1. Revisão de pontos importantes relativos a Morfologia
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- Luiz Fernando Bacelar Wagner
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1 24.900: Introdução à Lingüística Anotações da Aula: Semana de 25 de Fevereiro de 2002 MORFOLOGIA? FONOLOGIA? Conjunto de problemas # 3: Para segunda-feira, 4 de março de 2002? Não haverá aula na Quarta-feira, dia 27 de Fevereiro de 2002? Seção de detalhamento do problema solucionado!!!! 1. Revisão de pontos importantes relativos a Morfologia a. Nota sobre composição A regra de tonicidade na composição está envolvida na interpretação fonológica da estrutura sintática a mesma estrutura sintática que é interpretada semanticamente. Assim, os constituintes ou unidades envolvidas no significado (o que modifica o que na estrutura) são os mesmos constituintes atribuídos para S (Sentença) ou W (Word Palavra) para os objetivos da tonicidade. "black board" vs. blackboard b. Morfologia em revisão Elementos elementos sintáticos elementos semânticos elementos fonológicos Relações/estruturas estrutura arbórea hierárquica como na lista LISP Interpretação interpretação semântica - interpretação fonológica c. Quais são os elementos? 1 Sintáticos raízes "girl -ish núcleos funcionais = feixes de traços sintáticos girl - ish" Semânticos raízes traços sintáticos interpretáveis Fonológicos raízes morfemas = estruturas de traços fonológicos que entendem (=interpretam) feixes de traços sintáticos d. Estrutura da Palavra é sempre uma estrutura arbórea hierárquica cujos nós terminais (nós sem ramificações) consistem de raízes ou de núcleos funcionais, nos quais... as raízes são signos de acordo com Saussure (cat) os núcleos funcionais são feixes de traços sintáticos coisas como [plural], [passado], [N]
2 Raiz núcleos funcionais Assim a estrutura da palavra não consiste na segmentação da estrutura fonológica numa seqüência linear de morfemas: nation-al-iz-ation 2 Estrutura sintática da palavra: Raiz Adj. Verbo Substantivo nation -al -iz -ation inserção de morfemas como parte da interpretação fonológica a escolha do morfema para o feixe de traços sintáticos depende do núcleo adjacente: -al: procedur-al (de conduta), norm-al (normal), region-al (regional), (a)cion-al -oso: noxious (nocivo), anxious (ansioso), religious (religioso), impervious (impenetrável),glorious (glorioso), nervous (nervoso) -al e -ous são morfemas que compreendem núcleos/nódulos funcionais dos adjetivos em composição com raízes (e com substantivos). É preciso verificar o nódulo com o qual o núcleo do Adj está sendo construído para saber qual morfema utilizar. O arábico, assim como outras línguas semíticas, sugere que as raízes por si só não sustentam traços de categoria sintática. araiz ktb para writing em arábico kataba he wrote kattaba he caused to write kaataba he corresponded takaatabuu they kept up a correspondence kitaabun book kuttaabun Koran school kitaabatun act of writing maktabun office O inglês mostra comportamento semelhante de raízes... 3 atroc-ious (atroz), atroc-ity (atrocidade) *atroc religi-ous (religioso), relig-ion (religião)*relig(i) don-ate (doar), don-or (doador) *don nomin-ate (nomear) nomin-ee (nomeado) *nomin
3 re-ceive (receber), de-ceive (enganar), con-ceive (entender), per-ceive (perceber) *ceive Isto sugere As raízes nunca sustentam traços de categoria sintática. Um ponto de importância geral aqui nos faz retornar à estrutura de gramática apresentada na primeira semana de aula: A fonologia interpreta estruturas de morfemas construídos pela sintaxe da língua. Em nenhum sentido a estrutura sonora da língua é anterior à sintaxe nem na aquisição e nem na estrutura de nosso conhecimento lingüístico. Language Myths: (L. Bauer, & P. Trudgill (eds.), Language Myths. London: Penguin Books) Mito #1: Não é permitida mudança ou variação aos significados das palavras. Isto é inerentemente um processo indesejável uma vez que a mudança pode ser perigosa e confusa. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para interromper este processo. Fonética e Fonologia: Suas representações mentais/ neurológicas/ lingüísticas dos sons da fala envolvem categorias discretas de sons. Você ouve amplamente os sons das palavras de acordo com o modo como poderia produzi-los. Suas representações dos sons da fala decompõem-se exaustivamente em partes fonológicas ( distintivas ) 4 1. Fonética Principais pontos para hoje: Articuladores Lugar de articulação Modo de articulação Correlatos acústicos de articulação a. Articuladores Cordas vocais (glote) Palato (cavidade nasal aberta/fechada) Raiz da língua (dorso) Ponta da língua (sons da coroa/coronais) Lábios b. Cordas vocais/glote [+/-vozeado] (+/-glote aberta e +/-glote fechada) [+vozeado] = -aberta, -fechada aspiração: t X t h +glote aberta Oclusiva glotal +glote fechada Vogais regulares = -glote aberta Vogais sussurradas = +glote aberta [h] = vogal sussurrada c. Palato Levanta-se o palato = [-nasal] Abaixa-se o palato = [+nasal]
4 Nota: as vogais, assim como as consoantes oclusivas, podem ser nasais. Em inglês, as vogais que precedem as consoantes nasais são nasalizadas Em francês, vogais nasais e não-nasais contrastam. d. Dorso Pode fazer contato com a úvula (não há sons assim em inglês) ou com o palato sons velares g, k, ª [+/-alto] [+/-baixo] para as vogais refere-se à posição do palato g, k, ª são [+alto] [-baixo] 5 d. Lábios/sons labiais Os sons labiais podem ser [+/-arredondado] Oclusivas/fricativas labiais em inglês são geralmente [-arredondado]: b, p, m, f, v Mas diga, muu e observe/sinta seus lábios e. vogais [+posterior] [-baixo] em inglês são [+arredondado] Em francês, [+/-arredondado] é contrastivo para vogais [-baixo] [-posterior] 2. Lugar de articulação (perto de /contra que você posiciona seus articuladores?) Velar ( sons dorsais) contraste: velar X. uvular Palatal (-anterior aos sons coronais) Alveolar (+anterior aos sons coronais) contraste: palatal X alveolar Interdental (+anterior aos sons coronais) Î, Lábio-dental (labial, -sons arredondados) f, v Labial b, p, m 3. Modo de articulação a. Consonantal (versus vocálico) oclusivas (nasais e não-nasais), fricativas, glides Sonorante possível ressonância no trato vocal = vogais, glide, oclusivas nasais, vogais, líquidas -sonorantes (obstruentes) oclusivas não-nasais s e fricativas b. +/-contínuo +vogais contínuas, glides, laterais, fricativas -continuo oclusivas c. africadas oclusiva seguida de uma ação fricativa como um único segmento: t (/) d ( ) d. Correlatos acústicos de articulação Pulsação glotal (ou, se glote aberta, barulho) das cordas vocais direciona a acústica do trato vocal. 6 A freqüência fundamental da pulsação da glote corresponde ao volume do som da voz.
5 O trato vocal age como um filtro sobre as harmonias da freqüência fundamental. A língua separa o trato vocal em duas principais câmaras ressonantes conectadas. A altura da língua muda principalmente o volume da câmara posterior vogais baixas têm uma câmara posterior menor e, com isso, uma freqüência de ressonância mais alta para esta câmara, a qual corresponde ao primeiro formante ou banda de freqüência aprimorada do espectro da fala. A posição anterior ou posterior da língua [+/-posterior] modifica principalmente o tamanho da câmara de ressonância superior do trato vocal. A posição posterior aumenta o tamanho desta câmara e diminui a freqüência do segundo formante ou banda de freqüência no espectro da fala. O sistema perceptivo é particularmente direcionado para a freqüência dos formantes, quer dizer, o padrão de aprimoramento harmônico do volume do som da voz. A percepção dos formantes é a percepção da mudança da forma do aparato vocal e de como ele articula a fala, Isto é, o sistema perceptivo está ouvindo os movimentos dos articuladores e classificando os sons da fala de acordo com estes movimentos.
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