INTEGRALIDADE UM LONGO CAMINHO. Dênis Petuco. Programa de pós-graduação em Ciências sociais. Universidade federal de juiz de fora - ufjf

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1 INTEGRALIDADE UM LONGO CAMINHO Dênis Petuco Programa de pós-graduação em Ciências sociais Universidade federal de juiz de fora - ufjf

2 CENA 1 Em um CAPS1, um cidadão narra ao trabalhador de saúde suas angústias, seus medos, suas dores. Em um dado momento, fala de seu uso de drogas. A partir daquele momento, tudo o que foi dito antes e tudo o que será dito depois passa a ser ressignificado por esta informação. Ao final da consulta, o trabalhador informa que aquele não é um serviço especializado em álcool e drogas...

3 Cena 2 Um jovem chega para mais uma reunião de grupo organizado pelo PSF. Está muito magro. O carrossel no qual se transformou sua vida é insuportável, mas ele se sente fraco demais para pular fora apoiado apenas na própria vontade. Nos momentos em que tenta não usar, emerge uma angústia que só diminui com mais crack. O grupo tem sido importante, mas insuficiente para ajudá-lo do modo que precisa. Infelizmente, não existem vagas para desintoxicação na rede pública.

4 Cena 3 Uma mulher chega para sua primeira consulta num CAPSad. O crack já compromete sua vida social, sua saúde física e mental. Para sustentar o uso, faz programas nos quais nem sempre usa o preservativo. Quer deixar o crack, mas gostaria de seguir com a maconha, que acalma e facilita o sono. O trabalhador de saúde à sua frente diz que ela precisa estar em abstinência total para freqüentar o serviço, e a dispensa sem lhe oferecer preservativos.

5 Cena 4 Um jovem adulto dá entrada na emergência de um hospital de pronto-socorro devido a complicações decorrentes do abuso de drogas alucinógenas. As respostas da equipe vão do descaso, passando pela raiva, chegando à ironia e ao escárnio. Antes de ir embora, já um pouco mais sóbrio, o hipotético usuário ainda terá de ouvir as imprecações moralistas de um médico que já está em sua vigésima segunda hora de plantão.

6 Cena 5 Em um SAE, um sujeito informa ao médico sobre seu uso cocaína injetável. O médico lhe diz que é preciso abandonar o uso da droga, sob pena de ver afundar toda e qualquer possibilidade de ganho no tratamento com antiretrovirais. Além de deixar o serviço sem que lhe sejam disponibilizadas seringas esterilizadas, o sujeito em questão, nos próximos dias, irá abandonar o tratamento. Se tiver sorte, será interpelado por um redutor de danos, que empreenderá esforços no sentido de fazer renascer a motivação para o tratamento do HIV.

7 Cena 6 Um redutor de danos distribui cachimbos entre um grupo de meninos e meninas que usam crack, da mesma maneira que vem ocorrendo semanalmente, já há mais de três meses. Sem supervisão, com uma ajuda de custo de menos de 200 reais, e sem compreender sua própria condição de trabalhador de saúde, ele ainda não sabe o nome destes jovens, suas idades, suas histórias. Nunca buscou nenhum contato com a escola ou o PSF da comunidade, e nem mesmo sabe o que significa a sigla CAPSad.

8 Integralidade É preciso romper com o isolamento que faz com que distintas disciplinas busquem fatiar o fenômeno do uso de drogas em mil pedaços. Mas não é só isto: é preciso avançar na percepção de que estas pessoas têm necessidades complexas, inalienáveis a uma única abordagem, a uma única perspectiva teórica, a um único tipo de serviço de atenção. É preciso que gestores e trabalhadores de saúde aprendam a conhecer e respeitar seu pares, buscando saber das outras formas de atendimento desta mesma população. Não somos inimigos!

9 internação É preciso compreender que lutar pelo fim da internação como única forma de tratamento, não é o mesmo que lutar pelo fim das vagas para internação! O fenômeno do crack, em algumas cidades brasileiras, escancarou esta questão: para muitas pessoas que usam a pedra, é extremamente difícil pensar num projeto terapêutico singular que não inclua uma passagem inicial por um serviço que possibilite desintoxicação e melhorias no quadro clínico geral.

10 Redução de danos Na outra ponta, uma cidade que garante vagas em serviços de desintoxicação e em comunidades terapêuticas, mas que desconsidere a abordagem teórica de Redução de Danos, fecha as portas de seus serviços para todas as pessoas que não querem ou não conseguem abandonar o uso de álcool e outras drogas. Uma cidade que não investe na constituição de equipes de trabalhadores que se dediquem à busca ativa junto a esta população, em seus territórios, investe apenas na atenção das pessoas que conseguem enfrentar preconceitos para ir até o serviço de saúde.

11 Um longo caminho A construção da integralidade na atenção a pessoas que usam drogas é um longo caminho, e ainda estamos nos primeiros passos. A boa notícia é que basta um só passo, e não se está mais no mesmo lugar. Para alguns de nós, a caminhada reflexiva e cotidiana em torno da atenção a esta população remonta mais tempo (caso dos profissionais da psiquiatra e da psicologia, por exemplo). Mas a caminhada plural, inter, trans e multidisciplinar, mal começou. Temos muito a aprender com as nossas diferenças, e diante destas, é preciso a ousadia de superar a própria noção de tolerância. Mais que tolerar, é preciso desejar a diversidade!

12 Contatos (83)

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