Alongamento. O que se precisa para um alongamento? Técnicas Oscilatórias graduadas
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- Luiz Henrique Lima
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1 Alongamento Este é um material para nossa reflexão e discussão em aula prática onde você vai treinar a aplicabilidade das técnicas. Não um texto definitivo. Leia muito mais sobre e elabora programas de treinamento baseado nele. Sabemos que não há unanimidade quanto a tempo, nº de de repetição e séries, mas vamos pensar um pouco. O que se precisa para um alongamento? Um músculo de fato encurtado. Uma posição proximal fixa e conhecida Conhecimento sobre a AMA e ACM Que não ocorra compensações Técnicas Oscilatórias graduadas Resistência dos tecidos Limite anatômico Mobilidade intra-articular Alongamento 1
2 O que determina nº. de repetições? O ganho da ACM O que determina o nº. de séries Se o ganho não é facilmente atingido Isso vai ocorrer em pacientes com grande graus de diminuição da ACM Utilizamos o bom senso e nossa experiência para esta definição Benefícios do alongamento Ampliar o relaxamento físico e mental; Reduzir a tensão muscular ; Reduzir a irritabilidade muscular; Promover o desenvolvimento da consciência do próprio corpo; Reduzir o risco de lesão muscular. Falar comonós vemos a utilização das técnicas nas diferentes áreas. 2
3 Técnicas de Alongamento Alongamento refere-se ao processo de aumentar o comprimento muscular. Os exercícios de alongamento são realizados de várias maneiras, dependendo de seus objetivos, de sua capacidade e de seu nível de treinamento. Alongamento Estático Alongamento Balístico Alongamento Estático: O alongamento estático envolve uma posição que é mantida por um período de tempo e que pode ou não ser repetida. É um alongamento lento e mantido. Tem menor possibilidade de facilitar o reflexo de estiramento e aumentar a tensão no músculo que está sendo alongado. As vantagens: controle máximo, pouco ou nenhum movimento (se houver é mínimo) nenhuma velocidade de movimento, requer pouco gasto de energia, proporciona o tempo adequado para reajustar a sensibilidade do reflexo do alongamento, permite uma mudança semipermanente no comprimento. Sua maior desvantagem é sua falta de especificidade de treinamento. O treinamento estático é caracterizado por um aumento gradual do tempo a partir de 20 seg. até dúzias de segundo. Alongamento Balístico O alongamento balístico é a habilidade de mover a articulação através de sua amplitude de movimento em ambas as velocidades, rápida e lenta, onde envolve movimentos pendulares, saltos, movimentos insistidos e movimentos rítmicos. Há quatro argumentos importantes que sustentam o alongamento balístico, baseado nas seguintes vantagens: desenvolvimento da flexibilidade dinâmica, eficácia, companheirismo interesse. Por outro lado há quatro argumentos contra este alongamento que são: adaptação inadequada do tecido, sofrimento que resulta em lesão, iniciação do reflexo de alongamento adaptação neurológica inadequada. 3
4 Executando um Programa de Alongamento Balístico Seguro Recomenda se um programa de flexibilidade de velocidade progressiva (PFVP). O PFVP é precedido por um aquecimento. Então durante um período de tempo o individuo passa por uma série de exercícios de alongamento, nos quais a velocidade e a amplitude de alongamento são combinadas e controladas sobre uma base progressiva. Esse programa gradual permite que o músculo e a junção músculotendinosa adaptem-se progressivamente aos exercícios balísticos funcionais. De acordo com Matveyev (1981), estes exercícios devem ser realizados em série, com um aumento gradual no tamanho dos movimentos. O número de repetições em uma série geralmente varia de oito a doze. As repetições devem cessar quando a amplitude dos movimentos diminui devido à fadiga. Alongamento Passivo No alongamento passivo o individuo não contribui para gerar a força de alongamento,quando na ausência de contração ativa. O movimento é realizado por um agente externo, esse agente pode ser um terapeuta, um companheiro ou um equipamento especial. Com a técnica de alongamento passivo, o movimento forçado restaura a amplitude de movimento normal, quando ela é limitada pela perda de extensibilidade do tecido mole. Seu efeito sobre o músculo é estender a porção elástica passivamente. Este alongamento é indicado quando o agonista ou motor principal é muito fraco para mover a articulação ou quando tentativas para inibir o músculo principal não são bem sucedidas. Alongamento Passivo O terapeuta aplica uma força externa e controla: a direção, velocidade, intensidade e duração do alongamento. A força de alongamento é geralmente aplicada por não menos que 6 segundos, mas preferivelmente por 15 a 30 segundos e repetida por várias vezes. - O que caracterizaria uma série. Teóricamente O alongamento passivo pode não ser a técnica de escolha para tratar a tensão ou tentar recuperar a amplitude de movimento muscular especialmente após lesão. Mas isso depende da área de atuação de cada um de nós. 4
5 Procedimento para Alongamento Passivo Com uma base proximal em posição fixa e conhecida: 1. Mova o segmento lentamente pela amplitude livre até o ponto de restrição; 2. Segure então proximal e distalmente à articulação onde ocorre o movimento. Deve-se fixar firmemente, mas não de modo desconfortável; 3. Estabilize firmemente o segmento proximal e mova o segmento distal; 4. Aplique a força de alongamento de modo leve, lento e mantido até que a articulação assuma um novo ponto de restrição e depois mova um pouco além; 5. Mantenha o paciente na posição alongada pelo menos 15 a 30 segundos ou mais; 6. Libere gradualmente a força de alongamento; 7. Não permita que a ADM retorne a posição de origem 8. Permita que o paciente e terapeuta descasem momentaneamente em posição de alongamento e então repita a manobra. Alongamento Ativo-Passivo O alongamento ativo-passivo é só levemente diferente do alongamento passivo. Inicialmente o alongamento é completado por uma força externa. Depois o individuo tenta segurar a posição, contraindo isometricamente os músculos agonistas por vários segundos. Essa abordagem fortalece o agonista fraco que se opõe ao músculo encurtado. Alongamento Ativo-Assistido O alongamento ativo-assistido é completado pela contração ativa inicial do grupo de músculos agonistas. Quando o limite da flexibilidade de uma pessoa é alcançado, a amplitude de movimento é então completada por uma força externa. A vantagem desse método é que ele pode ativar ou fortalecer o agonista fraco que se opõe ao músculo encurtado e ajuda a estabelecer o padrão para o movimento coordenado. 5
6 Procedimento Requer que o paciente contraia ativamente o músculo envolvido até a intensidade que ele é capaz; enquanto recebe assistência do terapeuta para realizar o exercício completo; Com o aumento da força muscular reduz-se a ajuda gradualmente; Então paciente progride para o exercício ativo. Alongamento Ativo O alongamento ativo é realizado pelo uso voluntário dos músculos de uma pessoa sem ajuda. Irrgang (1993) divide o exercício ativo em duas classes principais, ativo livre e resistido, cada um com seus próprios componentes. O alongamento ativo livre ocorre quando os músculos produzem movimento sem aplicação de resistência externa adicional O exercício ativo livre compreende exercício de amplitude de movimento e alongamento. Exercícios ativos de amplitude de movimento incluem aqueles movimentos dentro da amplitude ilimitada disponível e são produzidos por contração voluntária dos músculos do individuo. Os exercícios de amplitude de movimento são realizados para manter o nível de movimento atual, ao passo que os exercícios de alongamento são designados para acentuar ou aumentar o movimento. Alongamento Ativo Exercícios ativos para aumentar a flexibilidade também podem der estratégias resistidas. Os exercícios resistidos são definidos por Irrgang (1993) como aqueles em que o individuo utiliza contrações musculares voluntárias para mover-se contra uma resistência aplicada. A resistência pode ser mecânica, como no caso de máquinas isocinéticas, ou manual. Os exemplos de exercícios resistidos para aumentar a amplitude de movimento são FNP e as técnicas de energia muscular (TEM). Os princípios de intensidade e duração desse alongamento são os mesmos usados para o alongamento passivo. 6
7 Procedimento para Alongamento Ativo Mesmo do exercício passivo; Demonstrar para o paciente como exercício passivo; Dar assistência necessária; Movimentação na ADM existente; Amplitude muscular de alongamento do antagonista; Padrões analíticos, combinados e funcionais. Alongamento Ativo tipo Contração-relaxamento ou Cantrai-relaxa ou Sustentar-relaxar ou Hold-relax O paciente faz a contração isométrica no final da amplitude do movimento antes que seja passivamente alongado. Essa técnica baseia-se no fato de que, após uma contração máxima (pré alongamento) do músculo retraído esse mesmo músculo irá relaxar como resultado da inibição autogênica, e assim será alongado mais facilmente. Clinicamente os terapeutas têm assumido que a contração antes do alongamento leva a um relaxamento reflexo acompanhado por uma diminuição na atividade eletromiográfica no músculo retraído. Procedimento - Alongamento Ativo tipo Contraçãorelaxamento ou Cantrai-relaxa ou Sustentar-relaxar ou Hold-relax Inicie com o músculo encurtado em uma posição confortavelmente alongada; Peça ao paciente para contrair isometricamente o músculo encurtado contra uma resistência substancial por 5 a 10 segundos, até que o músculo comece a cansar-se; Peça para o paciente relaxá-lo voluntariamente; O terapeuta então alonga o músculo movendo passivamente o segmento através da amplitude que foi ganha; Repita todo o procedimento após alguns segundos de repouso; Faça o paciente descansar com o músculo em posição confortavelmente alongada. 7
8 Alongamento Ativo tipo Contração-relaxamento-contração ou Cantrai-relaxa-cantrai ou Sustentar-relaxar com contração do agonista ou SR-CA Uma variação da técnica anterior (Alongamento Ativo tipo contraçãorelaxamento) é uma contração isométrica de pré-alongamento do músculo encurtado e o relaxamento desse é seguido por uma contração concêntrica do músculo oposto ao músculo encurtado. A medida que o músculo agonista ao músculo encurtado se encurta, o músculo antagonista se alonga. Essa técnica combina inibição autogênica e inibição recíproca para alongar um músculo. Pode-se utilizar dos princípios do Alongamento Ativo- Passivo para manutenção do tempo de alongamento desejado Alongamento Ativo tipo - Inibição Recíproca ou Contração do Agonista Esse termo tem sido usado em vários estudos, mas pode ser mau interpretado. Agonista refere-se ao músculo oposto ao músculo encurtado; e antagonista, desse modo refere-se ao músculo a ser alongado. Durante esse procedimento, o paciente contrai dinamicamente o músculo oposto ao músculo encurtado contra resistência. Isso provoca uma inibição recíproca do músculo a ser alongado, e esse alonga-se mais facilmente à medida que o músculo se move. Esse método é menos efetivo quando um paciente está próximo da amplitude normal. Pode-se utilizar dos princípios do Alongamento Ativo-Assistido para manutenção do tempo de alongamento desejado. Procedimento - Alongamento Ativo tipo Contração-relaxamentocontração ou Cantrai-relaxa-cantrai ou Sustentar-relaxar com contração do agonista ou SR-CA Siga o mesmo procedimento feito para a técnica anterior; Após o paciente relaxar o músculo retraído, faça com que ele realize uma contração concêntrica do músculo oposto ao músculo retraído. O paciente move ativamente seu membro através da amplitude que foi ganha. Se necessário utilizar da técnica Alongamento Ativo- Passivo para completar o tempo desejado Faça o paciente descansar com o músculo em posição confortavelmente alongada. 8
9 Procedimento - Alongamento Ativo tipo Inibição Recíproca ou Contração do Agonista Alongue passivamente o músculo retraído até a posição confortável; Faça o paciente realizar uma contração concêntrica do agonista, o músculo oposto ao encurtado; Aplique resistência leve ao músculo em contração, mas permita que ocorra movimento articular. Movimento isotônico concêntrico de baixíssima velocidade. O músculo encurtado irá relaxar como resultado da inibição recíproca à medida que ocorrer o movimento articular. Bibliografia: Kisner, Carolyn; Lynn Allen Colby. Exercícios Terapêuticos Fundamentos e Técnicas, São Paulo,3ª edição Alter, Michael J. Ciencia da Flexibilidade, São Paulo, 1999 Alter, Michael J. Alongamento para os Esportes, São Paulo,
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