). A análise dos resultados demonstrou uma diferença estatisticamente significante entre crianças disfásicas e crianças normais quando os intervalos interpulso foram menores que 305ms. Seus achados também demonstraram que, para que 15

33 Literatura uma tarefa de ordenação temporal pudesse ser realizada pelas crianças disfásicas, foram necessários maiores períodos para a informação ser processada. PINHEIRO (1977) avaliou 14 indivíduos com distúrbio de aprendizagem, 11 do sexo masculino e três do sexo feminino, com idades entre seis e 16 anos, a partir dos testes de percepção de fala alternada, fusão biaural, fala filtrada, sentenças competitivas, sentenças simultâneas, SSW e padrão de freqüência. A autora encontrou que as respostas obtidas à orelha esquerda, de forma geral, foram reduzidas. Os resultados demonstraram uma diferença significante entre a orelha direita e orelha esquerda nos testes de fusão biaural, SSW, sentenças competitivas e sentenças simultâneas. Os achados foram discutidos a partir da disfunção interhemisférica, além de enfatizado que o padrão de respostas dos indivíduos com distúrbio de aprendizagem foi semelhante. BAKKER, HOEFKENS & VLUGT (1979) avaliaram 65 indivíduos, 29 do sexo masculino e 26 do sexo feminino, com idade média de seis anos na primeira testagem, sete anos na segunda testagem, oito anos na terceira testagem e 11 anos na quarta testagem, a partir de uma tarefa dicótica com 24 itens de quatro pares de dígitos. Os autores não 16

34 Literatura encontraram diferenças de resposta significantes entre os indivíduos do sexo masculino e sexo feminino nas diferentes testagens realizadas e encontraram uma vantagem das respostas obtidas à orelha direita em todas as idades. GEFFEN & WALE (1979) avaliaram 32 crianças, com idade entre sete e nove anos, a partir de tarefas dicóticas com dígitos (110 itens de três pares de dígitos) de dificuldade variável. Os resultados demonstraram um maior número de acertos na orelha direita do que na orelha esquerda. Não houve diferença entre o desempenho dos indivíduos do sexo masculino e sexo feminino. Os autores discutiram que, com menor velocidade de apresentação do estímulo, a vantagem da orelha direita permaneceu constante em função da idade e, em velocidades de apresentação maiores, a vantagem da orelha direita diminuiu. RAMPP (1980) descreveu as habilidades do processamento auditivo, suas correlações com a linguagem e aprendizagem e seus distúrbios. Relatou a alta incidência de distúrbios do processamento auditivo em crianças, com maior ocorrência no sexo masculino do que no sexo feminino, sendo aproximadamente de oito meninos para uma menina. 17

35 Literatura TALLAL (1980a) descreveu que crianças portadoras de distúrbios de aprendizagem apresentam alterações de natureza sintática, semântica ou conceitual, mais fáceis de serem identificadas do que aquelas de nível lingüístico mais superior ou falhas cognitivas. TALLAL (1980b) avaliou 20 crianças com dificuldade de leitura, 16 indivíduos do sexo masculino e quatro indivíduos do sexo feminino, com idades entre oito e 12 anos e comparou os resultados obtidos neste estudo com o resultado obtido em indivíduos normais a partir do teste que denominou de teste de Repetição (constituído por provas de associação, seqüência, percepção rápida de mudanças de interpulsos e discriminação) com estímulos não-verbais e provas de leitura de palavras sem sentido. Os indivíduos apresentaram diferenças de performance significantes quando foram avaliados na tarefa de percepção de mudanças rápidas de estímulo, com o grupo de crianças com dificuldade de leitura apresentando maior número de erros. A habilidade de leitura de palavras sem sentido apresentou uma alta correlação entre o número de erros realizados na tarefa de percepção de mudanças rápidas no estímulo. A autora hipotetizou que as dificuldades de leitura estariam correlacionadas à disfunção perceptual auditiva básica e afetaria a habilidade para aprender a usar habilidades de consciência fonológica adequadamente. 18

36 Literatura DAVIS & McCROSKEY (1980) avaliaram 135 indivíduos normais entre três e 12 anos de idade. As crianças foram divididas em nove grupos de 12 indivíduos cada um, segundo a idade. Foi aplicada a versão original do AFT-R (WAFT). A análise dos dados mostrou uma diferença significante entre os grupos, indicando que houve uma progressão de acertos à medida que a idade aumentou, sendo que as crianças apresentaram limiares de fusão auditiva mais curtos à medida que a idade aumentou. A partir dos nove anos os limiares de fusão auditiva foram semelhantes. Os indivíduos do sexo masculino e feminino apresentaram diferenças entre os limiares de fusão auditiva, sendo que o limiar de fusão auditiva dos indivíduos do sexo masculino foi menor que o dos indivíduos do sexo feminino. O limiar de fusão auditiva não apresentou diferença significante entre as freqüências testadas. McCROSKEY & KIDDER (1980) estudaram 135 crianças com idades entre sete e nove anos. As crianças foram agrupadas em três grupos de 45 indivíduos: grupo de crianças normais (23 do sexo masculino e 22 do sexo feminino), grupo de crianças com dificuldades de leitura (25 do sexo masculino e 20 do sexo feminino) e grupo de crianças com dificuldade de aprendizagem (32 do sexo masculino e 13 do sexo feminino). Foi aplicada a versão original do AFT-R (WAFT). Foram 19

37 Literatura encontradas diferenças estatisticamente significantes entre o grupo de crianças normais e os outros dois grupos. Não houve diferença estatisticamente significante entre o grupo de crianças com dificuldade de leitura e o de distúrbio de aprendizagem. O limiar médio de fusão auditiva para o grupo de crianças normais, entre nove e 10 anos, foi de 7,5ms com desvio-padrão de 3,09ms. O limiar médio de fusão auditiva para o grupo de crianças com dificuldade de leitura, entre nove e 10 anos, foi de 11,7ms com desvio-padrão de 9,18ms. O limiar médio de fusão auditiva para o grupo de crianças com distúrbio de aprendizagem, entre nove e 10 anos, foi de 12,2ms com desvio-padrão de 7,49ms. O limiar de fusão auditiva foi afetado pela variável freqüência, apenas no grupo de crianças com distúrbio de aprendizagem, sendo que as freqüências de 250 e 4000 Hz apresentaram limiares maiores de forma significante neste grupo. Os autores sugeriram que o WAFT fosse usado na bateria de testes de diagnóstico do processamento auditivo em crianças com distúrbio de aprendizagem. BADDELEY (1981) hipotetizou que a função principal da memória de trabalho é transferir informações de armazenagem de curto prazo para a de longo prazo e facilitar o raciocínio verbal e a compreensão. O autor acredita que, durante o desempenho de uma tarefa, a memória de 20

38 Literatura trabalho relaciona-se ao papel de armazenamento temporário no processamento de informações. KEITH (1981) conceituou a habilidade de figura-fundo como a capacidade do indivíduo de identificar a mensagem primária na presença de sons competitivos. JERGER, JERGER & LEWIS (1981) descreveram a performance do teste Pediátrico de Inteligibilidade de Fala ( Pediatric Speech Intelligibility Test ) com sentenças denominadas de formato I e formato II em 24 crianças, 14 do sexo masculino e 10 do sexo feminino, com idades entre três anos e quatro meses e nove anos. Foram observadas diferenças significantes de performance quando avaliadas as respostas das crianças com as sentenças de formato I e II. A performance dos indivíduos também variou em função da idade cronológica e da habilidade de compreensão da linguagem, não sendo afetada quando analisada a variável sexo. KRAFT (1981) avaliou oitenta indivíduos do sexo masculino destros, com idades entre seis e 12 anos a partir de tarefas dicóticas com dígitos, sílabas e sons ambientais. O teste Dicótico de Dígitos foi 21

39 Literatura constituído por 30 itens com um par de dígitos para treino, 15 itens com dois pares de dígitos e 10 itens com três pares de dígitos, a partir de uma tarefa de integração biaural, ou seja, os indivíduos deveriam repetir todos os dígitos ouvidos à orelha direita e à orelha esquerda. Os resultados obtidos demonstraram que as crianças de 10 e 12 anos tiveram um desempenho melhor que as crianças de seis e oito anos nos três testes aplicados. Foi observada uma vantagem da orelha direita para dígitos e sílabas, sendo analisada como representativa da superioridade do hemisfério esquerdo para processar estímulos lingüísticos na maioria dos indivíduos destros. Essa vantagem da orelha direita foi mais acentuada nos indivíduos de seis a oito anos de idade. KOOMAR & CERMAK (1981) avaliaram 60 indivíduos, 30 indivíduos normais e 30 indivíduos com distúrbio de aprendizagem, com idades entre sete e 10 anos, a partir do teste Dicótico de Dígitos, constituído de 20 séries de três pares de dígitos. Os resultados obtidos indicaram que ambos os grupos apresentaram vantagem da orelha direita e que os indivíduos com distúrbio de aprendizagem apresentaram desempenho muito mais baixo que os indivíduos normais com relação ao número total de acertos e acertos à orelha esquerda. 22

40 Literatura KRAFT (1982) avaliou 96 crianças, 48 indivíduos com idade média de sete anos e 48 indivíduos com idade média de 11 anos, sendo que cada grupo apresentava 24 indivíduos do sexo masculino e 24 do sexo feminino. Os indivíduos foram submetidos a tarefas dicóticas com dígitos e sons ambientais. O teste Dicótico de Dígitos foi aplicado com 15 itens de dois pares e 10 itens de dois pares a partir de uma tarefa de integração biaural. O desempenho dos indivíduos do sexo masculino foi de 23,77 itens corretos (79,23%), o desempenho dos indivíduos do sexo feminino foi de 24,8 itens corretos (82,67%) e o desempenho da população total foi de 24,29 itens corretos (80,97 %). O autor verificou uma vantagem da orelha direita para estímulos verbais que não aumentou em relação à idade dos sujeitos avaliados. No teste Dicótico de Dígitos, os indivíduos do sexo feminino apresentaram um desempenho melhor que os indivíduos do sexo masculino e, em geral, o desempenho dos indivíduos melhorou com a idade. MUSIEK, GEURKINK & KIETEL (1982) avaliaram 22 crianças, 12 do sexo masculino e 10 do sexo feminino, com idades entre oito e 10 anos com queixa de dificuldades acadêmicas, sendo algumas (número não informado) diagnosticadas como portadoras de distúrbio de aprendizagem e que haviam apresentado uma performance inadequada em 23

41 Literatura testes perceptuais auditivos na avaliação de linguagem. Foi aplicada uma bateria de sete testes, entre os quais o teste Dicótico de Dígitos, constituído de 20 itens de dois pares. Foi considerada, para a análise dos resultados, a abordagem de passar/falhar no teste. O resultado considerado normal para crianças de oito anos de idade foi de uma porcentagem média de 83% para a orelha direita e 74% para a orelha esquerda. O resultado considerado normal para crianças de nove anos de idade foi de uma porcentagem média de 84% para a orelha direita e 79% para a orelha esquerda. O resultado considerado normal para crianças de 10 anos de idade foi de uma porcentagem média de 91% para a orelha direita e 84% para a orelha esquerda. Das crianças testadas, levando em consideração o critério de passar/falhar, 63,6% dos indivíduos falharam no teste Dicótico de Dígitos. Na análise realizada com o teste Dicótico de Dígitos a partir dos escores da orelha direita e esquerda, sete crianças apresentaram alteração à orelha esquerda, quatro apresentaram alteração na orelha direita e três apresentaram alteração em ambas as orelhas. Os autores relataram que, em todos os testes, os indivíduos apresentaram uma vantagem da orelha direita (ou um déficit da orelha esquerda), sendo os dados discutidos como correlacionados à ineficiência de transferência da informação auditiva do hemisfério direito para o hemisfério esquerdo. Tendo em vista a bateria 24

42 Literatura utilizada, o teste Dicótico de Dígitos foi considerado com um teste adequado para identificar a disfunção auditiva central. SIDTIS (1982) investigou padrões de assimetria perceptual para a fala e estímulos tonais complexos através de tarefa dicótica, em 28 indivíduos destros. Embora 70 a 75% dos sujeitos apresentassem vantagem da orelha direita para a fala e vantagem da orelha esquerda para tons, menos da metade dos sujeitos apresentou o padrão esperado nas duas tarefas. O autor argumentou que a superioridade da resposta auditiva contralateral durante a estimulação dicótica é apenas apropriada para aproximadamente metade da população de destros. Para a outra metade, assimetrias subcorticais importantes e/ou a falta de vantagem contralateral parecem estar presentes. Relatou também que bases atencionais poderiam interferir no padrão de assimetria. BUTLER (1983) correlacionou a atenção seletiva aos processos de atender a alguma atividade mental em detrimento de outras. JERGER, JERGER & ABRAMS (1983) sintetizaram, neste artigo, quinze anos de pesquisas relacionadas ao PSI, realizadas com crianças normais de três a seis anos de idade. Descreveram o PSI a partir de 25

43 Literatura palavras e sentenças na população normal e quatro casos com lesão do sistema nervoso central para validação do instrumento. Os autores, a partir da análise dos dados, concluíram ser o PSI um instrumento válido para a identificação da desordem do processamento auditivo central. JERGER & JERGER (1983) descreveram sete casos de indivíduos com lesão do sistema nervoso central confirmada cirúrgica ou radiologicamente, que foram submetidos à avaliação audiológica básica, PSI e audiometria de tronco cerebral. A partir dos resultados encontrados, os autores discutiram que resultados alterados no PSI-MCI (mensagem competitiva ipsilateral) foram consistentes com alteração do sistema nervoso central, particularmente do tronco cerebral. MUSIEK (1983a) descreveu em detalhes o teste Dicótico de Dígitos, constituído pelos dígitos de um a 10, com exceção do número sete, apresentados aos pares, um para cada orelha simultaneamente. A intensidade de apresentação dos estímulos foi de 50 db acima do SRT, sendo apresentados 20 pares de dois dígitos. A tarefa a ser executada pelos indivíduos foi uma tarefa de integração biaural, sendo os indivíduos orientados a repetir todos os números ouvidos. O teste foi aplicado em 45 indivíduos normais, com idades entre 19 e 35 anos sendo que o grupo 26

44 Literatura apresentou uma média de 97,8% de acertos para a orelha direita e 96,5% de acertos para a orelha esquerda. O teste Dicótico de Dígitos também foi aplicado em 21 indivíduos, com idade média de 42 anos e três meses, com lesão cerebral confirmada neurológica, neurocirúrgica e/ou radiologicamente. O critério de normalidade estabelecido foi de 90% de acertos para indivíduos audiologicamente normais. Referiu que nove dos indivíduos com lesão cortical apresentaram alteração na orelha homolateral, provavelmente relacionado a algum comprometimento da via auditiva do corpo caloso. O autor concluiu que o teste Dicótico de Dígitos, da forma aplicada, foi sensível para avaliar a disfunção auditiva central, em lesões hemisféricas como em lesões de tronco encefálico, mas não foi possível diferenciá-las através do teste. MUSIEK, GOLLEGLY & BARAN (1984) descreveram quatro casos de indivíduos com alteração de aprendizagem e um grupo de 16 indivíduos com distúrbio de aprendizagem, com idades entre sete anos e sete meses e 13 anos e três meses (idade média de nove anos). Foram aplicados os testes de fusão biaural, sentenças competitivas, SSW, teste Dicótico de Dígitos e Padrão de Freqüência. Os resultados do grupo com alteração de aprendizagem indicaram um nítido déficit na orelha esquerda nos testes dicóticos, performance reduzida no teste de Padrão de 27

45 Literatura Freqüência e desempenho normal no teste de fusão biaural, demonstrando segundo os autores um padrão de desconexão inter-hemisférica, provavelmente devido a um atraso na mielinização do corpo caloso. POHL, GRUBMÜLLER & GRUBMÜLLER (1984) estudaram 210 indivíduos destros, entre quatro e 10 anos, sendo 105 do sexo masculino e 105 do sexo feminino, a partir de tarefas dicóticas verbais em língua alemã com o objetivo de investigar o desenvolvimento da assimetria perceptual entre as orelhas. Os autores descreveram um declínio na vantagem da orelha direita, decorrente da melhora da performance das respostas dos indivíduos à orelha esquerda. Descreveram que a vantagem da orelha direita observada em tarefas dicóticas devem estar relacionadas à imaturidade funcional do corpo caloso em crianças mais jovens. Os autores discutiram que a melhora da performance da orelha esquerda reflete o aumento da velocidade de condução das vias auditivas no corpo caloso devido às mudanças maturacionais na mielinização das fibras do sistema. PICKLES (1985) discorreu sobre a fisiologia do sistema auditivo central e, particularmente, o córtex auditivo, concluindo que este parece ter a função de analisar sons complexos, inibir respostas motoras inapropriadas, discriminar padrões temporais, além de ser necessário para 28

46 Literatura tarefas auditivas mais difíceis. Relatou sobre a organização tonotópica do sistema auditivo e que a informação auditiva recebida por uma orelha é transmitida para o lobo temporal contralateral. Enfatizou a importância da atenção seletiva no desempenho dos testes. PHILLIPS & BRUGGE (1985) discutiram os mecanismos e processos de localização sonora a partir das pesquisas realizadas na área de neurofisiologia. Referiram que nos processos de diferença de intensidade interaural, relacionados à localização sonora, há interferência das variáveis tamanho da cabeça, freqüência do som e distância do som. PINHEIRO & MUSIEK (1985) descreveram a ordenação temporal como uma das mais básicas e importantes funções do sistema nervoso central. Relataram que o tipo, o número, a duração de cada um dos estímulos e a velocidade de apresentação dos mesmos interferem em tarefas de ordenação temporal. MUSIEK & PINHEIRO (1985) afirmaram que a vantagem da orelha direita, observada em tarefas auditivas dicóticas, está relacionada ao processamento lingüístico da informação realizado no hemisfério cerebral esquerdo. 29

47 Literatura BOOTHROYD (1986) identificou alguns componentes da percepção auditiva como: detecção, sensação, discriminação, localização, reconhecimento, compreensão, atenção e memória. Descreveu a localização sonora como a habilidade de saber o local de origem do som e a memória como o processo que permite estocar, arquivar as informações, para poder recuperá-las quando houver necessidade. No que se refere à atenção seletiva, o autor definiu-a como os processos que capacitam o indivíduo a monitorar um determinado estímulo auditivo significativo, mesmo quando a atenção primária deve-se a outra modalidade sensorial, além de capacitar também o indivíduo a reagir a um determinado estímulo auditivo significativo e ignorar o ruído de fundo. JERGER (1987) descreveu os critérios de avaliação do PSI nas etapas com mensagem competitiva contralateral e ipsilateral. Também avaliou 21 crianças com lesões do sistema nervoso central, com idades entre três e oito anos, utilizando o teste PSI. Os resultados demonstraram uma alta sensibilidade e especificidade do teste. Os resultados do PSI foram consistentes com: resultado anormal em crianças com lesões em áreas do cérebro importantes para a função auditiva; normal em crianças com lesões em áreas anatomicamente distantes do núcleo auditivo e vias auditivas (lesões do sistema nervoso central não auditivas ). 30

48 Literatura JERGER, MARTIN & JERGER (1987) estudaram o caso de um indivíduo do sexo masculino com idade de 11 anos e cinco meses com distúrbio de aprendizagem, a partir de medidas comportamentais (provas para medir os processos semânticos, sintáticos e fonético-fonológicos), eletrofisiológicas (audiometria de tronco cerebral, potenciais de média e longa latência) e eletroacústicas (reflexo acústico) e os resultados obtidos indicaram que os certas habilidades auditivas são fundamentais para a aquisição de linguagem e aprendizagem, respaldando os modelos auditivoperceptuais em oposição aos modelos lingüístico-cognitivos, para explicar os distúrbios de aprendizagem. BARKLEY (1988) definiu a atenção como um construto multidimensional que se refere a uma variedade de relações entre o estímulo ambiental ou tarefas e respostas comportamentais. ALMEIDA, CAMPOS & ALMEIDA (1988) apresentaram o teste PSI na versão em língua portuguesa. Foram discutidos os procedimentos de elaboração do teste e validação dos resultados. BREEDIN, MARTIN & JERGER (1989) relataram o caso de um indivíduo portador de distúrbio de aprendizagem, do sexo masculino, 31

49 Literatura com idade de 14 anos e 11 meses, a partir de tarefas de denominação, discriminação, correspondência de figuras e palavras, detecção de sílabas sem sentido, teste SSW, teste CES, teste de padrão de freqüência e de um experimento com sons verbais e não-verbais no silêncio e no ruído. Os resultados indicaram uma dificuldade específica de extração da informação acústica na presença de ruído, quando o estímulo acústico era de curta duração. WIGHTMAN, ALLEN, DOLAN, KISTLER & JAMIESON (1989) avaliaram 20 crianças, oito do sexo masculino e 12 do sexo feminino, com idades entre três e sete anos, e cinco adultos, um do sexo masculino e quatro do sexo feminino, com idades entre 20 e 30 anos, a partir de uma tarefa envolvendo a habilidade de fusão auditiva. Os indivíduos foram solicitados a identificar a presença de um intervalo interpulso, em estímulos auditivos centrados nas freqüências de 400 e 2000 Hz. Os autores encontraram que, na freqüência de 400 Hz, os limiares de fusão auditiva das crianças foram maiores que os limiares dos adultos, sendo que os indivíduos de três anos de idade apresentaram os maiores limiares de fusão auditiva. O limiar de fusão auditiva na freqüência de 2000 Hz foi menor que o limiar na freqüência de 400 Hz, e mostrou um efeito similar à freqüência de 400 Hz relacionado à variável idade. 32

50 Literatura MUSIEK, GOLLEGLY, LAMB & LAMB (1990) discutiram sobre a necessidade de realização de triagem para a disfunção do processamento auditivo central em crianças, pois acreditam que a prevalência e a incidência desse tipo de distúrbio seja alta. Relataram que a maioria das crianças com distúrbio de aprendizagem apresenta disfunção auditiva central, sugerindo a realização da triagem na população escolar. ALMEIDA, LOURENÇO, CAETANO & DUPRAT (1990) realizaram dois experimentos com o teste PSI. No primeiro experimento avaliaram 22 crianças normais, 10 do sexo masculino e 12 do sexo feminino, com idade entre cinco e oito anos incompletos e 22 crianças com queixa de desatenção e portadoras de distúrbio do aprendizado, caracterizado por dificuldades de escrita, leitura e fala. O PSI foi aplicado em campo livre, através de caixas acústicas. Os autores observaram que 68% das crianças com distúrbio do aprendizado apresentaram menor reconhecimento de sentenças em relação ao grupo de crianças normais. No segundo experimento, os autores avaliaram 12 crianças normais, nove do sexo masculino e três do sexo feminino, com faixa etária entre cinco e sete anos incompletos e sete crianças com distúrbio do aprendizado, com faixa etária entre cinco e sete anos incompletos. O PSI também foi aplicado em campo livre, através de caixas acústicas. Os autores observaram que 85,0% 33

51 Literatura das crianças com alteração do aprendizado apresentaram porcentagem de reconhecimento de sentenças menor que o grupo de crianças normais. Consideraram o PSI como um instrumento adequado para a avaliação do processamento auditivo central em crianças. O NATIONAL JOINT COMMITTEE ON LEARNING DISABILITIES (1991), dos Estados Unidos, definiu o distúrbio de aprendizagem e discutiu questões relacionadas ao termo. A definição do termo distúrbio de aprendizagem foi baseada em um critério de exclusão de outros comprometimentos como, por exemplo, déficit sensorial, atraso cognitivo e distúrbio emocional severo. MIDDELEBROOKS & GREEN (1991) descreveram mecanismos de localização sonora, no plano horizontal e vertical, e os processos de localização sonora em um plano bidimensional e em movimento. Discutiram a participação do pavilhão auricular na localização vertical. SLOAN (1991) relatou que, crianças com alteração do processamento auditivo, muitas vezes precisam de um maior número de itens para o aprendizado de uma tarefa e cometem mais erros durante esse 34

52 Literatura processo de aprendizagem. Sugeriu que, para facilitar o que chamou de aprendizado perceptual, se deveria tornar mais audíveis as características acústicas relevantes da fala. MORTON & SIEGEL (1991) investigaram a performance de 20 crianças diagnosticadas como portadoras de dificuldade de compreensão na leitura (grupo I) e 20 crianças diagnosticadas como portadoras de dificuldade de compreensão na leitura e de reconhecimento de palavras (grupo II ) em tarefa dicótica através do Teste Consoante-Vogal e Dicótico de Dígitos (32 itens de quatro pares) e compararam o desempenho dessas crianças com 40 crianças normais. Os autores encontraram uma performance reduzida do grupo I e II, quando analisadas as respostas obtidas à orelha esquerda e concluíram que há uma participação reduzida do hemisfério direito nos indivíduos do grupo II. MUSIEK, GOLLEGLY, KIBBE & VERKEST-LENZ (1991) avaliaram 32 pacientes, com idade entre 13 e 73 anos, com lesão do sistema nervoso central confirmada neurológica, neurocirúrgica e/ou radiologicamente, a partir do teste Dicótico de Dígitos. Os autores relataram que o teste apresentou uma boa sensitividade para a patologia 35

53 Literatura no sistema nervoso central. Sugeriram o uso do teste Dicótico de Dígitos como instrumento de triagem para o processamento auditivo. PINTO (1991) estudou o teste de atenção seletiva, Dicótico Consoante-Vogal, em 60 indivíduos normais, 30 do sexo masculino e 30 do sexo feminino, com faixa etária entre 19 e 25 anos de idade. Encontrou 80% de respostas corretas às orelhas direita e esquerda, nas etapas de atenção livre, atenção à direita e atenção à esquerda, nos indivíduos do sexo masculino e feminino, sendo que na etapa de atenção livre houve um predomínio de respostas à orelha direita. Na etapa de atenção livre também foram encontradas diferenças significantes entre as respostas da população masculina e feminina, ou seja, os indivíduos do sexo masculino apresentaram maior vantagem da orelha direita que os indivíduos do sexo feminino. GUYTON (1993) descreveu os mecanismos neurais de localização sonora e acredita que os processos de diferença de tempo interaural são mais eficientes que os mecanismos de diferença de intensidade interaural. Descreveu também os processos de memória, classificando-os como memória imediata, memória de curto prazo e memória de longo prazo. 36

Marina Emília Pereira Andrade

Marina Emília Pereira Andrade Marina Emília Pereira Andrade Estudo da relação entre o processamento temporal e a consciência fonológica Trabalho apresentado à banca examinadora para a conclusão do Curso de Fonoaudiologia da Universidade

Leia mais

Otites frequentes durante os primeiros anos de vida estão geralmente associados ao Déficit do Processa

Otites frequentes durante os primeiros anos de vida estão geralmente associados ao Déficit do Processa Otites frequentes durante os primeiros anos de vida estão geralmente associados ao Déficit do Processa O DPAC é uma falha na percepção auditiva, mesmo em pessoas com audição normal. Totalmente diferente

Leia mais

TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO

TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO O TPA é composto por um grupo complexo e heterogêneo de alterações frequentemente associadas a uma série de déficits auditivos e à sensibilidade auditiva normal. O

Leia mais

VOZ E PROCESSAMENTO AUDITIVO: TEM RELAÇÃO??

VOZ E PROCESSAMENTO AUDITIVO: TEM RELAÇÃO?? UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO VOZ E PROCESSAMENTO AUDITIVO: TEM RELAÇÃO?? Apresentação: Caroline Pascon (2º ano) Daniele Istile (3º ano) Bárbara Camilo (4ºano) Orientação: Fga. Janine Ramos (Mestranda) Profaª

Leia mais

A TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA NO PROCESSAMENTO AUDITIVO

A TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA NO PROCESSAMENTO AUDITIVO A TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA NO PROCESSAMENTO AUDITIVO Apresentação: Priscila Bastos (4º ano) Debora Prevideli (3º ano) Orientação: Ms. Patricia Domingues Campos Data: 13/10/2016 Horário: 13h Local: Anfiteatro

Leia mais

1. Introdução. Os sistemas auditivos periférico e central são interdependentes e devem ser vistos dessa maneira. Anatomicamente a maior parte do

1. Introdução. Os sistemas auditivos periférico e central são interdependentes e devem ser vistos dessa maneira. Anatomicamente a maior parte do INTRODUÇÃO 2 1. Introdução A utilização de métodos objetivos de avaliação da audição, associados aos métodos comportamentais, vem se tornando cada vez mais freqüente no campo da Audiologia Clínica contribuindo

Leia mais

60 TCC em Re-vista 2012

60 TCC em Re-vista 2012 Fonoaudiologia 60 TCC em Re-vista 2012 PELICIARI, Lidiane Macarini; SILVA, Suellen 1. Avaliação comportamental das habilidades auditivas de atenção seletiva e resolução temporal em diferentes grupos de

Leia mais

16/09/2010 CÓRTEX CEREBRAL

16/09/2010 CÓRTEX CEREBRAL CÓRTEX CEREBRAL CÓRTEX CEREBRAL córtex = casca composto por substância cinzenta (2 a 4mm) e substância branca adjacente (que une diferentes áreas) uma das mais importantes áreas do SN é a mais recente

Leia mais

PROJETO DE EXTENSÃO EM AVALIAÇÃO E REABILITAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DO PROCESSAMENTO AUDITIVO : UMA PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DO SERVIÇO NA CLÍNICA-ESCOLA

PROJETO DE EXTENSÃO EM AVALIAÇÃO E REABILITAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DO PROCESSAMENTO AUDITIVO : UMA PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DO SERVIÇO NA CLÍNICA-ESCOLA PROJETO DE EXTENSÃO EM AVALIAÇÃO E REABILITAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DO PROCESSAMENTO AUDITIVO : UMA PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DO SERVIÇO NA CLÍNICA-ESCOLA Área Temática: Saúde Maria Isabel Ramos do Amaral (Coordenadora

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA MEMÓRIA OPERACIONAL FONOLÓGICA EM CRIANÇAS COM

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA MEMÓRIA OPERACIONAL FONOLÓGICA EM CRIANÇAS COM UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA MEMÓRIA OPERACIONAL FONOLÓGICA EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO FONOLÓGICO Mônica Araújo Almeida Monografia apresentada

Leia mais

HABILIDADES AUDITIVAS DE DETECÇÃO, LOCALIZAÇÃO E MEMÓRIA EM CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS DE IDADE. Palavras Chave: audição, percepção-auditiva, pré-escola.

HABILIDADES AUDITIVAS DE DETECÇÃO, LOCALIZAÇÃO E MEMÓRIA EM CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS DE IDADE. Palavras Chave: audição, percepção-auditiva, pré-escola. HABILIDADES AUDITIVAS DE DETECÇÃO, LOCALIZAÇÃO E MEMÓRIA EM CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS DE IDADE. Palavras Chave: audição, percepção-auditiva, pré-escola. TOSCANO, R.D.G.P., ANASTASIO, A.R T FMRP - USP Curso

Leia mais

DIFICULDADES ESCOLARES

DIFICULDADES ESCOLARES PROCESSAMENTO AUDITIVO E ESTRESSORES FAMILIARES EM INDIVÍDUOS COM DIFICULDADES ESCOLARES Stela Maris Aguiar Lemos, Liliane Desgualdo Pereira Universidade Federal de São Paulo INTRODUÇÃO: As dificuldades

Leia mais

INVESTIGAR AS EMISSÕES OTOACÚSTICAS PRODUTO DE DISTORÇÃO EM TRABALHADORES DE UMA MADEREIRA DO INTERIOR DO PARANÁ

INVESTIGAR AS EMISSÕES OTOACÚSTICAS PRODUTO DE DISTORÇÃO EM TRABALHADORES DE UMA MADEREIRA DO INTERIOR DO PARANÁ INVESTIGAR AS EMISSÕES OTOACÚSTICAS PRODUTO DE DISTORÇÃO EM TRABALHADORES DE UMA MADEREIRA DO INTERIOR DO PARANÁ Jéssica Padilha Santos (PIBIC/CNPq-UNICENTRO - ESCOLHER PROGRAMA), Juliana De Conto(Orientador),

Leia mais

ESTUDO DAS HABILIDADES AUDITIVAS EM CRIANÇAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA VISUAL

ESTUDO DAS HABILIDADES AUDITIVAS EM CRIANÇAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA VISUAL ESTUDO DAS HABILIDADES AUDITIVAS EM CRIANÇAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA VISUAL Palavras Chave: deficiência visual, processamento auditivo; percepção auditiva. Introdução: A comunicação é um fator imprescindível

Leia mais

Receptores. Estímulo SNC. Células ciliadas da cóclea CODIFICAÇÃO TRANSDUÇÃO NVIII

Receptores. Estímulo SNC. Células ciliadas da cóclea CODIFICAÇÃO TRANSDUÇÃO NVIII SISTEMA AUDITIVO Estímulo Receptores NVIII SNC Som Células ciliadas da cóclea CODIFICAÇÃO TRANSDUÇÃO Fisiologia Básica, R. Curi, J. Procópio Som Ondas Sonoras Ondas Sonoras Espectro Audível 20-20.000 Hz

Leia mais

VOGAL [A] PRETÔNICA X TÔNICA: O PAPEL DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL E DA INTENSIDADE 86

VOGAL [A] PRETÔNICA X TÔNICA: O PAPEL DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL E DA INTENSIDADE 86 Página 497 de 658 VOGAL [A] PRETÔNICA X TÔNICA: O PAPEL DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL E DA INTENSIDADE 86 Jaciara Mota Silva ** Taise Motinho Silva Santos *** Marian Oliveira **** Vera Pacheco ***** RESUMO:

Leia mais

Mismatch Negativity (MMN) é um potencial evocado auditivo endógeno, que reflete o processamento

Mismatch Negativity (MMN) é um potencial evocado auditivo endógeno, que reflete o processamento TCC em Re vista 2009 109 BURANELLI, Gabriela; BARBOSA, Marcella Brito. 21 Verificação das respostas do Mismatch Negativity (MMN) em sujeitos idosos. 2008. 83 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação

Leia mais

Desempenho em prova de Memória de Trabalho Fonológica no adulto, no idoso e na criança Palavras Chaves: Introdução

Desempenho em prova de Memória de Trabalho Fonológica no adulto, no idoso e na criança Palavras Chaves: Introdução Desempenho em prova de Memória de Trabalho Fonológica no adulto, no idoso e na criança Palavras Chaves: memória de trabalho fonológica; teste de repetição de não palavras; envelhecimento. Introdução A

Leia mais

Prevalência de alterações fonoaudiológicas em crianças de 5 a 9 anos de idade de escolas particulares

Prevalência de alterações fonoaudiológicas em crianças de 5 a 9 anos de idade de escolas particulares Prevalência de alterações fonoaudiológicas em crianças de 5 a 9 anos de idade de escolas particulares Palavras-chave: 1. Distúrbios de Fala. 2. Processamento Auditivo. 3. Fonoaudiologia Introdução Quando

Leia mais

Maturação do processamento auditivo em crianças com e sem dificuldades escolares***

Maturação do processamento auditivo em crianças com e sem dificuldades escolares*** Ivone Ferreira Neves* (ifneves@usp.br) Eliane Schochat** Maturação do processamento auditivo em crianças com e sem dificuldades escolares*** Auditory processing maturation in children with and without

Leia mais

Desafios da inclusão escolar e

Desafios da inclusão escolar e Desafios da inclusão escolar e dificuldades de aprendizagens das pessoas com deficiência Profa. Dra Nadia Aparecida Bossa Profa. Dra. Nadia Aparecida Bossa Autora dos Livros: - Fracasso Escolar: um olhar

Leia mais

Análise do Reconhecimento Populacional das Figuras do Teste MT Beta 86 modificado

Análise do Reconhecimento Populacional das Figuras do Teste MT Beta 86 modificado Análise do Reconhecimento Populacional das Figuras do Teste MT Beta 86 modificado Palavras-chave: afasia, linguagem, avaliação Introdução: Ocasionada por uma lesão no Sistema Nervoso Central, a afasia

Leia mais

ASSIMETRIA INTERHEMISFÉRICA

ASSIMETRIA INTERHEMISFÉRICA ASSIMETRIA INTERHEMISFÉRICA ~ 200 milhões de axônios cruzam para o hemisfério oposto através do corpo caloso Cirurgia de Comissurotomia ou Split-brain Campo visual direito hemisfério esquerdo Campo visual

Leia mais

Aspectos Anatômicos: CÉREBRO E TDAH

Aspectos Anatômicos: CÉREBRO E TDAH Entendendo o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) Parte I Aspectos Anatômicos: CÉREBRO E TDAH Ft. Alline Camargo Fisioterapeuta graduada pela Universidade de Sorocaba (UNISO) (CREFITO-3/228939-F)

Leia mais

Fonoaudióloga Mestranda Ana Paula Ritto Profa. Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade

Fonoaudióloga Mestranda Ana Paula Ritto Profa. Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade Fonoaudióloga Mestranda Ana Paula Ritto Profa. Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade Laboratório de Investigação Fonoaudiológica em Fluência, Funções da Face e Disfagia (LIF-FFFD) Departamento de Fisioterapia,

Leia mais

OS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO NAS CRIANÇAS

OS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO NAS CRIANÇAS Compartilhe conhecimento: Em mais uma análise de nossa colaboradora, Dra Milene Bissoli, especialista em otorrinolaringologia, conheça em detalhes os sete testes objetivos e subjetivos de avaliação auditiva

Leia mais

O teste de fala com ruído ipsilateral em crianças com distúrbio de aprendizagem

O teste de fala com ruído ipsilateral em crianças com distúrbio de aprendizagem Angela Ribas et al. 39 O teste de fala com ruído ipsilateral em crianças com distúrbio de aprendizagem Angela Ribas (Mestre) Fonoaudiologia - Universidade Tuiuti do Paraná Grazieli Tozi Fonoaudiologia

Leia mais

Selective attention is essential for learning how to write

Selective attention is essential for learning how to write Rev Bras Otorrinolaringol 2007;73(3):404-11. Atenção seletiva: PSI em crianças com distúrbio de aprendizagem ARTIGO ORIGINAL ORIGINAL ARTICLE Selective attention - psi performance in children with learning

Leia mais

COGNIÇÃO e DOR. Fabiana Goto. Neuropsicóloga Especialização em Dor HCFMUSP LINEU Laboratório de Investigações em Neurociências IPq HCFMUSP

COGNIÇÃO e DOR. Fabiana Goto. Neuropsicóloga Especialização em Dor HCFMUSP LINEU Laboratório de Investigações em Neurociências IPq HCFMUSP COGNIÇÃO e DOR Programa de Educação Continuada em Fisiopatologia e Terapêutica da Dor Equipe de Controle da Dor da Divisão de Anestesia do Instituto Central do Hospital das Clínicas FMUSP Fabiana Goto

Leia mais

ANEXO IV DIRETRIZES PARA O FORNECIMENTO DE APARELHOS DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL (AASI)

ANEXO IV DIRETRIZES PARA O FORNECIMENTO DE APARELHOS DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL (AASI) ANEXO IV DIRETRIZES PARA O FORNECIMENTO DE APARELHOS DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL (AASI) Os Serviços habilitados pelo Ministério da Saúde para o fornecimento de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual

Leia mais

NEURO UR PLA S ICI C DA D DE cére r bro br é um sis i t s e t ma m ab a e b rto t, o que est s á cons con t s a t n a t n e i t n e t ra r ç a ã ç o

NEURO UR PLA S ICI C DA D DE cére r bro br é um sis i t s e t ma m ab a e b rto t, o que est s á cons con t s a t n a t n e i t n e t ra r ç a ã ç o NEUROPLASTICIDADE O cérebro é um sistema aberto, que está em constante interação com o meio e que transforma suas estruturas e mecanismos de funcionamento ao longo do processo de interação. Aprende atuando!

Leia mais

FUNÇÕES NERVOSAS SUPERIORES OU CORTICAIS

FUNÇÕES NERVOSAS SUPERIORES OU CORTICAIS FUNÇÕES NERVOSAS SUPERIORES OU CORTICAIS Prof. Dr. Waldir Antonio Tognola Anatomia do córtex cerebral. Camadas. Os lobos cerebrais. Frontal. Temporal. Parietal. Occipital. Áreas especializadas Motora (área

Leia mais

PANLEXIA COMO RECURSO PEDAGÓGICO DENTRO DO PROGRAMA TEACCH NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO E COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

PANLEXIA COMO RECURSO PEDAGÓGICO DENTRO DO PROGRAMA TEACCH NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO E COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL PANLEXIA COMO RECURSO PEDAGÓGICO DENTRO DO PROGRAMA TEACCH NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO E COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Elisama de Souza Morais (1); Sandra Beltrão Tavares Costa (2); Raqueliane

Leia mais

ESTUDO DAS HABILIDADES PARA A ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS DO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL COM DIFICULDADES ESCOLARES

ESTUDO DAS HABILIDADES PARA A ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS DO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL COM DIFICULDADES ESCOLARES ESTUDO DAS HABILIDADES PARA A ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS DO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL COM DIFICULDADES ESCOLARES RESUMO Liliane Stumm 1 Sueli Valentim Sanches Bazan 2 Stella Maris Nunes Aguiar³ O objetivo

Leia mais

NEUROPSICOLOGIA BÁSICA

NEUROPSICOLOGIA BÁSICA NEUROPSICOLOGIA BÁSICA Prof. Dr. Sergio Fernando Zavarize sergio.fernando.zavarize@gmail.com PLANO DE ENSINO EMENTA: Proporcionar ao aluno uma visão da Neuropsicologia como uma das áreas de abrangência

Leia mais

Estudos atuais Transtorno Fonológico

Estudos atuais Transtorno Fonológico Estudos atuais Transtorno onológico Profa Dra Haydée iszbein Wertzner Profa Associada do Departamento de isioterapia, onoaudiologia e Terapia Ocupacional MUSP Wertzner, H TRANSTORNO ONOÓGICO Alteração

Leia mais

AVALIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA EM ALUNOS DURANTE A FASE DE ALFABETIZAÇÃO. PALAVRAS-CHAVES: consciência fonológica, adultos, alfabetização.

AVALIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA EM ALUNOS DURANTE A FASE DE ALFABETIZAÇÃO. PALAVRAS-CHAVES: consciência fonológica, adultos, alfabetização. AVALIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA EM ALUNOS DURANTE A FASE DE ALFABETIZAÇÃO. Thayane Sampaio de Souza Campos 1 ; Vera Pedreira dos Santos Pepe 2 Bolsista FAPESB, Graduanda em Letras Vernáculas, Universidade

Leia mais

Luciana Brooking T. Dias

Luciana Brooking T. Dias Luciana Brooking T. Dias Mestranda em Psicologia Clínica e Neurociência PUC/Rio Introdução Memória de Trabalho possível causa de problemas de aprendizagem. Modelo de Baddeley: Executivo Central (EC), Alça

Leia mais

A MATRIZ DE CONFUSÃO E A CONTAGEM FONÊMICA COMO PROTOCOLOS PARA A ANÁLISE DA ACLIMATIZAÇÃO

A MATRIZ DE CONFUSÃO E A CONTAGEM FONÊMICA COMO PROTOCOLOS PARA A ANÁLISE DA ACLIMATIZAÇÃO A MATRIZ DE CONFUSÃO E A CONTAGEM FONÊMICA COMO PROTOCOLOS PARA A ANÁLISE DA ACLIMATIZAÇÃO Palavras Chave: Matriz de Confusão, Contagem Fonêmica e Aclimatização Introdução O sistema auditivo é um dos que,

Leia mais

Centro Universitário Maurício de Nassau Curso de Psicologia Disciplina de Neurofisiologia

Centro Universitário Maurício de Nassau Curso de Psicologia Disciplina de Neurofisiologia Centro Universitário Maurício de Nassau Curso de Psicologia Disciplina de Neurofisiologia Bases neurofisiológicas da atenção Profª Maria da Soledade Recife - 2015 Introdução Cérebro humano é confrontado

Leia mais

Prejuízos Cognitivos e Comportamentais secundários à Epilepsia Autores: Thaís Martins; Calleo Henderson; Sandra Barboza. Instituição:Universidade

Prejuízos Cognitivos e Comportamentais secundários à Epilepsia Autores: Thaís Martins; Calleo Henderson; Sandra Barboza. Instituição:Universidade Autores:Thaís Martins Sousa ; Calleo Henderson ; Sandra Barboza. Introdução A epilepsia é uma das síndromes neurológicas mais comuns e seus efeitos secundários podem ser graves. A epilepsia de ausência

Leia mais

Potenciais evocados auditivos com estímulos de fala: aplicabilidade e limitações no diagnóstico diferencial dos transtornos de linguagem

Potenciais evocados auditivos com estímulos de fala: aplicabilidade e limitações no diagnóstico diferencial dos transtornos de linguagem Potenciais evocados auditivos com estímulos de fala: aplicabilidade e limitações no diagnóstico diferencial dos transtornos de linguagem Palavras-chave: potenciais evocados auditivos, potenciais evocados

Leia mais

Distúrbio de Aprendizagem

Distúrbio de Aprendizagem Distúrbio de Aprendizagem Profa. Dra. Simone Aparecida Capellini FFC/UNESP-Marília-SP Laboratório de Investigação dos Desvios da Aprendizagem LIDA/FFC/UNESP-Marília-SP Alterações do Desenvolvimento da

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE HABILIDADES AUDITIVAS E METALINGUISTICAS DE CRIANÇAS DE CINCO ANOS COM E SEM PRÁTICA MUSICAL INTRODUÇÃO

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE HABILIDADES AUDITIVAS E METALINGUISTICAS DE CRIANÇAS DE CINCO ANOS COM E SEM PRÁTICA MUSICAL INTRODUÇÃO ESTUDO COMPARATIVO ENTRE HABILIDADES AUDITIVAS E METALINGUISTICAS DE CRIANÇAS DE CINCO ANOS COM E SEM PRÁTICA MUSICAL Palavras-chave: percepção auditiva, linguagem infantil, música INTRODUÇÃO O desenvolvimento

Leia mais

Transtornos do desenvolvimento (comportamento e aprendizagem)

Transtornos do desenvolvimento (comportamento e aprendizagem) Transtornos do desenvolvimento (comportamento e aprendizagem) Nervoso Agitado Desligado Desatento Muito infantil Diferente Agressivo Desajeitado Não vai bem na escola Transtornos do desenvolvimento Conseqüências

Leia mais

Benefício do implante coclear em crianças com paralisia cerebral

Benefício do implante coclear em crianças com paralisia cerebral Benefício do implante coclear em crianças com paralisia cerebral Palavras-chave: paralisia cerebral, implante coclear, criança. Introdução: Pesquisas internacionais descrevem o uso do implante coclear

Leia mais

AVANCES TECNOLOGICOS EN IMPLANTE COCLEAR Avanços tecnológicos em implante coclear. Dra. Kátia de Freitas Alvarenga Professora Titular USP/Bauru

AVANCES TECNOLOGICOS EN IMPLANTE COCLEAR Avanços tecnológicos em implante coclear. Dra. Kátia de Freitas Alvarenga Professora Titular USP/Bauru AVANCES TECNOLOGICOS EN IMPLANTE COCLEAR Avanços tecnológicos em implante coclear Dra. Kátia de Freitas Alvarenga Professora Titular USP/Bauru Componentes internos HiRes 90k Advantage Hifocus Mid Scale

Leia mais

Transtornos de Aprendizagem. Carla Cristina Tessmann Neuropsicóloga

Transtornos de Aprendizagem. Carla Cristina Tessmann Neuropsicóloga Transtornos de Aprendizagem Carla Cristina Tessmann Neuropsicóloga Neuropsicologia Conforme definição de Luria (1981), Neuropsicologia é a ciência que estuda a relação entre o cérebro e o comportamento

Leia mais

INTERVENÇÕES CLÍNICAS E EDUCACIONAIS VOLTADAS PARA AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: REVISÃO SISTEMATIZADA DA LITERATURA

INTERVENÇÕES CLÍNICAS E EDUCACIONAIS VOLTADAS PARA AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: REVISÃO SISTEMATIZADA DA LITERATURA INTERVENÇÕES CLÍNICAS E EDUCACIONAIS VOLTADAS PARA AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: REVISÃO SISTEMATIZADA DA LITERATURA Marciéle Rejane Corrêa (PAIC/Fundação Araucária-UNICENTRO), Jáima Pinheiro de Oliveira

Leia mais

O Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia da PUC-SP sugere a apresentação das teses em forma de estudos. Sendo assim, esta tese é

O Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia da PUC-SP sugere a apresentação das teses em forma de estudos. Sendo assim, esta tese é 1 O Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia da PUC-SP sugere a apresentação das teses em forma de estudos. Sendo assim, esta tese é composta de dois estudos integrados sobre o seguinte tema:

Leia mais

PERCEPÇÃO AUDITIVA E VISUAL DAS FRICATIVAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

PERCEPÇÃO AUDITIVA E VISUAL DAS FRICATIVAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO Página 291 de 499 PERCEPÇÃO AUDITIVA E VISUAL DAS FRICATIVAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO Audinéia Ferreira-Silva (CAPES/UESB) Vera Pacheco (UESB) Luiz Carlos Cagliari (UNESP) RESUMO Neste trabalho, nosso objetivo

Leia mais

Área: Audiologia Laboratório de Próteses Auditivas Núcleo de Seleção e Adaptação de Próteses Auditivas (NUSEAPA)

Área: Audiologia Laboratório de Próteses Auditivas Núcleo de Seleção e Adaptação de Próteses Auditivas (NUSEAPA) Área: Audiologia Laboratório de Próteses Auditivas Núcleo de Seleção e Adaptação de Próteses Auditivas (NUSEAPA) A audição é uma importante porta de entrada para a aquisição da linguagem e da fala de um

Leia mais

AVALIAÇÃO ESPECTRAL DE FRICATIVAS ALVEOLARES PRODUZIDAS POR SUJEITO COM DOWN

AVALIAÇÃO ESPECTRAL DE FRICATIVAS ALVEOLARES PRODUZIDAS POR SUJEITO COM DOWN Página 235 de 511 AVALIAÇÃO ESPECTRAL DE FRICATIVAS ALVEOLARES PRODUZIDAS POR SUJEITO COM DOWN Carolina Lacôrte Gruba Marian Oliveira (Orientadora) Vera Pacheco Audinéia Ferreira da Silva RESUMO As fricativas

Leia mais

Análise da fluência de fala em Síndrome de Williams

Análise da fluência de fala em Síndrome de Williams Análise da fluência de fala em Síndrome de Williams Natalia Freitas Rossi, Adriana Sampaio, Óscar F. Gonçalves, Célia Maria Giacheti Apresentado por: Ana Carolina Rocha Dara Letícia Zaura Maristela P.

Leia mais

pela Física Acús5ca A perceção da intensidade não ser linear pela sistema audi5vo

pela Física Acús5ca A perceção da intensidade não ser linear pela sistema audi5vo Propriedade *sica do som Física Unidade pela Física Acús5ca Unidade pela Acús5ca Psicoacús5ca Amplitude Potência OU Pressão Wa7 (w) Pascal (a) Intensidade db Loudness Criação de novas unidades, apenas

Leia mais

IMPLANTE COCLEAR EM CRIANÇAS DE 1 A 2 ANOS DE IDADE

IMPLANTE COCLEAR EM CRIANÇAS DE 1 A 2 ANOS DE IDADE IMPLANTE COCLEAR EM CRIANÇAS DE 1 A 2 ANOS DE IDADE INTRODUÇÃO O implante coclear em crianças deficientes auditivas pré-linguais tem sido considerado potencialmente o tratamento mais eficaz para assegurar

Leia mais

4 Metodologia. 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea

4 Metodologia. 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea 4 Metodologia 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea O presente estudo fez uso de dados naturalistas ou ecológicos coletados para um estudo longitudinal (Martins, 2007). Um estudo naturalista

Leia mais

O QUE ESPERAMOS DA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM NEUROLOGIA

O QUE ESPERAMOS DA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM NEUROLOGIA O QUE ESPERAMOS DA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM NEUROLOGIA Mª. Andréia Costa Rabelo Neuropsicóloga do CRIEM/HC/FM/UFG Doutoranda em Ciências da Saúde UFG Professora do curso de Psicologia da Faculdade

Leia mais

Desempenho no índice percentual de reconhecimento de fala de indivíduos com audição normal

Desempenho no índice percentual de reconhecimento de fala de indivíduos com audição normal Desempenho no índice percentual de reconhecimento de fala de indivíduos com audição normal ÂNGELA ROCHA NARCISO(UNINGÁ)¹ TÂNIA CRISTINA SANTIAGO(UNINGÁ) 2 RESUMO O objetivo deste trabalho é de investigar

Leia mais

REUNIÃO CLÍNICA: PERDA AUDITIVA E ATRASO DE LINGUAGEM

REUNIÃO CLÍNICA: PERDA AUDITIVA E ATRASO DE LINGUAGEM UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO REUNIÃO CLÍNICA: PERDA AUDITIVA E ATRASO DE LINGUAGEM D i s c u s s ã o : P r o f a. D r a. S i m o n e H a g e D r a. P a u l a L a u r e t t i ( O R L ) A p r e s e n t a ç

Leia mais

PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM E FUNÇÕES COGNITIVAS NA LÍNGUA DE SINAIS ATÍPICA

PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM E FUNÇÕES COGNITIVAS NA LÍNGUA DE SINAIS ATÍPICA PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM E FUNÇÕES COGNITIVAS NA LÍNGUA DE SINAIS ATÍPICA Prof. Dr. Felipe Venâncio Barbosa Departamento de LinguísKca da FFLCH Universidade de São Paulo COGNIÇÃO, LINGUAGEM, LÍNGUA,

Leia mais

Processamento auditivo em teste e reteste: confiabilidade da avaliação

Processamento auditivo em teste e reteste: confiabilidade da avaliação Universidade de São Paulo Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional - FM/MFT Artigos e Materiais de Revistas Científicas - FM/MFT

Leia mais

O desenvolvimento neurológico é o processo cerebral básico necessário para a aprendizagem e a produtividade.

O desenvolvimento neurológico é o processo cerebral básico necessário para a aprendizagem e a produtividade. O desenvolvimento neurológico é o processo cerebral básico necessário para a aprendizagem e a produtividade. O processo evolutivo depende de três etapas distintas: 1. Desenvolvimento cerebral antes do

Leia mais

Ms. Karina Leão Neuropsicóloga

Ms. Karina Leão Neuropsicóloga Ms. Karina Leão Neuropsicóloga Neuroplasticidade A capacidade do sistema nervoso modificar sua estrutura e função em decorrência dos padrões de experiência. Pode ser avaliada: Perspectiva estrutural (configuração

Leia mais

Avaliação Fonoaudiológica em Neurologia / Educação: Linguagem e Fonologia.

Avaliação Fonoaudiológica em Neurologia / Educação: Linguagem e Fonologia. Avaliação Fonoaudiológica em Neurologia / Educação: Linguagem e Fonologia. Fgo. Dr. Fábio Henrique Pinheiro Fonoaudiológo. Doutor em Educação UNESP/SP. Pós Doutor Universidad Católica de Valencia/ESP.

Leia mais

Desempenho de escolares com dificuldades de aprendizagem em um programa computadorizado de avaliação e intervenção metafonológica e leitura

Desempenho de escolares com dificuldades de aprendizagem em um programa computadorizado de avaliação e intervenção metafonológica e leitura 1 Desempenho de escolares com dificuldades de aprendizagem em um programa computadorizado de avaliação e intervenção metafonológica e leitura Palavras chave: Leitura, Aprendizagem, Avaliação, Intervenção.

Leia mais

IMPLICAÇÕES DA AMPLIAÇÃO E REDUÇÃO DO VOT NA PERCEPÇÃO DE CONSOANTES OCLUSIVAS 1

IMPLICAÇÕES DA AMPLIAÇÃO E REDUÇÃO DO VOT NA PERCEPÇÃO DE CONSOANTES OCLUSIVAS 1 31 de 368 IMPLICAÇÕES DA AMPLIAÇÃO E REDUÇÃO DO VOT NA PERCEPÇÃO DE CONSOANTES OCLUSIVAS 1 Renato Abreu Soares * (Uesb) Vera Pacheco ** (Uesb) RESUMO Modificações na constituição intrínseca dos segmentos

Leia mais

17/08/2018. Disfagia Neurogênica: Acidente Vascular Encefálico

17/08/2018. Disfagia Neurogênica: Acidente Vascular Encefálico Disfagia Neurogênica: Acidente Vascular Encefálico M.Sc. Prof.ª Viviane Marques Fonoaudióloga, Neurofisiologista, Mestre em Fonoaudiologia, Doutoranda em Psicnálise, Saúde e Sociedade. O acidente vascular

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Medicina / Departamento de Fonoaudiologia

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Medicina / Departamento de Fonoaudiologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Medicina / Departamento de Fonoaudiologia ESTUDO DO REFLEXO ACÚSTICO EM CRIANÇAS EM IDADE PRÉ- ESCOLAR MATRICULADAS NAS UMEIS DE BELO HORIZONTE - MG Isabela

Leia mais

Lobo frontal e funções executivas

Lobo frontal e funções executivas Lobo frontal e funções executivas Funções executivas Conjunto de operações mentais que organizam e direcionam os diversos domínios cognitivos categoriais para que funcionem de maneira biologicamente adaptativa

Leia mais

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. Problemas de Aprendizagem na Escola Parte 2. Professora: Nathália Bastos

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. Problemas de Aprendizagem na Escola Parte 2. Professora: Nathália Bastos PEDAGOGIA Aspecto Psicológico Brasileiro Parte 2 Professora: Nathália Bastos DISLEXIA. Dificuldades de aprendizagem específicas na leitura; no reconhecimento preciso e decodificação da palavra e ao soletrar

Leia mais

DESCRIÇÃO DO PERFILVOCAL DE PROFESSORES ASSISTIDOS POR UM PROGRAMA DE ASSESSORIA EM VOZ

DESCRIÇÃO DO PERFILVOCAL DE PROFESSORES ASSISTIDOS POR UM PROGRAMA DE ASSESSORIA EM VOZ DESCRIÇÃO DO PERFILVOCAL DE PROFESSORES ASSISTIDOS POR UM PROGRAMA DE ASSESSORIA EM VOZ MASCARENHAS 1, Vanessa SOUZA 2, Vânia ALVES³, Jônatas LIMA- SILVA, Maria Fabiana ALMEIDA, Anna Alice Centro de Ciências

Leia mais

AQUISIÇÃO FONOLÓGICA EM CRIANÇAS DE 3 A 8 ANOS: A INFLUÊNCIA DO NÍVEL SÓCIO ECONÔMICO

AQUISIÇÃO FONOLÓGICA EM CRIANÇAS DE 3 A 8 ANOS: A INFLUÊNCIA DO NÍVEL SÓCIO ECONÔMICO AQUISIÇÃO FONOLÓGICA EM CRIANÇAS DE 3 A 8 ANOS: A INFLUÊNCIA DO NÍVEL SÓCIO ECONÔMICO Palavras Chave: Criança, Fala, Desenvolvimento da Linguagem Introdução: A aquisição do sistema fonológico ocorre durante

Leia mais

SÍNDROME DE ASPERGER E AUTISMO

SÍNDROME DE ASPERGER E AUTISMO SÍNDROME DE ASPERGER E AUTISMO CASTRO.M.B. 1 ; MARRONI.N.M.O. 2 ; FARIA.M.C.C. 3 ; RESUMO A Síndrome de Asperger é uma desordem pouco comum, ou seja, um grupo de problemas que algumas crianças tem quando

Leia mais

TCC em Re-vista ROSA, Maristela de Andrade; ROSSINI, Vanessa Francisco 14.

TCC em Re-vista ROSA, Maristela de Andrade; ROSSINI, Vanessa Francisco 14. Fonoaudiologia TCC em Re-vista 2010 87 ROSA, Maristela de Andrade; ROSSINI, Vanessa Francisco 14. Verificação das respostas do potencial evocado auditivo de longa latência (P300) em sujeitos ouvintes

Leia mais

A VISÃO DA NEUROPSICOLOGIA DIANTE DO DISTÚRBIO DE MEMÓRIA EM PORTADORES DE EPILEPSIA

A VISÃO DA NEUROPSICOLOGIA DIANTE DO DISTÚRBIO DE MEMÓRIA EM PORTADORES DE EPILEPSIA A VISÃO DA NEUROPSICOLOGIA DIANTE DO DISTÚRBIO DE MEMÓRIA EM PORTADORES DE EPILEPSIA Tipo de Apresentação: Pôster Mariana Leite da Silva Universidade Federal de Alagoas - UFAL marianaleitedsilva@gmail.com

Leia mais

PSICOMOTRICIDADE E EDUCAÇÃO FÍSICA ALIADAS À MELHORA DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

PSICOMOTRICIDADE E EDUCAÇÃO FÍSICA ALIADAS À MELHORA DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL PSICOMOTRICIDADE E EDUCAÇÃO FÍSICA ALIADAS À MELHORA DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL PATRÍCIA ESPÍNDOLA MOTA VENÂNCIO 2 JAIRO TEIXEIRA JUNIOR ROBERTA MENDES FERNANDES VIVIANE LEMOS SILVA FERNANDES CRISTINA

Leia mais

dificuldades de Aprendizagem X distúrbio de Aprendizagem

dificuldades de Aprendizagem X distúrbio de Aprendizagem Capacitação Multidisciplinar Continuada Como lidar com as dificuldades de Aprendizagem X distúrbio de Aprendizagem O que é aprendizagem Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através

Leia mais

Perfil epidemiológico dos distúrbios da comunicação humana atendidos em um ambulatório de atenção primária à saúde

Perfil epidemiológico dos distúrbios da comunicação humana atendidos em um ambulatório de atenção primária à saúde Perfil epidemiológico dos distúrbios da comunicação humana atendidos em um ambulatório de atenção primária à saúde Epidemiologia Descritiva, Fonoaudiologia, Atenção Primária à Saúde INTRODUÇÃO É importante

Leia mais

Psicoacústica. S = k. I / I. S = k. log I. Onde S é a sensação, I a intensidade do estímulo e k uma constante.

Psicoacústica. S = k. I / I. S = k. log I. Onde S é a sensação, I a intensidade do estímulo e k uma constante. 41 Capítulo 5 Psicoacústica A Psicoacústica estuda as sensações auditivas para estímulos sonoros. Trata dos limiares auditivos, limiares de dor, percepção da intensidade de da freqüência do som, mascaramento,

Leia mais

Sistema Auditivo Humano

Sistema Auditivo Humano Sistema Auditivo Humano Tecnologias de Reabilitação Aplicações de Processamento de Sinal Constituição do Ouvido Humano JPT 2 1 Constituição do Ouvido Humano JPT 3 Constituição do Ouvido Humano O ouvido

Leia mais

MÚSICA COMO INSTRUMENTO PSICOPEDAGÓGICO PARA INTERVENÇÃO COGNITIVA. Fabiano Silva Cruz Educador Musical/ Psicopedagogo

MÚSICA COMO INSTRUMENTO PSICOPEDAGÓGICO PARA INTERVENÇÃO COGNITIVA. Fabiano Silva Cruz Educador Musical/ Psicopedagogo MÚSICA COMO INSTRUMENTO PSICOPEDAGÓGICO PARA INTERVENÇÃO COGNITIVA Fabiano Silva Cruz Educador Musical/ Psicopedagogo (gravewild@yahoo.com.br) APRESENTAÇÃO Fabiano Silva Cruz Graduado em composição e arranjo

Leia mais

A percepção de variação em semitons ascendentes em palavras isoladas no Português Brasileiro 1

A percepção de variação em semitons ascendentes em palavras isoladas no Português Brasileiro 1 http://dx.doi.org/10.4322/978-85-99829-84-4-2 A percepção de variação em semitons ascendentes em palavras isoladas no Português Brasileiro 1 Fernanda Consoni; Waldemar Ferreira Netto Introdução O trabalho

Leia mais

SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas

SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas Objetivos desta aula: 1. Conceituar as DA s sob diferentes perspectivas; 2. Conhecer as diferentes

Leia mais

CARACTERÍSTICAS NEUROPSICOLÓGICAS ENCONTRADAS EM TRÊS CRIANÇAS COM SÍNDROME DE TOURETTE Carolina Magro de Santana Braga 1

CARACTERÍSTICAS NEUROPSICOLÓGICAS ENCONTRADAS EM TRÊS CRIANÇAS COM SÍNDROME DE TOURETTE Carolina Magro de Santana Braga 1 CARACTERÍSTICAS NEUROPSICOLÓGICAS ENCONTRADAS EM TRÊS CRIANÇAS COM SÍNDROME DE TOURETTE Carolina Magro de Santana Braga 1 RESUMO Síndrome de Tourette é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado

Leia mais

Caso Clínico 1. Módulo de Casos Clínicos Curso de Aprimoramento TDAH

Caso Clínico 1. Módulo de Casos Clínicos Curso de Aprimoramento TDAH + Caso Clínico 1 Módulo de Casos Clínicos Curso de Aprimoramento TDAH + Caso Clínico Abordagem prática para aplicar o que vocês aprenderam Ilustra o modus operandi do raciocínio clínico Pode representar

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA

PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA Instituição Certificadora: FALC Amparo Legal: Resolução CNE CES 1 2001 Resolução CNE CES 1 2007 Carga Horária: 420h Período de Duração: 12 meses (01 ano) Objetivos:

Leia mais

VI SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS. Luiz Carlos da Silva Souza** (UESB) Priscila de Jesus Ribeiro*** (UESB) Vera Pacheco**** (UESB)

VI SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS. Luiz Carlos da Silva Souza** (UESB) Priscila de Jesus Ribeiro*** (UESB) Vera Pacheco**** (UESB) 61 de 119 UMA ANÁLISE DE F0 DAS VOGAIS NASAIS E NASALIZADAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO 1 Luiz Carlos da Silva Souza** Priscila de Jesus Ribeiro*** Vera Pacheco**** RESUMO: Este trabalho tem por objetivo fornecer

Leia mais

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ DEBORA RAQUEL WENGRAT

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ DEBORA RAQUEL WENGRAT 1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ DEBORA RAQUEL WENGRAT HABILITAÇÃO AUDITIVA POR MEIO DAS ESTRATÉGIAS DA TERAPIA AUDITIVO-VERBAL: RELATO DE CASO CURITIBA 2014 2 DEBORA RAQUEL WENGRAT HABILITAÇÃO AUDITIVA

Leia mais

Constituição de 88, artigo 205 Nota técnca 4/2014 do MEC LEI Nº , DE 6 DE JULHO DE 2015.

Constituição de 88, artigo 205 Nota técnca 4/2014 do MEC LEI Nº , DE 6 DE JULHO DE 2015. Constituição de 88, artigo 205 Nota técnca 4/2014 do MEC LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Podemos entender as di culdades de aprendizagem como um sintoma, e se compararmos a uma febre isso ca mais

Leia mais