RELATÓRIO FINAL REFERENTE ÀS CAMPANHAS DE CAMPO

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1 COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS - CEMIG MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO DA UHE NOVA PONTE, RIO ARAGUARI-MG (ANO DE 2003) RELATÓRIO FINAL REFERENTE ÀS CAMPANHAS DE CAMPO N.º ST-674-D-RE-Z /03/04 Emissão Final VV GB OTS Rev. Data Descrição da revisão ELAB. VERIF. APROV. DATA VISTO APROV. SPEC CEMIG D:\Eliane\AHE Queimado\Instrumentação\Relatório de instrumentação.doc

2 Controle das revisões Revisão a do doc. Revisão do doc. 0 ST-674-D-RE-Z Folha 1 Revisão do doc. 0 Folha Revisão da folha Folha Revisão da folha Folha Revisão da folha /

3 ST-674-D-RE-Z Folha 2 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO OBJETIVOS METODOLOGIA Amostragens e Processamento do Material Coletado Avaliação da Atividade Reprodutiva Análise da CPUE em Número e Biomassa Análise da Diversidade Ictiofaunística Avaliação da Presença de Atividades de Pesca Profissional DIAGNÓSTICO Composição Ictiofaunística e Abundâncias Absolutas Captura por Unidade de Esforço em Número e Biomassa Avaliação da Atividade Reprodutiva COMPARAÇÃO COM ESTUDOS ANTERIORES Composição e Abundância Diversidade ictiofaunística (índice de Shannon) AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE ATIVIDADES DE PESCA PROFISSIONAL CONSIDERAÇÕES FINAIS / CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EQUIPE EXECUTORA E ATRIBUIÇÕES... 30

4 ST-674-D-RE-Z Folha 3 1. APRESENTAÇÃO O presente constitui-se relatório final referente aos resultados obtidos após a realização de duas campanhas de campo (Relatório ST-674-D-RE-Z revisões a e b ), para amostragens quantitativas e qualitativas de ictiofauna, em cumprimento à condicionante da Licença de Operação da Usina Hidrelétrica de Nova Ponte. As coletas foram realizadas nos meses de setembro e dezembro de 2003, concluindo-se a oitava fase do Projeto de Monitoramento da Ictiofauna no Reservatório da UHE Nova Ponte, no Rio Araguari (bacia do Alto Paraná), referente ao ano de São abordados os objetivos propostos, a metodologia empregada e o diagnóstico obtido com respeito à composição ictiofaunística, riqueza absoluta de espécies, abundância em número e biomassa por espécie, tamanho de malha, ponto e período amostral, diversidade ictiofaunística, avaliação da atividade reprodutiva de algumas espécies de interesse e presença de atividade de pesca na região da UHE Nova Ponte. 2. INTRODUÇÃO O enchimento do reservatório da Usina Hidrelétrica de Nova Ponte iniciou-se em outubro de 1993, findando-se em outubro de O reservatório possui, portanto, cerca de 10 anos de formação. Embora este período seja, em princípio, amplo, em termos de estruturação de comunidade de peixes o reservatório ainda encontra-se em fase de acomodação. As várias alterações ocorridas nas populações de peixes do reservatório, desde sua formação, evidenciam ainda uma fase de instabilidade na dinâmica de colonização deste ambiente. Os estudos de monitoramento da ictiofauna da região de Nova Ponte iniciaram-se em dezembro de 1993, englobando, até o momento, sete fases: dezembro/1993 a outubro/1994 (Leme, 1995); agosto/1995 a abril/1996 (IESA, 1996a), outubro/1996 a junho/1997 (CEMIG, 1998a), outubro/1998 (CEMIG, 1998b), dezembro/1999 a abril/2000 (CEMIG, 2000), junho a outubro de 2001 (CEMIG, 2001) e maio a novembro de 2002 (CEMIG, 2003). Estes estudos tiveram como propósito principal avaliar as alterações que se processam sobre a ictiofauna, provocadas pelo barramento do rio Araguari. Levantaram-se ainda informações acerca do monitoramento do desembarque pesqueiro no reservatório, através de dados obtidos durante os períodos de agosto/1995 a julho/1996 (IESA, 1996b) e dezembro/1996 a agosto/1997 (CEMIG, 1998a). Considerando todos os estudos precedentes, o reservatório de Nova Ponte consiste, até o presente, no empreendimento hidrelétrico com maior volume de dados de monitoramento ictiofaunístico, obtidos em escala temporal, no estado de Minas Gerais. O período de estabilização das populações de peixes em reservatórios, de modo geral, é bastante variável e dependente de fatores relacionados à morfologia do reservatório, aos seus processos operativos e às características da biota aquática, dentre outros. Geralmente, a estrutura da comunidade não atinge uma estabilização por completo, mas exibe uma condição de equilíbrio dinâmico, principalmente por constituir-se num ambiente com variações ambientais não cíclicas, em função dos processos operativos da Usina. No caso do reservatório de Nova Ponte, esta condição é intensificada pelo fato de haver um trecho livre de rio a montante, o que permite entrada e saída contínuas de elementos para o lago. Desta forma, como meio de acompanhar o décimo ano de colonização das espécies e do estabelecimento da comunidade de peixes no reservatório da UHE Nova Ponte, de modo a prosseguir com o fornecimento de bases para as medidas de sua conservação e manejo, o presente trabalho teve como objetivo geral avaliar, nas escalas temporal e espacial, as alterações em sua estrutura com respeito à composição, abundância, diversidade e biologia reprodutiva das principais espécies.

5 ST-674-D-RE-Z Folha 4 3. OBJETIVOS O monitoramento da ictiofauna no reservatório UHE Nova Ponte tem como objetivo geral dar continuidade à avaliação das alterações espaciais e temporais que se processam na estrutura da comunidade de peixes do trecho do rio Araguari considerado, em função da implantação da barragem. Como objetivos específicos este estudo se propõe: 1) Avaliar, nas escalas temporal e espacial, a estrutura da ictiofauna com respeito à composição em espécies, abundância relativa e riqueza absoluta de espécies; 2) Estimar as produtividades em número e biomassa das espécies, pontos e períodos amostrados e tamanho de malha, através da captura por unidade de esforço (CPUE); 3) Estimar a diversidade ictiofaunística dos pontos e períodos de amostragem; 4) Avaliar a atividade reprodutiva de espécies de interesse; 5) Avaliar a presença de atividade de pesca profissional na região sob influência do reservatório da UHE Nova Ponte. 6) Comparar os dados de diversidade e abundância com aqueles obtidos em estudos anteriores. 4. METODOLOGIA A seguir, são apresentados os procedimentos e métodos relativos às coletas dos peixes, processamento em campo e laboratório do material coletado, avaliação da atividade reprodutiva das principais espécies, análise das capturas por unidade de esforço em número e biomassa, estimativa da diversidade ictiofaunística e presença de atividade de pesca profissional na região Amostragens e Processamento do Material Coletado Realizaram-se duas coletas quantitativas e qualitativas de peixes, em setembro e dezembro de 2003, em três pontos de amostragem assim estabelecidos (figura 1): - Ponto NP-1: Região proximal à barragem da Usina de Nova Ponte, na região de confluência dos braços dos rios Quebra-Anzol e Araguari (Foto 1); - Ponto NP-2: Região central do reservatório, na altura da ponte Perdizes-Patrocínio (Foto 2); - Ponto NP-3: Trecho lótico do rio Quebra-Anzol, a montante na altura da ponte da BR146, entre as cidades de Araxá e Patos de Minas (Fotos 3 e 4). Para as capturas quantitativas, utilizaram-se redes de emalhar com 10 e 20 metros de comprimento e altura média de 1,6 metros com malhas variando de 3 a 16 centímetros, medidos entre nós opostos. As redes foram armadas à tarde e retiradas na manhã seguinte, permanecendo expostas por cerca de 14 horas. O esforço empregado com os respectivos tamanhos de malhas foi registrado para cada ponto amostral. Para as amostragens qualitativas, utilizou-se rede de arrasto de tela mosquiteira com 5,0 metros de comprimento e altura de 1,6 metros. Os indivíduos capturados foram dissecados em campo (ver procedimentos adiante), acondicionados em sacos plásticos etiquetados e separados por ponto amostral, apetrecho de pesca e tamanho de malha.

6 ST-674-D-RE-Z Folha 5 Em campo, todos os exemplares coletados foram fixados em solução de formol 10% e acondicionados em bombonas plásticas. Em laboratório, os peixes foram lavados e conservados em solução de álcool etílico a 70 GL. Em seguida, procedeu-se a triagem, etiquetação, identificação taxonômica, obtenção do diagnóstico definitivo de maturação gonadal e dos dados biométricos (peso corporal em gramas e comprimentos total e padrão em cm). Figura 1 - Localização dos pontos de amostragem de ictiofauna no reservatório da UHE Nova Ponte.

7 ST-674-D-RE-Z Folha 6 Foto 1 Ponto de amostragem NP-1 (região proximal à barragem de Nova Ponte). Foto 2 Ponto de amostragem NP-2 (região central do reservatório de Nova Ponte). Foto 3 Ponto de amostragem NP-3 (trecho livre do rio Quebra-Anzol na estação seca, set/2003.).

8 ST-674-D-RE-Z Folha 7 Foto 4 Ponto de amostragem NP-3 (trecho livre do rio Quebra-Anzol na estação chuvosa, dez/2003.) Avaliação da Atividade Reprodutiva Para a avaliação da atividade reprodutiva, os peixes foram dissecados em campo para identificação do sexo e do diagnóstico macroscópico de maturação gonadal. Esta análise baseou-se principalmente no volume relativo da gônada na cavidade abdominal, integridade da rede sanguínea (machos e fêmeas), presença e tamanho dos diversos tipos de ovócitos (ovócitos I, II, III e IV) e integridade das lamelas ovarianas (fêmeas). Foram considerados os seguintes estádios de maturação, seguindo-se as características propostas por Vono et. al. (2002): 1) Repouso 1: ovários delgados e íntegros, translúcidos, sem ovócitos visíveis a olho nu; testículos delgados e íntegros, predominantemente hialinos. 2) maturação inicial 2A: ovários com discreto aumento de volume e poucos ovócitos vitelogênicos (ovócitos II, III e IV) evidentes; testículos com discreto aumento de volume e com aparência leitosa. 3) maturação intermediária 2B: ovários com maior aumento de volume, grande número de ovócitos IV evidentes, porém ainda com áreas a serem preenchidas; testículos com maior aumento de volume, leitosos. 4) maturação avançada 2C: ovários com aumento máximo de volume, ovócitos vitelogênicos distribuídos uniformemente; testículos com aumento máximo de volume, túrgidos, leitosos. 5) esgotado (desovado ou espermiado) 3: ovários flácidos e sanguinolentos, com número variável de ovócitos vitelogênicos remanescentes; testículos flácidos, sanguinolentos.

9 ST-674-D-RE-Z Folha 8 Para os diagnósticos duvidosos, foram coletados fragmentos de uma das gônadas, os quais foram fixados em líquido de Bouin e conservados em álcool 70 0 GL após 24 horas para posterior processamento histológico. Em laboratório, o diagnóstico de maturação foi confirmado através de análise em microscópio ou estereomicroscópio das gônadas, utilizando-se mesma escala macroscópica e levando-se em conta a proporção dos diversos tipos de ovócitos e a presença de folículos ovocitários vazios, especialmente para o estágio desovado Análise das Produtividades em Número e Biomassa As produtividades em número e biomassa foram estimadas através da captura por unidade de esforço (CPUE) (Gulland, 1969), com base nos dados obtidos através das redes de espera. O cálculo da CPUE foi efetuado através das seguintes equações: 16 CPUE (n) = ( N m / EPm) x 100 e m=3 16 CPUE (b) = ( B m / EPm) x 100 m=3 Onde: CPUE n = captura em número por unidade de esforço; CPUE b = captura em biomassa (peso corporal) por unidade de esforço; N m = número total dos peixes capturados na malha m; B m = biomassa total capturada na malha m; EP m = esforço de pesca, que representa a área em m 2 das redes de malha m; m = tamanho da malha (3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 14 e 16 cm) Análise da Diversidade Ictiofaunística Para o cálculo da diversidade de espécies foram empregados os dados quantitativos obtidos através das capturas com redes de emalhar (CPUE). Utilizou-se o índice de diversidade de Shannon (Magurran, 1988), descrito pela equação: S H' = - (pi). (log n pi), onde: i = 1 S = número total de espécies na amostra; i = espécie 1, 2, 3...i na amostra; pi = proporção do número de indivíduos da espécie i na amostra, através da CPUE em número.

10 4.5. Avaliação da Presença de Atividades de Pesca Profissional ST-674-D-RE-Z Folha 9 Realizaram-se inspeções no reservatório e em seu entorno visando a identificação de atividade de pesca profissional como a presença de embarcações, concentração de pescadores e locais de comercialização de pescado. Obteve-se ainda informações sobre esta atividade junto ao Departamento de Gestão da Pesca do IEF em Belo Horizonte e ao Destacamento da Polícia Ambiental da cidade de Nova Ponte. Além disto, alguns pescadores artezanais foram entrevistados para avaliação desta atividade no reservatório de Nova Ponte e no rio Quebra Anzol. 5. DIAGNÓSTICO A seguir, é apresentado o diagnóstico final obtido para as duas coletas realizadas, acerca da composição ictiofaunística, abundâncias absolutas, captura por unidade de esforço em número e biomassa das espécies, tamanho de malha, período e pontos amostrados, diversidade ictiofaunística, análise da atividade reprodutiva das principais espécies e avaliação da atividade de pesca na região sob influência da UHE Nova Ponte Composição Ictiofaunística e Abundâncias Absolutas Através das amostragens quantitativas (redes de emalhar) e qualitativas (redes de arrasto) capturaram-se, nas duas coletas realizadas, 425 exemplares pertencentes a 22 espécies (considerando os cascudos do gênero Hypostomus como grupo único), distribuídas em quatro ordens, 10 famílias e 17 gêneros (tabela 1). Nesta tabela, é acrescida uma espécie registrada apenas através de observação visual, o barrigudinho Phalloceros caudimaculatus. A ordem dos Characiformes (peixes de escama) foram os mais representativos em número de espécies (63% do total), seguido dos Siluriformes (peixes de couro) (18%), Perciformes (peixes de escama com espinhos duros nas nadadeiras dorsal e anal) (14%) e Cyprinodontiformes (barrigudinhos) (5%) (figura 2a). De modo geral, o padrão de predominância das ordens não se alterou muito ao longo dos estudos de monitoramento da ictiofauna no reservatório da UHE Nova Ponte, desde sua formação. Ressalta-se, no entanto, que a ordem dos Gymnotiformes (peixes elétricos), antes registrada, não foi aqui documentada. As famílias predominantes foram, em ordem decrescente, Characidae (ex. lambaris e dourado) com 27% das espécies, Anostomidae (ex. piaus e timburés) com 18% e Cichlidae (ex. carás e tucunarés) com 14% do total. As demais famílias somaram 41% das capturas, sendo representadas por uma ou duas espécies cada uma (figura 2b). O número de espécies representa cerca de 22% da ictiofauna citada para a bacia do rio Araguari e 35% da ictiofauna já registrada no reservatório da UHE Nova Ponte, estimadas por Vono (2002) em 100 e 63 espécies, respectivamente. No presente estudo, registrou-se o menor número de espécies até o momento levantado para este reservatório nos diversos monitoramentos efetuados. Tem-se que considerar, todavia, o reduzido número de amostragens aqui empregado, o que pode subestimar a real riqueza de espécies do reservatório de Nova Ponte.

11 ST-674-D-RE-Z Folha 10 Tabela 1 Lista das espécies de peixes capturadas no reservatório da UHE Nova Ponte em setembro e dezembro de Ordem Família Espécie Nome popular Characiformes Characidae Astyanax altiparanae Lambari-rabo-amarelo Astyanax fasciatus Lambari-rabo-vermelho Bryconamericus stramineus Piaba Galeocharax knerii Cigarra, Cadela Hyphessobrycon callistus Mato-grosso Salminus maxillosus Dourado Erythrinidae Hoplias lacerdae Trairão Hoplias malabaricus Traíra Anostomidae Leporinus amblyrhynchus Timburé Leporinus elongatus Piapara Leporinus friderici Piau-três-pintas Schizodon nasutus Taguara Prochilodontidae Prochilodus lineatus Curimatidae Cyphocharax nagelii Saguiru Curimba, curimbatá Siluriformes Pimelodidae Iheringichthys labrosus Mandi-beiçudo Pimelodus maculatus Mandi- amarelo Auchenipteridae Parauchenipterus galeatus Cangati Loricariidae Hypostomus spp. Cascudo Perciformes Cichlidae Cichla ocellaris Tucunaré Cichla temensis Tucunaré Geophagus brasiliensis Cará Cyprinodontiformes Poecilidae Espécies exóticas à bacia do rio Araguari. Espécie registrada através de observação visual Phalloceros caudimaculatus Barrigudinho

12 ST-674-D-RE-Z Folha 11 a Siluriformes 18% Cyprinodontiformes 5% Perciformes 14% Characiformes 63% b Pimelodidae 9% Outras 23% Cichlidae 14% Erythrinidae 9% Anostomidae 18% Characidae 27% Figura 2 - Percentual das espécies de peixes distribuídas pelas respectivas ordens (a) e famílias (b) na área sob influência do reservatório da UHE Nova Ponte (setembro e dezembro de 2003)

13 ST-674-D-RE-Z Folha 12 Nas margens do reservatório, correspondente ao ponto NP-2, foram registradas duas espécies de peixes através de amostragens qualitativas, o mato-grosso Hyphessobrycon callistus (Foto 5), originário do rio Paraguai (Pantanal Matogrossence), portanto considerado exótico à região, e a piaba Bryconamericus stramineus (Foto 6), comum em tributários da bacia do Araguari (IESA, 1996c). Nos pontos NP-1 e NP-3 não foram coletados exemplares através de amostragens qualitativas, no entanto, no ponto NP-1 foram registrados, através de observação visual, o barrigudinho Phalloceros caudimaculatus, em grande número nas margens do reservatório. Três espécies, representando 13,6% do total capturado na presente fase de estudos, são consideradas exóticas à bacia do rio Araguari: os tucunarés Cichla temensis (fotografia 7) e C. ocellaris, carnívoros, procedentes da bacia amazônica, e o mato-grosso H. callistus, originário de segmentos mais inferiores da bacia do Paraná, na região do Pantanal Matogrossence. Os motivos pelos quais estas espécies foram introduzidas na bacia do rio Araguari são desconhecidos. Sabe-se, no entanto, que os tucunarés são espécies frequentemente disseminadas através de pescadores em muitos reservatórios de Minas Gerais. Assim, supostamente foram introduzidos por pescadores no reservatório de Nova Ponte no intuito ilusório de aumentar o pescado, embora esta prática seja proibida por lei (Decreto-lei nº 221, artigo 34 de 28/02/67). Atenção especial deve ser dada à presença do tucunaré, pois seu estabelecimento definitivo no reservatório pode causar danos irreparáveis à comunidade de peixes nativos da região. Três espécies são reconhecidamente grandes migradoras, o dourado Salminus maxillosus (Foto 8) e a piapara Leporinus elongatus (foto 9), capturados nos pontos NP-2 (região central do reservatório) e NP-3 (rio Quebra-Anzol) e a curimba Prochilodus lineatus (Foto 10), capturada em grande número apenas no ponto NP-3. Estes dados já retratam a grande importância do trecho livre a montante do reservatório de Nova Ponte para a manutenção de espécies migradoras do rio Araguari no trecho considerado. Considerando a presença do pintado Pseudoplatystoma coruscans no reservatório de Nova Ponte, registrado em monitoramentos realizados anteriormente, dentre as espécies consideradas grandes migradoras apenas o jaú Zungaro zungaro (= Paulicea luetkeni citado em estudos anteriores) ainda não foi capturado após o fechamento da barragem. O número e biomassa totais e os comprimentos e pesos máximos e mínimos por espécie, considerando todos os pontos amostrais, estão representados na tabela 2. O maior número de indivíduos foi obtido para o lambari-rabo-amarelo Astyanax altiparanae, seguindo-se o lambari-rabo-vermelho A. fasciatus. Os lambaris, de modo geral, são espécies consideradas oportunistas, possuindo alto potencial reprodutivo e baixa longevidade, fatores que os possibilitam a se estabelecerem em ambientes represados. As maiores biomassas brutas foram obtidas a curimba P. lineatus e a piapara L. elongatus. Capturaram-se indivíduos de 1,5 a 48,0 centímetros de comprimento padrão e de menos de 1 a 2160 gramas de peso corporal. Os menores indivíduos são representantes de piabas B. stramineus e H. callistus, capturados através das amostragens qualitativas na região litorânea do reservatório, enquanto os maiores e de maior biomassa foram a curimba e a piapara. Na tabela 3 são apresentadas as abundâncias numéricas totais por espécie e riqueza de espécie por ponto amostral para as amostragens quantitativas e qualitativas. O maior número de indivíduos foi registrado no ponto do rio Quebra-anzol (NP-3), especialmente em função da alta abundância do lambari-rabo-vermelho e do peixe-cadela G. knerii. Quatro espécies, das quais três Characiformes e 1 Siluriformes, apresentaram ampla distribuição no trecho de estudos, pois ocorreram nos três pontos amostrados. Nove espécies ocorreram em apenas um ponto, sendo seis no ponto proximal à barragem (NP-1), duas na região central do reservatório (NP-2), incluindo duas exóticas, e apenas uma no rio

14 ST-674-D-RE-Z Folha 13 Quebra-anzol, representada pela curimba. A maior riqueza absoluta de espécies foi registrada no ponto central, com 14 espécies. Foto 5 Mato-grosso Hyphessobrycon callistus, espécie de porte diminuto, capturada nas margens do reservatório. Foto 6 Piaba Bryconamericus stramineus, espécie de porte diminuto, capturada nas margens do reservatório de Nova Ponte.

15 ST-674-D-RE-Z Folha 14 Fotografia 7 Tucunaré Cichla temensis, espécie exótica à região de Nova Ponte, capturada pela primeira vez em Foto 8 Dourado Salminus maxillosus, espécie migradora de grande porte capturada no reservatório de Nova Ponte e no rio Quebra Anzol. Foto 9 Piapara Leporinus elongatus, espécie migradora de grande porte capturada no reservatório de Nova Ponte e no rio Quebra Anzol.

16 ST-674-D-RE-Z Folha 15 Foto 10 Curimba Prochilodus lineatus, espécie migradora de grande porte capturada no rio Quebra Anzol. Tabela 2 - Número de indivíduos, biomassa total e amplitudes biométricas das espécies de peixes capturadas no reservatório da UHE Nova Ponte (rio Araguari), em setembro e dezembro de Espécie N total B total CP mín. CP máx. PC mín. PC máx. A. altiparanae ,5 10, A. fasciatus ,2 12, B. stramineus ,5 3,9 <1 1 C. nagelii ,9 10, C. ocellaris ,0 28, C. temensis ,5 29, G. brasiliensis ,0 12, G. knerii ,0 24, H. callistus ,2 4,3 1 1 H. lacerdae ,5 45, H. malabaricus ,5 22, Hypostomus spp ,5 22, I. labrosus ,3 18, L. amblyrhynchus ,3 14, L. elongatus ,5 45, L. friderici ,5 28, P. galeatus ,0 8, P. lineatus ,5 48, P. maculatus ,0 31, S. maxillosus ,5 41, S. nasutus ,5 20, Total geral CP mín. = Comprimento padrão mínimo (cm); CP máx. = Comprimento padrão máximo (cm); PC mín. = Peso corporal mínimo (g); PC máx. = Peso corporal máximo (g). N = Número de indivíduos; B = Biomassa (g).

17 ST-674-D-RE-Z Folha 16 Tabela 3 - Riqueza e abundância numérica das espécies de peixes registradas nas amostragens quantitativas e qualitativas, por ponto amostral, no reservatório da UHE Nova Ponte em setembro e dezembro de Espécie Ponto de coleta Total NP-1 NP-2 NP-3 A. altiparanae A. fasciatus B. stramineus C. nagelii C. ocellaris 6 6 C. temensis 6 6 G. brasiliensis 4 4 G. knerii H. callistus H. lacerdae H. malabaricus Hypostomus spp I. labrosus L. amblyrhynchus 1 1 L. elongatus L. friderici P. caudimaculatus X P. galeatus 1 1 P. lineatus P. maculatus S. maxillosus S. nasutus Total de indivíduos Riqueza de espécies x Registrado através de observação visual Captura por Unidade de Esforço (CPUE) em Número e Biomassa As figuras 3 e 4 apresentam as capturas totais, através da CPUE em número e biomassa, respectivamente, para as 10 espécies mais abundantes capturadas no reservatório de Nova Ponte, considerando os três pontos em conjunto. Ressalta-se que o ponto NP-3, nesta fase, é representado pelo rio Quebra-anzol. O grupo das espécies dominantes em número foi composto principalmente por elementos de portes variados, com características migradoras e reofílicas ou seja, requerem do ambiente lótico (água corrente) toda ou parte de suas necessidades vitais. Espécies eminentemente sedentárias não fizeram parte deste grupo. Neste contexto, tem-se que considerar a inclusão, nas análises de produtividade, do ponto localizado no rio Quebraanzol, o qual contribui com espécies que habitam com frequência a água corrente. As mais abundantes em número foram duas espécies forrageiras, o lambari-rabo-amarelo A. altiparanae e o lambari-rabo-vermelho A. fasciatus e uma espécie carnívora de médio porte,

18 ST-674-D-RE-Z Folha 17 o peixe-cadela G. knerii. As duas espécies migradoras (curimba e piapara) ocuparam a sexta e sétima posições, respectivamente. Em biomassa, destacaram-se duas espécies migradoras de grande porte, a curimba P. lineatus e a piapara L. elongatus, seguidas do peixe-cadela G. knerii e do trairão H. lacerdae. A curimba, dominante durante o primeiro ano de formação do reservatório de Nova Ponte (Leme, 1995), ainda não havia participado de forma expressiva nas produtividades em número e biomassa. A outra espécie migradora registrada na presente fase de monitoramento (dourado S. maxillosus) ocupou a sexta posição em biomassa. No grupo dominante, incluíram-se duas espécies exóticas, os tucunarés C. ocellaris e C. temensis. As figuras 5 e 6 apresentam as produtividades totais em número e biomassa, respectivamente, por ponto de coleta. Tanto em número quanto em biomassa, o ponto NP-3 (rio Quebra-anzol) foi o mais produtivo, evidenciando sua grande importância para a manutenção da comunidade de peixes do rio Araguari na região sob influência da UHE Nova Ponte. Em biomassa, as diferenças foram marcantes, com acréscimo progressivo do ponto NP-1 (região proximal à barragem) ao ponto NP-3. Ressalta-se que em uma avaliação realizada antes e depois da formação do reservatório, Vono (2002) registrou produtividades inferiores no rio Araguari (antes do barramento) em comparação com o reservatório (pósbarramento), durante sete anos de sua formação. As capturas totais em número e biomassa por período de amostragem estão representadas nas figuras 7 e 8, respectivamente. Tanto em número quanto em biomassa, o mês de dezembro foi o mais produtivo, seguindo a tendência de maior movimentação das populações de peixes no período de maiores índices pluviométricos e maior temperatura da água. Em número, os lambaris Astyanax spp. contribuíram de forma marcante no aumento da produtividade em dezembro, enquanto a curimba e a piapara o fizeram em biomassa. As figuras 9 e 10 apresentam as produtividades totais em número e biomassa, respectivamente, por tamanho de malha para todos os pontos em conjunto. As capturas ocorreram da malha 3 a malha 14. Em número, a malha 3 foi superior às demais, havendo, de modo geral, decréscimo gradativo da menor para a maior, sendo que a partir da malha 7 as capturas foram inexpressivas. Estes dados indicam grande abundância de indivíduos de pequeno porte, representados, neste estudo, principalmente pelos lambaris Astyanax spp. Em biomassa, assim como registrado na maioria dos monitoramentos realizados no reservatório de Nova Ponte, não houve uma tendência clara de produtividade por tamanho de malha, havendo oscilação constante de valores da menor para a maior. Houve destaque, no entanto, para as malhas 4, 5, 6 e 14 cm.

19 ST-674-D-RE-Z Folha 18 C. nagelii S. nasutus L. friderici L. elongatus P. lineatus P. maculatus Hypostomus sp. G. knerii A. fasciatus A. altiparanae CPUE (número) Figura 3 Captura total por unidade de esforço em número para as espécies mais abundantes capturadas no reservatório da UHE Nova Ponte em setembro e dezembro de C. temensis L. friderici C. ocellaris Hypostomus sp. S. maxillosus P. maculatus H. lacerdae G. knerii L. elongatus P. lineatus 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 CPUE (biomassa - kg) Figura 4 Captura total por unidade de esforço em biomassa para as espécies mais abundantes capturadas no reservatório da Nova Ponte em setembro e dezembro de 2003.

20 CPUE (kg) CPUE (n) ST-674-D-RE-Z Folha NP-1 NP-2 NP-3 Pontos de amostragem Figura 5 Captura por unidade de esforço total em número por ponto de amostragem no reservatório da UHE Nova Ponte em setembro e dezembro de NP-1 NP-2 NP-3 Pontos de amostragem Figura 6 Captura por unidade de esforço total em biomassa por ponto de amostragem no reservatório da UHE Nova Ponte em setembro e dezembro de 2003.

21 CPUE (n) CPUE (kg) CPUE (n) ST-674-D-RE-Z Folha Setembro Dezembro Período amostral (2003) Figura 7 Captura por unidade de esforço em número por período de coleta no reservatório da UHE Nova Ponte em setembro e dezembro de Setembro Dezembro Período amostral (2003) Figura 8 Captura por unidade de esforço em biomassa (kg) por período de coleta no reservatório da UHE Nova Ponte em setembro e dezembro de Tamanho de malha (cm) Figura 9 Captura total por unidade de esforço em número por tamanho de malha no reservatório da UHE Nova Ponte em setembro e dezembro de 2003.

22 CPUE (kg) ST-674-D-RE-Z Folha Tamanho de malha (cm) Figura 10 Captura total por unidade de esforço em biomassa (kg) por tamanho de malha no reservatório da UHE Nova Ponte em setembro e dezembro de Avaliação da Atividade Reprodutiva Como usualmente adotado, esta análise concentrou-se nas espécies mais importantes, seja com respeito à sua abundância, ao seu comportamento migrador ou às suas características reofílicas. Aquelas com indefinições em suas posições taxonômicas, como é o caso dos cascudos Hypostomus spp. não foram aqui utilizadas. Cabe ressaltar que, além das amostragens não terem sido realizadas com periodicidade específica para os estudos de biologia reprodutiva, não englobam um ciclo hidrológico completo. Desta forma, não é apresentada uma análise de cunho conclusivo a respeito da dinâmica reprodutiva das espécies no reservatório de Nova Ponte, no entanto, permitiu-se fazer inferências e projeções para algumas espécies. Os dados apresentados consideram indivíduos de ambos os sexos em conjunto. No mês de dezembro/2003 registrou-se maior número de indivíduos e de espécies em intensa atividade reprodutiva, ou seja, nos estádios intermediário e avançado de maturação. Também neste mês registrou-se maior número de indivíduos em repouso sexual e no estádio inicial de maturação. Indivíduos esgotados, o que caracteriza a conclusão do ciclo reprodutivo, foram registrados apenas em setembro/2003. A tabela 4 apresenta a distribuição de frequência dos estádios de maturação gonadal para as principais espécies capturadas nos dois períodos de amostragem nos três pontos do reservatório, para indivíduos machos e fêmeas em conjunto. De modo geral, o estádio de repouso sexual (1) foi o mais frequente, representado por cerca de 52% dos indivíduos analisados, sendo diagnosticado para a grande maioria das espécies. Seguiram-se os estádios de maturação intermediária (2b) (27%), maturação avançada (2c) (11%), maturação inicial (2a) (9%) e esgotado com apenas 0,4% dos indivíduos analisados. Apenas duas espécies (lambari-rabo-vermelho A. fasciatus e peixe-cadela G. knerii) apresentaram todos os estádios na fase de maturação (estádios 2a, 2b e 2c), indicando atividade reprodutiva intensa e prolongada no reservatório de Nova Ponte. O peixe-cadela constitui-se espécie piscívora, muito abundante no ponto NP-3 (rio Quebra-anzol), enquanto este lambari é onívoro, com ampla distribuição no reservatório. Indivíduos esgotados foram registrados apenas para o peixe-cadela. Através dos dados obtidos, não constatou-se atividade reprodutiva intensa para as demais espécies. Este fato deve ter sido em função do baixo número amostral, o que leva à subestimação de registro de condições reprodutivas

23 ST-674-D-RE-Z Folha 22 para a maioria das espécies. Certamente, este lambari e o peixe-cadela não são as únicas espécies que chegam a completar o ciclo no reservatório de Nova Ponte, haja vista as altas abundâncias registradas para muitas outras ao longo dos diversos estudos de monitoramento conduzidos. A captura de indivíduos jovens também é um indicativo da conclusão do ciclo reprodutivo para muitas outras espécies aqui registradas, como por exemplo o piau-três-pintas L. friderici, a piapara L. elongatus e a taguara S. nasutus. Com relação às espécies migradoras, registraram-se principalmente indivíduos em repouso ou em início de maturação gonadal para a piapara, a curimba P. lineatus e o dourado S. maxillosus. Para os tucunarés (Cichla spp.), registraram-se apenas indivíduos em repouso sexual, o que caracterizaria ausência de atividade reprodutiva, no entanto, o registro de indivíduos jovens indica conclusão do ciclo e estabelecimento da espécie no reservatório de Nova Ponte. Tabela 4 Distribuição de frequência (%) dos estádios de maturação gonadal para as principais espécies capturadas no reservatório da UHE Nova Ponte, em setembro e dezembro de Espécie Estádio de maturação gonadal (%) 1 (repouso) 2A (maturação 2B (maturação 2C (maturação inicial) intermediária) avançada) 3 (esgotado) A. altiparanae 4,7 2,3 93,0 0,0 0,0 A. fasciatus 60,7 5,4 3,6 30,4 0,0 C. nagelii 0,0 66,7 33,3 0,0 0,0 C. ocellaris 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 C. temensis 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 G. brasiliensis 50,0 50,0 0,0 0,0 0,0 G. knerii 28,9 13,2 36,8 18,4 2,6 H. lacerdae 66,7 33,3 0,0 0,0 0,0 H. malabaricus 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 I. labrosus 0,0 0,0 66,7 33,3 0,0 L. elongatus 91,7 8,3 0,0 0,0 0,0 L. friderici 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 P. lineatus 47,1 29,4 23,5 0,0 0,0 P. maculatus 95,5 4,5 0,0 0,0 0,0 S. maxillosus 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 S. nasutus 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Frequência absoluta 52,3 9,3 27,0 11,0 0,4

24 ST-674-D-RE-Z Folha COMPARAÇÃO COM ESTUDOS ANTERIORES Neste tópico, são apresentadas análises comparativas temporais, com base nos dados registrados de 1987 (antes da formação do reservatório) a 2003, com respeito à riqueza de espécies exóticas à bacia do rio Araguari, à abundância relativa em número e biomassa e à diversidade de espécies Composição e Abundância No presente trabalho, não foram registradas espécies novas ao elenco já registrado para o reservatório de Nova Ponte. O mesmo ocorreu com as espécies exóticas, ou seja, o reservatório continua a abrigar 10 espécies oriundas de outras bacias do país ou de outros continentes, as quais foram documentadas nos diversos estudos conduzidos até o presente (Leme, 1995; IESA, 1996a, IESA, 1996b; CEMIG, 1998b; CEMIG, 2000; CEMIG, 2001; CEMIG, 2003). O número cumulativo de espécies exóticas registradas no reservatório de Nova Ponte. está representado na figura 11. Já no primeiro ano de monitoramento, registraram-se quatro espécies exóticas, sendo que, a partir de 1997, houve um aumento expressivo, somando-se mais seis espécies até 2002, mantendo-se as 10 espécies em A partir do próximo ano (2005), deverão ser apresentados dados de abundância dos tucunarés (Cichla spp.) a longo do tempo, para se avaliar seu estabelecimento no reservatório. As variações de produtividade em número e biomassa, por época de estudos nas fases pré (rio Araguari) e pós barramento (reservatório de Nova Ponte), estão representadas nas figuras 12 e 13, respectivamente. Em número, logo no início de formação do reservatório, ocorreu um grande aumento, seguido de decréscimo contínuo até 2001 e aumento expressivo em 2002, quando foi registrado o maior valor de produtividade numérica desde a formação do reservatório. Este aumento foi devido, particularmente, à alta abundância do lambari-rabo-amarelo A. altiparanae, espécie forrageira, abundante desde o início de formação do reservatório. Na presente fase, o valor total de produtividade numérica foi semelhante ao período 2000/2001. Em biomassa, também ocorreu aumento marcante logo no início em relação à fase préenchimento (Leme, 1988), seguido de um longo período de oscilação sem padrão definido, até atingir, no ano de 2002, o maior valor de produtividade. Na presente fase, a produtividade em biomassa consistiu no segundo maior valor registrado ao longo de todos os estudos de monitoramento. As constantes oscilações observadas nas produtividades em número e biomassa retratam instabilidade na abundância total da comunidade de peixes do reservatório da UHE Nova Ponte. Fatores como variações nas intensidades das atividades pesqueiras profissional e amadora, dinâmica reprodutiva das espécies, recrutamento da populações, influência de espécies exóticas, além de fatores metodológicos como o período de amostragem podem estar relacionados à estas variações constantes nas produtividades totais da ictiofauna deste reservatório.

25 1987/ / / / / CPUE (n) N. sp. exóticas ST-674-D-RE-Z Folha / / / / Período amostral Figura 11 Curva cumulativa do número de espécies exóticas registradas ao longo dos estudos de monitoramento da ictiofauna no reservatório da UHE Nova Ponte (1993 a 2003) Período amostral Figura 12 Captura por unidade de esforço em número, por período de estudos, no reservatório da UHE Nova Ponte ( )

26 1987/ / / / / CPUE (kg) ST-674-D-RE-Z Folha 25 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Período amostral Figura 13 Captura por unidade de esforço em biomassa (kg), por período de estudos, no reservatório da UHE Nova Ponte ( ) Diversidade Ictiofaunística (Índice de Shannon) Estimou-se este índice em escala temporal, no intuito de se avaliar as alterações que se processam na comunidade de peixes desde a formação do reservatório de Nova Ponte. O índice de Shannon assume que os indivíduos foram amostrados ao acaso e que todas as espécies estão representadas na amostra (Magurran, 1988). Como posto na metodologia, a análise leva em conta dois fatores, a riqueza absoluta de espécies e suas abundâncias relativas ou a equitabilidade. Desta forma, quanto mais equitativa a distribuição do número de indivíduos por espécie, maior a diversidade. Por outro lado, quanto menos equitativa, menor o índice, o que pode indicar uma condição de estresse ou alteração ambiental a partir da condição original (Odum, 1980). A diversidade de espécies, considerando todos os pontos do reservatório em conjunto e todo o período amostral da presente fase, foi de 2,18, valor bem superior ao ano de 2002, quando registrou-se 0,94. O valor registrado na presente fase é o segundo maior no reservatório de Nova Ponte. Ressalta-se que em 2001, a diversidade de espécies atingiu valor máximo durante todos os anos de monitoramento (H = 2,58), época em que o lambarirabo-amarelo A. altiparanae atingiu abundância relativa elevada. A figura 14 apresenta a estimativa temporal para as oito fases de monitoramento consideradas, sendo analisados os três pontos do reservatório em conjunto. O índice oscilou de 0,94 a 2,58, sem um padrão definido de tendências ao longo do tempo. Esta oscilação relaciona-se às variações na abundância relativa das espécies numericamente mais abundantes, já que a riqueza absoluta de espécies não sofre alterações expressivas entre os anos amostrados. Desta forma, quanto maior a equitabilidade na abundância relativa das espécies, maior será a diversidade. Ressalta-se que a análise de diversidade deve ter continuidade nos próximos períodos a serem amostrados no reservatório de Nova Ponte, visando uma estimativa mais apurada da dinâmica das populações de peixes

27 1993/ / / / Diversidade (H') ST-674-D-RE-Z Folha ,5 2 1,5 1 0,5 0 Figura 14 Índice de Diversidade de Shannon (H ), por período amostral, no reservatório da UHE Nova Ponte, de 1993 a AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE ATIVIDADES DE PESCA PROFISSIONAL Assim como constatado durante o último monitoramento realizado (CEMIG, 2003), no presente período de estudos não foi verificada atividade de pesca profissional na região da UHE Nova Ponte como a presença de embarcações, concentração de pescadores e locais de comercialização do pescado. A pesca profissional no reservatório de Nova Ponte ainda se encontra proibida, embora alguns pescadores tenham continuado a questionar, junto à esta Polícia Florestal, acerca da nova Lei de Pesca do estado de Minas Gerais, que dispõe sobre a política de proteção à fauna e flora e de desenvolvimento da pesca e da aquicultura no Estado (Lei Estadual nº de 17 de janeiro de 2002) (Minas Gerais, 2002). Embora a Portaria do IEF nº 134 de 4 de novembro de 2003 venha permitir a pesca profissional em reservatórios do estado, são excluídos os reservatórios de Nova Ponte e Miranda e aqueles que possuem mecanismo de transposição de peixes como o de Igarapava no rio Grande. Na região de Nova Ponte foi observada, no entanto, a atividade de pesca artesanal, praticada nos três pontos selecionados para a pesca experimental. No ponto NP-1 os pescadores, principalmente moradores da cidade de Nova Ponte, se instalam nos barrancos e utilizam principalmente varas de bambu e iscas variadas. As espécies mais capturadas são de pequeno porte, principalmente representantes dos lambaris (Astyanax sp.). Na região central do reservatório é comum o uso de embarcações, a motor ou remo, para a prática da pesca artesanal. Neste caso, são utilizadas especialmente varas de fibra e molinetes, com iscas variadas. Segundo constatações e depoimentos de alguns destes pescadores artesanais, as espécies mais capturadas são principalmente as de médio porte, com destaque para as traíras (Hoplias spp.), tilápias (T. rendalii), piaus (Leporinus spp.) e lambaris (Astyanax spp.). No ponto NP-3, equivalente ao rio Quebra-Anzol, foram observadas duas modalidades de pesca artesanal, a embarcada, com utilização de molinetes, e a de barranco, com varas de bambu. Nesta região, há grande número de ranchos, instalados nas margens do rio. As espécies mais procuradas e capturadas são especialmente as migradoras de grande porte, com destaque para o dourado S. maxillosus (Foto 11), a piapara L. elongatus a curimba P. lineatus e o pintado P. coruscans. Neste ponto, foi observada ainda, a pesca clandestina, praticada por meio de aparelhos proibidos, como por exemplo, redes de pesca e tarrafas. Segundo depoimentos, a Polícia Ambiental do Destacamento de Araxá frequentemente realiza apreensões de equipamentos de pesca e embarcações, com aplicação de multa aos envolvidos.

28 ST-674-D-RE-Z Folha 27 Nas imediações da prainha de Nova Ponte, é comum os pescadores frequentarem o bar flutuante, instalado às margens do reservatório, para as atividades de pesca artesanal (CEMIG, 2003) (Foto 12). O proprietário deste bar, no caso, cobra uma pequena taxa de utilização do ponto de pesca por cada pescador. Além de se dispor de peixes pescados nos arredores do bar flutuante para oferecer como petisco aos frequentadores, o proprietário comercializa ainda peixes cultivados em tanques-rede, instalados próximos ao bar. Segundo alega, a espécie cultivada é a matrinchã (Brycon sp.). Foto 11 Pescadores artesanais expondo um dourado (Salminus maxillosus) capturado no rio Quebra Anzol. Foto 12 Bar flutuante no reservatório de Nova Ponte, nas imediações da prainha. Região de pesca amadora.

29 ST-674-D-RE-Z Folha CONSIDERAÇÕES FINAIS / CONCLUSÕES Diante dos resultados obtidos, são apresentadas a seguir algumas considerações finais, sugestões de conservação e conclusões acerca da estrutura da comunidade de peixes do reservatório de Nova Ponte, considerando os dois meses de amostragem desta fase do monitoramento e tomando-se como base os resultados obtidos anteriormente. No ano de 2003, registrou-se o menor número de espécies até o momento levantado nos diversos monitoramentos efetuados no reservatório de Nova Ponte. Este fato não implica que ocorreu perda de elementos no reservatório, mas indica um possível erro metodológico em função do reduzido número amostral. Do mesmo modo que nos três últimos estudos ictiofaunísticos realizados em Nova Ponte, através dos métodos amostrais utilizados, verificou-se que as margens do reservatório mantém uma baixa riqueza de alevinos de espécies nativas em comparação com levantamentos realizados anteriormente. O reservatório de Nova Ponte apresenta uma alta riqueza de espécies exóticas em comparação com outros reservatórios localizados em bacias hidrográficas localizadas no Triângulo Mineiro, incluindo o de Miranda. A intenção de aumento de pescado provinda de pescadores amadores e profissionais deve ser a principal causa destas introduções. Atenção especial deve ser dada ao estabelecimento de espécies exóticas piscívoras, com destaque para os tucunarés Cichla spp. e a piranha verdadeira P. nattereri. A partir do próximo ano, a dinâmica temporal na abundância destas espécies deve ser apresentada e avaliada. A inclusão do ponto amostral NP-3 (rio Quebra-anzol) foi de suma importância para constatar que o trecho abriga grande parcela das espécies migradoras da bacia do rio Araguari, com destaque para a piapara, dourado e curimba, além de várias espécies reofílicas. Além de abrigar o maior número de espécies migradoras e reofílicas, este ponto apresentou maior abundância total em número e biomassa em relação aos pontos localizados no ambiente lêntico. Este trecho é considerado de extrema importância biológica para a conservação da biodiversidade do estado de Minas Gerais, por constituir-se num importante remanescente lótico da bacia do rio Araguari (Costa et al., 1998). Considerando a implantação dos empreendimentos de Capim Branco I e II a jusante da barragem de Miranda, consistirá no trecho lótico de maior extensão na bacia. Desta forma, deve ser considerado nos programas de conservação da ictiofauna da região. Sugere-se que toda sua extensão livre deve permanecer isenta de barramentos. Além disto, a pesca profissional não deve ser aí praticada, para se evitar depleção acentuada dos estoques. O lambari-rabo-amarelo A. altiparanae, espécie de pequeno porte de alto potencial reprodutivo, continua a manter alta abundância numérica no reservatório de Nova Ponte, constituindo-se em importante espécie forrageira para a região, incluindo o reservatório de Miranda a jusante. A variação de sua abundância deve ser monitorada ao longo do tempo em função da atual presença de espécies exóticas piscívoras como os tucunarés e a piranha verdadeira. Assim como no ano anterior (CEMIG, 2003), os resultados demonstraram baixa atividade reprodutiva para a maioria das espécies, no entanto, o restrito período amostral deve ter subestimado registros positivos de espécies em reprodução. A criação de espécies exóticas no entorno do reservatório e Nova Ponte, bem como sua introdução na bacia do rio Araguari, devem ser proibidas, assim como determina a lei (Decreto-lei nº 221, artigo 34 de 28/02/67) e em função das conseqüências negativas que estas atividades podem causar às comunidades de peixes nativos. Trabalhos de conscientização junto aos municípios do entorno do reservatório de Nova Ponte devem

30 ST-674-D-RE-Z Folha 29 ser realizados, haja vista o aumento do número de espécies exóticas registrado ao longo do tempo (ver figura 11). A pesca profissional deve ser normatizada, assim como dispõe a lei estadual de 17/01/2002 sobre a política de proteção à fauna aquática e desenvolvimento da pesca em todo o território estadual. O período compreendido entre os meses de novembro e fevereiro, considerado nos diversos estudos de monitoramento como aquele de maior intensidade reprodutiva para a maioria das espécies, deve ser interditado para as atividades de pesca profissional. A pesca profissional não deve ser realizada no terço superior do reservatório de Nova Ponte (a partir da barra do rio Galheiro), incluindo toda a bacia de drenagem do trecho livre do rio Quebra Anzol. A padronização do esforço máximo permitido por pescador e o estabelecimento de um número máximo de pescadores para o reservatório também devem ser avaliados e considerados. O técnico responsável pelo monitoramento da ictiofauna no reservatório de Nova Ponte deve ser informado acerca de cada programa de reintrodução de espécies nativas aí executados pela CEMIG. Sugere-se que os exemplares liberados sejam marcados para possibilitar seu monitoramento. 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CEMIG. 1998a. Monitoramento da ictiofauna e do desembarque pesqueiro do reservatório da UHE Nova Ponte, município de Nova Ponte, MG 3ª fase. Relatório final. CEMIG. 50 p. CEMIG. 1998b. Monitoramento da ictiofauna no reservatório da UHE Nova Ponte, município de Nova Ponte, MG 4ª fase. Relatório final. CEMIG. 32 p. CEMIG Monitoramento da ictiofauna no reservatório da UHE Nova Ponte, MG - 5ª fase. Relatório final. CEMIG. 43 p. CEMIG Monitoramento da ictiofauna no reservatório da UHE Nova Ponte, MG. 6ª fase. Relatório final. 37 p. CEMIG Monitoramento da ictiofauna no reservatório da UHE Nova Ponte, MG. 7ª fase ano de Relatório final. 42 p. Costa, C.M.R., Herrmann, G., Martins, C.S., Lins, L.V. & Lamas, I.R Biodiversidade em Minas Gerais - um atlas para sua conservação. Fundação Biodiversitas. Belo Horizonte. 94 p. Gulland, J.A Manual of methods for fish stock assessment. Part I: fish population analysis. FAO, Manuals in Fisheries Science, p. IESA, 1996a. Monitoramento da ictiofauna do reservatório da UHE Nova Ponte - 2ª fase. Relatório final. CEMIG. 45 p. IESA, 1996b. Monitoramento da pesca profissional no reservatório da UHE Nova Ponte. Relatório final, CEMIG. IESA, 1996c. Complementação do inventário ictiofaunístico - Usina Hidrelétrica de Miranda (projeto executivo). Relatório final. CEMIG. 106 p.

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