CUSTOS DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA DE LEITE: UMA ANÁLISE PARA OS ESTADOS DO RIO DE JANEIRO E MINAS GERAIS

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1 CUSTOS DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA DE LEITE: UMA ANÁLISE PARA OS ESTADOS DO RIO DE JANEIRO E MINAS GERAIS algomes@ufscar.br Apresentação Oral-Economia e Gestão no Agronegócio ALEXANDRE LOPES GOMES 1 ; RAQUEL DE CASTRO BARROS 2. 1.UFSCAR, SOROCABA - SP - BRASIL; 2.UFF, VOLTA REDONDA - RJ - BRASIL. CUSTOS DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA DE LEITE: UMA ANÁLISE PARA OS ESTADOS DO RIO DE JANEIRO E MINAS GERAIS Resumo: Em mercados de competição perfeita o tema sobre custos de produção ganha grande importância pelo fato dos produtores e empresas se preocuparem de forma significativa com a redução de custos e eficiência no uso dos fatores de produção. Este trabalho analisa os custos de produção de produtores de leite no estado do Rio de Janeiro, que é um estado com menor tradição na atividade e compara com os mesmo indicadores do estado de Minas Gerais, principal produtor de leite do país. Para isso foram criados indicadores de custo e os produtores foram divididos em quatros estratos de acordo com o volume diário produzido. A partir dos indicadores foi possível verificar questões como: quais são as diferenças entre os produtores de leite dos dois estados no diz respeito aos custos de produção; quais as diferenças na estrutura de custos entre produtores com maior e menor volume diário dentro do mesmo estado, etc. Os resultados mostram que em sua grande maioria os produtores produzem menos que poderiam e que as diferenças entre os produtores de leite dos dois estados crescem à medida que o volume produzido aumenta. Palavras-chave: leite, custo de produção, eficiência. Abstract: In markets of perfect competition the production costs gain special importance because of the producers and businesses are a significant concern with the reduction of costs and efficiency in the use of factors of production. This study examines production costs for milk producers in the state of Rio de Janeiro, which is a state with less tradition in activity and compared with the same indicators of the state of Minas Gerais, the main producer of milk in Brazil. Thus some cost indicators were created and producers were divided into four strata according to the daily production. From the indicators was possible verify such things as: what are the main differences between the milk producers of the two states in relation to production costs, which the differences in the structure of costs between producers with higher and lower daily volume in the same state, etc. The results show that at most producers could produce less than they could and the differences between the milk producers of the two states grow as the production increases. Keywords: milk, production cost, efficiency. 1

2 1. Introdução A cadeia produtiva do leite tem grande importância social e econômica, sendo encontrada em todos os estados da federação. O Brasil ocupa a posição de 6º maior produtor mundial de leite. A produção nacional em 2007 foi 26,44 bilhões de litros. O estado de Minas Gerais, neste mesmo ano, foi responsável por 27,8% dessa produção, e o Rio de Janeiro por apenas 1,8% (EMBRAPA CNPGL, 2007). Portanto, enquanto que Minas Gerais se destaca como o maior estado produtor de leite do país, o estado do Rio de Janeiro apresenta baixos índices de produtividade e eficiência, além de pouca especialização na atividade leiteira. Na década de 90, importantes transformações ocorreram no mercado de lácteos. A abertura do mercado foi uma dessas transformações, que intensificou a diferença entre os produtores, já que os mais eficientes são selecionados através do pagamento diferenciado, reduzindo ainda mais a participação daqueles com alto custo e pouca tecnologia. Isso é devido ao fato da produção brasileira ainda apresentar índices muito baixos de produtividade, com uma estrutura produtiva caracterizada por um grande número de produtores pouco especializados, ineficientes e pouco produtivos, (Bari e Gomes, 1996). É possível que esta situação seja resultado da dificuldade dos produtores em alocar seus insumos de forma mais eficiente. Por isso, qualquer estratégia que vise o aumento da oferta de produtos lácteos no Brasil, deve levar em conta esta disparidade existente entre os produtores. O conceito de eficiência tem sido um dos aspectos centrais nos estudos econômicos atuais. Existe interesse em medir eficiência e produtividade, pois elas são medidas de desempenho nas quais as unidades de produção são avaliadas. Souza (2003) afirma que a eficiência é um fator utilizado para medir o sucesso de um empreendimento, sendo obtida pela comparação entre os valores observados e os valores ótimos de consumo. Sua estimativa serve tanto como base para a tomada de decisões, como à introdução ou não de tecnologias para o aumento da produção, ou mesmo para comparar o nível atual de produção do produtor com sua capacidade de crescimento. Na busca por maior eficiência, é imprescindível que o uso de todos os insumos dê o maior retorno possível, não devendo haver desperdícios dos mesmos, nem erros no que se refere ao uso de tecnologia. Segundo Almeida e Oliveira (1998), a adoção de tecnologias permite, entre outras vantagens, a redução de custos, contribuindo assim para a permanência do produtor na atividade leiteira. Esta alternativa não deve ser vista apenas como uma possibilidade ou vantagem competitiva, e sim como um instrumento necessário à realização e sobrevivência da atividade. Os custos têm a finalidade de verificar se e como os recursos empregados em um processo de produção estão sendo remunerados, possibilitando, também, verificar como está a rentabilidade da atividade, comparada a alternativas de emprego do tempo e capital (Lopes e Carvalho, 2000). Segundo Gomes (1999), muitas das vezes o produtor tem dificuldade em analisar seu custo de produção devido à complexidade da atividade leiteira, em razão de algumas características, como: a) Produção conjunta, ou seja, simultânea à outra atividade, como produção de carne; b) Elevada participação da mão-de-obra familiar, cuja apropriação dos custos é sempre muito subjetiva; c) Produção contínua, que é, arbitrariamente, segmentada para o período de análise, que pode ser anual ou semestral; d) Altos investimentos em terras, benfeitorias, máquinas e animais, cuja apropriação dos custos também tem elevada dose de subjetividade. Caso estes fatores não sejam levados em conta, os valores obtidos com o custo de produção serão bem distantes da realidade econômica do produtor. 2

3 Faria (2005) verificou que o produtor brasileiro ainda não sabe estimar seu lucro, ficando preocupado apenas em cobrir seus custos operacionais. O custo é só uma ferramenta usada para que decisões administrativas sejam tomadas. O que importa é a remuneração do capital, ou seja, a relação entre o lucro e o capital investido na atividade produtiva. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - CEPEA, técnicos da Confederação Nacional da Agricultura - CNA e das Federações de Agricultura (2008), realizaram levantamentos de dados em regiões dos estados de Goiás e de Minas Gerais, e concluíram que em oito das regiões pesquisadas, a atividade leiteira cobre somente os custos operacionais e a mão-de-obra familiar, não sendo suficiente para bancar as depreciações, nem para remunerar o capital investido. Desta forma, é possível notar a ineficiência de alguns produtores em gerenciar suas propriedades. A criação de políticas públicas para ajudar o setor exige o conhecimento do diagnóstico técnico e financeiro destas propriedades que possuem sistemas de produção de leite tão distintos, para que se possa atuar de maneira específica para cada caso. Por isso, são necessários estudos de viabilidade e análise de eficiência de unidades produtivas, avaliações de diferentes fatores e resultados em todo um contexto econômico, político e científico, sempre objetivando a melhora da capacidade de tomada de decisão desses produtores, e conseqüentemente, do desempenho das unidades produtoras de leite. Nesse sentido, este trabalho propõe analisar os produtores de leite do estado do Rio de Janeiro, fazendo uma comparação com produtores do estado de Minas Gerais. Os objetivos deste trabalho são: a) apresentar os indicadores financeiros dos produtores de leite no estado do Rio de Janeiro e de Minas Gerais; b) descrever as diferenças entre os estratos de produção de cada estado; c) descrever as diferenças entre os sistemas de produção de leite cada estado d) verificar se os estabelecimentos são sustentáveis financeiramente no longo prazo e quais são os fatores explicativos dessa sustentabilidade. 2. Metodologia Os dados analisados neste estudo são de 194 produtores do estado do Rio de Janeiro e 1000 produtores do estado de Minas Gerais que foram coletados entre os anos de 2003 e Os produtores foram divididos em estratos de produção em relação ao volume diário produzido nos estabelecimentos, a saber: Estrato 1 Até 50 litros/ dia Estrato 2 50 a 200 litros/ dia Estrato a 500 litros/ dia Estrato 4 Acima de 500 litros/dia A estratificação utilizada segue o modelo do diagnóstico da pecuária de leite do estado de Minas Gerais. No entanto, neste caso foi feita a agregação entre os dois últimos estratos quando se considerou em um mesmo grupo os produtores com volume diário acima de 500 litros, ao invés de separá-los em um estrato de 500 a 1000 litros e outro de acima de 1000 litros. Para melhor compreensão dos indicadores, faz-se necessário a especificação da metodologia utilizada para elaboração dos mesmos. Produção: é a produção média diária de leite nos estabelecimentos, em litros por dia. Número de vacas em lactação: equivale apenas ao número de vacas em lactação no momento em que os dados foram coletados, em cabeças. 3

4 Produtividade: produção/ número de vacas, em litros por vaca. Área utilizada: inclui somente a área destinada à produção leiteira, não a área total da propriedade, em ha. Mão-de-obra: compreende não só o gasto com mão-de-obra contratada, como também o custo de oportunidade da mão-de-obra familiar, em R$. Concentrados: total das despesas com concentrados, em R$. Capital fixo imobilizado: soma dos valores investidos em terra, benfeitorias, máquinas e equipamentos e animais, dado em R$. A seguir tem-se a descrição do cálculo de cada uma dessas variáveis: Terra: adotou-se o procedimento seguido por Alves, Souza e Brandão (2001), de imputar ao custo de oportunidade da terra 4% sobre seu valor. Assim pode-se gerar um valor de fluxo anual de gastos referentes a este fator. Benfeitorias: o valor de fluxo foi obtido a partir dos valores da depreciação mais os juros sobre o capital imobilizado, também conhecido como remuneração do capital. Em relação a este indicador de fluxo considerou-se o valor de 6% sobre o capital médio, que foi obtido pelo valor do capital inicial somado ao capital final dividido por dois. Foram considerados como benfeitorias no levantamento dos dados: curral, sala de ordenha, estábulo, tronco, silo, bezerreiro, sala de máquinas, estradas perimetrais e internas, entre outros. Máquinas e equipamentos: a estimação deste item foi feita de forma semelhante ao processo utilizado no item benfeitoria. Gerou-se um valor de fluxo a partir dos juros mais a depreciação. Foram considerados como benfeitorias: picadeira, pulverizador, resfriador, botijão de sêmen, carroça, ordenhadeira mecânica, ensiladeira, trator, arado, grade, balança, equipamento para irrigação, utensílios, motocicleta e outros. Animais: aplicou-se uma taxa de 6% sobre o valor de estoque dos animais a fim de se obter um fluxo anual de despesas correspondentes aos mesmos. Renda Bruta: compreende a soma dos valores dos seguintes itens: a) leite vendido e consumido na propriedade; b) laticínios produzidos e consumidos na propriedade, em equivalente litros de leite; c) animais vendidos na propriedade; d) variação do inventário animal; e) outras rendas. A renda bruta é o valor de tudo o que foi obtido como resultado do processo de produção realizado na empresa durante um ano, dado em R$. Custo Operacional Efetivo (COE): é aquele que implica em desembolso direto do produtor, em R$. Neste trabalho o COE compreende mão-de-obra contratada, manutenção de pastagem, de canavial, de capineira e de outras forrageiras não anuais, silagem, concentrado, minerais, aleitamento artificial, medicamentos, hormônios, material de ordenha, transporte, energia, combustível, inseminação artificial, impostos extras, reparos de benfeitorias e máquinas e outros gastos de custeio. Custo Operacional Total (COT): é o custo operacional efetivo mais a mão-de-obra familiar e as depreciações de benfeitorias, máquinas, animais de serviço e forrageiras não anuais, dado em R$. Margem Bruta (MB): é o resultado da renda bruta (RB) menos o custo operacional efetivo (COE), dada em R$; e a MB/litro é dada em R$/litro. A MB permite saber se o estabelecimento sobrevive no curto prazo, ou seja, se cobre as despesas diretas como concentrados, mão-de-obra contratada, sal mineral, fertilizantes, sementes, transporte do leite e outras. Utilizando-se esse conceito, algumas conclusões podem ser tiradas: MB > 0: significa que a RB é superior ao COE, e a empresa poderá sobreviver no curto prazo, se a mão-de-obra familiar estiver sendo remunerada. MB < 0: o produtor não paga sequer os custos diretos, não sendo capaz de sobreviver no curto prazo. Nesse caso, se o produtor abandonar a atividade, estará minimizando seu prejuízo, ficando sujeito apenas aos custos fixos que continuarão a existir. 4

5 MB = 0: ocorre quando a RB é igual ao COE. O produtor paga os gastos diretos de custeio e sobrevive no curto prazo, mas não sobra renda para pagar outros custos de longo prazo. Margem Líquida (ML): é a Renda Bruta menos o Custo Operacional Total, em R$. Permite saber se o estabelecimento é sustentável no longo prazo. As conclusões a serem tiradas sobre esse conceito são: ML > 0: significa que a RB é superior ao COT, e a empresa sobreviverá no longo prazo, pois paga todos os seus custos. ML < 0: ocorre quando a RB é inferior ao COT. Nesse caso, parte dos custos que compõe o COT não está sendo remunerado, como por exemplo a depreciação. Neste caso, o desgaste dos equipamentos não está sendo considerado, e estes, ao chegarem ao final da vida útil, deverão ser substituídos. O produtor então, não terá condições de repor este equipamento com um novo investimento, logo, o estabelecimento não sobreviverá no longo prazo. ML = 0: significa que todos os custos que compõe o COT estão sendo pagos, assim, a propriedade está no ponto de equilíbrio e em condições de refazer, a longo prazo, seu capital fixo. Neste trabalho, também foram utilizados os indicadores ML/litro, dada em R$/litro; ML/vacas em lactação, dada em R$/cab; e ML/total de vacas, dada em R$/cab. Taxa de retorno do investimento: é a margem líquida dividida pelo capital fixo imobilizado, dada em %. Caso a taxa de retorno seja maior que a taxa de juros de uma aplicação financeira viável para o produtor, o negócio será considerado atrativo. Em geral, usam-se, como, referência os juros da caderneta de poupança, tomando-se o cuidado de tomar a taxa de juros real, que está em torno de 6% ao ano. Lucro: é obtido subtraindo-se o custo total da renda bruta, dado em R$. Este leva em consideração o custo de oportunidade do capital, permitindo ao produtor comparar seu negócio com outro investimento alternativo. As conclusões sobre esse conceito são as seguintes: Lucro = 0: neste caso o produtor está remunerando a mão-de-obra, as depreciações e o capital imobilizado na atividade. Lucro > 0 lucro supernormal.o produtor está pagando todos os gastos do COE e do COT, além de qualquer outro investimento que possa ser comparado com sua atividade. Lucro < 0: o custo total é maior que a renda bruta, ou seja, o valor obtido como resultado do processo de produção não está sendo suficiente para cobrir os custos (diretos e indiretos) do estabelecimento. Logo, a atividade não está sendo rentável para o produtor. 3. Resultados e discussão Neste item serão descritos os resultados financeiros dos produtores de leite sob a forma de tabelas separadas para cada estado. A Tabela 1 apresenta os indicadores técnicos dos produtores de leite dos quatro estratos analisados para o estado do Rio de Janeiro. Tabela 1 Produção, vacas em lactação e área utilizada na produção de leite dos produtores do Rio de Janeiro I II III IV Produção/dia (litros) 27,77 102,04 326,50 920,52 Número de vacas em lactação (cab.) 8,54 18,68 44,22 98,55 Produtividade (litros/vaca) 3,62 6,11 7,96 10,14 Área utilizada para o leite (ha) 27,93 63,06 127,97 340,31 Fonte: Elaborada pelos autores 5

6 Em relação à distribuição dos 192 produtores de leite dentro dos estratos, o estrato I (até 50 litros/dia) é composto de 109 produtores, o estrato II (50 a 200 litros/dia) 56 produtores, o estrato III (200 a 500 litros/dia) 18 produtores e o estrato IV (acima de 500 litros/dia) 11 produtores. Portanto, verifica-se que os produtores com até 50 litros/dia correspondem a 56,7% do total da amostra. Por outro lado, a maior parte da produção está concentrada em apenas 5,7% dos produtores (acima de 500 litros/dia). Este fato pode ser observado na maioria dos estados brasileiros onde poucos produtores são responsáveis por grande parte da produção. Em relação à produção diária, as médias observadas para os grupos I a IV foram 27, 102, 326 e 920 litros, respectivamente. O número de vacas em lactação ajuda a explicar a maior produção do grupo IV em relação ao grupo I. Enquanto o grupo 4 apresenta uma média de 98 vacas em lactação, o grupo I possui uma média de 8 vacas em lactação. Portanto, notase que do grupo I ao grupo IV, o número de vacas em lactação aumenta e conseqüentemente, o mesmo ocorre em relação ao valor arrecadado na produção de leite. O grupo IV é formado por produtores especializados e que possuem maiores investimentos em capital imobilizado. Consequentemente, isto se aplica em relação ao número de animais na propriedade, tanto em vacas na atividade leiteira como as vacas em lactação, o que permite aos produtores obterem renda com outro tipo de atividade, além da atividade leiteira, como gado de corte, caprinos e ovinos, além do que esta renda pode ser usada como investimento da atividade leiteira. Aumentar os índices de produtividade consiste em uma estratégia que a maioria dos produtores utiliza para aumentar a produção. Os incrementos na produtividade permitem também a redução do custo médio e a compensação dos termos de troca (preço do leite/preço de insumos), que por muitas vezes são desfavoráveis ao produtor. Finalmente, os ganhos na produção/vaca garantem o crescimento do lucro total (lucro/ano), mesmo na presença de queda do lucro/litro. Conforme a Tabela 1, pode-se notar que a produtividade aumenta do estrato I ao IV. Isto pode ser justificado por maior adoção de tecnologia na medida que a produção no estabelecimento aumenta. Os valores observados para os dois primeiros estratos de 3,6 e 6,1 litros/vaca/dia, descrevem a realidade destes produtores. No entanto, a produtividade média observada para o grupo IV (10 litros/vaca/dia) parece estar significativamente menor do que a capacidade real destes produtores que produzem acima de 500 litros/dia. Na produção de leite, a área utilizada na atividade é de grande importância para a formação de pastagens, o que permite ao produtor auferir menor custo de produção no período de maio a setembro quando as chuvas diminuem. Verifica-se que os produtores do grupo IV apresentam área disponível muito superior em relação aos outros grupos. A Tabela 2 mostra os indicadores de produção, número de vacas, produtividade e área disponível para o estado de Minas Gerais. Tabela 2 Produção, vacas em lactação, produtividade e área utilizada na produção de leite dos produtores de Minas Gerais I II III IV Produção/dia 34,58 119,30 317, ,50 Número de vacas em lactação (cab.) 8,01 19,59 38,58 104,55 Produtividade 4,32 6,09 8,23 11,94 Área utilizada para o leite (ha) 26,01 56,41 94,15 181,75 Fonte: Elaborado pelos autores 6

7 No estado de Minas Gerais a distribuição dos produtores dentro dos estratos de produção ocorreu da seguinte forma: estrato I (até 50 litros/dia): 439 produtores; estrato II( de 51 a 200 litros/dia): 354 produtores; estrato III (de 200 a 500 litros/dia): 140 produtores; estrato IV (acima de 500 litros/dia): 67 produtores. Comparando-se os indicadores obtidos no estado do Rio de Janeiro em relação aos estabelecimentos de Minas Gerais, pode se observar que em Minas Gerais os índices demonstram maior grau de especialização na atividade dos produtores. Isto pode ser observado em todos os estratos de produção, mas se torna mais evidente na medida em que a produção ultrapassa os 500 litros/dia. A média de produção do 4 o estrato foi de 1248 litros contra 920 litros no estado do Rio de Janeiro, que significa uma diferença de mais que 30% superior. O número de vacas em lactação não variou mais que 10% para um estado em relação ao outro, nos estratos de produção dos estados analisados. O mesmo comportamento foi verificado para a produtividade, que pouco variou entre os estados. No entanto, a área utilizada para a atividade leiteira sinaliza uma diferença de eficiência entre os estados em relação ao uso deste fator de produção. O Rio de Janeiro, que possui produção média inferior a Minas Gerais, apresentou maior quantidade de área utilizada em todos os estratos de produção, sendo que no 4 o estrato esta diferença chega a ser de 90% superior que em Minas Gerais. A Tabela 3 mostra os indicadores de gasto de custeio e capital imobilizado na propriedade dos produtores de leite analisados. Consideraram-se como gastos de custeio as despesas com mão-de-obra e alimentação dos animais. Tabela 3: Gasto com mão-de-obra, concentrados e capital imobilizado na propriedade dos produtores de leite do Rio de Janeiro I II III IV Mão-de-obra (R$) 1.482, , , ,50 Concentrados (R$) 244, , , ,98 Capital fixo imobilizado (R$) , , , ,39 Fonte: Elaborada pelos autores Segundo Gomes (2000), os custos de mão-de-obra para manejo do rebanho devem representar até 20% do valor da produção de leite (excluindo-se a venda de animais). Neste caso, o grupo que apresentou maior eficiência foi o grupo IV, mesmo ultrapassando o gasto máximo recomendado. O grupo I apresentou 38%, o grupo II, 31%; o grupo III, 25%; e finalmente, o grupo IV, apresentou 21%. Este indicador sinaliza que existe mão-de-obra ociosa nessas propriedades, ou que o valor obtido com a produção de leite está abaixo do que poderia ser arrecadado. Conforme o esperado, os gastos com mão-de-obra do estrato responsável pela maior parte da produção foram significativamente maiores que dos outros grupos. Em relação às despesas com concentrados, o grupo IV é o que apresentou maior nível de gastos com este insumo. Isto se justifica pelo fato deste grupo ser o que possui maior número de vacas na atividade leiteira. Sabendo-se que o fornecimento de concentrados para os animais é uma tecnologia de efeito imediato, pode-se compreender a expressiva diferença nas despesas com este fator quando comparamos os diferentes estratos de produção. Enquanto os grupos I e II gastam respectivamente R$ 244,46 e R$ 1.988,76, o grupo IV gasta em torno de R$ 38,5 mil por ano. Isto ajuda a explicar as diferenças na produção de leite entre os estratos. Vale lembrar que produtores com alta produção de leite, fornecem aos seus animais 7

8 concentrados o ano todo e em menor quantidade no verão. A Tabela 3 confirma esta diferença. Em relação ao capital imobilizado, conforme o esperado nota-se que o grupo IV apresenta valores bem superiores aos outros grupos. Isto gera um custo fixo médio significativo devido à elevada participação da depreciação de máquinas e equipamentos e à remuneração do capital (custo de oportunidade). Portanto, para reduzir este custo fixo médio torna-se necessário um grande volume de produção que só será possível mediante a realização da combinação entre gastos de custeio e alocação correta dos insumos. Os valores observados para o capital imobilizado nos grupos I e IV foram respectivamente R$ ,42 e R$ ,39, o que demonstra a baixa capacidade do grupo I em trabalhar com escalas elevadas de produção. A Tabela 4 apresenta os indicadores de despesas com os insumos mãode-obra, concentrado e capital imobilizado nas propriedades de leite de Minas Gerais. Tabela 4 de gastos com mão-de-obra, concentrados e capital fixo imobilizado na atividade leiteira no estado de Minas Gerais I II III IV Mão-de-obra (R$) 219,22 390,46 650, ,42 Concentrados (R$) 1.102, , , ,10 Capital fixo imobilizado (R$) , , , ,36 Fonte: Elaborado pelos autores Conforme esperado, os gastos de custeio no estado de Minas Gerais com os três insumos analisados apresentam um comportamento crescente à medida que a produção de leite aumenta. No entanto, ao comparar os indicadores entre os estados pode-se observar um fato surpreendente. O Rio de Janeiro, em relação à mão-de-obra gasta mais de 10 vezes o valor gasto pelo estado de Minas Gerais. No caso do estrato com mais de 500 litros/dia esta diferença chega a 28 vezes, o que demonstra excesso de uso deste insumo por parte dos produtores fluminenses, pois o uso intensivo em mão-de-obra não se traduz em maior produção para os produtores deste estado. Em relação às despesas com concentrados, o estado de Minas Gerais apresentou maior montante de gastos com este insumo. No entanto, o maior nível de gasto só se traduziu em aumento significativo na produção, em relação ao Rio de Janeiro, nos estratos de 50 a 200 litros e acima de 500 litros por dia. O fornecimento de concentrados ao longo do ano tem o objetivo de manter a produção constante, sem grandes variações e é um indicador de especialização na atividade. O capital imobilizado na atividade leiteira em Minas Gerais também foi maior que no Rio de Janeiro em todos os estratos de produção, com destaque para o estrato IV que apresentou média acima de R$ 1 milhão para os 67 estabelecimentos analisados. Vale lembrar que o capital imobilizado mostra a capacidade do produtor de obter elevados índices de produção e produtividade. No entanto, este só se torna produtivo mediante a realização de gastos de custeio com outros insumos como alimentação, cuidados sanitários e melhoramento genético dos animais, entre outros. Se o capital imobilizado for elevado e a produção não responder à capacidade do estabelecimento, o custo médio do produtor se torna elevado, comprometendo a competitividade e a sustentabilidade do estabelecimento no longo prazo. A Tabela 5 mostra os indicadores de receita e custos operacionais na produção de leite no estado do Rio de Janeiro. A renda bruta foi calculada a partir do somatório do valor da produção de leite, da renda com a venda de animais e da renda com a venda de derivados. 8

9 Tabela 5 - de Renda Bruta, Custo Operacional Efetivo e Custo Operacional Total dos produtores do estado do Rio de Janeiro I II III IV Renda bruta (R$) 5.378, , , ,93 COE (R$) 1.773, , , ,58 COT (R$) 4.059, , , ,09 Fonte: Elaborada pelos autores O estrato I apresenta baixo valor da produção de leite devido a diversos fatores. Entre eles, o número de vacas em lactação que é baixo, sendo que a produção/vaca, geralmente não passa de 5 litros/vaca/dia nestes sistemas, que são pouco tecnificados. Além disso, atualmente tem sido cada vez mais comum, dentro de uma mesma indústria, seja ela particular ou cooperativa, a prática de se adotar diferentes preços por litro de leite pago aos produtores, de acordo com a qualidade e o volume. Tais diferenças chegam até a 50%, isto é, o preço mais alto chega a ser 50% maior que o mais baixo. Logo, pode-se entender o baixo valor arrecadado pelo primeiro grupo. Isto representa apenas uma das muitas imperfeições que o mercado impõe aos produtores, pois além dos pequenos receberem menos pelo litro de leite produzido ainda encontram preços mais elevados no momento de comprar insumos, em comparação com os grandes produtores que compram maiores quantidades e em função disso têm maior poder de barganha para negociar preços menores. Portanto, a renda bruta do estrato acima de 500 litros é três vezes superior ao terceiro estrato de produção (de 200 a 500 litros/dia) e trinta vezes superior ao primeiro estrato (até 50 litros/dia). Algumas hipóteses ajudam a explicar este fato e estão ligadas ao grau de sangue e à alimentação dos animais. Os produtores responsáveis pela maior parcela da produção (aqueles com produção acima de 500 litros/dia) possuem maior número de vacas e o grau de sangue do rebanho varia de ¾ HZ a holandês, com média de 7/8 HZ. Outra característica importante diz respeito à alimentação do rebanho, em especial das vacas em lactação. No verão, a alimentação volumosa é somente no pasto sempre adubado, e no inverno, há suplementação volumosa. Vale ressaltar também que os produtores do 4º estrato possuem maior quantidade de capital imobilizado em animais, o que lhes permite obter maior receita com a venda desses animais; e ainda, pelo fato de apresentarem maior escala de produção, que produzam derivados de leite como queijos, manteiga e outros derivados no próprio estabelecimento, gerando a estes produtores renda extra na venda destes laticínios. A Tabela 6 mostra os indicadores de renda bruta, custo operacional efetivo e custo operacional total na atividade leiteira para o estado de Minas Gerais. Tabela 6 de Renda Bruta, Custo Operacional Efetivo e Custo Operacional Total na atividade leiteira no estado de Minas Gerais I II III IV Renda bruta (R$) 8.317, , , ,18 COE (R$) 4.143, , , ,98 COT (R$) 9.076, , , ,86 Fonte: Elaborado pelos autores Comparando os indicadores de renda bruta entre os dois estados pode-se notar que em Minas Gerais a renda dos produtores de leite foi significativamente mais elevada, variando a superioridade entre 37% e 92% (4º estrato), em relação ao Rio de Janeiro. Isto sinaliza que 9

10 além da maior produção, os produtores de Minas Gerais são mais especializados, o que permite obter receitas maiores com a venda de animais e laticínios. Em relação ao custo operacional efetivo que também é um indicador do grau de tecnologia na produção, Minas Gerais apresentou valores de maior magnitude, sendo que em alguns estratos as despesas deste indicador chegam a ser o dobro no estado de Minas Gerais. O custo operacional total em Minas Gerais também é crescente à medida que a produção aumenta, e se mostrou maior que os valores do COT apresentados no Rio de Janeiro. O fato de serem mais especializados na produção faz com que os produtores em Minas Gerais apresentem maior quantidade de capital imobilizado, o que implica em maiores custos de depreciação que incidem diretamente no custo operacional total. A Tabela 7 mostra os indicadores do estado do Rio de Janeiro de margem bruta, margem líquida, além da margem bruta e líquida por litro de leite produzido, por vacas em lactação e pelo total de animais em cada propriedade. 10

11 Tabela 7 - de Margem Bruta, Margem Líquida dos produtores de leite do estado do Rio de Janeiro I II III IV MB (R$) 3.605, , , ,34 ML (R$) 1.319, , , ,84 MB / litro (R$/litro) 0,36 0,28 0,19 0,14 ML / litro (R$/litro) 0,12 0,13 0,12 0,09 ML / Vacas em lactação (R$/cab) 163,04 275,15 336,72 317,18 ML / Total de vacas (R$/cab) 97,46 182,33 210,30 213,80 Fonte: Elaborada pelos autores A margem bruta analisa a sobrevivência do estabelecimento no curto prazo, pois determina se os produtores estão conseguindo pagar os gastos efetivos. A margem líquida verifica a sobrevivência do estabelecimento no longo prazo, pois inclui os custos fixos, como a depreciação, na sua análise. De acordo com os dados da Tabela 7, todos os produtores apresentaram margem bruta positiva, o que significa que estão cobrindo seus custos operacionais efetivos e, portanto, se mostrando sustentáveis no curto prazo. No entanto, analisando com rigor estes valores nota-se que, principalmente nos dois primeiros estratos de produção, o valor que sobra para o produtor após remunerar seus custos de produção é bem reduzido e não lhe permite uma condição financeira satisfatória e sustentável ao longo do ano. Nota-se também que estes indicadores (margem bruta e margem líquida) apresentam um comportamento crescente à medida que se caminha em direção ao estrato com mais de 500 litros por dia. A margem bruta varia diretamente com a escala de produção, fato que ajuda a explicar a grande diferença deste indicador entre os grupos. Sabendo-se que os valores observados para margem líquida representam o resíduo anual do produtor após pagar os custos fixos e variáveis, dividiu-se estes valores por 12 meses a fim de obter a remuneração mensal destes produtores e comparar com o salário mínimo ou com alguma remuneração alternativa que o produtor poderia obter. Esta análise permite verificar se a atividade tem sido atrativa para eles, além de mostrar a sustentabilidade do estabelecimento no longo prazo. Em relação ao grupo I foi calculada uma remuneração mensal em torno de R$ 109,00 (R$ 1319,30/12), para os estratos II, III e IV as remunerações foram em torno de R$ 417,00, R$ 1121,00 e R$ 2603,00, respectivamente. Portanto, no Rio de Janeiro o 2º estrato remunera seus produtores com apenas um salário mínimo, o estrato III com 2,5 salários e o estrato IV permite ao empreendedor uma remuneração mais competitiva quando comparada aos outros estratos. Estes resultados ilustram a dificuldade do pequeno produtor em remunerar de forma digna sua atividade e explica o fato de muitos produtores terem abandonado a atividade nos últimos anos. A margem bruta por litro (MB/litro) e a margem líquida por litro (ML/litro) mostram o resíduo unitário do produtor após remunerar os custos de produção. Em relação a MB/litro conforme o esperado, o valor decresce do grupo I para o grupo IV. Isto pode ser explicado pelo fato de que o grupo I utiliza pouca quantidade de insumos e, portanto, seu custo operacional efetivo é muito baixo, o que permite a estes produtores auferir maior margem bruta. Por outro lado, o grupo IV que é composto por produtores mais tecnificados e apresentam gastos de ordem mais elevada, possuem um custo operacional efetivo maior e por isso margem bruta/litro menor. Os ganhos deste grupo ocorrem sob a forma de economias de escala, ou seja, os produtores têm menor margem bruta unitária, mas compensam seus ganhos 11

12 com maior volume produzido. O importante na produção de leite não é ter a margem unitária elevada, mas sim a margem líquida bruta total. Se o ganho unitário é grande, mas o volume produzido é pequeno a viabilidade do negócio fica comprometida. Em relação à margem líquida/litro, era esperado que este indicador fosse crescente do grupo I para o grupo IV, pois à medida que se avança de um estrato com menor produção para outro com maior produção, é de esperar que os custos fixos como depreciação sejam mais diluídos devido à maior incorporação destes custos ao processo produtivo. Ao analisar a margem líquida/litro na Tabela 7, pôde-se observar que ela é decrescente nos três últimos estratos. Portanto, estes valores para a ML/litro nos estratos III e IV podem ser justificados por duas razões: a) renda bruta reduzida, ou seja, os produtores destes estratos arrecadam menos do que deveriam com a venda de leite, derivados e animais; b) elevado montante de custos fixos em depreciação do capital imobilizado, em relação a produção, o que aumenta o custo operacional total, promovendo a margem líquida por litro reduzida. Os indicadores restantes a serem analisados na Tabela 7 dizem respeito à margem líquida/vacas em lactação e margem líquida/total de vacas. O comportamento esperado para ambos os indicadores do grupo I para o grupo IV é de que os valores sejam crescentes, pois a medida que se evolui nos estratos de produção a margem líquida deveria aumentar e o número de vacas crescer porém em uma taxa menor, fato que faria com que este indicador apresentasse um comportamento crescente. Em relação ao primeiro indicador (ML/vacas em lactação), este comportamento foi observado do grupo I até o grupo III. No entanto, o valor encontrado para o grupo IV (R$/cab 317,18) foi menor que o do grupo III (R$/cab 336,72), o que sinaliza dois problemas em relação aos produtores deste estrato: a) a margem líquida é baixa em função da produção, que é menor do que a capacidade dos produtores; b) o número de vacas em lactação é elevado e os animais apresentam baixa produtividade. Portanto, do 3º para o 4º estrato o número de vacas em lactação cresceu e a margem líquida decresceu. Em relação à margem líquida/total de vacas, pôde-se observar um comportamento deste indicador de acordo com o esperado, ou seja, os valores aumentaram à medida que a produção de leite aumentou. No entanto, uma observação importante é que este indicador cresce a taxas decrescentes do grupo de menor produção para o de maior produção. Sendo que, do estrato III para o estrato IV o crescimento deste indicador é reduzido quando comparado aos estratos anteriores, fato que confirma as observações feitas em relação a margem líquida/vacas em lactação, de que este grupo possui uma produção reduzida em relação ao número de animais que possui. A Tabela 8 mostra os indicadores do estado de Minas Gerais para a margem bruta, margem líquida, além da margem bruta e líquida por litro de leite produzido, por vacas em lactação e pelo total de animais. TABELA 8 de Margem Bruta, Margem Líquida na atividade leiteira no estado de Minas Gerais I II III IV MB (R$) 4.173, , , ,20 ML (R$) -758, , , ,32 MB / litro(r$/litro) 0,35 0,28 0,24 0,22 ML / litro (R$/litro) -0,07 0,05 0,10 0,13 ML / Vaca em lactação (R$/cab) -88,69 114,61 314,34 571,20 ML / Total de vacas (R$/cab) -57,98 81,65 216,75 420,52 Fonte: Elaborado pelos autores 12

13 Conforme pode se observar na Tabela 8, os valores de margem bruta observados para os diferentes estratos de produção em Minas Gerais são maiores que os observados em todos os estratos no Rio de Janeiro. Vale destacar a diferença entre os valores no estrato acima de 500 litros por dia (4º estrato), em que o valor da margem bruta chega a ser o dobro em Minas Gerais (R$ 47 mil contra R$ 98 mil), mostrando o quanto estes produtores são mais especializados em relação aos do outro estado. Portanto, todos os estratos apresentaram médias de margem bruta positivas, o que significa que no curto prazo os estabelecimentos estão pagando suas despesas e são sustentáveis. Vale lembrar que o problema observado no estado do Rio de Janeiro se repete nos dois primeiros estratos de Minas Gerais onde os produtores apresentam uma remuneração mensal menor que o valor de dois salários mínimos. Em relação à margem líquida nota-se que os produtores do Rio de Janeiro demonstraram ligeira vantagem no rendimento dos três primeiros estratos de produção, fato que pode ser explicado por duas razões: a) Os produtores dos estratos I, II e III do estado de Minas Gerais possuem elevada quantidade de capital imobilizado, o que gera custos fixos significativos com depreciação que são contabilizados na margem líquida; b) os produtores de Minas Gerais, com volume diário até 200 litros, realizam gastos de custeio (despesas diretas) em nível inferior ao que deveriam e, por isso, não conseguem tornar o capital produtivo, auferindo produção abaixo de sua capacidade e comprometendo a renda líquida. Os indicadores de margem bruta e margem líquida por litro no estado de Minas Gerais apresentam um comportamento de acordo com o esperado. A margem bruta por litro tende a reduzir à medida que a produção aumenta devido a maior adoção de tecnologias pelos estratos com maiores níveis de produção. O uso destas tecnologias aumenta o custo operacional efetivo e reduz a margem bruta. Por outro lado, na margem líquida por litro a situação é oposta, pois é de se esperar que esta aumente à medida que a produção se eleva, devido à redução de custos fixos que se diluem com maior volume produzido. Isto pôde ser observado entre os produtores analisados neste estado. Analisando a margem líquida mensal dos produtores, ou seja, dividindo os valores de cada estrato por 12 meses, com o objetivo de verificar a sustentabilidade dos estabelecimentos no longo prazo pôde-se verificar que: a) no estrato I a margem líquida é negativa, portanto os produtores deste grupo não continuarão na atividade no longo prazo; b) os estratos II e III apresentam rendimentos médios mensais de R$ 188,00 e R$ 950,00, respectivamente. Portanto, os produtores do estrato de 200 a 500 litros por dia são remunerados de forma a competir com o nível de salário que poderiam obter no meio urbano. Vale lembrar que estes valores são ligeiramente menores que os apresentados pelos mesmos estratos no estado do Rio de Janeiro; c) o estrato com produção acima de 500 litros apresenta remuneração mensal de R$ 5.300,00 para cada estabelecimento. O que significa que em Minas Gerais ser produtor de leite especializado tem se mostrado bom negócio. No estado do Rio de Janeiro a remuneração apresentada no 4º estrato foi de R$ 2.500,00. Portanto, no grupo mais especializado nota-se diferenças significativas entre os estados no que diz respeito à remuneração do produtor. Finalmente, a Tabela 9 mostra os indicadores de taxa de retorno de investimento, também conhecido como custo de remuneração do capital, e o lucro médio obtido pelos produtores de cada estrato de produção no Rio de Janeiro. 13

14 Tabela 9 - econômicos dos produtores do estado do Rio de Janeiro Taxa de Retorno do Capital (%) 2,81 3,97 4,45 3,77 Lucro (R$) -126, , , ,82 Fonte: Elaborada pelos autores Vale lembrar que a taxa de retorno do capital foi calculada pela razão entre a margem líquida anual e o valor do capital imobilizado na atividade. Portanto, mede o quanto o capital investido está gerando de retorno para o produtor. Este indicador deve ser comparado com um investimento alternativo para que o produtor saiba se a atividade em seu estabelecimento é competitiva quando comparada com outros investimentos. A taxa de comparação mais utilizada é a de 6% ao ano que é próximo ao valor pago pela caderneta de poupança. Na Tabela 9 pode-se notar que a taxa de retorno do capital apresenta um comportamento crescente do primeiro para o terceiro estrato de produção. Isto pode ser explicado pelo fato de que existe uma relação direta entre margem líquida e produtividade e tecnologia utilizada no sistema de produção. Portanto, à medida que a produtividade e a tecnologia aumentam é de se esperar um crescimento da margem líquida. No entanto, no 4º estrato, o valor decresce em relação ao terceiro. Isto sinaliza o fato que já foi comprovado na análise dos outros indicadores de que os produtores do quarto estrato de produção possuem excesso de capital imobilizado. Para que o negócio seja lucrativo, a taxa de retorno do investimento deve ser maior que um outro investimento alternativo. Nenhum dos grupos analisados apresentou taxa de retorno igual ou maior que 6%. O grupo que mais se aproximou do valor mínimo foi o grupo III, ou seja, os produtores deste grupo estão demonstrando maior eficiência na alocação de insumos e nos custos de produção. O lucro é o resíduo que sobra para o produtor após pagar todos os seus custos, inclusive a remuneração do capital investido, nota-se que com exceção do estrato I todos os outros estratos apresentaram lucro positivo, de forma que o indicador aumenta a medida que a produção de leite cresce. A Tabela 10 mostra os indicadores de taxa de retorno de investimento e o lucro médio obtido pelos produtores de cada estrato de produção no estado de Minas Gerais. Tabela 10 - econômicos dos produtores de leite no estado de Minas Gerais Taxa de Retorno do Capital (%) 0,20 1,40 2,66 5,02 Lucro (R$) , ,01-404, ,95 Fonte: Elaborada pelos autores A taxa de retorno do capital observada para os estratos apresentou valores inferiores à taxa de 6% que seria a remuneração média da poupança (investimento alternativo). O estrato que apresentou maior proximidade com esta taxa foi o 4º estrato de produção. Os valores calculados para os indicadores de lucro foram negativos nos três primeiros estratos. Estes resultados podem parecer uma incoerência diante dos resultados observados para a margem líquida destes produtores. Vale lembrar que os produtores do estado de Minas Gerais mostraram ao longo de toda a análise maior capacidade de produção em função da maior quantidade de capital imobilizado. No entanto, para se calcular o lucro considera-se a remuneração sobre este capital que, normalmente, onera de forma significativa o custo total do produtor reduzindo seu lucro. Portanto, os valores negativos observados para o lucro nos 14

15 estratos I, II e III ocorrem em função do elevado valor do capital imobilizado por parte dos produtores destes estratos que em contrapartida não conseguem apresentar produção compatível com sua capacidade. De forma surpreendente, enquanto os outros grupos apresentaram lucro negativo, o 4º estrato de produção apresentou um lucro da ordem de R$ 28,9 mil, demonstrando que os estabelecimentos com produção acima de 500 litros por dia tornam seu capital mais produtivo e isto se traduz em maior volume e maior lucro. A maior produtividade do capital pode ser explicada pelo fato de terem maior nível de gastos com uso de concentrados, melhoramento genético, ou seja, tecnologias que incorporadas ao processo produtivo podem fazer o estabelecimento se tornar mais eficiente no que diz respeito aos custos de produção. 4. Conclusões Após a descrição e análise dos indicadores de custos nos estados do Rio de Janeiro de Minas Gerais, algumas inferências podem ser feitas: a) Foi confirmado o maior grau de especialização da pecuária de leite no estado de Minas Gerais quando comparado com o Rio de Janeiro. No caso dos produtores pertencentes aos estratos de produção até 200 litros, as diferenças não são muito aparentes. No entanto, estas diferenças se tornam maiores à medida que a produção nos estabelecimentos aumenta. b) A área ocupada na atividade leiteira no estado do Rio de Janeiro é significativamente maior que em Minas Gerais. No entanto, o maior uso deste fator de produção por parte dos produtores fluminenses não se traduz em maior volume de leite produzido, fato que sinaliza menor eficiência no uso deste insumo nestas propriedades. c) No estado do Rio de Janeiro os produtores com volume diário acima de 200 litros produzem menor quantidade que deveriam e não usufruem como deveriam do capital imobilizado existente no estabelecimento. A conseqüência disso é que os custos de depreciação incidem fortemente sobre estes sistemas que acabam auferindo baixos valores de margem liquida unitária. d) No estado de Minas Gerais observa-se melhor uso do capital imobilizado na atividade o que se traduz em maiores níveis de volume diário e economias de escala por parte dos produtores. e) Em ambos os estados apenas os produtores com produção acima de 200 litros por dia remuneram seus produtores com renda mensais acima de 2 salários mínimos. f) Quando se considera a taxa de retorno do capital em ambos os estados o valor foi abaixo de 6% de seria uma remuneração alternativa da poupança. Vale lembrar que este indicador considera o custo de oportunidade sobre o capital imobilizado o que aumenta de forma significativa o custo total do estabelecimento e justifica os resultados apresentados. 15

16 Referencias Bibliográficas: ALMEIDA, L. F. ; OLIVEIRA, L. H.. Eficiência nos sistemas de produção de leite: um estudo comparativo entre Canadá e Brasil. In: 22. Encontro Anual da Anpad, 1998, Florianópolis. Anais do 22o. Enanpad. Rio de Janeiro : ANPAD, p ALVES, E. Retornos à escala e mercado competitivo: teoria e evidências empíricas. Revista de Economia e Agronegócio, v. 2, n. 3, p , ALVES, E.; SOUZA, G. da S.; BRANDÃO, A. S. P. A situação do produtor que tem menos de cem hectares. Revista de Política Agrícola, ano X, n. 1, p , FARIA, V. P. Desempenho zootécnico econômico: Como avaliar. Balde Branco. São Paulo, n. 486, p abril FERREIRA, A. H. Eficiência de sistemas de produção de leite: uma aplicação da análise envoltória de dados na tomada de decisão p. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa - MG. GOMES, Adriano Provezano ; BARI, Mamadu Lamarana. Tipificação de produtores de leite através da análise multivariada. In: XXXIV Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, 1996, Aracaju. Anais. Brasília : SOBER, v. 2. p GOMES, S.T. Cadeia agroindustrial do leite no Mercosul. Mercosul: Agronegócios e Desenvolvimento Econômico. Viçosa, MG, p GOMES, S.T. O agronegócio do leite. SEBRAE MG/FAEMG. Belo Horizonte, MG p. ROBERTS, D. B.; GOMES A. P. Eficiência da pequena produção de leite no estado de Rondônia In: Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, 42, 2004, Cuiabá. Anais... Cuiabá, UFMT, SOUZA, D.P.H. de. Avaliação de métodos paramétricos e não paramétricos na análise da eficiência da produção de leite p. Tese (Doutorado em Economia Aplicada) Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba,

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