Peixes como bio-indicadores
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- Vera Prada Sá
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1 Peixes como bio-indicadores
2 Bioindicadores são organismos ou comunidades, cujas funções vitais se correlacionam tão estreitamente com determinados fatores ambientais, que podem ser empregados como indicadores na avaliação de uma dada área.
3 Biomonitoramento é a observação contínua de uma área com a ajuda de bioindicadores, os quais neste caso, devem ser chamados de biomonitores. Normalmente, toda observação contínua possibilita uma avaliação semi-quantitativa dos resultados. Usando uma comparação do dia-a-dia: a diferença entre bioindicação e biomonitoramento é a mesma que existe entre uma fotografia e um filme".
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5 Por que utilizar peixes? História natural mais conhecida; Relativa facilidade de identificação; Informações obtidas a partir de moradores locais; Resultados mais fáceis de serem traduzidos para a sociedade;
6 Tipos de bio-indicadores mais comuns Espécies sentinelas introduzidas para indicar Espécies detectoras ocorrem naturalmente e respondem ao stress de forma mensurável Espécies exploradoras reagem positivamente ao distúrbio ou agente estressor Espécies acumuladoras acumulam agentes estressores permitindo avaliar a bio-acumulação Espécies bio-ensaio usados na experimentação
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9 Atributos bio-indicadores mensuráveis nos peixes em cada nível de abordagem Bioquímico Fisiológico HistológicoIndivíduo População ComunidadeEcossistema Integridade de DNA Metabólitos biliares Atividade enzimática Nível cortisona Necrose de Crescimento Abundância Diversidade tecidos de espécies Agregados de de macrófagos Acúmulo de gordura Lesões Enzimas antioxidantes Triglicerídeos feitas por Lesões parasitas Taxa de decomposição Distribuição Dominância Produtividade etária Razão sexual Hormônios Tumores Anomalias Movimento Estrutura trófica Estabilidade Quantidade de nutrientes Exportação de matéria
10 Por que usar peixes como bio-indicadores 1) Eles fornecem sinais rápidos sobre problemas ambientais, mesmo antes do homem perceber sua ocorrência e amplitude 2) Permitem que se identifiquem as causas e efeitos entre os agentes estressores e as respostas biológicas; 3) Oferecem um panorama da resposta integrada dos organismos a modificações ambientais; 4) Permitem avaliar a efetividade de ações mitigadoras tomadas para contornar os problemas criados pelo homem.
11 Indivíduo (comportamento)
12 O caso do paulistinha no Rio de Janeiro
13 Indivíduo / População
14 Peso Comprimento
15 Peso Comprimento
16 Peso Comprimento
17 Classes de tamanho Classes de tamanho Número de indivíduos Número de indivíduos
18 Comunidade
19 Índices de Riqueza Índice de Riqueza de Margalef (R1) R1 = (S-1) / ln (n)
20 Índices de Diversidade
21 Índices de Diversidade Índice de diversidade de Shannon (H ) H = - (lnpi.pi) onde: Pi = abundância percentual de cada espécie Equitatividade (E) E = H /ln(s) onde: H = índice de diversidade S = Riqueza de espécies (número de espécies)
22 Parâmetro Grau de Preservação analisado Ótimo Bom Degradado Pobre Mais de 50% do substrato favorável a colonização; variedade de pedras, raízes e troncos submersos. 30 a 50% do substrato adequado para a colonização por organismos aquáticos. 30 a 50% do substrato adequado para a colonização; substratos freqüentemente removidos. ausentes. 1. Substrato disponível para a fauna Menos de 10% de habitats estáveis, sua ausência é evidente. Substratos instáveis ou Pontuação Caracterização do substrato dos poços Substratos variados, com prevalência de gravetos, areia firme e raízes. Mistura de areia fina, lama e argila. Algumas raízes submersas presentes. Dominância de um tipo de substrato. Ausência de raízes submersas. Fundo coberto por sedimento fino compactado ou cimento. Pontuação Regimes de velocidade e profundidade Presença de todos os 4 regimes: lento/ profundo, lento/raso, rápido/raso e rápido/ profundo. Só 3 regimes. Se rápido /raso estiver faltando, pontuação menor. Só 2 regimes presentes. Se rápido/raso e lento/raso estiverem faltando, pontuação menor. Dominado por 1 regime de velocidade /profundidade, geralmente raso/lento Pontuação Deposição de sedimentos Menos de 20% do fundo do rio afetado por deposição de sedimentos. 20 a 50% do fundo do rio afetado; ligeira deposição nos poços. 50 a 80% do fundo do rio afetado; moderada deposição nos poços. Grandes depósitos de material fino; mais de 80% do fundo do rio afetado. Pontuação Fluxo de água no canal Água alcança as duas margens do rio; substrato do canal sem áreas expostas. Lâmina d água cobre mais de 75% do canal. Lâmina d água cobre de 25 a 75% do canal; substrato do fundo grandemente exposto. Pouca água no canal; maior parte armazenada em poços. Pontuação Alterações no canal Canalização o Alg ma e idência de Canalização em gra Barrancos com gabião
23 Pontuação Alterações no canal Canalização ou dragagem ausente ou mínima. Alguma evidência de canalização ou dragagem no passado. Canalização em grau variável; presença de estruturas de proteção nas das margens. Barrancos com gabião ou cimento; mais de 80 % do canal afetado por canalização. Pontuação Sinuosidade do canal As curvas do córrego aumentam de 3 a 4 vezes o comprimento do canal. As curvas do córrego aumentam de 2 a 3 vezes o comprimento do canal. As curvas do córrego aumentam de 1 a 2 vezes o comprimento do canal. Canal retificado através de canalização. Pontuação Estabilidade do barranco (pontuação para cada barranco) Barranco estável. Menos de 5% da área afetada por erosão. Barranco moderadamente estável. 5 a 30 % da área comprometida ou susceptível a erosões. Barranco moderadamente estável. 30 a 60 % da área comprometida ou susceptível a erosões. Barranco instável; 60 a 100% da área comprometida por erosão. Pontuação Margem esquerda Pontuação Margem direita Proteção vegetal Mais de 90% da 70 a 90 % da superfície 50 a 70 % da superfície Menos de 50 % do nos barrancos superfície do barranco do barranco coberta do barranco coberta barranco protegido por (pontuação para cada coberta por vegetação por vegetação nativa e por vegetação. vegetação; elevado grau margem) nativa, incluindo pelo menos uma Manchas de solo de distúrbio. árvores, arbustos e categoria de plantas exposto evidentes. macrófitas. não está bem representada. Pontuação Margem esquerda Pontuação Margem direita Largura da faixa Largura da faixa ciliar Largura da faixa ciliar Largura da faixa ciliar ciliar (pontuação maior que 18 metros; de 12 a 18 metros; de 6 a 12 metros; para cada margem) não alterada por minimamente alterada bastante alterada por atividades humanas. por atividades atividades humanas. Largura da faixa ciliar menor que 6 metros; pouca ou nenhuma vegetação, por humanas. alterações humanas. Pontuação Margem esquerda Pontuação Margem direita
24 Tabela 4. Riqueza, diversidade, largura e estado de preservação dos igarapés amostrados. Pontos de coleta Arr Ban Cas Tap Uru Vin WA WB Características ambientais Substrato disponível para colonização 80% 95% 100% 96% 90% 80% 80% 70% Variedade de substratos 70% 100% 100% 85% 60% 70% 75% 70% Variabilidade dos poços e corredeiras 80% 100% 100% 80% 70% 90% 80% 70% Deposição de sedimentos 60% 80% 90% 70% 60% 80% 80% 70% Fluxo de água no canal 90% 90% 100% 80% 70% 100% 90% 70% Alterações por canalização e dragagem 70% 100% 100% 80% 70% 80% 60% 60% Sinuosidade do canal 70% 100% 100% 90% 70% 80% 60% 70% Estabilidade das margens 80% 100% 100% 100% 100% 100% 70% 100% Proteção vegetativa 90% 100% 100% 100% 80% 100% 80% 80% Largura da mata ciliar 90% 100% 100% 100% 80% 80% 70% 80% Estimativa do grau de preservação 78 % 96 % 99 % 87 % 75 % 86 % 74 % 74 % Largura média estimada 3 3,5 2, Riqueza Diversidade 2,55 3,30 2,30 2,77 1,89 2,65 2,97 3,03 Quando testado através de regressão múltipla, a estimativa do conservação, juntamente com a largura do córrego estiveram relacionados significativamente com a diversidade (r 2 = 0,70; p = 0,0469) e tiveram influência sobre a riqueza de espécies (r 2 = 0,64; p = 0,076).
25 Índices de Integridade Biótica
26 IBB desenvolvido a partir de 7 anos de pesquisas em cursos d água impactados por atividades agrícolas; Objetiva classificar o ambiente em seis classes de qualidade ambiental de acordo com a comunidade de peixes local;
27 Sistemas de classificação Excelente Boa Regular Pobre Muito pobre Sem peixe
28 Sistemas de classificação Excelente: sem influência antrópica, encontra-se todas espécies esperadas para a área, inclusive as ditas intolerantes; várias classes etárias, estrutura trófica balanceada;
29 Sistemas de classificação Boa: riqueza de espécies um pouco abaixo da expectativa, principalmente pela ausência de espécies intolerantes; Regular: maior ausência de espécies intolerantes, estrutura trófica alterada
30 Sistemas de classificação Pobre: Domínio de onívoros e generalistas de hábitat, poucos carnívoros e presença de doenças e híbridos; Muito pobre: poucas espécies, maioria exótica ou muito tolerantes, doenças,parasitas e machucados são comuns
31 Sistemas de classificação Sem peixes: Depois de repetitivas amostragens não há captura de nenhum indivíduo.
32 Índice de integridade biótica Critérios de Classificação
33 Critérios de classificação x
34 Critérios de classificação São considerados 12 atributos ecológicos divididos em dois grupos: 1º grupo: Composição e riqueza de espécies Designar grupo de espécies de acordo com grau de tolerância; Deve-se considerar questões biogeográficas, sazonais e espaciais
35 Critérios de classificação Presença de espécies intolerantes; Presença de espécies tolerantes;
36 Critérios de classificação 2º Grupo:Fatores ecológicos: Estrutura trófica da comunidade: qualidade da água = nº de onívoros > 45% de onívoros pode indicar degradação;
37 x
38 Critérios de classificação Presença de tumores, deformidades, doenças de pele e parasitas;
39 Critérios de classificação Guilda reprodutiva; Faixa etária, taxas de crescimento e recrutamento;
40 Índice de integridade biótica Processo de Classificação
41 Processo de Classificação Avaliação dos atributos: Composição e riqueza, e fatores ecológicos; Para cada atributo é assumido um valor: Situação boa, esperada: 5 pontos Situação regular: 3 pontos Situação ruim: 1 ponto
42 Processo de Classificação A partir da pontuação os sítios amostrais serão classificados como: Excelente: Boa: Regular: Pobre: Muito pobre: < 24 Sem peixe: 0
43 Índice de integridade biótica Amostragem
44 Amostragem Amostra representa a comunidade local; Variações no tamanho do curso d água requerem diferentes técnicas de amostragem; Amostragem nos diferentes biótopos do ecossistema. Sazonalidade
45 Dificuldades em adaptar o índice de integridade biótica no Brasil Mega diversidade Pouco conhecimento biológico das comunidades de peixes Dificuldades em distinguir grupos de espécies tolerantes e intolerantes
46 Até a próxima
Conclusões e Considerações Finais
Conclusões e Considerações Finais 70 60 Representatividade % 50 40 30 20 10 0 Onívoro Invertívoro Detritívoro Piscívoro 30 s 25 ro e 20 n 15 g ê 10 º n 5 0 S N 40 5 0 25 20 5 0 5 0 Riachos Carlos Bernardo
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