Eletroterapia. Greyson Vitor Zanatta Esper, MV, MSc. Doutorando FMVZ-USP
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- Alessandra Marreiro Cesário
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1 Eletroterapia Greyson Vitor Zanatta Esper, MV, MSc. Doutorando FMVZ-USP
2 Introdução Eletroestimulação TENS Eletroacupuntura 1930 China 1970 procedimentos cirúrgicos Analgesia, resposta imunológica, alterações hematológicas Corrente fluxo de elétrons em um condutor Coulombs/s = amperes 1 miliampere = 10-3 ampere 1 microampere = 10-6 ampere
3 Conceitos fundamentais de eletricidade Corrente Elétrica: O movimento de partículas carregadas através de um condutor em resposta a um campo elétrico aplicado. Produzir corrente elétrica requer: partículas carregadas livremente móveis em alguma substância e a aplicação de uma força motriz. Circuitos metálicos elétrons, nos sistemas biológicos os íons em soluções eletrolíticas são os meios condutores.
4 Voltagem Pressão elétrica exercida para causar o fluxo de elétrons. Mudança na energia potencial elétrica entre dois pontos em um campo elétrico por unidade de carga e é sinônimo do termo diferença de potencial elétrico. Unidade de medida - volt
5 Conceitos fundamentais de eletricidade Condutores e Isolantes: Aquelas substâncias nas quais as partículas carregadas se movem facilmente quando colocadas em um campo elétrico são chamadas de condutores. Os tecidos biológicos contêm partículas carregadas em solução, na forma de íons como sódio (Na + ), potássio (K + ) ou cloreto (Cl - ). Músculos e nervos bons condutores, enquanto a pele e a gordura são condutores fracos. A borracha e muitos plásticos são bons isolantes.
6 A corrente é estritamente definida como a quantidade de carga (q) movendo-se próximo de um plano no condutor por unidade de tempo (t), ou I = Δq/Δt. Ampère (A), que é igual ao movimento de 1C de carga passado um ponto em um segundo. Aplicações eletroterapêuticas miliampères (ma, 10-3 ampères, milésimos de um ampère) ou em microampères (µa, 10-6 ampères, milionésimos de um ampère).
7 Conceitos fundamentais de Resistência(R): Oposição relativa ao movimento de partículas carregadas em um condutor. Condutância(G) descreve a facilidade relativa com a qual as partículas carregadas se movem em um meio. Unidade é o ohm. eletricidade
8 Conceitos fundamentais de eletricidade Lei de Ohm: estabelece que a corrente induzida em um condutor aumenta à medida que a força motriz aplicada (V) é aumentada ou à medida que a oposição para o movimento de carga (R) é diminuída. Corrente (I)= Voltagem (V)/Resistência (R)
9 Conceitos fundamentais de eletricidade Capacitância: é a propriedade de um sistema de condutores e isolantes que permite que o sistema armazene carga. Expressa em farads (F)
10 Conceitos fundamentais de eletricidade Impedância(Z): descreve a oposição às correntes alternadas assim como o termo resistência descreve a oposição às correntes contínuas. Sua magnitude depende da freqüência da estimulação aplicada.
11 Classificação das correntes eletroterapêuticas Corrente contínua: fluxo unidirecional contínuo ou ininterrupto de partículas carregadas (CC). Em um circuito eletrônico simples é produzida por uma voltagem de magnitude fixa aplicada a um condutor com uma resistência fixa.
12 CC ou Corrente direta Medição de limiar da dor e mensurar condutividade Onda linear constante ou intermitente Polarização da pele = + atrai Anodo = acidificar Cátodo = alcalinizar Queimadura eletrolítica + Terapêutica
13 Eletroforese
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15 Classificação das correntes eletroterapêuticas Corrente alternada (CA): fluxo bidirecional contínuo ou ininterrupto de partículas carregadas. A voltagem aplicada através de um circuito simples oscila em magnitude e a polaridade da voltagem aplicada é periodicamente revertida. Caracterizadas pela frequência (f) de oscilações e a amplitude do movimento do elétron. Expressa em hertz (Hz) ou ciclos por segundo (cps). Período.
16 CA ou Bifásica Reveza entre uma polaridade + e outra Usada no controle da dor Penetra no tecido Pouca ou nenhuma ionização
17 Classificação das correntes eletroterapêuticas Corrente pulsada: fluxo uni ou bidirecional de partículas carregadas que periodicamente param por um período de tempo finito. Pulso é um evento elétrico isolado separado por um tempo finito do próximo evento.
18 Características descritivas das formas de onda da corrente pulsada ou alternada Característica Número de fases Simetria de fases Designações comuns Monofásica, bifásica, trifásica e polifásica Simétrica e assimétrica Equilíbrio da carga de fase Equilibrada e desequilibrada Forma de onda ou forma da fase Retangular, quadrada, triangular, dente-de-serra,sinusoidal e exponencial
19 Características descritivas das formas de onda da corrente pulsada ou alternada Número de fases em uma forma de onda: o termo fase refere-se ao fluxo de corrente unidirecional em um diagrama corrente/tempo. Monofásico: voltagem constante a um condutor; Bifásico: voltagem alternada a um circuito elétrico. Trifásico e polifásico.
20 Características descritivas das formas de onda da corrente pulsada ou alternada Simetria nas formas de onda bifásicas: simétrica a primeira fase é a imagem de espelho da segunda fase de um pulso bifásico ou ciclo de CA; assimétrica.
21 Características descritivas das formas de onda da corrente pulsada ou alternada Equilíbrio de carga em formas de onda bifásicas: se para uma forma de onda bifásica assimétrica o tempo integral para a corrente na primeira fase não for igual em magnitude ao tempo integral na segunda fase desequilibrada; equilibrada.
22 Características descritivas das formas de onda da corrente pulsada ou alternada Formas de onda:
23 Combinando termos qualitativos para descrever correntes pulsadas ou alternadas
24 Características quantitativas de correntes pulsadas e alternadas Características de pulsos únicos: amplitude é uma medida da magnitude de corrente com referência à linha base de corrente zero em qualquer momento no tempo em um gráfico de corrente versus tempo. As propriedades dependentes de amplitude dos pulsos de corrente (voltagem) podem ser caracterizadas pela seguinte medida:
25 Características quantitativas de correntes pulsadas e alternadas Amplitude máxima: a corrente (voltagem) máxima alcançada em um pulso monofásico ou p/ cada fase de um pulso bifásico s ou 10-3 s Amplitude entre picos: a corrente (voltagem) máxima medida do pico da primeira fase até o pico da segunda fase de um pulso bifásico.
26 Características quantitativas de correntes pulsadas e alternadas Características de uma série de pulsos: intervalo interpulso; freqüência: nº pulsos por unidade de tempo p/ corrente pulsada (pps); nº ciclos de CA por segundo (cps) ou hertz (Hz). Modulações da corrente: Modulações de Amplitude e de Duração: variações na amplitude máxima de uma série de pulsos modulações de amplitude; mudanças no tempo sobre o qual cada pulso em uma série age modulações de duração do pulso ou da fase; variações cíclicas no nº de pulsos aplicados p/ unidade de tempo modulações de freqüência. Modulação de rampa.
27 Modulação Ativar ou desativar os pulsos Reduzir a acomodação ou fadiga muscular e tetania
28 Características quantitativas de correntes pulsadas e alternadas Dente de Serra Denso ou disperso
29 Modos de Eletroacupuntura Tipo de pulsação e a forma da onda Continua Modo ajustável ou variável freqüência entre 1 a 500Hz Modo denso alta frequência 50-60Hz Modo disperso baixa frequência e ampla distribuição dos pulsos 1-3Hz Modo denso-disperso <15 e > 15Hz menor tolerância
30 Modos de Eletroacupuntura Descontínuo ou intermitente Evita a tolerância Mesma intensidade e amplitude Modo em dente de serra vantagens? Amplitude aumenta e em seguida diminui Modo em ondulação ou Rampa Vantagens? Amplitude aumenta e em seguida cai a zero
31 Características quantitativas de correntes pulsadas e alternadas
32 Características quantitativas de correntes pulsadas e alternadas Dente de Serra Denso ou disperso
33 Alterações fisiológicas Vasodilatação Inativação da reação Potencial nociceptivel Reparação tecidual Quimiotaxia Solubilidade
34 Alterações fisiológicas Eletrotônus - Aumento da condutividade elétrica e excitabilidade do nervo efeito colateral Aneletrotônus diminuição da irritabilidade e excitabilidade do nervo Anodo coloca-se no ponto gatilho
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36 Indicação Geral Indicação da eletroacupuntura? Levar em conta o estado psíquico do paciente. Pacientes mórbidos evitar uso Quadros crônicos o tratamento é mais demorado.
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38 Regras para emprego do eletrodo Verificar o pólo do jacaré ou garra que irá acoplar na agulha, o cátodo é o pólo negativo (-) (de cor preta (normalmente), o positivo (+) é o anodo de cor vermelha (normalmente). Se é de regulação geral o melhor é o aparelho bipolar e não o monopolar (que segura a haste para fechar o circuito). Cada saída permite estimular 2 agulhas de pólo diferente e pode ter de 2-10 saídas.
39 Regras para as Polaridades Catodo precede o anodo respeitando o fluxo energético do meridiano ex: catodo no IG5 e anodo no IG11. Dar preferência ao mesmo canal energético (meridiano). Respeitar o fluxo energético dos canais ex: catodo no TA5 e anodo no IG10. Se os pontos forem na mesma altura e mesma característica eleger o mais sensível á palpação e coloca-se o catodo. Empregar no máximo 12 estímulos por sessão.
40 Regras para as Polaridades Catodo em ponto de tonificação Anodo em ponto de sedação Ponto fonte catodo ou ânodo Ponto de alarme anodo Ponto de assentimento catodo Ponto álgico catodo Em pontos de assentimento obedecer o fluxo ex: B13 catodo e B15 anodo Nos VC catodo no inferior VC3 e anodo no superior VC7 Entre VC e VG: catodo no VG e anodo no VC
41 Regras para as Polaridades Catodo em pontos Yang e anodo em pontos Yin. Membro torácico cátodo e membro inferior anodo. Ponto extra ou fora de meridiano anodo. Tonificação - < 15 Hz (2 a 3Hz) intensidade baixa (V) Sedação - > 15Hz (25-150Hz) intensidade alta (V)
42 Tempo de aplicação Para se tonificar pouco tempo e baixa freqüência até 15 min e até 20Hz. Para sedar maior tempo e maior freqüência tempo acima de 20 min e freqüência acima de 50Hz. Boa resposta tempo até 15 min. Média resposta - tempo de 15-30min. Baixa resposta de 30 50min.= idosos, hiposensíveis, dependência de medicamentos uso de corticóides, resistentes a acupuntura.
43 Contra indicação e Cuidados Evitar aparelhos de corrente contínua. Evitar em áreas com peças metálicas (placas, próteses, marcapasso). Evitar abdome em gestantes. Afecções viscerais agudas não diagnosticadas para não mascarar. Evitar Cruzar eletrodos na linha média do corpo na parte superior e média, para não cruzar o eixo cardíaco, pois pode provocar arritmia ou fibrilação. Evitar Eletrodos na área precordial O aumento da intensidade deve ser gradual e progressivo de acordo com a sensibilidade do paciente.
44 Eletroacupuntura loco regional As regras diferem na escolha dos pontos e território a ser atingido. Regiões circunscritas e não bem identificadas. Em dor aguda: Identificar os pontos mais sensíveis e mapear a área. Identificar o centro da dor ou o mais dolorido. Pontos na região mapeada. Pontos fora e distais para analgesia. No interior colocar os pólos catodo (-) e fora anodo (+). Pode chegar até 45 min com até 50 Hz.
45 Eletroacupuntura loco regional Em dor crônica: Identificar os pontos mais sensíveis a palpação, fazer o mapeamento da área. Pontos dentro e pontos fora da área demarcada. Catodo (-) fora e anodo (+) dentro. O tempo não deve ultrapassar a 20 min e até 10 Hz. Não pode ocorrer contração.
46 Pontos indicados para dor Dores como espasmos musculares: VB34, F2, F3. Dores que aparecem e agravam com mudança climática: TA15. Dores na boca, gengiva ou dentária: IG1, IG2. Dores de origem reumática: IG4, TA5, B23. Dores nos MTs: IG4, IG10, IG11, IG15, TA5. Dores metacarpo e dígitos: ID5, ID7, P11.
47 Pontos indicados para dor Dores no ombro: IG4, IG11, IG15, IG16, TA15 e extras. Dores nos MPs: B60, VB34, E36, B31. Na articulação coxofemural: B31 (1 forame), B34, B50, ponto extra. Dores musculares de MPs: VB34, VB30, VB37, B58, E36, BP6, B60, F3, R7.
48 Processo inflamatório Inflamação trauma inserir as agulhas no centro demarcado - catodo (menos pontos), na linha demarcatória anodo. É PROIBIDO INSERIR AGULHA COM LESÃO DE PELE E LÍQUIDO SEROSO = INFECÇÃO.
49 Processo inflamatório Inflamação crônica: Por exemplo artrite reumatóide.demarcar a área catodo na linha demarcatória e anodo interior. Não deve ultrapassar a 30 min e de 1-10 Hz.
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51 eletroacupuntura Menor número de agulhas Limite no número de pontos estimulados por sessão Pontos sintomáticos e homeostáticos Pontos de assentimento e alarme Pontos locais e regionais Localização precisa dos pontos mas sua área é maior Maior raio de ação na área cutânea Agulhas mais longas e grossas Agulhas de aço Acupuntura Maior número de agulhas pode-se utilizar agulhas Pontos de comando, tonificação, sedação, fonte, etc.. Menos uso de assentimento e alarme Pontos distais mais frequentes Precisão na localização e área menor de atuação. Menor raio de ação cutânea Agulhas mais curtas e finas Agulhas de ouro, prata, aço, etc
52 Eletroacupuntura Causa pouca dor Efeito analgésico muito potente A reação analgésica é mais rápida (3-10min) Limiar de dor reduz rapidamente, após cessar a estimulação Podem ocorrer pequenos clônus Se ocorrer clonus e tetania pode causar cansaço muscular Controle de tensão elétrica e sensibilidade do paciente Ação ansiolítica e mio-relaxante mais potente e rápida Reduz o período de tratamento, principalmente no sintomático Atua nos sintomas e regulação energética acupuntura A estimulação mecânica é mais dolorosa Efeito analgésico menos potente Reação analgésica mais demorada (20-40min) O limiar de dor reduz mais lentamente Paciente imóvel com musculatura estável Não tem cansaço pode ter sensação de choque leve É necessário manipulação e controle da profundidade da agulha Ação ansiolítica e mio-relaxante menos potente e mais lenta Maior número de aplicações Visa a regulação do organismo, secundariamente regulação setorial e controle sintomático
53 Variações na Eletroacupuntura Eletroacupuntura conforme Voll 1953 Reinhold Voll Dermatron Aferição dos acupontos relacionando com órgãos Medidor sensível de ohm Teste de Akabane Medição da resistência elétrica Pontos Ting Sistema Ryodoraku Acupontos específicos
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55 Conclusões
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