Ervas marinhas: Ecologia e produção primária
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- Fernanda Barros Marreiro
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1 Ervas marinhas: Ecologia e produção primária João Silva Centro de Ciências do Mar do Algarve
2 ERVAS MARINHAS SEAGRASSES O que são ervas marinhas? As ervas marinhas são angiospérmicas (plantas com flor), que se encontram distribuídas por todos os oceanos, em águas costeiras, lagoas, rias ou estuários, até ~70 metros de profundidade.
3 Ao contrário das algas, as ervas marinhas têm caule, folhas, flores e frutos
4 Como se reproduzem? Crescimento vegetativo Reprodução sexual As ervas marinhas são constituídas por módulos (folhas, rizoma e raízes), que se repetem durante o crescimento vegetativo. Estas plantas podem também reproduzir-se sexualmente, através da produção de flores e sementes. Este tipo de crescimento é o mecanismo principal utilizado na ocupação do espaço. A reprodução sexual é um mecanismo importante na manutenção da diversidade genética.
5 Fixação em areia ou vasa
6 Qual a sua função ecológica? As pradarias de ervas marinhas são caracterizadas por uma elevada produtividade, sendo um dos mais produtivos sistemas da biosfera Diminuem a erosão costeira, ao dissiparem a energia das ondas e das correntes Estabilizam os sedimentos, diminuindo a sua ressuspensão Melhoram a qualidade da água, promovendo a sedimentação de matéria em suspensão e a absorvendo os nutrientes da água e dos sedimentos Promovem o aumento da biodiversidade, proporcionando habitats para outras espécies vegetais e animais (abrigo, alimentação, reprodução)
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8 Contribuição para a construção dunar: Matéria orgânica e nutrientes Folhas das ervas marinhas em decomposição são também alimento para a pequena fauna dunar
9 Os ecossistemas dominados por ervas marinhas são dos mais produtivos do mundo, prestando serviços ambientais valorizados em USD 19,000 ha-1ano-1 Produção primária elevada Costanza et al Zostera noltii g DW m-2 y-1
10 Consequências da destruição da vegetação dos sistemas estuarinos e lagunares costeiros - Aumento da turbidez e do sedimento na água - Aumento dos poluentes na água e sedimento - Aumento da ocorrência de blooms de algas - Diminuição da biodiversidade - Diminuição dos recursos pesqueiros
11 Ervas marinhas na Ria Formosa Zostera noltii Cymodocea nodosa Zostera marina
12 Ervas marinhas da zona intertidal Zostera noltii (sebarrinha)
13 Plantas intertidais Disponibilidade luminosa é condicionada pela evolução natural da luz ao longo do dia e também pelas marés. Períodos alternados de submersão e exposição ao ar, diferentes todos os dias devido aos horários e amplitudes das marés.
14 Evolução local da temperatura ao longo do ano Jan/07 Fev/07 Mar/07 Abr/07 Mai/07 Jun/07 Jul/07 Ago/07 Set/07 Out/07 Nov/07 35 Temperature (ºC) Temperature (ºC) UW :00 UW UW Sep 07 0:00 12:00 0:00 Time (h) 12:00 0:00 12:00
15 Fotossíntese e metabolismo Diferentes conceitos e abordagens experimentais A actividade fotossintética é determinada ao nível da planta, enquanto organismo. O metabolismo é medido para o conjunto da comunidade, incluindo plankton, bactérias e organismos bentónicos.
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17 Time Time Time 18: : : : :00 2D Graph 3 03: : :00 18 m depth 18: : :00 2D Graph : : ETR (µ mol e- m-2 s-1) 10 Φ II 12 I -2-1 (µ mol quanta m s ) 6 ETR -2-1 (µ mol e m s ) 8 m depth 06:00 09:00 12:00 15:00 18:00 21:00 00:00 03:00 06:00 09:00 12:00 15:00 18:00 21:00 00:00 03:00 06:00 09:00 12: Φ II ETR -2-1 (µ mol e m s ) 8 I -2-1 (µ mol quanta m s ) 21:00 18:00 15:00 12:00 09:00 06:00 Φ II 2 03:00 00:00 21:00 18:00 15:00 12:00 I -2-1 (µ mol quanta m s ) Actividade fotossintética individual 33 m depth 4 2 2D Graph
18 Metabolismo (fluxos de CO2) em plantas emersas e submersas
19 Desgaseificação CO2 e O2 são removidos da água e transferidos para um circuito de ar paralelo, ligado a um IRGA (analisador de gases por infra-vermelhos)
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22 6.5 A 6.0 UW NCP (mmol C mh ) Evolução diurna do metabolismo da comunidade 5.0 NCP Integrado 20.9 mmol C m-2 d Maré morta :00 09:00 11:00 13:00 15:00 17:00 Local time B -2-1 NCP (mmol C mh ) NCP Integrado UW mmol C m-2d Maré viva :00 09:00 11:00 13:00 Local time 15:00 17:00
23 Taxas de respiração em plantas submersas e expostas ao ar J F Resp. rate (mmol C m-2h-1) Air -4 Underw ater M A M J J S O D
24 Balanço anual de carbono para a comunidade de Zostera noltii na Ria Formosa Daytime NCP (mmol C m-2d-1) Average daytime NCP Average night respiration mmol C m-2d J F M A M J J S O D Months 3.75 mmol C m-2d-1 = g C m-2-y-1 = Kg C ha-1y-1
25 Z. nolltii NCP (Ria Formosa) = 213 T C ano-1
26 Obrigado!
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