MONITORAMENTO DA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE MIRANDA, RIO ARAGUARI, BACIA DO PARANÁ, MG (ANO DE 2004) RELATÓRIO FINAL

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1 MONITORAMENTO DA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE MIRANDA, RIO ARAGUARI, BACIA DO PARANÁ, MG (ANO DE 2004) RELATÓRIO FINAL Julho / 2005

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3 SUMÁRIO 1 - Apresentação Introdução Objetivos Metodologia Amostragens e processamento do material coletado Avaliação da atividade reprodutiva Análise da CPUE em número e biomassa Análise da diversidade de espécies Avaliação da presença de atividades de pesca profissional Diagnóstico Composição ictiofaunística e abundâncias absolutas Captura por unidade de esforço em número e biomassa Diversidade de espécies Avaliação da atividade reprodutiva Avaliação da presença de atividades de pesca profissional Síntese dos resultados / Conclusões Referências bibliográficas Equipe executora e atribuições... 33

4 1 1 - APRESENTAÇÃO O presente constitui-se relatório final referente aos resultados obtidos após a realização de duas campanhas de campo, para amostragens quantitativas e qualitativas de ictiofauna. As coletas foram realizadas nos meses de junho e dezembro de 2004, concluindo a sexta fase do Projeto de Monitoramento da Ictiofauna no Reservatório e a Jusante da Barragem da UHE Miranda, no Rio Araguari (Bacia do Paraná), referente ao ano de Este projeto atende à condicionante da Fundação Estadual do Meio Ambiente - Feam para dar continuidade à concessão da Licença de Operação da Usina. São abordados os objetivos propostos, a metodologia empregada e o diagnóstico obtido com respeito à composição ictiofaunística, riqueza absoluta de espécies, abundância em número e biomassa a montante e jusante da barragem por espécie, tamanho de malha, ponto e período amostral, diversidade ictiofaunística, avaliação da atividade reprodutiva de algumas espécies de interesse e presença de atividade de pesca na região da UHE Miranda. Por fim, é apresentado avaliação comparativa com dados obtidos em amostragens precedentes. 2 - INTRODUÇÃO O reservatório da Usina Hidrelétrica de Miranda situa-se na região do Triângulo Mineiro, na sub-bacia do rio Araguari, bacia do Paraná. Está localizado entre as barragens das Usinas de Nova Ponte, a montante, e Capim Branco I (em fase de implantação), a jusante. O reservatório formou-se em setembro de 1997, possuindo, portanto, cerca de oito anos. Desde então, vem sendo conduzidos estudos, de periodicidade anual, relativos ao monitoramento ictiofaunístico no lago formado e logo a jusante da barragem. Estes estudos têm como propósito principal avaliar as alterações que se processam sobre a ictiofauna, provocadas pelo barramento do rio Araguari. O período de estabilização das populações de peixes em reservatórios, de modo geral, é bastante variável e dependente de fatores relacionados à morfologia do reservatório, aos seus processos operativos e às características da biota aquática, dentre outros. Geralmente, a estrutura da comunidade não atinge uma estabilização por completo, mas exibe uma condição de equilíbrio dinâmico, principalmente por constituir-se num ambiente com variações ambientais não cíclicas, em função dos processos operativos da Usina. As várias alterações ocorridas nas populações de peixes do reservatório de Miranda, desde sua formação (IESA, 1998; CEMIG, 2000; CEMIG, 2002; CEMIG, 2003, CEMIG, 2004), evidenciam ainda uma fase de instabilidade na dinâmica de colonização deste ambiente. O presente estudo buscou acompanhar o sétimo ano de colonização das espécies e do estabelecimento da comunidade de peixes no reservatório da UHE Miranda, de modo a fornecer bases para as medidas de sua conservação e manejo.

5 2 3 - OBJETIVOS O monitoramento da ictiofauna no reservatório e a jusante da UHE Miranda tem como objetivo geral prosseguir com a avaliação das alterações espaciais e temporais que se processam na comunidade de peixes do trecho do rio Araguari considerado, em função da implantação da barragem. Como objetivos específicos este estudo se propõe: 1) Avaliar, nas escalas temporal e espacial, a estrutura da ictiofauna com relação à composição em espécies, abundância relativa e riqueza absoluta de espécies; 2) Estimar as produtividades em número e biomassa das espécies, pontos e períodos amostrados através da captura por unidade de esforço (CPUE); 3) Estimar a diversidade de espécies de peixes dos pontos e períodos de amostragem; 4) Avaliar a atividade reprodutiva de espécies de interesse no reservatório e a jusante da barragem; 5) Avaliar a presença de atividade de pesca profissional e artesanal na região sob influência do reservatório da UHE Miranda; 6) Comparar os dados de diversidade e abundância com aqueles obtidos em estudos anteriores. 4 - METODOLOGIA A seguir, são apresentados os procedimentos e métodos relativos às coletas dos peixes, processamento em campo e laboratório do material coletado, avaliação da atividade reprodutiva das principais espécies, análise das capturas por unidade de esforço em número e biomassa por espécie, período e ponto amostral, estimativa da diversidade de espécies e presença de atividade de pesca profissional na região da UHE Miranda. 4.1 Amostragens e processamento do material coletado Realizaram-se duas coletas quantitativas e qualitativas de peixes, em junho e dezembro de 2004, em quatro pontos de amostragem da área sob influência da UHE Miranda, assim estabelecidos (figura 1): - Ponto MI-1: Região proximal à barragem da Usina de Miranda, na margem direita do reservatório. Coordenadas: 18 o S 48 o W (Foto 1); - Ponto MI-2: Região central do reservatório, no município de Indianópolis, próximo à região da balsa. Coordenadas: 19 o S 47 o W (Foto 2); - Ponto MI-3: Região distal à barragem, a jusante da barragem de Nova Ponte, cerca de 1 km a jusante dos limites da Reserva do Jacob. Coordenadas: 19 o S 47 o W (Foto 3); - Ponto MI-4: Região logo a jusante da barragem de Miranda, nas imediações do vertedouro, na bacia de dissipação e no canal de fuga da Usina. Coordenadas: 18 o S 48 o W (Fotos 4 e 5).

6 3 Para as capturas quantitativas, utilizaram-se redes de emalhar com 10 e 20 metros de comprimento e altura média de 1,6 metros com malhas variando de 3 a 16 centímetros, medidos entre nós opostos. As redes foram armadas nas áreas marginais do reservatório, no período da tarde, sendo retiradas na manhã seguinte após permanecer expostas por cerca de 14 horas. O esforço empregado com os respectivos tamanhos de malhas foi registrado para cada ponto amostral. Os indivíduos capturados foram dissecados em campo (ver procedimentos adiante), acondicionados em sacos plásticos etiquetados e separados por ponto amostral e tamanho de malha. Para as coletas de margem (amostragens qualitativas), utilizaram-se rede de arrasto de tela mosquiteira de 5 metros de comprimento 1,6 m de altura e rede tipo picaré de 10 metros de comprimento, nos três pontos correspondentes às coletas quantitativas (Foto 6). Em campo, todos os exemplares coletados, provenientes das amostragens quantitativas e qualitativas, foram fixados em solução de formol 10% e acondicionados em bombonas plásticas. Em laboratório, os peixes foram lavados e conservados em solução de álcool etílico a 70 GL. Em seguida, procederam-se a triagem, etiquetação, identificação taxonômica, obtenção do diagnóstico definitivo de maturação gonadal e dos dados biométricos (peso corporal em gramas e comprimentos total e padrão em cm). Todo o material foi depositado na coleção de referência dos peixes da região da UHE Miranda, no Centro de Transposição para peixes da UFMG, em Belo Horizonte, sob a responsabilidade do biólogo Volney Vono.

7 Figura 1 - Localização da região de estudos e dos pontos de amostragem de ictiofauna no reservatório e a jusante da UHE Miranda (2004) 4

8 Fotos 1 a 6 (Fotos: V. Vono) 1) Ponto MI-1: Região proximal à barragem da Usina de Miranda, na margem direita do reservatório; 2) Ponto MI-2: Região central do reservatório, no município de Indianópolis, próximo à região da balsa; 3) Ponto MI-3: Região distal à barragem, a jusante da barragem de Nova Ponte; 4) Ponto MI-4: Região logo a jusante da barragem de Miranda, na bacia de dissipação; 5) Região logo a jusante da barragem de Miranda, a jusante da bacia de dissipação; 6) Realização de arrasto nas margens do reservatório.

9 6 4.2 Avaliação da atividade reprodutiva Para a avaliação da atividade reprodutiva, os peixes foram dissecados em campo para identificação do sexo e do diagnóstico macroscópico de maturação gonadal. Esta análise baseou-se principalmente no volume relativo da gônada na cavidade abdominal, integridade da rede sanguínea (machos e fêmeas), presença e tamanho dos diversos tipos de ovócitos (ovócitos I, II, III e IV) e integridade das lamelas ovarianas (fêmeas). Foram considerados os seguintes estádios de maturação, seguindo-se as características propostas por Vono et. al. (2002): 1) Repouso 1: ovários delgados e íntegros, translúcidos, sem ovócitos visíveis a olho nu; testículos delgados e íntegros, predominantemente hialinos. 2) maturação inicial 2A: ovários com discreto aumento de volume e poucos ovócitos vitelogênicos (ovócitos II, III e IV) evidentes; testículos com discreto aumento de volume e com aparência leitosa. 3) maturação intermediária 2B: ovários com maior aumento de volume, grande número de ovócitos IV evidentes, porém ainda com áreas a serem preenchidas; testículos com maior aumento de volume, leitosos. 4) maturação avançada 2C: ovários com aumento máximo de volume, ovócitos vitelogênicos distribuídos uniformemente; testículos com aumento máximo de volume, túrgidos, leitosos, liberação de esperma após extrusão abdominal. 5) esgotado (desovado ou espermiado) 3: ovários flácidos e sanguinolentos, com número variável de ovócitos vitelogênicos remanescentes, opacos; testículos flácidos e sanguinolentos, opacos. Para os diagnósticos duvidosos, foram coletados fragmentos de uma das gônadas, os quais foram fixados em líquido de Bouin e conservados em álcool 70 0 GL, após 24 horas de fixação, para posterior processamento histológico. Em laboratório, o diagnóstico de maturação foi confirmado através de análise em microscópio ou estereomicroscópio das gônadas, utilizando-se mesma escala macroscópica e levando-se em conta a proporção dos diversos tipos de ovócitos e a presença de folículos ovocitários vazios, especialmente para o estádio desovado Análise das produtividades em número e biomassa As produtividades em número e biomassa foram estimadas através da captura por unidade de esforço (CPUE) (Gulland, 1969), com base nos dados obtidos através das redes de espera. O cálculo da CPUE foi efetuado através das seguintes equações: 16 CPUE (n) = ( N m / EPm) x 100 e m=3 16

10 7 CPUE (b) = ( B m / EPm) x 100 m=3 Onde: CPUE n = captura em número por unidade de esforço; CPUE b = captura em biomassa (peso corporal) por unidade de esforço; N m = número total dos peixes capturados na malha m; B m = biomassa total capturada na malha m; EP m = esforço de pesca, que representa a área em m 2 das redes de malha m; m = tamanho da malha (3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 14 e 16 cm). 4.4 Análise da diversidade de espécies Para o cálculo da diversidade de espécies foram empregados os dados quantitativos obtidos através das capturas com redes de emalhar (CPUE), levando-se em conta a riqueza absoluta de espécies e suas abundâncias relativas ou a equitabilidade. Utilizou-se o índice de diversidade de Shannon (Magurran, 1988), descrito pela equação: S H' = - (pi). (log n pi), i = 1 onde: S = número total de espécies na amostra; i = espécie 1, 2, 3...i na amostra; pi = proporção do número de indivíduos da espécie i na amostra, através da CPUE em número. 4.5 Avaliação da presença de atividades de pesca profissional Realizaram-se inspeções no reservatório e em seu entorno visando a identificação de atividade de pesca profissional como a presença de embarcações, concentração de pescadores e locais de comercialização do pescado. Obteve-se ainda informações sobre esta atividade junto ao Departamento de Gestão da Pesca do IEF em Belo Horizonte e ao Destacamento da Polícia Ambiental da cidade de Nova Ponte. Além disto, alguns pescadores artesanais, praticantes da pesca de lazer, foram entrevistados para avaliação desta atividade no reservatório de Miranda. 5 DIAGNÓSTICO

11 8 A seguir, é apresentado o diagnóstico final obtido para as duas coletas realizadas, acerca da composição ictiofaunística, abundâncias absolutas, captura por unidade de esforço em número e biomassa das espécies, tamanho de malha, período e pontos amostrados, diversidade de espécies de peixes, análise da atividade reprodutiva das principais espécies, comparação com dados obtidos anteriormente e avaliação da atividade de pesca na região sob influência da UHE Miranda Composição ictiofaunística e abundâncias absolutas Através das amostragens quantitativas e qualitativas capturaram-se, nas duas coletas realizadas, 573 exemplares pertencentes a 30 espécies (considerando os cascudos do gênero Hypostomus como grupo único), distribuídas em três ordens, 10 famílias e 25 gêneros (tabela 1). O número de espécies representa cerca de 30% da ictiofauna citada para toda a bacia do rio Araguari e 59% da ictiofauna citada até o presente para a região da UHE Miranda (Vono, 2002). Na região marginal do reservatório foram capturadas apenas duas espécies, as piaba Bryconamericus stramineus e Planaltina myersi, indicando redução da riqueza de espécies e abundância nas margens do reservatório de Miranda ao longo do tempo. No início de formação do reservatório, registraram-se indivíduos jovens de várias espécies, incluindo aquelas consideradas reofílicas. A ordem dos Characiformes (peixes de escama) foram os mais representativos em número de espécies (62% do total), seguido dos Siluriformes (peixes de couro) (27%) e Perciformes (peixes de escama com espinhos duros nas nadadeiras dorsal e anal) (10%) (figura 2a). De modo geral, o padrão de predominância das ordens não se alterou muito ao longo dos estudos de monitoramento da ictiofauna no reservatório da UHE Miranda, desde sua formação. As famílias predominantes foram, em ordem decrescente, Characidae (ex. lambaris e piabas) com 33% das espécies, Pimelodidae (ex. mandis e bagre) com 17%, Cichlidae (ex. cará e tucunaré) com 10% e Erythrinidae (ex. traíras) e Anostomidae (ex. piaus), com 8% cada. As demais famílias somaram 17% das capturas, sendo representadas por uma ou duas espécies cada uma (figura 2b). Pela primeira vez é registrado a presença do exótico tucunaré Cichla cf. temensis (foto 7) no reservatório de Miranda. Esta espécie já vinha sendo capturada no reservatório de Nova Ponte desde 2002, quando alertou-se para sua provável colonização do reservatório de Miranda (Vono, 2003). Como dito àquela época, atenção especial deveria ser dada à presença da espécie, pois seu estabelecimento definitivo no reservatório pode causar danos irreparáveis à comunidade de peixes nativos da região. O tucunaré, originário da bacia Amazônica, preda principalmente espécies abundantes de pequeno porte, competindo, portanto, com espécies piscívoras nativas (Zaret & Payne, 1973). No reservatório de Miranda, destaca-se, dentre as espécies de pequeno porte potencialmente vulnerável à predação do tucunaré, o lambari Astyanax altiparanae, muito abundante desde o início de formação do reservatório. Duas espécies são consideradas migradoras de grande porte, a piracanjuba Brycon orbignyanus (foto 8), ameaçada de extinção no estado de Minas Gerais, e a curimba Prochilodus lineatus (foto 9). Estas espécies são as principais reintroduzidas no reservatório de Miranda através dos programas de peixamento conduzidos pela CEMIG.

12 9 Os exemplares capturados supostamente são provenientes destes repovoamentos, uma vez que espécies migradoras tiveram suas populações drasticamente reduzidas após a formação do reservatório (Vono, 2002). O número e biomassa totais e os comprimentos e pesos máximos e mínimos por espécie, considerando todos os pontos amostrais, a jusante e montante da barragem, estão representados na tabela 2. O maior número de indivíduos foi obtido para três espécies de lambaris (lambari-rabo-amarelo Astyanax altiparanae Foto 10, lambari Moenkhausia intermédia e lambari-rabo-vermelho A. fasciatus Foto 11). Vale lembrar que os lambaris são espécies consideradas oportunistas, possuindo alto potencial reprodutivo e baixa longevidade, fatores que os possibilitam a se estabelecerem em ambientes represados. As maiores biomassas brutas foram obtidas para o trairão Hoplias lacerdae (Foto 12), mandi-amarelo Pimelodus maculatus (Foto 13) e pirambeba Serrasalmus spilopleura (Foto 14). O trairão já vem sendo a espécie mais abundante em biomassa nos últimos anos de amostragem, na região sob influência da UHE Miranda. Chamou atenção, todavia, o incremento atual na abundância em biomassa de mandis P. maculatus. Diferentemente das capturas em biomassa, em número a abundância relativa das espécies, considerando juntos todos os pontos amostrais, sofre alterações temporais acentuadas. Capturaram-se indivíduos de 3,1 a 60,0 centímetros de comprimento padrão e de menos de 1 a 4400 gramas de peso corporal. Os menores indivíduos são representantes das piabas B. stramineus (Foto 15) e P. myersi, capturadas na região litorânea do reservatório, enquanto os maiores e de maior biomassa foram o trairão H. lacerdae e a curimba. Na tabela 3 são apresentadas as abundâncias numéricas totais por espécie e riqueza de espécie por ponto amostral apenas para as amostragens quantitativas (através de redes de emalhar). O maior número de indivíduos foi registrado no ponto a jusante da barragem, especialmente em função da alta abundância de lambaris-rabo-amarelo A. altiparanae e pirambebas S. spilopleura. A pirambeba ocorreu exclusivamente a jusante da barragem de Miranda. Constitui-se em espécie nativa da bacia, de hábito alimentar carnívoro piscívoro. Nos estudos realizados na bacia do rio Araguari antes da implantação das barragens de Miranda e Nova Ponte, esta espécie só ocorria no reservatório de Itumbiara, cerca de 100 km a jusante da UHE Miranda. Após os barramentos, a pirambeba se dispersou para trechos superiores, chegando ao sopé da barragem de Miranda, sem contudo, até o presente, atingir seu reservatório e o de Nova Ponte localizado a montante. Apenas quatro espécies (A. altiparanae, A. fasciatus, Hypostomus spp. Foto 16 e P. maculatus) apresentaram ampla distribuição, ocorrendo nos quatro pontos amostrados, enquanto 12 ocorreram em apenas um ponto, sendo 5 no ponto proximal à barragem (MI-1), 1 no ponto central do reservatório (MI-2), 1 no ponto distal a barragem (MI-3) e 5 a jusante (MI-4). No reservatório, considerando os três pontos em conjunto, a riqueza de espécies (25 espécies) foi maior que a jusante (13 espécies). Individualmente, o ponto MI-1 apresentou a maior riqueza, com 18 espécies (60% do total). Tabela 1 Lista das espécies de peixes capturadas no reservatório e a jusante da UHE Miranda em junho e dezembro de 2004.

13 10 Ordem Família Espécie Nome popular Characiformes Characidae Astyanax altiparanae Lambari-rabo-amarelo Astyanax eigenmaniorum Lambari Astyanax fasciatus Lambari-rabo-vermelho Brycon orbignyanus Piracanjuba Bryconamericus stramineus Piaba Galeocharax knerii Cigarra, Cadela Moenkhausia intermedia Lambari Oligosarcus paranensis Peixe-cachorro Planaltina myersi Piaba Serrasalmus spilopleura Pirambeba Acestrorhynchidae Acestrorhynchus lacustris Peixe-cachorro Erythrinidae Hoplias lacerdae Trairão Hoplias malabaricus Traíra Anostomidae Leporinus amblyrhynchus Timburé Leporinus friderici Piau-três-pintas Schizodon nasutus Taguara Prochilodontidae Prochilodus lineatus Curimba, curimbatá Curimatidae Cyphocharax nagelii Saguiru Steindachnerina insculpta Saguiru Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys labrosus Mandi-beiçudo Pimelodus fur Mandi-prata Pimelodus maculatus Mandi-amarelo Pinirampus pirinampu Barbado Pseudopimelodus zungaro Pacamã Rhamdia quelen Bagre Auchenipteridae Trachelyopterus galeatus Cangati Loricariidae Hypostomus spp. Cascudo Perciformes Cichlidae Cichla cf. temensis Tucunaré Crenicichla jaguarensis Jacundá Geophagus brasiliensis Cará Espécies exóticas à bacia do rio Araguari. Taxa revisado, citado como Parauchenipterus galeatus em relatórios anteriores.

14 11 a Characiformes 62% Siluriformes 27% Perciformes 10% b Cichlidae 10% Outras 17% Pimelodidae 17% Anostomidae 8% Erythrinidae 8% Characidae 35% Figura 2 - Percentual das espécies de peixes distribuídas pelas respectivas ordens (a) e famílias (b) na área sob influência do reservatório da UHE Miranda (Junho e dezembro de 2004)

15 12 Tabela 2 - Número de indivíduos, biomassa total e amplitudes biométricas das espécies de peixes capturadas no reservatório e a jusante da UHE Miranda (rio Araguari), em junho e dezembro de Espécie N total B total CP mín. CP máx. PC mín. PC máx. A. altiparanae ,2 10, A. eigenmaniorum ,8 7, A. fasciatus ,0 11, A. lacustris ,0 18, B. orbignyanus ,0 40, B. stramineus ,1 5,2 1 2 C. jaguarensis ,7 10, C. nagelii ,0 12, C. ocellaris ,0 31, G. brasiliensis ,5 16, G. knerii ,5 19, H. lacerdae ,0 60, H. malabaricus ,0 31, Hypostomus sp ,1 22, I. labrosus ,5 21, L. amblyrhynchus ,5 10, L. friderici ,6 31, M. intermedia ,1 11, O. paranensis ,5 10, P. fur ,5 19, P. galeatus ,5 9,2 8 9 P. lineatus ,5 48, P. maculatus ,0 41, P. myersi ,3 4,8 1 2 P. pirinampu ,0 46, P. zungaro ,0 24, R. quelen ,5 20, S. insculpta ,5 12, S. nasutus ,5 29, S. spilopleura ,2 27, Total geral CP mín. = Comprimento padrão mínimo (cm); CP máx. = Comprimento padrão máximo (cm); PC mín. = Peso corporal mínimo (g); PC máx. = Peso corporal máximo (g). N = Número de indivíduos; B = Biomassa (g).

16 13 Tabela 3 - Riqueza e abundância numérica das espécies de peixes capturadas através de amostragens quantitativas no reservatório e a jusante da UHE Miranda (rio Araguari), em junho e dezembro de Espécie Ponto de coleta Total MI-1 Reservatório MI-2 Reservatório MI-3 Reservatório MI-4 Jusante A. altiparanae A. eigenmaniorum 1 1 A. fasciatus A. lacustris B. orbignyanus B. stramineus C. jaguarensis 1 1 C. nagelii C. ocellaris G. brasiliensis G. knerii H. lacerdae H. malabaricus 4 4 Hypostomus spp I. labrosus L. amblyrhynchus 9 9 L. friderici M. intermedia O. paranensis P. fur 1 1 P. galeatus P. lineatus P. maculatus P. myersi P. pirinampu 4 4 P. zungaro 1 1 R. quelen 1 1 S. insculpta 1 1 S. nasutus S. spilopleura Total de indivíduos Riqueza de espécies Riqueza total 25 (Montante) 13 (Jusante) 30

17 Fotos 7 a 12 (Fotos: V. Vono) 7) Tucunaré Cichla cf. temensis; 8) Piracanjuba Brycon orbignyanus; 9) Curimba Prochilodus lineatus; 10) Lambari-rabo-amarelo Astyanax altiparanae; 11) Lambari-rabovermelho Astyanax fasciatus; 12) Trairão Hoplias lacerdae.

18 Fotos 13 a 18 (Fotos: V. Vono) 13) Mandi-amarelo Pimelodus maculatus; 14) Pirambeba Serrasalmus spilopleura; 15) Piaba Bryconamericus stramineus; 16) Cascudo Hypostomus sp.; 17) Ovários de Curimba Prochilodus lineatus em estádio intermediário de maturação gonadal; 18) Pescador artesanal exibindo exemplares de Tucunaré Cichla cf. temensis, capturado no reservatório de Miranda, na região de Indianópolis.

19 Captura por unidade de esforço (CPUE) em número e biomassa As figuras 3 e 4 apresentam as capturas totais, através da CPUE em número e biomassa, respectivamente, para as 10 espécies mais abundantes, considerando os três pontos do reservatório em conjunto. Em número, prevaleceram três espécies de pequeno porte, representantes de dois gêneros de lambaris (1 espécie de Moenkhausia e 2 espécies de Astyanax). Estas três espécies foram responsáveis por 63% da captura numérica total. Do grupo dominante, fizeram parte duas espécies migradoras, a piracanjuba B. orbignyanus e o mandi-amarelo P. maculatus e espécies reofílicas (que requerem do ambiente lótico toda ou parte de suas necessidades vitais) representadas pelos cascudos Hypostomus spp. As demais são comuns em ambientes lênticos. Nestas amostragens, o peixe-cachorro Acestrorhynchus lacustris, espécie piscívora de pequeno porte, dominante no reservatório de Miranda durante os dois primeiros anos de sua formação, não figurou entre as 10 espécies mais abundantes. O tucunaré, C. cf. temensis, espécie exótica à região e considerada carnívora voraz, já faz parte do grupo dominante. Infelizmente, a espécie parece ter se estabelecido com sucesso no reservatório de Miranda. A avaliação temporal de sua abundância no reservatório deve ser conduzido nos próximos programas de monitoramento da ictiofauna. Das espécies dominantes em biomassa, figuraram três de grande porte, destacando-se duas migradoras de longas distâncias, a curimba P. lineatus e a piracanjuba B. orbignyanus, e o trairão H. lacerdae. A principal espécie em biomassa foi o mandiamarelo P. maculatus, considerado migrador, seguido do trairão, espécie carnívora sedentária comum em muitos reservatórios da região sudeste do país (obs. pess.). Seguiram-se a curimba P. lineatus, piracanjuba B. orbignyanus e os cascudos Hypostomus spp. Como já ressaltado, a curimba e a piracanjuba são as principais espécies reintroduzidas no reservatório de Miranda através dos programas de peixamento conduzidos pela CEMIG. As produtividades em número e biomassa a jusante da barragem estão representadas nas figuras 5 e 6, respectivamente. As posições de dominância das espécies foram distintas daquelas de montante. Em número, o lambari-rabo-amarelo A. altiparanae e a pirambeba S. spilopleura foram as espécies mais abundantes, representando, juntas, cerca de 70% da captura total. Seguiram-se os cascudos Hypostomus spp., o peixecachorro A. lacustris e o trairão H. lacerdae. Em biomassa, o trairão foi a espécie mais abundante, seguindo-se a pirambeba, o barbado P. pirinampu, a traíra Hoplias malabaricus e os cascudos. O lambari-rabo-amarelo, espécie mais abundante em número a jusante da barragem, ocupou a oitava posição em biomassa neste local. As figuras 7 e 8 apresentam as produtividades totais em número e biomassa, respectivamente, por ponto de coleta. Em número, pela primeira vez o ponto MI-3 (região distal à barragem de Miranda) foi o mais produtivo. Em todos os estudos de monitoramento realizados anteriormente, o ponto MI-4 (jusante da barragem) apresentou produtividade superior aos demais. Este resultado indica diminuição gradativa do número de peixes a jusante da barragem, supostamente em função dos efeitos da implantação

20 17 das Usinas de Capim Branco I e II nas populações de peixes, particularmente relacionados à migração sentido montante. A avaliação da abundância de peixes logo a jusante da barragem de Miranda teve ter continuidade nos próximos monitoramentos. Assim como registrado nos dois últimos monitoramentos (CEMIG, 2002; CEMIG, 2003), o ponto MI-1 foi o menos produtivo em número. Em biomassa, a tendência de distribuição da abundância foi o oposto daquela observada em número. Assim como verificado nas avaliações anteriores, o ponto MI-4 (jusante) apresentou produtividade bem superior aos pontos do reservatório. A grande abundância em biomassa a jusante foi devido, especialmente, das altas abundâncias de trairões e pirambebas, espécies estas consideradas sedentárias. Desta forma, a biomassa se mantém devido à apenas essas duas espécies, embora o número total de indivíduos tenha reduzido. No reservatório, o ponto MI-1 obteve a maior abundância total em biomassa, seguindo-se o ponto MI-2 e MI- 3. As figuras 9 e 10 apresentam as capturas totais em número e biomassa, respectivamente, por local de amostragem (montante e jusante da barragem). A montante, a abundância total numérica foi ligeiramente superior a de jusante. Em biomassa, a jusante a abundância foi cerca do dobro de montante. As capturas totais em número e biomassa por período de amostragem para os pontos localizados no reservatório de Miranda estão representadas nas figuras 11 e 12, respectivamente. Em número, o mês de junho (mês com menores indicies pluviométricos) foi o mais produtivo, ao contrário do último monitoramento realizado. Em biomassa, dezembro foi bem superior à junho. As figuras 13 e 14 apresentam as capturas totais em número e biomassa por período de amostragem, a jusante da barragem. Igualmente ao ano anterior (2003), para o ponto a jusante da barragem registrou-se maior produtividade numérica em junho, caracterizado como o período de seca. Em biomassa, os valores foram semelhantes para os dois meses amostrados. As figuras 15 e 16 apresentam as produtividades totais em número e biomassa, respectivamente, por tamanho de malha para os pontos do reservatório em conjunto. Em número, a malha 3 cm foi bem superior às demais. As malhas de maior tamanho, especialmente a partir da malha 7 cm, as capturas foram relativamente inexpressivas. Estes dados indicam grande abundância de indivíduos de pequeno porte no reservatório, representados, neste estudo, principalmente pelos lambaris M. intermédia, A. fascistus e A. altiparanae. Em biomassa, não houve uma tendência clara de produtividade por tamanho de malha, havendo oscilação constante de valores. Houve destaque, no entanto, para as malhas 3, 6, 8 e 10 cm. Estas tendências de produtividade por tamenho de malha foram semelhantes aos obtidos nos dois últimos estudos de monitoramento. As figuras 17 e 18 apresentam as produtividades por tamanho de malha em número e biomassa, respectivamente, para o ponto de jusante da barragem. Em número, a malha 3 foi a mais produtiva, com valor bem superior às demais malhas. Esta alta produtividade foi devido, principalmente, à grande abundância de indivíduos adultos de lambaris A. altiparanae e de jovens de pirambeba S. spilopleura. Em biomassa, a malha 8 foi a mais produtiva, com destaque também para as malhas 10 e 14. As principais espécies capturadas nestas 3 malhas foram o trairão H. lacerdae, a pirambeba S. spilopleura e os cascudos Hypostomus spp.

21 18 C. ocellaris H. lacerdae L. amblyrhynchus B. orbignyanus G. brasiliensis Hypostomus sp. P. maculatus A. altiparanae A. fasciatus M. intermedia CPUE (número) Figura 3 Captura total relativa por unidade de esforço em número para as espécies mais abundantes capturadas no reservatório da UHE Miranda em junho e dezembro de A. altiparanae M. intermedia A. fasciatus G. brasiliensis C. ocellaris Hypostomus sp. B. orbignyanus P. lineatus H. lacerdae P. maculatus 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 CPUE (kg) Figura 4 Captura total relativa por unidade de esforço em biomassa para as espécies mais abundantes capturadas no reservatório da UHE Miranda em junho e dezembro de 2004.

22 19 S. nasutus P. maculatus L. friderici P. pirinampu H. malabaricus H. lacerdae A. lacustris Hypostomus sp. S. spilopleura A. altiparanae CPUE (número) Figura 5 Captura total relativa por unidade de esforço em número para as espécies mais abundantes capturadas a jusante da barragem de Miranda, em junho e dezembro de 2004 P. zungaro A. lacustris A. altiparanae S. nasutus L. friderici Hypostomus sp. H. malabaricus P. pirinampu S. spilopleura H. lacerdae 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 CPUE (kg) Figura 6 Captura total relativa por unidade de esforço em biomassa para as espécies mais abundantes capturadas a jusante da barragem de Miranda, em junho e dezembro de 2004

23 20 CPUE (n) MI-1 MI-2 MI-3 MI-4 Ponto amostral Figura 7 Captura por unidade de esforço total em número por ponto de amostragem na área de influência da UHE Miranda em junho e dezembro de CPUE (kg) MI-1 MI-2 MI-3 MI-4 Ponto amostral Figura 8 Captura por unidade de esforço total em biomassa por ponto de amostragem na área de influência da UHE Miranda em junho e dezembro de 2004.

24 CPUEb (n) Jusante Montante Pontos de amostragem Figura 9 Captura por unidade de esforço total em número por local de amostragem na área de influência da UHE Miranda em junho e dezembro de CPUEb (kg) Jusante Montante Pontos de amostragem Figura 10 Captura por unidade de esforço total em biomassa por local de amostragem na área de influência da UHE Miranda em junho e dezembro de 2004.

25 22 CPUE (n) jun/04 dez/04 Figura 11 Captura por unidade de esforço em número por período de coleta no reservatório da UHE Miranda (junho e dezembro de 2004). 4 CPUE (kg) jun/04 dez/04 Figura 12 Captura por unidade de esforço em biomassa (kg) por período de coleta no reservatório da UHE Miranda (junho e dezembro de 2004).

26 23 CPUE (n) jun/04 dez/04 Figura 13 Captura por unidade de esforço em número por período de coleta a jusante da barragem da UHE Miranda (junho e dezembro de 2004). 6 CPUE (kg) jun/04 dez/04 Figura 14 Captura por unidade de esforço em biomassa por período de coleta a jusante da barragem da UHE Miranda (junho e dezembro de 2004).

27 24 CPUE (n) Tamanho de malha (cm) Figura 15 Captura total por unidade de esforço em número por tamanho de malha no reservatório da UHE Miranda (junho e dezembro de 2004). CPUE (kg) Tamanho de malha (cm) Figura 16 Captura total por unidade de esforço em biomassa (kg) por tamanho de malha no reservatório da UHE Miranda (junho e dezembro de 2004)

28 25 CPUE (n) Tamanho de malha (cm) Figura 17 Captura total por unidade de esforço em número por tamanho de malha a jusante da barragem da UHE Miranda (junho e dezembro de 2004) CPUE (kg) Tamanho de malha (cm) Figura 18 Captura total por unidade de esforço em biomassa (kg) por tamanho de malha a jusante da barragem da UHE Miranda (junho e dezembro de 2004)

29 Diversidade de espécies (Índice de Shannon) Estimou-se este índice em escala temporal, no intuito de se avaliar as alterações que se processam na comunidade de peixes desde a formação do reservatório de Miranda. O índice de Shannon assume que os indivíduos foram amostrados ao acaso e que todas as espécies estão representadas na amostra (Magurran, 1988). Como posto na metodologia, a análise leva em conta dois fatores, a riqueza absoluta de espécies e suas abundâncias relativas ou a equitabilidade. Desta forma, quanto mais equitativa a distribuição do número de indivíduos por espécie, maior a diversidade. Por outro lado, quanto menos equitativa, menor o índice, o que pode indicar uma condição de estresse ou alteração ambiental a partir da condição original (Odum, 1980). A diversidade de espécies, considerando todos os pontos do reservatório em conjunto e todo o período amostral da presente fase, foi de 2,27, valor inferior ao ano de 2003 e uns dos menores registrados até o presente no reservatório de Miranda. A jusante da barragem a diversidade de espécies foi de 1,71, valor menor que 2003 e também um dos menores valores registrados ao longo dos estudos de monitoramento neste ponto. A figura 19 apresenta a estimativa temporal para as seis fases de monitoramento consideradas, sendo analisados os três pontos do reservatório em conjunto. O índice oscilou de 2,22 a 2,81, com aumento temporal progressivo de 1999 até 2003, a partir de quando ocorreu queda relativamente acentuada em Este aumento ao longo do tempo, embora aparentemente pouco expressivo, está relacionado à redução na abundância de espécies numericamente dominantes, já que a riqueza de espécies sofreu poucas alterações temporais. Desta maneira, há um aumento na equitabilidade da abundância relativa das espécies, aumentando assim a diversidade. Ressalte-se que as espécies com dominância expressiva no reservatório até o momento foram o peixecachorro A. lacustris e o lambari-rabo-amarelo A. altiparanae, principalmente nos três primeiros anos de sua formação. Na presente fase, as dominâncias dos lambari M. intermedia e A. fasciatus não foram suficientemente altas para manterem os valores de diversidade registrados nos anos anteriores num patamar elevado. Em função do aumento contínuo da diversidade, adianta-se que as populações estão tendendo-se para uma fase de equilíbrio dinâmico, em conformidade com os eventos naturais de estabilização do reservatório. Pode-se dizer, ainda, que a condição de estresse ou a alteração ambiental brusca observadas nos primeiros anos de formação do lago, retratadas pelos baixos índices de diversidade, estão se reduzindo. Ressalta-se que esta análise deve ter continuidade nos próximos períodos a serem amostrados no reservatório de Miranda, visando uma estimativa mais acurada da dinâmica das populações de peixes. A jusante (figura 20) registrou-se uma redução na diversidade ictiofaunística de 1999 a 2000, seguida de aumento até 2002 e novamente uma redução até a presente fase. As reduções registradas a partir de 2002 devem-se às dominâncias acentuadas da pirambeba S. spilopleura a jusante da barragem em 2003 e do lambari-rabo-amarelo A. altiparanae em O estabelecimento da pirambeba neste ponto deve-se, dentre outros fatores, à grande disponibilidade de alimento aí existente, principalmente oferecido pelas populações de espécies de pequeno porte, especialmente os lambaris. Estes, por sua vez, encontram alimento e local de reprodução, oferecidos pelas diversas possibilidades de microhabitats existentes a jusante da barragem.

30 27 Diversidade (H') 3 2,5 2 1,5 1 0, Figura 19 Índice de Diversidade de Shannon (H ), por período amostral, no reservatório da UHE Miranda de 1999 a Diversidade (H') 3 2,5 2 1,5 1 0, Figura 20 Índice de Diversidade de Shannon (H ) por período amostral, a jusante da barragem da UHE Miranda, de 1999 a 2004.

31 Avaliação da atividade reprodutiva Como usualmente adotado, esta análise concentrou-se nas espécies mais importantes, seja com respeito à sua abundância ou ao seu comportamento migrador ou com requerimentos reofílicos. Aquelas com indefinições em suas posições taxonômicas, como é o caso dos cascudos Hypostomus spp. não foram aqui utilizadas. Cabe ressaltar que, além das amostragens não terem sido realizadas com periodicidade específica para os estudos de biologia reprodutiva, não englobam um ciclo hidrológico completo. Desta forma, não é apresentada uma análise de cunho conclusivo a respeito da dinâmica reprodutiva das espécies, no entanto, como de costume, permitiu-se fazer inferências e projeções para algumas espécies. Os dados apresentados consideram indivíduos de ambos os sexos em conjunto. No mês de dezembro/2004, caracterizado como o mês de chuvas, de maior temperatura, registrou-se maior número de indivíduos e de espécies em intensa atividade reprodutiva, ou seja, em estádio intermediário e avançado de maturação gonadal. Por outro lado, no mês de junho, caracterizado como o período seco, com menos chuvas, registrou-se maior número de indivíduos em repouso sexual. Indivíduos esgotados, o que caracteriza a conclusão do ciclo reprodutivo, também foram registrados, em sua maioria, em dezembro/2004. Estes resultados aplicam-se à todos os pontos amostrados, incluindo aqueles de montante e jusante da barragem. A tabela 4 apresenta a distribuição de frequência dos estádios de maturação gonadal para as principais espécies capturadas nos dois períodos de amostragem nos três pontos do reservatório, para indivíduos machos e fêmeas em conjunto. De modo geral, o estádio de repouso sexual (1) foi o mais frequente, representado por 35,5% dos indivíduos analisados e diagnosticado para todas as principais espécies. Seguiram-se os estádios de maturação avançada (2C), com 34,1%, maturação intermediária (2B) (21,0%), maturação inicial (2A) (5,1%), e esgotado (3), com 4,3% dos indivíduos analisados. Apenas duas espécies (lambari-rabo-vermelho A. fasciatus e mandi-amarelo P. maculatus) apresentaram todos os estádios na fase de maturação (estádios 2A, 2B e 2C), indicando atividade reprodutiva intensa e prolongada no reservatório de Miranda. Estas mesmas espécies apresentaram também gônadas em repouso sexual. Indivíduos esgotados foram registrados apenas para duas espécies (trairão H. lacerdae, mandibeiçudo e timburé L. amblyrhynchus), sendo que a primeira é sedentária, característica de ambientes lóticos, enquanto a última pode ser considerada reofílicas, dependentes de água corrente para suas necessidades vitais. Para as espécies grandes migradoras registradas no reservatório (piracanjuba B. orbignyanus e curimba P. lineatus) registraram-se indivíduos principalmente no estádio de repouso sexual, sendo que apenas uma fêmea de curimba apresentou gônadas em estádio intermediário de maturação (Foto 17). Para o mandi, considerado migrador, registraram-se indivíduos em todos os estádios de maturação (2A, 2B e 2C), no entanto, indivíduos esgotados não foram registrados.

32 29 A tabela 5 apresenta a distribuição de frequência dos estádios de maturação gonadal para as principais espécies capturadas nos dois períodos de amostragem a jusante da barragem. Neste ponto também o estádio e repouso foi o mais freqüente, seguido do estádio de maturação avançada. Indivíduos esgotados foram registrados para três espécies, sendo duas de lambaris e uma de trairão H. lacerdae. Três espécies apresentaram todos os estádios de maturação, sendo que duas (lambari-rabo-amarelo A. altiparanae e pirambeba S. spilopleura) constituem-se as mais abundantes em número a jusante da barragem. Quatro espécies apresentaram indivíduos esgotados, incluindo os lambaris Astyanax spp., trairão e pirambeba. Tabela 4 Distribuição de frequência (%) dos estádios de maturação gonadal para as principais espécies capturadas no reservatório da UHE Miranda, em junho e dezembro de Espécie Estádio de maturação gonadal (%) 1 (repouso) 2A (maturação 2B (maturação 2C (maturação inicial) intermediária) avançada) 3 (esgotado) A. altiparanae 5,6 0,0 33,3 61,1 0,0 A. fasciatus 9,5 4,8 52,4 33,3 0,0 A. lacustris 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 B. orbignyanus 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 C. cf. temensis 60,0 20,0 20,0 0,0 0,0 G. brasiliensis 25,0 0,0 75,0 0,0 0,0 G. knerii 80,0 20,0 0,0 0,0 0,0 H. lacerdae 62,5 0,0 12,5 12,5 12,5 I. labrosus 20,0 0,0 0,0 80,0 0,0 L. amblyrhynchus 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0 L. friderici 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 M. intermedia 0,0 0,0 0,0 100,0 0,0 O. paranensis 0,0 100,0 0,0 0,0 0,0 P. lineatus 83,3 0,0 16,7 0,0 0,0 P. maculatus 35,0 5,0 25,0 35,0 0,0 S. nasutus 75,0 25,0 0,0 0,0 0,0 Frequência absoluta 35,5 5,1 21,0 34,1 4,3

33 30 Tabela 5 Distribuição de frequência (%) dos estádios de maturação gonadal para as principais espécies capturadas a jusante da barragem da UHE Miranda, em junho e dezembro de Espécie Estádio de maturação gonadal (%) 1 (repouso) 2A (maturação 2B (maturação 2C (maturação inicial) intermediária) avançada) 3 (esgotado) A. altiparanae 5,0 15,0 20,0 35,5 25,0 A. fasciatus 25,0 10,0 30,0 29,5 5,5 A. lacustris 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 H. lacerdae 16,7 0,0 0,0 33,3 50,0 H. malabaricus 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 L. friderici 33,3 0,0 0,0 66,7 0,0 P. maculatus 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 P. pirinampu 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 S. nasutus 50,0 0,0 0,0 50,0 0,0 S. spilopleura 6,7 24,7 46,7 20,0 2,0 Frequência absoluta 41,5 9,8 22,0 19,5 7,3 5.5 Avaliação da presença de atividades de pesca profissional Não se observaram mudanças em relação à atividade de pesca profissional na região sob influência da UHE Miranda. Assim como constatado durante o último monitoramento realizado (CEMIG, 2004), após a realização das duas campanhas de coleta não verificouse atividade de pesca profissional na região. Segundo informações da Polícia Ambiental do Destacamento de Nova Ponte, a pesca profissional ainda se encontra proibida, embora alguns pescadores tenham continuado a questionar, junto à esta Polícia Florestal, acerca da nova Lei de Pesca do estado de Minas Gerais, que dispõe sobre a política de proteção à fauna e flora e de desenvolvimento da pesca e da aquicultura no Estado (Lei de 17 de janeiro de 2002) (Minas Gerais, 2002). Embora a Portaria do IEF nº 134 de 4 de novembro de 2003 venha permitir a pesca profissional em reservatórios do estado, são excluídos os reservatórios de Miranda e Nova Ponte e aqueles que possuem mecanismo de transposição de peixes. Para os técnicos do Departamento de Gestão da Pesca do Instituto Estadual de Florestas (IEF), a nova Lei não leva em conta a liberação da pesca ora proibida pela Lei antiga. Desta forma, a pesca profissional no reservatório de Miranda, assim como no de Nova Ponte, continua proibida, desde o início de Ressalte-se que, constantemente, estas portarias sofrem mudanças em função das demandas de cada região. Como em todas as inspeções realizadas desde 2002, em Miranda foi observado, no entanto, atividade de pesca artesanal, praticada especialmente no segmento central do lago (região de Indianópolis) logo a jusante da barragem de Miranda, próximo à cidade de Nova Ponte, e logo a jusante da barragem. Esta modalidade de pesca tem cunho de lazer, sem fins comerciais ou mesmo de subsistência. Os pescadores procedem dos municípios circunvizinhos ao reservatório de Miranda, principalmente o de Indianópolis.

34 31 Nesta região instalou-se grande número de ranchos, onde a pesca artesanal é amplamente praticada. Os principais petrechos de pesca utilizados são vara e anzol e molinetes. As espécies mais procuradas e capturadas são as traíras Hoplias spp., mandis P. maculatus e piaus Leporinus spp. Atualmente, o tucunaré C. cf. temensis, é muito cobiçado pelos pescadores artesanais, pois suas populações estão aumentando. Na região de Indianópolis, já é comum pescadores irem ao reservatório apenas para pescar esta espécie (foto 18). Além da pesca artesanal, de lazer, observou-se ainda a pesca clandestina, praticada por meio de aparelhos proibidos, como por exemplo, redes de pesca e tarrafas. A região mais visada para os pescadores clandestinos é a região distal à barragem de Miranda, próximo à barragem de Nova Ponte. A Polícia Ambiental do destacamento de Nova Ponte freqüentemente tem feito abordagens neste ponto, com apreensão de grande volume de aparelhos de pesca proibidos e embarcações e aplicação de multas. 6 SÍNTESE DOS RESULTADOS / CONCLUSÕES - O número de espécies representa cerca de 30% da ictiofauna citada para toda a bacia do rio Araguari e 59% da ictiofauna citada até o presente para a região da UHE Miranda. - A composição da ictiofauna do reservatório é muito distinta daquela de jusante; - Pela primeira vez é registrado a presença do exótico tucunaré Cichla cf. temensis no reservatório de Miranda. Esta espécie já vinha sendo capturada no reservatório de Nova Ponte desde 2002 e, no reservatório de Miranda, parece ter se estabelecido com sucesso. A avaliação temporal de sua abundância no reservatório deve ser conduzida nos próximos programas de monitoramento da ictiofauna; - Duas espécies são consideradas migradoras de grande porte, a piracanjuba Brycon orbignyanus, ameaçada de extinção no estado de Minas Gerais, e a curimba Prochilodus lineatus. Estas espécies são as principais reintroduzidas no reservatório de Miranda através dos programas de peixamento conduzidos pela CEMIG. Os exemplares capturados supostamente são provenientes destes repovoamentos, uma vez que espécies migradoras tiveram suas populações drasticamente reduzidas após a formação do reservatório; - No reservatório, prevaleceram em número três espécies de pequeno porte, representantes de dois gêneros de lambaris (1 espécie de Moenkhausia e duas espécies de Astyanax). Estas três espécies foram responsáveis por 63% da captura numérica total; - Em biomassa, a principal espécie foi o mandi-amarelo P. maculatus, considerado migrador, seguido do trairão, espécie carnívora sedentária comum em muitos reservatórios da região sudeste do país, curimba P. lineatus e piracanjuba B. orbignyanus, ambas migradoras; - A jusante, em número, o lambari-rabo-amarelo A. altiparanae e a pirambeba S. spilopleura foram as espécies mais abundantes, representando, juntas, cerca de 70% da captura total;

35 32 - Em biomassa, a jusante o trairão foi a espécie mais abundante, seguindo-se a pirambeba, o barbado P. pirinampu e a traíra Hoplias malabaricus; - Em função do aumento contínuo da diversidade, adianta-se que as populações estão tendendo-se para uma fase de equilíbrio dinâmico, em conformidade com os eventos naturais de estabilização do reservatório. Pode-se dizer, ainda, que a condição de estresse ou a alteração ambiental brusca observadas nos primeiros anos de formação do lago, retratadas pelos baixos índices de diversidade, estão se reduzindo; - O reservatório experimenta ainda um processo de instabilidade na dominância das espécies. - O reservatório de Miranda não consiste em ambiente propício à conclusão do ciclo reprodutivo para espécies migradoras. - Não foi registrada atividade de pesca profissional na região de Miranda, ou seja, aquela com fins comerciais, praticada por pescadores cadastrados em colônias de pesca. Por outro lado, a pesca artesanal, de cunho esportivo e de lazer, é expressiva nesta região. Verificou-se que esta modalidade de pesca é praticada especialmente no segmento central do lago (região de Indianópolis), logo a jusante da barragem de Nova Ponte e no trecho lótico do rio Araguari logo a jusante da barragem de Miranda. 7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CEMIG Monitoramento da ictiofauna no Reservatório e a jusante da UHE Miranda, Rio Araguari, MG. (Ano de 2002). Relatório final. Belo Horizonte. 37 p. CEMIG Monitoramento da ictiofauna no Reservatório e a jusante da UHE Miranda, Rio Araguari, MG. (Ano de 2003). Relatório final. Belo Horizonte. 42 p. Gulland, J.A Manual of methods for fish stock assessment. Part I: fish population analysis. FAO, Manuals in Fisheries Science, p. IESA, 1997a. Avaliação da Ictiofauna do rio Araguari no período Pré-fechamento das comportas da UHE Miranda. Relatório final. CEMIG. 53 p. Magurran, A.E Ecological Diversity and its Measurement. Princeton University Press, London. 179p. Minas Gerais Publicação - Minas Gerais Diário do Executivo - 18/01/2002. pág. 1 col. 1. Lei 14181/2002. Vono, V. Silva, L.G.M., Maia, B.P. & Godinho, H.P Biologia reprodutiva de três espécies simpátricas de peixes neotropicais: Pimelodus maculatus (Siluriformes, Pimelodidae), Leporinus amblyrhynchus e Schizodon nasutus (Characiformes, Anostomidae) do recém-formado reservatório de Miranda, Alto Paraná. Rev. Bras. Zool., 19 (3):

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