XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

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1 ANÁLISE DO PLANEJAMENTO E DAS OPERAÇOES DE SETUP DA TROCA DO MOTOR DIESEL DOS CAMINHÕES FORA DE ESTRADA NA CONTRIBUIÇÃO DA DISPONIBILIDADE FÍSICA DO EQUIPAMENTO PARA A OPERAÇÃO EM UMA MINERADORA DE ITABIRA/ MG Luiz Carlos Ferreira (FUNCESI ) luizcf25@yahoo.com.br Fernando Silva de Araujo Porto (FUNCESI ) fernando.porto@funcesi.br Silvia Menezes Pires Dias (FUNCESI ) silvia.dias@funcesi.br Fabri cio Roulin Bittencout (FUNCESI ) roulin@gmail.com IONARA HOURY HEIZER (FUNCESI ) ionaraheizer@terra.com.br O planejamento e as operações de setup contribuem para a execução de qualquer atividade dentro de uma organização, pois poderá assegurar com base nas premissas assumidas, uma probabilidade favorável com relação aos resultados esperados. Este estudo objetivou analisar o planejamento, as operações de setup e as variações que podem ocorrer na troca do motor diesel dos caminhões fora de estrada. Do mesmo modo, procurou analisar a influência que este planejamento e estas variações podem causar na disponibilidade física do equipamento para operação. A metodologia adotada para este trabalho foi uma abordagem qualitativa, que utiliza a pesquisa descritiva e o método de pesquisa de campo. Os dados foram coletados através de entrevistas semi-estruturadas realizada no setor de manutenção de caminhões fora de estrada. O universo foi composto por uma mineradora na cidade de Itabira. O critério de amostragem desta pesquisa utilizou uma amostragem não probabilística por tipicidade, e os dados foram tratados através de análise de conteúdo. Os dados evidenciaram que o planejamento da troca do motor diesel é realizado com antecedência, de modo que, quando o equipamento parar na oficina para realizar esta atividade a perda quanto a disponibilidade física possa ser a menor possível. Por outro lado, quanto às operações de setup, foi constatado que o setor pesquisado não trabalha com estas ferramentas, as quais segundo as obras dos

2 autores pesquisados poderiam aumentar a taxa de produção das máquinas, ou seja, a disponibilidade física dos equipamentos. Palavras-chaves: Disponibilidade física, Planejamento, Setup 2

3 1. Introdução O planejamento e as operações de setup realizados antes de se executar uma atividade dentro de uma organização têm como objetivo definir metas e traçar caminhos seguros para que possam ser alcançados com sucesso os resultados esperados, entre os quais está manter a disponibilidade física (DF) dos equipamentos nos níveis necessários para se alcançar as metas de produção. Assim, estas atividades podem ser consideradas importantes no setor de manutenção. Os setores de manutenção da indústria mineradora vem trabalhando com o planejamento e as operações de setup em suas atividades. O objetivo deste trabalho é analisar o planejamento e as operações de setup da troca do motor diesel dos caminhões fora de estrada identificando as variações das operações de setup da troca do motor diesel dos supracitados caminhões e a disponibilidade física do equipamento em decorrência do planejamento e das operações de setup da troca do motor diesel. 2. Revisão bibliográfica 2.1 Manutenção É necessário identificar os conceitos utilizados para o termo manutenção e os tipos de manutenção existentes para posteriormente identificar os elementos do planejamento e as operações de setup relacionando com a disponibilidade física dos caminhões fora de estrada analisados no presente artigo. Segundo Xenos (2004), a manutenção serve para evitar a degradação dos equipamentos que são causadas pelo desgaste natural e pelo seu uso. Tem como objetivo de fazer o que for preciso para assegurar que o equipamento continue desempenhando suas funções para quais foi projetado no nível de desempenho exigido. Através da manutenção, pode-se conseguir manter o bom funcionamento dos equipamentos de uma organização, evitando-se que estes equipamentos se degradem com o tempo e com a sua utilização. A Manutenção Corretiva é definida por Souza (2011), como uma atividade na área de manutenção responsável para a correção de uma falha que é identificada em um determinado componente de um equipamento. Kardec e Nascif (2009) afirmam que ao atuar em um equipamento que apresenta um defeito ou um desempenho diferente do esperado, está sendo 3

4 realizada uma manutenção corretiva, pois a principal função desta é restaurar as condições de funcionamento de um equipamento. Assim, como a manutenção corretiva somente atua após a falha, o setor de manutenção tem de estar sempre atento quanto à ocorrência de falhas em equipamentos, pois a disponibilidade física destes para a produção é relacionada não só com o tempo de reparo, mas também ao tempo de reação da manutenção. A Manutenção Preventiva é uma técnica de manutenção que tem o objetivo principal a prevenção da ocorrência de uma falha ou até mesmo a parada do equipamento por uma quebra. Souza ressalta ainda que toda manutenção preventiva deve ser planejada e prevista (SOUZA, 2011). Para Kardec e Nascif (2009), manutenção preventiva é o inverso da política da manutenção corretiva, pois procura obstinadamente evitar a ocorrência de falha, ou seja, tem a finalidade de evitar falhas. Manutenção preventiva é uma manutenção que deve ser planejada com o intuito de prevenir a ocorrência de falhas nos equipamentos, antecipando eventuais problemas que possam causar a quebra do equipamento e gerar uma manutenção corretiva. A Manutenção Preditiva, trata-se de uma modalidade de manutenção que prediz o tempo de vida útil dos componentes de um equipamento, e as condições para que este tempo de vida seja aproveitada da melhor forma possível de acordo com Souza (2011). De acordo com Kardec e Nascif (2009), manutenção preditiva tem como objetivo de prevenir falhas nos equipamentos ou sistemas através de um acompanhamento de parâmetros diversos, permitindo a operação do equipamento no maior tempo possível. A manutenção preditiva é conceituada como a modalidade de manutenção que tem a finalidade de acompanhar os parâmetros de funcionamento dos equipamentos e prever suas falhas, para intervenção no momento adequado, permitindo aproveitar a vida dos componentes de uma máquina ao máximo, através das inspeções da manutenção preditiva, realizada na área de manutenção. 2.2 Planejamento e a manutenção O planejamento pode ser identificado sobre vários conceitos apresentados pelos autores para embasamento teórico do artigo. De acordo com Oliveira (1998), o processo de planejar envolve um modo de pensar antes da realização de uma atividade, e dentro deste 4

5 planejamento envolve questionamentos sobre o que será feito, com será feito, quando, quanto, para quem, por que, por quem e onde esta atividade será realizada. Para Souza (2011), um dos primeiros fatores que deve levar em consideração durante o planejamento de uma atividade é o programa de produção da organização, pois ambas as áreas tem suas metas e é preciso um esforço em conjunto para que a organização atinja suas metas. Segundo Oliveira (1998), o planejamento das atividades tende a reduzir a incerteza dentro do projeto decisório, o que conseqüentemente, aumentará a probabilidade de alcançar os objetivos e desafios estabelecidos pela empresa. Segundo Souza (2011), o setor de manutenção tem que planejar e fazer administração de seus recursos. Como a mão de obra, peças sobressalentes e equipamentos, para poder conseguir adequar à carga de trabalho esperada. Seria importante que a área de planejamento da manutenção administrasse e ficasse ciente de todos os recursos necessários para a realização de uma atividade planejada, pois desta forma, haveria maior possibilidade de se alcançar os objetivos programados. Vários benefícios podem ser obtidos para a organização através do planejamento, tais como o de adquirir todos os materiais necessários antes de executar as atividades (reduzindo assim o tempo de execução e o custo de aquisição além de garantir a qualidade destes materiais), redução das atividades desnecessárias, permitir a adequação planejada da equipe à carga de trabalho e também garantir a efetividade da manutenção corretiva e preventiva Conceitos de Setup O tempo gasto em atividades de preparação desde a última peça produzida até o momento que iniciar a produção da próxima peça pode ser considerado tempo de setup. Segundo Moura e Banzato (1996), setup são todas as tarefas necessárias que devem ser realizada desde o momento em que se tenha completado a última peça do lote anterior até o momento em que se inicia a primeira peça do lote posterior. Para Kannenberg (1994), setup será entendido como a soma de todos os tempos de todas as atividades realizadas que ocorrem a partir do momento em que a produção de um item é finalizada até o momento em que a primeira peça do segundo item com qualidade seja produzida. 5

6 Segundo Shingo (2008), as operações de setup podem ser de dois tipos: setup interno e setup externo. Setup interno são as operações que só podem ser realizadas quando a máquina estiver parada. Já o setup externo compreende as operações que podem ser realizadas com a máquina em funcionamento. Para Shingo (1985), uma das primeiras coisas que se deve pensar para transformar atividades de setup interno em setup externo, é encontrar meios de preparação das condições de operação antes de precisar parar a máquina. Antes de executar qualquer atividade dentro da organização, seria importante identificar o que são setup interno e setup externo da atividade que será realizada, pois assim poderá encontrar meios de transformar os setups internos em externos, e assim parar a máquina o mínimo possível. Para Shingo (1985), se a troca rápida de ferramenta (TRF) for aplicada no sistema de produção, um dos benefícios esperados pela aplicação seria a redução do tempo de setup e o aumento das taxas de operação das máquinas. Para o autor, o conceito de troca rápida de ferramentas pode ser definido como o mínimo de tempo necessário que é gasto para poder mudar de uma atividade para outra. Quando a TRF é aplicada dentro de uma organização, o tempo gasto no reparo das máquinas tende a ser menor, pois através desta ferramenta as perdas relacionadas ao processo podem ser eliminadas fazendo com que as taxas de operação das máquinas aumentem. 3. Material e Métodos Para este estudo empregou-se a abordagem qualitativa e tipo de pesquisa descritiva através de pesquisa de campo, por permitir uma análise e descrição sobre a percepção dos funcionários do setor de manutenção a respeito do planejamento e as operações de setup da troca do motor diesel dos caminhões fora de estrada sua influência sobre a disponibilidade física do equipamento para operação. Compreende-se que o universo desta pesquisa foi uma mineradora em Itabira e a amostra o setor de manutenção sendo o critério de amostragem não probabilística por tipicidade. Esta amostragem foi não probabilística por tipicidade, pois buscou as informações necessárias com os funcionários do setor de manutenção de caminhões fora de estrada, por este grupo de 6

7 pessoas ser considerado o representativo de toda a população onde a entrevista semiestruturada foi aplicada. Os sujeitos participantes desta pesquisa foram cinco técnicos, um supervisor e um líder de planejamento, por serem os profissionais que tem experiência e conhecimentos necessários para responder os objetivos desta pesquisa. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se a entrevista semi-estruturada e a pesquisa documental e os dados foram tratados através de análise de conteúdo. O estudo desta pesquisa foi desenvolvido em uma mineradora instalado na cidade de Itabira MG, sendo atualmente considerada a maior mineradora brasileira. A amostra desta pesquisa foi o setor de manutenção de caminhões fora de estrada, estando este setor subdividido em outras áreas tais como lubrificação, borracharia, posto de abastecimento, oficina mecânica e a área responsável pelo planejamento e controle da manutenção. Este setor foi escolhido para o estudo devido conter as informações necessárias para contribuir para a conclusão da pesquisa. 4. Resultados Os resultados dos dados analisam o planejamento e suas variações na troca do motor diesel identificando a importância das operações de setup durante a troca do motor diesel. O entrevistado G1 refere-se a um ocupante de cargo de nível gerencial, enquanto os entrevistados L1, é o líder de PCM, e os demais definidos como F1, F2, F3, F4 e F5, são ocupantes de cargo de nível operacional. Sobre como o planejamento ocorre, os benefícios e as variações que podem ocorrer durante a troca do motor os funcionários do setor de planejamento e controle de manutenção foram questionados sobre o que é planejamento, com a finalidade de demonstrar o objetivo que um planejamento tem, dentro de uma organização. De acordo com as informações obtidas nas entrevistas, planejamento é o processo de preparação que acontece antes de uma atividade ser realizada, com a finalidade de alcançar os objetivos esperados, evitando a ocorrência de imprevistos. Para poder conhecer sobre o planejamento da troca do motor diesel, foi pedido aos entrevistados que explicassem como ocorre o planejamento da troca do motor diesel. 7

8 Todos os entrevistados mostraram ter opiniões convergentes ao responderem que o planejamento da troca do motor diesel só começa após ser identificada a necessidade da troca. O planejamento envolve mais a preparação dos materiais e dos recursos necessários para a realização desta atividade, e somente após a chegada de todos os materiais e a aquisição dos recursos é feita a programação de parada do equipamento, para a execução da tarefa. Um dos entrevistados (F5) manifestou-se sobre a importância da programação de parada no tocante a evitar a sobrecarga da equipe de execução, devido à sua capacidade limitada de atendimento. Com a finalidade de saber sobre os benefícios que o planejamento pode trazer para a troca do motor diesel, solicitou-se aos entrevistados que descrevessem sobre estes benefícios. Para Souza (2011), através do planejamento pode se alcançar vários benefícios para a organização. Dentre estas vantagens, estão à possibilidade de adquirir os recursos e materiais necessários, materiais de boa qualidade e com um custo baixo, possibilitando ainda uma previsibilidade dos números de etapas envolvidas e eliminar as atividades desnecessárias. Os entrevistados mostram terem opinião convergente ao autor quando falam de evitar perdas durante a execução de uma atividade, afirmando que, com o planejamento, a equipe conseguirá alocar todos os materiais e recursos necessários à execução da atividade. Outro ponto ressaltado foi a possibilidade de determinar a sequencia das atividades e assim aperfeiçoar ou implementar a padronização das mesmas. Quando os funcionários foram questionados sobre os pontos negativos que o planejamento pode trazer, os entrevistados foram unânimes em responder que não vêem qualquer impacto negativo originado pelo planejamento. Os entrevistados foram questionados se durante a execução da troca do motor diesel ocorre alguma variação ou desvio, e quando ocorrem, quais são, e como são tratados para não interferir nas atividades planejadas. De acordo com os entrevistados, pode ocorrer uma variedade de tipos de desvios durante a troca do motor diesel, entretanto ressaltaram que a equipe de planejamento tem que estar atenta para as eventuais mudanças necessárias, empregando planos de contingência para responder de imediato. Os desvios devem então ser registrados e a partir destes dados, desenvolvidos planos de ação para o bloqueio da recorrência. Os entrevistados de um modo geral evitaram entrar em detalhes a respeito de quais seriam os desvios mais frequentemente 8

9 encontrados, mas um dos funcionários (L1) mencionou que estas seriam variações climáticas como chuva e vento, ou ainda quebra da ponte rolante, falta de ferramentas e mão de obra afastada por doenças. É importante observar que a falta de ferramentas e afastamento de mão de obra não são propriamente desvios que o planejamento acaba encontrando, mas são falhas do próprio planejamento, pois o objetivo deste é justamente detectar antecipadamente estas ocorrências. Sobre as operações de setup durante a troca de motor diesel foi solicitado aos entrevistados se eles têm conhecimento sobre as ferramentas de setup, identificar se estas ferramentas são utilizadas durante a troca do motor diesel e quais os benefícios que pode trazer para organização no momento de execução de uma atividade. De acordo com os entrevistados, setup é o tempo decorrido para a troca de uma peça, componente ou ate mesmo uma ferramenta, para que a máquina inicie a processar. Observa-se que os conceitos dos entrevistados são diferentes da referência o qual é mais adequado a uma linha de produção contínua. Como a manutenção está sempre realizando diferentes atividades, os entrevistados não vêem setup como o intervalo entre lotes, e sim o tempo consumido na preparação para a liberação do equipamento para operar. Para saber se é feito algo para diminuir o tempo de setup, os entrevistados foram questionados se a ferramenta TRF é usada durante a troca do motor diesel, e o porquê da sua utilização. Para Shingo (1985), se TRF for aplicado no sistema de produção, um dos benefícios esperados pela aplicação é a redução do tempo de setup e o aumento das taxas de operação das máquinas. Os entrevistados relataram que não utilizam a TRF durante a troca do motor diesel, alegando diferentes justificativas. O entrevistado L1 afirmou que tem de haver ainda uma grande evolução no planejamento para viabilizar o uso desta ferramenta durante a troca do motor diesel. F2 manifestou a opinião de que o uso da ferramenta TRF aumentaria a capacidade produtiva do setor, mas também afirma que esta ainda não é empregada, embora sem apresentar justificativas. F5, por sua vez, negou a possibilidade de benefícios no emprego desta ferramenta no tocante ao de setup, alegando que é necessário o maior número de acessórios disponíveis na área para equipar os motores. 9

10 Quando se usa a TRF no sistema de produção, o tempo de setup tende a diminuir, fazendo com que as taxas de operação das máquinas, aumentem. Se o setor de planejamento utilizasse a TRF, o tempo de troca do motor diesel poderia ser mais rápido, aumentando a taxa de operação da máquina. Ainda foi necessário investigar como os entrevistados percebem a relação entre o planejamento e a disponibilidade física. Segundo Branco Filho (2006), disponibilidade física é quando um sistema ou equipamento esteja disponível para produzir ou esta produzindo, ou seja, pode ser utilizado quando desejar. Segundo Pinto e Xavier (2009), disponibilidade é a capacidade de um equipamento estar em condições de executar a sua função em um dado instante ou durante o intervalo de um tempo determinado. Todas as respostas dos entrevistados afirmaram que disponibilidade física é o tempo em que a máquina fica disponível para a operação em condições para poder realizar sua atividade dentro do processo produtivo. Um dos entrevistados (F4) foi além, e afirmou que seria o tempo em que o equipamento operaria em condições ideais para a sua atividade dentro do processo, um conceito que discorda dos apresentados pelos autores acima citados. Com o intuito de registrar o ponto de vista dos entrevistados quanto ao impacto sobre a disponibilidade física ocasionado pelo tempo consumido durante a troca do motor diesel, estes foram questionados como a disponibilidade física é tratada durante a troca deste componente. Para Vaz (2004), a disponibilidade física depende da gestão da manutenção, pois além do tempo gasto para fazer os reparos necessários, tem que haver a preservação do nível de confiabilidade dos equipamentos. De acordo com a maioria dos entrevistados, a perda da disponibilidade física no momento da troca planejada é uma perda já considerada no estabelecimento das metas, portanto o impacto não é considerado como negativo, desde que a atividade tenha sido no tempo previsto. Os entrevistados afirmaram que a troca consome de 72 a 120 horas de trabalho ininterrupto. Um dos entrevistados (G1) detalhou que esta operação exigiria 216 horas/homem em 72 horas de trabalho, ou seja, exigiria o trabalho de equipes de 3 funcionários trabalhando alternadamente durante 72 horas. 10

11 A diferença entre as respostas advém do fato de que 72 horas é o tempo mínimo registrado para esta operação, e é portanto o valor empregado como tempo padrão, e usado assim para o planejamento. O valor de 120 horas é o tempo médio da operação, uma vez que nem sempre é possível ter equipes de 3 funcionários treinados e capacitados disponíveis ininterruptamente para este tipo de operação. Slack, Chambers e Johnston (2002) mostram que a disponibilidade pode ser calculada através da seguinte equação: DF HC HM 100 HC Onde DF é disponibilidade física percentual, HC as horas calendário (720 horas, referentes a 30 dias de 24 horas), enquanto que HM seriam as horas despendidas em atividades de manutenção. Se empregado o tempo médio para a operação de troca de motor, pode verificar que esta operação representa uma perda de aproximadamente 16,7% na disponibilidade física do equipamento no mês da ocorrência DF ,33% 720 Os entrevistados foram questionados, qual é o tempo necessário que o equipamento tem que estar disponível para operação para atender a disponibilidade física. Segundo Gil (1996), disponibilidade é a probabilidade de uma máquina estar disponível para produzir, sendo calculada pela razão entre o tempo calendário total menos o tempo de manutenção, dividido pelo tempo calendário total, sendo o resultado final divulgado em porcentagem. Assim, uma disponibilidade de 80% implicaria no equipamento disponível em 80% do tempo total, sendo que no restante 20% o equipamento estaria indisponível, ou seja, em manutenção. De acordo com os entrevistados, a disponibilidade física de um equipamento depende de vários fatores, tais como a meta de produção, a idade dos equipamentos, o tempo de operação, o índice de utilização, etc. Ou seja, a DF na opinião dos entrevistados depende essencialmente do tempo consumido na manutenção, o qual por sua vez, de modo simplificado, depende do 11

12 desgaste do equipamento, do planejamento das atividades de manutenção e da carga de trabalho para a qual o equipamento se encontra direcionado. 5. Considerações finais O estudo indica que o planejamento e as operações de setup podem contribuir para que as atividades dentro de uma organização sejam realizadas conforme o esperado, pois além de ajudar a alcançar os objetivos durante a manutenção em um equipamento, pode também contribuir para a disponibilidade física do equipamento para operação. Verificou-se que a equipe entende o planejamento da operação como essencial, pois através dele estimam o tempo a ser consumido na execução da atividade, os recursos necessários, e o local onde será realizada. Além disso, percebem que o planejamento contribui para a padronização, aumento na segurança e permite detectar oportunidades de melhorias. Constatou-se também que este apenas tem início após ser identificada a necessidade da troca. Somente após a chegada de todos os materiais e a aquisição dos recursos é feita a programação de parada do equipamento, para a execução da tarefa, com o cuidado de evitar a sobrecarga da equipe de execução, devido à sua capacidade limitada de atendimento. Durante a troca, a equipe de planejamento afirma manter atenção sobre eventuais mudanças necessárias, empregando planos de contingência para responder de imediato. Os desvios então são registrados e, a partir destes dados, desenvolvidos planos de ação para o bloqueio da recorrência. Os entrevistados relutaram em detalhar os possíveis desvios, mas mesmo assim foram mencionadas variações climáticas como chuva e vento, ou ainda quebra da ponte rolante, falta de ferramentas e mão de obra afastada por doenças. Importante verificar que parte dos desvios podem ser originados de falhas no próprio planejamento, o que explicaria parcialmente a hesitação em descrevê-los. O setup é o tempo decorrido para a troca de uma peça, componente ou ate mesmo uma ferramenta, para que o equipamento volte a operar. Observa-se que, como a manutenção está sempre realizando diferentes atividades, os entrevistados não vêem setup como o intervalo entre lotes, e sim o tempo consumido na preparação para a liberação do equipamento para operar. Quanto ao TRF, os entrevistados relataram que não o utilizam durante a troca do motor diesel, mesmo reconhecendo que sua utilização permitiria que o tempo de troca do 12

13 motor diesel poderia ser menor, aumentando a taxa de operação da máquina. Não foram apresentadas justificativas plausíveis, indicando que possivelmente a causa desta não utilização esteja na falta de capacitação. Corrobora com esta hipótese a ausência de manifestação de opinião favorável à transformação de setup interno para externo, a qual demonstra o desconhecimento dos entrevistados a respeito das oportunidades de ganho que poderiam surgir com a mudança. Pode se concluir que, quando o equipamento esta em manutenção para fazer a troca do motor, o impacto na disponibilidade física é considerado como uma redução necessária, planejada. Com relação ao tempo consumido com a troca, os entrevistados oscilaram em suas respostas, alguns citando o tempo mínimo registrado, outros citando a média, a qual representa uma perda de aproximadamente 16,7% na disponibilidade física do equipamento no mês da ocorrência. Ainda de acordo com os entrevistados, a disponibilidade física de um equipamento depende de vários fatores, tais como a meta de produção, a idade dos equipamentos, o tempo de operação, o índice de utilização, etc. Ou seja, a DF na opinião dos entrevistados depende do tempo consumido na manutenção, o qual seria dependente do desgaste do equipamento, do planejamento das atividades de manutenção e da carga de trabalho para a qual o equipamento se encontra direcionado. É sugerido como um possível aprofundamento futuro deste trabalho uma pesquisa que investigue as possibilidades de um planejamento mais eficiente e a aplicação das ferramentas de setup, que permitam reduzir o tempo de troca do motor diesel, aumentando consequentemente à disponibilidade física do equipamento para operação. REFERÊNCIAS BRANCO FILHO, Gil. Indicadores e Índices de Manutenção. Rio De Janeiro: Editora Ciência Mondiderna, GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, KANNENBERG, G. Proposta de Sistemática para Implantação de Troca Rápida de Ferramentas. Porto Alegre. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Escola de Engenharia, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, KARDEC, Alan; NASCIF, Júlio. Manutenção: Função Estratégica. Rio de janeiro: Qualitymark, MOURA, Reinaldo Aparecido; BANZATO, José Mauricio. Redução do Tempo de Setup. São Paulo: IMAN, OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico. São Paulo: Atlas, PINTO, A. K; XAVIER, J. A. M. Manutenção, Função Estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark,

14 SHINGO, S. Sistema de Troca Rápida de Ferramenta - Uma Revolução nos Sistemas Produtivos. Bookman, SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, SOUZA, Valdir Cardoso De. Organização e Gerência da Manutenção - Planejamento, Programação e Controle da Manutenção. São Paulo: All Print Editora, VAZ, J.C. Gestão de Manutenção. São Paulo: Edgaro Blucher Ltda, XENOS, Harilaus Georgius d Philippos. Gerenciando a Manutenção Produtiva. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda,

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