Josefa Farias. Fonética e Fonologia da Língua Portuguesa

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Josefa Farias. Fonética e Fonologia da Língua Portuguesa"

Transcrição

1

2

3 Josefa Farias Fonética e Fonologia da Língua Portuguesa São Paulo Rede Internacional de Universidades Laureate 2015

4 Sumário Capítulo 2: Os principais conceitos fonéticos e fonológicos Introdução Som e fonema O som Os fonemas Fone, fonema e alofone Descrição fonética e fonológica Transcrição fonética e fonológica Alfabeto Fonético Internacional Classificação dos sons linguísticos Vogais e consoantes Síntese Referências Bibliográficas

5 Capítulo 2 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos Introdução A Fonética e a Fonologia aparecem nos estudos gramaticais nas séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, em conceitos como letra e fonema, ortografia, recursos estilísticos, homofonia, homografia, só para citar alguns, e também no ensino de línguas estrangeiras. Para que esses tópicos sejam trabalhados em sala de aula de maneira eficiente, é preciso que o professor tenha o domínio do conteúdo, a fim de organizá-lo de forma criativa e eficiente. O estudo de conceitos como fone, alofone, fonema, vogais e consoantes é fundamental para começarmos a refletir sobre possibilidades de criação de estratégias que possam facilitar a expressão linguística. 5

6 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos 1 Som e fonema 1.1 O som O som é a unidade sonora mínima da fala, realiza-se oral e fisicamente e seu número é ilimitado. Mas como ele é produzido? Pela vibração do ar, criando oscilações que entram na parte externa dos nossos ouvidos, conduzindo as ondas sonoras em direção ao tímpano, que vibra. Nos tímpanos, as vibrações são captadas pela cóclea, uma espécie de caracol que há no nosso ouvido, e enviadas para o nosso cérebro. Figura 1 Ouvido interno. Disponível em: < Acesso em: 31 mar Figura 2 Emissão de voz pelas cordas vocais. Disponível em: < sistemarespiratorio.htm>. Acesso em: 31 mar As pregas vocais são um tecido musculoso que fica no interior da laringe. Quando o ar sai dos pulmões, passa por elas e as faz vibrar, produzindo o som não somente da voz, mas também de barulhos, como o de um beijo, por exemplo. Como as pregas são fibras elásticas, elas se estendem produzindo a vibração, como a corda de um violino. 6 Laureate- International Universities

7 Figura 3 Vibração das pregas vocais. Disponível em: < Acesso em: 31 mar Figura 4 Corda vibrando. Disponível em: < Acesso em: 31 mar Normalmente, os sons são representados pela Fonética entre colchetes [p]. NÓS QUEREMOS SABER! Figura 5 Exercícios de relaxamento para o pescoço. Disponível em: < Acesso em: 31 mar Algumas vezes, parece que os sons da nossa voz, mesmo que estejamos saudáveis, saem de forma pouco audível, por exemplo, a voz sai baixa, como se estivéssemos cansados. Isso acontece por não estarmos articulando corretamente os fonemas. Alguns exercícios podem ajudar nesse sentido, além da clássica dica de comer uma maçã por dia e não beber gelado antes ou depois de dar uma aula ou uma palestra. Outros exercícios ajudam a aumentar a mobilidade e a elasticidade dos músculos que produzem os sons, potencializando a emissão da voz e melhorando a articulação dos fonemas, tais como: Relaxamento do pescoço, para diminuir a rigidez da mandíbula, melhorando a articulação dos fonemas; Colocar a língua em posição normal e dizer aaa...aaa...aaa ; Estalar a língua; Levar a língua no lábio superior e depois no lábio inferior; Soprar bolinhas de papel por canudinhos; Colocar os lábios em posição de assovio; Abrir e fechar a boca rápido; Imitar o som da campainha: ding dong ; Imitar um leão: rrrr... Fazer cada um desses exercícios pelo menos cinco vezes ao dia resulta em uma melhor emissão de voz. Disponível em: < Acesso em: 31 mar

8 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos 1.2 Os fonemas O fonema é a unidade sonora mínima da língua e constitui a imagem mental do som. Seu número é limitado e não tem significado por si só, mas sim em oposição aos outros fonemas com que se junta na constituição da palavra. Na Fonologia, é representado entre barras: /b/. Segundo Bechara (2009): Toda distinção significativa entre duas palavras de uma língua estabelecida pela oposição ou contraste entre dois sons revela que cada um desses sons representa uma unidade mental sonora diferente. Essa unidade de que o som é representação (ou realização) física recebe o nome de fonema. (BECHARA, 2009, p. 27). 1.3 Fone, fonema e alofone Já são comuns as observações sobre as diversas formas de pronúncia de determinadas palavras em diferentes regiões do país, as quais constroem a identidade de falares regionais. Em São Paulo, por exemplo, identifica-se uma pessoa do interior pela pronúncia do /R/, que é diferente de uma pessoa da capital. Em Pernambuco, por exemplo, a pronúncia do /S/ é muito semelhante à forma como os cariocas falam. A Fonética ocupa-se da descrição dos conceitos que definem essas distinções. O conceito de fone refere-se a todos os sons produzidos pelos falantes de uma língua, mas nem todos os fones realizam-se em fonemas, pois o som de uma tossida é um fone, mas não um fonema. Quando os fones realizam-se linguisticamente, tornam-se fonemas, que operam pela distinção. Na língua portuguesa, por exemplo, as palavras são construídas pela oposição entre fonemas vocálicos e consonantais. Assim, os fones que se realizam por essa oposição tornam-se unidades linguísticas. Segundo Bechara (2009, p. 57), os fonemas são os sons elementares e distintivos que o homem produz quando, pela voz, exprime seus pensamentos e emoções. A realização escrita desses fonemas é o alfabeto. Quando em uma palavra queremos marcar que a letra equivale a um fonema vocálico aberto, o fazemos entre barras. Assim, as vogais são transcritas /a/, /é/, /i/, /ó/ e /u/. Esse tipo de transcrição é denominada fonêmica. Quando um fonema se realiza de forma distinta em palavras faladas de modo diferente, temos o alofone, que se define como cada realização de um fonema. A palavra /dia/, por exemplo, é realizada de forma diferente no Sul, em São Paulo e no Nordeste. Temos, desse modo, as seguintes realizações: [d] [dž] O alofone constitui-se nas diferentes impressões que o nosso cérebro recebe pelo nervo auditivo. Quando falamos de alofone, não se trata de propriedades de sons, mas da recepção, percepção desses sons. 8 Laureate- International Universities

9 VOCÊ O CONHECE? Dinafon, que significa Dinâmica Fônica, ou dinâmica da fala, é um grupo de pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), dirigido por Eleonora Albano, formado por fonologistas e foneticistas do Laboratório de Fonética e Psicolinguística (LAFAPE) e do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Os pesquisadores do Dinafon têm formação em Linguística, Psicologia, Fonoaudiologia e Musicologia. Figura 6 Print da tela do site Dinafon. Disponível em: < Acesso em: 31 mar Descrição fonética e fonológica A descrição fonética é a descrição dos sons da fala e se ocupa em determinar como estes são produzidos, transmitidos e percebidos. Assim, são descritas as características articulatórias dos sons: modo de articulação, altura e posição da língua etc. Vejamos um exemplo de descrição fonética do PB (Português Brasileiro), de acordo com Samczuk e Gama Rossi (2004): As fricativas que compõem o sistema fonológico do PB distinguem-se quanto aos seguintes pontos de articulação: lábio-dentais (/f v/), alveolares (/s z/), e palatais (/S Z/). Fricativas velares (/x F/) e glotais (/h /) têm sido utilizadas como formas variantes dos erres dialetais. Em cada um desses pontos de articulação, ocorrem os pares vozeado e não-vozeado. De acordo com Kent e Read (1992:121), o principal traço articulatório de uma fricativa é a formação de uma constrição estreita num dado ponto do trato vocal. Quando o ar passa através dessa constrição, numa quantidade de fluxo suficiente, há a formação de uma turbulência, o que significa que o movimento da partícula da corrente de ar torna-se altamente complexo, formando pequenos redemoinhos na região constrita. A condição aerodinâmica de turbulência está associada à geração de um ruído turbulento no sinal acústico. As fricativas, portanto, são identificadas (1) pela formação de uma constrição estreita no trato vocal, (2) pelo desenvolvimento de fluxo de ar turbulento, e (3) pela geração de um ruído de turbulência. Comparadas com as demais classes de sons, elas possuem duração relativamente longa e é esse intervalo de energia aperiódica que as diferencia enquanto uma classe. (SAMCZUK; GAMA ROSSI, 2004, p. 1). 9

10 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos Figura 7 Quadro fonético. Disponível em: < -traco-de-sonoridade/>. Acesso em: 31 mar A descrição fonética, portanto, ocupa-se de descrever o processo desenvolvido pelo aparelho fonador na produção de determinados fonemas, observando, por exemplo, como se realiza o som vozeado, aquele que você sente vibrar na garganta. A descrição fonológica, por sua vez, ocupa-se de descrever o sistema de determinada língua, dialeto ou variação. São aplicados os conhecimentos da fonética, a terminologia e os símbolos usados nas transcrições. Veja o exemplo de descrição fonológica abaixo: Quadro 1 Descrição fonológica da língua lembaama A língua lembaama tem 14 vogais e 43 consoantes: 7 vogais breves: / i, u, e, ԑ, o, ɔ, a /; 7 vogais longas: / ii, uu, ee, ԑԑ, oo, ɔɔ, aa /; 11 consoantes orais: / p, b, t, d, k, g, f, v, s, tʃ, d /; 9 consoantes palatalizadas: / bʲ, kʲ, sʲ, lʲ, ɲʲ, mpj, ŋgʲ, tʃʲ, dӡʲ /; 5 consoantes labializadas: / kʷ, vʷ, lʷ, tʃʷ, dӡʷ /; 10 consoantes pré-nasalizadas: / mp, mb, nt, nd, ŋk, ŋg, mf, mv, ntʃ, ndӡ /; 2 consoantes aproximantes: / w, j /; 1 consoante tepe: / r /; 1 consoante líquida: / l /; e 4 consoantes nasais: / m, n, ɲ, ŋ /. Os feitos mais originais da fonologia do lembaama é a existência de uma série de vogais longas e de consoantes palatalizadas e labializadas. Fonte: OKOUDOWA, 2005, p Laureate- International Universities

11 1.5 Transcrição fonética e fonológica A transcrição fonética simboliza, na escrita, a pronúncia das palavras em um alfabeto especial, o alfabeto fonético, cujos símbolos são usados entre colchetes. Vejamos como Cunha e Cintra (2001) exemplificam essa padronização: Por exemplo: o fonema /s/ pode ser representado ortograficamente por s, como em saco; por ss, como em osso; por c, como em cera; por ç, como em poço; por x, como em próximo; e pode ser realizado com [s], no português normal de Portugal, e do Brasil, ou como [ṣ] de Portugal e da Galiza [...]. (CUNHA; CINTRA, 2001, p. 28). Observemos agora a normatização das referências na citação de Cunha e Cintra: o fonema transcreve-se entre barras: /s/; a escrita, em itálico: s, saco; a transcrição fonética, entre colchetes: [s]. Da mesma forma que a descrição fonética, a transcrição fonológica ocupa-se de uma língua específica, com a finalidade de observar um aspecto relevante em determinado contexto, muito comum nos estudos etnolinguísticos, cujo objetivo é compreender a língua como fator de identidade de determinados grupos, assim como os estudos em Sociolinguística, nas pesquisas sobre as variantes linguísticas e nos processos de identificação dos grupos sociais. A transcrição fonológica usa, na maioria dos casos, o Alfabeto Fonético Internacional, que será apresentado mais adiante. No processo de identificação das línguas indígenas no Brasil, os estudos fonológicos são abundantes. NÃO DEIXE DE LER... A autora discute as práticas de leitura, produção de textos, análise linguística e ensino de gramática na sala de aula, indo além de propostas de atividades práticas ou a discussão teórica pura, e estabelece a análise da linguística em sala de aula como o núcleo da discussão e integra os dois polos do estudo da linguagem: a leitura, a produção e a reescrita de textos e a reflexão sobre aspectos formais da língua. (Texto de divulgação da editora Saberes.) Figura 8 Capa do livro Fonética e fonologia da Língua Portuguesa, de Ana Paula Petriu Ferreira Engelbert. Disponível em: < Acesso em: 31 mar

12 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos 1.6 Alfabeto Fonético Internacional O alfabeto fonético é o conjunto de símbolos que indicam a pronúncia de palavras em qualquer idioma e foi criado pela Associação Fonética Internacional (AFI) em A AFI é composta de professores de linguística e foi criada para facilitar a pronúncia de palavras de língua estrangeira, mas também para ensinar as crianças a lerem. Se pensarmos em um época em que nem o telefone havia sido inventado, tratou-se de uma grande inovação. Como os grupos de cada país acabavam criando um alfabeto próprio, ficou decidido que seria mais produtivo um alfabeto internacional, que tornaria o aprendizado de todas as línguas do mundo acessível a um número muito maior de pessoas. Periodicamente, esse alfabeto precisa ser revisado, quando há acréscimos ou diminuição de fonemas, ou quando a ciência fonética identifica variações. A última atualização aconteceu em Figura 9 Alfabeto Fonético Internacional. Disponível em: <liceu.uab.es>. Acesso em: 31 mar Quer começar a usar o Alfabeto Fonético Internacional? Se você utiliza o Windows, acesse o Word e vá em Inserir símbolos, onde encontrará os símbolos usados nesse alfabeto. Figura 10 Caixa de símbolos. Fonte: Word. 12 Laureate- International Universities

13 Para facilitar a identificação desses símbolos, observe como Cunha e Cintra (2001, p. 29) os transcrevem de forma didática, que adaptamos a seguir. Em negrito estão os sons que os símbolos representam. Vogais [a] pá, gato [α] pedra, fazer [ԑ] pé, ferro [e] regar, sedento [ә] sede, corre [ɔ] pó, cola [o] morro, força [i] vir, bico [u] bambu, caro Semivogais [j] pai, feito [w] pau, água NÃO DEIXE DE LER... Sinopse e detalhes Walter Joontz (Robert De Niro) é um guarda de segurança aposentado, ultraconservador com orgulho, que vive em Nova York. Certo dia, ao tentar ajudar um vizinho em dificuldades, Walter recebe um golpe que o deixa com paralisia parcial do corpo. Recusando-se a deixar o apartamento em que vive, Walter concorda com um programa de reabilitação que inclui aulas de canto com um artista que mora no apartamento de cima: uma drag queen chamada Rusty (Philip Seymour Hoffman). Título original: Flawless Ano: 1999 Figura 11 Cartaz do filme Ninguém é perfeito. Disponível em: < srhnni>. Acesso em: 31 mar (Texto de divulgação.) Vejam como são interessantes as cenas em que, como terapia de canto, trabalha-se a emissão das vogais e das consoantes. 2 Classificação dos sons linguísticos Os sons linguísticos são classificados em vogais, consoantes e semivogais. 2.1 Vogais e consoantes As vogais são formadas, do ponto de vista da articulação, pela vibração das cordas vocais e modificadas pelas diferenças na formação das cavidades supralinguais, que podem estar abertas ou entreabertas para a passagem do ar. 13

14 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos Figura 12 Articulação das vogais. Fonte: < Acesso em: 31 mar Figura 13 Articulação das vogais. Disponível em: < Acesso em: 31 mar Na articulação das consoantes, há sempre um obstáculo para a passagem do ar. No quadro a seguir, há a identificação das consoantes quanto ao modo de articulação, ao ponto de articulação e ao papel da cavidade nasal. 14 Laureate- International Universities

15 Figura 14 Quadro das consoantes. Disponível em: < Acesso em: 31 mar VOCÊ O CONHECE? Fonoarticulação Tic Tac Figuras Adesivas (Lábios e Sons) Objetivo: visa ser utilizado como recurso auxiliar, nas intervenções fonoaudiológicas que necessitem demonstrar visualmente ao paciente a posição articulatória para a produção dos sons da fala (fonemas) relacionando-os com as letras do alfabeto da nossa língua portuguesa. Composição: Kit com 2 cartelas/iguais contendo ilustrações autoadesivas. Cada cartela apresenta 35 adesivos, destacáveis, tamanho 3,5 x 3,5 cm cada, contendo desenhos artísticos coloridos que ilustram a posição articulatória para a produção de cada fonema da nossa língua e a escrita da letra correspondente em cada adesivo. Conteúdo: vogais orais /a/ /e/ [é] /i/ /o/ [ó] / /u/ fonemas consonantais /p/ /t/ /k/ /b/ /d/ /g/ /f/ /s/ [ch-x] /v/ /z/ [j] /l/ [lh] /r/ /R/ /m/ /n/ [nh] Os fonemas /m/ /n/ [nh] contêm no canto direito da ilustração o desenho de um perfil facial, com destaque para o nariz, representando a nasalidade. As ilustrações dos fonemas fricativos /f/ /s/ [ch-x] /v/ /z/ [j] contêm pequenos traços tanto nos desenhos de posição frontal quanto nos perfis, indicando a passagem de ar provocada pela fricção. Os vibrantes /r/ e /R/ contêm pequenos traços ondulados, representando a vibração de cada um. Os fonemas plosivos e fricativos sonoros /b/ /d/ /g/ e /v/ /z/ [j] também contêm pequenos traços ondulados na posição horizontal, parte inferior do desenho, representando a presença da sonoridade em cada um. Esses detalhes foram estrategicamente representados em desenho visando auxiliar o profissional da Fonoaudiologia em sua didática, bem como o usuário a reconhecer a posição e as características articulatórias e/ou sonoras de cada fonema. (Texto de divulgação do produto.) 15

16 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos Figura 15 Fonoarticulação Tic Tac Figuras Adesivas (Lábios e Sons). Disponível em: < Acesso em: 31 mar Laureate- International Universities

17 Síntese Neste Capítulo, estudamos conceitos fundamentais para os estudos de Fonética e Fonologia, que darão suporte para a prática de análise linguística tanto no terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. Assim, para falarmos de sons, fonemas e letras, precisamos entender todo o processo de articulação dos fonemas na Língua Portuguesa, assim como para abordar a diversidade linguística. Segundo os PCN, a análise linguística deve contemplar os diferentes componentes do sistema linguístico em que a variação se manifesta, e um deles é o componente sonoro da língua. Os PCN do Ensino Médio (BRASIL, 2002) destacam o desenvolvimento das competências e as habilidades a serem desenvolvidas em Língua Portuguesa, em que a análise dos recursos expressivos da linguagem verbal e a articulação das redes de diferenças e semelhanças entre língua oral e escrita são fundamentais. Assim, tanto no caso do Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, os conhecimentos de Fonética e Fonologia são essenciais para um trabalho eficiente de identificação dos recursos sonoros da língua e sua aplicação no desenvolvimento das competências e habilidades de comunicação oral e escrita. 17

18 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos Referências Bibliográficas BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, BRASIL. Para metros Curriculares Nacionais Ensino Médio. Brasília: MEC/SEMTEC, CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contempora neo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, OKOUDOWA, Bruno. Descrição Preliminar de Aspectos da Fonologia e da Morfologia do Lembaama. Dissertação (Mestrado em Letras) Universidade de São Paulo, São Paulo, SAMCZUK, Ingrid; GAMA ROSSI, Aglael. Descrição fonético-acústica das fricativas no português brasileiro: critérios para coleta de dados e primeiras medidas acústica no Português Brasileiro. Interca mbio, v. XIII, Disponível em: <revistas.pucsp.br/index.php/intercambio/article/ download/3970/2619>. Acesso em: 31 mar Laureate- International Universities

Fonética articulatória. Fones consonantais

Fonética articulatória. Fones consonantais Fonética articulatória Fones consonantais Consoantes Segmentos/fones que são produzidos por meio de alguma constrição no aparelho fonador impedindo momentaneamente ou dificultando a passagem da corrente

Leia mais

fonética aula 01 SAULO SANTOS APOIO PEDAÓGICO

fonética aula 01 SAULO SANTOS APOIO PEDAÓGICO fonética aula 01 SAULO SANTOS APOIO PEDAÓGICO 1. Fonéticas 2. Fonética vs. Fonologia 3. Aparelho fonador 4. Lugar de articulação 5. Modo de articulação CONTEÚDO O que estuda a Fonética? 1. FONÉTICAS 1.

Leia mais

LÍNGUA PORTUGUESA. Professor Bernardo Augusto. Fonética e Fonologia

LÍNGUA PORTUGUESA. Professor Bernardo Augusto. Fonética e Fonologia LÍNGUA PORTUGUESA Professor Bernardo Augusto Fonética e Fonologia Fonética articulatória é um dos principais ramos da FONÉTICA, que é a ciência responsável pelo estudo dos sons utilizados na linguagem

Leia mais

CLASSES DE SONS (AGRUPAMENTO DE SONS QUE PARTILHAM

CLASSES DE SONS (AGRUPAMENTO DE SONS QUE PARTILHAM Rita Veloso FLUL 1 de 10 CLASSES DE SONS (AGRUPAMENTO DE SONS QUE PARTILHAM DETERMINADAS PROPRIEDADES) MODO DE ARTICULAÇÃO (MA) Classificação dos sons quanto à forma como são produzidos, i.e., em função

Leia mais

Fonêmica. CRISTÓFARO SILVA, Thaïs. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guia de exercícios. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2009.

Fonêmica. CRISTÓFARO SILVA, Thaïs. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guia de exercícios. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2009. Fonêmica CRISTÓFARO SILVA, Thaïs. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guia de exercícios. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2009. Prof. Cecília Toledo cissa.valle@hotmail. com 1) Sali 2)

Leia mais

Características acústicas das vogais e consoantes

Características acústicas das vogais e consoantes Características acústicas das vogais e consoantes APOIO PEDAGÓGICO Prof. Cecília Toledo ceciliavstoledo@gmail. com http://fonologia.org/acustica.php Fonética acústica A Fonética acústica é um ramo da Fonética

Leia mais

Fonética. Primeira semana do curso de Linguística II Aula 1 Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia

Fonética. Primeira semana do curso de Linguística II Aula 1 Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia Primeira semana do curso de Linguística II Aula 1 Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia Fonética A fonética é a ciência que apresenta os métodos para a descrição,

Leia mais

Introdução à Fonologia: Traços Distintivos e Redundância

Introdução à Fonologia: Traços Distintivos e Redundância Introdução à Fonologia: Traços Distintivos e Redundância Seung Hwa Lee Fundamentos de Fonologia e Morfologia Fonologia Gerativa Morris Halle and Noam Chomsky começaram os estudos da fonologia nos anos

Leia mais

AULA 3: ANÁLISE FONÊMICA EM PORTUGUÊS 1. Introdução Fonêmica

AULA 3: ANÁLISE FONÊMICA EM PORTUGUÊS 1. Introdução Fonêmica AULA 3: ANÁLISE FONÊMICA EM PORTUGUÊS 1. Introdução Fonêmica o Termo reservado às análises fonológicas estruturalistas americanas cf. Pike, 1947 o Objetivo: fornecer o instrumental para a conversão da

Leia mais

Fonologia Gerativa. Traços distintivos Redundância Processos fonológicos APOIO PEDAGÓGICO. Prof. Cecília Toledo

Fonologia Gerativa. Traços distintivos Redundância Processos fonológicos APOIO PEDAGÓGICO. Prof. Cecília Toledo Fonologia Gerativa Traços distintivos Redundância Processos fonológicos APOIO PEDAGÓGICO Prof. Cecília Toledo ceciliavstoledo@gmail. com PRESSUPOSTOS DA FONOLOGIA GERATIVA A gramática é concebida como

Leia mais

Aula2 OS TIPOS DE SONS. Denise Porto Cardoso. META Mostrar os tipos de sons da língua portuguesa produzidos pelo aparelho fonador.

Aula2 OS TIPOS DE SONS. Denise Porto Cardoso. META Mostrar os tipos de sons da língua portuguesa produzidos pelo aparelho fonador. Aula2 OS TIPOS DE SONS META Mostrar os tipos de sons da língua portuguesa produzidos pelo aparelho fonador. OBJETIVOS Ao fi nal desta aula, o aluno deverá: reconhecer sons surdos e sonoros, orais e nasais,

Leia mais

REVISANDO... Articulação de consoantes e articulação de vogais. APOIO PEDAGÓGICO Prof. Cecília Toledo com

REVISANDO... Articulação de consoantes e articulação de vogais. APOIO PEDAGÓGICO Prof. Cecília Toledo com REVISANDO... Articulação de consoantes e articulação de vogais CRISTÓFARO SILVA, Thaïs. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guia de exercícios. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2009. APOIO

Leia mais

o verbo "IR" possui uma forma neutra; possui também formas que marcam flexões pessoais que podem ser empréstimos da forma verbal em português,

o verbo IR possui uma forma neutra; possui também formas que marcam flexões pessoais que podem ser empréstimos da forma verbal em português, SEMED/2013 o verbo "IR" possui uma forma neutra; possui também formas que marcam flexões pessoais que podem ser empréstimos da forma verbal em português, representadas através de sinais soletrados ou do

Leia mais

Língua Portuguesa. (gramática, texto e redação) Professor Guga Valente

Língua Portuguesa. (gramática, texto e redação) Professor Guga Valente Língua Portuguesa (gramática, texto e redação) Professor Guga Valente Fonética e Fonologia Vambora Entre por essa porta agora E diga que me adora Você tem meia hora Prá mudar a minha vida Vem, vambora

Leia mais

Fonética e Fonologia. Prof. Veríssimo Ferreira

Fonética e Fonologia. Prof. Veríssimo Ferreira Fonética e Fonologia Prof. Veríssimo Ferreira Fonética Ocupa-se da materialidade ou substância do som, e o descreve em suas qualidades físicas: tom, intensidade, quantidade e timbre. Produção e Percepção

Leia mais

PORTUGUÊS. Professor Nei Xavier

PORTUGUÊS. Professor Nei Xavier PORTUGUÊS Professor Nei Xavier EXERCÍCIOS DE FONÉTICA FONÉTICA Chama-se de fonética o estudo do sistema fônico de uma língua. Fonema - é o som elementar (vogal ou consoante) em uma língua. Letra - é a

Leia mais

Fonética acústica: Propriedades suprassegmentais APOIO PEDAGÓGICO. KENT, Ray, READ, Charles. Análise acústica da Fala São Paulo : Cortez, 2015

Fonética acústica: Propriedades suprassegmentais APOIO PEDAGÓGICO. KENT, Ray, READ, Charles. Análise acústica da Fala São Paulo : Cortez, 2015 Fonética acústica: Propriedades suprassegmentais KENT, Ray, READ, Charles. Análise acústica da Fala São Paulo : Cortez, 2015 APOIO PEDAGÓGICO Prof. Cecília Toledo ceciliavstoledo@gmail. com Segmentos da

Leia mais

PADRÃO FORMÂNTICA DA VOGAL [A] REALIZADA POR CONQUISTENSES: UM ESTUDO COMPARATIVO

PADRÃO FORMÂNTICA DA VOGAL [A] REALIZADA POR CONQUISTENSES: UM ESTUDO COMPARATIVO Página 47 de 315 PADRÃO FORMÂNTICA DA VOGAL [A] REALIZADA POR CONQUISTENSES: UM ESTUDO COMPARATIVO Tássia da Silva Coelho 13 (UESB) Vera Pacheco 14 (UESB) RESUMO Este trabalho visou a avaliar a configuração

Leia mais

Figura 1. A cadeia da fala (GARMAN, 1990)

Figura 1. A cadeia da fala (GARMAN, 1990) Fonética Acústica O processamento da linguagem envolve falante e ouvinte. O falante monitora a sua própria fala através do feedback (ouve o que ele próprio fala) fenômeno importante para a manutenção de

Leia mais

Fonêmica do português

Fonêmica do português Fonêmica do português CRISTÓFARO SILVA, Thaïs. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guia de exercícios. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2009. Prof. Cecília Toledo cissa.valle@hotmail. com

Leia mais

RESENHA DA OBRA FONOLOGIA, FONÉTICA E ENSINO: GUIA INTRODUTÓRIO

RESENHA DA OBRA FONOLOGIA, FONÉTICA E ENSINO: GUIA INTRODUTÓRIO 358 RESENHA DA OBRA FONOLOGIA, FONÉTICA E ENSINO: GUIA INTRODUTÓRIO Maria Lidiane de Sousa PEREIRA (UECE) Rakel Beserra de Macedo VIANA (UECE) ROBERTO, Tânia Mikaela Garcia. Fonologia, fonética e ensino:

Leia mais

PLANO DE ENSINO DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR

PLANO DE ENSINO DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR PLANO DE ENSINO DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR Nome do COMPONENTE CURRICULAR: Fonética e Fonologia da Língua Portuguesa Curso: LICENCIATURA EM LETRAS COM HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA Período: 4 Semestre:

Leia mais

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE TONICIDADE E DISTINÇÃO DE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS NO PB

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE TONICIDADE E DISTINÇÃO DE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS NO PB 3661 AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE TONICIDADE E DISTINÇÃO DE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS NO PB INTRODUÇÃO Francisco De Oliveira Meneses (UESB/ FAPESB) Vera PACHECO (UESB) As oclusivas são sons consonânticos

Leia mais

O ACRE ENTRE OS GRUPOS AFRICADORES DO BRASIL. Autora: Carina Cordeiro de Melo* 1 INTRODUÇÃO

O ACRE ENTRE OS GRUPOS AFRICADORES DO BRASIL. Autora: Carina Cordeiro de Melo* 1 INTRODUÇÃO O ACRE ENTRE OS GRUPOS AFRICADORES DO BRASIL Autora: Carina Cordeiro de Melo* 1 INTRODUÇÃO No Brasil, ainda nos ressentimos da falta de dados lingüísticos e fonéticos em número significativo que nos permitam

Leia mais

COMO ATUAR NAS DIFICULDADES DE ACESSO AO CÓDIGO ESCRITO

COMO ATUAR NAS DIFICULDADES DE ACESSO AO CÓDIGO ESCRITO COMO ATUAR NAS DIFICULDADES DE ACESSO AO CÓDIGO ESCRITO Vicente Martins Professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), de Sobral Estado do Ceará, Brasil vicente.martins@uol.com.br O principal

Leia mais

A grafia das consoantes biunívocas que se diferenciam pelo traço distintivo [sonoro] em textos de alunos de séries/anos iniciais

A grafia das consoantes biunívocas que se diferenciam pelo traço distintivo [sonoro] em textos de alunos de séries/anos iniciais A grafia das consoantes biunívocas que se diferenciam pelo traço distintivo [sonoro] em textos de alunos de séries/anos iniciais Rodrigues, Cristiane 1 ; Miranda, Ana Ruth 2 1 Universidade Federal de Pelotas,

Leia mais

A REALIZAÇÃO DAS OCLUSIVAS [T] E [D] NA PRONÚNCIA DA ZONA RURAL DA CIDADE DE CARUARU-PE

A REALIZAÇÃO DAS OCLUSIVAS [T] E [D] NA PRONÚNCIA DA ZONA RURAL DA CIDADE DE CARUARU-PE A REALIZAÇÃO DAS OCLUSIVAS [T] E [D] NA PRONÚNCIA DA ZONA RURAL DA CIDADE DE CARUARU-PE Everson Silva Cabral (1); Luiz Felipe de Oliveira Silva (2); Orientadora: Kátia Nepomuceno Pessoa (3); (1): Universidade

Leia mais

Estudo das características fonético-acústicas de consoantes em coda. silábica: um estudo de caso em E/LE

Estudo das características fonético-acústicas de consoantes em coda. silábica: um estudo de caso em E/LE Estudo das características fonético-acústicas de consoantes em coda silábica: um estudo de caso em E/LE Fernanda R. P. Allegro (Universidad de Buenos Aires/ FUNCEB) Sandra Madureira (PUC-SP) Introdução

Leia mais

CENTRO LUSOVENEZOLANO DE LOS VALLES DEL TUY Centro de Língua Portuguesa de Caracas INSTITUTO CAMÕES NOME:. TURMA:. [i] ilha ['iʎɐ]

CENTRO LUSOVENEZOLANO DE LOS VALLES DEL TUY Centro de Língua Portuguesa de Caracas INSTITUTO CAMÕES NOME:. TURMA:. [i] ilha ['iʎɐ] NOME:. TURMA:. Especificação: SÍMBOLOS UTILIZADOS NA TRANSCRIÇÃO FONÉTICA DO PE CONSOANTES [p] pato ['patu] [t] tecto ['tεtu] [k] casa ['kazɐ] [b] bola ['bɔlɐ] [d] dedo ['dedu] [g] gato ['gatu] [f] folha

Leia mais

ÍNDICE. Introdução 5. p b 9. t d 15. q g 21. f v 27. s z 33. x j 39. m n 45. nh lh 49. r l 53. r rr 59. a e i o u 63. Cartões de sons 69

ÍNDICE. Introdução 5. p b 9. t d 15. q g 21. f v 27. s z 33. x j 39. m n 45. nh lh 49. r l 53. r rr 59. a e i o u 63. Cartões de sons 69 ÍNDICE Introdução 5 p b 9 t d 15 q g 21 f v 27 s z 33 x j 39 m n 45 nh lh 49 r l 53 r rr 59 a e i o u 63 Cartões de sons 69 3 INTRODUÇÃO Aprender a falar é um processo natural e espontâneo em que a criança

Leia mais

Estudos Gramaticais Fonética e Fonologia: conceitos preliminares

Estudos Gramaticais Fonética e Fonologia: conceitos preliminares Edited by Foxit PDF Editor Copyright (c) by Foxit Software Company, 2004-2007 For Evaluation Only. Estudos Gramaticais Fonética e Fonologia: conceitos preliminares Profª Dra. Débora Mallet Sumário Introdução...

Leia mais

A ADAPTAÇÃO DOS SÍMBOLOS FONÉTICOS E FONOLÓGICOS DO PORTUGUÊS PARA DEFICIENTES VISUAIS

A ADAPTAÇÃO DOS SÍMBOLOS FONÉTICOS E FONOLÓGICOS DO PORTUGUÊS PARA DEFICIENTES VISUAIS A ADAPTAÇÃO DOS SÍMBOLOS FONÉTICOS E FONOLÓGICOS DO PORTUGUÊS PARA DEFICIENTES VISUAIS Gabriela de Souza Marques 1, Edson Carlos Romualdo 2 RESUMO: A ausência de recursos didáticos para levar os símbolos

Leia mais

Professora: Jéssica Nayra Sayão de Paula

Professora: Jéssica Nayra Sayão de Paula Professora: Jéssica Nayra Sayão de Paula Conceitos básicos e importantes a serem fixados: 1- Sincronia e Diacronia; 2- Língua e Fala 3- Significante e Significado 4- Paradigma e Sintagma 5- Fonética e

Leia mais

SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas

SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas SDE0183 TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA Aula 5: Atividade Motora Adaptada as PcD s Auditivas Objetivos desta aula: 1. Conceituar as DA s sob diferentes perspectivas; 2. Conhecer as diferentes

Leia mais

A PESQUISA EM FONÉTICA ARTICULATÓRIA, ACÚSTICA E AUDITIVA: NOÇÕES ELEMENTARES

A PESQUISA EM FONÉTICA ARTICULATÓRIA, ACÚSTICA E AUDITIVA: NOÇÕES ELEMENTARES CDD:414 A PESQUISA EM FONÉTICA ARTICULATÓRIA, ACÚSTICA E AUDITIVA: NOÇÕES ELEMENTARES Letícia Fraga * Abstract: This research presents a discussion about some important Phonetical and Phonological concepts,

Leia mais

Aula4 TRANSCRIÇÃO FONÉTICA E FONOLÓGICA. Denise Porto Cardoso

Aula4 TRANSCRIÇÃO FONÉTICA E FONOLÓGICA. Denise Porto Cardoso Aula4 TRANSCRIÇÃO FONÉTICA E FONOLÓGICA META Apresentar os sistemas de representação tanto fonética quanto fonológica, exemplifi cando-os com fonemas do português. OBJETIVOS Ao fi nal desta aula, o aluno

Leia mais

Apresentação do método sintético

Apresentação do método sintético Maria Cristina Pereira Cotta e Angela Maria Rodrigues Marques Galvão O tempo passa e, em Educação, continuam as dúvidas quanto à escolha do método ideal para alfabetizar. Para acertar nessa escolha, a

Leia mais

Tarefa 01 Professora Lúcia. Tríade da Comunicação: Linguagem, Língua e Fala

Tarefa 01 Professora Lúcia. Tríade da Comunicação: Linguagem, Língua e Fala Tarefa 01 Professora Lúcia Tríade da Comunicação: Linguagem, Língua e Fala 01. Linguagem: é todo sistema de sinais convencionais por meio do qual os seres humanos podem comunicar-se. Pode ser verbal e

Leia mais

Aula 6 Desenvolvimento da linguagem: percepção categorial

Aula 6 Desenvolvimento da linguagem: percepção categorial Aula 6 Desenvolvimento da linguagem: percepção categorial Pablo Faria HL422A Linguagem e Pensamento: teoria e prática Módulo 1: Aquisição da Linguagem IEL/UNICAMP 19 de setembro de 2016 SUMÁRIO PRELIMINARES

Leia mais

Temas: A Voz e o Ouvido Humanos

Temas: A Voz e o Ouvido Humanos Biofísica Aulas Teóricas (20 de Maio de 2010) Temas: A Voz e o Ouvido Humanos A voz humana Definição No seu sentido mais restrito a voz corresponde aos sons produzidos pela vibração das cordas vocais.

Leia mais

Características dos sons das vogais do português falado no Brasil

Características dos sons das vogais do português falado no Brasil Características dos sons das vogais do português falado no Brasil Benjamin Pereira dos Santos Siqueira benjamin_bps@hotmail.com Joyce Alvarenga de Faria joyce_alvar@hotmail.com Priscila Lemos Kallás Prof.

Leia mais

Propriedades e características do som

Propriedades e características do som Propriedades e características do som Todo e qualquer som tem sua origem no movimento vibratório de algum meio material. Por exemplo, quando um músico dedilha as cordas de um violão, elas são postas a

Leia mais

Estrura Sublexical dos Sinais a partir de suas Unidades Mínimas Distintivas

Estrura Sublexical dos Sinais a partir de suas Unidades Mínimas Distintivas Texto retirado do endereço: http://www.ines.gov.br/ines_livros/35/35_002.htm Estrura Sublexical dos Sinais a partir de suas Unidades Mínimas Distintivas A palavra ou item lexical certo, em português, é

Leia mais

UNIOESTE PLANO DE ENSINO ANO DE 2017

UNIOESTE PLANO DE ENSINO ANO DE 2017 UNIOESTE Criada pela Lei nº 8680, de 30/10/87; Decreto nº 2352, de 27/01/88. Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 1784 - A, de 23/12/94. PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO NUCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA /NEaDUNI

Leia mais

PLANIFICAÇÃO ANUAL Documentos Orientadores: Programa, Metas Curriculares e Aprendizagens Essenciais

PLANIFICAÇÃO ANUAL Documentos Orientadores: Programa, Metas Curriculares e Aprendizagens Essenciais PLANIFICAÇÃO ANUAL Documentos Orientadores: Programa, Metas Curriculares e Aprendizagens Essenciais Português 1º Ano Página 1 de 18 TEMAS/DOMÍNIOS CONTEÚDOS APRENDIZAGENS ESSENCIAIS Nº DE AULAS AVALIAÇÃO

Leia mais

A RELEVÂNCIA DA FONÉTICA/ FONOLOGIA NA APROPRIAÇÃO DA ESCRITA: ANÁLISE DE UMA ATIVIDADE DO LIVRO DIDÁTICO

A RELEVÂNCIA DA FONÉTICA/ FONOLOGIA NA APROPRIAÇÃO DA ESCRITA: ANÁLISE DE UMA ATIVIDADE DO LIVRO DIDÁTICO A RELEVÂNCIA DA FONÉTICA/ FONOLOGIA NA APROPRIAÇÃO DA ESCRITA: ANÁLISE DE UMA ATIVIDADE DO LIVRO DIDÁTICO Alexsandra Morais Maia (Autor) 1 ; Adriana Carneiro Miranda Nunes (Coautor) 2 Universidade Federal

Leia mais

Fonética e Fonologia: modos de operacionalização

Fonética e Fonologia: modos de operacionalização Fonética e Fonologia: modos de operacionalização Encontro sobre Terminologia Linguística: das teorias às práticas Faculdade de Letras da Universidade do Porto 12 e 13 de Setembro de 2005 Sónia Valente

Leia mais

Código Nome Carga horária AT. Fonética e Fonologia da Língua Portuguesa

Código Nome Carga horária AT. Fonética e Fonologia da Língua Portuguesa UNIOESTE Criada pela Lei nº 8680, de 30/10/87; Decreto nº 2352, de 27/01/88. Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 1784 - A, de 23/12/94. PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA /NEaDUNI

Leia mais

Curso: Letras Português/Espanhol. Disciplina: Linguística. Docente: Profa. Me. Viviane G. de Deus

Curso: Letras Português/Espanhol. Disciplina: Linguística. Docente: Profa. Me. Viviane G. de Deus Curso: Letras Português/Espanhol Disciplina: Linguística Docente: Profa. Me. Viviane G. de Deus AULA 2 1ª PARTE: Tema 2 - Principais teóricos e teorias da Linguística moderna Formalismo x Funcionalismo

Leia mais

Diferenças entre o Português Europeu e o Português Brasileiro: Um Estudo Preliminar sobre a Pronúncia no Canto Lírico

Diferenças entre o Português Europeu e o Português Brasileiro: Um Estudo Preliminar sobre a Pronúncia no Canto Lírico Diferenças entre o Português Europeu e o Português Brasileiro: Um Estudo Preliminar sobre a Pronúncia no Canto Lírico Marilda Costa, Luis M.T. Jesus, António Salgado, Moacyr Costa Filho UNIVERSIDADE DE

Leia mais

Objetivo, programa e cronograma da disciplina: Fonética e Fonologia do Português FLC0275

Objetivo, programa e cronograma da disciplina: Fonética e Fonologia do Português FLC0275 Objetivo, programa e cronograma da disciplina: Fonética e Fonologia do Português FLC0275-1 o. Semestre de 2018 1. Objetivo: Apresentar aos alunos os aspectos fundamentais da fonologia da língua portuguesa,

Leia mais

Introdução à análise acústica de consoantes e vogais

Introdução à análise acústica de consoantes e vogais Introdução à análise acústica de consoantes e vogais Adelaide H.P. Silva Sabemos que para analisar os sons da fala utilizamos parâmetros como freqüência e amplitude do sinal acústico. O cruzamento dessas

Leia mais

Aula 1 FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM

Aula 1 FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM Aula 1 FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM LANGACKER, Ronald W. A linguagem e sua estrutura: alguns conceitos fundamentais. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1972. cap. 1 (p. 11-19). MARTELOTTA, Mário Eduardo. Manual de

Leia mais

FONOLOGIA. Abaixo a relação dos ditongos decrescente e crescente:

FONOLOGIA. Abaixo a relação dos ditongos decrescente e crescente: FONOLOGIA FONOLOGIA É a parte da Gramática que estuda o comportamento dos fonemas de uma língua, tomando-os como unidades sonoras capazes de criar diferença de significados. Outros nomes: fonêmica, fonemática.

Leia mais

APOIO PEDAGÓGICO. Fonêmica Premissas e conceitos básicos. Nívia Aniele PosLin - FALE

APOIO PEDAGÓGICO. Fonêmica Premissas e conceitos básicos. Nívia Aniele PosLin - FALE APOIO PEDAGÓGICO Fonêmica Premissas e conceitos básicos Nívia Aniele PosLin - FALE A organização da cadeia sonora da fala é orientada por certos princípios. Tais princípios agrupam segmentos consonantais

Leia mais

Plano de Ensino da Disciplina

Plano de Ensino da Disciplina Disciplina: Fonética Clínica Código da disciplina: LIN012 Classificação: Obrigatória (OB) Plano de Ensino da Disciplina Unidade/Departamento: Faculdade de Letras Período do Curso: 2º período N.º de créditos:

Leia mais

Objetivo, programa e cronograma da disciplina: Fonética e Fonologia do Português FLC0275

Objetivo, programa e cronograma da disciplina: Fonética e Fonologia do Português FLC0275 Objetivo, programa e cronograma da disciplina: - 1 o. Semestre de 2019 1. Objetivo: Apresentar aos alunos os aspectos fundamentais da fonologia da língua portuguesa, de um ponto de vista histórico e descritivo.

Leia mais

CURSO SAÚDE VOCAL. Material de Apoio CURSO SAÚDE VOCAL. Roteiro- aula 1. Teoria. Prática

CURSO SAÚDE VOCAL. Material de Apoio CURSO SAÚDE VOCAL. Roteiro- aula 1. Teoria. Prática Programa de Educação Corporativa CURSO SAÚDE VOCAL Material de Apoio CURSO SAÚDE VOCAL 1. Produção da voz, parâmetros vocal, relação corpovoz, treinamento vocal: método corporal e gargarejo 2. Desenvolvimento

Leia mais

O PORTUGUÊS BRASILEIRO CANTADO

O PORTUGUÊS BRASILEIRO CANTADO O PORTUGUÊS BRASILEIRO CANTADO Prof. Dr. Flávio Carvalho Departamento de Música e Artes Cênicas/ UFU e-mail: fcarvalho@demac.ufu.br www.demac.ufu.br Resumo: Este Grupo de Trabalho pretende consolidar os

Leia mais

AVALIAÇÃO ESPECTRAL DE FRICATIVAS ALVEOLARES PRODUZIDAS POR SUJEITO COM DOWN

AVALIAÇÃO ESPECTRAL DE FRICATIVAS ALVEOLARES PRODUZIDAS POR SUJEITO COM DOWN Página 235 de 511 AVALIAÇÃO ESPECTRAL DE FRICATIVAS ALVEOLARES PRODUZIDAS POR SUJEITO COM DOWN Carolina Lacôrte Gruba Marian Oliveira (Orientadora) Vera Pacheco Audinéia Ferreira da Silva RESUMO As fricativas

Leia mais

Diferentes abordagens de alfabetização

Diferentes abordagens de alfabetização ALFABETIZAÇÃO Diferentes abordagens de alfabetização MODELO 1 (MÉTODO FONÉTICO OU DIRETO) Identificar oralmente os fonemas da língua (sons). Corresponder o fonema ao grafema: mostrar a letra e a pronuncia

Leia mais

LÍNGUA PORTUGUESA MÓDULO 1. Fonética e Fonologia. Professora Rosane Reis

LÍNGUA PORTUGUESA MÓDULO 1. Fonética e Fonologia. Professora Rosane Reis LÍNGUA PORTUGUESA Professora Rosane Reis MÓDULO 1 Fonética e Fonologia Por que devemos aprender fonética? Porque precisamos conhecer mais profundamente como as palavras faladas são representadas pela escrita,

Leia mais

O APARELHO FONADOR. Um conjunto de órgãos e sistemas que são responsáveis pelo meio de comunicação mais evoluída no ser humano, A FALA.

O APARELHO FONADOR. Um conjunto de órgãos e sistemas que são responsáveis pelo meio de comunicação mais evoluída no ser humano, A FALA. O APARELHO FONADOR Um conjunto de órgãos e sistemas que são responsáveis pelo meio de comunicação mais evoluída no ser humano, A FALA. A voz é algo tão característico e importante como a nossa própria

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - UFU INSTITUTO DE LETRAS E LINGUÍSTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - UFU INSTITUTO DE LETRAS E LINGUÍSTICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - UFU INSTITUTO DE LETRAS E LINGUÍSTICA VARIAÇÃO FONÉTICA EM REGIÕES DE MINAS GERAIS Plano de Trabalho Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC) UBERLÂNDIA Setembro, 2016

Leia mais

1. Revisão de pontos importantes relativos a Morfologia

1. Revisão de pontos importantes relativos a Morfologia 24.900: Introdução à Lingüística Anotações da Aula: Semana de 25 de Fevereiro de 2002 MORFOLOGIA? FONOLOGIA? Conjunto de problemas # 3: Para segunda-feira, 4 de março de 2002? Não haverá aula na Quarta-feira,

Leia mais

AQUISIÇÃO FONOLÓGICA EM CRIANÇAS DE 3 A 8 ANOS: A INFLUÊNCIA DO NÍVEL SÓCIO ECONÔMICO

AQUISIÇÃO FONOLÓGICA EM CRIANÇAS DE 3 A 8 ANOS: A INFLUÊNCIA DO NÍVEL SÓCIO ECONÔMICO AQUISIÇÃO FONOLÓGICA EM CRIANÇAS DE 3 A 8 ANOS: A INFLUÊNCIA DO NÍVEL SÓCIO ECONÔMICO Palavras Chave: Criança, Fala, Desenvolvimento da Linguagem Introdução: A aquisição do sistema fonológico ocorre durante

Leia mais

INVESTIGAÇÃO ACERCA DOS PROCESSOS DE REESTRUTURAÇÃO SILÁBICA CVC NO PORTUGUÊS BRASILEIRO E NO INGLÊS: UMA ANÁLISE FONÉTICO-ACÚSTICA

INVESTIGAÇÃO ACERCA DOS PROCESSOS DE REESTRUTURAÇÃO SILÁBICA CVC NO PORTUGUÊS BRASILEIRO E NO INGLÊS: UMA ANÁLISE FONÉTICO-ACÚSTICA Página 33 de 315 INVESTIGAÇÃO ACERCA DOS PROCESSOS DE REESTRUTURAÇÃO SILÁBICA CVC NO PORTUGUÊS BRASILEIRO E NO INGLÊS: UMA ANÁLISE FONÉTICO-ACÚSTICA Michael Douglas Silva Dias 9 (UESB) Vera Pacheco 10

Leia mais

AS CIÊNCIAS DA LINGUAGEM 1 Leodegário A. de Azevedo Filho (UERJ e UFRJ)

AS CIÊNCIAS DA LINGUAGEM 1 Leodegário A. de Azevedo Filho (UERJ e UFRJ) AS CIÊNCIAS DA LINGUAGEM 1 Leodegário A. de Azevedo Filho (UERJ e UFRJ) RESUMO As Ciências da Linguagem são numerosas e não serão todas estudadas nem referidas nesta aula-conferência. A Lingüística (geral

Leia mais

Distinguindo os sons da fala: consoantes

Distinguindo os sons da fala: consoantes Distinguindo os sons da fala: consoantes Adelaide H.P. Silva Sabemos que a produção da voz acontece durante o processo de fonação, quando as pregas vocais vibram, como conseqüência dos seus movimentos

Leia mais

VOGAIS NASAIS E NASALIZADAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: PRELIMINARES DE UMA ANÁLISE DE CONFIGURAÇÃO FORMÂNTICA

VOGAIS NASAIS E NASALIZADAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: PRELIMINARES DE UMA ANÁLISE DE CONFIGURAÇÃO FORMÂNTICA Página 27 de 315 VOGAIS NASAIS E NASALIZADAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: PRELIMINARES DE UMA ANÁLISE DE CONFIGURAÇÃO FORMÂNTICA Luiz Carlos da Silva Souza 7 (UESB/Fapesb) Vera Pacheco 8 (UESB) RESUMO Este

Leia mais

Aula7 SISTEMA FONOLÓGICO DO PORTUGUÊS: AS VOGAIS SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DA NOMECLATURA GRAMATICAL BRASILEIRA E A PROPOSTA DE MATTOSO CÂMARA JR.

Aula7 SISTEMA FONOLÓGICO DO PORTUGUÊS: AS VOGAIS SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DA NOMECLATURA GRAMATICAL BRASILEIRA E A PROPOSTA DE MATTOSO CÂMARA JR. Aula7 SISTEMA FONOLÓGICO DO PORTUGUÊS: AS VOGAIS SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DA NOMECLATURA GRAMATICAL BRASILEIRA E A PROPOSTA DE MATTOSO CÂMARA JR. META Apresentar os traços distintivos das vogais do sistema

Leia mais

COMPORTAMENTO DA FRICATIVA CORONAL EM POSIÇÃO DE CODA: UM ESTUDO VARIACIONISTA DA INTERFACE FALA E LEITURA DE ALUNOS DE DUAS ESCOLAS PESSOENSES

COMPORTAMENTO DA FRICATIVA CORONAL EM POSIÇÃO DE CODA: UM ESTUDO VARIACIONISTA DA INTERFACE FALA E LEITURA DE ALUNOS DE DUAS ESCOLAS PESSOENSES 4175 COMPORTAMENTO DA FRICATIVA CORONAL EM POSIÇÃO DE CODA: UM ESTUDO VARIACIONISTA DA INTERFACE FALA E LEITURA DE ALUNOS DE DUAS ESCOLAS PESSOENSES Priscila Evangelista Morais (UFPB/CNPq) Izete de Souza

Leia mais

pág Anais do XVI CNLF. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2012.

pág Anais do XVI CNLF. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2012. A FONÉTICA E A FONOLOGIA NA OBRA DE LEODEGÁRIO AMARANTE DE AZEVEDO FILHO Mirian Therezinha da Matta Machado (ABRAFIL/CiFEFiL/UFF) mtmatta@terra.com.br Leodegário Amarante de Azevedo Filho apresenta nos

Leia mais

Aplicação do modelo de oposições máximas em paciente com desvio fonológico: relato de caso

Aplicação do modelo de oposições máximas em paciente com desvio fonológico: relato de caso Aplicação do modelo de oposições máximas em paciente com desvio fonológico: relato de caso Fernanda Helena Kley¹, Letícia Pacheco Ribas² RESUMO Este estudo tem como objetivo verificar a aplicabilidade

Leia mais

6LEM064 GRAMÁTICA DA LÍNGUA ESPANHOLA I Estudo de aspectos fonético-fonológicos e ortográficos e das estruturas morfossintáticas da língua espanhola.

6LEM064 GRAMÁTICA DA LÍNGUA ESPANHOLA I Estudo de aspectos fonético-fonológicos e ortográficos e das estruturas morfossintáticas da língua espanhola. HABILITAÇÃO: LICENCIATURA EM LÍNGUA ESPANHOLA 1ª Série 6LEM064 GRAMÁTICA DA LÍNGUA ESPANHOLA I Estudo de aspectos fonético-fonológicos e ortográficos e das estruturas morfossintáticas da língua espanhola.

Leia mais

FONOLOGIA. [»bobu] [»bobu] este par mínimo permite-nos ver que os sons [b] e [l] têm função distintiva dentro do

FONOLOGIA. [»bobu] [»bobu] este par mínimo permite-nos ver que os sons [b] e [l] têm função distintiva dentro do FONOLOGIA Fonemas e segmentos fonológicos A noção de fonema resulta de questões de funcionalidade (cf. escola funcionalista, estruturalismo pós-saussuriano). Nem todos os sons que ocorrem na cadeia fonética

Leia mais

Aula3 CONCEITOS BÁSICOS DA FONÉTICA E DA FONOLOGIA. Denise Porto Cardoso

Aula3 CONCEITOS BÁSICOS DA FONÉTICA E DA FONOLOGIA. Denise Porto Cardoso Aula3 CONCEITOS BÁSICOS DA FONÉTICA E DA FONOLOGIA META Apresentar os conceitos de fone, fonema, alofone, arquiofonema, par mínimo, distribuição complementar. OBJETIVOS Ao fi nal desta aula, o aluno deverá:

Leia mais

REVISITANDO OS UNIVERSAIS FONOLÓGICOS DE JAKOBSON

REVISITANDO OS UNIVERSAIS FONOLÓGICOS DE JAKOBSON Página 207 de 513 REVISITANDO OS UNIVERSAIS FONOLÓGICOS DE JAKOBSON Laís Rodrigues Silva Bockorni (IC- UESB/GEDEF) Maria de Fátima de Almeida Baia (PPGLIN/GEDEF/UESB) RESUMO Neste trabalho, revisitamos

Leia mais

Kátia Renner. som. e suas. características. IESDE Brasil S.A. Curitiba 2012

Kátia Renner. som. e suas. características. IESDE Brasil S.A. Curitiba 2012 Kátia Renner som O e suas características IESDE Brasil S.A. Curitiba 2012 2008 IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e

Leia mais

O /S/ EM CODA SILÁBICA NO NORDESTE, A PARTIR DOS INQUÉRITOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL (ALIB).

O /S/ EM CODA SILÁBICA NO NORDESTE, A PARTIR DOS INQUÉRITOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL (ALIB). 157 de 297 O /S/ EM CODA SILÁBICA NO NORDESTE, A PARTIR DOS INQUÉRITOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL (ALIB). Cláudia Santos de Jesus (UFBA) Jacyra Andrade Mota (UFBA) RESUMO A presente pesquisa

Leia mais

O ser Humano e o Ecossistema

O ser Humano e o Ecossistema SISTEMA SENSORIAL O ser Humano e o Ecossistema Assistir a prática esportiva Ouvir o canto de um pássaro Sentir o vento no rosto Sabor de uma fruta gostosa Sentir o perfume de uma flor Isso ocorre graças

Leia mais

O ALÇAMENTO VOCÁLICO NO FALAR BALSENSE

O ALÇAMENTO VOCÁLICO NO FALAR BALSENSE O ALÇAMENTO VOCÁLICO NO FALAR BALSENSE Autora: Luciara Silva Teixeira Hellen Vitória Queiroz de Brito Isabella Divina Nunes Lazarin Universidade Estatual do Maranhão UEMA Centro de Estudos Superiores de

Leia mais

PROGRAMAÇÃO DA 2ª ETAPA 2º ANO Thaciana

PROGRAMAÇÃO DA 2ª ETAPA 2º ANO Thaciana PROGRAMAÇÃO DA 2ª ETAPA 2º ANO Thaciana LÍNGUA PORTUGUESA A soberba não é grandeza, é inchaço. O que incha parece grande, mas não está são. Santo Agostinho. CONTEÚDOS: Livros: 1. Português Linguagens 2

Leia mais

A ALFABETIZAÇÃO DA PESSOA SURDA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES. Caderno de Educação Especial

A ALFABETIZAÇÃO DA PESSOA SURDA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES. Caderno de Educação Especial A ALFABETIZAÇÃO DA PESSOA SURDA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES Caderno de Educação Especial O que devemos considerar no processo de Alfabetização? Criança Ouvinte Criança Surda Faz uso das propriedades fonológicas

Leia mais

Aula 2 THE ORGANS OF SPEECH. Elaine Maria Santos Camila Andrade Chagas Vieira

Aula 2 THE ORGANS OF SPEECH. Elaine Maria Santos Camila Andrade Chagas Vieira Aula 2 THE ORGANS OF SPEECH META Apresentar os órgãos responsáveis pela produção da fala, de modo que o aluno possa compreender os posicionamentos dos articuladores que são necessários para que os fonemas

Leia mais

ALFABETIZAÇÃO E NEUROCIÊNCIA

ALFABETIZAÇÃO E NEUROCIÊNCIA ALFABETIZAÇÃO E NEUROCIÊNCIA O QUE É NECESSÁRIO PARA O ENSINO DA LEITURA E ESCRITA? - Desconstruir. - Compreender que existem estruturas neuronais que podem ser estimuladas para esta aquisição. - Compreender

Leia mais

Plano de Ensino Componente Curricular: Curso: Período: Carga Horária: Docente: Ementa Objetivos Geral Específicos

Plano de Ensino Componente Curricular: Curso: Período: Carga Horária: Docente: Ementa Objetivos Geral Específicos Plano de Ensino Componente Curricular: Língua Portuguesa e Literatura Brasileira I Curso: Técnico em Química (Integrado) Período: 1º ano Carga Horária: 160 h/a 133 h/r Docente: Anna Giovanna Rocha Bezerra

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE INVENTÁRIO SEGMENTAL E TEMPLATES: ESTUDO DE CASO DE UMA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN

RELAÇÃO ENTRE INVENTÁRIO SEGMENTAL E TEMPLATES: ESTUDO DE CASO DE UMA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN Página 201 de 512 RELAÇÃO ENTRE INVENTÁRIO SEGMENTAL E TEMPLATES: ESTUDO DE CASO DE UMA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN Glaubia Ribeiro Moreira (UESB/PPGLin) Marian Oliveira (UESB/PPGLin) Maria de Fátima

Leia mais

Estudo da Produção de Oclusivas do Português Europeu

Estudo da Produção de Oclusivas do Português Europeu Estudo da Produção de Oclusivas do Português Europeu Dissertação apresentada à Universidade de Aveiro para obtenção do Grau de Mestre em Ciências da Fala e da Audição Marisa Lobo Lousada Orientador: Professor

Leia mais

EXERCÍCIOS DE FONÉTICA ARTICULATÓRIA

EXERCÍCIOS DE FONÉTICA ARTICULATÓRIA EXERCÍCIOS DE FONÉTICA ARTICULATÓRIA Questão 1 Considerando a sua pronúncia, marque a(s) palavra(s) que tenham o som indicado na coluna da esquerda. Você deverá selecionar entre duas e quatro palavras

Leia mais

Plano de ensino: CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Plano de ensino: CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Plano de ensino: CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Título Contextualização Ementa Objetivos gerais CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA A língua portuguesa,

Leia mais

AS 5 ETAPAS PARA ALFABETIZAR SEUS FILHOS EM CASA

AS 5 ETAPAS PARA ALFABETIZAR SEUS FILHOS EM CASA AS 5 ETAPAS PARA ALFABETIZAR SEUS FILHOS EM CASA UMA SÉRIE GRATUITA DE 3 VÍDEOS #2 www.comoeducarseusfilhos.com.br O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR NESTE PDF 1. CHECKLIST DO VÍDEO #2 2. AS 5 ETAPAS QUE ANTECEDEM

Leia mais

Ondas sonoras. Qualidades fisiológicas de uma onda sonora

Ondas sonoras. Qualidades fisiológicas de uma onda sonora Ondas sonoras As ondas mecânicas que propiciam o fenômeno da audição aos seres vivos são chamadas de ondas sonoras. Como todas as ondas mecânicas, as ondas sonoras podem se propagar nos mais diversos meios,

Leia mais

PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DO SOM 1.1. PRODUÇÃO, PROPAGAÇÃO E 1.1. PRODUÇÃO, PROPAGAÇÃO E RECEPÇÃO PRODUÇÃO, PROPAGAÇÃO E RECEPÇÃO DO SOM

PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DO SOM 1.1. PRODUÇÃO, PROPAGAÇÃO E 1.1. PRODUÇÃO, PROPAGAÇÃO E RECEPÇÃO PRODUÇÃO, PROPAGAÇÃO E RECEPÇÃO DO SOM 1. PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO Vivemos rodeados de sons que produzem em nós as mais variadas sensações Sons agradáveis: RECEPÇÃO Vivemos rodeados de sons que produzem em nós as mais variadas sensações Sons

Leia mais

VOGAIS NASAIS EM AMBIENTES NÃO NASAIS EM ALGUNS DIALETOS BAIANOS: DADOS PRELIMINARES 1

VOGAIS NASAIS EM AMBIENTES NÃO NASAIS EM ALGUNS DIALETOS BAIANOS: DADOS PRELIMINARES 1 39 de 107 VOGAIS NASAIS EM AMBIENTES NÃO NASAIS EM ALGUNS DIALETOS BAIANOS: DADOS PRELIMINARES 1 Cirlene de Jesus Alves * (Uesb) Layane Dias Cavalcante * (Uesb) Vera Pacheco ** (Uesb) RESUMO Esse trabalho

Leia mais

CURSO ANO LETIVO PERIODO/ANO Departamento de Letras º CÓDIGO DISCIPLINA CARGA HORÁRIA Introdução aos estudos de língua materna

CURSO ANO LETIVO PERIODO/ANO Departamento de Letras º CÓDIGO DISCIPLINA CARGA HORÁRIA Introdução aos estudos de língua materna CURSO ANO LETIVO PERIODO/ANO Departamento de Letras 2017 5º CÓDIGO DISCIPLINA CARGA HORÁRIA Introdução aos estudos de língua materna 04h/a xxx xxx 60 h/a xxx xxx EMENTA Iniciação ao estudo de problemas

Leia mais

Avaliação Fonoaudiológica em Neurologia / Educação: Linguagem e Fonologia.

Avaliação Fonoaudiológica em Neurologia / Educação: Linguagem e Fonologia. Avaliação Fonoaudiológica em Neurologia / Educação: Linguagem e Fonologia. Fgo. Dr. Fábio Henrique Pinheiro Fonoaudiológo. Doutor em Educação UNESP/SP. Pós Doutor Universidad Católica de Valencia/ESP.

Leia mais

Análise das vibrantes e líquidas laterais da língua portuguesa na fala de uma informante nativa do japonês

Análise das vibrantes e líquidas laterais da língua portuguesa na fala de uma informante nativa do japonês Análise das vibrantes e líquidas laterais da língua portuguesa na fala de uma informante nativa do japonês Alessandra DUTRA 1, Cláudia SORDI-ICHIKAWA 2 1 Departamento de Letras Faculdade Paranaense FACCAR

Leia mais

Nome: G.A.S. Data de nascimento:20/12/2001. Idade : 9 anos e 3 meses. Encaminhado por: Psicologia e Neuropediatria

Nome: G.A.S. Data de nascimento:20/12/2001. Idade : 9 anos e 3 meses. Encaminhado por: Psicologia e Neuropediatria Nome: G.A.S Data de nascimento:20/12/2001 Idade : 9 anos e 3 meses Encaminhado por: Psicologia e Neuropediatria 2º semestre de 2006 Queixa: dificuldade para falar e de comunicação Mãe estranhou a forma

Leia mais