Ação Social e as instituições:
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- Maria da Assunção de Mendonça de Sousa
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1 Ação social: conduta humana (ato, omissão ou permissão) dotada de um significado subjetivo dado por quem executa, o qual orienta seu próprio comportamento, tendo em vista a ação passada, presente ou futura de outro ou de outros. (COSTA, p.107, 1995) Expectativa de reprocidade (convidar alguém para sua festa de aniversário/casamento e ser felicitado, receber um presente, cumprimentos, dar uma aula e esperar que todos prestem atenção, ajudar alguém e esperar um agradecimento em troca, executar bem um trabalho e esperar se elogiado, entrar em um ônibus e esperar que o motorista siga seu itinerário etc.)
2 Ação Social e as instituições: Casar e esperar que o marido/esposa seja fiel: o casamento monogâmico está amparado em uma expectativa recíproca de ação. Cada um dos conjuges age (de maneira leal, dissimulada, amorosa e etc.) a partir da expectativa, probabiblidade que o parceiro mantenha tal postura. (não determinista, tudo pode ser diferente/ mas a mudança também parte do dado/fica mais fácil estabelecer as conexões de sentido da mudança a partir do chão cultural desses atores/ cultura como as lentes/óculos, te dão um enquadramento mas não te impedem de ver) Uma vez que a expectativa de reciprocidade é quebrada, tais insituições (Estado, Igreja, Escola, Família) podem se transformar radicalmente ou mesmo se desfazer.
3 A Sociologia Compreensiva é racionalista: A racionalidade não é imanente à história, é apenas um dos componentes da sociedade ocidental. Racionalidade entendida não como superioridade ou inteligência, mas como um cálculo mental (antecipação/previsão) que busca a maior eficácia e rendimento. Por conveniência metodológica a sociologia compreensiva é racionalista. (mais fácil de prever do ponto de vista científico e é a única ação que a Sociologia pode compreender de fato. Diferente da Psicologia, Medicina etc.)
4 Passos: 1) Construir o instrumento que orientará o investigador em sua pesquisa e o auxiliará no ordenamento e identificação das conexões de sentido (motivações) da ação social. 2) Esse instrumento é o tipo ideal: recurso do mais alto grau de abstração das características mais freqüentes do tipo de ação escolhida. 2.1) Identificar as ações típicas que tem importância funcional para a análise.
5 Passos: 3)Lançar uma hipótese causal (existe relação entre um certo tipo de convicção religiosa que facilitou/dificultou a consolidação do capitalismo?) 4)Comparar/contrastar o instrumento construído com o maior número possível de processos da vida histórica ou cotidianos que se assemelhem (comparar por exemplo as diferentes formas de convicção religiosa em relação ao capitalismo: judeus, protestantes, católicos, budistas etc.)
6 Tipos Puros de ação social: As condutas são tanto mais racionalizadas quanto menor for a submissão do agente aos costumes e afetos e quanto mais ele se oriente por um planejamento adequado à situação. (COSTA, p. 107, 1995) Busca criar uma espécie de escala classificatória das condutas que vai desde a racionalidade mais pura até a irracionalidade. Ao sociólogo é possível compreender apenas as ações racionais.
7 Ação racional com relação a fins: (econômico) Busca atingir um objetivo previamente definido; Lança mão de meios necessários ou adequados, ambos avaliados tão claramente quanto possível. A conduta científica e econômica expressam essa tendência e permitem uma interpretação racional. O procedimento econômico corresponde ao modelo típico da ação racional. A conexão entre fins e meios é tanto mais racional quanto mais a conduta se dê rigorosamente e sem a interferência pertubadora de erros e afetos que desviam seu curso.
8 Ação racional voltada a valores: (político ou religiosa) Entre o racional e o irracional Por um lado: O sujeito elabora conscientemente os pontos de direção últimos da atividade e se orienta de maneira coerente com seus princípios. Por outro: O sentido da ação nao se encontra, portanto, em seu resultado, nas suas consequências, mas na sua própria conduta. A irracionalidade será tanto maior, quanto mais absoluto for para o sujeito o valor que a inspira. (ex: paz, ou exercício da liberdade, princípios políticos, religiosos etc.)
9 Ação afetiva: (emocional) Não possui quaisquer motivação racional; Ação inspirada por emoções imediatas, impulsos irrefletidos (vingança, desespero, paixão, admiração, orgulho, medo, inveja, etc.) Age por impulso sem levar em consideração os meios e as consequências de seus atos.
10 Ação tradicional: (cultural ou religiosa) Não possui quaisquer motivação racional (não antecipa, pesa, avalia); (...) hábitos e costumes arraigados levam a que se aja em função deles, ou como sempre se fez, reagindo a estímulos habituais (...) (COSTA, p. 109, 1995). Se promove por meio da repetição ou reprodução de hábitos e costumes.
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