RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA PCH DONA RITA

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1 RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DA CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. RELATÓRIO FINAL: 2011/2012 DATA DAS COLETAS: 22 e 23 de agosto/2011; 08 e 09 de novembro/2011, 23 e 24 de fevereiro/2012 e 15 e 16 de maio de 2012 DATA DA EMISSÃO DO RELATÓRIO: setembro de 2012 N DO CONTRATO: /510 PATOS DE MINAS

2 RESPONSABILIDADE TÉCNICA Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. Equipe Técnica Técnico Responsável pela elaboração do Relatório Regina Célia Gonçalves Bióloga CRBio /4D Equipe técnica colaboradora Nome Formação Função Adriane Fernandes Ribeiro Bióloga Biometria / Análise gonadal / Elaboração de Relatório / Conteúdo estomacal Adil Gomes Pereira - Arraiz / Aquaviário José Fernando Pinese Biólogo Dr. em Ecologia e Recursos Naturais Coletas / Biometria / Análise gonadal / Conteúdo estomacal Erika Fernandes Araújo Vita Bióloga Biometria / Análise gonadal / Elaboração de Relatório / Conteúdo estomacal Rubens Paiva de Melo Neto Biólogo Coletas / Elaboração de Relatório ENDEREÇO: Av. Padre Almir Neves de Medeiros, Sobradinho Patos de Minas - MG (034) / /

3 ÍNDICE APRESENTAÇÃO CARACTERIZAÇÕES DO EMPREENDIMENTO INTRODUÇÃO ÁREA DE ESTUDO OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS METODOLOGIA COLETA DE PEIXES, EQUIPAMENTOS, IDENTIFICAÇÃO E ACONDICIONAMENTO AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA COLETA DE OVOS E LARVAS DIETA COLETA DE MATERIAL GENÉTICO ANÁLISE DE CAPTURA POR UNIDADE DE ESFORÇO (CPUE) EM NÚMERO E BIOMASSA ÍNDICE DE SIMILARIDADE (IS) ESTIMATIVA DA DIVERSIDADE ICTIOFAUNÍSTICA (H ) EQUITABILIDADE (E) RIQUEZA DE ESPÉCIES (D) AVALIAÇÃO DA PESCA PROFISSIONAL E AMADORA NO RESERVATÓRIO RESULTADOS CONSIDERAÇÕES SOBRE AS COLETAS COMPOSIÇÃO ICTIOFAUNÍSTICA AUTOECOLOGIA DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS ABUNDÂNCIA DIVERSIDADE E EQUITABILIDADE SIMILARIDADE RIQUEZA DE ESPÉCIES BIOMETRIA CAPTURA POR UNIDADE DE ESFORÇO (CPUE) AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA ÍNDICE GONADOSSOMÁTICO ÍNDICE DE REPLEÇÃO DOS ESTÔMAGOS E ANÁLISE DA DIETA ÍNDICE PONDRAL DE DOMINÂNCIA (IP) COLETA QUALITATIVA ANÁLISE DE OVOS E LARVAS PESCA PROFISSIONAL SISTEMA DE TRANSPOSIÇÃO DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA ANEXOS

4 APRESENTAÇÃO O presente relatório reporta os resultados obtidos durante o período de 2011/2012 para o Monitoramento da Ictiofauna da PCH Dona Rita, empreendimento da CEMIG Geração e Transmissão S.A., sendo a primeira campanha realizada no mês de agosto/2011, a segunda em novembro/2011, a terceira em fevereiro/2012 e a quarta amostragem em maio/2012, pela equipe técnica da Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda, conforme contrato n /510. 4

5 1. CARACTERIZAÇÕES DO EMPREENDIMENTO Empreendedor: CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. CNPJ: / Gerência de Manutenção de Ativos de Geração Leste MG/LE Endereço: Avenida Carlos Chagas, 674 Bairro Cidade Nobre Ipatinga / MG CEP: Empreendimento: Pequena Central Hidrelétrica Rio Dona Rita, localizada no rio Tanque, pertencente à Bacia Hidrográfica do rio Doce Santa Maria de Itabira / MG Empresa elaboradora Água e Terra Planejamento Ambiental Avenida Padre Almir Neves de Medeiros, 650 Bairro: Sobradinho Patos de Minas / MG CEP: Tel./Fax: (34) Contato: Biólogas Regina Célia Gonçalves e Adriane Fernandes Ribeiro. 5

6 2. INTRODUÇÃO O desenvolvimento da sociedade moderna, aliado à intensificação das atividades de caráter poluidor e de utilização dos recursos naturais vem comprometendo a integridade dos ecossistemas de forma irreversível. Dentre os recursos naturais essenciais, a água apresenta um significativo destaque, pois sua manutenção em condições ideais é extremamente importante a todo tipo de vida no Planeta. Porém, devido à forma não-sustentável como a humanidade conduz a exploração dos recursos hídricos, estes se encontram hoje em escassez, ocasionando sérios problemas de ordem ambiental, social e econômica. O Brasil é um país cujo potencial hídrico estimula a implantação de reservatórios para suprir as necessidades de abastecimento de água para fins diversos. Porém, a construção de barragens, com a transformação abrupta de um ambiente lótico (rio) em lêntico (lago), provoca alterações nos regimes dos recursos hídricos e consideráveis desequilíbrios na estrutura físico-química e hidrobiológica do meio aquático, podendo gerar significativos impactos ambientais, muitas vezes negativos, a montante e a jusante do barramento (PETRERE JR., 1996). Os represamentos, pelas mudanças que impõe nas características físicas, químicas e biológicas do recurso hídrico, promovem grandes alterações nas interações bióticas dentro do ecossistema (AGOSTINHO & ZALEWSKI, 1995). Algumas espécies encontram condições favoráveis a proliferação enquanto outras tendem a extinção local. Outro aspecto bem definido nos represamentos é a interrupção dos ciclos migratórios alimentares e reprodutivos de algumas espécies de peixes reofílicas de alto valor comercial e a presença de uma ictiofauna menos complexa que dos seus rios formadores. Existe um predomínio de espécies de pequeno porte, já presentes na fase rio (nativas), que conseguiram suportar tais impactos e, portanto, são pré-adaptadas às novas condições lacustres (CASTRO & ARCIFA, 1987; LOWE-McCONNELL, 1987; FERNANDO & HOLCIK, 1991; WOYNAROVICH, 1991; PETRERE JR., 1996). O monitoramento da ictiofauna torna-se essencial para identificar as respostas do ambiente impactado e fornecer diretrizes que possam regulamentar o uso dos recursos hídricos, possibilitando o desenvolvimento de alternativas para minimizar impactos negativos. 6

7 2.1. ÁREA DE ESTUDO A Bacia Hidrográfica do rio Doce possui km 2, dos quais 86% em Minas Gerais e 14% no Espírito Santo, sendo 222 municípios. No Médio rio Doce, que vai do rio Piracicaba até o rio Manhuaçú na cidade de Aimorés, é uma região diversificada de atividades econômicas, prevalecendo as grandes indústrias no vale do aço e as atividades agropecuárias. É o trecho mais degradado e crítico da Bacia, existindo estudos que apontam ser uma região em acelerado processo de desertificação devido à rápida retirada de suas matas, grandes monoculturas de eucaliptos e grandes áreas de pastagens, assim como a má utilização do solo e o rápido aparecimento das erosões, que assoream o leito do rio, lixos e esgotos industriais e domésticos. Justamente nessa região do rio Doce está localizado o Rio Tanque onde se encontra instalada a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Dona Rita, no município de Santa Maria de Itabira (MG). Esse empreendimento possui duas unidades geradoras e teve o início da Operação em 1959, funcionando com uma potência declarada de 2,408 MW e o com volume útil de reservatório (usina a fio d água). Vale salientar que esta PCH é toda automatizada. 7

8 3. OBJETIVOS 3.1. OBJETIVO GERAL O Monitoramento da Ictiofauna da PCH Dona Rita tem como objetivo o conhecimento das características ecológicas, reprodutivas e alimentares de sua ictiofauna, bem como, informações que subsidiarão subsequentes programas de conservação e manejo da fauna ictica OBJETIVOS ESPECÍFICOS Avaliação da diversidade, riqueza e abundância das espécies de peixes que ocorrem na área de influência indireta do empreendimento, bem assim suas variações sazonais; Avaliação da produtividade em número e biomassa de espécies, pontos e períodos amostrados através da captura por unidade de esforço (CPUE), analisando as tendências ao longo do tempo; Avaliação da reprodução dos peixes na área de influência do empreendimento através de análise da maturação gonadal e amostragem de ictioplâncton, buscandose uma caracterização sazonal da reprodução das espécies com caracterização de eventuais sítios reprodutivos; Avaliação dos hábitos alimentares (ecologia trófica) das principais espécies existentes na área de influência indireta do empreendimento; Coleta de material para análises genéticas a serem realizadas com as principais espécies existentes na área de influência da usina, assim como para armazenamento em banco genético da CEMIG Geração e Transmissão Diagnóstico das atividades de pesca amadora e profissional no reservatório; Avaliar a necessidade de construção de um Sistema de Transposição de Peixes, avaliando: espécies migradoras presentes; estágio de maturação gonadal das espécies migradoras a jusante da usina; existência de sítios reprodutivos a montante, e possíveis locais de recrutamento; levantamento de informação, junto a população local, se, antes da construção da usina, havia uma queda d água natural. Formulação de um banco de dados ictiológicos dos reservatórios da CEMIG; Indicações de sugestões de manejo e conservação da ictiofauna para cada reservatório, com propostas mitigadoras de eventuais impactos. 8

9 4. METODOLOGIA 4.1. COLETA DE PEIXES, EQUIPAMENTOS, IDENTIFICAÇÃO E ACONDICIONAMENTO Para a PCH Dona Rita serão realizadas quatro campanhas no período 2011/2012. A primeira amostragem foi realizada nos dias 22 e 23 de agosto/2011, a segunda entre os dias 08 e 09 de novembro/2011, a terceira foi efetuada nos dias 23 e 24 de fevereiro/2012, e a quarta entre os dias 15 e 16 de maio/2012. Neste empreendimento são monitorados 04 (quatro) pontos, conforme disposto na Tabela 1. Identificação do Ponto DR IC 01 DR IC 02 DR IC 03 DR IC 04 Tabela 1: Localização dos Pontos de amostragem Localização Rio Tanque a montante do reservatório Corpo do reservatório, parte central (próximo à desembocadura do maior afluente) Rio do Tanque a jusante do canal de fuga Ribeirão Jirau Jusante próximo a confluência com o rio Tanque. Localização geodésica S O 19 25'26.04"S 43 12'34.02"O 19 25'28.56"S 43 12'1.74"O S O Estas estações de amostragem são visualizadas nas fotos e figura a seguir. Foto 1: DR-IC-01 - Rio Tanque, a montante do reservatório (agosto/2011) Foto 2: DR-IC-01 - Rio Tanque, a montante do reservatório (novembro/2011) 9

10 Foto 3: DR-IC-01 - Rio Tanque, a montante do reservatório (fevereiro/2012) Foto 4: DR-IC-01 - Rio Tanque, a montante do reservatório (maio/2012) Foto 5: DR-IC-02 Reservatório (agosto/2011) Foto 6: DR-IC-02 Reservatório (novembro/2011) Foto 7: DR-IC-02 Reservatório (fevereiro/2012) Foto 8: DR-IC-02 Reservatório (maio/2012) 10

11 Foto 9: DR-IC-03 - Rio Tanque a jusante do canal de fuga (agosto/2011) Foto 10: DR-IC-03 - Rio Tanque a jusante do canal de fuga (novembro/2011) Foto 11: DR-IC-03 - Rio Tanque a jusante do canal de fuga (fevereiro/2012) Foto 12: DR-IC-03 - Rio Tanque a jusante do canal de fuga (maio/2012) Foto 13: DR-IC-04 Ribeirão Jirau (agosto/2011) Foto 14: DR-IC-04 Ribeirão Jirau (novembro/2011) 11

12 Foto 15: DR-IC-04 Ribeirão Jirau (fevereiro/2012) Foto 16: DR-IC-04 Ribeirão Jirau (maio/2012) 12

13 Figura 1: Localização das estações de amostragem. 13

14 Em todos os pontos, foram efetuadas coletas quantitativas e qualitativas. Para as coletas quantitativas, cujos dados foram utilizados no cálculo da CPUE, foram utilizadas redes de emalhar com tamanhos de 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10 centímetros entre nós opostos, empregando-se por ponto o esforço de 140 m lineares no total, sendo 20 m para cada rede. As redes foram colocadas ao entardecer e retiradas na manhã seguinte, ficando expostas durante horas aproximadamente. Importante ressaltar que, caso fossem capturados indivíduos na malha de maior tamanho, seria adicionada mais uma malha maior. Esta medida visa incluir todos os possíveis tamanhos de indivíduos na captura. Para que isso aconteça, a maior malha não deve capturar nenhum peixe. Para as coletas qualitativas foram utilizadas: Rede de arrasto de tela mosquiteira abertura de 2,0 mm; Puçás/peneiras; Espinheis; Tarrafas com malha 2,4 cm. Em cada ponto, com puçás/peneiras, o esforço foi de, no mínimo, uma hora/homem, utilizando-se duas ou três pessoas; para os espinheis, foram utilizados pelo menos 25 anzóis em 50 metros de linha; para as tarrafas, pelo menos 15 tarrafadas na região em torno do ponto. Todos os peixes capturados foram identificados, medidos, pesados e quantificados. Em campo, os exemplares foram fixados em formol 10% (por no mínimo 72 horas) e acondicionados em sacos plásticos etiquetados, separados por ponto de coleta e malha e colocados em bombonas tampadas. Em laboratório, os peixes foram lavados, triados, conservados em solução de álcool etílico a 70 GL e identificados taxonômicamente AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA Para a avaliação da atividade reprodutiva, em campo, os peixes foram submetidos à incisão ventral para determinação do sexo e do diagnóstico macroscópico de maturação gonadal. Para os diagnósticos duvidosos, foram coletados fragmentos de uma das gônadas, os quais foram fixados em líquido de Bouin e conservados em álcool 700 GL após 24 horas para posterior processamento histológico. 14

15 Foram realizados registros fotográficos com todos os estádios de maturação encontrados para as principais espécies. A análise macroscópica foi baseada, principalmente, no volume relativo da gônada na cavidade abdominal, integridade da rede sanguínea (machos e fêmeas), presença e tamanho dos diversos tipos de ovócitos (ovócitos I, II, III e IV) e integridade das lamelas ovarianas (fêmeas). Para esta análise foram considerados os seguintes estádios de maturação, seguindo-se as características propostas por Vono et. al. (2002): Repouso 1: ovários delgados e íntegros, translúcidos, sem ovócitos visíveis a olho nu; testículos delgados e íntegros, predominantemente hialinos. Maturação inicial 2A: ovários com discreto aumento de volume e poucos ovócitos vitelogênicos (ovócitos II, III e IV) evidentes; testículos com discreto aumento de volume e com aparência leitosa. Maturação intermediária 2B: ovários com maior aumento de volume, grande número de ovócitos IV evidentes, porém, ainda com áreas a serem preenchidas; testículos com maior aumento de volume, leitosos. Maturação avançada 2C: ovários com aumento máximo de volume, ovócitos vitelogênicos distribuídos uniformemente; testículos com aumento máximo de volume, túrgidos, leitosos. Esgotado (desovado ou espermiado) 3: ovários flácidos e sanguinolentos, com número variável de ovócitos vitelogênicos remanescentes; testículos flácidos e sanguinolentos. Antes da transferência dos peixes para o álcool 70º GL, as gônadas foram pesadas para avaliação do índice gonadossomático, calculado pela seguinte fórmula: IGS = PG / PC x 100 Onde PG = peso da gônada PC = peso corporal 4.3. COLETA DE OVOS E LARVAS Nos pontos de amostragem, foram feitas coletas ativas de ovos e larvas. A coleta foi realizada através de rede de plâncton de malha de 0,5 mm. Foi instalado um fluxômetro no 15

16 centro da boca da rede para medir a velocidade e pelo conhecimento da área da boca temse o volume filtrado. A rede foi colocada 50 cm abaixo da superfície da água, permanecendo por aproximadamente 30 minutos. Elas foram armadas ao amanhecer e ao entardecer, de preferência poucos dias após chuvas fortes. Em locais onde não há correnteza, a rede foi usada na forma de arrasto, manual ou com auxílio de barco, sempre próximo da margem. O material coletado foi fixado em solução de formalina a 4%, tamponada com carbonato de cálcio (1 g de CaCO 3 para 1000 ml de solução de formalina, segundo proposto por NAKATANI et al, 2001) e levado ao laboratório para identificação e quantificação DIETA Após fixação em formalina a 10% por cerca de cinco dias e conservação em álcool 70º GL, os peixes foram eviscerados para dissecção dos estômagos. O conteúdo estomacal foi analisado em estereomicroscópio e microscópio óptico. Os itens alimentares foram identificados até o menor nível taxonômico possível. Para cada item foram calculados a frequência de ocorrência (Fi = nº de estômagos em que ocorre o item i / total de estômagos com alimento) e seu peso relativo (Pi = peso do item i / peso total de todos os itens), combinados no Índice Alimentar (IAi) modificado de Kawakami & Vazzoler(1980): N IAi = (Fi. Pi) / Σ Fi. Pi I = 1 Onde: IAi = índice alimentar do item i, Fi = frequência de ocorrência do item i, Pi = peso proporcional do item i. O IAi foi calculado para cada espécie separadamente, e então usado para calcular a similaridade entre as espécies utilizando um índice quantitativo (ex. Morisita-Horn). A matriz de similaridade foi utilizada para a caracterização de guildas tróficas, utilizando uma análise de agrupamento pelo método de ponderadas dos grupos (UPGMA). O coeficiente cofenético deve ser superior a 0,8. As abundâncias em número e biomassa das guildas foram estimadas com base na captura por unidade de esforço (CPUE), expressas em suas respectivas frequências de ocorrência. 16

17 4.5. COLETA DE MATERIAL GENÉTICO Foi realizada coleta de tecidos (fragmentos de nadadeiras, fígado ou tecido muscular) de espécies de interesse, por serem migradoras, ameaçadas de extinção ou exóticas. Como o empreendimento está localizado na bacia do rio Doce, as espécies-alvo foram: Leporinus copelandii (piau vermelho); Leporinus conirostris (piau branco); Prochilodus vimboides (curimatá); Steindachneridion doceana (surubim-do-doce). As amostras foram acondicionadas em frascos tipo eppendorf, conservadas em solução de etanol 70%. As amostras foram entregues ao empreendedor (CEMIG Geração e Transmissão), devidamente identificadas (nº do frasco, espécie, data e local de coleta). O número de amostras foi igual ao número de indivíduos capturados. Cabe ressaltar que, na primeira amostragem, foram capturados apenas indivíduos pertencentes à espécie Leporinus copelandii, enquanto que na segunda e na terceira campanha foram coletados exemplares das espécies Leporinus copelandi e Leporinus conirostris. Já na quarta amostragem não foram coletados nenhum exemplar pertencentes as espécies alvo ANÁLISE DE CAPTURA POR UNIDADE DE ESFORÇO (CPUE) EM NÚMERO E BIOMASSA A produtividade em número e biomassa foi estimada através da captura por unidade de esforço (CPUE), com base nos dados obtidos através das redes de espera. Os cálculos das CPUE's foram efetuados através das seguintes equações: n CPUE (n) = (Nm / EPm ) x 100 m=3 e, n 17

18 CPUE (b) = (Bm / EPm ) x 100 m=3 Onde: CPUEn = captura em número por unidade de esforço; CPUEb = captura em biomassa (peso corporal kg) por unidade de esforço; Nm = número total dos peixes capturados na malha m; Bm = biomassa total capturada na malha m; EPm = esforço de pesca, que representa a área em m² das redes de malha m; m = tamanho da malha (3, 4, 5..., n centímetros entre nós opostos) n = tamanho da maior malha utilizada 4.7. ÍNDICE DE SIMILARIDADE (IS) As composições das comunidades dos diferentes pontos de coletas foram comparadas através do Índice de Similaridade de Sorensen (MAGURRAM, 1988) utilizando a fórmula: IS = 2j/(a+b) Onde: IS = índice de similaridade; j = número de espécies em comum; a + b = número de espécies em dois pontos ESTIMATIVA DA DIVERSIDADE ICTIOFAUNÍSTICA (H ) Para o cálculo da diversidade de espécies foram empregados os dados quantitativos obtidos através das capturas com redes de emalhar (CPUE). Foi utilizado o índice de diversidade de Shannon (MAGURRAN, 1988), descrito pela equação: S H' = - (pi) x (log n pi), i = 1 Onde: S = número total de espécies na amostra; 18

19 i = espécie 1, 2, 3...i na amostra; pi = proporção do número de indivíduos da espécie i na amostra, através da CPUE em número EQUITABILIDADE (E) A equitabilidade (E) de distribuição das capturas pelas espécies, estimada para cada período de captura foi calculada através da equação de Pielou (1975). E = H / log N Onde: H = Índice de Diversidade de Shannon; N = número de espécies RIQUEZA DE ESPÉCIES (D) A riqueza de espécies (D) foi estimada segundo Odum (1980). D = (S-1)/logN Onde: S = número de espécies; N = número de indivíduos ÍNDICE DE IMPORTÂNCIA PONDERAL - IP O Índice Ponderal (IP) é aqui utilizado para estabelecer as espécies de maior representatividade durante o período amostral considerado. Visto tratar-se de um índice que associa a abundância numérica à biomassa específica, nem sempre as espécies mais numerosas são classificadas como as mais importantes. O IP segue o seguinte modelo: IP= NiPi/ΣNiPi x 100 Onde, Ni = número de exemplares da espécie i; Pi = peso dos exemplares da espécie. 19

20 4.12. AVALIAÇÃO DA PESCA PROFISSIONAL E AMADORA NO RESERVATÓRIO Esta avaliação teve como objetivo verificar a existência de qualquer atividade de pesca profissional e amadora nos reservatórios, através de inspeções de campo e visitas à órgãos envolvidos. Foram desenvolvidas as seguintes atividades: Inspeções no lago e no entorno do reservatório visando à identificação de atividade de pesca profissional como: presença de embarcações, concentração de pescadores e locais de comercialização do pescado; Obtenção de dados desta atividade junto ao IEF e Polícia Ambiental. Avaliação do desembarque pesqueiro proveniente da atividade de pesca profissional e amadora no reservatório através da aplicação de questionários estruturados; Obtenção de dados de atividades ligadas à piscicultura na área de influência das usinas junto ao IEF e avaliação do risco de introdução de espécies exóticas a partir destas atividades TOMBAMENTO DO MATERIAL COLETADO O material coletado foi enviado para a Universidade Federal de Uberlândia, estando aos cuidados do professor Dr. José Fernando Pinese. 20

21 5. RESULTADOS 5.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS COLETAS O presente relatório apresenta os resultados obtidos durante no período 2011/2012 na PCH Dona Rita, sendo a primeira, a segunda, a terceira e a quarta campanha de amostragem, realizadas nos dias 22 e 23 de agosto de 2011; 08 a 09 de novembro de 2011, 23 e 24 de fevereiro de 2012, e nos dias 15 e 16 de maio de 2012, respectivamente. As condições gerais e climáticas observadas no momento das coletas estão representadas na Tabela 2. 21

22 Localidade Tipo de ambiente Tipo de Corrente Tipo de fundo DR-IC-01 Lêntico Imperceptível Silte, lodo Suave Submersa DR-IC-02 Lêntico Imperceptível Lodo Suave Submersa DR-IC-03 Lótico Forte Pedra/areia Suave Submersa DR-IC-04 Lótico Forte Pedra/areia Suave Submersa Tabela 2: Condições climáticas por ponto de amostragem (continua) Agosto/2011 Inclinação Vegetação seca / Vegetação Mata ciliar da margem submersa marginal Presente (Gramíneas) Presente (Gramíneas) Presente (Gramíneas) Presente (Gramíneas) Presente Presente. Preservada na margem esquerda. Presente Ausente Condições do tempo Ensolarado Ensolarado Ensolarado Ensolarado Observações Rio Tanque a montante do reservatório, local mais distante do barramento, com profundidade variando de 1,0 a 2,0 m, onde se visualiza leito argiloso e rochoso, água limpa e corrente com alguns remansos. Mata ciliar preservada, presença de pescadores amadores. Corpo do reservatório, parte central (próximo à desembocadura do maior afluente), com profundidade variando de 1,0 a 4,0 m, onde se visualiza leito argiloso, água limpa e parada. Localizado próximo a criatório de peixes desativado. Mata ciliar preservada e presença de pescadores amadores. Rio Tanque a jusante do canal de fuga, local próximo a casa de força, com profundidade variando de 0,5 a 1,0 m, onde se visualiza leito rochoso e argiloso, água limpa e corrente. Mata ciliar preservada e presença de resquisios de pesca. Ribeirão Jirau - Jusante próximo a confluência com o rio Tanque. Próximo a cidade de Santa Maria de Itabira. Apresenta profundidade variando de 0,5 a 2,0 m, onde se visualiza leito argiloso e rochoso, água limpa e corrente com alguns remansos. Mata ciliar antropizada, presença de pescadores amadores e muito lixo no local. 22

23 Localidade Tipo de ambiente Tipo de Corrente Tipo de fundo DR-IC-01 Lêntico Imperceptível Silte, lodo Suave Submersa DR-IC-02 Lêntico Imperceptível Lodo Suave Submersa DR-IC-03 Lótico Forte Pedra/areia Suave Submersa DR-IC-04 Lótico Forte Pedra/areia Suave Submersa Tabela 2: Condições climáticas por ponto de amostragem (continuação) Novembro/2011 Inclinação Vegetação seca / Vegetação Mata ciliar da margem submersa marginal Presente (Gramíneas) Presente (Gramíneas) Presente (Gramíneas) Presente (Gramíneas) Presente Presente. Preservada na margem esquerda. Presente Ausente Condições do tempo Nublado Nublado Nublado Ensolarado Observações Rio Tanque a montante do reservatório, local mais distante do barramento, com profundidade variando de 1,0 a 2,0 m. Leito argiloso e rochoso. Água parda e corrente com alguns remansos, ventos fortes. Mata ciliar preservada. Corpo do reservatório, parte central (próximo à desembocadura do maior afluente), local próximo a criatório de peixes desativado, com profundidade variando de 1,0 a 4,0 m. Leito argiloso, água parda e parada. Mata ciliar preservada. Rio Tanque a jusante do canal de fuga, local próximo a casa de força, com profundidade variando de 0,5 a 1,0 m. Leito rochoso e argiloso, água parda e corrente. Mata ciliar preservada. Ribeirão Jirau próximo a confluência com o rio Tanque, local próximo a cidade de Santa Maria de Itabira, com profundidade variando de 0,5 a 2,0 m. Leito argiloso e rochoso. Água parda e corrente com alguns remansos. Mata ciliar antropisada, presença de animais no local. 23

24 Tabela 2: Condições climáticas por ponto de amostragem (continuação) Localidade Tipo de ambiente Tipo de Corrente Tipo de fundo Inclinação da margem Vegetação seca / submersa DR-IC-01 Lêntico Imperceptível Silte, lodo Suave Submersa DR-IC-02 Lêntico Imperceptível Lodo Suave Submersa DR-IC-03 Lótico Forte Pedra/areia Suave Submersa DR-IC-04 Lótico Forte Pedra/areia Suave Submersa Fevereiro/2012 Vegetação marginal Presente (Gramíneas) Presente (Gramíneas) Presente (Gramíneas) Presente (Gramíneas) Mata ciliar Preservada Presente. Preservada Presente Preservada Ausente Condições do tempo Ensolarado Nublado Ensolarado Ensolarado Observações Rio Tanque a montante do reservatório, local mais distante do barramento, com profundidade variando de 1,5 a 3,0 m. Leito argiloso, rochoso e com muita folha dispersa. Água parda e corrente com alguns remansos. Mata ciliar preservada. Corpo do reservatório, parte central (próximo à desembocadura do maior afluente), local próximo a criatório de peixes desativado, com profundidade variando de 1,0 a 4,0 m. Leito argiloso, água parda e com nível mais alto. Mata ciliar preservada. Rio Tanque a jusante do canal de fuga, local próximo a casa de força, com profundidade variando de 0,5 a 1,0 m. Leito rochoso e argiloso, água parda, corrente e com remansos. Mata ciliar preservada. Ribeirão Jirau próximo a confluência com o rio Tanque, local próximo a cidade de Santa Maria de Itabira, com profundidade variando de 0,5 a 2,0 m. Leito argiloso e rochoso, água limpa e corrente com alguns remansos. Mata ciliar antropisada, presença de animais domésticos e lixo no local. 24

25 Tabela 2: Condições climáticas por ponto de amostragem (continuação) Localidade Tipo de ambiente Tipo de Corrente Tipo de fundo Inclinação da margem Vegetação seca / submersa DR-IC-01 Lêntico Imperceptível Silte, lodo Suave Submersa DR-IC-02 Lêntico Imperceptível Lodo Suave Submersa DR-IC-03 Lótico Forte Pedra/areia Suave Submersa DR-IC-04 Lótico Forte Pedra/areia Suave Submersa Maio/2012 Vegetação marginal Presente (Gramíneas) Presente (Gramíneas) Presente (Gramíneas) Presente (Gramíneas) Mata ciliar Preservada Presente. Preservada Presente Preservada Ausente Condições do tempo Chuvoso Chuvoso Nublado Nublado Observações Rio Tanque a montante do reservatório, local mais distante do barramento, com profundidade variando de 1,0 a 2,5 m. Leito argiloso e rochoso. Água barrenta e corrente com alguns remansos. Mata ciliar preservada. Nível mais alto que na campanha anterior Corpo do reservatório, parte central (próximo à desembocadura do maior afluente), local próximo a criatório de peixes desativado, com profundidade variando de 1,0 a 4,0 m. Leito argiloso, água barrenta e com nível mais alto. Mata ciliar preservada. Rio Tanque a jusante do canal de fuga, local próximo a casa de força, com profundidade variando de 0,5 a 1,5 m. Leito rochoso e argiloso, água barrenta e muito corrente. Mata ciliar preservada. Nivel mais alta que na campanha anterior Ribeirão Jirau próximo a confluência com o rio Tanque, local próximo a cidade de Santa Maria de Itabira, com profundidade variando de 0,5 a 2,0 m. Leito argiloso e rochoso, água barrenta e corrente com alguns remansos. Mata ciliar antropisada, presença de animais domésticos no local. 25

26 A tabela a seguir, contém as datas e horários em que as redes de emalhar foram colocadas e retiradas nos pontos de amostragem, em cada campanha. Tabela 3: Dados referentes à retirada e colocação das redes de emalhar Agosto/2011 Pontos Colocação Retirada Data Hora Data Hora DR-IC-01 22/08 16:10 23/08 07:05 DR-IC-02 22/08 16:50 23/08 08:00 DR-IC-03 22/08 17:00 23/08 07:10 DR-IC-04 22/08 17:20 * * Novembro/2011 Pontos Colocação Retirada Data Hora Data Hora DR-IC-01 08/11 18:30 09/11 08:10 DR-IC-02 08/11 19:00 09/11 08:40 DR-IC-03 08/11 16:20 * * DR-IC-04 08/11 19:30 * * Fevereiro/2012 Pontos Colocação Retirada Data Hora Data Hora DR-IC-01 23/02 18:00 24/02 08:00 DR-IC-02 23/02 18:30 24/02 08:45 DR-IC-03 23/02 16:30 24/02 07:20 DR-IC-04 24/02 10:30 * * Maio/2012 Pontos Colocação Retirada Data Hora Data Hora DR-IC-01 15/05 16:40 16/05 08:00 DR-IC-02 15/05 17:25 16/05 08:40 DR-IC-03 16/05 10:15 * * DR-IC-04 16/05 11:00 * * *Para estes pontos foi realizada apenas a amostragem qualitativa, por isso não foi apresentado o horário de retirada das redes. 26

27 5.2. COMPOSIÇÃO ICTIOFAUNÍSTICA Considerando-se os resultados obtidos no período 2011/2012 realizadas na PCH Dona Rita em 2011, foram capturados 185 (cento e oitenta e cinco) indivíduos, pertencentes às ordens Characiformes, Perciformes e Siluriformes. Estes indivíduos estiveram distribuídos em 06 (seis) famílias e 14 (quatorze) espécies distintas. Nas campanhas realizadas nestes mesmos períodos em 2010/2011 foi amostrada uma maior quantidade de indivíduos, correspondendo 469 (quatrocentos e sessenta e nove) exemplares, pertencentes a 05 (cinco) ordens (Characiformes, Perciformes, Cypronodontiformes, Gymnotiformes e Siluriformes), distribuídos em 10 (dez) famílias e 17 (dezessete) espécies distintas. Em agosto/2011, foram coletados 56 (cinqüenta e seis) indivíduos, pertencentes às ordens Characiformes, Perciformes e Siluriformes, distribuídos em 05 (cinco) famílias e 06 (seis) espécies distintas. Em novembro/2011, foram capturados 42 (quarenta e dois) indivíduos pertencentes a 03 (três) ordens (Characiformes, Perciformes e Siluriformes), distribuídos em 05 (cinco) famílias e 08 (oito) espécies. Em fevereiro/201, foram amostrados 58 (cinquenta e oito) indivíduos pertencentes as ordens Characiformes, Perciformes e Siluriformes, distribuídos em 05 (cinco) famílias e 09 (nove) espécies. Já em maio/2012, foram coletados 29 (vinte e nove) indivíduos, pertencentes às ordens Characiformes, Perciformes e Siluriformes, distribuídos em 05 (cinco) famílias e 10 (dez) espécies distintas. A distribuição das espécies por ponto de amostragem encontra-se representada na Tabela 4, a seguir. 27

28 Tabela 4: Composição ictiofaunística nos pontos de amostragem (continua). Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Characiformes Perciformes Siluriformes Comportamento migrador DR-IC-01 Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 Anostomidae Leporinus copelandii piau vermelho Nativa Sim Leporinus conirostris piau branco Nativa Sim 1 1 Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo Nativa Não Characidae Astyanax sp. lambari Nativa Não Charax peixe cachorro - - Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão Exótica Não Hoplias malabaricus traíra Nativa Não Cichlidae Geophagus brasiliensis cará Nativa Não Oreochromis niloticus tilápia do nilo Exótica Não Hypostomus sp2 cascudo Nativa Sim Loricariidae Hypostomus sp1 cascudo Nativa Sim Hypostomus sp cascudo Nativa Sim Neoplecostomus microps cascudo chinelo Nativa Não Trichomycteridae Trichomycterus sp. bagre Nativa Não Nº de espécies Nº de indivíduos

29 Tabela 4: Composição ictiofaunística nos pontos de amostragem (continuação). Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Characiformes Perciformes Siluriformes Comportamento migrador DR-IC-02 Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 Anostomidae Leporinus copelandii piau vermelho Nativa Sim Leporinus conirostris piau branco Nativa Sim Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo Nativa Não 5 1 Characidae Astyanax sp. lambari Nativa Não Charax peixe cachorro - - Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão Exótica Não 1 1 Hoplias malabaricus traíra Nativa Não Cichlidae Geophagus brasiliensis cará Nativa Não Oreochromis niloticus tilápia do nilo Exótica Não Hypostomus sp2 cascudo Nativa Sim Loricariidae Hypostomus sp1 cascudo Nativa Sim Hypostomus sp cascudo Nativa Sim Neoplecostomus microps cascudo chinelo Nativa Não Trichomycteridae Trichomycterus sp. bagre Nativa Não Nº de espécies Nº de indivíduos

30 Tabela 4: Composição ictiofaunística nos pontos de amostragem (continuação). Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Characiformes Perciformes Siluriformes Comportamento migrador DR-IC-03 Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 Anostomidae Leporinus copelandii piau vermelho Nativa Sim 1 Leporinus conirostris piau branco Nativa Sim 4 1 Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo Nativa Não 8 1 Characidae Astyanax sp. lambari Nativa Não 5 3 Charax peixe cachorro Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão Exótica Não Hoplias malabaricus traíra Nativa Não Cichlidae Geophagus brasiliensis cará Nativa Não 3 7 Oreochromis niloticus tilápia do nilo Exótica Não Hypostomus sp2 cascudo Nativa Sim Loricariidae Hypostomus sp1 cascudo Nativa Sim Hypostomus sp cascudo Nativa Sim Neoplecostomus microps cascudo chinelo Nativa Não 1 Trichomycteridae Trichomycterus sp. bagre Nativa Não Nº de espécies Nº de indivíduos

31 Tabela 4: Composição ictiofaunística nos pontos de amostragem (continuação). Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Characiformes Perciformes Siluriformes Comportamento migrador DR-IC-04 Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 Anostomidae Leporinus copelandii piau vermelho Nativa Sim Leporinus conirostris piau branco Nativa Sim Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo Nativa Não Characidae Astyanax sp. lambari Nativa Não 3 Charax peixe cachorro - - Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão Exótica Não Hoplias malabaricus traíra Nativa Não Cichlidae Geophagus brasiliensis cará Nativa Não Oreochromis niloticus tilápia do nilo Exótica Não 1 Hypostomus sp2 cascudo Nativa Sim 1 Loricariidae Hypostomus sp1 cascudo Nativa Sim 2 Hypostomus sp cascudo Nativa Sim 3 Neoplecostomus microps cascudo chinelo Nativa Não 1 5 Trichomycteridae Trichomycterus sp. bagre Nativa Não 1 Nº de espécies Nº de indivíduos

32 Conforme observado na tabela anterior, na primeira campanha, o ponto DR-IC-01 apresentou a maior quantidade de indivíduos, com 26 (vinte e seis) exemplares capturados, seguido pelo DR-IC-02, com 23 (vinte e três) espécimes. Por outro lado, na estação DR-IC- 03 foram capturados apenas 03 (três) indivíduos. O ponto DR-IC-02 apresentou a maior diversidade de espécies, com 05 (cinco) espécies distintas. Na segunda amostragem, na estação DR-IC-02 foi capturada a maior quantidade de indivíduos (14 exemplares), seguida pela DR-IC-03 com 12 (doze) espécimes e pela DR-IC- 04 com 10 (dez) exemplares. Em relação a diversidade, o ponto DR-IC-02 também foi o mais rico, apresentando 05 (cinco) espécies. Na terceira campanha, o ponto DR-IC-02 apresentou novamente a maior quantidade de indivíduos (25 exemplares), seguida pelo DR-IC-03 com 16 (dezesseis) espécimes e pelo DR-IC-01 com 12 (doze) exemplares. Por outro lado, as estações DR-IC-01 e DR-IC-03 mostraram-se como os de maior riqueza, com 06 (seis) espécies cada. Já na quarta amostragem, nas estações DR-IC-02 e DR-IC-04 foram capturados a maior quantidade de indivíduos (10 exemplares cada), seguida pela DR-IC-01 e pela DR-IC- 03 com 05 (cinco) e 04 (quatro) espécimes, respectivamente. Em relação a diversidade, o ponto DR-IC-04 foi o mais rico, com 05 (cinco) espécies distintas. Resultados divergentes foram evidenciados nas amostragens realizadas em agosto, outubro/2010, janeiro/2011 e maio/2011, quando os pontos DR-IC-03, DR-IC-04 e novamente o DR-IC-03 e o DR-IC-04, respectivamente, apresentaram-se como a maior abundância. Nenhuma espécie capturada foi comum a todos os pontos monitorados. Já para as espécies Charax sp., Oreochromis niloticus e Trichomycterus sp., em maio/2012, foi capturado um único exemplar. As fotos a seguir referem-se a algumas espécies capturadas neste monitoramento. 32

33 Foto 17: Astyanax bimaculatus Foto 18: Geophagus brasiliensis Foto 19: Hoplias malabaricus Foto 20: Hypostomus sp.2 Foto 21: Leporinus copelandii Foto 22: Hoplias lacerdae 33

34 Foto 23: Charax sp. Foto 24: Astyanax sp. Foto 25: Hypostomus sp. Foto 26: Oreochromis niloticus Foto 27: Trichomicterus sp. A composição ictiofaunística dos pontos amostrais está representada nos gráficos a seguir. Cabe ressaltar que, nas duas primeiras amostragens, foram capturados apenas indivíduos pertencentes a espécies nativas, enquanto que, na terceira e quarta campanha foram amostrados também exemplares exóticos à bacia do rio Doce. 34

35 11% Leporinus copelandi 17% Leporinus copelandi 50% 35% Astyanax bimaculatus 17% 50% Leporinus conirostris Hoplias malabaricus 16% Hoplias malabaricus Geophagus brasiliensis Hypostomus sp2 4% A B Leporinus copelandii 59% 8% 9% 8% 8% 8% Leporinus conirostris Astyanax bimaculatus Hoplias malabaricus Geophagus brasiliensis 40% 20% 40% Astyanax bimaculatus Geophagus brasiliensis Hypostomus sp2 Hypostomus sp2 C Gráfico 1: Composição ictiofaunística do ponto DR-IC-01, A refere-se a amostragem de agosto, B a de novembro/2011, C a de fevereiro/2012. D 35

36 35% 4% 9% Leporinus copelandii 22% Astyanax bimaculatus Hoplias malabaricus 30% Geophagus brasiliensis Hypostomus sp2 36% 7% 14% 7% Leporinus copelandi Astyanax bimaculatus Hoplias malabaricus 36% Geophagus brasiliensis Hypostomus sp2 A B 4% 4% Leporinus copelandii 64% 28% Hoplias lacerdae Hoplias malabaricus 10% 10% 10% 70% Hoplias lacerdae Hoplias malabaricus Geophagus brasiliensis Hypostomus sp2 Geophagus brasiliensis C Gráfico 2: Composição ictiofaunística do ponto DR-IC-02, A refere-se a amostragem de agosto, B a de novembro/2011,c a de fevereiro e D a de maio/2012. D 36

37 33% Leporinus conirostris Geophagus brasiliensis 67% 100% Astyanax bimaculatus A B 44% 6% 7% 6% 6% 31% Leporinus copelandii Leporinus conirostris Astyanax bimaculatus Astyanax sp. 25% 75% Astyanax sp. Charax sp. Geophagus brasiliensis Neoplecostomus microps C Gráfico 3: Composição ictiofaunística do ponto DR-IC-03, A refere-se a amostragem de agosto, B a de novembro/2011, C a de fevereiro e D de maio/2012. D 37

38 25% 20% Geophagus brasiliensis Geophagus brasiliensis 50% 10% Hypostomus sp2 75% Neoplecostomus microps 20% Hypostomus sp1 Neoplecostomus microps A B 100% Geophagus brasiliensis 30% 10% 10% 30% 20% Astyanax sp. Geophagus brasiliensis Oreochromis niloticus Hypostomus sp Trichomycterus sp. C D Gráfico 4: Composição ictiofaunística do ponto DR-IC-04, A refere-se a amostragem de agosto, B a de novembro/2011, C a de fevereiro e D a de maio/

39 5.3. AUTOECOLOGIA DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS As preferências ecológicas, dieta e comportamento das espécies (e/ou gêneros) encontradas durante o levantamento de campo estão descritas a seguir. Astyanax Os lambaris do gênero Astyanax caracterizam por serem onívoros pertencentes à subfamília Tetragonopterínae, que vem a ser a subfamília de maior número de espécies dentro da família Characidae. Formam um grupo bem diversificado de mais de 75 (setenta e cinco) espécies e subespécies e um dos mais complexos gêneros de Characiformes. Esse gênero é considerado o maior entre os peixes tropicais de água doce (LOWE-McCONNELL, 1999). Apresenta ampla distribuição geográfica, fazendo-se presente em diversos cursos d água na América do Sul. Peixes do gênero Astyanax são muito diversificados na dieta alimentar, forrageia em todos os níveis tróficos, e são muito ágeis ao mudar de presa em resposta a mudanças ambientais (LOBÓN-CERVIÁ E BENNEMANN, 2000 apud GOMIERO E BRAGA, 2003). Indivíduos deste gênero demonstram grande capacidade de aproveitar os vários recursos alimentares disponíveis em diferentes situações ambientais, devendo ser consideradas oportunistas (LUIZ et al., 1998 apud ALVIM, 1999). Astyanax bimaculatus Espécie conhecida popularmente por lambari-do-rabo-amarelo, pertence à família Characidae, subfamília Tetragonopterinae, é representada por indivíduos de pequeno porte, sendo apreciado na pesa esportiva e tem importante função como larvófagos de larvas de pernilongos, assim como na cadeia alimentar dos sistemas ecológicos em que ocorre como forrageio de espécies carnívoras (HARTZ et al.,1996). É uma espécie nativa, com ampla distribuição geográfica, fazendo-se presente em diversos corpos límnicos da América do Sul. Indivíduos do gênero Astyanax são os principais itens da dieta de muitos peixes, entre eles a saicanga (Oligosarcus longirostris) e a traíra (Hoplias malabaricus), conforme mencionado por Gealh & Hahn (1998) e Loureiro & Hahn (1996), respectivamente. Aceita alimentação artificial com bastante facilidade e apresenta bom potencial para a aquicultura, sendo bastante apreciado como petisco (CEMIG, 2000). 39

40 Nos estudos realizados por Andrian e colaboradores (2001), a plasticidade apresentada na dieta de Astyanax bimaculatus evidenciou sua característica generalista, sugerindo que essa espécie deverá resistir aos impactos causados pelo represamento. Charax As informações sobre o gênero são escassas. No entanto, estudos relacionados aos seus hábitos alimentares demonstram a preferência por crustáceos (CEMIG, 2000). Geophagus brasiliensis Peixes de pequeno porte, alcançando 25 cm de comprimento. Alimenta-se de pequenos insetos, moluscos e sedimentos. Sua reprodução se dá em ambientes lênticos, no período que se estende de setembro a janeiro, podendo desovar mais de uma vez por ano. A fêmea cuida da prole, podendo abrigar os filhotes na boca, em caso de perigo (CEMIG, 2000). G. brasiliensis é uma espécie que quando comparada a outras do gênero é agressiva. Apresenta dimorfismo sexual e põem os ovos no substrato (substrate-spawning). Durante o ritual de acasalamento, aparentemente brutal, a fêmea depositará cerca de um milhar de ovos. No seu meio natural, o casal escolhe normalmente um lugar entre duas rochas. A fêmea enquanto se ocupa dos ovos, que eclodem ao fim de 3 ou 4 dias, o macho defende o território de possíveis predadores (CEMIG, 2000). Hoplias lacerdae Com ampla distribuição geográfica, as traíras possuem hábito sedentário, e ocupam porções do rio onde a velocidade da corrente é menor, buscando abrigo nas margens dos rios e remansos, bem como lagoas marginais. São predominantemente piscívoras na fase adulta, e insetívoras quando jovens (CEMIG, 2000). As traíras não realizam migração reprodutiva, depositando massas de ovos adesivos que são guardados pelos pais, ao longo do período de incubação. O período reprodutivo esperado para este grupo varia de agosto a dezembro, sendo os meses de outubro e novembro com a maior incidência de exemplares em reprodução. São muito resistentes a hipóxia, podendo sobreviver em ambientes com baixa concentração de oxigênio dissolvido. Apresentam importância pesqueira, por possuir carne muito apreciada e atingir porte médio, mas apesar de ser coletado com frequência, não é uma espécie abundante. As traíras apresentam potencial para piscicultura, sendo criada em consórcio com outras espécies de reprodução rápida, como as tilápias, controlando super-populações. Podem 40

41 infestar tanques de criação através da introdução acidental, com grandes prejuízos para a aquicultura. Hoplias lacerdae é provavelmente espécie exótica à bacia, sendo sua introdução derivada da prática da aquicultura regional (BRITO et al., 2003). Hoplias malabaricus Predadores voraz, solitário, é uma espécie bem-sucedida nos sistemas fluviais e encontrada principalmente em áreas de remanso, mas tem preferência por ambientes lênticos como, lagos, lagoas, brejos, matas inundadas e em córregos e igarapés, geralmente entre as plantas aquáticas, onde fica a espreita de presas como peixes, sapos e insetos (CEMIG, 2000). É mais ativo durante a noite. Apesar do excesso de espinhas, em algumas regiões é bastante apreciado como alimento. Peixe de porte mediano, atingindo cerca de 35 cm de comprimento. Pode realizar pequenos deslocamentos para a alimentação, mas não é um peixe de piracema. Reproduz-se em lagoas, apresentando ovos adesivos. Começa a desovar em julho, prolongando-se a desova até março do ano seguinte. Apresenta hábito alimentar ictiófago, podendo ingerir insetos nas fases jovens. Tem como distribuiçõa geográfica as Bacias Amazônica, Tocantins-Araguaia, São Francisco, Prata e Atlântico Sul. (CEMIG, 2000; PNDPA, 2008). Hypostomus O número de espécies do gênero Hypostomus é grande e a sua sistemática é bastante confusa. Dependendo da espécie, pode ser de pequeno ou médio porte. Os cascudos apresentam desenvolvimento lento. No período reprodutivo, a fêmea chega a depositar cerca de ovos que, em geral, são depositados em locas vigiadas pelos machos. Vivem no fundo dos corpos d água e alimentam-se de algas do perifíton e detritos (CEMIG, 2000). Segundo Manna e colaboradores (2007), existem alguns estudos sobre a alimentação desse grupo, onde destaca-se a presença de detritos ou sedimento como item principal na sua dieta, já Alvim (1999) classifica esse grupo como iliófoga. São considerados reofílicos. Leporinus conirostris Peixes onívoros e herbívoros alteram a estrutura e as propriedades de absorção do sistema digestório em resposta a mudanças na dieta (BALDISSEROTTO, 2002). Estas 41

42 variações estão associadas principalmente à composição e à quantidade de fibra do alimento. Possuem hábito alimentar onívoro, alimentando-se de insetos, restos de peixes e vegetais (SANTOS, 2000). Outros autores, por meio de pesquisas de conteúdo alimentar, classificam este peixe como onívoro de amplo espectro, o que, do ponto de vista da nutrição, proporciona vantagem no aproveitamento dos alimentos (ANDRIAN et al., 1994; RIBEIRO et al., 2001). A morfologia do trato digestório das espécies do gênero Leporinus está associada ao hábito alimentar onívoro, porém, a composição da dieta é mais importante em relação ao peso obtido (ALBRECHT et al., 2001). Essa espécie, quando adulto apresenta tamanho corporal de aproximadamente 40 cm. É considerada endêmica da bacia do rio Paraíba do Sul. Leporinus copelandii De acordo com Pereira et al (2007), o período reprodutivo de L. copelandii estendese de setembro a janeiro, coincidindo com a época de temperaturas mais elevadas e de maior índice pluviométrico. A maior ingestão de alimentos ocorre fora do período de reprodução. Sua alimentação é composta principalmente de um número grande de grupos de invertebrados e restos de peixes e vegetais. Apresentam preferência por rios de médio e grande porte, mas os jovens são capturados com frequência em rios menores, principalmente junto à vegetação marginal. Oreochromis niloticus O grupo das tilápias representa um conjunto de espécies exóticas, abundantes e melhor adaptadas aos recursos hídricos no país. São originárias da África e pertencem à grande família dos Ciclídeos. Sua alimentação é extremamente diversificada. Machos e fêmeas reproduzem-se com facilidade em águas paradas, mas sobrevivem muito bem também nos rios. Esta espécie exótica apresenta grandes vantagens de produção, como crescimento rápido, rusticidade e bom sabor da carne, e está servindo como alvo de projetos nacionais de estímulo à piscicultura. Devido à sua grande adaptabilidade, têm alto potencial de colonização de novos ambientes, e medidas preventivas para sua propagação devem ser consideradas como condicionantes para sua produção (MEURER et al., 2008). 42

43 Neoplecostomus O gênero Neoplecostomus está composto por sete espécies distribuídas em rios e riachos do sudeste do Brasil (REIS et al., 2003; BUCKUP et al., 2007). A espécie Neoplecostomus microps (Steindachner, 1876) encontra-se no rio Paraíba do Sul e afluentes, entre os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (LANGEANI, 1990), é um gênero ainda pouco conhecido, exceto pelos estudos sobre taxonomia (REIS et al., 2003). Por ser um peixe de hábito bentônico e desprovido de bexiga natatória (BRAGA, 2004), tem facilidade de nadar próximo ao fundo e vasculhar o substrato com o lábio e papilas em busca de presas e sugá-las. Embora sendo considerados itens ocasionais, ninfas de Plecoptera e larvas de Coleoptera-Psephenidae (Psephenus) ocorrem sob pedras ou outros objetos submersos em riachos (BORROR & DELONG, 1969) e são capturadas por sucção por N. microps, que vasculha o substrato em busca de alimento. A disposição do aparato bucal de N. microps dificulta a obtenção de outros itens bentônicos de natureza vágil, como larvas de Trichoptera e ninfas de Ephemeroptera (BRAGA, 2005). Segundo Fugi et al. (2001), a posição da boca e de outras estruturas associadas com o processo da alimentação diferenciarão os hábitos alimentares de espécies distintas de peixes. O cascudinho N. microps, espécie que habita ambientes lóticos encachoeirados e torrentosos, é de porte pequeno, e o comprimento médio de primeira maturação gonadal e fecundidade indicam que a espécie segue a estratégia K, ou seja, adota recursos de adaptação ao meio em que vive e não de abundância. Trichomycterus Os bagres do gênero Trichomycterus (Siluriformes; Trichomycteridae) ocorrem nas principais bacias hidrográficas da América do Sul, e uma extraordinária diversidade de espécies é encontrada nas regiões sudeste e sul do Brasil, com aproximadamente 33 espécies descritas, reconhecidamente pouco em relação a real estimativa do número de espécies existentes (DE PINNA, 1998). De forma geral, a identificação das espécies do gênero é problemática e o reconhecimento de seus limites dificultado por descrições pouco informativas. A maioria das formas, senão todas ocorrem exclusivamente nas drenagens ou bacias onde foram descritas, sendo comuns espécies encontradas exclusivamente em regiões de cabeceiras de pequenos rios costeiros. Apresentam populações semi-isoladas com pequeno grau de diferenciação morfológica. 43

44 Os diferentes padrões de coloração são resultado de variação intra-específica, relacionada a diferentes estágios do desenvolvimento ontogenético e hábitos de vida associados a ambientes preferenciais ocupados em cada estágio de desenvolvimento. Indivíduos jovens, com coloração de fundo mais clara e manchas escuras grandes são encontrados total ou parcialmente enterrados em fundo arenoso da mesma tonalidade da coloração de fundo do corpo, enquanto que indivíduos adultos e/ou intermediários, com coloração de fundo mais escura, são encontrados exclusivamente entre das rochas do fundo dos rios. O padrão de coloração é considerado uma característica importante na diagnose das espécies do gênero e no estabelecimento de suas relações de PA rentesco. (SILVA et al, s/d) ABUNDÂNCIA De acordo com Lowe-McConnell (1999), a dominância de Ostariophysi é comum em rios neotropicais. A superordem Ostariophysi é composta pelas seguintes ordens: Characiformes, Siluriformes, Gymnotiformes, Cyprinoformes e Gonorynchiformes. Esse fato foi evidenciado na PCH Dona Rita em agosto/2011, novembro/2011 e maio/2012, visto que esse grupo correspondeu a 52%, 83% e 79% do total capturado, respectivamente. Já em fevereiro/2012, os Ostariophysi não foi o grupo mais representativo, uma vez que corresponderam a apenas 40% do total coletado. No monitoramento realizado no período 2010/2011, os Ostariophysi foram mais abundantes. Em relação à abundância das ordens, em agosto/2011, os Perciformes foram mais representativos, apresentando 27 (vinte e sete) exemplares coletados (48% do total amostrado), seguidos pelos Characiformes, com 26 (vinte e seis) indivíduos. Em novembro/2011, os Characiformes foram mais abundantes, com 25 (vinte e cinco) exemplares capturados, seguido pelos Siluriformes com 10 (dez) indivíduos. Em fevereiro/2012, os Perciformes foram novamente os mais abundantes, apresentando 35 (trinta e cinco) indivíduos (60% do total), seguido pelos Characiformes, com 21 (vinte e um) exemplares capturados (36% do total). Já em maio/2012, os Characiformes foram mais representativos, com 17 (dezessete) indivíduos capturados, seguido pelos Siluriformes e pelos Perciformes com 06 (seis) indivíduos cada. No Gráfico 5, a seguir, é apresentada a abundância das ordens. 44

45 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 Characiformes Perciformes Siluriformes Gráfico 5: Abundância absoluta das ordens. Conforme observado no gráfico a seguir, em agosto/2011 e fevereiro/2012, a família Cichlidae foi predominante, com 27 (vinte e sete) e 35 (trinta e cinco) indivíduos capturados, respectivamente, sendo representada exclusivamente pela espécie Geophagus brasiliensis. Em novembro/2011, Anostomidae e Loracariidae foram as famílias mais abundantes, com 10 (dez) exemplares coletados cada (24% do total), representadas principalmente pelo gênero Leporinus e pela espécie Neoplecostomus microps. Já em maio/2012 Characidae foi a família mais abundante, com 09 (nove) indivíduos coletados (31% do total), sendo representada principalmente pelo gênero Astyanax. Resultados divergentes foram observados em agosto/2010 e janeiro/2011, quando a família Characidae foi mais abundante, representada, sobretudo pelo gênero Astyanax sp., enquanto que, em outubro/2010, os Ciclídeos foram mais abundantes, sendo Geophagus cf. altifrons a espécie predominante. Já em maio/2011, os Characídeos foram mais abundantes, representados sobretudo por Astyanax. 45

46 Trichomycteridae Loricariidae Cichlidae Erythrinidae Characidae Anostomidae Mai./2012 Fev./2012 Nov./2011 Ago./2011 Gráfico 6: Abundância absoluta das famílias. Cichlidae é uma família de peixes de água doce da ordem Perciformes que inclui aproximadamente 105 gêneros e 1900 espécies, representando a maior família de peixes em número de espécies, com cerca de 5% dos vertebrados existentes na Terra, Britski et al., (2007), concentradas principalmente na África. Os ciclídeos são representados por peixes muito versáteis, territorialistas e resistentes, com predileção por ambientes lênticos, principalmente lagos e lagoas (FATTORI et al., 1997). Os ciclídeos possuem hábitos diurnos, apresentando cuidado parental sendo que na maioria das espécies as fêmeas cuidam dos ovos na boca, principalmente os ciclídeos neotropicais (LOWE-McCONNELL, 1959) e mesmo após o nascimento, quando do surgimento de um possível predador, os filhotes se refugiam na boca dos pais. Os ciclídeos não apresentam um período reprodutivo bem definido e não apresentam dimorfismo sexual marcante, a não ser na época da reprodução, quando algumas características podem diferenciar os sexos (FELDBERG, 2003). A família Anostomidae é um grupo de peixes da ordem Characiformes, composto por cerca de 110 espécies, restritas à América do Sul e com representantes em todas as bacias hidrográficas do Brasil (SANTOS 1982, NELSON 1994). Segundo Goulding (1980) os peixes desta família têm hábitos alimentares generalistas e o tipo de alimento ingerido depende da disponibilidade destes no hábitat. Esta estratégia alimentar favorece espécies amplamente distribuídas, pois permite a ocupação de hábitats ecologicamente distintos (LOWE- MCCONNELL 1999). 46

47 Já a família Loricariidae é composta, majoritariamente, por peixes de fundo, que se alimentam de algas e de lama. Geralmente, constroem seus ninhos em locas no fundo ou nos barrancos do rio para desovar. Algumas espécies mantêm os ovos aderidos aos lábios até a eclosão (SANTOS et al., 1984). Em relação à abundância relativa e absoluta de cada uma das espécies capturadas, os resultados obtidos estão representados na Tabela 5. 47

48 Tabela 5: Abundância absoluta e relativa das espécies amostradas na PCH Dona Rita. Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 ESPÉCIE NOME COMUM Abundância absoluta Abundância relativa Abundância absoluta Abundância relativa Abundância absoluta Abundância relativa Abundância absoluta Abundância relativa Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo 14 0,25 9 0,21 2 0,03 2 0,07 Astyanax sp. lambari ,09 6 0,21 Charax sp. peixe cachorro ,03 Geophagus brasiliensis cará 27 0,48 7 0, ,6 5 0,17 Hoplias lacerdae trairão ,02 1 0,03 Hoplias malabaricus traíra 8 0,14 6 0,14 8 0,14 7 0,25 Hypostomus sp1 cascudo , Hypostomus sp2 cascudo 2 0,04 3 0,07 1 0,02 2 0,07 Hypostomus sp cascudo ,11 Leporinus conirostris piau branco ,12 2 0, Leporinus copelandii piau vermelho 4 0,07 5 0,12 3 0, Oreochromis niloticus tilápia do nilo ,03 Neoplecostomus microps cascudo chinelo 1 0,02 5 0,12 1 0, Trichomycterus sp. bagre ,03 Total

49 Conforme observado na tabela anterior, na primeira amostragem, a espécie mais abundante foi Geophagus brasiliensis com 27 (vinte e sete) indivíduos, perfazendo 48,0% dos exemplares capturados; seguida por Astyanax bimaculatus que apresentou 14 (quatorze) espécimes coletados. Na segunda campanha, Astyanax bimaculatus foi a espécie mais representativa, com 09 (nove) indivíduos capturados (21% do total), seguida por Geophagus brasiliensis e Hoplias malabaricus que apresentaram 07 (sete) e 06 (seis) exemplares, respectivamente. Na terceira amostragem, Geophagus brasiliensis foi novamente a espécie mais abundante, com 35 (trinta e cinco) indivíduos, perfazendo 60,0% do total capturado; seguida por Hoplias malabaricus que apresentou 08 (oito) exemplares coletados. Já na quarta campanha, Hoplias malabaricus foi a espécie mais representativa, com 07 (sete) indivíduos capturados (24% do total), seguida por Astyanax sp. e Geophagus brasiliensis que apresentaram 06 (seis) e 05 (seis) exemplares, respectivamente. No monitoramento realizado em 2010/2011, Astyanax sp.1 foi a espécies mais abundantes em agosto/2010, janeiro/2011 e maio/2011, enquanto que Geophagus cf. altifrons foi mais representativa em outubro/2010. Segundo Abelha & Goulart (2004), Geophagus brasiliensis possui hábitos diurnos, preferência por ambientes lênticos e encontra-se amplamente distribuída nos reservatórios brasileiros, onde comumente torna-se uma espécie abundante devido à elevada plasticidade trófica. Em agosto/2011 e fevereiro/2012, representantes dessa espécie foram encontrados em todos os pontos monitorados, sendo mais abundante nos pontos DR-IC-01 e DR-IC-02, na primeira e segunda amostragem, respectivamente. Astyanax bimaculatus alimentam-se tanto de recursos de origem alóctone (frutos, semente e insetos terrestres) quanto de origem autóctone (insetos e vegetais aquáticos, escamas, ovócitos entre outros). Forrageiam em todos os níveis tróficos, ou seja, podem ser consumidores primários (alimentando-se de plantas e fitoplâncton), secundários ou terciários (ingerindo zooplâncton, insetos e peixes). Até mesmo detritos e sedimentos são consumidos por eles. O oportunismo destes peixes é a característica que lhes confere uma enorme capacidade de colonizar diferentes habitats. Estudos com A. bimaculatus verificaram que esta espécie é sempre uma das primeiras a descobrir e usar um novo tipo de alimento (SAMPAIO & ALMEIDA, s/d). Em novembro/2011, foram capturados representantes dessa espécie apenas nas estações DR-IC-02 e DR-IC-03, apresentando 01 (um) e 08 (oito) indivíduos, respectivamente. Já Hoplias malabaricus é um Predador voraz, solitário, é uma espécie bem-sucedida nos sistemas fluviais e encontrada principalmente em áreas de remanso, mas tem 49

50 preferência por ambientes lênticos como, lagos, lagoas, brejos, matas inundadas e em córregos e igarapés, geralmente entre as plantas aquáticas, onde fica a espreita de presas como peixes, sapos e insetos (CEMIG, 2000). É mais ativo durante a noite. Pode realizar pequenos deslocamentos para a alimentação, mas não é um peixe de piracema. Reproduzse em lagoas, apresentando ovos adesivos. Começa a desovar em julho, prolongando-se a desova até março do ano seguinte. Apresenta hábito alimentar ictiófago, podendo ingerir insetos nas fases jovens. Em maio/2012, foram capturados representantes dessa espécie apenas no ponto DR-IC-02, apresentando 07 (sete) indivíduos. O gráfico a seguir apresenta a abundância absoluta das espécies. Trichomycterus sp. Neoplecostomus microps Oreochromis niloticus Leporinus copelandii Leporinus conirostris Hypostomus sp Hypostomus sp2 Hypostomus sp1 Hoplias malabaricus Hoplias lacerdae Geophagus brasiliensis Charax sp. Astyanax sp. Astyanax bimaculatus Mai./2012 Fev./2012 Nov./2011 Ago./2011 Gráfico 7: Abundância das espécies encontradas. Em relação à abundância absoluta, verificou-se que em agosto/2011, o ponto DR-IC- 01 foi o mais abundante, com 26 (vinte e seis) indivíduos capturados, enquanto que, em novembro/2011 e fevereiro/2012, a estação DR-IC-02 foi a mais representativa, apresentando 14 (quatro) e 25 (vinte e cinco) exemplares, respectivamente. Já em maio/2012, as estações DR-IC-02 e DR-IC-04 foram as mais abundantes, com 10 (dez) indivíduos capturados em cada. 50

51 nº de indivíduos MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA No monitoramento realizado em 2010/2011, a maior abundância foi evidenciada no ponto DR-IC-03, em agosto/2010 e janeiro/2011, e no DR-IC-04, em outubro/2010 e maio/2011. No Gráfico 8, a seguir, é apresentada a abundância relativa de cada um dos pontos de amostragem DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 Gráfico 8: Abundância relativa dos pontos de amostragem DIVERSIDADE E EQUITABILIDADE O índice de Shannon assume que os indivíduos foram amostrados ao acaso e que todas as espécies estão representadas na amostra (MAGURRAN, 1988). Como posto na metodologia, a análise leva em conta dois fatores, a riqueza absoluta de espécies e suas abundâncias relativas ou a equitabilidade. Desta forma, quanto mais equitativa a distribuição do número de indivíduos por espécie, maior a diversidade. Por outro lado, quanto menos equitativa, menor o índice, o que pode indicar uma condição de estresse ou alteração ambiental a partir da condição original (ODUM, 1980). Na Tabela 6, são apresentados os resultados obtidos em cada ponto de amostragem. Cabe ressaltar que esses índices não foram caluclados apenas para a estação DR-IC-03, em agosto/2011, e para a DR-IC-04, em fevereiro/2012, uma vez que nesse ponto foi amostrada apenas uma espécie. 51

52 Tabela 6: Índice de diversidade de Shannon (H ) e indice de equitabilidade (E) para os locais de coleta. Parâmetros Ago./2011 Nov./2011 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 H 0,473 0,612 * 0,244 0,54 0,604 0,276 0,53 E 0,785 0,876 * 0,811 0,896 0,864 0,918 0,88 Parâmetros Fev./2012 Mai./2012 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 H 0,586 0,391 0,616 * 0,458 0,408 0,244 0,654 E 0,753 0,649 0,792 * 0,96 0,678 0,811 0,935 De acordo com os resultados apresentados, verificou-se que o ponto DR-IC-02 nas duas primeiras amostragens realizadas, o DR-IR-03, em fevereiro/2012, e o DR-IC-04 em maio/2012, apresentaram a maior diversidade de espécies. Já a maior distribuição mais equitativa foi evidenciada no ponto DR-IC-02, em agosto/2011, no DR-IC-03, em novembro/2011 e fevereiro/2012, e no DR-IC_-01 em maio/2012. Os resultados para o índice de diversidade encontrados na área de estudo demonstram a ocorrência de ambientes com qualidade ambiental alterada. Por outro lado, pode-se afirmar que a maioria dos pontos apresentou bons resultados para a equitabilidade, demonstrando a ocorrência de quantidades muito próximas dentro das espécies capturadas SIMILARIDADE De acordo com o índice de similaridade, foram obtidos os seguintes resultados: Tabela 7: Índice de similaridade dos pontos de amostragem. Ago./2011 Nov./2011 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 DR-IC-01 * 0,8 0,4 0,33 * 0,67 0,33 0,25 DR-IC-02 * * 0,33 0,29 * * 0,29 0,44 DR-IC-03 * * * 0,67 * * * 0 Fev./2012 Mai./2012 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 DR-IC-01 * 0,6 0,67 0,29 * 0,57 0 0,25 DR-IC-02 * * 0,2 0,4 * * 0 0,22 DR-IC-03 * * * 0,29 * * * 0,29 52

53 Diante dos resultados obtidos, constatou-se que, na primeira campanha, os pontos DR-IC-01 e DR-IC-02 apresentaram-se como os mais similares entre si; enquanto que entre o DR-IC-02 e DR-IC-04 foi evidenciada a menor similaridade. Na segunda amostragem, verificou-se a maior similaridade entre os pontos DR-IC-01 e DR-IC-02, enquanto que entre o DR-IC-03 e DR-IC-04 não houve nenhuma similaridade. Na terceira campanha, as estações DR-IC-01 e DR-IC-03 mostraram-se como as mais similares, enquanto que entre a DR-IC-02 e DR-IC-03 foi observada a menor similaridade. Já na quarta amostragem, os pontos DR-IC-01 e DR-IC-02 mostraram-se como as mais similares, enquanto que entre os pontos DR-IC-01 e DR-IC-03 e o DR-IC-02 e DR-IC- 03 não foi observada nenhuma similaridade. Nas campanhas realizadas em 2010/2011, a maior similaridade foi obtida entre as estações DR-IC-03 e DR-IC-04, em agosto/2010, DR-IC-02 e DR-IC-03 em outubro/2010 e janeiro/2011, e entre DR-IC-02 e DR-IC-04 em maio/ RIQUEZA DE ESPÉCIES Os resultados para a riqueza de espécies por ponto de amostragem são apresentados na Tabela 8, a seguir. Tabela 8: Número de espécies (S), abundância (N) e riqueza de espécies (D) dos pontos analisados PONTOS Ago./2011 Nov./2011 S N D S N D DR-IC , ,42 DR-IC , ,49 DR-IC * ,93 DR-IC , ,00 PONTOS Fev./2012 Mai./2012 S N D S N D DR-IC , ,86 DR-IC , ,00 DR-IC , ,66 DR-IC * ,00 Através do cálculo da riqueza de espécies, proposto por Odum (1980), verificou-se que, o ponto DR-IC-02, em agosto/2011, o DR-IC-01 em novembro/2011 e em fevereiro/2012, e o DR-IC-04 em maio/2012, apresentaram-se como os mais ricos. 53

54 Cabe ressaltar que apenas para a estação DR-IC-03 na primeira amostragem, e na DR-IC-04 na terceira campanha, não foi avaliada a riqueza, uma vez que nestes pontos foram capturados representantes de uma única espécie BIOMETRIA Os resultados referentes ao comprimento máximo e mínimo das espécies amostradas estão descritas na Tabela 9, a seguir. 54

55 Tabela 9: Comprimento corporal padrão máximo, mínimo, médio e desvio padrão (continua). ESPÉCIE NOME COMUM Ago./2011 Nov./2011 CP máx. CP mín. CP méd. Desvio Padrão CP máx. CP mín. CP méd. Desvio Padrão Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo ,71 27, ,89 20,51 Astyanax sp. lambari Charax sp Peixe cachorro Geophagus brasiliensis cará ,5 10, ,71 55,86 Hoplias lacerdae trairão Hoplias malabaricus traíra ,07 80, ,67 64,34 Hypostomus sp cascudo Hypostomus sp1 cascudo ,41 Hypostomus sp2 cascudo ,5 118, ,67 101,12 Leporinus conirostris piau branco ,2 16,97 Leporinus copelandii piau vermelho ,25 89, ,2 Oreochormis niloticus tilápia do nilo Neoplecostomus microps cascudo chinelo ,2 2,83 Trichomycterus sp. Bagre

56 Tabela 9: Comprimento corporal padrão máximo, mínimo, médio e desvio padrão (continuação). ESPÉCIE NOME COMUM Fev./2012 Mai./2012 CP máx. CP mín. CP méd. Desvio Padrão CP máx. CP mín. CP méd. Desvio Padrão Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo ,24 Astyanax sp. lambari ,2 2, ,17 14,85 Charax sp Peixe cachorro Geophagus brasiliensis cará ,1 71, ,93 Hoplias lacerdae trairão Hoplias malabaricus traíra ,62 108, ,43 50,91 Hypostomus sp cascudo ,67 19,09 Hypostomus sp1 cascudo ,07 Hypostomus sp2 cascudo Leporinus conirostris piau branco , Leporinus copelandii piau vermelho , Oreochormis niloticus tilápia do nilo Neoplecostomus microps cascudo chinelo Trichomycterus sp. Bagre

57 Conforme observado na tabela anterior, em agosto/2011, o indivíduo com maior comprimento corporal coletado foi um espécime de Leporinus copelandii, com 382 mm de comprimento corporal padrão. Já um exemplar de Hoplias malabaricus foi o menor espécime capturado, apresentando um CP correspondente a 60 mm. Em novembro/2011, um indivíduo de Hoplias malabaricus apresentou o maior comprimento corporal, com 245,0 mm, enquanto que um exemplar da espécie Hypostomus sp2 apresentou o menor CP, correspondendo a 54,0 mm. Em fevereiro/2012, Leporinus copelandii apresentou o maior comprimento padrão, correspondendo a 352,0 mm, seguido por Hoplias lacerdae com 317,0 mm. Já para um exemplar da espécie Geophagus brasiliensis foi evidenciado o menor CP amostrado, com 53,0 mm. Já em maio/2012, o maior comprimento padrão foi observado para Hypostomus sp., com 284,0 mm, seguido por Hypostomus sp.2 com 224,0 mm. Já para um exemplar da espécie Astyanax sp. foi obtido o menor CP amostrado, correspondendo a 53,0 mm. Considerando o comprimento padrão médio, na primeira amostragem, Leporinus copelandii também apresentou o maior valor médio (311,25 mm), enquanto que em Astyanax bimaculatus foi evidenciada a menor média, com 84,71 mm. Na segunda campanha, a maior média corporal foi evidenciada novamente para Leporinus copelandii (138,0 mm), enquanto que a menor foi observada para Hoplias malabaricus com apenas 20,67 mm. Na terceira amostragem, para Hoplias malabaricus foi observado o maior comprimento padrão médio (218,62 mm), enquanto que em Astyanax sp. foi obtida a menor média, correspondendo a 69,20 mm. Já na quarta amostragem, o maior e o menor CP médio foram observados para Geophagus brasiliensis (62,93 mm) e Astyanax bimaculatus (4,24 mm), respectivamente. No gráfico a seguir, está representado o comprimento padrão médio das espécies amostradas em cada campanha. 57

58 Astyanax bimaculatus Astyanax sp. Geophagus brasiliensis Hoplias malabaricus Hypostomus sp Hypostomus sp1 Hypostomus sp2 Leporinus conirostris Leporinus copelandii Neoplecostomus microps CP médio (mm) MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 Gráfico 9: Comprimento padrão médio das espécies amostradas. Para a PCH Dona Rita, no período 2011/2012, foi coletado ,0 gramas em material ictiológico, sendo 6.442,0 gramas em agosto/2011, 2.543,0 gramas em novembro/2011, 5.850,0 gramas em fevereiro/2012, e 2.857,0 gramas em maio/2012. Na primeira amostragem, a maior biomassa total coletada foi evidenciada para a espécie Leporinus copelandii com 2.529,0 gramas, seguida por Geophagus brasilensis que apresentou 1.328,0 gramas capturadas. Já Neoplecostomus microps apresentou a menor biomassa total coletada, correspondendo a 7,0 gramas, sendo que para essa espécie foi coletado apenas um exemplar. Na segunda campanha, a maior biomassa total capturada foi evidenciada para a espécie Hoplias malabaricus correspondendo a 1.230,0 gramas, seguida por Leporinus copelandii com 366,0 gramas. Já a menor biomassa total foi verificada para Hypostomus sp.1, com apenas 23,0 gramas. Na terceira amostragem, Hoplias malabaricus apresentou novamente a maior biomassa total, correspondendo a 2.142,0 gramas, seguida por Leporinus copelandii com 1.012,0 gramas. Por outro lado, a menor biomassa total foi obtida para Neoplecostomus microps, com apenas 6,0 gramas, sendo que para essa espécie foi coletado apenas um exemplar. Já na quarta campanha, a maior biomassa total capturada foi novamente evidenciada para a espécie Hoplias malabaricus com 1.061,0 gramas, seguida por Hoplias lacerdae com 432,0 gramas. Já a menor biomassa total foi verificada para Trichomycterus 58

59 sp., com apenas 35,0 gramas, sendo que para essa espécie foi coletado apenas um exemplar. Os resultados referentes à biomassa total, máxima e mínima, bem como a média e o desvio padrão são apresentados na Tabela

60 Tabela 10: Biomassa corporal total, máxima, mínima, média e desvio padrão das espécies capturadas (continua). ESPÉCIE NOME COMUM Ago./2011 Nov./2011 Bio total Bio Máx Bio Mín Bio Méd Desvio Padrão Bio total Bio Máx Bio Mín Bio Méd Desvio Padrão Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo ,5 16, ,11 9,19 Astyanax sp. lambari Charax sp Peixe cachorro Geophagus brasiliensis cará ,18 144, ,57 86,27 Hoplias lacerdae trairão Hoplias malabaricus traíra ,75 309, ,97 Hypostomus sp cascudo Hypostomus sp1 cascudo ,5 0,71 Hypostomus sp2 cascudo ,5 20, ,64 Leporinus conirostris piau branco ,56 Leporinus copelandii piau vermelho ,25 540, ,2 136,47 Oreochromis niloticus tilápia do nilo Neoplecostomus microps cascudo chinelo ,6 0,71 Trichomycterus sp. Bagre

61 Tabela 10: Biomassa corporal total, máxima, mínima, média e desvio padrão das espécies capturadas (continuação). ESPÉCIE NOME COMUM Fev./2012 Mai./2012 Bio total Bio Máx Bio Mín Bio Méd Desvio Padrão Bio total Bio Máx Bio Mín Bio Méd Desvio Padrão Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo ,5 0, ,48 Astyanax sp. lambari ,4 1, ,33 4,24 Charax sp Peixe cachorro Geophagus brasiliensis cará ,91 113, ,4 91,92 Hoplias lacerdae trairão Hoplias malabaricus traíra ,75 342, ,57 144,25 Hypostomus sp cascudo ,33 Hypostomus sp1 cascudo Hypostomus sp2 cascudo ,5 40,3 Leporinus conirostris piau branco ,5 72, Leporinus copelandii piau vermelho ,33 585, Oreochromis niloticus tilápia do nilo Neoplecostomus microps cascudo chinelo Trichomycterus sp. Bagre

62 Astyanax bimaculatus Astyanax sp. Geophagus brasiliensis Hoplias malabaricus Hypostomus sp Hypostomus sp1 Hypostomus sp2 Leporinus conirostris Leporinus copelandii Neoplecostomus microps Biomassa (mm) MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA Em relação à média da biomassa corporal, em agosto/2011, a espécie Leporinus copelandii também apresentou a maior biomassa capturada (632,25 g), enquanto que a menor média foi evidenciada para Astyanax bimaculatus, com 22,5 gramas. Em novembro/2011, a maior biomassa média capturada foi verificada na espécie Hoplias malabaricus correspondendo 205,0 gramas, enquanto que Neoplecostomus microps apresentou a menor média (7,6 gramas). Em fevereiro/2012, a maior biomassa capturada média foi obtida para Leporinus copelandii (337,33 g), enquanto que em Astyanax sp. foi observada a menor média, com apenas 8,4 gramas. Já em maio/2012, Hoplias malabaricus apresentou a maior biomassa média (144,25 g), enquanto que a menor foi obtida para Astyanax sp. (4,24 g). No gráfico a seguir, está representada a biomassa corporal média das espécies amostradas Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 Gráfico 10: Biomassa corporal média das espécies amostradas CAPTURA POR UNIDADE DE ESFORÇO (CPUE) Diante da quantidade e da biomassa dos indivíduos capturados, foi efetuado o cálculo da CPUEn e CPUEb. Através de redes de espera foram amostrados 49 (quarenta e nove) indivíduos, em agosto/2011, 27 (vinte e sete) em novembro/2011, 43 (quarenta e três) em fevereiro/2012, e 15 (quinze) em maio/

63 Os dados brutos para os cálculos da CPUEn e CPUEb estão apresenta dos na Tabela 11. É importante salientar que, para a estação DR-IC-04, nas quatro campanhas, e para a DR-IC-03, na primeira e na quarta amostragem, todos os exemplares foram coletados apenas na coleta quantitativa, com auxílio de tarrafa. Tabela 11: Dados brutos utilizados para o cálculo da CPUEn e CPUEb. Ago./2011 Malhas DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 N Bio N Bio N Bio N Bio M3 6 0,22 8 0, M4 10 0,3 4 0, M5 8 0,75 6 0, M , M M8 2 1, M Total 26 2, , Nov./2011 Malhas DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 N Bio N Bio N Bio N Bio M ,09 7 0, M4 2 0,05 4 0, M5 2 0,07 4 0, M M7 2 0,63 1 0, M M Total 6 0,75 4 1,4 7 0, Fev./2012 Malhas DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 N Bio N Bio N Bio N Bio M3 6 2,45 6 0,14 4 0, M4 4 0,12 8 0, M , M6 2 0,49 4 1, M M , M Total 12 3, ,47 4 0, Mai./2012 Malhas DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 N Bio N Bio N Bio N Bio M3 1 0, M4 2 0,06 2 0, M5 2 0,23 3 0, M , M , M , M Total 5 0,3 10 1, Com base nos dados obtidos foram calculados os valores da CPUEn e da CPUEb e os resultados obtidos estão representados na tabela a seguir. 63

64 Malhas Tabela 12: Resultados obtidos para a CPUEn e CPUEb. Ago./2011 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 N Bio N Bio N Bio N Bio M3 18,75 0, , M4 31,25 0,94 12,5 2, M5 25 2,34 18,75 1, M ,62 6, M M8 6,25 4, M Total 11,61 1,26 10,27 1, Malhas Nov./2011 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 N Bio N Bio N Bio N Bio M ,62 0,28 21,87 0, M4 6,25 0,16 12, M5 6,25 0,22 12,5 2, M M7 6,25 1,97 3,12 0, M M Total 2,68 0,33 1,79 0,62 3,12 0, Malhas Fev./2012 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 N Bio N Bio N Bio N Bio M3 18,75 7,66 18,75 0,44 12,5 0, M4 12,5 0, , M ,5 1, M6 6,25 1,53 12,5 5, M M ,62 5, M Total 5,36 1,37 12,05 1,99 1,79 0, Malhas Mai./2012 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 N Bio N Bio N Bio N Bio M3 6,12 0, M4 6,25 0,19 6,25 0, M5 6,25 0,72 9,37 0, M ,37 2, M ,25 2, M M Total 2,23 0,13 4,46 0, Em agosto/2011, em termos de número, verificou-se que, para o ponto DR-IC-01 o maior sucesso de captura foi obtido na malha M4, enquanto que no DR-IC-02 esse sucesso 64

65 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 nº de ind./100 m² de malha MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA foi verificado na malha M3. Nas demais estações monitoradas nenhum indivíduo foi caputrado com o auxílio de rede de emalhar. Na amostragem de novembro/2011, no ponto DR-IC-01 as malhas M4, M5 e M7 apresentaram o mesmo sucesso de captura, enquanto que no DR-IC-02 a maior CPUEn foi evidenciada na malha M3. Essa última malha foi a única que apresentou sucesso de captura na estação DR-IC-03, enquanto que na DR-IC-04 não houve nenhum exemplar capturado com auxílio de rede de emalhar. Em fevereiro/2012, para as estações DR-IC-01 e DR-IC-02, o maior sucesso de captura, em termos de número, foi obtido nas malhas M3 e M4, respectivamente. Já para no ponto DR-IC-03 foi evidenciado sucesso apenas na malha M3, enquanto que no DR-IC-04 nenhum exemplar foi capturado com auxílio desse petrecho. Já em maio/2012, verificou-se que, em termos de número, para o ponto DR-IC-01 o maior sucesso de captura foi obtido nas malhas M4 e M5, enquanto que no DR-IC-02 esse sucesso foi verificado nas malhas M5 e M. Nas demais estações monitoradas nenhum indivíduo foi caputrado com o auxílio de rede de emalhar. O gráfico a seguir representa a CPUEn das malhas, por pontos de amostragem Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M10 Gráfico 11: CPUEn das malhas por ponto de amostragem. Com relação à biomassa, os resultados obtidos em cada campanha encontram-se representados no gráfico a seguir. 65

66 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 kg/100 m² de malha MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M10 Gráfico 12: CPUEb das malhas por ponto de amostragem. Conforme observado no gráfico anterior, em agosto/2011, no ponto DR-IC-01 a malha M8 foi a que apresentou maior biomassa capturada, enquanto que no DR-IC-02, o maior sucesso foi evidenciado na malha M6. Conforme mencionado anteriormente, para as estações DR-IC-03 e DR-IC-04 nenhum indivíduo foi amostrado através de redes de emalhar. Em novembro/2011, o maior sucesso de captura, em termos de biomassa, foi verificado na malha M7 para o ponto DR-IC-01, na M5 para o DR-IC-02 e exclusivamente na M3 para o DR-IC-03. Já na estação DR-IC-04 não foi capturado nenhum exemplar com o auxílio de redes. Na amostragem realizada em fevereiro/2012, verificou-se o maior sucesso de captura, em termo de número, na malha M3 para a estação DR-IC-01, na malha M6 para a DR-IC-02, na somente na malha M3 para a DR-IC-03. Conforme já relatado, no ponto DR- IC-04 não foi capturado nenhum exemplar com o auxílio de redes. Já em maio/2012, a malha M5 foi a que apresentou maior biomassa capturada no ponto DR-IC-01, enquanto que a malha M6 mostrou o maior sucesso de captura no DR-IC- 02. Conforme mencionado anteriormente, nenhum indivíduo foi amostrado através de redes de emalhar nas estações DR-IC-03 e DR-IC

67 kg/100 m² de malha nº de ind./100 m² de malha MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA Quando considerados os dados obtidos em cada um dos pontos, como um todo, foram encontrados os seguintes resultados: DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 Título do Eixo Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 Gráfico 13: CPUEn dos pontos de amostragem. 2,5 2 1,5 1 0,5 0 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 DR-IC-04 Título do Eixo Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 Gráfico 14: CPUEb dos pontos de amostragem. Em agosto/2011, verificou-se que o maior sucesso de captura, em termos de número, foi envidenciado no ponto DR-IC-01, em novembro/2011, foi obtido no DR-IC-03, enquanto que, em fevereiro/2012 e em maio/2012 foi encontrado no DR-IC-02. Já o maior sucesso, em termos de biomassa, foi encontrado no DR-IC-02 nas quatro as amostragens realizadas. 67

68 Diante destes resultados apresentados, observou-se que os trechos com maior número de indivíduos coletados foram os também apresentaram a maior biomassa coletada. Consequentemente, o trecho com menor expectativa de coleta de indivíduos foi o de menor biomassa AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA Com relação à atividade reprodutiva, é importante ressaltar que os indivíduos mantidos inteiros não foram considerados. Os indivíduos inteiros são aqueles conservados como indivíduos-testemunho. A escolha da quantidade dos mesmos foi relacionada com a tentativa de se retratar da melhor forma as possíveis alterações morfológicas e do estágio de desenvolvimento existentes dentro de uma mesma espécie. No intuito de fornecer indícios sobre a atividade reprodutiva de populações de diferentes espécies capturadas na PCH Dona Rita, em agosto/2011, foram dissecados 47 (quarenta e sete) indivíduos, pertencentes a 05 (cinco) espécies distintas, em novembro/2011, foram analisados 26 (vinte e seis) exemplares, pertencentes a 06 (seis) espécies, em fevereiro/2012, foram dissecados 41 (quarenta e um) indivídiuos pertencentes a 07 (sete) espécies, enquanto que, em maio/2012, foram analisados 11 (onze) exemplares, distribuidos em 04 (quatro) espécies. A distribuição dos sexos dos indivíduos amostrados está representada na tabela e no gráfico a seguir. 68

69 Tabela 13: Distribuição dos sexos, nas espécies capturadas. ESPÉCIE NOME COMUM Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 Fêmea Macho Juvenil N.I. Fêmea Macho Juvenil N.I. Fêmea Macho Juvenil N.I. Fêmea Macho Juvenil N.I. Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo Geophagus brasiliensis cará Hoplias lacerdae trairão 1 1 Hoplias malabaricus traíra Hypostomus sp2 cascudo Leporinus conirostris piau branco 3 1 Leporinus copelandii piau vermelho Oreochromis niloticus tilápia do nilo 1 69

70 Hypostomus sp2 Geophagus brasiliensis Hoplias malabaricus Astyanax bimaculatus Leporinus copelandii Leporinus copelandii Leporinus conirostris Hypostomus sp2 Hoplias malabaricus Geophagus brasiliensis Astyanax bimaculatus 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Fêmea Macho Juvenil N.I. A Fêmea Macho Juvenil N.I. B Leporinus copelandii Leporinus conirostris Oreochromis niloticus Hypostomus sp2 Hoplias malabaricus Hoplias malabaricus Hoplias lacerdae Hoplias lacerdae Geophagus brasiliensis Astyanax bimaculatus Geophagus brasiliensis 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Fêmea Macho Juvenil N.I. Fêmea Macho Juvenil N.I. C Gráfico 15: Distribuição dos sexos nas espécies, A refere-se a amostragem de agosto, B de novembro/2011, C a de fevereiro e D a de maio/2012. D 70

71 Conforme exposto no gráfico anterior, na primeira amostragem, para as espécies Geophagus brasiliensis e Hoplias malabaricus foi evidenciada uma maior proporção de machos, enquanto que para Astyanax bimaculatus as fêmeas predominaram. Para a espécie Leporinus copelandii verificou-se uma razão sexual igual a razão clássica (NILOLSKY, 1969), ou seja, de 1:1. Na segunda campanha, observou-se uma maior proporção de fêmeas apenas para a espécie Hypostomus sp.2, enquanto que para as demais espécies, verificou-se uma razão sexual muito próxima da razão clássica. Na terceira amostragem, nas espécies Goophagus brasiliensis, Hoplias lacerdae, Hoplias malabaricus e Leporinus copelandii, observou-se uma maior proporção de machos, enquanto que para Leporinus conirostris as fêmeas foram mais abundantes. Para as demais espécies, verificou-se uma razão sexual muito próxima da razão clássica. Já na quarta campanha, observou-se uma maior proporção de fêmeas para a espécie Hoplias lacerdae, enquanto que os machos foram mais abundantes para Hoplias malabaricus. Já para a espécie Geophagus brasiliensis, verificou-se uma razão sexual muito próxima da razão clássica, enquanto que o único exemplar de Oreochromis niloticus capturado encontrava-se em decomposição, impossibilitando a análise gonadal. Sabe-se que as fêmeas são abundantes, normalmente, quando a quantidade de alimento disponível no local é suficiente. Quando ocorre escassez de alimento, é comum uma maior quantidade de machos. Com relação ao estágio de desenvolvimento gonadal, em agosto/2011, verificou-se o predomínio de indivíduos em estágio de maturação avançada (2C), correspondendo a 64% do total amostrado. Em novembro/2011, os indivíduos juvenis (J) foram mais abundantes, perfazendo 27% do total analisado, seguido por aqueles em estágio de maturação inicial (2A), intermediária (2B) e avançada (2C), com 19% cada. Em fevereiro/2012, observou-se o predomínio de indivíduos esgotados (3), correspondendo a 29% do total capturado. Já em maio/2012, os indivíduos em estágio de desenvolvimento inicial (2A) foram mais representativos, perfazendo 54% do total analisado. No Gráfico 16, a seguir, pode-se observar a abundância de cada um dos estágios de desenvolvimento gonadal. 71

72 nº de indivíduos MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./ A 2B 2C 3 Juvenil N.I. Gráfico 16: Distribuição dos estágios de desenvolvimento gonadal. Os indivíduos não identificados (NI), em agosto/2011 e fevereiro/2012, estão relacionados com à presença de peixes com hábitos alimentares detritívoros nas redes de espera, que, em virtude do tempo que permanecem na rede e o aquecimento das águas apresentaram conteúdo bastante deteriorado, impossibilitando a avaliação da atividade reprodutiva. A distribuição dos estágios de desenvolvimento gonadal, em cada uma das espécies, está representada na tabela e gráfico a seguir. 72

73 Tabela 14: Estágios de desenvolvimento gonadal. ESPÉCIE NOME COMUM Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./ A 2B 2C 3 N.I. 1 2A 2B 2C 3 Juvenil 1 2A 2B 2C 3 Juvenil N.I. 1 2A 2B 2C 3 Juvenil N.I. Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo Geophagus brasiliensis cará Hoplias lacerdae trairão 1 1 Hoplias malabaricus traíra Hypostomus sp2 cascudo Leporinus conirostris piau branco 3 1 Leporinus copelandii piau vermelho Oreochromis niloticus tilápia do nilo 1 73

74 Hypostomus sp2 Geophagus brasiliensis Hoplias malabaricus Astyanax bimaculatus Leporinus copelandii Leporinus copelandii Leporinus conirostris Hypostomus sp2 Hoplias malabaricus Geophagus brasiliensis Astyanax bimaculatus 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 1 2A 2B 2C 3 N.I. A 1 2A 2B 2C 3 Juvenil B Leporinus copelandii Leporinus conirostris Oreochromis niloticus Hypostomus sp2 Hoplias malabaricus Hoplias malabaricus Hoplias lacerdae Hoplias lacerdae Geophagus brasiliensis Astyanax bimaculatus Geophagus brasiliensis 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 1 2A 2B 2C 3 Juvenil N.I. 1 2A 2B 2C 3 Juvenil N.I. C Gráfico 17: Distribuição dos estágios gonadais, A refere-se a amostragem de agosto, B de novembro/2011 e C a de fevereiro/ D

75 De acordo com os dados obtidos, verificou-se o predomínio de espécies com período reprodutivo coincidindo com a piracema. Conforme mencionado anteriormente, em agosto/2011 e fevereiro/2012, alguns indivíduos apresentaram conteúdo bastante deteriorado, impossibilitando a indentificação dos estágios de desenvolvimento gonadal ÍNDICE GONADOSSOMÁTICO A análise da distribuição dos valores individuais do IGS retrata o desenvolvimento das gônadas de uma referida população de peixes ao longo do ano, considerando cada indivíduo amostrado, permitindo uma maior precisão na análise, considerando-se que os valores de IGS dentro de uma variação muito ampla venham a mascarar a média. Conforme observado na Tabela 15, em agosto/2011, o maior IGS foi registrado para a espécie Astyanax bimaculatus, enquanto que o menor foi obtido para Leporinus copelandii. Em novembro/2011, o maior e o menor Índice Gonadossomático foram observados para as espécies Astyanax bimaculatus e Hoplias malabaricus, respectivamente. Em fevereiro/2012, Geophagus brasiliensis apresentou o maior IGS, enquanto que em Hoplias malabaricus foi evidenciado o menor resultado. Já em maio/2012, o maior e o menor índice gonadossomático foi oberservado para Geophagus brasiliensis e Hoplias malabaricus, respectivamente. Tabela 15: Valores máximos e mínimos do IGS das espécies. ESPÉCIE NOME COMUM Ago./2011 Nov./2011 IGS Máx. IGS. Mín. IGS Máx. IGS. Mín. Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo 13,33 3,48 44,44 0,59 Geophagus brasiliensis cará 3,85 0,19 0,95 0,22 Hoplias lacerdae trairão Hoplias malabaricus traíra 4,79 0,02 3,23 0,06 Hypostomus sp2 cascudo - - 1,54 0,21 Leporinus conirostris piau branco Leporinus copelandii piau vermelho 0,3 0, ESPÉCIE NOME COMUM Fev./2012 Mai./2012 IGS Máx. IGS. Mín. IGS Máx. IGS. Mín. Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo 2 0, Geophagus brasiliensis cará 2,76 0,08 0,29 0,12 Hoplias lacerdae trairão 0,04-0,16 - Hoplias malabaricus traíra 0,05 0,02 0,15 0,04 Hypostomus sp2 cascudo Leporinus conirostris piau branco 0, Leporinus copelandii piau vermelho 0,

76 Astyanax bimaculatus Geophagus brasiliensis Hoplias malabaricus Leporinus copelandii Astyanax bimaculatus Geophagus brasiliensis Hoplias malabaricus Leporinus copelandii IGS médio MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA De modo geral, os valores médios de Índice Gonadossomático encontrados estão relacionados com a frequência de indivíduos em diferentes estádios de maturação gonadal das espécies capturadas. Na figura a seguir é apresentado o IGS médio das espécies capturadas no empreendimento DR-IC-01 DR-IC-02 Figura 2: IGS das espécies por trecho (agosto/2011). Conforme observado no gráfico anterior, em agosto/2011, para as espécies Astyanax bimaculatus, Geophagus brasiliensis e Leporinus copelandii foram obtidos valores similares para o IGS médio a montante e no reservatório, demonstrando que essas espécies não apresentaram diferenças espaciais expressivas. Já para Hoplias malabaricus o maior valor médio de IGS da população foi obtido no reservatório da PCH Dona Rita (DR-IC-02), permitindo inferir que há um maior investimento energético em reprodução nessa localidade. 76

77 Hoplias malabaricus Hypostomus sp2 Astyanax bimaculatus Geophagus brasiliensis Hoplias malabaricus Hypostomus sp2 Leporinus copelandi Astyanax bimaculatus IGS médio MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC-03 Figura 3: IGS das espécies por trecho (novembro/2011). Em novembro/2011, para as espécies Astyanax bimaculatus, Geophagus brasiliensis e Leporinus copelandii foram obtidos valores similares para o IGS médio a montante e no reservatório, demonstrando que essas espécies não apresentaram diferenças espaciais expressivas. Já para Hoplias malabaricus o maior valor médio de IGS da população foi obtido no reservatório da PCH Dona Rita (DR-IC-02), permitindo inferir que há um maior investimento energético em reprodução nessa localidade. 77

78 IGS médio Astyanax bimaculatus Geophagus brasiliensis Hoplias malabaricus Leporinus conirostris Leporinus copelandii Geophagus brasiliensis Hoplias lacerdae Hoplias malabaricus Astyanax bimaculatus IGS médio MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA 2,5 2 1,5 1 0,5 0 DR-IC-01 DR-IC-02 DR-IC- 03 Figura 4: IGS das espécies por trecho (fevereiro/2012). Em fevereiro/2012, os maiores valores encontrados para o índice gonadossomático foi observado para Geophagus brasiliensis, a montante (DR-IC-01) e Hoplias malabaricus, no reservatório (DR-IC-02). Já a jusante da casa de força (DR-IC-03) foi evidenciado investimento apenas para a espécie Astyanax bimaculatus. 0,35 0,3 0,25 0,2 0,15 0,1 0,05 0 Geophagus brasiliensis Geophagus brasiliensis Hoplias lacerdae Hoplias malabaricus DR-IC-01 DR-IC-02 Figura 5: IGS das espécies por trecho (maio/2012). 78

79 Já em maio/2012, a montante (DR-IC-01) da PCH Dona Rita foi encontrado valor para o índice gonadossomático apenas para a espécie Geophagus brasiliensis. No reservatório (DR-IC-02) o maior IGS foi evidenciado para Hoplias malabaricus,seguido por Hoplias malabaricus e por Hoplias lacerdae. Assim, a partir do cálculo dos valores médios de IGS para as populações de diferentes espécies, foi verificado que, dentre as espécies que ocorreram em mais de uma região, apenas algumas apresentaram diferenças espaciais expressivas nos valores ÍNDICE DE REPLEÇÃO DOS ESTÔMAGOS E ANÁLISE DA DIETA Os estudos referentes ao hábito alimentar de peixes, é de extrema importância, principalmente para a conservação em ambiente natural. A questão fundamental diz respeito à flexibilidade observada na dieta de muitas espécies. Devido principalmente a este fato, o estudo dos itens alimentares encontrados no conteúdo estomacal de diferentes espécies da ictiofauna, tem se tornado freqüente e de fundamental importância para conservação de diferentes espécies (FELIPE et al., 2007). De acordo com diversos autores os peixes podem ocupar vários níveis tróficos dentro de um ecossistema, entretanto, a classificação dos mesmos em categorias tróficas definidas, tem sido dificultada em função da enorme variedade de espécies conhecidas, além do amplo espectro de itens alimentares ingeridos pelas mesmas. As espécies com mais estômagos coletados em condições para análise da dieta (grau de repleção acima de zero), nas três primeiras amostragens realizadas, foram: Astyanax bimaculatus, Geophagus brasiliensis, Hoplias malabaricus e Leporinus copelandii. Além dessas, também foi possível realizar as análises estomacais para Hypostomus sp.2, em novembro/2011, e Leporinus conirostris, em novembro/2011 e fevereiro/2012. Já em maio/2012, apenas para a espécie Hoplias malabaricus foi possível avaliar o conteúdo estomacal. É importante ressaltar que espécies predadoras (piscívoras), na maioria das vezes quando coletadas estão com estômago vazio salvo algumas exceções. As espécies pertencentes a este grupo funcional ou guilda trófica, costumam regurgitar o alimento em situação de perigo. Analisando-se o conteúdo estomacal dos indivíduos capturados, foram obtidos os resultados apresentados na tabela a seguir. 79

80 ESPÉCIE NOME COMUM Tabela 16: Graus de repleção dos estômagos analisados Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 A B C D Deteriorado A B C D Deteriorado A B C D Deteriorado A B C D Deteriorado Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo Geophagus brasiliensis cará Hoplias lacerdae trairão 1 1 Hoplias malabaricus traíra Hypostomus sp2 cascudo Leporinus conirostris piau branco Leporinus copelandii piau vermelho Oreochromis niloticus Tilápia do nilo 1 Legenda: Ocupação do conteúdo estomacal, em relação ao volume total do estômago = A = % (estômago cheio); B = 31-70%; C = 1-30% e D = 0% (estômago vazio) 80

81 Conforme observado na tabela anterior, de modo geral, nas quatro campanhas, verificou-se, para a maioria das espécies, o predomínio de indivíduos com estômagos vazios (D). Na primeira amostragem, apenas para a espécie Hypostomus sp.1 não foi possível analisar o conteúdo estomacal, visto que todos os dois exemplares capturados apresentaram conteúdo bastante deteriorado. Para as espécies Astyanax bimaculatus, Hoplias malabaricus e Leporinus conirostris, em novembro/2011, e para Leporinus conirostris e Leporinus copelandii, em fevereiro/2012, houve o predomínio de exemplares com ocupação do conteúdo estomacal variando entre 71 e 100% (A). Já em maio/2012 não foi possível analisar o conteúdo estomacal da espécie Oreochromis niloticus, visto que o único exemplar amostrado apresentou conteúdo deteriorado. Para Hoplias malabaricus o conteúdo estomacal dos indivíduos capturados apresentaram ocupação correspondendo principalmente a 31-70% e %. No gráfico a seguir, é apresentada a distribuição dos graus de repleção estomacal das espécies encontradas. 81

82 Leporinus copelandii Hypostomus sp2 Hoplias malabaricus Geophagus brasiliensis Astyanax bimaculatus Leporinus copelandii Leporinus conirostris Hypostomus sp2 Hoplias malabaricus Geophagus brasiliensis Astyanax bimaculatus 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% A B C D Deteriorado A A B C D Deteriorado B Leporinus copelandii Leporinus conirostris Oreochromis niloticus Hypostomus sp2 Hoplias malabaricus Hoplias malabaricus Hoplias lacerdae Hoplias lacerdae Geophagus brasiliensis Astyanax bimaculatus Geophagus brasiliensis 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% A B C D Deteriorado C A B C D Deteriorado D Gráfico 18: Graus de repleção dos estômagos, A refere-se a amostragem de agosto e B de novembro/

83 Durante as análises do conteúdo estomacal dos indivíduos capturados, foram evidenciados os seguintes itens alimentares: insetos, material vegetal, sedimentos, peixes e detritos, em agosto/2011, apenas insetos e peixes em novembro/2011, anelídeos, insetos, peixes, sedimentos, moluscos e material vegetal em fevereiro/2012, e de peixes em maio/2012. As tabelas a seguir, apresentam as frequências e a massa dos itens alimentares encontrados em cada uma das espécies. Tabela 17: Frequência e massa dos itens alimentares encontrados na análise do conteúdo estomacal (continua) agosto/2011. Inseto Sedimento Peixe Vegetais Detritos ESPÉCIE NOME COMUM F P F P F P F P F P Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo 9 6,25 1 0,65 1 0,2 Geophagus brasiliensis cará 6 2,4 Hoplias malabaricus traíra 4 29,3 Leporinus copelandii Piau vermelho 1 0,75 1 0,75 Total ,4 5 29,95 1 0,75 1 0,2 Tabela 17: Frequência e massa dos itens alimentares encontrados na análise do conteúdo estomacal (continuação) novembro/2011. ESPÉCIE NOME COMUM Inseto Peixe F P F P Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo 4 0,8 Hoplias malabaricus traíra 4 61 Leporinus conirostris Piau branco 3 2,4 Leporinus copelandii Piau vermelho 2 2,3 Total 9 5, Tabela 17: Frequência e massa dos itens alimentares encontrados na análise do conteúdo estomacal (continuação) fevereiro/2012. ESPÉCIE NOME COMUM Inseto Sedimento Peixe Vegetais Anelídeos Moluscos F P F P F P F P F P F P Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo 1 0,2 1 0,2 Geophagus brasiliensis cará 3 1,3 Hoplias malabaricus traíra 4 85,2 Leporinus conisrostris trairão 1 1 Leporinus copelandii Piau vermelho 1 0, Total 1 0,2 3 1,3 4 85, ,2 2 1,2 Tabela 17: Frequência e massa dos itens alimentares encontrados na análise do conteúdo estomacal (continuação) maio/2012. ESPÉCIE NOME COMUM Peixes Hoplias malabaricus traíra 6 11,4 Total 6 11,4 F P 83

84 Considerando-se os dados obtidos, efetuou-se o cálculo do Índice Alimentar (IAi). Na primeira amostragem, para a espécie Astyanax bimaculatus os insetos apresentaram-se mais abundantes em sua dieta, enquanto que para Hypostomus sp2 os insetos e vegetais ocorreram na mesma frequência. Já a dieta de Geophagus brasiliensis foi composta apenas por sedimento, enquanto que para Hoplias malabaricus foi constituída exclusivamente de peixe. Na segunda campanha, foi observada a ocorrência de apenas um item alimentar para as espécies Astyanax bimaculatus, Leporinus conirostris, Leporinus copelandii e Hoplias malabaricus, sendo constituída de inseto para as três primeiras e peixes para a última. Na terceira amostragem, a dieta das espécies Geophagus brasiliensis, Hoplias malabaricus e Leporinus conirostris foi constituída apenas de sedimento, peixes e vegetais, respectivamente. Por outro lado, para Astyanax bimaculatus foi composta pela mesma proporção de anelídeos e moluscos, enquanto que para Leporinus copelandii os vegetais e moluscos foram mais abundantes. Já na quarta amostragem, apenas a espécie Hoplias malabaricus apresentou conteúdo estomacal, composto exclusivamente por peixes. Na tabela, a seguir, são apresentados os resultados obtidos em cada campanha de amostragem. Ressalta-se que os valores em negrito são os maiores resultados obtidos para o IAi, para cada espécie. Tabela 18: IAi das espécies amostradas (continua) agosto/2011 ESPÉCIE NOME COMUM Inseto Sedimento Peixe Vegetais Detritos Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo 0,98-0,01-0,003 Geophagus brasiliensis cará Hoplias malabaricus traíra Leporinus copelandii Piau vermelho 0, ,5 - Total 0,3 0,06 0,64 0,003 0,001 Tabela 18: IAi das espécies amostradas (continuação) novembro/2011 ESPÉCIE NOME COMUM Inseto Peixe Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo 1 - Hoplias malabaricus traíra - 1 Leporinus conirostris Piau branco 1 - Leporinus copelandii Piau vermelho 1 - Total 0,19 0,94 Tabela 18: IAi das espécies amostradas (continuação) fevereiro/2012 ESPÉCIE NOME COMUM Inseto Sedimento Peixe Vegetais Anelídeos Moluscos Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo ,5 0,5 Geophagus brasiliensis cará Hoplias malabaricus traíra Leporinus conirostris trairão Leporinus copelandii Piau vermelho 0, ,45-0,45 Total 0,0006 0,011 0,976 0,011 0,0006 0,001 Tabela 17: : IAi das espécies amostradas (continuação) maio/

85 ESPÉCIE NOME COMUM Peixes Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo 1 Total 1 Na Tabela 19, a seguir, observa-se o comparativo entre os itens alimentares observados nos resultados e o disposto na literatura, sobre os hábitos alimentares das espécies capturadas na PCH Dona Rita. 85

86 Espécie Astyanax bimaculatus Tabela 19: Informações referentes à dieta alimentar das espécies Itens alimentares encontrados Ago./2011 Nov./2011 Fev./2012 Mai./2012 Insetos, peixe e detritos. Inseto (Chironomidae e Larva de coleóptera) Anelídeos e moluscos. Geophagus brasiliensis Sedimento. - Sedimento. - Hoplias malabaricus Leporinus copelandii Peixe. Insetos e vegetais. Leporinus conirostris - Peixe (inclusive digerido). Inseto (Termitidae e Acridae). Inseto (larva de odonata e formicidae) Peixes. Vegetais, insetos e moluscos. - Peixes. Vegetais. - - Dieta alimentar descrita na literatura Nos estudos realizados por Gurgel ET al. (2007) para a espécie Astyanax bimaculatus, verficou-se o predomínio de insetos, pertencentes às ordens Coleoptera, Hemiptera e Diptera e em menor escala Odonata, Hymenoptera e Ephemeroptera, além da categoria Restos de Inseto onde foram englobados partes de insetos não identificáveis. Dentre as outras categorias encontradas que possuíam menor importância destacaram-se Restos de Peixes, Material Vegetal, Crustáceos e exemplares de Biomphalaria straminea. Os itens de destaque na dieta de A. bimaculatus, em especial insetos terrestres, remetem à importância da manutenção da mata ciliar ao redor destes corpos d água, visto que itens de origem alóctone foram importantes em sua alimentação. Dieta composta predominantemente por vegetais, invertebrados aquáticos, larvas de peixes e escamas, caracteriza um forrageamento diversificado desta espécie sobre os recursos bentônicos na lagoa estudada (STEFANI, et al., s/d). Para Block (1794), os adultos de Hoplias malabaricus alimentam-se preferencialmente de peixes; enquanto os juvenis usualmente se alimentam de larvas de crustáceos, de insetos e outros invertebrados pequenos. Balassa et al. (2004), trabalhando com espécies do gênero Leporinus, constataram, entre os componentes do conteúdo estomacal, peixes, insetos, vegetais e detritos, o que evidencia o aspecto alimentar generalista dessas espécies. Possuem hábito alimentar onívoro, alimentando-se de insetos, restos de peixes e vegetais (SANTOS, 2000). Outros autores, classificam-o como onívoro de amplo espectro, o que, do ponto de vista da nutrição, proporciona vantagem no aproveitamento dos alimentos (ANDRIAN et al., 1994; RIBEIRO et al., 2001). 86

87 Com relação à análise da dieta alimentar, verificou-se que, em todas as campanhas realizadas, a maioria das espécies analisadas possui hábitos alimentares semelhantes àqueles diagnosticados em outros estudos. Diante dos resultados apresentados, verificou-se que, a maioria dos estômagos selecionados para análise da dieta das espécies de peixes da PCH Dona Rita era de peixes oportunistas e generalistas como Astyanax bimaculatus e Leporinus copellandii, que apresentam grande capacidade de se ajustar a qualquer tipo de ambiente ÍNDICE PONDRAL DE DOMINÂNCIA (IP) Quanto ao índice de importância ponderal, os resultados evidenciados em cada uma das espécies amostradas estão descritos a seguir na Tabela 18. Tabela 20: Índice de importância ponderal para indivíduos capturados. As espécies em destaque são consideradas importantes (IP> 1%) continua. ESPÉCIE NOME COMUM Ago./2011 N Bio (gramas) IP Leporinus copelandii piau vermelho ,53 Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo ,77 Hoplias malabaricus traíra ,91 Geophagus brasiliensis cará ,06 Hypostomus sp2 cascudo ,72 Neoplecostomus microps cascudo chinelo 1 7 0,01 ESPÉCIE NOME COMUM Nov./2011 N Bio (gramas) IP Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo ,01 Geophagus brasiliensis cará ,07 Hoplias malabaricus traíra ,92 Hypostomus sp1 cascudo ,31 Hypostomus sp2 cascudo ,09 Leporinus conirostris piau branco ,66 Leporinus copelandii piau vermelho ,63 Neoplecostomus microps cascudo chinelo ,31 ESPÉCIE NOME COMUM Fev./2012 N Bio (gramas) IP Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo ,06 Astyanax sp. lambari ,28 Geophagus brasiliensis cará ,1 Hoplias lacerdae trairão ,72 Hoplias malabaricus traíra ,65 Hypostomus sp2 cascudo ,26 Leporinus conirostris piau branco ,91 Leporinus copelandii piau vermelho ,01 Neoplecostomus microps cascudo chinelo 1 6 0,01 87

88 Tabela 18: Índice de importância ponderal para indivíduos capturados. As espécies em destaque são consideradas importantes (IP> 1%) continuação. ESPÉCIE NOME COMUM Mai./2012 N Bio (gramas) IP Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo ,01 Astyanax sp. lambari ,24 Charax sp. peixe cachorro ,44 Geophagus brasiliensis cará ,7 Hoplias lacerdae trairão ,76 Hoplias malabaricus traíra ,62 Hypostomus sp2 cascudo ,11 Hypostomus sp cascudo ,01 Oreochromis niloticus tilápia do nilo ,81 Trichomycterus sp. bagre ,3 Conforme observado na tabela anterior, em agosto/2011, das 06 (seis) espécies capturadas, 05 (cinco) foram consideradas de importância ponderal (> 1%). Geophagus brasiliensis apresentou a maior IP, com 55,06% do total de exemplares capturados, seguido por Hoplias malabaricus e por Leporinus copelandii, com 20,91% e 15,53% do total coletado, respectivamente. Em novembro/2011, das 08 (oito) espécies amostradas, 07 (sete) apresentaram importância ponderal, sendo o maior valor para o IP evidenciado em Hoplias malabaricus (50,92%), seguido por Geophagus brasiliensis (15,07%) e por Leporinus copelandii (12,63%). Em fevereiro/2012, das 09 (nove) espécies capturadas, apenas 03 (três) foram consideradas de importância ponderal, sendo o maior valor observado para Geophagus brasiliensis, com 71,1%, seguido por Hoplias malabaricus, com 22,65%. Já em maio/2012, das 10 (dez) espécies amostradas, 08 (oito) apresentaram importância ponderal, sendo o maior valor para o IP evidenciado em Hoplias malabaricus (64,62%), seguido por Geophagus brasiliensis (12,7%) e por Hypostomus sp.2 (6,11%) COLETA QUALITATIVA Com a finalidade de complementar o inventário realizado foram realizadas coletas qualitativas, com o uso dos seguintes petrechos: tarrafas, redes de arrasto tipo picaré e peneiras em todos os pontos. Dos petrechos utilizados, verificou-se, nas duas primeiras amostragens, sucesso de captura apenas para a tarrafa, enquanto que, em fevereiro e maio/2012, houve sucesso 88

89 para a peneira e tarrafa. Cabe ressaltar que, no DR-IC-04, nas quatro campanhas, e no DR- IC-03, em agosto/2011 e maio/2012, todos os exemplares foram amostrados exclusivamente na coleta qualitativa. Em agosto/2011, foram coletados 07 (sete) exemplares com auxílio de tarrafa, enquanto que em novembro/2011, foram amostrados com auxílio desse petrecho 15 (quinze) exemplares. Em fevereiro/2012, foram amostrados na coleta qualitativa 15 (quinze) exemplares, sendo 14 (quatorze) com tarrafa e 01 (um) com peneira. Já em maio/2012, foram capturados 14 (quatorze) indivíduos com auxílio desses petrechos, sendo 10 (dez) com tarrafa e 04 (quatro) com peneira. Os dados da coleta qualitativa são apresentados na tabela a seguir. 89

90 Tabela 21: Dados da coleta qualitativa (tarrafa). Ordem Família Espécie Nome comum DR-IC-03 DR-IC-04 Ago./11 Nov./11 Fev./2012 Mai./2012 Ago./11 Nov./11 Fev./2012 Mai./2012 Anostomidae Leporinus conirostris Piau branco 2 Characiformes Astyanax sp. lambari 5 3 Characidae Astyanax bimaculatus Lambari do rabo amarelo 3 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará Oreochromis niloticus tilápia do nilo 1 Hypostomus sp.1 cascudo 2 Hypostomus sp. cascudo 3 Loricariidae Siluriformes Hypostomus sp.2 Cascudo 1 Neoplecostomus microps cascudo chinelo Trichomycteridae Trichomycterus sp. Bagre 1 Nº de espécies Nº de indivíduos Tabela 22: Dados da coleta qualitativa (peneira). DR-IC-04 Ordem Família Espécie Nome comum Ago./11 Nov./11 Fev./2012 Mai./2012 Astyanax sp. lambari 3 Characiformes Characidae Charax sp. peixe cachorro 1 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 1 Nº de espécies

91 Nas campanhas realizadas em agosto/2011, novembro/2011 e fevereiro/2012, os representantes da espécie Neoplecostomus microps foram amostrados apenas no ponto DR-IC-04 e exclusivamente na coleta qualitativa. Os 02 (dois) indivíduos de Hypostomus sp.1 capturados em novembro/2011, os 05 (cinco) de Astyanax sp. em fevereiro/2012, 06 (seis) de Astyanax sp., os 03 (três) de Hypostomus sp., 01 (um) de Charax sp., 01 (um) de Oreochromis niloticus e 01 (um) de Trichomycterus sp. em maio/2012, também foram coletados apenas com tarrafa (coleta qualitativa). As informações referentes aos indivíduos amostrados através do petrecho peneira encontram-se representadas nos dados biométricos e nas análises da atividade reprodutiva ANÁLISE DE OVOS E LARVAS O material para análise de ovos e larvas foi coletado em todas as estações de amostragem. No entanto, nas quatro campanhas realizadas, em nenhuma das amostras foram encontrados ovos ou larvas de peixes, sendo detectada apenas a presença de insetos e/ou larvas de insetos e/ou peixes em estágio juvenil. No período de estiagem, mesmo em reservatórios, a reprodução tende a zero, uma vez que a esta época não abrange o período de desova da maioria das espécies de peixes de água doce (VAZZOLER, 1996). Por outro lado, em novembro/2011, fevereiro/2012 e maio/2012, foi observada apenas a presença de peixes no estágio de desenvolvimento juvenil nos pontos DR-IC-01 e DR-IC-02, conforme observado na tabela abaixo. Tabela 23: Análise de ovos e larvas na PCH Dona Rita. Novembro/2011 Ponto Familia Especie Quantidade Fase Comprimento Padrão DR-IC-01 Characidae Astyanax sp. 14 juvenil 13 a 26 mm Phalloceros caudimaculatus 2 juvenil 12 e 13 mm Poecilidae Poecilia reticulata 3 juvenil 12 a 14 mm DR-IC-02 Astyanax sp 7 juvenil 13 a 21 mm Characidae Hemigrammus marginatus 3 juvenil 8 a 15 mm Fevereiro/2012 Ponto Familia Especie Quantidade Fase Comprimento Padrão DR-IC-01 Astyanax sp. 13 juvenil 11 a 22 mm Characidae DR-IC-02 Astyanax sp. 03 juvenil 16 a 21 mm Maio/2012 Ponto Familia Especie Quantidade Fase Comprimento Padrão DR-IC-01 Characidae Astyanax bimaculatus 35 juvenil 13 a 26 mm Hemigrammus sp. 07 juvenil 16 a 23 mm DR-IC-02 Characidae Astyanax bimaculatus 11 juvenil 18 a 27 mm Hemigrammus sp. 05 juvenil 14 a 21 mm 91

92 5.16. PESCA PROFISSIONAL O Art. 26 do Código Nacional de Pesca diz que "Pescador profissional é aquele que matriculado na repartição competente (SEAP) segundo as leis e regulamentos em vigor faz da pesca sua profissão ou meio principal de vida. Para levantamento da pesca profissional, foram entrevistados pescadores na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento. As coletas dos dados foram realizadas de maneira a contemplar as informações das comunidades de pesca ao longo de todo o trecho de estudo que estivessem na Área de Influência Direta do empreendimento. Para as análises foram utilizadas formulários simples, observando a importância do pequeno pescador para a economia e qualidade de vida local, de forma a caracterizar a pesca na área da PCH Dona Rita. Durante as vistorias realizadas, não foi constatada atividade de pesca profissional. Em todas as campanhas foram verificadas a presença de pescadores amadores na área de influência deste empreendimento. Foram entrevistados 06 (seis) pescadores amadores na área de influência, sendo 03 (três) em agosto/2011 e 03 (três) em fevereiro/2012, sendo todos do sexo masculino (ANEXO D). De acordo com a pesquisa, verificou-se que 02 (dois) pescadores possuem o ensino fundamental completo, 02 (dois) o ensino médio completo e apenas 01 (um) ensino superior. Quatro entrevistados mencionaram que realiza a atividade de pesca mensalmente e 02 (dois) pesca semanalmente. O pescado utilizado para complemento alimentar, sendo o piau, traíra e cará as espécies mais frequentes. Todos entrevistados utilizam como equipamentos de pesca vara e molinete e como isca principalmente minhocas. Preferem pescar próximo à antiga piscicultura e afirmaram que a quantidade de peixes da região tem reduzido. Desta forma, sugeriram a realização de peixamento para melhorar a pesca na região. Em novembro/2011 e maio/2011, não foi observada a presença de pescadores ao longo de todo o trecho monitorado SISTEMA DE TRANSPOSIÇÃO No empreendimento em estudo, foram identificados os seguintes migradores: Leporinus copelandii e Hypostomus sp.2, em agosto/2011, Leporinus copelandii, Leporinus conirostris, Hypostomus sp.1 e Hypostomus sp.2, em novembro/2011, Leporinus copelandii, 92

93 Leporinus conirostris e Hypostomus sp.2, em fevereiro/2012, e Hypostomus sp. e Hypostomus sp.2, em maio/2012. Esses indivíduos foram capturados no reservatório da PCH Dona Rita e a montante do empreendimento. O trecho situado a montante apresenta uma grande área de dispersão e possíveis sítios de recrutamento para os indivíduos migradores. O vertedouro da PCH Dona Rita permite que ovos, larvas e juvenis consigam ter acesso a jusante, no entanto, acredita-se que a migração descendente (rio abaixo) feita de forma involuntária por ovos e larvas, não fica comprometida, porém a migração ascendente é sem dúvida muito afetada. No monitoramento efetuado no periodo 2010/2011 verificou-se que a PCH Dona Rita apresenta um grande potencial físico e biológico para inserção de um sistema de transposição, no trecho localizado no rio do Tanque, a jusante do canal de fuga (DR-IC-03). Este trecho corresponde ao ponto onde os espécimes de migradores ficam nadando em direção a barragem. Durante essa campanha não foram capturados espécimes de migradores no TVR, fato que provavelmente está relacionado com a vazão, que encontravase muito baixa, sendo que os peixes não conseguiam chegar a este ponto. 93

94 6. DISCUSSÃO A transformação do ambiente lótico em lêntico é o primeiro impacto observado na construção de empreendimentos hidrelétricos ou de qualquer barramento de um rio. A hidrologia local é severamente alterada, significando que as condições químicas e físicas da água são modificadas (alteração limnológica) e, com isso há formação de um novo ambiente, com novos habitats e à perda de outros. O principal objetivo do presente estudo é realizar o levantamento e o monitoramento da composição ictiofaunística, além de avaliar possíveis impactos ambientais causados as populações de peixes na região do empreendimento. Com relação à composição ictiofaunística, no período 2011/2012 foram capturados 185 (cento e oitenta e cinco) indivíduos na área de influência da PCH Dona Rita, sendo 56 (cinqüenta e seis) na campanha de agosto/2011, 42 (quarenta e dois) em novembro/2011, 58 (cinquenta e oito) em fevereiro/2012, e 29 (vinte e nove) em maio/2012. Na primeira amostragem os indivíduos coletados pertenciam às ordens Characiformes, Perciformes e Siluriformes, e estavam distribuídos em 06 (seis) espécies distintas. Em novembro/2011, também foram capturados representantes de 03 (três) ordens (Characiformes, Perciformes e Siluriformes), distribuídos em 08 (oito) espécies. em fevereiro/2012, os indivíduos coletados também pertenciam as ordens Characiformes, Perciformes e Siluriformes e distribuídos em 09 (nove) espécies, enquanto que, em maio/2012, também foram capturados representantes dessas 03 (três) ordens, distribuídos em 10 (dez) espécies distintas. Comparando-se os resultados obtidos neste monitoramento, com aqueles encontrados em 2009/2010 e 2010/2011, foram observados os resultados apresentados na Tabela

95 Tabela 24: Composição ictiofaunística da PCH Dona Rita ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE NOME COMUM PCH Dona Rita 2009/ / /2012 Leporinus copelandii Piau vermelho X X X Anostomidae Hypomasticus mormyrops Piau branco X Leporinus conirostris Piau branco X X Leporinus mormyrops timburé X Astyanax bimaculatus Lambari-do-rabo-amarelo X X X Astyanax fasciatus Lambari-do-rabo-vermelho X Astyanax sp. Lambari X X CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp.1 Lambari X Astyanax sp.3 Lambari X Charax sp. Peixe cachorro X Oligosarcus argenteus Lambari-cachorro X Hyphessobrycon eques Mato-grosso X Crenuchidae Characidium sp.1 Canivete X Hoplias lacerdae Trairão X X Erythrinidae Hoplias intermedius Trairão X Hoplias malabaricus Traíra X X X Sciaenidae Pachyurus adspersus curvina X X Geophagus cf. altifrons Cará X PERCIFORMES Crecicichla lacustres Joaninha X Cichlidae Oreochromis niloticus Tilápia do nilo X Geophagus brasiliensis Acará X X X GYMNOTIFORMES Gymnotidae Gymnotus carapo Tuvira X X 1 Monitoramento realizado pela Empresas PRB Ambiental Consultoria e Projetos no período 2009/ Monitoramento realizado pela Empresas Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda no período 2010/

96 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE NOME COMUM PCH Dona Rita 2009/ / /2012 Hypostomus affins Cascudo X X Hypostomus sp. Cascudo X Hypostomus sp1 Cascudo X X Hypotomus sp.2 Cascudo X Loricariidae Hypostomus luetkeni Cascudo X SILURIFORMES Delturus carinotus Cascudo X Neoplecostomus microps Cascudo chinelo X Neoplecostomus sp. Cascudinho X Pimelodidae Rhamdia quelen Bagre X Trichomycteridae Trichomycterus sp. Bagre X X Poecilia reticulata Guppy X CYPRINODONTIFORMES Poecilidae Phalloceros sp. Barrigudinho X Poecilia vivipara Guarú X N de espécies N de indivíduos

97 Em 2009/2010, foram capturados 326 (trezentos e vinte e seis) indivíduos, distribuídos em 20 (vinte) espécies distintas, enquanto que, em 2010/2011, foram amostrados 469 (quatrocentos e sessenta e nove) exemplares, pertences a 17 (dezessete) espécies. Já em 2011/2012 foram coletados 185 (cento e oitenta e cinco) espécimes, distribuídos em 14 (quatorze) espécies distintas. Para a PCH Dona Rita, acredita-se que as alterações na composição ictiofaunística decorrentes da instalação dos mesmos tenham ocorrido quando de sua implantação. Para as variações observadas na composição ictiofaunística, atualmente, acredita-se que estas estejam relacionadas com as atividades desenvolvidas na bacia de drenagem e não com as atividades do empreendimento. Algumas espécies apresentaram um número restrito de representante capturado em uma única estação de amostragem ou em uma única campanha, enquanto outras se apresentaram mais abundantes, porém nenhuma foi comuns a todos os pontos e as três amostragens. Desta forma, se faz necessário a continuação do monitoramento, uma vez que a composição das espécies em cada um dos pontos encontra-se indefinida. Segundo Lowe-McConnell (1999), a dominância de Ostariophysi, principalmente de Characiformes e Siluriformes, é comum em rios neotropicais. Este fato foi observado na PCH Dona Rita durante em agosto/2011, novembro/2011 e maio/2012, uma vez que este grupo correspondeu a 52%, 83% e 79% do total capturado, respectivamente. Já em fevereiro/2012 os Ostariophsi perfizeram apenas 40% do total coletado. Em relação a abundância das ordens, verificou-se que em agosto/2011 e fevereiro/2012, os Perciformes foram mais representativos, correspondendo a 48% e 60% do total capturado, respectivamente. Já em novembro/2011 e maio/2012, os Characiformes foram mais abundantes, correspondendo a 59% do total amostrado em cada uma das amostragens. Em relação à abundância das famílias, na primeira e terceira amostragem, verificouse o predomínio de indivíduos pertencentes à família Cichlidae, representada exclusivamente pela espécie Geophagus brasiliensis. Em novembro/2011, as famílias Anostomidae, e Loricariidae foram as mais abundantes, sendo compostas pelo gênero Leporinus (10 exemplares) e pela a espécie Neoplecostomus microps (05 indivíduos), respectivamente. Já em maio/2012, Characidae foi a família mais representativa, sendo composta principalmente pelo gênero Astyanax. De modo geral, nas quatro campanhas observaram-se valores baixos de CPUE, em termos de número, visto que as menores malhas apresentaram as maiores eficiências em captura. Vieira (2009) salienta que reservatórios de usinas hidrelétricas construídas na 97

98 região do alto rio Doce abrigam uma fauna de peixes menos diversa, em que a maioria das espécies é de pouca exigência quando às características do ambiente. Essas espécies geralmente são de pequeno porte e não contribuem de fato para a produtividade em biomassa do local, corroborando com os resultados encontrados no presente monitoramento. Nas quatro amostragens, os peixes capturados apresentaram predominantemente um pequeno porte. Segundo Castro (1999), o número e a composição das espécies variam muito de acordo com o porte e porção do riacho, da região ou bacia. Já para Vazzoler (1996) incluem-se na categoria "pequeno porte" aquelas espécies com comprimento total máximo menor que 200 mm, "médio porte" aquelas entre 200 e 400 mm, e "grande porte" aquelas maiores que 400 mm. Entretanto, não há consenso quanto ao limite de tamanho de um peixe de pequeno porte, pois Castro (1999) atribui o comprimento igual ou inferior a 150 mm como limite máximo. Em agosto/2011, verificou-se ainda o predomínio de indivíduos em estágio de maturação gonadal avançada (Estágio 2C), representados principalmente pelas espécies Astyanax bimaculatus e Geophagus brasiliensis. Em novembro/2011, os exemplares juvenis (J) foram mais abundantes, sendo representados, sobretudo pelas espécies Leporinus conirostris e Leporinus copelandii. Em fevereiro/2012, os indivíduos com gonodas esgotadas (Estágio 3) predominaram, principalmente para Astyanax bimaculatus, Geophagus brasiliensis, Hoplias lacerdae e Hoplias malabaricus. Já em maio/2012, houve o predomínio de indivíduos em estágio de maturação inicial (2A), sobretudo para as espécies Geophagus brasiliensis, Hoplias lacerdae e Hoplias malabaricus. De acordo com a autoecologia das espécies, os resultados obtidos para os estágios de maturação gonadal estão relacionados com o período reprodutivo de algumas espécies (primavera-verão). O ponto a jusante apresenta características que impõem restrições a maioria das espécies de peixes. Vale ressaltar que entre os pontos DR-IC-03 e DR-IC-04 existe uma vasta extensão de rio com margens bastante preservadas. Nas quatro campanhas realizadas, os indivíduos capturados na PCH Dona Rita apresentaram principalmente hábitos alimentares generalistas e oportunistas. Durante seu ciclo de vida, os peixes de riachos neotropicais deparam-se com variações temporais e espaciais que refletem diretamente na oferta do recurso alimentar (POWER, 1983). Também é importante mencionar à captura de migradores da espécie Leporinus copelandii a montante e na parte central do reservatório, em três primeiras campanhas, e de Leporinus conirostris no reservatório em novembro/2011 e na parte central do reservatório em fevereiro/2012. A PCH Dona Rita apresenta grande potencial físico e biológico para 98

99 inserção de um sistema de transposição, no trecho localizado próximo a estação DR-IC-03, onde foi observada a presença de migradores. O trecho monitorado no ribeirão Jirau (DR- IC-04) é caracterizado pela presença de uma forte correnteza, além de áreas de remanso colonizadas principalmente por Ciclídeos. Essa localidade é bastante propicia para as espécies que ocorrem em áreas restritas. Em relação à pesca, não foram detectadas colônias ou associações de pescadores. Foi detectada a presença de pescadores amadores, em agosto/2011 e fevereiro/2012, que mencionaram utilizar o pescado com complementar o alimento familiar. Todos os pescadores ressaltaram que a quantidade de peixes e variedade de espécies vem reduzindo durante os anos. 99

100 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A morfometria da bacia de captação, a vazão, o padrão de circulação, a profundidade, a área, o desenho da barragem e os procedimentos operacionais são algumas das variáveis que afetam a estrutura e a dinâmica das comunidades bióticas em reservatórios. Essas variáveis tornam cada reservatório uma entidade particular, cujo manejo requer informações localizadas. Nas quatro campanhas realizadas no período 2011/2012, não foram evidenciadas impactos significativos na ictiofauna na área de estudo que apresentassem ligação direta com as atividades desenvolvidas na PCH Dona Rita. Provavelmente, os maiores impactos ocorrerem no período de enchimento do reservatório e da transformação do ambiente lótico em lêntico. É importante a realização de mais estudos na área de influência da PCH para que se possa realizar o direcionamento de ações referentes à conservação da fauna ictía, visto que, algumas espécies apresentaram poucos indivíduos capturados, alguns restritos a uma única estação de amostragem ou a uma única campanha, dificultando a obtenção de informações referentes a essas espécies. 100

101 8. BIBLIOGRAFIA ABELHA, M.C.F., GOULART, E.. Oportunismo trófico de Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) (Osteichthyes, Cichludae) no reservatório de Capivari, Estado do Paraná, Brasil. Acta Scientiarum. Biological Sciences. Maringá, v.26, nº1, p.37-45, AGOSTINHO, A.A.. Manejo de recursos pesqueiros em reservatórios. In: GOSTINHO, A. A. & E. BENEDITOCECÍLIO,eds. Situação atual e perspectivas da ictiologia no Brasil. Documentos do IX encontro brasileiro de ictiologia.maringá: Editora UEM, p AGOSTINHO, A. A.. Pesquisas, monitoramento, e manejo da fauna aquática em empreendimentos hidrelétricos. In: Seminário sobre fauna aquática e o setor elétrico brasileiro - Caderno 1: Fundamentos. Comase/Eletrobrás, Rio de Janeiro, 1994 p ANA. Aproveitamento do potencial hidráulico para geração de energia. Cadernos de Recursos Hídricos. Brasília, DF ANDRIAN, I.F. et. al.. Dieta de Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758) (Characiformes, Characidae), da área de influência do reservatório de Corumbá, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum. Maringá, v. 23, n. 2, p , 2001 ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Resolução Nº384, de 4 de outubro de ARAUJO, F. G.; SANTOS, L, N. Distribution of fish assemblages in Lajes reservoir, Rio de Janeiro, Brazil. Braz. J. Biol., v. 61 p , BARRETO, A. P.; ARANHA, J. M. R. Assembléia de peixes de um riacho da Floresta Atlântica: composição e distribuição espacial (Guaraqueçaba, Paraná, Brasil). Acta. Sci. Biol.Sci. Marigá, v. 27. nº 2, p , April/June, BENNEMAM AA, S. T.; SHIBATTA, O. A.; GARAVELLO, J. C. Peixe di rio Tibagi:uma abordagem ecológica. Londrina, UEL 64p, BERNACSEK, G.M. Guidelines for dam design and operation to opitmize fish production in impounded river basins (based on a rewiew of the ecological effects of large dams in Africa). CIFA Tech Pap, 1984, p BOWEN, S.H. Detrivory in neotropical fish communities. Environmental Biology of Fishes, v.9, n.2, p , BRANCO, S.M.; ROCHA, A.A. Poluição, proteção e usos múltiplos de represas. São Paulo, Edgard Blucher, CETESB, 185p,

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104 RAPPPY-DANIEL, L. H.; FERNANDES, C. C. Dimorfismo Sexual em Siluriforme e Gymnotiforme (Ostariophysi) da Amazônia. Acta Amazônica, v35 n 1 Manaus, TUNDISI, J. G. Impactos ecológicos da construção de represas: aspectos específicos e problemas de manejo. In: TUNDISI, J. G (Ed). Limnologia e manejo de represas. São Paulo, Academia de Ciências de São Paulo. V.1. Tomo 1. VARI, R. P. & MALABARBA, L. R. Neotropical Ichthyology: an overview. In: MALABARBA, L. R.; REIS, R. P. et al. eds. Phylogeny and classification of neotropical fishes. Porto Alegre, Edipucrs, p VAZZOLER, A. E. A. DE M.. Biologia e reprodução de peixes teleósteos: teoria e prática. Maringá. Eduem. 1996, 169p. VONO, V. Efeitos da implantação de duas barragens sobre a estrutura da comunidade de peixes do rio Araguari (Bacia do Alto Paraná, MG). Tese de Doutorado. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, p. VIEIRA, F Estrutura de comunidade e aspectos da alimentação e reprodução dospeixes em dois lagos do médio rio Doce, MG. Dissertação de Mestrado, UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte. 76 p, 1994 YAMAMOTO, M N; TAGAWA, A W, Hawai'i's Native & Exotic Freshwater Animals, 1, Honolulu, Mutual, 2000, (p ). WOYNAROVICH, E. The Hydroelectric Power Plants And The Fish Fauna. Verh. Internat. Verein. Limnol., v.24,p ,

105 ANEXOS ANEXO A DADOS BRUTOS AGOSTO/

106 Ponto Malha Ordem Família Espécie Nome popular wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE DR-IC-01 M3 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F C 2,5 7,8125 D 0 DR-IC-01 M3 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F B 0,8 3, A 0,5 DR-IC-01 M3 Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra M A 0,2 0, B 0,3 DR-IC-01 M3 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F B 0,9 2, D 0 DR-IC-01 M3 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M B 0,1 0,3125 D 0 DR-IC-01 M3 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M A 0,1 0,47619 B 0,2 DR-IC-01 M4 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F C 3 8, A 1,3 DR-IC-01 M4 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F C 4 12,5 D 0 DR-IC-01 M4 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F C 3 10 A 1 DR-IC-01 M4 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F C 3 10,71429 A 1,3 DR-IC-01 M4 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F C 4 13,33333 A 1 DR-IC-01 M4 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F C 3 11,53846 A 0,7 DR-IC-01 M4 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F C 2 10 A 0,5 DR-IC-01 M4 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,4 1, D 0 DR-IC-01 M4 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,3 0, D 0 DR-IC-01 M4 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F C 1 3, D 0 DR-IC-01 M5 Characiformes Anostomidae Leporinus copelandi piau vermelho na na na na na na DR-IC-01 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,2 0, D 0 DR-IC-01 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,2 0,25974 D 0 DR-IC-01 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,2 0, A 0,3 DR-IC-01 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,2 0, D 0 DR-IC-01 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,2 0, D 0,2 DR-IC-01 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,2 0,4 A 0,2 DR-IC-01 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,1 0, B 0 DR-IC-01 M8 Characiformes Anostomidae Leporinus copelandi piau vermelho NA NA NA NA NA NA DR-IC-01 M8 Characiformes Anostomidae Leporinus copelandi piau vermelho M C 1,2 0, B 1,5 DR-IC-02 M3 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F C 1,5 11,53846 D 0 DR-IC-02 M3 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F B 0,7 5, B 0,2 DR-IC-02 M3 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F C 1,4 12,72727 D 0 DR-IC-02 M3 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F C 1 9, B 0,2 DR-IC-02 M3 Characiformes Characidae Astyanax bimaculatus lambari rabo amarelo F C 1 8, A 0,4 106

107 Ponto Malha Ordem Família Espécie Nome popular wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE DR-IC-02 M3 Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra J 1 na na A 3 DR-IC-02 M3 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F C 1 3,125 D 0 DR-IC-02 M3 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F A 0,3 1,875 D 0 DR-IC-02 M4 Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra M A 0,2 0, A 14 DR-IC-02 M4 Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra M A 0,1 0, D 0 DR-IC-02 M4 Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra J 1 na na D 0 DR-IC-02 M4 Siluriformes Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo x x x x x x DR-IC-02 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,5 0, D 0 DR-IC-02 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,2 0, A 1 DR-IC-02 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,2 0,2 D 0 DR-IC-02 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F C 0,3 0, B 0,4 DR-IC-02 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M C 0,1 0, D 0 DR-IC-02 M5 Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F C 0,2 0, B 0,3 DR-IC-02 M7 Characiformes Anostomidae Leporinus copelandi piau vermelho F A 2 0, D 0 DR-IC-02 M7 Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra M E 0,1 0, D 0 DR-IC-02 M7 Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra F B 15 4, D 0 DR-IC-02 M7 Characiformes Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra F A 1,4 0, B 12 DR-IC-02 M7 Siluriformes Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo x x x x x x DR-IC-03 TAR Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na DR-IC-03 TAR Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na DR-IC-03 TAR Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na DR-IC-04 TAR Siluriformes Loricariidae Neoplecostomus microps cascudo chinelo 7 79 na na na na na na DR-IC-04 TAR Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na DR-IC-04 TAR Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na DR-IC-04 TAR Perciformes Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na 107

108 DADOS BRUTOS NOVEMBRO/

109 Ponto Malhas Ordem Família Espécie Nome comum Wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE DR-IC-01 M4 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus copelandi Piau vermelho J J na na D 0 DR-IC-01 M4 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus copelandi Piau vermelho J J na na B 1,3 DR-IC-01 M5 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus conirostris Piau branco J J na na A 2 DR-IC-01 M5 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus copelandi Piau vermelho J J na na D 0 DR-IC-01 M7 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra F 2B 14 3, A 34 DR-IC-01 M7 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo F 2B 3 1, D 0 DR-IC-02 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo M 2B 0,1 1 A 0,1 DR-IC-02 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F 2A 0,2 0, D 0 DR-IC-02 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 2A 0,1 0, D 0 DR-IC-02 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F 2A 0,1 0, D 0 DR-IC-02 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 2A 0,1 0, D 0 DR-IC-02 M4 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus copelandi Piau vermelho na na na na na na DR-IC-02 M4 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra M 2A 0,1 0, A 4 DR-IC-02 M4 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra J J na na D 0 DR-IC-02 M4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo F 3 0,2 0, D 0 DR-IC-02 M5 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus copelandi Piau vermelho F 3 0,2 0,2 A 1 DR-IC-02 M5 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra M 3 0,1 0, A 17 DR-IC-02 M5 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra M 3 0,1 0,0625 B 6 DR-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 2C 0,3 0, D 0 DR-IC-02 M7 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra F 2B 7 2, D 0 DR-IC-03 M3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus conirostris Piau branco J J na na B 0,1 DR-IC-03 M3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus conirostris Piau branco J J na na A 0,3 DR-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo F 2C 9 39,13043 A 0,3 DR-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo F 2C 8 38,09524 A 0,2 DR-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo F 2C 8 44,44444 A 0,2 DR-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo M 2B 0,1 0, D 0 DR-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo M 2C 0,2 1,25 D 0 DR-IC-03 TAR CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo na na na na na na DR-IC-03 TAR CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo na na na na na na DR-IC-03 TAR CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo na na na na na na DR-IC-03 TAR CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus conirostris Piau branco na na na na na na 109

110 Ponto Malhas Ordem Família Espécie Nome comum Wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE DR-IC-03 TAR CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus conirostris Piau branco na na na na na na DR-IC-04 TAR SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo 6 54 na na na na na na DR-IC-04 TAR SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp1 cascudinho na na na na na na DR-IC-04 TAR SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp1 cascudinho na na na na na na DR-IC-04 TAR SILURIFORMES Loricariidae Neoplecostomus microps cascudinho 8 82 na na na na na na DR-IC-04 TAR SILURIFORMES Loricariidae Neoplecostomus microps cascudinho 8 82 na na na na na na DR-IC-04 TAR SILURIFORMES Loricariidae Neoplecostomus microps cascudinho 8 80 na na na na na na DR-IC-04 TAR SILURIFORMES Loricariidae Neoplecostomus microps cascudinho 7 79 na na na na na na DR-IC-04 TAR SILURIFORMES Loricariidae Neoplecostomus microps cascudinho 7 78 na na na na na na DR-IC-04 TAR PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na DR-IC-04 TAR PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na 110

111 DADOS BRUTOS FEVEREIRO/

112 Ponto malha Ordem Família Espécies Nome comum wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE DR-IC-01 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo M 3 0,1 0, D 0 DR-IC-01 M3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus copelandii Piau Vermelho M 3 0,1 0, A 2 DR-IC-01 M3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus conirostris piau branco F 1 0,2 0, A 1 DR-IC-01 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F 1 0,1 0, D 0 DR-IC-01 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F 3 0,1 0, D 0 DR-IC-01 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 2C 0,2 0, A 0,4 DR-IC-01 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F 2C 0,8 2, A 0,6 DR-IC-01 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 3 0,1 0, D 0 DR-IC-01 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 3 0,1 0, D 0 DR-IC-01 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 1 0,1 0,37037 D 0 DR-IC-01 M6 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traira M 1 0,1 0, D 0 DR-IC-01 M6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 cascudo x x x x x x DR-IC-02 M3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus copelandii Piau Vermelho J j na na A 0,2 DR-IC-02 M3 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traira J j na na B 0,2 DR-IC-02 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará x x x x x x DR-IC-02 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará x x x x x x DR-IC-02 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará x x x x x x DR-IC-02 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará x x x x x x DR-IC-02 M4 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traira J j na na D 0 DR-IC-02 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 2C 0,2 0, D 0 DR-IC-02 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 2C 0,1 0,08547 D 0 DR-IC-02 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F 3 0,1 0,30303 D 0 DR-IC-02 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F 2C 0,3 0, D 0 DR-IC-02 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 3 0,1 0, D 0 DR-IC-02 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará x x x x x x DR-IC-02 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará x x x x x x DR-IC-02 M5 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traira M 1 0,1 0, D 0 DR-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará x x x x x x DR-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 2C 0,1 0, D 0 DR-IC-02 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 3 0,1 0,15625 A 0,3 DR-IC-02 M6 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traira M 3 0,1 0, B 8 DR-IC-02 M6 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traira M 1 0,1 0,03413 D 0 DR-IC-02 M8 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traira M 1 0,1 0,01912 A 41 DR-IC-02 M8 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus Traira M 3 0,2 0, A

113 Ponto malha Ordem Família Espécies Nome comum wt Ls sexo EMG WG IGS ERE WE DR-IC-02 M8 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão M 3 0,2 0, D 0 DR-IC-02 M8 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 2C 0,1 0, D 0 DR-IC-02 M8 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará X X X X X X DR-IC-03 M3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo F 3 0,2 2 A 0,2 DR-IC-03 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará j j na na D 0 DR-IC-03 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 9 60 j j na na D 0 DR-IC-03 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 8 60 j j na na D 0 DR-IC-03 M6 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus copelandii Piau Vermelho na na na na na na DR-IC-03 M6 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus conirostris piau branco na na na na na na DR-IC-03 TAR CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 9 71 na na na na na na DR-IC-03 TAR CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 9 70 na na na na na na DR-IC-03 TAR CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 9 70 na na na na na na DR-IC-03 TAR CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 8 68 na na na na na na DR-IC-03 TAR CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp lambari 7 67 na na na na na na DR-IC-03 TAR PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 6 59 na na na na na na DR-IC-03 TAR PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 6 58 na na na na na na DR-IC-03 TAR PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 6 59 na na na na na na DR-IC-03 TAR PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará 4 53 na na na na na na DR-IC-03 TAR SILURIFORMES Loricariidae Neoplecostomus microps Cascudinho 6 62 na na na na na na DR-IC-04 TAR PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na DR-IC-04 TAR PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na DR-IC-04 TAR PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na DR-IC-04 TAR PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na DR-IC-04 PEN PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na 113

114 DADOS BRUTOS FEVEREIRO/

115 Ponto Malha Ordem Família Espécie Nome Comum sexo EMG WG IGS ERE WE conteúdo DR-IC-01 M3 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará J J na na D 0 DR-IC-01 M4 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo na na na na na na Tombo DR-IC-01 M4 CHARACIFORMES Characidae Astyanax bimaculatus lambari do rabo amarelo na na na na na na Tombo DR-IC-01 M5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 Cascudo na na na na na na Tombo DR-IC-01 M5 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará M 2A 0,1 0, D 0 DR-IC-02 M4 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra J J na na A 2 peixe digerido DR-IC-02 M4 PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará F 2A 0,1 0, D 0 DR-IC-02 M5 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra M 2A 0,2 0, B 2 larvas de peixe DR-IC-02 M5 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra J J na na B 2 larvas de peixe DR-IC-02 M5 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra J J na na A 3 larvas de peixe DR-IC-02 M7 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra M 2A 0,1 0, C 0,4 larvas de peixe DR-IC-02 M7 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra na na na na na na Tombo DR-IC-02 M7 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias malabaricus traíra M 2A 0,1 0, B 2 peixe digerido DR-IC-02 M8 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias lacerdae trairão F 2A 0,7 0, D 0 DR-IC-02 M8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp2 Cascudo na na na na na na Tombo DR-IC-03 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp. lambari na na na na na na Tombo DR-IC-03 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp. lambari na na na na na na Tombo DR-IC-03 PEN CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp. lambari na na na na na na Tombo DR-IC-03 PEN CHARACIFORMES Characidae Charax sp Peixe cachorro na na na na na na Tombo DR-IC-04 TAR CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp. lambari na na na na na na tombo DR-IC-04 TAR CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp. lambari na na na na na na tombo DR-IC-04 TAR CHARACIFORMES Characidae Astyanax sp. lambari na na na na na na tombo DR-IC-04 TAR SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp Cascudo na na na na na na tombo DR-IC-04 TAR SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp Cascudo na na na na na na tombo DR-IC-04 TAR SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus sp Cascudo na na na na na na tombo DR-IC-04 TAR SILURIFORMES Trichomycteridae Trichomycterus sp. Bagre na na na na na na tombo 115

116 Ponto Malha Ordem Família Espécie Nome Comum sexo EMG WG IGS ERE WE conteúdo DR-IC-04 TAR PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na tombo DR-IC-04 TAR PERCIFORMES Cichlidae Geophagus brasiliensis cará na na na na na na tombo DR-IC-04 TAR PERCIFORMES Cichlidae Oreochromis niloticus tilápia do nilo x x x x x x x 116

117 ANEXO B ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ART S 117

118 118

119 119

120 120

121 121

122 122

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