Monitoramento da ictiofauna na área de influencia da UHE Irapé entre 2008/09

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1 Monitoramento da ictiofauna na área de influencia da UHE Irapé entre 2008/09 Francisco de Andrade Biólogo de campo do Programa Peixe Vivo CRBio 44968/04

2 Sumário Apresentação... 2 Introdução... 3 Objetivos... 4 Metodologia... 4 Nota sobre as diferenças metodológicas do trabalho realizado entre e o de Nota sobre o processamento do material coletado... 5 Pontos de amostragem... 5 Cronograma das amostragens... 9 Métodos de coleta Cálculo da produtividade numérica Medidas de diversidade, equitabilidade e similaridade Aspectos taxonômicos Caracterização preliminar da pesca no reservatório Resultados e discussão Composição da ictiofauna CPUE para tarrafa em P CPUE para redes de espera Medidas de diversidade, equitabilidade e similaridade Abundância de peixes no canal de fuga Relação entre a captura de peixes e o volume útil do reservatório Caracterização preliminar da pesca no reservatório Espécies exóticas Bibliografia Apresentação A partir de 2008 o Programa Peixe Vivo (PPV) assumiu o monitoramento da ictiofauna da área de influência da Usina Hidrelétrica de Irapé (UHIR) após o fim dos quatro anos do trabalho ( ) realizados pelo Centro de Transposição de Peixes da Universidade Federal de Minas Gerais (CTPEIXES UFMG). O primeiro estudo esteve focado nos impactos do

3 barramento sobre a estrutura da assembléia de peixes, durante o enchimento. O presente trabalho também continuou investigando o processo de reestruturação da ictiofauna no reservatório. Além disso, a operação da usina e as suas relações com a ictiofauna a jusante também foram abordadas. O surgimento de uma pequena atividade pesqueira comercial e esportiva também foi identificado e caracterizado. A coleta de material ictiológico foi autorizada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) através da licença para pesca científica, categoria D e número 040/08. Introdução A UHIR está localizada na região do alto-médio rio Jequitinhonha, entre os municípios de Berilo e Grão Mogol. Seu reservatório se estende por até 137 km 2 e atinge as cidades de José Gonçalves de Minas, Cristália, Leme do Prado, Botumirim e Turmalina, todas no estado de Minas Gerais. Próximo à barragem, o reservatório apresenta profundidades superiores a 200 metros. A potência instalada é de 360 MWh, produzidos por três unidades geradoras do tipo Francis. O reservatório é considerado jovem, uma vez que a UHIR iniciou sua operação em Por isso, a assembléia de peixes ainda se encontra em fase de colonização (Agostinho et. al 2007). Em reservatórios brasileiros essa fase é caracterizada por elevada produção biológica resultante da liberação de nutrientes durante a decomposição da matéria orgânica que foi submersa pelo enchimento do reservatório (Agostinho et. al 2007). O monitoramento da ictiofauna não é uma condicionante ambiental para a operação da usina. Entretanto, de acordo com o Plano de Controle Ambiental (Delphi, 2001), é necessário monitoramento da ictiofauna na fase pós-enchimento, para acompanhamento das tendências na dinâmica das populações (principalmente alterações dos estoques pesqueiros), servindo de base para a indicação de intervenções que se fizerem necessárias ao manejo das populações que forem afetadas pela formação do reservatório. Os efeitos do barramento são, de certa forma, previsíveis para a assembléia de peixes do reservatório, uma vez que o monitoramento de vários reservatórios brasileiros mostra padrões nos processos de colonização ao longo do tempo (Agostinho et. al 1999). Entretanto, muito pouco se conhece sobre a biologia das espécies de peixes da bacia. Informações básicas como período reprodutivo, tamanho de primeira maturação, tipo de desova, são muito importantes e certamente irão direcionar as alternativas de manejo da pesca no reservatório (Bone & Moore,

4 2008). No presente trabalho buscou-se adequar as demandas do PCA à realidade da bacia, explorando-se ao mesmo tempo as dinâmicas do reservatório e algumas características da biologia das espécies de interesse, como reprodução e dieta. Objetivos O monitoramento da ictiofauna na região da UHE Irapé teve como objetivo geral avaliar a estrutura da comunidade de peixes nos trechos lóticos e lênticos do rio Jequitinhonha e em alguns afluentes direta ou indiretamente afetados pelo barramento. Especificamente, este projeto buscou: Determinar a composição da ictiofauna com relação à abundância relativa e similaridade entre os pontos de coleta; Estimar as produtividades em número e biomassa das espécies por ponto e período amostrados, bem como os petrechos utilizados, através da captura por unidade de esforço (CPUE); Avaliar ao longo do tempo, as espécies mais abundantes nas proximidades do canal de fuga da usina e suas relações com a operação da usina. Metodologia Nota sobre as diferenças metodológicas do trabalho realizado entre e o de Os dois trabalhos de monitoramento seguiram a mesma base metodológica baseada em coletas periódicas em locais previamente determinados na área de influência da UHIR. Entretanto, algumas alterações foram propostas no presente trabalho, e que podem gerar resultados e interpretações diferentes. As principais serão listadas abaixo e outras serão discutidas individualmente no texto. a) Exclusão do ponto P6 do monitoramento anterior devido à poluição da água do rio Salinas próximo ao ponto de coleta (em Rubelita) (IGAM, 2007).

5 b) Inclusão de pontos a montante do reservatório, nos rios Jequitinhonha e Itacambiruçú. c) Inclusão da tarrafa de malha 5,5 (entre nós opostos) como apetrecho de coleta em P1, P4, P5 e P7 e sua quantificação em P4. d) Realização de cinco amostragens no período de um ano ao invés das quatro feitas no trabalho anterior. Nota sobre o processamento do material coletado Em setembro de 2008, a partir de uma parceria informal, o PPV passou a fornecer material ictiológico do Jequitinhonha à PUC Minas para estudos de dieta e reprodução. Como a literatura é muito escassa sobre os peixes da bacia, inicialmente todas as espécies poderiam ser utilizadas nesses estudos. Após a avaliação das quantidades e constâncias dos peixes entre os pontos e períodos de coleta, ficou decidido que seriam priorizados o roncador (Wertheimeria maculata), a Maria-mole (Trachelyopterus striatulus), a curimba (Prochilodus hartii), o timburé (Hypomasticus garmani) e a piapara (Leporinus crassilabris). Os peixes foram diretamente enviados à PUC Minas, sem qualquer processamento em campo. Os dados biométricos estão sendo obtidos inicialmente para as espécies priorizadas e as demais serão processadas assim que terminarem as primeiras ou quando houver número de indivíduos suficiente para seu aproveitamento. Desta forma, só serão mostrados aqui dados referentes ao número de indivíduos e não haverá referência ao estádio de maturação gonadal, classe de tamanho ou biomassa. Estão envolvidos no trabalho os professores Nilo Bazzoli e Gilmar Bastos Santos, bem como seus alunos de graduação. Para o ano de 2009 estão previstas as finalizações de monografias e a divulgação dos trabalhos no XXVIII Congresso de Zoologia. Os resultados desses trabalhos serão enviados e apresentados à CEMIG quando forem concluídos. Pontos de amostragem Ao todo foram amostrados sete pontos distantes até 160 km a montante e 60 km a jusante da barragem. Com relação ao tipo de ambiente amostrado, dois pontos estão situados em trechos lênticos e os demais em trechos lóticos. Três rios foram amostrados, sendo o Jequitinhonha em quatro pontos, o Itacambiruçú em dois e o Vacaria em um. No que se refere à orientação em relação à barragem, quatro pontos estão localizados a montante e três a jusante. A distribuição dos pontos está evidenciada na Figura 1. A Tabela 1 e as Figuras 2, 3, 4, 5 e 6 trazem a caracterização de cada ponto.

6 Figura 1: Pontos de coleta do monitoramento de N

7 Tabela 1: Características dos pontos de coleta. Ponto Rio Orientação em Tipo de Largura Sob regime hidrológico Influencia da Profundidade Tipo de Substrato relação a barragem ambiente (m) natural operaçao de Irapé máxima (m) 1 Jequitinhonha Montante lótico 30 Sim Nenhuma 3 cascalho, areia e algumas corredeiras 2 Jequitinhonha Reservatório lêntico 300 Não Indireta > 100 nao determinado 3 Itacambiruçú Reservatório lêntico 200 Não Indireta > 100 nao determinado 4 Jequitinhonha Jusante lótico 30 Não Muito alta 15 rochoso com corredeiras 5 Jequitinhonha Jusante lótico 50 Não Alta 10 arenoso com trechos rochosos e corredeiras 6 Vacaria Jusante lótico 15 Sim Nenhuma 2 rochoso com corredeiras 7 Itacambiruçú Montante lótico 30 Sim nenhuma 1,5 rochoso com corredeiras

8 Figura 2: Ponto 1, rio Jequitinhonha em agosto de Figura 3: Reservatório visto do acesso ao povoado de Malhado, próximo ao ponto 2, em agosto de Figura 4: Rio Vacaria no ponto 6, visto do alto do acesso á cidade de Padre Carvalho em agosto de Figura 5: Ponto 7, rio Itacambiruçú em agosto de 2008.

9 Figura 6: Ponto 4 no rio Jequitinhonha em diferentes vazões. De A E, canal de fuga. De F H, vertedouro. Cronograma das amostragens O trabalho foi realizado entre junho/2008 e maio/2009, cobrindo períodos de enchimento e deplecionamento do reservatório e de vazões defluentes altas e baixas (Figura 7). Para atender ao monitoramento do canal de fuga foram feitas coletas mensais no P4, com exceção de setembro. O monitoramento da área de influência foi realizado em agosto e outubro/2008; janeiro, março e maio/2009 (Figura 7). Em janeiro/2009 não foi possível utilizar redes de espera no P7, pois o rio se encontrava muito cheio e com correntezas fortes que colocaram em risco a segurança dos coletores. A amostragem do P1 que deveria ter sido feita em março/2009 aconteceu em abril/2009 devido à necessidade da presença da equipe em outras atividades da UHIR.

10 Figura 7: Médias das vazões afluentes e defluentes durante o período de trabalho. Os meses em que houve coletas foram indicados com (exceto P4 que teve coletas mensais). Métodos de coleta Para se coletar peixes no maior número de ambientes possível foram utilizadas redes de espera, tarrafas e redes de arrasto conforme as possibilidades de cada ponto. As redes utilizadas tinham 10 metros de comprimento, altura variando de 1,5 a 3,2 metros e malhas com 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 14 e 16 cm entre nós opostos. Utilizou-se tarrafas de malha 5,5 e tarrafinhas com 2,4 cm entre nós opostos. Os arrastos foram feitos no reservatório com redes de malha 2,4 cm entre nós opostos. Cálculo da produtividade numérica A captura por unidade de esforço em número de indivíduos (CPUE) foi obtida para redes de emalhar em todos os pontos e para tarrafa no P4. A CPUE para redes foi calculada dividindo-se o número de peixes capturados em uma determinada malha, pela área coberta por todas as redes dessa mesma malha. Em seguida o valor foi padronizado para 100 m 2 de rede. A CPUE foi calculada para cada malha e ponto de coleta. A CPUE para tarrafa calculada dividindo-se o número de peixes capturados pelo número de lanços de tarrafa em cada amostragem no P4. Medidas de diversidade, equitabilidade e similaridade A matriz de dados utilizada nessas análises baseou-se na CPUE para redes em cada ponto. Os índices de diversidade (H ) e equitabilidade (E) de Shannon foram obtidos através do programa BioDap. Para se ter uma idéia do nível de similaridade entre os locais de amostragem, foi feita uma análise de agrupamento pelo método de ligações completas e o coeficiente de similaridade utilizado foi a Distância Euclidiana. Essa análise foi executada pelo software Statistica 7.0.

11 Aspectos taxonômicos Existem poucos trabalhos sobre a taxonomia dos peixes do Jequitinhonha. O gênero Hypostomus, por exemplo, não tem nenhuma espécie descrita para a bacia. Existem apenas referências à presença de quatro morfo espécies nas partes alta e média (Godinho et al. 1999) e duas na parte baixa da bacia (Bizerril & Lima 2005). Mesmo assim, Hypostomus será considerado como um único grupo. Os indivíduos que não foram identificados serão enviados a taxonomistas de acordo com a especialidade. Até o momento, amostras de tecido e indivíduos fixados de W. maculata foram enviados ao museu de ciência e tecnologia da PUCRS que estuda as relações filogenéticas de DORADIDAE. Auxiliaram na identificação dos peixes coletados os trabalhos de Garavello (1979), Oyakawa (1993), Godinho et. al (1999), Castro & Vari (2004), Bizerril & Lima (2005), Reis et. al (2006), Sidlauskas & Vari (2008), Oyakawa & Mattox (2009). Caracterização preliminar da pesca no reservatório Estava prevista a aplicação de questionários aos pescadores do reservatório. Entretanto, nos primeiros contatos, percebeu-se que os pescadores não passaram informações corretas sobre a pesca. Isto porque a equipe de monitoramento da ictiofauna é vista como informante da polícia ou fiscalizadora. Sendo assim, as informações foram obtidas em conversas informais e observações durante o trabalho de monitoramento no reservatório. Os resultados mostrados aqui foram obtidos no local de acesso à balsa de Malhada. Resultados e discussão Composição da ictiofauna Ao todo foram capturados 1512 indivíduos pertencentes a mais de 24 espécies (Tabela 2). Essa riqueza representa pelo menos 68% do total observado para a bacia do Jequitinhonha no estado de Minas Gerais (Drummond et al. 2005). A maior parte desses indivíduos pertence a espécies comuns à calha principal do Jequitinhonha, como o roncador e a curimba (Vide discussão abaixo). Quatro espécies são exóticas à bacia. Em temos numéricos brutos, P4 foi onde se coletou 47% dos peixes. Os pontos do reservatório, P2 e P3, contribuíram com 16 e 12% das capturas respectivamente. Os pontos do Jequitinhonha mais distantes a montante (P1) e jusante (P5) registraram as menores capturas com 3 e 6%

12 respectivamente. Os tributários Itacambiruçú (P7) e Vacaria (P6) contribuíram com 10 e 6% respectivamente. Esse tipo de informação é relevante para os estudos de dieta e reprodução que vêm sendo executados em parceria pela PUC Minas. Nesse caso, o número de indivíduos disponíveis para dissecação e a sua constância entre as coletas e os pontos é o fator mais importante. Tabela 2: Lista das espécies capturadas no monitoramento da UHIR. indica espécie exótica introduzida na bacia Ordem Espécie Nome comum Characiformes Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo Astyanax fasciatus Brycon sp NOVA Hoplias lacerdae Hoplias malabaricus Hypomasticus garmani Leporinus crassilabris Leporinus sp NOVA Leporinus steindachneri Moenkhausia costae Oligosarcus macrolepis Prochilodus hartii Serrasalmus sp. Steindachnerina elegans lambari do rabo vermelho Piabanha Trairão Traíra Timburé Piapara Piau piau três pintas Piaba peixe cachorro Curimba Pirambeba Sardinha Siluriformes Harttia garavelloi Cascudo Clarias gareipinus bagre africano Delturus brevis Cascudo Hypostomus spp cascudo Rhamdia jequitinhonha bagre Steindachneridion amblyurum surubim do Jequitinhonha Trachelyopterus striatulus Maria mole Wertheimeria maculata Roncador Gymnotiformes Gymnotus carapo Sarapó Perciformes Geophagus brasiliensis cará Tilapia sp Tilápia

13 CPUE para tarrafa em P4 A tarrafa foi utilizada em P1, P4, P5 e P7. No total foram capturados 202 indivíduos pertencentes a 13 espécies. Desses, P4 foi local de captura para 187. Ao todo foram 10 amostragens com esse petrecho. As espécies mais abundantes em número foram a piapara (L. crassilabris, 49%), curimba (P. hartii, 28%) e o timburé ( H. garmani, 13%). Esse resultado é bastante interessante para a piscicultura, uma vez que a tarrafa é bastante efetiva para capturar matrizes de L. crassilabris. Além disso, a tarrafa é um método de captura ativa, o que reduz o tempo de exposição do peixe ao estresse e aumenta as chances de sobrevivência. Foram feitas correlações simples para verificar se a abundância de peixes em P4 pode ser atribuída às vazões turbinada, vertida e total. Percebe-se que as três vazões contribuem positivamente com o aumento na CPUE (Figura 8). Entretanto, a vazão vertida é mais bem correlacionada que as demais. A maior parte das capturas por tarrafa é de peixes de escamas, mais especificamente CHARACIFORMES. É possível que o vertedouro exerça maior influencia sobre essas espécies do que SILURIFORMES. A natureza dessa atração deve ser investigada, pois pode ser de caráter reprodutivo e assim o vertedouro teria um papel importante no estímulo para a migração reprodutiva dessas espécies.

14 CPUE ( indiv / tarrafada) Vazão turbinada (m 3 /s) CPUE ( indiv / tarrafada) Vazão vertida (m 3 /s) CPUE ( indiv / tarrafada) Vazão total (m 3 /s) Figura 8: Relação entre as vazões vertida,turbinada (superior) e total (inferior) e a CPUE numérica para tarrafa no ponto 4.

15 CPUE para redes de espera Redes de espera foram utilizadas em todos os pontos de amostragem. No total foram capturados 1310 peixes de 23 espécies. Nas duas primeiras amostragens nenhum peixe foi capturado com rede no P1 e mesmo quando houve captura, os valores foram baixos comparados com outros pontos. P4 e P7 mantiveram as maiores capturas com redes durante todo o trabalho. Uma característica comum aos dois pontos é a presença de uma barreira física que impede a passagem de peixes para montante. Em P7 esse obstáculo é uma queda d`água que funciona como barreira pelo menos durante o período seco. Em P4 o obstáculo é a UHIR. É possível que esses locais promovam a aglomeração de peixes por serem o ponto limite para sua passagem. As mesmas correlações verificadas para tarrafas em P4 e aplicam às redes de espera. Porém, nesse caso a espécie mais capturada é o roncador e a vazão total parece ser a mais relacionada com a CPUE. É possível que a operação da UHIR produza diferentes reações nas espécies presentes no canal de fuga. Nesse caso, a vazão total seria mais atrativa para o roncador que é uma espécie característica de locais mais profundos. Abundância de peixes no canal de fuga O monitoramento com menor intervalo entre coletas no canal de fuga foi proposto para se compreender os fatores que levam os peixes a se concentrarem nessa região. O período de um ano oferece condições variadas sobre a operação da usina. Percebe-se que mesmo analisadas separadamente as vazões turbinada e vertida exercem influencia sobre a abundância de peixes. Essa relação fica mais confiável quando se agrupam essas duas vazões na total. Como as flutuações no nível da água são mais intensas em P4 (Figura 6), períodos de maior vazão devem proporcionar aos peixes mais habitas e alimento disponível nas áreas que são alagadas. Por outro lado existe o risco aprisionamento em locas formadas quando a vazão diminui, aumentando assim o risco de morte de peixes.

16 Figura 9: CPUE para redes de espera Figura 10: CPUE para redes e tarrafa em P4, durante o período de estudo.

17 rede) CPUE (indiv/100m Vazão turbinada (m 3 /s) rede) CPUE (indiv/100m Vazão vertida (m 3 /s) rede) CPUE (indiv/100m Vazão total (m 3 /s) Figura 11: Relação entre as vazões vertida,turbinada (superior) e total (inferior) e a CPUE numérica no ponto 4.

18 Medidas de diversidade, equitabilidade e similaridade Os valores de H e E estão sintetizados na Tabela 3. A diferença entre o maior e o menor valor é de 0,51. Segundo Magurran (2004) os valores de H geralmente estão entre 1,5-3,5 e essa pequena amplitude de variação dificulta a interpretação das diferenças entre os valores. O que se pode verificar é que em geral H diferiu em relação aos anteriores (Godinho 2008). Em todos os pontos que foram mantidos, os valores de H foram maiores na fase de operação que na de enchimento (Figura 12). Tabela 3: Índices de diversidade (H ) e equitabilidade (E) para cada um dos pontos de coleta, durante o período de estudo. P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 H' 1,71 1,57 1,77 1,74 1,96 2,08 1,85 E 0,74 0,71 0,71 0,7 0,72 0,84 0,74 Figura 12: Valores do índice de Shannon (H ) para quatro pontos de amostragem durante a fase de enchimento (Godinho, 2008) e operação (presente trabalho) A similaridade ictiofaunística baseada na composição de cada ponto em todas as coletas mostra a formação de três subgrupos (Figura 13). O primeiro subgrupo abrange P1, P6, P5 e P7, que compreendem a maior parte dos trechos lóticos amostrados. Os pontos do reservatório (P2 e P3) formam os segundo subgrupo. P4 está isolado dos demais, provavelmente devido ao maior número de amostragens ali realizadas.

19 A proximidade de P2 e P3 no dendrograma poderia indicar certa tendência a estabilização do reservatório. Agostinho et. al (1999) estimaram em 15 anos a estabilização do reservatório de Itaipu a partir aumento na similaridade entre os pontos de amostragem ao longo do tempo. Porém, apesar de localizados em rios diferentes, P2 e P3 estão na zona lacustre do reservatório. Isso também pode explicar a similaridade, porque os pontos estão em ambientes semelhantes. As regiões litorâneas dos dois pontos possuem valores semelhantes para algumas variáveis limnológicas (zona fótica e temperatura) e biológicas (riqueza e densidade de fito e zooplâncton) (Petrel 2008). Figura 13: Dendrograma de similaridade para os pontos amostrados. Relação entre a captura de peixes e o volume útil do reservatório Durante o período de estudo o volume útil do reservatório variou de 45,78% em novembro de 2008 a 94,56% em abril de Esses valores correspondem a uma amplitude de 15,8 metros entre a cota máxima e a mínima alcançadas pelo nível da água. De forma semelhante, a captura em P2 e P3 apresentou tendência ao incremento, com o aumento do volume do reservatório. Nos dois pontos (P2 e P3) essa resposta foi semelhante às variações no volume do reservatório. Apesar do número de amostragens ter sido menor em relação a P4, nota-se a tendência de crescimento na CPUE a medida que o reservatório enche (Figura 14). Para se ter maior confiança nessa relação serão necessárias novas amostragens nos dois pontos.

20 16 14 P2 P CPUE (Indiv/100m Volume útil (%) Figura 14: Relação entre o volume útil do reservatório e a CPUE de P2 e P3. Caracterização preliminar da pesca no reservatório Antes da construção da UHIR a pesca nessa região do Jequitinhonha tinha caráter local e de subsistência. Segundo Vono & Birindelli (2007), um dos principais e mais eficientes apetrechos utilizados era o jequi, feito de bambus e lianas e cevado com jenipapo, milho ou minhocas. Após a formação do reservatório a pesca comercial e esportiva começou a se desenvolver em pelo menos dois pontos: Malhada e Posses. O acesso às balsas nesses dois locais facilita o transito de pescadores moradores de outros povoados como Igicatu e Lelivéldia. Além disso, o reservatório encobriu boa parte do vale que dificultava o acesso por veículos. Para auxiliar no resgate de fauna durante o enchimento do reservatório, foram contratados barqueiros da região de Três Marias que permaneceram instalados em Lelivéldia por períodos superiores a um ano. Pelo menos um desses barqueiros se fixou em Lelivéldia e formou família. O aumento na captura de peixes durante o período de enchimento atraiu esse barqueiro, que agora é um dos principais pescadores do reservatório da UHIR. Ele atua ainda na disseminação do conhecimento sobre as técnicas de pesca àqueles menos experientes que também passaram a explorar o reservatório. Esses últimos trabalhavam com a agricultura antes do barramento e vem se adaptando à nova oportunidade de renda. A pescaria em Irapé é essencialmente embarcada. São utilizados barcos de duralumínio com até seis metros ou canoas de madeira. O uso de motor de popa também é regra. Os mais presentes são os de 15 hp e os de rabeta. Há pescadores que se arriscam a utilizar o gás de cozinha como combustível, mas a maioria usa gasolina misturada com óleo dois tempos.

21 Os tipos de pesca identificados são a pesca com redes de espera e anzol. As redes permanecem armadas durante a noite e a pesca de anzol é realizada durante todo o dia. Alguns pescadores informaram que os tamanhos de rede variam de 11 a13 cm entre nós opostos. O esforço de pesca para alguns pescadores é de 1,5 km linear. Na pesca de anzol são utilizadas principalmente lambaris e carás como iscas, obtidas no próprio reservatório, próximo as margens. A pesca só ocorre na região litorânea e, segundo relatos, até 10 metros de profundidade. Os pescadores exploram locais onde a vegetação está ou foi encoberta, como paliteiros, que oferecem refúgios aos peixes. As principais espécies em ordem de importância são as traíras (H. malabaricus e H. brasiliensis), curimba (P. hartii), roncador (W. maculata) e paibalha (Brycon sp). Segundo os pescadores, o quilo da traíra é vendido por sete reais. Sobre essa espécie, um dos maiores temores de alguns pescadores é a sua diminuição no reservatório. Uma de suas solicitações é a realização de peixamentos com traíras. A rotina dos pescadores é baseada em viagens durante a semana que podem durar até cinco dias. São improvisados acampamentos nas margens, na zona de deplecionamento do reservatório ou nos barcos. Os peixes são mantidos em caixas de isopor com gelo e depois transferidos para freezers, caso o pescador os tenha. Alguns transportam os peixes de carro para venda em outras cidades. Algumas atitudes dos pescadores demonstram a queda no rendimento da pesca. Pode-se citar a diminuição na malhagem e o deslocamento até as partes finais do reservatório. Inicialmente os pescadores faziam uso de redes com pelo menos 11 cm entre nós opostos. Em março de 2009 foi possível presenciar um pescador confeccionando uma rede de malha 9. Segundo ele, a justificativa é a redução dos peixes de maior porte e a possibilidade de capturar o roncador (W. maculata) que é bastante apreciado na bacia pela sua carne forte e como uma fonte de proteína animal (Vono & Birindelli 2007). Alguns pescadores estão se dirigindo ao terço final do reservatório, no braço do rio Itacambiruçú. Estima-se que o tempo decorrido entre a saída da balsa de Malhada e a chegada ao local da pesca seja superior a duas horas. A zona fluvial e tida como a de maior diversidade no reservatório (Agostinho et. al 1999) por apresentar características mais próximas do ambiente natural (Agostinho et. al 2007). A CPUE em biomassa e número também é maior nessa zona nos primeiros anos após o represamento (Agostinho et. al 1999). A pesca esportiva também vem se desenvolvendo e atrai turistas de Araçuaí, Montes Claros, Teófilo Otoni e até outros estados como Bahia e Rio de Janeiro. O foco dessa pescaria é a traíra capturada no anzol da mesma forma da pesca comercial. Alguns turistas mantêm barcos ancorados às margens do reservatório, o que indica seu uso recorrente. Alguns moradores já

22 relatam a soltura de tucunarés jovens, por turistas. Entretanto a espécie ainda não foi registrada pelo monitoramento ou pescadores. Espécies exóticas Foram coletadas pelo menos quatro espécies exóticas à bacia do Jequitinhonha: a tilápia (Tilapia sp), bagre africano (Clarias gareipinnus), pirambeba (Serrasalmus sp) e a piaba (Moenkhausia costae). A última é registrada pela primeira vez nesse trabalho. Ela esteve presente em várias amostragens com tarrafinha em P4 e compôs, em minoria, cardumes com outras espécies como Astyanax bimaculatus e A. fasciatus. É possível que essa espécie tenha sido introduzida por aquariofilia. Serrasalmus sp havia sido registrada em P4 (Godinho 2008) e teve sua distribuição ampliada para P5. Nesse mesmo ponto, foram coletados Tilapia sp e o único exemplar de C. gareipinnus. A jusante de P5 aparecem mais áreas espraiadas no e o rio tem oportunidades de extravasamento lateral. Depois das cheias essas áreas de alagadiço são aproveitadas para o plantio do arroz. Há relatos de ribeirinhos que encontram tilápias e bagres africanos nesses locais, mesmo quando o terreno está quase seco e restam poucas poças de lama. A pouca literatura sobre a ictiofauna do Jequitinhonha já registrava na década de 80 a presença de tilápias nas regiões média e baixa da bacia (Weitzman et. al 1986). Bizerril & Lima (2005) atualizam a registram quatro espécies exóticas para o baixo Jequitinhonha. Além desses Godinho (2008) relata a presença do surubim ponto e vírgula (cruzamento de Pseudoplatystoma corruscans com P. fasciatum). Bibliografia Agostinho, A. A.; Gomes, L. C.; Pelicice Ecologia e manejo de recursos pesqueiros em reservatórios do Brasil. Editora Eduem. 501 páginas. Agostinho, A. A.; Miranda, L. E.; Bini, L. M.; Gomes, L. C.; Thomaz, S. M.; Suzuki, H. I Patterns of colonization in Neotropical reservoirs, and prognoses on aging. In: Tundisi, J. G.; Straskraba, M. (Ed.). Theoretical reservoir ecology and its applications. São Carlos: International Institute of Ecology; Backhuys Publishers. Páginas Bizerril, C. R. S. F.; Lima, N. R. W Ictiofauna do curso inferior do rio Jequitinhonha (BA/MG) Brasil. Acta Biologica Leopoldensia; 27(3):

23 Bone, Q.; Moore, R. H Biology of fishes. Taylor & Francis e-library. Terceira edição. 478 páginas. Castro, R. M. C.; Vari, R Detritivores of the South American Fish Family Prochilodontidae (Teleostei: Ostariophysi: Characiformes): A Phylogenetic and Revisionary Study. Smithsonian Contributions to Zoology, páginas. Delphi Usina hidrelétrica de Irapé: Plano de controle ambiental (PCA). Projeto de monitoramento da ictiofauna. Apêndice 28, 15 páginas. Drummond, G. M.; Martins, C. S.; Machado, A. B. M.; Sebaio, F. A.; Antonini, Y Biodiversidade em Minas Gerais. Um Atlas para sua conservação. Segunda Edição. Garavello, J. C Revisão taxonômica do gênero Leporinus Spix, 1829 (Ostariophysi, Anostomidae). Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, 451 páginas. Godinho, A. L Monitoramento da Ictiofauna na Área de Influência da Usina Hidrelétrica de Irapé. Relatório final enviado à CEMIG. 34 páginas. Godinho, A. L UHE Irapé: 1ª Etapa do monitoramento da piracema e da passagem de peixes. Relatório final enviado à CEMIG. 41 páginas. Godinho, H.P.; Godinho, A.L.; Vono, V Peixes da bacia do rio Jequitinhonha. In: R.H. Lowe-McConnel, Estudos ecológicos de comunidades de peixes tropicais. São Paulo, EDUSP, p IGAM (Instituto Mineiro de Gestão de Águas) Monitoramento da qualidade das águas superficiais da bacia do rio Jequitinhonha. Relatório anual. 137 páginas + anexos. Magurran, A. E Measuring biological diversity. 256 pp. Editora Blackwell. Oyakawa, O. T Cinco espécies novas de Harttia Steindachner, 1876 da região sudeste do Brasil, e comentários sobre o gênero (Teleostei, Siluriformes, Loricariidae). Comunicação do Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS, série. Zoológica. 6:3 27. Oyakawa, O. T.; Mattox, G. M. T Revision of the Neotropical trahiras of the Hoplias lacerdae species-group (Ostariophysi: Characiformes: Erythrinidae) with descriptions of two new species. Neotropical Ichthyology, 7 (2): Petrel Usina Hidrelétrica de Irapé: Programa de Monitoramento limnológico e da qualidade das águas. Relatório da 26ª campanha Etapa de operação.

24 Reis, R. E.; Pereira, E. H.; Armbruster, J. W Delturinae, a new loricariid catfish subfamily (Teleostei, Siluriformes), with revisions of Delturus and Hemipsilichthys. Zoological Journal of the Linnean Society, 147, Rosa, R. R Sucesso reprodutivo de peixes migradoras em rios barrados em Minas Gerais: influência da bacia de drenagem e das cheias. Dissertação de Mestrado em Ecologia Conservação e Manejo de Vida Silvestre UFMG. Sidlauskas, B. L.; Vari, R. P Phylogenetic relationships within the South American fish family Anostomidae (Teleostei, Ostariophysi, Characiformes). Zoological Journal of the Linnean Society, 154 (1): Valentin, J. L Ecologia numérica: uma introdução á análise multivariada de dados ecológicos. Editora Interciência, 117 páginas. Vono, V.; Birindelli, J. L. O Natural history of Wertheimeria maculata, a basal doradid catfish endemic to eastern Brazil (Siluriformes: Doradidae). Ichthyological Explorations of Freshwaters 18:2, Weitzman, S. H.; Menezes, N. A.; Britiski, H. A Nematocharax venustus, a new genus and species from the rio Jequitinhonha, Minas Garais, Brazil (Teleostei : Characidae) Proceedings of the Biological Society of Washington. 99 (2):

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