Josefa Farias. Fonética e Fonologia da Língua Portuguesa
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- Luzia Sabala Cortês
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3 Josefa Farias Fonética e Fonologia da Língua Portuguesa São Paulo Rede Internacional de Universidades Laureate 2015
4 Sumário Capítulo 2: Os principais conceitos fonéticos e fonológicos Introdução Som e fonema O som Os fonemas Fone, fonema e alofone Descrição fonética e fonológica Transcrição fonética e fonológica Alfabeto Fonético Internacional Classificação dos sons linguísticos Vogais e consoantes Síntese Referências Bibliográficas
5 Capítulo 2 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos Introdução A Fonética e a Fonologia aparecem nos estudos gramaticais nas séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, em conceitos como letra e fonema, ortografia, recursos estilísticos, homofonia, homografia, só para citar alguns, e também no ensino de línguas estrangeiras. Para que esses tópicos sejam trabalhados em sala de aula de maneira eficiente, é preciso que o professor tenha o domínio do conteúdo, a fim de organizá-lo de forma criativa e eficiente. O estudo de conceitos como fone, alofone, fonema, vogais e consoantes é fundamental para começarmos a refletir sobre possibilidades de criação de estratégias que possam facilitar a expressão linguística. 5
6 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos 1 Som e fonema 1.1 O som O som é a unidade sonora mínima da fala, realiza-se oral e fisicamente e seu número é ilimitado. Mas como ele é produzido? Pela vibração do ar, criando oscilações que entram na parte externa dos nossos ouvidos, conduzindo as ondas sonoras em direção ao tímpano, que vibra. Nos tímpanos, as vibrações são captadas pela cóclea, uma espécie de caracol que há no nosso ouvido, e enviadas para o nosso cérebro. Figura 1 Ouvido interno. Disponível em: < Acesso em: 31 mar Figura 2 Emissão de voz pelas cordas vocais. Disponível em: < sistemarespiratorio.htm>. Acesso em: 31 mar As pregas vocais são um tecido musculoso que fica no interior da laringe. Quando o ar sai dos pulmões, passa por elas e as faz vibrar, produzindo o som não somente da voz, mas também de barulhos, como o de um beijo, por exemplo. Como as pregas são fibras elásticas, elas se estendem produzindo a vibração, como a corda de um violino. 6 Laureate- International Universities
7 Figura 3 Vibração das pregas vocais. Disponível em: < Acesso em: 31 mar Figura 4 Corda vibrando. Disponível em: < Acesso em: 31 mar Normalmente, os sons são representados pela Fonética entre colchetes [p]. NÓS QUEREMOS SABER! Figura 5 Exercícios de relaxamento para o pescoço. Disponível em: < Acesso em: 31 mar Algumas vezes, parece que os sons da nossa voz, mesmo que estejamos saudáveis, saem de forma pouco audível, por exemplo, a voz sai baixa, como se estivéssemos cansados. Isso acontece por não estarmos articulando corretamente os fonemas. Alguns exercícios podem ajudar nesse sentido, além da clássica dica de comer uma maçã por dia e não beber gelado antes ou depois de dar uma aula ou uma palestra. Outros exercícios ajudam a aumentar a mobilidade e a elasticidade dos músculos que produzem os sons, potencializando a emissão da voz e melhorando a articulação dos fonemas, tais como: Relaxamento do pescoço, para diminuir a rigidez da mandíbula, melhorando a articulação dos fonemas; Colocar a língua em posição normal e dizer aaa...aaa...aaa ; Estalar a língua; Levar a língua no lábio superior e depois no lábio inferior; Soprar bolinhas de papel por canudinhos; Colocar os lábios em posição de assovio; Abrir e fechar a boca rápido; Imitar o som da campainha: ding dong ; Imitar um leão: rrrr... Fazer cada um desses exercícios pelo menos cinco vezes ao dia resulta em uma melhor emissão de voz. Disponível em: < Acesso em: 31 mar
8 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos 1.2 Os fonemas O fonema é a unidade sonora mínima da língua e constitui a imagem mental do som. Seu número é limitado e não tem significado por si só, mas sim em oposição aos outros fonemas com que se junta na constituição da palavra. Na Fonologia, é representado entre barras: /b/. Segundo Bechara (2009): Toda distinção significativa entre duas palavras de uma língua estabelecida pela oposição ou contraste entre dois sons revela que cada um desses sons representa uma unidade mental sonora diferente. Essa unidade de que o som é representação (ou realização) física recebe o nome de fonema. (BECHARA, 2009, p. 27). 1.3 Fone, fonema e alofone Já são comuns as observações sobre as diversas formas de pronúncia de determinadas palavras em diferentes regiões do país, as quais constroem a identidade de falares regionais. Em São Paulo, por exemplo, identifica-se uma pessoa do interior pela pronúncia do /R/, que é diferente de uma pessoa da capital. Em Pernambuco, por exemplo, a pronúncia do /S/ é muito semelhante à forma como os cariocas falam. A Fonética ocupa-se da descrição dos conceitos que definem essas distinções. O conceito de fone refere-se a todos os sons produzidos pelos falantes de uma língua, mas nem todos os fones realizam-se em fonemas, pois o som de uma tossida é um fone, mas não um fonema. Quando os fones realizam-se linguisticamente, tornam-se fonemas, que operam pela distinção. Na língua portuguesa, por exemplo, as palavras são construídas pela oposição entre fonemas vocálicos e consonantais. Assim, os fones que se realizam por essa oposição tornam-se unidades linguísticas. Segundo Bechara (2009, p. 57), os fonemas são os sons elementares e distintivos que o homem produz quando, pela voz, exprime seus pensamentos e emoções. A realização escrita desses fonemas é o alfabeto. Quando em uma palavra queremos marcar que a letra equivale a um fonema vocálico aberto, o fazemos entre barras. Assim, as vogais são transcritas /a/, /é/, /i/, /ó/ e /u/. Esse tipo de transcrição é denominada fonêmica. Quando um fonema se realiza de forma distinta em palavras faladas de modo diferente, temos o alofone, que se define como cada realização de um fonema. A palavra /dia/, por exemplo, é realizada de forma diferente no Sul, em São Paulo e no Nordeste. Temos, desse modo, as seguintes realizações: [d] [dž] O alofone constitui-se nas diferentes impressões que o nosso cérebro recebe pelo nervo auditivo. Quando falamos de alofone, não se trata de propriedades de sons, mas da recepção, percepção desses sons. 8 Laureate- International Universities
9 VOCÊ O CONHECE? Dinafon, que significa Dinâmica Fônica, ou dinâmica da fala, é um grupo de pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), dirigido por Eleonora Albano, formado por fonologistas e foneticistas do Laboratório de Fonética e Psicolinguística (LAFAPE) e do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Os pesquisadores do Dinafon têm formação em Linguística, Psicologia, Fonoaudiologia e Musicologia. Figura 6 Print da tela do site Dinafon. Disponível em: < Acesso em: 31 mar Descrição fonética e fonológica A descrição fonética é a descrição dos sons da fala e se ocupa em determinar como estes são produzidos, transmitidos e percebidos. Assim, são descritas as características articulatórias dos sons: modo de articulação, altura e posição da língua etc. Vejamos um exemplo de descrição fonética do PB (Português Brasileiro), de acordo com Samczuk e Gama Rossi (2004): As fricativas que compõem o sistema fonológico do PB distinguem-se quanto aos seguintes pontos de articulação: lábio-dentais (/f v/), alveolares (/s z/), e palatais (/S Z/). Fricativas velares (/x F/) e glotais (/h /) têm sido utilizadas como formas variantes dos erres dialetais. Em cada um desses pontos de articulação, ocorrem os pares vozeado e não-vozeado. De acordo com Kent e Read (1992:121), o principal traço articulatório de uma fricativa é a formação de uma constrição estreita num dado ponto do trato vocal. Quando o ar passa através dessa constrição, numa quantidade de fluxo suficiente, há a formação de uma turbulência, o que significa que o movimento da partícula da corrente de ar torna-se altamente complexo, formando pequenos redemoinhos na região constrita. A condição aerodinâmica de turbulência está associada à geração de um ruído turbulento no sinal acústico. As fricativas, portanto, são identificadas (1) pela formação de uma constrição estreita no trato vocal, (2) pelo desenvolvimento de fluxo de ar turbulento, e (3) pela geração de um ruído de turbulência. Comparadas com as demais classes de sons, elas possuem duração relativamente longa e é esse intervalo de energia aperiódica que as diferencia enquanto uma classe. (SAMCZUK; GAMA ROSSI, 2004, p. 1). 9
10 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos Figura 7 Quadro fonético. Disponível em: < -traco-de-sonoridade/>. Acesso em: 31 mar A descrição fonética, portanto, ocupa-se de descrever o processo desenvolvido pelo aparelho fonador na produção de determinados fonemas, observando, por exemplo, como se realiza o som vozeado, aquele que você sente vibrar na garganta. A descrição fonológica, por sua vez, ocupa-se de descrever o sistema de determinada língua, dialeto ou variação. São aplicados os conhecimentos da fonética, a terminologia e os símbolos usados nas transcrições. Veja o exemplo de descrição fonológica abaixo: Quadro 1 Descrição fonológica da língua lembaama A língua lembaama tem 14 vogais e 43 consoantes: 7 vogais breves: / i, u, e, ԑ, o, ɔ, a /; 7 vogais longas: / ii, uu, ee, ԑԑ, oo, ɔɔ, aa /; 11 consoantes orais: / p, b, t, d, k, g, f, v, s, tʃ, d /; 9 consoantes palatalizadas: / bʲ, kʲ, sʲ, lʲ, ɲʲ, mpj, ŋgʲ, tʃʲ, dӡʲ /; 5 consoantes labializadas: / kʷ, vʷ, lʷ, tʃʷ, dӡʷ /; 10 consoantes pré-nasalizadas: / mp, mb, nt, nd, ŋk, ŋg, mf, mv, ntʃ, ndӡ /; 2 consoantes aproximantes: / w, j /; 1 consoante tepe: / r /; 1 consoante líquida: / l /; e 4 consoantes nasais: / m, n, ɲ, ŋ /. Os feitos mais originais da fonologia do lembaama é a existência de uma série de vogais longas e de consoantes palatalizadas e labializadas. Fonte: OKOUDOWA, 2005, p Laureate- International Universities
11 1.5 Transcrição fonética e fonológica A transcrição fonética simboliza, na escrita, a pronúncia das palavras em um alfabeto especial, o alfabeto fonético, cujos símbolos são usados entre colchetes. Vejamos como Cunha e Cintra (2001) exemplificam essa padronização: Por exemplo: o fonema /s/ pode ser representado ortograficamente por s, como em saco; por ss, como em osso; por c, como em cera; por ç, como em poço; por x, como em próximo; e pode ser realizado com [s], no português normal de Portugal, e do Brasil, ou como [ṣ] de Portugal e da Galiza [...]. (CUNHA; CINTRA, 2001, p. 28). Observemos agora a normatização das referências na citação de Cunha e Cintra: o fonema transcreve-se entre barras: /s/; a escrita, em itálico: s, saco; a transcrição fonética, entre colchetes: [s]. Da mesma forma que a descrição fonética, a transcrição fonológica ocupa-se de uma língua específica, com a finalidade de observar um aspecto relevante em determinado contexto, muito comum nos estudos etnolinguísticos, cujo objetivo é compreender a língua como fator de identidade de determinados grupos, assim como os estudos em Sociolinguística, nas pesquisas sobre as variantes linguísticas e nos processos de identificação dos grupos sociais. A transcrição fonológica usa, na maioria dos casos, o Alfabeto Fonético Internacional, que será apresentado mais adiante. No processo de identificação das línguas indígenas no Brasil, os estudos fonológicos são abundantes. NÃO DEIXE DE LER... A autora discute as práticas de leitura, produção de textos, análise linguística e ensino de gramática na sala de aula, indo além de propostas de atividades práticas ou a discussão teórica pura, e estabelece a análise da linguística em sala de aula como o núcleo da discussão e integra os dois polos do estudo da linguagem: a leitura, a produção e a reescrita de textos e a reflexão sobre aspectos formais da língua. (Texto de divulgação da editora Saberes.) Figura 8 Capa do livro Fonética e fonologia da Língua Portuguesa, de Ana Paula Petriu Ferreira Engelbert. Disponível em: < Acesso em: 31 mar
12 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos 1.6 Alfabeto Fonético Internacional O alfabeto fonético é o conjunto de símbolos que indicam a pronúncia de palavras em qualquer idioma e foi criado pela Associação Fonética Internacional (AFI) em A AFI é composta de professores de linguística e foi criada para facilitar a pronúncia de palavras de língua estrangeira, mas também para ensinar as crianças a lerem. Se pensarmos em um época em que nem o telefone havia sido inventado, tratou-se de uma grande inovação. Como os grupos de cada país acabavam criando um alfabeto próprio, ficou decidido que seria mais produtivo um alfabeto internacional, que tornaria o aprendizado de todas as línguas do mundo acessível a um número muito maior de pessoas. Periodicamente, esse alfabeto precisa ser revisado, quando há acréscimos ou diminuição de fonemas, ou quando a ciência fonética identifica variações. A última atualização aconteceu em Figura 9 Alfabeto Fonético Internacional. Disponível em: <liceu.uab.es>. Acesso em: 31 mar Quer começar a usar o Alfabeto Fonético Internacional? Se você utiliza o Windows, acesse o Word e vá em Inserir símbolos, onde encontrará os símbolos usados nesse alfabeto. Figura 10 Caixa de símbolos. Fonte: Word. 12 Laureate- International Universities
13 Para facilitar a identificação desses símbolos, observe como Cunha e Cintra (2001, p. 29) os transcrevem de forma didática, que adaptamos a seguir. Em negrito estão os sons que os símbolos representam. Vogais [a] pá, gato [α] pedra, fazer [ԑ] pé, ferro [e] regar, sedento [ә] sede, corre [ɔ] pó, cola [o] morro, força [i] vir, bico [u] bambu, caro Semivogais [j] pai, feito [w] pau, água NÃO DEIXE DE LER... Sinopse e detalhes Walter Joontz (Robert De Niro) é um guarda de segurança aposentado, ultraconservador com orgulho, que vive em Nova York. Certo dia, ao tentar ajudar um vizinho em dificuldades, Walter recebe um golpe que o deixa com paralisia parcial do corpo. Recusando-se a deixar o apartamento em que vive, Walter concorda com um programa de reabilitação que inclui aulas de canto com um artista que mora no apartamento de cima: uma drag queen chamada Rusty (Philip Seymour Hoffman). Título original: Flawless Ano: 1999 Figura 11 Cartaz do filme Ninguém é perfeito. Disponível em: < srhnni>. Acesso em: 31 mar (Texto de divulgação.) Vejam como são interessantes as cenas em que, como terapia de canto, trabalha-se a emissão das vogais e das consoantes. 2 Classificação dos sons linguísticos Os sons linguísticos são classificados em vogais, consoantes e semivogais. 2.1 Vogais e consoantes As vogais são formadas, do ponto de vista da articulação, pela vibração das cordas vocais e modificadas pelas diferenças na formação das cavidades supralinguais, que podem estar abertas ou entreabertas para a passagem do ar. 13
14 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos Figura 12 Articulação das vogais. Fonte: < Acesso em: 31 mar Figura 13 Articulação das vogais. Disponível em: < Acesso em: 31 mar Na articulação das consoantes, há sempre um obstáculo para a passagem do ar. No quadro a seguir, há a identificação das consoantes quanto ao modo de articulação, ao ponto de articulação e ao papel da cavidade nasal. 14 Laureate- International Universities
15 Figura 14 Quadro das consoantes. Disponível em: < Acesso em: 31 mar VOCÊ O CONHECE? Fonoarticulação Tic Tac Figuras Adesivas (Lábios e Sons) Objetivo: visa ser utilizado como recurso auxiliar, nas intervenções fonoaudiológicas que necessitem demonstrar visualmente ao paciente a posição articulatória para a produção dos sons da fala (fonemas) relacionando-os com as letras do alfabeto da nossa língua portuguesa. Composição: Kit com 2 cartelas/iguais contendo ilustrações autoadesivas. Cada cartela apresenta 35 adesivos, destacáveis, tamanho 3,5 x 3,5 cm cada, contendo desenhos artísticos coloridos que ilustram a posição articulatória para a produção de cada fonema da nossa língua e a escrita da letra correspondente em cada adesivo. Conteúdo: vogais orais /a/ /e/ [é] /i/ /o/ [ó] / /u/ fonemas consonantais /p/ /t/ /k/ /b/ /d/ /g/ /f/ /s/ [ch-x] /v/ /z/ [j] /l/ [lh] /r/ /R/ /m/ /n/ [nh] Os fonemas /m/ /n/ [nh] contêm no canto direito da ilustração o desenho de um perfil facial, com destaque para o nariz, representando a nasalidade. As ilustrações dos fonemas fricativos /f/ /s/ [ch-x] /v/ /z/ [j] contêm pequenos traços tanto nos desenhos de posição frontal quanto nos perfis, indicando a passagem de ar provocada pela fricção. Os vibrantes /r/ e /R/ contêm pequenos traços ondulados, representando a vibração de cada um. Os fonemas plosivos e fricativos sonoros /b/ /d/ /g/ e /v/ /z/ [j] também contêm pequenos traços ondulados na posição horizontal, parte inferior do desenho, representando a presença da sonoridade em cada um. Esses detalhes foram estrategicamente representados em desenho visando auxiliar o profissional da Fonoaudiologia em sua didática, bem como o usuário a reconhecer a posição e as características articulatórias e/ou sonoras de cada fonema. (Texto de divulgação do produto.) 15
16 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos Figura 15 Fonoarticulação Tic Tac Figuras Adesivas (Lábios e Sons). Disponível em: < Acesso em: 31 mar Laureate- International Universities
17 Síntese Neste Capítulo, estudamos conceitos fundamentais para os estudos de Fonética e Fonologia, que darão suporte para a prática de análise linguística tanto no terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. Assim, para falarmos de sons, fonemas e letras, precisamos entender todo o processo de articulação dos fonemas na Língua Portuguesa, assim como para abordar a diversidade linguística. Segundo os PCN, a análise linguística deve contemplar os diferentes componentes do sistema linguístico em que a variação se manifesta, e um deles é o componente sonoro da língua. Os PCN do Ensino Médio (BRASIL, 2002) destacam o desenvolvimento das competências e as habilidades a serem desenvolvidas em Língua Portuguesa, em que a análise dos recursos expressivos da linguagem verbal e a articulação das redes de diferenças e semelhanças entre língua oral e escrita são fundamentais. Assim, tanto no caso do Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, os conhecimentos de Fonética e Fonologia são essenciais para um trabalho eficiente de identificação dos recursos sonoros da língua e sua aplicação no desenvolvimento das competências e habilidades de comunicação oral e escrita. 17
18 Os principais conceitos fonéticos e fonológicos Referências Bibliográficas BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, BRASIL. Para metros Curriculares Nacionais Ensino Médio. Brasília: MEC/SEMTEC, CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contempora neo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, OKOUDOWA, Bruno. Descrição Preliminar de Aspectos da Fonologia e da Morfologia do Lembaama. Dissertação (Mestrado em Letras) Universidade de São Paulo, São Paulo, SAMCZUK, Ingrid; GAMA ROSSI, Aglael. Descrição fonético-acústica das fricativas no português brasileiro: critérios para coleta de dados e primeiras medidas acústica no Português Brasileiro. Interca mbio, v. XIII, Disponível em: <revistas.pucsp.br/index.php/intercambio/article/ download/3970/2619>. Acesso em: 31 mar Laureate- International Universities
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