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- Augusto Porto Assunção
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1 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ Data: 10/09/2012 Curso: DIREITO Disciplina: Direito Financeiro e Tributário I e Estágio II Professor: Arnaldo Santos Filho e Ilza Maria da Silva Facundes Turmas: 7º DIN e 7º DIV Alunos(a): Assunto: Estudo da Carga Tributária nas Contas de Luz Valor:... pontos Pontos obtidos: Rubrica Professor: do Orientações: Leia atentamente o texto abaixo e desenvolva as atividades apresentadas ao final: Gerente de Regulação e Mercado da empresa avalia intenção do governo federal em reduzir tarifas. Distribuidora de energia no Estado, a Companhia Energética do Ceará (Coelce) avalia que 1
2 qualquer redução na parcela da conta de luz referente a encargos e impostos apresenta-se como interessante para as concessionárias do setor. Caminha Araripe: "Como reduz o valor final da fatura para o cliente e são as distribuidoras que cobram pelo serviço é interessante para elas, já que a relação com o consumidor se dá por meio dessas empresas", destaca José Caminha Alencar Araripe, gerente de Regulação e Mercado da Coelce. Consumo não deve subir No entanto, apesar de tornar a energia mais barata, ele não acredita em aumento do consumo. "Até porque depois do racionamento de energia a qual foram submetidas há alguns anos, as pessoas passaram a ter mais consciência ao consumir", argumenta Caminha. No caso específico para o Ceará, ele afirma que a parcela da conta de luz referente a encargos e impostos é de 36,2%, inferior, portanto, à média nacional calculada pela consultoria Price Waterhouse e Coopers e o Instituto Acende Brasil (46%). "Mas existe uma parte dos clientes que são isentos destes encargos, em torno de 16%, pois ela está inserida no grupo de baixa renda", argumenta. De acordo com ele, mais fácil que mexer nos impostos, será o governo federal atuar em cima dos encargos setoriais. "No entanto, considerando que eles custeiam, por exemplo, o programa Luz para Todos, se houver eliminação ou alguma redução, o governo terá de tirar recursos de alguma outra fonte, para poder concluir a sua execução", expõe. Classes de consumo Atualmente, os consumidores residenciais são os que mais demandam energia da Coelce, em torno de 34,5% do total. Em seguida, aparecem as indústrias, com 24,7%; o comércio (19%), a classe rural (8%); e outros (12,9%). Já em número de clientes, a classe residencial responde por 79,5% do número de clientes, a comercial por 13,4%; e a indústria, apesar de responder por 24,7% do consumo, só detém 0,2% da quantidades de consumidores. "Porém, vale lembrar que do total de clientes residenciais, quase 40% é classificado como baixa renda", frisa. Na comparação com o País, a energia distribuída pela Coelce representa 2,3%, subindo para 15,2% de participação quando a base de comparação é a região Nordeste. (ADJ) 2
3 FIQUE POR DENTRO Porque o preço do insumo difere entre os Estados Antigamente, a tarifa de cada área de concessão era única em todo o Brasil. As concessionárias tinham direito a uma remuneração garantida porque vigia o regime de regulação pelo custo do serviço. As áreas de concessão que obtivessem remuneração superior à garantida recolhiam o excedente a um fundo do qual as distribuidoras com rentabilidade inferior à garantida retiravam a diferença. Porém, a lei de 1993 extinguiu o regime de equalização de tarifas de energia elétrica nos estados brasileiros. A partir de 1995, a lei 8997, por sua vez, determinou que a tarifa fosse fixada por concessionária, dando início ao sistema de regulação por incentivos, onde as distribuidoras passaram a ser incentivadas a se tornarem eficientes. Além da tarifa, os impostos e as taxas de iluminação pública também não são iguais em todas as unidades da federação e municípios. A área de concessão é o território de atuação de cada distribuidora, que pode ser igual, maior ou menor que uma unidade da federação. Quando essa área corresponde a um estado, a tarifa é única. Caso contrário, há diferença nesse local. Precedente para outros setores A partir do momento que o governo federal sinaliza para a desoneração de um serviço essencial como a energia, abre precedente para que áreas como telefonia e abastecimento de água possam vir a requerer igual tratamento. É o que afirma o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Olenike. Conforme disse, assim como o setor elétrico, que segundo cálculos do IBPT é apenado com uma carga tributária da ordem de 48%, estes outros também sofrem com a tributação. "A telefonia arca com 46,12% em impostos e encargos, com o serviço de água sendo tributado em 24,02%", afirma. Isonomia Na sua avaliação, apesar de benéfica para o consumidor, a iniciativa do governo federal em reduzir a tarifa de energia elétrica, via corte de encargos e impostos, esta não está sendo conduzida da forma adequada. "Não é correto eleger determinado setor e desonerar. O certo seria fazer para todos. Isso é uma injustiça fiscal. Os demais podem exigir serem tratados de forma isonômica", dispara. "Outra questão é que o governo federal vem desonerando de um lado e onerando de outro. Não adianta diminuir a carga sobre energia e aumentar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre bebidas, por exemplo", emenda. E, ao mesmo tempo, chama a atenção para o repasse dos cortes para o consumidor final. "Outro problema é fazer com que a diminuição dos tributos chegue na ponta, ao consumidor, que seja de fato repassada aos preços", argumenta Olenike. 3
4 Objetivo "O fato é que o que o governo federal está fazendo não é diminuir a tarifa de energia para aumentar o acesso das pessoas, mas como um recurso, uma ferramenta para estimular a economia por conta da atual conjuntura, apesar de, é claro, a população se beneficiar como consequência. O objetivo é outro", acrescenta. Olenike destaca ainda que a tributação sobre a energia não segue o princípio constitucional de menos impostos sobre produtos e serviços essenciais. "A maior tributação deve ocorrer sobre os supérfluos e nocivos à saúde", fala. (ADJ) Editora Verdes Mares Ltda. Praça da Imprensa, S/N. Bairro: Dionísio Torres Fone: (85) Atividade a ser desenvolvida: Com base no texto apresentado, e de acordo com o resultado de pesquisa realizada, investigando o peso dos encargos na conta de energia elétrica, execute as seguintes atividades e, ao final, responda aos seguintes questionamentos: - Levantamento da legislação aplicável à ocorrência de encargos nas faturas de energia elétrica, bem como pesquisa bibliográfica e de informações junto à Agência Nacional de Energia Elétrica, Companhia de Eletricidade do Amapá, Instituto Nacional de Seguridade Social, Secretaria da Receita Federal, Secretaria da Receita Estadual e Secretaria de Finanças Municipal, identificando os seguintes aspectos: a) Natureza Jurídica dos Encargos existentes na fatura de energia elétrica; b) Espécies Tributárias existentes nas faturas de energia elétrica; c) Espécies Não Tributárias existentes nas faturas de energia elétrica; d) Encargos pertencentes à União; e) Encargos pertencentes ao Estado; f) Encargos pertencentes aos Municípios; g) A classificação doutrinária de cada encargo, com a definição de: - Tributos vinculados; - Tributos não-vinculados; - Tributos de Arrecadação Vinculada; - Tributos de Arrecadação Não Vinculada; 4
5 - Tributos de Natureza Fiscal; - Tributos de Natureza Extrafiscal; - Tributos de Natureza Parafiscal. h) Tributos que compõem fonte de repartição de receita tributária A atividade corresponderá a uma avaliação parcial das disciplinas Estágio II e Direito Financeiro e Tributário I, e deverá ser desenvolvida pelos alunos observando as seguintes etapas: a) Levantamento de Informações Preliminares; b) Realização de pesquisa de campo perante as instituições envolvidas no processo de cobrança de encargos na conta de energia elétrica; c) Apresentação do Relatório das Atividades Desenvolvidas; d)produção do material escrito apresentando a resposta aos questionamentos relacionados acima; e) Explanação por um membro de cada grupo sobre o tema e a pesquisa realizada (aula do dia 21/11/2012 para o 7º DIN e 19/11/2012 para o 7º DIV). Prazo para execução: de 17/09/2012 a 21/11/2012. Critérios de avaliação: Serão observados os seguintes aspectos na elaboração do trabalho de pesquisa: - fundamentos legais; - argumentação, coerência e raciocínio jurídico; - linguagem correta; - organização e estrutura do trabalho; - Explanação do representante da equipe. Pontos Aplicados: Direito Financeiro e Tributário I - 15 (quinze); Estágio II 10 (dez). Cada professor avaliará os trabalhos desenvolvidos de maneira independente, ou seja, a pontuação alcançada em uma disciplina não vinculará a outra. Obs 1: As equipes farão os contatos com os órgãos públicos, agentes reguladores (via internet) e empresas vinculadas ao objeto da pesquisa, com a devida orientação dos professores. Obs 2: em relação a Disciplina Direito Financeiro e Tributário I, serão avaliadas as informações resultantes da pesquisa realizada, em resposta 5
6 aos questionamentos apresentados. Quanto à Disciplina Estágio II, a avaliação se dará através do relatório da pesquisa realizada a respeito da legislação aplicável, dos sites da internet e das visitas realizadas às instituições envolvidas. 6
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