Conceito Neuroevolutivo Bobath. Ft. Esp. Thereza Cristina Rodrigues Abdalla

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1 Conceito Neuroevolutivo Bobath Ft. Esp. Thereza Cristina Rodrigues Abdalla

2 Cronograma História; Aspectos Neuroanatômicos; Controle Motor; Tecnicas; Indicações; Materiais; Avaliação; Prática

3 Apresentação

4 Conceito Neuroevolutivo Bobath Abordagem utilizada para solução de problemas, para avaliação e para tratamento de indivíduos com distúrbios da função, do movimento e do controle postural, devido a lesões do Sistema Nervoso Central. (Raine; 2006)

5 Conceito Neuroevolutivo Bobath Abordagem mais comum; Possui embasamento teórico para prática; Base para todas as técnicas; Amplamente utilizada; Utilizada para crianças e idosos.

6 História

7 História Bertha Bobath recebeu um famoso pintor portador de hemiplegia e com grande espasticidade; Bertha observou que a espasticidade era modificada por meio de posturas e movimentos; Construção do método Bobath

8 Centro Bobath em Londres

9 Conceito Constante Evolução Neuroevolutivo Respeita o desenvolvimento neuropsicomotor Bobath Nome dos Criadores

10 História Inicialmente utilizava apenas posturas estáticas para inibição das alterações de tônus; Após profundos estudos sobre desenvolvimento motor típico, a intervenção passou a inibir padrões reflexos e posicionar o paciente de acordo com posturas neuroevolutivas.

11 História Porém, percebeu se que mesmo com o tônus modulado e em posturas neuroevolutivas as transferências mostravam um desafio;

12 História Identificou-se que a base para o movimento frente a gravidade está nas reações posturais automáticas; Esta descoberta tornou o conceito mais dinâmico; Foram englobados os Padrões influenciando o tônus (PIT); Os PIT inibem os padrões anormais e facilitam a ocorrência de movimentação normal.

13 História Por último foram adicionadas ao conceito o treino das reações de balance (equilíbrio, proteção e retificação) e das atividades funcionais; Sempre com foco na funcionalidade;

14 Tônus Muscular O tônus postural era atribuído à atividade tônica reflexa; Espasticidade é definida como uma desordem caracterizada pela velocidade de aumento dos reflexos tônicos de estiramento com retrações tendíneas exageradas; Assim pensava-se em avaliar tônus apenas de forma passiva; Com a evolução do método começou-se a avaliar também de forma ativa.

15 Sistema Límbico

16 Sistema Límbico Apresenta um importante papel no controle motor e aprendizado; É necessário conhecer estes aspectos para adaptar a abordagem de tratamento as necessidades do paciente; Todos os grandes sistemas do SNC se interligam e são co-dependentes do ambiente.

17 Sistema Límbico Consiste de estruturas antigas ao redor do tronco cerebral ramificam através de suas conexões corticais novas; Está vitalmente ligado ao mesencéfalo; Lida com impulsos biológicos, tais como alimentação e reprodução; Comportamento materno e social, decisões de luta e fuga também são atribuídas a ele; Envolve comportamentos específicos da espécie e necessidades emocionais resultantes.

18 Sistema Límbico MOVE Memória e Motivação, Olfato, Viscerais e Emoções. ( Umphred, 1995)

19 Sistema Límbico Memória e Motivação: - Impulso para a vontade de aprender e/ou prestar atenção; experimentar; Olfato - Senso do cheiro. Motivação e atração pelo cheiro.

20 Sistema Límbico Viscerais: - Impulsos como sede, fome e funções endócrinas; Emoções: - Relacionado a auto-estima, atitude e comportamento social; imagem corporal;

21 Sistema Límbico A terapia prossegue melhor quando o paciente está motivado; Terapeutas precisam ter consciência de como lidar com as emoções do paciente; Pacientes seguros podem relaxar e participar no aprendizado motor sem fortes reações emocionais; Pacientes se sentem seguros quando confiam no terapeuta.

22 Sistema Límbico A amígdala e o hipocampo são estruturas límbicas envolvidas no aspecto de memória do aprendizado;

23 Sistema Límbico A amígdala está associada ao aspecto emocional; Hipocampo está relacionado ao aspecto de armazenamento da memória; Ambos possuem conexões recíprocas e elos entre centros vitais do cérebro; Paciente com Alzheimer possuem deteriorização destas estruturas o que causa alteração de memória recente e reações como descontrole no apetite e violência.

24 Sistema Límbico Desatenção, lentidão, repetição de comportamentos, impulsividade e falta de motivação são sinais de alteração do sistema límbico.

25 Sistema Límbico A regulação do Sistema Límbico ocorre no hipotálamo; Esta área é responsável pea temperatura, FC, pressão sanguínea e ingestão de comida e água; Lesões nesta região provocam obesidade, hostilidade (medial) e afagia, diminuição no alerta, percepção sensorial e de pressão (lateral).

26 Sistema Límbico A área límbica integra as funções básicas primitivas; É responsável pela sobrevida; Se torna ativo quando há risco de sobrevida; Possui memória e pode escolher como reagir de acordo com sua experiência; Junto com o Sistema sensório motor afeta diretamente o comportamento motor.

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28 Aprendizado Motor É importante saber como aprendemos melhor; O Sistema Límbico possui importante papel na motivação e memória da aprendizagem;

29 Aprendizado Motor Aprendizado declarativo: Trata com fatos e eventos; Aprendizado de procedimento: Envolve saber como.

30 Aprendizado Motor A solução de problemas depende das duas formas; Ex: Somente depois que o paciente perceber que é importante ser capaz de caminhar até o banheiro, ele poderá ter o desejo de considerar como conseguir a habilidade de caminhar.

31 Aprendizado Motor Para ser capaz de ensinar novos movimentos devemos saber como adquirimos novas habilidades motoras e os estágios para aprendizado de uma nova tarefa;

32 Aprendizado Motor São 3 os estágios de aprendizado; Cognitivo; Associativo; Autônomo. Fitts e Posner ( 1967)

33 Aprendizado Motor Estágio Cognitivo: Muitos erros, o aprendiz requer ajuda externa para corrigir uma atividade;

34 Aprendizado Motor Estágio Associativo: O desempenho varia. O indivíduo comete menos erros e é capaz de utilizar a auto correção para alguns; Estágio autônomo: O indivíduo corrige automaticamente os erros sem pensar no que está fazendo. Rotina.

35 Aprendizado Motor É importante que o paciente conheça o movimento que vai realiza? Como deve ser o meu feedback? Devo orienta lo o tempo todo?

36 Aprendizado Motor Conhecimento do Resultado e do Empenho: - Guia o indivíduo para a frente durante o estágio inicial do movimento; - Receber pouca ajuda externa ajuda a se auto corrigir; - Pistas sensoriais ajuda no enfoque da atenção e no conhecimento do desempenho.

37 Aprendizado Motor Feedback - Estimar o erro antes de ensinar; - Feedback natural e externo; - O Feedback externo aumenta o feedback sensorial; - Dividir a tarefa; - Facilitação da aprendizagem.

38 Plasticidade Neural É a base para restauração da função após uma lesão; A recuperação pode continuar por meses ou anos; A plasticidade causa reorganização dinâmica e adaptação a novas circunstâncias;

39 Plasticidade Neural Os fatores comportamentais que influem na plasticidade/ recuperação motora incluem: - Participação ativa; - Metas Significativas; - Prática (Aquisição de Habilidades)

40 Plasticidade Neural Descoberta de sinapses pouco usadas; Brotamento de axônios; Fibras piramidais e não piramidais do Tronco Cerebral auxiliam diretamente o Controle Motor; Ex: Função manual pós AVC;

41 Plasticidade Neural O aprendizado motor possui várias facetas; É preciso pesquisar mais para compreender as áreas que participam do processo; É importante observar o estado emocional e habilidade de reter informações; O terapeuta deve considerar como os múltiplos sistemas estão interagindo; Podem favorecer o aprendizado através da repetição.

42 Tronco Normal Desde que os seres humanos adotaram a postura ereta o tronco se tornou necessário para manter o corpo ereto contra a gravidade; A coluna vertebral necessitou de novos padrões de força através da diferente distribuição de peso e tensão muscular; O tronco precisou fornecer as mãos um suporte móvel e estável para dar funcionalidade a elas.

43 Tronco Normal As vértebras inferiores se fundiram para formar o pilar do sacro e assim aliviar a função do tronco.

44 Tronco Normal A articulação sacro ilíaca é forte e potente; É responsável pela transmissão de peso da cabeça, tronco e braços; A pelve oferece inserção a importante músculos do tronco.

45 Tronco Normal A pelve, forma uma base estável para a longa alavanca móvel do tronco nas posturas eretas; As escápulas flutuam e permitem uma amplitude mais livre do movimento do ombro; A enorme variedade de movimentos do tronco se tornam possíveis graças a coluna vertebral.

46 Controle Postural Postura: O controle postural se dá pela interação entre o indivíduo, a tarefa e o ambiente; Controle Postural: Envolve o controle de posição do corpo no espaço, para a finalidade de estabilidade e orientação; Orientação Postural: É definida como a capacidade de manter uma relação adequada entre os segmentos do corpo com o ambiente para a realização de uma tarefa.

47 Controle Postural Estabilidade Postural: Capacidade de manter a posição do corpo e o centro de massa dentro de limites específicos; Centro de Massa: O ponto está no centro total de massa corpórea; Base de Apoio: É definida como a área do objeto que está em contato com a superfície de apoio.

48 Controle Postural Estabilidade Postural = Equilíbrio; Definida como a capacidade de manter o CDM projetado dentro dos limites da BDA; As demandas de estabilidade e da orientação mudam de acordo com a tarefa; Os Aspectos Cognitivos são a base para os aspectos de antecipação e adptação do controle postural.

49 Controle Postural Mecanismos para o Controle Postural: - Alinhamento - Tônus Muscular - Tônus Postural

50 Controle Postural Mecanismos Sensoriais associados ao Controle Postural: - Informações Visuais; - Informações Somatossensitivas; - Informações Vestibulares.

51 Bobath Além dos benefícios proporcionados aos pacientes ; Uma das principais contribuições do Conceito Neuroevolutivo Bobath foi a comprovação de que o sistema nervoso é capaz de aprender a responder a estímulos inibitórios dos padrões de movimento que interferem com a movimentação normal. (Gusman & Torre, 2010).

52 Bobath O Conceito visa preparar o paciente para executar atividades funcionais; Tentando torna-lo o mais independente possível, de acordo com suas potencialidades; É uma forma de tratamento global que se adequa as necessidades individuais; Nele o paciente recebe experiências sensório-motora normal de movimentos básicos; Pela repetição e integração em suas atividades de vida diária geram o aprendizado motor e posteriormente o automatismo.

53 Bobath O objetivo da intervenção pelo Conceito Neuroevolutivo Bobath é realizar manuseios que utilizem técnicas de inibição, facilitação e estimulação de padrões de movimento normais, para possibilitar a aquisição da funcionalidade dos pacientes; Inibe padrões de tônus postural anormal e facilita o surgimento de padrões motores normais, o que viabiliza a ocorrência de movimentos ativos e mais próximos do normal.

54 Bobath Facilitação Inibição Estimulação

55 Bobath Na década de 1990, Berta Bobath percebeu a importância do tratamento não se limitar a um conjunto estruturado de exercícios; Assim, na intervenção deve haver uma variedade de técnicas adaptadas para atender a evolução das necessidades individuais; Cada terapeuta deve atuar de forma diferenciada e de acordo com suas experiências e personalidade; Porém, todo o tratamento deve ser embasado na teoria e prática do Conceito.

56 Bobath A referência para que se saiba se a intervenção é eficiente, é a ocorrência de movimentos funcionais, com adequado alinhamento biomecânico, coordenação motora e controle motor.

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58 Padrões Influenciando o Tônus - PIT Antigamente chamados de Padrões de Inibição Reflexa; Tônus Postural era atribuído a atividade reflexa; Tônus normalmente avaliado de forma passiva deve ser avaliado de forma ativa; Nova compreensão sobre tônus e controle postural.

59 Padrões Influenciando o Tônus - PIT Pensava se que era possível produzir mudanças no tônus através da inibição da atividade reflexa tônica anormal; Quando aplicamos as técnicas de manuseio pelos pontos chaves de controle estamos produzindo mudanças no tônus que irão influenciar o controle postural e a perfomance nas atividades; Modificam o corpo todo (pontos chaves) ou partes específicas (técnicas de inibição localizadas).

60 Padrões Influenciando o Tônus - PIT Não neural: Alongamento e contração do músculo; Neurais: Reflexos cutâneos e proprioceptivos; mecanismos de feedback e feedfoward; São aplicados usando as mãos ou direcionando a atividade funcional; Evoluirá para a adaptação e aprendizado motor.

61 Técnicas de Facilitação de Movimentos Ativos É feita através do manuseio do paciente utilizando pontos chaves de controle; Movimentos automáticos do controle postural dinâmico formam a base necessária as nossas habilidades e movimentos voluntários; Consistem nas reações de equilibrio e de endireitamento que nos capacitam a levantar e movimentar contra a gravidade; Muito do que é feito na facilitação é exclusivamente para aprendermos sobre como nos movimentamos e como reagimos ao sermos movimentados.

62 Técnicas de Facilitação de Movimentos Ativos Deve ser aprendida primeiro em uma pessoal normal antes de se usar nos pacientes; As formas de se conseguir são: - Usar diversos pontos chaves de controle; - Uso de apoio mínimo e adequado; - Espera pela reação e sua análise. - Nosso objetivo é ser capaz de retirar as mãos em algum ponto do manuseio.

63 Técnicas de Facilitação de Movimentos Ativos Devemos saber qual resposta esperamos; Devemos saber qual estímulo adequado; Estimular com cautela, não estimular demais; É necessário uma boa avaliação

64 Técnicas de Facilitação de Movimentos Ativos Exemplos: - Facilitação de sequências de movimentos normais (rolar, arrastar, engatinhar até de pé); - Controle de cabeça Manter o posicionamento da cabeça durante o movimento, recuperar o alinhamento da cabeça após o movimento, movimento da cabeça independente de tronco e membros

65 Técnicas de Facilitação de Movimentos Ativos Apoio de braço e extensão protetora - Esticar o braço em direção a superfície e suporte de peso móvel no braço e mão; Equilíbrio Endireitamento - Proteção

66 Pontos Chaves de Controle Pontos Chave de Controle: - As técnicas de inibição e facilitação são guiadas pelo fisioterapeuta através de pontos-chave de controle; - O manuseio influência seguimentos à distância, seguindo o preceito de que o movimento modula o tônus; - Quando a aprendizagem motora melhora deve-se diminuir gradualmente o suporte fornecido pelo fisioterapeuta; - Esta diminuição ocorre com o uso de pontos-chave em regiões mais distais, o que contribui para a aquisição da sua indepêndencia.

67 Pontos Chaves de Controle São na maioria das vezes, as articulações do paciente; Como estes são pontos móveis em nosso esqueleto, permitem a condução do movimento com maior facilidade e menor desgaste tanto para o fisioterapeuta quanto para o paciente; Evitar estímulos nos ventres musculares, pois estes podem causar maior alteração do tônus devido ao estímulo aos receptores sensoriais de estiramento; O fisioterapeuta deve tocar o mínimo possível o paciente e utilizar a palma de suas mão para conduzir o ponto-chave.

68 Pontos Chaves de Controle O ponto-chave é um local para condução do movimento, também é inadequado pegar com força, ou agarrar a articulação do paciente, deve-se permitir liberdade de movimentação.

69 Pontos Chaves de Controle Quando for difícil facilitar um movimento por determinado ponto-chave, deve-se procurar outro ponto mais proximal; Quanto menor o controle motor e a independência do paciente, mais proximal deve ser o ponto-chave; Quanto mais avançado o controle motor do paciente e maior a sua autonomia, deve- se utilizar pontos-chave mais distais, até que progressivamente se retire o suporte ao paciente.

70 Pontos Chaves de Controle Proximais: - Cabeça; - Esterno; - Ombro; - Quadril Distais; - Cotovelo; - punho; - joelho; - tornozelo.

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76 Tećnicas de inibic aõ e facilitac aõ As técnicas de inibição e facilitação podem ser compreendidas como os Padrões Influenciando o Tônus (PIT) (Centro Bobath, 1997; Gusman & Torre, 2010).

77 Tećnicas de inibic aõ e facilitac aõ Estudos mostram que quando se aplica os PIT pelos pontos-chave de controle produz-se mudanças no tônus que influenciam o controle postural e a performance das atividades funcionais;

78 Tećnicas de inibic aõ e facilitac aõ Isto ocorre porque se fornece alinhamento biomecânico adequado e mecanismos de realimentação (feedback) e antecipação para o movimento (feed-forward); E também padrões (normalmente de extensão, abdução e rotação externa) que estão entre os dois extremos de flexão e extensão, formando a base para o movimento e para a postura normal.

79 Tećnicas de inibic aõ e facilitac aõ Estes padrões são utilizados para modificar os padrões anormais de posturas e de movimentos ; Eles inibem porque ocorrem em posturas que não permitem desencadear reflexos patológicos e facilitam porque possibilitam o alinhamento biomecânico adequado ao alongamento e a contração muscular e também porque influenciam os mecanismos de feedback e feed- forward.

80 Tećnicas de inibic aõ e facilitac aõ Os PIT ocorrem pelo manuseio do fisioterapeuta guiando atividades funcionais, por meio de um comando verbal, ou pela demonstração de uma atividade funcional; Este padrão visa uma inibição combinada com uma facilitação; Durante a aplicação de um manuseio de facilitação o objetivo é realmente possibilitar ou facilitar a movimentação, por meio dos pontos-chave de controle.

81 Tećnicas de inibic aõ e facilitac aõ A inibição, também é realizada com manuseios por pontos-chave; É possível incluir uma resposta normal do indivíduo que iniba uma resposta patológica; No tratamento, busca-se inibir ou refrear uma ação ou situação em que se encontram padrões anormais de postura ou movimento;

82 Tećnicas de inibic aõ e facilitacão Este processo pode ser executado por meio da inibição dos movimentos ou padrões indesejados; Também pela facilitação de padrões normais que se sobrepõem aos anormais, ou ainda pela indução do paciente a inibir em si mesmo as alterações na busca de padrões sensoriomotores mais normalizados.

83 Tećnicas de inibic aõ e facilitacão Em pacientes com alteração do tônus, há um desequilıbrio entre a excitação e a inibição sináptica durante a a fase de planejamento, de programação ou de execução de um movimento, o que resulta em padrões de movimentos inadequados; A inibição do padrão motor inadequado é um fator de controle do movimento e da postura, importante para a seletividade e a graduação da função, e para o adequado controle motor (velocidade, amplitude e direção dos movimentos). Inibição e facilitação do movimento podem ser promovidas em conjunto, ou simultaneamente, durante o manuseio do paciente.

84 Tećnicas de inibic aõ e facilitacão A união das mãos na linha média ou a cabeça centralizada podem funcionar como fatores de inibição; A melhor inibição é aquela através de uma atividade que o próprio paciente execute de maneira mais normal possível, por si mesmo, e que possibilite iniciar algum movimento funcional ativamente.

85 Tećnicas de inibic aõ e facilitacão Na cabeça, manuseios de extensão facilitam a extensão do restante do corpo; Devem ser evitados se houver presença de atividade reflexa tônica simétrica ou labiríntica; Os manuseios de flexão da cabeça irão inibir a espasticidade, porém deve-se analisar se esta postura não aumenta a espasticidade extensora em membros inferiores pela presença do RTCS.

86 Na cintura escapular e nos membros superiores a rotação interna inibe o espasmo extensor (atetóides); A rotação externa inibe a flexão (espásticos);

87 Tećnicas de inibic aõ e facilitacão Na cintura pélvica e nos membros inferiores a flexão da perna ou a dorsiflexão dos artelhos, facilitam a abdução, a rotação externa e a dorsifexão; A rotação externa também auxilia na abduçao e na dorsiflexão; Em prono facilita-se a extensão da coluna e do quadril;

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90 Tećnicas de inibic aõ e facilitacão Sentado, facilita-se a extensão; A adução dos membros superiores facilita o controle de cabeça; O ajoelhado e em pé são facilitados com a rotação externa e a extensão de membros superiores em diagonal para trás.

91 Tećnicas de estimulac aõ Aumentam o tônus postural e regulam a ação conjunta dos músculos agonistas, antagonistas e sinergistas; São úteis em crianças com ataxia, atetoses e hipotonia; Estas técnicas devem ser utilizadas na espasticidade somente se o tônus postural for baixo e durante a ausência da atividade reflexa tônica (RTCS, RTCA, RTL)

92 Tećnicas de estimulac aõ A indicação das técnicas de estimulação é específica; Devem ser utilizadas em combinação com os PIT, somente com o tônus postural baixo e evitando reações associadas e movimentos involuntários; São embasadas na estimulação tátil e proprioceptiva.

93 Tapping Placing Transferência de peso Técnicas de Estimulação Holding

94 Tećnicas de estimulac aõ Transferência de Peso: - Causa pressão e recrutamento de unidades motoras; - Libera os outros segmentos que não estão sustentando peso para que executem movimentos; - Quando não há transferência de peso, não há movimento; - Deve ser facilitada pelos pontos-chave de controle

95 Tećnicas de estimulac aõ Transferência de Peso: - Nos pacientes espásticos estas transferências são realizadas em movimento constante e com grande amplitude; Nos pacientes atáxicos e atetóides a transferência de peso deve ser feita de maneira mais estática, de forma mais lenta e em pequenas amplitudes

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97 Tećnicas de estimulac aõ Placing e holding - Placing e holding (colocação e manutenção) são técnicas que envolvem a habilidade em controlar e manter os movimentos e as posições de forma automática e voluntária, em toda a amplitude de movimento; - O placing é o auto-ajuste aos movimentos que se objetiva ao final da terapia; - O holding é a habilidade de manter o segmento cujo movimento foi interrompido, na posição em que se colocou este segmento quando se realizou o placing.

98 Tećnicas de estimulac aõ Tapping - É uma maneira de se atingir o placing; - Aumenta o tônus postural pelo estímulo tátil e proprioceptivo, ativa grupos musculares fracos; - Estimula as reações de balance (equilíbrio, proteção e retificação); - Promove padrões sinérgicos de movimento (ativação muscular adequada de agonistas, antagonistas e sinergistas).

99 Tećnicas de estimulac aõ Tapping - Desencadea uma estimulação tátil e proprioceptiva, ou uma co-contração, (contração simultânea de agonistas antagonistas) e sinergistas que possibilitam movimentos com estabilidade; - O objetivo desta técnica é possibilitar a manutenção automática de uma posição de- sejada; - Ou seja, chegar ao placing e ao holding.

100 Tećnicas de estimulac aõ Respeitando o alinhamento biomecânico; Em casos de fraqueza de um grupo muscular, hipotonia global, ou necessidade de aumentar o tônus de atetóides e atáxicos; Não se utiliza o tapping na presença de espasticidade ou espasmos, a menos que se objetive melhorar as reações de balance para ativar o ajuste as mudanças de postura.

101 Tećnicas de estimulac aõ Existem 4 tipos de tapping: - De inibição; - De pressão; - De deslizamento; - Alternado.

102 Tećnicas de estimulac aõ Tapping de inibição: serve para ativar grupos musculares fracos; - Aumenta a função de músculos que não conseguem se contrair porque seus antagonistas são hipertônicos; - Inibe a atividade de músculos antagonistas hipertônicos; - É aplicado com a rápida liberação da parte do corpo que se quer ativar, seguida de uma contenção imediata.

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104 Tećnicas de estimulac aõ Tapping de pressão: - Objetiva aumentar o tônus e permitir a sustentação de posturas contra a gravidade; - Ocorre através da co-contração; - Deve ser iniciado em uma posição de atividade intermediária entre os músculos agonistas e antagonistas; - Muito utilizado em atetóides e atáxicos por terem mobilidade excessiva e tônus flutuante; - Na espasticidade, deve ser utilizado com critério para que esta não aumente.

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106 Tećnicas de estimulac aõ Tapping por deslizamento: - Utilizado para ativar um músculo ou um grupo muscular deficiente ou inativo; - Inibe um padrão motor patológico e facilita um padrão motor adequado; - Ocorre por meio de um firme deslizamento, com os dedos do terapeuta estendidos, pelo comprimento do músculo ou dos músculos estimulados; - Um novo tapping deve ser dado quando o paciente começa a perder o efeito do estímulo anterior.

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108 Tećnicas de estimulac aõ Tapping alternado: - Estimula o controle de posições intermediárias,; - É aplicado quando o paciente é capaz de manter uma posição intermediária de maneira eficaz; - É muito útil em atetóides e atáxicos porque melhora a contração e o relaxamento dos mm agonistas e antagonistas; - Na espasticidade serve para estimular e regular as reações de balance (equilíbrio, proteção e retificação).

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110 Técnicas Exemplo: - Executa-se os PIT, seguido de um tapping de inibição para a redução da espasticidade e a organização do tônus. Na sequência, aplica-se um tapping de deslizamento para ativar o grupo muscular inativo, e segue-se com um tapping de pressão para a sustentação da postura. A seguir, aplica-se um tapping alternado para estimular o controle de posições intermediárias e finaliza-se com o placing e o holding.

111 Indicações

112 Materiais Rolo: - Proveḿ do latim rotulu, cilindro e significa qualquer coisa de forma cilińdrica e alongada (Michaelis, 2007); - Bastante utilizado nos atendimentos terapeûticos; - Pode ser confeccionado de diferentes tamanhos e materiais, o que permite diferenciar as atividades a serem realizadas

113 Materiais

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122 Materiais Bola: - Proveḿ do latim bulla, substantivo feminino que significa qualquer corpo esfeŕico (Michaelis, 2007); - Conhecida como Bola Bobath, devido a grande influe ncia que a abordagem Bobath tem na formac aõ dos terapeutas brasileiros ;

123 Materiais Permite deslocamentos: - La tero-lateral; - Antero-posterior; - Diagonal; Grande resiste ncia (suportando ate 300 kg); Antiderrapante; Faćil higiene; Durabilidade; Ato xica.

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138 Aplicação Prática Segue-se a sequência do desenvolvimento típico; Começa em posturas mais simples e evolui para posturas mais complexas; A sequência de manuseios obedece o sentido céfalocaudal e inicia-se sempre com os manuseios mais proximais ou axiais;

139 Aplicação Prática Os manuseios devem ser realizados por pontos-chave de controle e em PIT; Os alongamentos são executados de forma ativa e em contextos funcionais; O uso de recursos deve ser criteriosamente avaliado; Além da capacidade motora, o programa de tratamento também precisa ser adequado à idade e aos interesses do paciente.

140 Tratamento Hipotonia: -A ativação muscular ocorre por somação de estímulos e os tappings são bastante úteis; - Os principais objetivos com este tipo de paciente são: organizar o tônus, prevenir contraturas e deformidades, e estimular a aquisição das posturas anti-gravitacionais de acordo com a sequência do desenvolvimento típico.

141 Tratamento Hipertonia: - Deve-se optar por manuseios de inibição combinados com facilitação, por meio dos PIT; - Organizar o tônus e inibir a atividade reflexa, promover a simetria corporal, evitar as contraturas e as deformidades, e, se possível, estimular o controle das posturas do desenvolvimento típico.

142 Tratamento Hemiparesia: - Deve-se organizar o tônus, transferir o peso para o lado afetado, promover a simetria, fornecer noções de linha média, favorecer a mobilidade e o controle de tronco, promover a integração bimanual, evitar a instalação de deformidades, inibir as reações associadas e treinar a marcha.

143 Tratamento Tônus Flutuante: Organizar o tônus, promover a estabilidade, estimular o controle de cabeça e de tronco, e evitar as assimetrias; Deve-se conter os movimentos involuntários com manuseios que forneçam estabilidade proximal e movimentos mais controlados; Isto pode ser alcançado com facilitações e tappings de pressão. (co-contração).

144 Tratamento Ataxia - Estimular as reações de equilíbrio e as transferências, ganhar mobilidade pélvica, rea- lizar transferências de peso e melhorar a coordenação e a alternância de movimentos.

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