FILOSOFIA Capítulo 02 A origem da Filosofia

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1 FILOSOFIA Capítulo 02 A origem da Filosofia O NASCIMENTO DA FILOSOFIA 01 MITOLOGIA 03 A FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA OU NATURALISTA 06 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 11 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 11 SEÇÃO ENEM 12

2 A origem da Filosofia A O NASCIMENTO DA FILOSOFIA A origem existencial da Filosofia A origem da Filosofia data dos séculos VII e VI a.c. Foi na Grécia, na região da Jônia, na cidade de Mileto, que esse modo de conhecimento ganhou forma e se estabeleceu como maneira de compreender o mundo. Portanto, pode-se afirmar que a Filosofia é fruto do gênio helênico, ou seja, é fruto da genialidade dos gregos. É por causa do nascimento da Filosofia na Grécia que costumeiramente se diz que a Grécia é o berço da civilização ocidental. De fato, a Filosofia apresenta-se como a rainha das ciências. Tal característica se deve exatamente ao fato de a Filosofia ter sido o primeiro modo de conhecer o mundo e os homens de forma estritamente racional. As influências dos povos orientais O início da civilização grega, que foi a primeira a se desenvolver na Europa, se dá por volta do século XX a. C., com a junção ou encontro das culturas minoica e micênica. Tal civilização habitou a Península Balcânica, a mais oriental do sul da Europa, rodeada de inúmeras ilhas. Graças ao seu relevo montanhoso, inúmeras comunidades isoladas e autônomas se desenvolveram, formando, a partir do século VIII a.c., as pólis gregas ou cidades-estado. Isso significa que, antes dos gregos, vários outros povos já contavam com uma história de vários séculos. Mas por que a Filosofia nasceu com os gregos, mesmo sendo estes antecedidos por civilizações bastante desenvolvidas, como a dos egípcios, dos babilônios, dos caldeus, dos chineses e dos persas, por exemplo? Há de se considerar, para compreendermos a genialidade dos gregos na origem da Filosofia, o caráter não puramente quantitativo, mas qualitativo de suas pesquisas, o que representa uma absoluta e extraordinária novidade. Somente através dessa constatação é possível compreender por que a civilização ocidental, sob influência dos gregos, portanto, da Filosofia, tomou uma direção completamente diferente da civilização oriental. Assim, podemos compreender como, por exemplo, os gregos tomaram dos egípcios alguns conhecimentos matemático-geométricos sobre a natureza. Tais conhecimentos possuem para os egípcios um caráter claramente prático, como a utilização de cálculos para medir a quantidade de gêneros alimentícios, para medir a área dos campos após as inundações do Rio Nilo, para se realizar medidas e projeções na construção das pirâmides. Tais usos são claramente racionais. Mas vejamos a matemática sob a ótica da Filosofia, quando foi apropriada pelos gregos. Reelaborados pelos gregos, os conhecimentos matemáticos adquirem um caráter qualitativo. Com o trabalho desenvolvido pelos pitagóricos, os gregos transformaram o uso da matemática com fins práticos em uma teoria geral e sistemática dos números e das figuras geométricas. De modo mais simples: enquanto o conhecimento matemático dos egípcios usava o cálculo com fins práticos, Pitágoras (o primeiro a utilizar a palavra filosofia) buscou alcançar a realidade matemática que existia por detrás daquilo que é perceptível aos sentidos humanos. Se o mundo, aparentemente, é aquilo que está posto às experiências humanas, a filosofia pitagórica (e boa parte da Filosofia, pelos menos até Descartes, no século XVII) vai buscar aquilo que está para além da aparência, procurando compreender ou apreender a causa primeira, a essência última das coisas. Perceba que o pensamento pitagórico busca compreender a natureza numa generalidade muito mais ampla do que daquilo que se apresenta aos nossos sentidos. Pitágoras investiga a estrutura invisível da natureza que, para ele, é de tipo matemático e alcançada apenas pela atividade puramente racional. Enfim, a Filosofia é um modo de pensar a realidade, um modo de compreensão do mundo, que surge com os gregos dos séculos VII e VI a.c. e que, devido a razões históricas e políticas, posteriormente se tornou o modo de pensar o mundo de toda a cultura europeia ocidental, da qual, como povo colonizado, nós participamos. Pág 01

3 Frente A A origem histórica da Filosofia 1. MACEDÔNIA O IR ÉP ÁSIA MENOR MAR EGEU LID TESSÁLIA IA Atenas Éfeso PELOPONESO MAR JÔNICO Mileto Esparta RODES Nápoles É interessante notarmos a estreita ligação que unia os gregos ao mar e a importância deste para o progresso daquela civilização. Diante do aumento expressivo da população nas principais cidades-estado, como Atenas, os gregos se viram obrigados a fundar muitas colônias na região do Mediterrâneo em busca de terras férteis para a agricultura e o sustento da população. Cnossos Taranto Magna Grécia Siracusa CRETA Editoria de arte Cumae Mapa da Grécia: a civilização grega desenvolve-se no Mediterrâneo Oriental 2. Invenção do calendário: a invenção do calendário concede aos gregos o domínio do tempo. Se no contexto dos mitos eram os deuses que determinavam o tempo e eventos da natureza, como as estações do ano, agora, com a divisão do tempo e o modo de calculá-lo, os homens tornam-se capazes de identificar a sua regularidade, não necessitando da interferência e vontade dos deuses. 3. Surgimento da vida urbana: com o crescimento do comércio, impulsionado pelas trocas comerciais, possíveis graças às viagens marítimas, algumas cidades se despontam como centros comerciais. A primeira dessas cidades é Mileto, que não por acaso é a cidade natal da Filosofia. Tal crescimento faz surgir uma nova classe constituída de comerciantes e artesãos, que representam um outro polo de poder, opondo-se à aristocracia de sangue e proprietários de terra que, até então, representavam e detinham o poder na cidade. Essa nova classe, como uma espécie de mecenas da Antiguidade, investiu e estimulou as artes, o desenvolvimento das técnicas e o conhecimento, o que proporcionou um ambiente propício ao surgimento da Filosofia. 4. Escrita alfabética: se até então a tradição mítica se sustentava sob uma tradição exclusivamente oral, transmitida de geração para geração pela fala, fato que justifica o aparecimento de várias versões para o mesmo mito, com a invenção da escrita alfabética, o mito é colocado no papel, é escrito, o que contribuiu decisivamente para que se pudesse identificar seus Dissemos que a Filosofia tem data e local de nascimento: Grécia, fins do século VII e início do VI a.c., na região da Jônia (nas colônias da Ásia Menor), na cidade de Mileto. Uma das grandes questões em relação ao nascimento da Filosofia é saber o porquê de seu nascimento e por que ela nasceu especificamente com os gregos. Duas foram as teses levantadas: a do milagre grego e a do orientalismo. A tese do milagre grego defenderá que a Filosofia surgiu na Grécia como um verdadeiro milagre, ou seja, que não houve qualquer precedente para o seu surgimento. Foi um acontecimento espontâneo e não há um contexto original que justifique sua origem. Considera-se, assim, que esse modo de pensar e conceber o mundo e o homem simplesmente apareceu, e uma das razões para seu aparecimento é a genialidade dos gregos. Outra explicação, a do orientalismo, dirá que a Filosofia nasceu com as transformações realizadas pelos gregos sobre conhecimentos advindos dos povos orientais, como a agrimensura dos egípcios, a astrologia dos babilônios e outros. Hoje, ambas as teorias, milagre grego e orientalismo, foram superadas. Acredita-se atualmente que a Filosofia foi fruto das condições históricas da Grécia dos séculos VII e VI a.c., que proporcionaram condições favoráveis ao surgimento desse novo modo de pensar. Por isso, alguns estudiosos da Filosofia, se referindo ao nascimento dessa forma de pensamento, dirão que ela é filha da pólis. Porém, que condições são essas? Podemos destacar os seguintes fatores: Viagens marítimas: a pouca fertilidade do solo acidentado, característica marcante do território no qual viviam as comunidades gregas, foi compensada pela presença de excelentes portos naturais, o que permitiu o grande desenvolvimento das viagens marítimas. Tais viagens ajudaram no desencantamento do universo, na desmistificação da natureza, quando os homens, viajando em alto-mar, percebem a inexistência daquilo que os mitos narravam como monstros marinhos, abismos e terras dos deuses, os quais faziam parte do imaginário do povo daquela época. Dessa forma, as viagens marítimas são como o estopim que detona um gradativo descrédito das explicações mágicoimaginárias da natureza. pormenores e suas contradições internas. Pág 02

4 Política: sem dúvida, a política foi um dos aspectos mais importantes para o nascimento da Filosofia, que tem como uma de suas características mais importantes a presença do discurso racional, o logos como sustentação, por meio de princípios lógicos, de suas verdades e argumentos. A política traz consigo MITOLOGIA O mito: uma forma especial de explicar o universo e o homem dois aspectos importantíssimos: A Com a formação da pólis, agora governada democraticamente pelos cidadãos, surge o espaço para as discussões políticas, que são o modo de organização e administração da cidade. A Ágora, ou praça pública, é o coração da cidade, lugar onde são feitas discussões e deliberações sobre as leis e outros assuntos importantes para o bem da cidade. Há de se destacar que, com a contribuição e a consolidação da cidade-estado, da pólis, o grego descobriu-se como verdadeiro cidadão (pertencente à pólis). Tal posição não é mera contingência, mas faz grego que se vê somente como pertencente a um todo coletivo. Dessa forma, o estado tornou-se o horizonte ético do homem grego e assim permaneceu até a era helenística. Os cidadãos sentiram os fins do estado como seus próprios fins, o bem do estado como seu próprio bem, a grandeza do estado como sua própria grandeza e a liberdade do estado como sua própria liberdade (REALE, Giovanni. História da Filosofia: Filosofia pagã antiga. São Paulo: Paulus, V. I. p. 10). Prometheus Como foi dito, a civilização grega não nasceu junto à Filosofia nos séculos VII e VI a.c. Esse povo tem suas B Ao conceberem por conta própria e segundo origens no século XX a.c. Também dissemos que o homem seus próprios critérios as leis da cidade, tais não se contenta em não saber as coisas, ou seja, faz parte leis passam a coincidir com a vontade dos da natureza humana buscar o conhecimento. Nas palavras homens e não mais são impostas pela tradição de Aristóteles, por natureza, todos os homens aspiram e autoridade religiosas. A lei torna-se, então, pelo saber. expressão da coletividade humana que, pela racionalidade, tenta reproduzir na legislação da cidade a própria ordem do cosmos. Desse modo, a política, com a discussão das leis e a tomada de deliberações importantes à vida da pólis, estimula e exige um pensamento, um discurso racional, uma discussão política que necessariamente precisa de alto grau de inteligibilidade, coerência, permitindo a comunicação clara entre os cidadãos FILOSOFIA parte e constitui a própria essência do homem Jacob Jordaens 5. Se a Filosofia nasce treze séculos depois do surgimento da civilização grega, como os homens respondiam à pergunta de onde veio o mundo durante esse período? As duas ferramentas básicas que o homem tem para explicar o universo são a razão e a imaginação. Logo, podemos dizer que, antes de utilizar a razão, manifestada no conhecimento filosófico, os gregos procuraram, como todos os povos do mundo, explicar a origem do universo e seus pares. Tal necessidade faz surgir a semente e para tal utilizaram da imaginação a fim de compreender do pensamento filosófico que, obedecendo a regras o funcionamento da natureza, da sociedade e o próprio e princípios lógicos, não admite uma explicação que homem. Enfim, como forma de compreender o cosmos, não se fundamente na razão livre ou que tenha como foi elaborada uma cosmogonia (tentativa de explicar o base as explicações misteriosas e incompreensíveis nascimento, a origem do universo ou do cosmos por meio do mito. Aqui se encontra a justificativa para a de narrativas imaginárias que remetem à fantasia, às formas afirmação de que a Filosofia é filha da pólis. religiosas e míticas de expressão). Pág 03

5 Frente A O que é o mito A palavra mito vem do grego mythos, que significa um modo particular de discurso que é fictício, proveniente da imaginação, sendo que de certo modo é identificado como uma mentira. O mito é uma forma particular de ver e tentar compreender o mundo baseada na imaginação. Voltado mais para os afetos e sentimentos humanos do que ao rigor lógico-científico, ele não se preocupa com a coerência de seus discursos e argumentos, tampouco com as provas que poderiam torná-lo verdadeiro. Dessa forma, o mito é a forma primeira de explicar o mundo, a natureza e o próprio homem, tanto em sua dimensão interna quanto em sua dimensão externa. Nesse modo de conhecer, a imaginação exerce papel predominante como forma de levar o homem a uma harmonia com o mundo que o cerca e de dar sentido à vida, à própria existência humana e também encontrar um sentido no mundo. A mitologia grega O mito é uma forma de o ser humano se situar no mundo. Nas sociedades tribais, o mito apresenta-se como um modo fantasioso, acrítico e ingênuo de explicação utilizado como maneira de estabelecer algumas verdades que explicariam tanto os fenômenos naturais quanto a própria vida, os hábitos, os sentimentos e a moral dos homens dentro de uma sociedade cultural. Diferentemente da Filosofia, que se pauta em um raciocínio elaborado e empiricamente comprovado na realidade, o mito nasce como uma forma de expressão que se constrói no imaginário de determinada comunidade, quando esta se vê diante da ferocidade e dos mistérios da natureza, dos fenômenos naturais, como o dia e a noite, o trovão, o terremoto, o nascimento e a morte de homens e outros seres. Dessa forma, o mito exerce o papel de porto seguro, ele dá segurança e protege os homens contra aquilo que é incontrolável e desconhecido. Assim, há uma qualificação da natureza e de seus fenômenos que se apresentam então como bons ou maus, amigos ou inimigos, aliados ou contrários aos homens e às sociedades. Se a natureza ganha vida própria com os mitos, é necessário que, por meio dos ritos, as forças e vontades da natureza sejam aplacadas ou cultuadas. Dessa forma, os ritos, que são tão somente manifestações de mito realizadas em práticas cerimoniais, têm como finalidade interferir na vontade da natureza, que agiria sempre de forma intencional, a favor ou contra os homens. Dessa forma, o mito está intimamente ligado à magia, aos sentimentos, bons ou maus, à fantasia e às forças sobrenaturais que interferem, inexplicavelmente, na vida dos homens e da sociedade e nas manifestações da natureza. A função do mito Hércules e Atena A religiosidade grega, como na maior parte dos povos da Antiguidade, era politeísta. Os deuses gregos eram antropomórficos (antropo: homem; morphos: forma). Dessa forma, tais divindades possuíam características tipicamente humanas: sentiam prazer, iravam-se, maquinavam para se vingarem dos deuses ou dos homens, se apaixonavam, traíam, sentiam ciúmes. Enfim, os deuses possuíam todas as características e sentimentos que identificamos como humanos, quer sejam bons ou maus, qualidades e defeitos. Porém, por serem deuses, tinham poderes sobrenaturais, além de serem imortais, motivo por que permaneciam eternamente jovens. Tais deuses habitavam o Monte Olimpo, a montanha mais alta da Grécia. No alto da montanha, eles se reuniam para se divertir, dançar, comer, cantar, etc. baliza que garanta um comportamento linear e moral, Cada um dos deuses tinha uma condição ou atributo especial, sendo responsável por determinado fenômeno natural ou por algo concernente à vida dos homens em aspectos econômicos, políticos, sociais ou culturais. Entre os mais importantes, citamos: Zeus, o chefe dos deuses e o mais poderoso entre eles, que possuía o poder do raio com o qual castigava todos os que por ventura o desafiassem ou se possibilitando a ordem social. opusessem às suas determinações; Afrodite, a deusa do amor; Pelo que foi dito, o mito tem, dentro das sociedades primitivas e tribais, a função de acomodar e tranquilizar o ser humano diante de um mundo misterioso e assustador. Encarnado nos ritos, o mito é para os homens uma forma de apaziguamento das forças sobrenaturais e serve como Pág 04

6 Apolo, deus da música e da poesia; Ares, deus da guerra; Ártemis, deusa das montanhas, bosques e caça; Atena, deusa da sabedoria e da estratégia militar; Caos, deus do indefinido, da desordem, daquilo que havia antes do cosmos; Cárites, deusas da beleza; Eros, deus do amor; Hades, deus do mundo dos mortos; Gaia, deusa da Terra. Além dos deuses, na mitologia grega também há a presença de semideuses, heróis responsáveis por feitos extraordinários, nascidos da relação amorosa entre deuses e humanos. Entre os mais importantes, citamos: Teseu, que derrotou o minotauro. Hércules, que teve de cumprir doze tarefas dadas a ele pelo oráculo de Delfos; Perseu, famoso por ter decapitado a medusa. É importante ressaltar que os deuses e os mitos diziam respeito tanto à ordem do universo e da natureza quanto aos aspectos da vida do homem, da condição humana, como os sentimentos, as habilidades, por exemplo, do artesanato, da construção, da fala e argumentação, da sedução, e também a vida em sociedade, etc. As histórias míticas na Grécia Antiga não são fruto da capacidade imaginativa de um só autor ou autores, mas são produtos de uma tradição cultural de um povo, a qual tem seu início impossível de ser determinado. Os principais poetas, considerados os grandes responsáveis pela maior parte do conhecimento sobre a mitologia grega que temos em nossos dias Homero, que escreveu Ilíada e Odisséia (século IX a.c.) e Hesíodo, que produziu a Teogonia (século VIII a.c.), na verdade não são os autores desses mitos, mas o que fizeram foi registrar os relatos orais da tradição dos muitos povos que habitaram a Grécia desde o século XV a.c. Por outro lado, analisando o conteúdo, veremos que a Filosofia não rompe definitivamente com o mito, uma vez que, em grande parte, os problemas tratados pela Filosofia são os mesmos que os mitos buscavam responder. Por exemplo, a questão da origem do universo e de seu funcionamento, antes explicada pela mitologia sempre por meio de alusões ao campo divino, a Filosofia tentará explicar com base na busca pré-socrática pelo princípio primeiro e unificador da natureza, denominado por eles de Arché. Dessa forma, é incorreto afirmar que a Filosofia rompeu radicalmente com os mitos. De alguma maneira, o que se observa, principalmente no início do pensamento filosófico, no período pré-socrático ou cosmológico e também no período antropológico ou socrático, é uma complementaridade de mito e Filosofia na tentativa de conhecer e explicar a realidade. Não há de se pensar em mito como uma mentira e Filosofia como uma verdade. [...] mito e logos são as duas metades da linguagem, duas funções igualmente fundamentais da vida do espírito. O logos, sendo uma argumentação, pretende convencer. O logos é verdadeiro, no caso de ser justo e conforme à lógica ; é falso quando dissimula alguma burla secreta (sofisma). Mas o mito tem por finalidade apenas a si mesmo. Acredita-se ou não nele, conforme a própria vontade, mediante um ato de fé, caso pareça belo ou verossímil, ou simplesmente porque se quer acreditar. O mito, assim, atrai em torno de si toda parcela do irracional existente no pensamento humano; por sua própria natureza, é aparentado à arte, em todas as suas criações. GRIMAL, Pierre. A mitologia grega. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, p FILOSOFIA A trajetória do mito ao logos É comum encontrarmos autores que dizem que na passagem da consciência mítica à consciência filosófica, ou seja, na passagem de uma visão imaginária para uma visão racional da realidade, houve uma ruptura radical com a tradição e cultura gregas marcadas, antes, pelas explicações religiosas, e agora pela Filosofia. Tal posição deve ser considerada em duas perspectivas: a da forma e a do conteúdo. Se analisarmos a forma de explicação própria da mitologia em contraposição à da Filosofia, perceberemos que há sim uma ruptura dos primeiros filósofos com essa forma imaginária de conhecimento, baseada na fantasia, no sobrenatural, no mistério, no sagrado e na magia. A Filosofia buscará suas explicações com fundamentos na razão, na observação da natureza, da phisys, justamente como fizeram os primeiros filósofos, os pré-socráticos, que estudaremos em seguida. Como dito, por se tratar de formas de conhecimento distintos, mito e Filosofia não podem ser colocados como opostos ou pensados sob uma lógica de verdadeiro ou falso, certo ou errado. Trata-se de modos de conhecer diferentes e particulares. A aceitação do mito se fundamenta na autoridade de quem diz, pois pressupõe uma adesão daqueles que o recebem. Já a aceitação da Filosofia se concentra naquilo que se diz, pois admite, ao contrário do mito, uma atitude crítica e investigativa. O mito é dado aos homens pela revelação ou visão dos videntes (poetas rapsodos que tinham o dom da vidência e transmitiam aos homens as mensagens dadas pelos deuses). Ele se baseia na fé / confiança daqueles que o recebem como verdade e não necessita de justificativa nem de provas para ser aceito e seguido. A Filosofia, ao contrário, deve ser justificada racionalmente, pois, se assim não for, o argumento torna-se inválido e não será aceito. O mito aceita contradições internas em seu discurso, já a Filosofia não aceita contradições, uma vez que deve ser inteligível e coerente com os princípios básicos do pensamento lógico. Pág 05

7 Frente A A FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA OU NATURALISTA Os filósofos pré-socráticos ou filósofos da natureza Recebem o nome de pré-socráticos os pensadores fundadores da Filosofia, que, cronologicamente, são anteriores a Sócrates, sendo que alguns chegaram a ser seus contemporâneos. A marca principal do pensamento desses primeiros filósofos é sua preocupação com a natureza e sua origem. Veremos adiante a importância de Sócrates para a Filosofia, que representa uma reviravolta devido à sua preocupação com o ético-político, ou seja, o seu foco será o homem e a sociedade, ao contrário dos pré-socráticos, que se preocupavam com a origem do cosmos ou da physis. Diante das inúmeras transformações históricas, políticas e sociais ocorridas na Grécia dos séculos VII e VI a.c., como já tratamos anteriormente, as explicações míticas foram se tornando cada vez mais insuficientes como forma de compreensão do mundo, do homem e da natureza. As explicações míticas que se fundamentam na autoridade do poeta ou vidente que as contava, com a perda gradativa do poder por parte deste, também vão perdendo sua força e, consequentemente, vão se tornando distantes das aspirações dos gregos ao conhecimento. De fato, desse ponto de vista, o pensamento mítico tem uma característica até certo ponto paradoxal. Se, por uma lado, pretende fornecer uma explicação da realidade, por outro lado, recorre nesta explicação ao mistério e ao sobrenatural, ou seja, exatamente àquilo que não se pode explicar, que não se pode compreender por estar fora do plano da compreensão humana. A explicação dada pelo pensamento mítico esbarra assim no inexplicável, na impossibilidade do conhecimento. MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, p. 21. Uma interessante e importantíssima transformação ocorrida na Grécia dos séculos VII e VI a.c. nos ajuda a compreender como pouco a pouco o mito vai perdendo sua força explicativa da realidade. Essa transformação se deu com a interação ocorrida nas colônias gregas da Jônia, principalmente Mileto (onde nasce a Filosofia), de várias culturas diferentes. Por se tratar de cidades que tinham importantes portos e entrepostos comerciais, para lá se dirigiam inúmeras caravanas provenientes de vários locais, principalmente do Oriente, que traziam a essas cidades suas mercadorias para depois serem levadas a outros locais e regiões do Mediterrâneo. Consequentemente, movidos por interesses comerciais, várias culturas que aí se encontravam trocavam as mais variadas informações, inclusive sobre as tradições culturais míticas próprias de cada um desses povos, o que fez com que eles percebessem as inúmeras formas e histórias diferentes com um só objetivo, o de explicar a realidade. Qual história estaria correta? Qual seria a verdadeira? As inúmeras variações míticas levaram os gregos a perceber que poderia haver uma relativização dos mitos, e, consequentemente, que nenhum deles poderia ser absolutamente verdadeiro. Dessa maneira, a Filosofia ou, nesse primeiro período, as explicações filosófico-científicas vão se despontando com a tentativa dos gregos de explicarem o universo, a natureza e o próprio homem de forma diferente. Agora, o universo passa a ser visto não como algo secreto e misterioso, passível de ser decifrado somente por poucos escolhidos. Ao contrário, todas as coisas são encaradas como possíveis de serem conhecidas pelo homem que, apoiado em sua própria capacidade racional e em sua curiosidade observadora, se põe em busca da explicação do mundo pela própria observação das coisas, não se encontrando mais em uma realidade sobrenatural e inacessível. O cosmos se abre à possibilidade do conhecimento. Os mistérios são descartados e o homem põe-se a pensar. Enfim, nasce a Filosofia. O mito ainda sobrevive É comum, quando falamos em sala de aula sobre o nascimento da Filosofia, algum aluno fazer a seguinte pergunta: mas e os mitos, eles foram descartados? Ou, quando estamos lendo algum trecho da obra de Platão em que Sócrates se refere aos deuses, o aluno perguntar: mas os mitos não foram superados? Por que Platão, sendo um filósofo, continua a se referir aos deuses? Aqui, faz-se necessária uma observação sobre o processo de modificação da função social do mito a partir do nascimento da Filosofia. Com o aparecimento das explicações filosófico-científicas, os mitos vão gradativamente perdendo sua força enquanto única e inquestionável forma de explicação da realidade. A ruptura com a forma do mito não se dá de maneira brusca e radical. Observe que o mito ainda ocupa um lugar de destaque nas sociedades atuais como forma de manifestação da fé de determinadas pessoas ou como maneira de explicar aquilo que até então é inexplicável, principalmente pela ciência. Pág 06

8 Na cultura e civilização gregas, o mito continua exercendo um papel importante para as pessoas, ainda que ele vá, gradativamente, mudando sua função naquela sociedade. Se antes do nascimento da Filosofia o mito era a única forma possível de explicar a origem do mundo e as mudanças tanto da natureza quanto dos homens e da sociedade, a partir dos séculos VII e VI a.c., o mito perderá tal função explicativa, passando a fazer parte da tradição cultural do povo grego. O mito ainda será amplamente utilizado como uma Paideia, ou forma de educar o povo, transmitindo, principalmente por meio das tragédias, os ensinamentos morais que irão forjando o caráter do homem grego. O que buscavam os primeiros filósofos Os pensadores pré-socráticos, chamados por Aristóteles de physiólogos ou pensadores da natureza (physis: natureza; logos: razão, pensamento), são os primeiros homens da história a se dedicarem a encontrar uma explicação puramente racional para a origem do universo. O objetivo dos pré-socráticos representa o oposto daquilo que os mitos realizavam. Enquanto estes explicavam a realidade pela imaginação, aqueles queriam explicá-la pela razão, sem apelar a nada fantasioso e sobrenatural. Como foi dito anteriormente, a natureza e o mundo podem ser explicados pelo homem, de forma que não há mais mistério. É nisto que os primeiros filósofos acreditavam. Podemos afirmar que o objeto de estudo dos pensadores da natureza é a physis ou a realidade natural. Eles buscam as causas dos processos e fenômenos naturais. Assim, a chave que leva ao conhecimento da natureza encontra-se na própria natureza e não fora dela. Eles acreditavam que na natureza tudo agia e se transformava de acordo com uma relação de causa e efeito. Ou seja, tudo o que existe é um efeito de alguma causa anterior. Desse modo, se se encontra a causa de um efeito, essa causa, por sua vez, também se constitui como efeito de uma outra causa anterior, da mesma forma, essa terceira causa seria o efeito de uma quarta e assim sucessivamente. Contudo, essa busca pela causa de um efeito poderia levar a investigação ao infinito, pois tudo seria um efeito de alguma causa que é também o efeito de uma outra causa anterior. Deste nexo causal entre tudo o que existe no universo, entre os fenômenos da natureza, nasce a ciência dos pré-socráticos. Se tal busca continuasse nessa lógica, os pré-socráticos cairiam em uma busca infinita, o que, à semelhança dos mitos, tornaria a Filosofia algo misterioso e inexplicável. Não admitindo a hipótese de sair de uma explicação fantasiosa para entrar em outra, foi necessário admitir que deveria haver uma causa primeira, um princípio ou conjunto de princípios, uma matéria-prima original, denominada Arché 1, que teria dado início a todo o processo de transformação da natureza. É desse princípio original que os pensadores pré-socráticos estão à procura. Ao elaborarem uma cosmologia, os pré-socráticos consideram que o universo segue uma ordem. Aqui compreendemos o termo cosmos como harmonia. Seu contrário é o caos, que é a desordem, a desarmonia. Os gregos entendiam que o universo, portanto, era organizado, tinha uma ordem, e essa ordem era possível exatamente por haver uma racionalidade no cosmos. Assim, o cosmos pode ser compreendido também como uma ordenação racional, hierárquica, em que há uma relação de causalidade entre os vários elementos, conferindo esse ordenamento à natureza. Ora, se o universo segue essa ordem, então ele é um cosmos, e este é racionalmente organizado. Se se compreende essa racionalidade, esse ordenamento, essa relação hierárquica de causa e efeito, compreende-se o próprio universo. É essa compreensão que os pré-socráticos buscavam. Nesse mesmo caminho, os pensadores naturalistas buscavam encontrar o logos, entendido como discurso racional. O logos difere fundamentalmente do mythos, que se baseia na imaginação, na narrativa poética e fantasiosa como modo de compreender o real. Se o mito não necessita de razões, o logos é essencialmente sustentado pelas razões dadas àquilo que se conhece ou se quer conhecer. Por isso, ao dizer que os primeiros filósofos elaboraram explicações ou discursos racionais sobre a natureza, dizemos que eles elaboraram um logos. Esse logos consiste então em uma explicação racional, argumentativa, na qual as explicações e razões são sustentadas por meio de uma argumentação sistemática e, ainda, sujeita à crítica e discussão. O pensamento dos pré-socráticos, principalmente da escola jônica, não pretende, de forma alguma, ser dogmático, e essa característica marca fundamentalmente a filosofia desses primeiros pensadores. As respostas apresentadas não querem se impor como verdades absolutas, ao contrário, são passíveis de discussão, de crítica, de discordância, exatamente porque são respostas e posições construídas pelo homem e não respostas dadas por uma divindade, as quais não admitem oposição e reformulações. O melhor exemplo dessa característica tipicamente filosófica é que os discípulos mais importantes de Tales, Anaximandro e Anaxímenes, não concordaram com seu mestre sobre sua Arché, a água, e propuseram respostas diferentes, respectivamente, o Ápeiron e o ar. 1. Arché (Arkhé): o que está à frente. Essa palavra possui dois significados principais: 1) o que está à frente e por isso é o começo ou o princípio de tudo; 2) o que está à frente, e por isso tem o comando de todo o restante. No primeiro significado, o mais relevante em relação ao princípio buscado pelos pré-socráticos, Arché é fundamento, origem, princípio, o que está no princípio ou na origem, o que está no começo de modo absoluto. FILOSOFIA Pág 07

9 Frente A O que pensavam os pré-socráticos - a Arché - Uma das principais dificuldades ao estudarmos o pensamento dos pré-socráticos é que o que se conhece deles provém de fontes indiretas, ou seja, não se tem acesso às obras escritas pelos próprios filósofos, somente se conhece o que outros (entre os principais, Aristóteles) escreveram sobre seus pensamentos. Dessa forma, apenas podemos ter contato com partes diminutas de suas obras, seja porque se perderam na Antiguidade, seja porque, possivelmente, de alguns deles não houve sequer obra escrita, sendo seus ensinamentos transmitidos exclusivamente pela oralidade. Uma observação importante a ser realizada sobre o pensamento dos pré-socráticos e suas investigações acerca da Arché do universo é que há uma diferença fundamental que separa esses pensadores em dois grandes grupos: os pensadores da escola italiana e os pensadores da escola jônica. Tal diferença se reflete nos pensamentos dos dois mais importantes pré-socráticos: Parmênides e Heráclito. A escola italiana caracteriza-se por buscar a Arché do universo não em coisas ou substâncias materiais, ou seja, concretas, que podem ser percebidas pelos sentidos. Os pensadores dessa escola buscarão respostas mais abstratas e menos voltadas para uma definição a partir de uma matéria concreta encontrada na natureza, como a água ou outro elemento. Ao contrário, se referem a conceitos totalmente abstratos e não perceptíveis pelos sentidos, como os números de Pitágoras. A escola jônica, por outro lado, caracteriza-se por buscar na natureza física, nas coisas concretas, o princípio da physis. Ou seja, os pensadores que fazem parte dessa escola buscam, em geral, nos elementos naturais, aquele que seria o princípio e a causa de todos os seres do universo. Além das escolas referidas, teremos também a chamada segunda fase do pensamento pré-socrático, denominada pluralista. Falemos de cada escola e de cada pensador. Escola italiana ou eleata pitágoras Os assim chamados pitagóricos, tendo-se dedicado às matemáticas, foram os primeiros a fazê-la progredir. Dominando-as, chegaram à conclusão de que o princípio das matemáticas é o princípio de todas as coisas. ARISTÓTELES. Metafísica. 1, 5, 985b Da vida de Pitágoras nada se sabe. Alguns dirão que ele pode nem ter existido, e que esse nome foi utilizado para unir os adeptos de uma seita filosófico-religiosa. Porém, isso pouco importa para a Filosofia. Diz-se que nasceu em Samos e se estabeleceu mais tarde em Crotona, na Magna Grécia, onde fundou uma confraria religiosa misteriosa, que mais tarde chegou a tomar o poder naquela cidade. Sua filosofia: os pitagóricos (termo que se refere aos seguidores de Pitágoras ou pertencentes a essa seita religiosa, uma vez que esta não se divide da existência de seu fundador) afirmavam que a Arché do universo eram os números. Isso porque a natureza ou a physis é o número, ou seja, seriam proporções harmoniosas entre as coisas. Portanto, o mundo seria regido por essas mesmas proporções. Assim, segundo os pitagóricos, os números são as causas primeiras de todas as coisas. Os pitagóricos, devido à sua filosofia, exerceram forte influência no desenvolvimento da matemática grega, sobretudo no campo da geometria. parmênides Necessário é o dizer e pensar que o ente é; pois é ser. E nada não é. Sobre a Natureza. In: Os Pré-Socráticos. v. 3; 6. São Paulo: Abril Cultural, p Coleção Os Pensadores. Nascido em Eleia por volta de 500 a.c., Parmênides representa um dos mais importantes pensadores pré-socráticos. Segundo alguns autores, ele foi o fundador da ontologia disciplina que busca o conhecimento do ser em sua realidade mesma, ou, de forma mais simples, da essência última dos seres. Pelo que tudo indica, Parmênides se encontrou com Sócrates quando este ainda era jovem. Seu pensamento influenciou de forma determinante a filosofia, principalmente de Platão e Aristóteles, pois é concedida a ele a prerrogativa de ser o filósofo do Ser (a realidade última de todas as coisas em seu sentido mais abstrato e fundamental), inaugurando, dessa forma, a metafísica. Sua filosofia: é adversário dos mobilistas, dizendo que o movimento não existe, por isso ficou conhecido como defensor de uma concepção monista dos seres. Introduz na Filosofia a diferença entre essência e aparência, sendo que esta muda constantemente (constitui o caminho da Doxa, da opinião, que é mutável e, portanto, instável) e aquela é o caminho da Verdade, da Alétheia, que é imutável. Dessa maneira, contrariando o mobilismo de Heráclito, dirá que a via da opinião, da Doxa, não leva o homem ao conhecimento verdadeiro, mas tão somente às opiniões variáveis sobre os aspectos mutáveis e passageiros das coisas. Segundo Parmênides, o caminho correto do conhecimento é a via da verdade, que conduz o homem para além da aparência, Pág 08

10 tal via é a verdade única, imóvel, eterna, imutável, sem princípio nem fim, contínua e indivisível. O único acesso à verdade do ser é o caminho da razão, do pensamento, afastando-se da opinião formada pelos hábitos, impressões sensíveis, que são por si só ilusórias, imprecisas e mutáveis. A opinião se prende à experiência sensorial. Por outro lado, a via da verdade é a do puro pensamento, da atividade intelectiva sem o uso dos sentidos. Por isso, ao afirmar que o ser é, ele está se referindo ao caminho do conhecimento do mundo naquilo que ultrapassa a aparência e que é, portanto, único, eterno, contínuo, indivisível e imóvel. O Ser exclui, então, toda mudança e transformação. O que muda é o Não Ser. Parmênides dirá que este, na realidade, não existe, pois, por estar em constante mudança, no mesmo momento que é, deixa de ser, portanto, não é absolutamente nada. Escola jônica tales (cerca de 625/ a.c.) [...] Tales, o fundador de tal filosofia, diz ser água [o princípio] (e por este motivo também que declarou que a terra está sobre a água), levado sem dúvida a esta concepção por ver que o alimento de todas as coisas é úmido [...] ARISTÓTELES. Metafísica, I, b Tales é considerado por Aristóteles como o primeiro filósofo da história, iniciador da filosofia da physis ou da natureza. Tudo que sabemos sobre Tales provém de fontes secundárias, pois ele não deixou registros escritos. Pelos relatos sobre sua vida, Tales foi um político atuante, buscando uma união entre as cidades da Jônia, com o objetivo de enfrentarem os persas. Ficou conhecido por ter previsto um eclipse solar, além de descobrir a constelação Ursa Menor. Apesar de ser atribuída a ele a autoria do Teorema de Tales, é pouco provável que tenha sido ele mesmo que o fez. sua filosofia: Segundo Tales, a água é a Arché do universo, a causa primeira, a matéria básica e fundamental da qual todas as coisas se originaram. Na verdade, ao se referir à água, ele quer dizer que tudo é úmido. E por que Tales pensou que a Arché era a água? Uma das principais hipóteses diz que o filósofo observou que a água apresenta-se sob diversos estados, em que estão todos os seres da natureza, sólido, líquido e gasoso. Outro motivo seria que a água está intimamente ligada à vida, ou seja, tudo o que é vivo ou traz a vida é úmido. Ao viajar ao Egito, Tales percebeu como a terra desértica se tornava fértil quando da cheia do Rio Nilo. Além disso, conta-se que ele observou que nas altas montanhas foram encontrados alguns fósseis de animais marinhos, o que o levou a concluir que, no início, o mundo era coberto pela água. A grandeza do pensamento de Tales está no fato de que, pela primeira vez na história, ele pergunta não pela qualidade da natureza (se é boa ou má), mas sobre do que é feita a natureza. anaximandro (cerca de a.c.) Princípio (arkhé) dos seres... ele disse que era o ilimitado [...] SIMPLÍCIO. Física, 24, 13. Pouco se sabe sobre a vida de Anaximandro. É conhecido como discípulo e sucessor de Tales. Ele teria sido geógrafo, matemático, astrônomo e político. Ao que parece, escreveu um livro intitulado Sobre a Natureza que é considerado a primeira obra filosófica escrita em língua grega, mas tal obra se perdeu, restando dela apenas alguns poucos fragmentos. A ele é atribuída a confecção do primeiro mapa-múndi que continha todo o mundo habitado de sua época. Criou o relógio solar e introduziu o uso do esquadro (gnómon) para a medição das distâncias entre as estrelas, sendo o iniciador da astronomia grega. Sua filosofia: ao contrário de seu mestre Tales, que dizia que a Arché é a água ou o úmido, portanto, uma matéria (água) ou qualidade (úmido) verificável na natureza por meio dos sentidos, Anaximandro dirá que o princípio e causa geradora do universo é o Ápeiron. O Ápeiron é o ilimitado, indefinido e indeterminado, aquilo que, não sendo nenhuma coisa material, nenhum elemento da natureza e nenhuma qualidade da physis, dá origem a todas elas. O Ápeiron é algo totalmente abstrato, não é possível ser conhecido em termos de existência sensível, mas somente pode ser concebido pelo pensamento. Dessa forma, Anaximandro dirá que a natureza, a physis só pode ser compreendida pela razão humana. O mundo todo é criado pelo movimento circular do Ápeiron, que primeiro faz surgir o quente (fogo) e o frio (ar), em seguida separam-se o seco (terra) e o úmido (água). anaxímenes (cerca de /525 a.c.) Como nossa alma, que é ar, soberanamente nos mantém unidos, assim todo o cosmos, sopro e ar o mantêm. AÉCIO, I, 3.4 Também um dos filósofos de Mileto (alguns dirão que o mais importante pensador da escola milesiana), Anaxímenes dedicou-se especialmente à meteorologia. Foi o primeiro a afirmar que a Lua recebe sua luz do Sol. Seu livro, escrito em prosa, recebe o mesmo nome da obra de Anaximandro, Sobre a Natureza. FILOSOFIA Pág 09

11 Sua filosofia: De acordo com Anaxímenes, o princípio, a Arché do cosmos é o ar (pneuma). Para ele, o Ápeiron de seu companheiro Anaximandro, concebido como ilimitado, indefinido e indeterminado, se aproximava muito do caos, da desordem anterior à criação do cosmos (universo ordenado). Dessa forma, acredita que, apesar de ser ilimitado e eterno, o princípio ou Arché do universo não pode ser indeterminado, porque a razão não poderia pensar aquilo que não tivesse determinação. Percebemos que Anaxímenes, ao se referir ao ar, não faz a opção por algo natural que seja concreto, como a água de Tales, e também não opta por algo completamente indeterminado e abstrato, como o Ápeiron de Anaximandro. Ao se referir ao ar, este não seria tão concreto como a água, nem tão abstrato como o Ápeiron. E por que o ar? Porque ele está presente, difundido em todos os lugares. É o primeiro e último ato de um ser vivo, que ao nascer respira pela primeira vez e ao morrer respira pela última vez. HeRÁClitO (cerca de a.c.) Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque o rio não é mais o mesmo. PLUTARCO. Coriolano, 18 p. 392 B. Nascido na cidade de Éfeso, Heráclito ficou conhecido pelo codinome O Obscuro, ou Heráclito, o fazedor de enigmas, devido à sua escrita de difícil compreensão e interpretação. Como Parmênides, pode ser considerado um dos grandes fundadores da Filosofia. Outros estudiosos dirão que é o mais importante dos pré-socráticos. Diz-se de Heráclito que desprezava a plebe, não intervinha na política da cidade, desprezava os antigos poetas como Hesíodo e Homero, os filósofos e a religião de seu tempo. Escreveu um livro em prosa no dialeto de sua cidade natal também chamado Sobre a Natureza. Sua filosofia: é considerado um dos principais defensores do mobilismo, concepção que dirá que todas as coisas naturais estão em constante movimento, em constante mudança. Tudo muda o tempo todo, tudo está num constante devir, num fluxo contínuo de mudança. Essa ideia, a mais conhecida de sua filosofia, é importante, porém seu pensamento vai além disso. A ideia de logos é fundamental na filosofia heraclitiana. O logos seria o princípio unificador da realidade e elemento básico da racionalidade do cosmos. Mesmo estando toda a realidade em constante fluxo, em mudança, o logos representa a unidade dentro dessa pluralidade. Tal unidade em meio à mudança, ou a unidade na pluralidade, pode ser compreendida como a unidade dos opostos. Dia e noite, frio e quente, vida e morte são opostos que se complementam. O fogo representaria aquele elemento que dá dinamismo à realidade, pois ele tudo transforma, tudo muda. Ao contrário de Parmênides, para Heráclito a realidade só pode ser compreendida por meio da sensibilidade, dos sentidos, pois, se tudo está em constante mudança, não há nada que esteja para além da aparência, portanto, o que se percebe dos seres é sua aparência na constante mudança. Porém, a razão última das coisas, o logos, só pode ser encontrado pelo pensamento. Escola pluralista anaxágoras (cerca de a.c.) Anaxágoras de Clazômenas, [...] afirma que os princípios são infinitos. Quase todas as coisas, formadas de partes semelhantes (homeomerias) como a água e o fogo, diz ele que são geradas e destruídas por combinação e destruição. ARISTÓTELES. Metafísica, I, 3. Anaxágoras passou cerca de trinta anos em Atenas, onde fundou a primeira escola da cidade. No ano de 431 a.c., foi acusado de não acreditar nos deuses por dizer que o Sol é uma pedra incandescente e que a Lua era uma terra e não uma deusa. Pelo que parece, foi preso, mas logo depois fugiu para Lâmpsaco, outra cidade da Jônia. Sua obra Sobre a Natureza, da qual resta uma pequena parte, é a fonte mais confiável de seu pensamento. Foi físico, matemático, astrônomo e meteorologista. sua filosofia: Anaxágoras disse que a realidade é composta de uma infinidade de pequenos elementos a que ele denomina de homeomerias. Tal como sementes, esses elementos seriam a união de tudo o que existe. Dessa forma, tanto os quatro elementos quanto todas as oposições encontradas na natureza, como quente-frio, estão presentes em todas as coisas em proporções diferentes. Assim, a physis seria composta dessas sementes ou homeomerias, de forma que esse conceito representa a Arché de Anaxágoras. demócrito (cerca de a.c.) Átomo (i. e., não-cortáveis), maciços (i.e., unidades), grande vazio, seção, ritmo (i. e.; forma), contato, direção, entrelaçamento, turbilhão (termos encontrados num papiro restaurado, em que Demócrito é acusado de plagiar A Grande Ordem do Mundo, de Leucipo). (Fragmento 1) Papiro Herculano, 1788 Pág 10

12 não divisível, a menor parte das coisas que não se pode dividir em outras partes. Os átomos são partículas infinitas e invisíveis que compõem os objetos materiais e dão origem aos fenômenos observados e ao movimento de transformação dos seres. empédocles (cerca de a.c.) A um dado momento, do Uno saiu o Múltiplo. Por divisão fogo, água, terra e ar altaneiros; e o Uno se formou do Múltiplo. Ódio, temível, de peso igual a cada um, e o Amor entre eles. SIMPLÍCIO. Física, 157. Natural de Agrigento, na Sicília, Empédocles é conhecido por ser um político, poeta, dramaturgo, homem de ciência, médico e cosmólogo, místico e inventor da eloquência. Por combater a tirania em Agrigento, foi expulso da cidade e perambulou errante por toda a Grécia. Parece que morreu na guerra de Peloponeso (Atenas contra Esparta), mesmo que a lenda diga que morreu ao se atirar no vulcão Etna para provar que era imortal ou um deus. Escreveu dois poemas: Sobre a Natureza e Purificações. Sua filosofia: ao contrário de alguns pré-socráticos que buscavam um único princípio das coisas, Empédocles defenderá que são os quatro elementos, fogo, terra, água e ar que constituem o universo, ou seja, que a Arché da natureza são os quatro elementos que se unem e se separam, formando os diversos seres da natureza, porém em proporções diferentes em cada ser. Esses quatro elementos são separados e unidos pelo ódio, que busca a diferença, e pelo amor, que faz reunir as semelhanças, ou seja, pelo amor os elementos se unem e pelo ódio os seres se separam. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. explique, com suas palavras, a seguinte afirmação: a Filosofia é filha da Pólis. 02. O logos, sendo uma argumentação, pretende convencer. O logos é verdadeiro, no caso de ser justo e conforme à lógica ; é falso quando dissimula alguma burla secreta (sofisma). [...] O mito, assim, atrai em torno de si toda parcela do irracional existente no pensamento humano; por sua própria natureza, é aparentado à arte, em todas as suas criações GRIMAL, Pierre. A mitologia grega. 3ª edição. São Paulo: Brasiliense, p Redija um texto diferenciando a racionalidade do logos e a irracionalidade do mito de acordo com o trecho anterior. 03. De acordo com o estudado, faça um quadro comparativo diferenciando as características do mito das características da Filosofia. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01. explique as hipóteses do Milagre grego e do orientalismo para o nascimento da Filosofia e justifique por que ambas não são corretas. 02. Entre as transformações históricas ocorridas na Grécia dos séculos VII e VI a.c., uma das principais está relacionada às navegações marítimas. explique sua importância para o nascimento da filosofia. 03. O mito é o nada que é tudo. O mesmo sol que abre os céus É um mito brilhante e mudo. Fernando Pessoa Durante muitos anos, os mitos marcaram a vida dos gregos e seus modos de ver e interagir com o mundo ou a physis. Redija um texto explicando o que representavam os mitos para a cultura grega e suas diferenças em relação à Filosofia. 04. O mito é uma forma autônoma de pensamento e de vida. Nesse sentido, a validade e a função do mito não são secundárias e subordinadas em relação ao conhecimento racional, mas originárias e primárias, situando-se num plano diferente do plano do intelecto, porém dotado de igual dignidade [...] MITO. In: ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, De acordo com a definição anterior, explique por que o conhecimento mítico tem a mesma dignidade do conhecimento filosófico. 05. Na Antigüidade clássica, o mito é considerado um produto inferior ou deformado da atividade intelectual. A ele era atribuída, no máximo, verossimilhança, enquanto a verdade pertencia aos produtos genuínos do intelecto. Esse foi o ponto de vista de Platão e de Aristóteles. Platão contrapõe o mito à verdade ou à narrativa verdadeira (Górg., 523 a), mas ao mesmo tempo atribui-lhe verossimilhança, o que, em certos campos, é a única validade a que o discurso humano pode aspirar (Tini., 29 d) e, em outros, expressa o que de melhor e mais verdadeiro se pode encontrar (Górg., 527 a). Também para Platão o M. constitui a via humana mais curta para a persuasão [...] MITO. In: ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, explique por que, segundo essa definição, o mito é considerado mentira para pensadores como Platão e Aristóteles. Você concorda com esta posição? justifique sua resposta. FILOSOFIA Pág 11

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