Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Stricto Sensu em Direito Internacional

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1 Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Stricto Sensu em Direito Internacional MEDIDAS SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS NA OMC: MEIO DE DEFESA DA VIDA E SAÚDE HUMANA, ANIMAL E VEGETAL Autora: Mariana Rabelo Cunha Orientador: Prof. Dr. Antônio de Moura Borges Brasília - DF 2012

2 MARIANA RABELO CUNHA MEDIDAS SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS NA OMC: MEIO DE DEFESA DA VIDA E SAÚDE HUMANA, ANIMAL E VEGETAL Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito da Pontifícia Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Direito. Área de Concentração: Direito Internacional Econômico Orientador: Dr. Antônio de Moura Borges Brasília - DF 2012

3 C972m Cunha, Mariana Rabelo. Medidas sanitárias e fitossanitárias na OMC: meio de defesa da vida e saúde humana, animal e vegetal. / Mariana Rabelo Cunha f. ; 30 cm Dissertação (mestrado) Universidade Católica de Brasília, Orientação: Prof. Dr. Antônio de Moura Borges 1. Organização internacional. 2. Comércio internacional 3. Meio ambiente. 4. Proteção ambiental. I. Borges, Antônio de Moura, orient. II. Título. CDU Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB 27/07/2012

4 Dissertação de autoria de Mariana Rabelo Cunha, intitulada Medidas sanitárias e fitossanitárias na OMC: Meio de defesa da vida e saúde humana, animal e vegetal, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Direito da Universidade Católica de Brasília, em 18 de abril de 2012, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: Prof. Dr. Antônio de Moura Borges Orientador Prof. Dr. João Rezende Almeida Oliveira Examinador Interno Prof. Dr. José Querino Tavares Neto Examinador Externo Brasília - DF 2012

5 Dedico em primeiro lugar a Deus, aquele que guia meus passos e me capacita a cada nova busca, dando-me sempre a vitória. Aos meus pais, responsáveis por eu estar no mundo e ser quem sou. Aos meus irmãos pelo apoio incondicional.

6 AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente a Deus, constante em minha vida, razão maior de poder estar concluindo esta caminhada. Ao Roberto, pelo apoio, amor, compreensão e carinho dispensados a mim durante esta trajetória, sempre me fazendo acreditar que poderia vencer. Obrigado por cada palavra de incentivo e pela presença forte nos momentos mais difíceis. Aos meus pais, que com muito amor se mantiveram ao meu lado, meus irmãos, toda minha família pela compreensão, afeto e orações. Aos professores e colegas de Mestrado pela convivência, pela amizade e sábios ensinamentos. Em especial meu orientador Professor Dr. Antônio Moura Borges, pelo seu exemplo de vida e dedicação. Obrigado por exigir tanto de mim, isso me fez tornar melhor do que sou. Valo-me de sua sabedoria e amizade constantes.

7 O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que amássemos uns aos outros. Chico Xavier, 1990.

8 RESUMO CUNHA, Mariana Rabelo. Medidas sanitárias e fitossanitárias na OMC: Meio de defesa da vida e saúde humana, animal e vegetal f, Brasília, A Organização Mundial do Comércio apresenta caráter multilateral por favorecer todas as nações mundiais, objetivando a promoção do livre comércio entre elas, além de promover fórmulas específicas para garantir a competitividade entre ambas, e, é claro, o crescimento de todas. Mas, é preciso atentar-se que, vários países partem para a regulamentação da atividade comercial objetivando proteger o mercado produtor interno e a própria economia nacional da interferência do mercado externo. Nesse ínterim, surgem as inúmeras barreiras tarifárias que incrementam a regulação das atividades de importações. Existiam barreiras não-tarifárias, mesmo antes da criação da OMC, que objetivavam a proteção dos consumidores internos de cada país. Deve-se atentar para o uso das medidas sanitárias e fitossanitárias como barreiras técnicas ao comércio internacional e não com a verdadeira finalidade para as quais foram criadas, qual seja a proteção da saúde e da vida humana, animal e vegetal. Esta dissertação pretende abordar um estudo sobre as medidas sanitárias e fitossanitárias, enfocando os seus conceitos e objetivos, contemplando a análise de jurisprudência e, em especial, analisar o Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias. Palavras-chave: Acordo. Comércio. Medidas sanitárias e fitossanitárias. Meio ambiente. Organização Mundial do Comércio.

9 ABSTRACT The World Trade Organization (WTO) has a multilateral character by favouring all nations worldwide and it aims to promote the free trade among them. Furthermore, WTO promotes specific rules to guarantee the competition and ensures the growth of all nations. However, it is necessary to pay attention that many countries promote the regulation of commercial activity intending to defend the domestic producer market and also the own national economy from the foreign market interference. At the same time, many tariff barriers which increase the guidelines of the importation activities arise. Even before the creation of the WTO, there were non-tariff barriers (NTBs) which aimed to protect the consumers of each country. A key observation must be done about the use of sanitary and phytosanitary measures as technical barriers to the international trade and not as the true purpose for which they were created: protection of human being and health, animals and plants. This dissertation aims to deal with the sanitary and phytosanitary measures focusing their concepts and objectives considering the case law analysis, mainly the Sanitary and Phytosanitary Measures Agreement. Key-words: Agreement. Trade. Sanitary and Phytosanitary Measures. Natural Environment. World Trade Organization.

10 LISTA DE SIGLAS BIRD Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial) CE - Comunidades Européias CITES Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção CIPP Convenção Internacional de Proteção das Plantas EC Comunidades Européias ESC Entendimento Relativo às Normas e Procedimentos sobre Solução de Controvérsias EUA Estados Unidos da América GATT Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio FMI Fundo Monetário Internacional MEAS- Acordos Multilaterais Ambientais NAFTA Tratado Norte-Americano de Livre Comércio NMF Cláusula da Nação Mais Favorecida OA Órgão de Apelação OIC Organização Internacional do Comércio OIE - Órgão Internacional de Epizootias OSC Órgão de Solução de Controvérsias PEDs Países em desenvolvimento PDs Países desenvolvidos PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento SC Código sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (Standards Code) SPS Acordo sobre Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias TBT Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio

11 SUMÁRIO INTRODUÇÃO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO ANTECEDENTES HISTÓRICOS E FUNÇÕES O CENÁRIO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL NA ÉPOCA DA CRIAÇÃO DA OMC AS REGRAS BÁSICAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL OS REFLEXOS DA CONVENÇÃO DE BRETTON WOODS NA GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA AS RODADAS DO GATT E A OMC A Rodada Kennedy A Rodada de Tóquio A Rodada Uruguai AS ORIGENS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO FUNÇÕES E ESTRUTURA DA OMC ÓRGÃO DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS (OSC) A PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL NA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO COMÉRCIO E MEIO AMBIENTE A OMC E SUA COMPETÊNCIA A REGULAÇÃO DA PROTEÇÃO AMBIENTAL NA OMC OS ACORDOS DA OMC E A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE A LIBERDADE DO COMÉRCIO E A PROTEÇÃO AMBIENTAL O CONFLITO ENTRE AS REGRAS DA OMC E O DIREITO INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE Os tratados ambientais contrários à OMC PREPONDERÂNCIAS DAS NORMAS COMERCIAIS SOBRE AS NORMAS AMBIENTAIS O COMITÊ SOBRE COMÉRCIO E MEIO AMBIENTE... 48

12 3 AS MEDIDAS SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS NA OMC E SUA APLICABILIDADE BARREIRAS NÃO-TARIFÁRIAS: O INTRÓITO DAS MEDIDAS SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS STANDARDS CODE O ACORDO SOBRE BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO (TBT): ESCOPO, DIREITOS E OBRIGAÇÕES E IMPLEMENTAÇÃO O ACORDO SOBRE A APLICAÇÃO DE MEDIDAS SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS (SPS) Escopo de aplicação Direitos e obrigações O SPS e as Exceções Gerais do Artigo XX do Gatt Harmonização Equivalência Avaliação de Risco e Determinação de nível apropriado de proteção Sanitária e Fitossanitária Regionalização Administração Transparência e Implementação do SPS Assistência técnica e Tratamento especial e diferenciado A JURISPRUDÊNCIA DA OMC RELATIVA À APLICABILIDADE DAS MEDIDAS SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS E A PROTEÇÃO AMBIENTAL CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXO A - ACORDO CONSTITUTIVO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO ANEXO B - ACORDO SOBRE A APLICAÇÃO DE MEDIDAS SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS ANEXO C - ACORDO SOBRE BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO

13 12 INTRODUÇÃO A importância das medidas sanitárias e fitossanitárias no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) tem sido tema de ampla discussão e influenciado diretamente nas negociações multilaterais assim como regionais. Nestes debates, tais questões buscam a definição de regras e padrões sanitários e técnicos, sempre com base científica, que se adaptem a todos os países signatários, visando à viabilidade comercial internacional, porém, sem perder de vista as questões ambientais. Assim, dentre os diversos temas incluídos ou relacionados ao sistema multilateral de comércio, poucos assuntos são relevantes e atuais quanto à relação que a OMC tem com a proteção do meio ambiente e, para tanto, as medidas sanitárias e fitossanitárias têm grande importância, pois pode funcionar como barreiras não tarifárias às relações comerciais de produtos agrícolas e agroindustriais. Nesse contexto, é relevante ressaltar que durante a Rodada Uruguai do GATT, foi instituído o Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias, destinado a regular a aplicação de medidas que visem à proteção da vida e da saúde humana, animal e vegetal, quando existirem fundamentos para tanto. Dessa forma, já no antigo GATT, a presença das medidas ambientais em tela foi tema patente, confirmando sua relevância e importância. De tal evento apenas aconteceram avanços e adesões, sempre com o escopo de disciplinar o tema de regulamentos técnicos, abrangendo as medidas de natureza sanitária. Com a criação da Organização Mundial do Comércio, em 1995, que começaram a serem firmados os Acordos sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (Acordo TBT), assim como Acordos sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (Acordo SPS). Assim, baseando nesses acordos, os signatários passaram a ter o poder de ajustar medidas que limitem tais relações comerciais, quando necessário for a proteção da saúde ou até mesmo da vida humana, animal e vegetal, assim como do próprio meio ambiente, de forma geral. Dessa maneira, o conhecimento do SPS é muito importante, uma vez que, sua aplicação correta permite alcançar objetivos relevantes como a proteção da vida e da saúde humana, animal e vegetal, enquanto que seu uso indevido pode prejudicar os Membros de forma significativa, o que deve ser evitado. O fato de o

14 13 Acordo SPS legitimar a aplicação de barreiras ao comércio é que motiva o presente estudo, que sugere examinar se a OMC consegue demarcar critérios jurídicos eficientes com o escopo de controlar a adoção das medidas sanitárias e fitossanitárias como forma de proteger o mercado. Analisar-se-á o Acordo SPS e os casos julgados diante do OSC, buscando assim responder os seguintes questionamentos, de que maneira a OMC lida com as medidas sanitárias e fitossanitárias, focalizando principalmente sua utilização protecionista? O fato de o acordo SPS legitimar a aplicação de barreiras ao comércio consegue delimitar critérios eficientes, no âmbito da OMC, no tocante a proteção ambiental? Dessa forma, o presente estudo objetiva analisar as medidas sanitárias e fitossanitárias, como forma de regulação da proteção ambiental e proteção da saúde humana, animal e vegetal, no âmbito da OMC, mostrando as exigências dos países importadores baseados no Acordo SPS, assim como a conveniência pelos países importadores em promover barreiras técnicas que decorrem de problemas sanitários e fitossanitários. A presente pesquisa, a fim de se alcançar os objetivos propostos, buscou nas diversas fontes bibliográficas, a sustentação teórica para sua fundamentação. Farse-á a análise de diversos autores, cruzando entendimentos e posicionamentos, levando em consideração a evolução histórica e posicionamento atual do tema. Dentre estes autores destacam-se: Alberto do Amaral Júnior, Bela Balassa, Celso D. Albuquerque e Mello, Rodrigo Carvalho de Abreu Lima, Vera Thorstensen, Welber Barral. Foram analisados também alguns Acordos, como fontes primárias. O presente trabalho tem como tema a proteção do meio ambiente na OMC, especificamente com referência às medidas sanitárias e fitossanitárias estabelecidas a este fim, o que inclui a análise dos instrumentos normativos e políticos oferecidos por esta instituição internacional para que o comércio e a proteção ambiental possam dar-se em conjunto. O tema torna-se relevante a partir do momento em que o SPS institui um paradoxo ao livre comércio no instante em que legitima medidas que visam à proteção da vida e da saúde humana, animal e vegetal. Tem-se assim a importância em constatar o uso protecionista das medidas sanitárias e fitossanitárias, pois os Membros fingem adotar um discurso liberal, mas na realidade, amparam-se na

15 14 aplicação das barreiras não tarifárias, objetivando a proteção não só do mercado, mas também da sua economia. O trabalho também se justifica por outros temas ligados ao SPS, especialmente com relação à segurança dos alimentos e dos efeitos econômicos indesejados provenientes da aplicação das medidas sanitárias e fitossanitárias. Para elucidar o propósito desta pesquisa, a dissertação será dividida em três capítulos, apresentados da seguinte forma. No Capítulo 1 tratará das relações comerciais bem como as regras básicas do comércio internacional. De forma breve, aborda a convenção Bretton Woods, que teve como objetivo governar as relações monetárias entre Estados. Ressalta as rodadas do Gatt/OMC e, por fim, trata da OMC, que será analisada com vistas a mostrar sua estrutura, funções, antecedentes históricos, e Órgão de Solução de Controvérsias. O Segundo capítulo enfoca a preocupação ambiental na OMC, ressaltando a sua atuação nas questões ambientais. Frisa ainda, o conflito entre as regras da OMC e o Direito Internacional do meio ambiente. O terceiro capítulo faz uma abordagem sobre o advento das medidas nãotarifárias ao comércio, para tanto são feitas considerações sobre o surgimento do Standards Code, do TBT e do SPS. O SPS terá atenção detida, a fim de permitir enxergar seu escopo de aplicação, as obrigações impõem aos Membros, quais direitos lhes facultam, e, ainda, de que forma tem sido implementado desde sua entrada em vigor, em janeiro de Ademais, serão enfatizados os seus pontos sensíveis, notadamente a noção de justificação científica, suficiência de evidências, verificação de risco, a harmonização, como também a equivalência das medidas aplicadas pelos Membros, o princípio da regionalização e a transparência. E por último, trata da jurisprudência da OMC desde 1995.

16 15 1 A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO ANTECEDENTES HISTÓRICOS E FUNÇÕES 1.1 O CENÁRIO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL NA ÉPOCA DA CRIAÇÃO DA OMC Por volta dos anos 80, acontecia uma crescente guerra comercial entre as principais potências econômicas como: Comunidade Européia x EUA, EUA x Japão, CE e EUA contra os países asiáticos, e CE e EUA contra os países da América do Sul. Com a exasperação dos conflitos e para gerir as disputas de interesses, uma série de mecanismos artificiais foi instituída à margem das regras comerciais então estabelecidas dentro do antigo GATT. Dentre eles, a criação de acordos preferenciais de comércio dentro de zonas privilegiadas, bem como o comércio administrado por acordos de exportação entre países, controlados por quotas ou licenças. Assim, cada parceiro comercial passou a usar mais os instrumentos de comércio exterior existentes dentro das suas políticas comerciais, muitas vezes como meios de proteção a seus setores tradicionais e de menor competitividade. Foi num contexto de exasperação dos conflitos internacionais na esfera comercial, derivados dos processos de globalização e de interdependência das economias, que nasceu em 1986, a necessidade de se começar uma nova e ampla negociação multilateral sobre o comércio externo. Diferindo das negociações anteriores que tinham como base a redução de tarifas e de barreiras não-tarifárias, a nova negociação contava com variados temas como, investimentos, propriedade intelectual e serviços, que interessavam aos países desenvolvidos. Já para atingir os interesses dos países em desenvolvimento, foram incluídos temas como o acesso a mercados de bens, agricultura, têxteis, e regras operacionais que coibissem ações protecionistas praticadas pelos países desenvolvidos contra os países em desenvolvimento. Foi perante todos estes interesses, quase sempre conflitantes, que foi estabelecida a agenda e negociou-se a Rodada Uruguai do GATT de 1986 a 1993, e instituiu a Organização Mundial do Comércio.

17 AS REGRAS BÁSICAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL Nota-se que, no decorrer dos anos, vem ocorrendo um evidente desenvolvimento do comércio internacional dentro de um sistema de regras, definidas de início por meio de tratados bilaterais e, a partir da instituição do GATT, em 1947, vêm sendo aprofundadas por meio de negociações multilaterais. O sistema de regras estabelecido no âmbito do GATT objetiva liberalizar as trocas entre as partes contratantes por meio da prática de um comércio aberto a todos, assim como a partir de um conjunto de regras que se fundamentam em alguns princípios básicos, sendo: O primeiro é que o único instrumento de proteção permitido dentro das atividades de trocas comerciais é o definido em termos de tarifas aduaneiras, e um dos objetivos do Acordo Geral é de torná-las cada vez mais reduzidas. O segundo é que uma vez estabelecida uma nova tarifa ou concedido um benefício, estes passam a ser estendidos de forma não discriminatória, isto e, de igual modo para todas as partes contratantes. O terceiro garante que uma vez dentro da fronteira de uma parte contratante, produtos importados não podem ser discriminados com relação aos produtos nacionais (THORSTESEN, 2009, p. 32). Assim, percebe-se que as normas definem bem a postura das partes contratantes. Nesse sentido, não pode ocorrer discriminação, o tratamento deve ser igualitário, objetivando, assim, a liberalização das trocas. As regras básicas que foram estabelecidas no Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio são as seguintes (GATT, Acordo Geral de 1947): Tratamento Geral de Nação Mais Favorecida (NMF) é a mais importante das regras e dá caráter multilateral ao GATT, em detrimento do caráter bilateral. A regra proíbe a discriminação entre países que são partes contratantes do Acordo Geral. Fica estabelecido que toda vantagem, favor, privilégio ou imunidade afetando direitos aduaneiros ou outras taxas que são concedidos a uma parte contratante, devem ser acordados imediatamente e incondicionalmente a produtos similares comercializados com qualquer outra parte contratante. Essa regra é conhecida como a regra de Não Discriminação entre as Nações (Artigo I); Lista das Concessões determina a lista dos produtos e das tarifas máximas que devem ser praticadas no comércio internacional. A regra estabelece que cada parte contratante deve conceder ao comércio com outras partes tratamento não menos favorável do que o previsto nas Listas de Concessões anexadas ao Acordo. Antes da Rodada Uruguai os países desenvolvidos já haviam consolidado suas listas para a maioria dos produtos e só podiam alterá-las mediante concessões às partes interessadas. Os países em desenvolvimento haviam consolidado apenas parte de suas listas e vieram a consolidá-las amplamente apenas na Rodada Uruguai (Artigo II); Tratamento Nacional a regra proíbe a discriminação entre produtos nacionais e importados. Fica estabelecido que as taxas e impostos internos e legislações que afetem a venda interna, a compra, transporte e distribuição, não devem ser aplicados a produtos importados de modo a

18 17 permitir a proteção dos produtos domésticos. Esta regra é conhecida como a regra de Não Discriminação entre Produtos (Artigo III); Transparência a regra cria a obrigatoriedade da publicação de todos os regulamentos relacionados ao comércio. Fica estabelecido que leis, regulamentos, decisões judiciais e regras administrativas tornadas efetivas por qualquer parte contratante devem ser publicados prontamente, de modo a permitir que governos e agentes de comércio externo possam deles tomar conhecimento (Artigo X); Eliminação das Restrições Quantitativas a regra determina que nenhuma outra proibição ou restrição tornada efetiva através de quotas, licenças de importação e de exportação, ou outras medidas, deve ser estabelecida ou mantida sobre importações ou exportações de produtos. O artigo deixa claro que as chamadas barreiras não tarifárias são proibidas e que apenas tarifas devem ser utilizadas como elemento de proteção. Regras especiais foram estabelecidas para produtos agrícolas e têxteis (Artigo XI). Foram citadas as regras básicas no âmbito do Acordo Geral do GATT. Vale ressaltar que tais quesitos tornaram-se regras de atuação dos parceiros mundiais na área do comércio internacional. Dessa maneira, vale citar as exceções que foram criadas não somente com a finalidade de atender a interesses específicos das partes do Acordo, mas também de almejar o controle do uso de instrumentos que acaso viessem admitir a não aplicação das normas negociadas, além do processo de transição para os compromissos assumidos, além disso, foram definidas os casos de exceções admitidas. Sendo: Exceções Gerais nada no Acordo deve impedir a adoção de medidas para proteger a moral pública e a saúde humana, animal ou vegetal; o comércio de ouro e prata; a proteção de patentes, marcas e direitos do autor; tesouros artísticos e históricos; recursos naturais exauríveis, e garantias de bens essenciais (Artigo XX); Salvaguardas a Balanço de Pagamentos qualquer parte contratante do Acordo pode restringir a quantidade ou o valor das mercadorias importadas de forma a salvaguardar sua posição financeira externa e seu balanço de pagamento. As restrições devem permanecer em vigor apenas pelo tempo necessário para resolver a crise (Art. XII). Países em desenvolvimento têm regras especiais para salvaguardar seus balanços de pagamento, e mesmo para proteger suas indústrias nascentes (Artigo XVIII); Salvaguardas ou Ações de Emergência sobre Importações se um produto está sendo importado em quantidades crescentes e sob condições que possam causar ou ameaçar causar prejuízo grave aos produtores domésticos, a parte contratante fica livre para suspender as concessões acordadas através de tarifas ou quotas, retirar, ou modificar as concessões, determinando novas tarifas e quotas. O Acordo Geral estabelece as condições para que tais medidas possam ser implantadas, em caráter temporário (Artigo XIX); Uniões Aduaneiras e Zonas de Livre Comércio o Acordo não impede a formação de acordos de comércio regionais desde que: as regras preferenciais sejam estabelecidas para uma parte substancial do comércio do acordo; os direitos e outros regulamentos do acordo não sejam mais altos ou mais restritivos do que a incidência de direitos e regulamentos antes da formação do acordo entre as partes; a formação do acordo inclua um plano e lista dos direitos a serem aplicados; e, esteja constituído dentro de um prazo de tempo razoável (Artigo XXIV);

19 18 Comércio e Desenvolvimento o Acordo Geral foi modificado em 1968, para incluir toda uma parte que estabelece princípios gerais para o comércio dos países em desenvolvimento e permitir assim seu crescimento econômico, segundo as recomendações da UNCTAD United Nations Comissiono n Trade and Development. É a chamada regra do Tratamento Especial e Diferenciado (Parte IV do GATT). (GATT, 1947) Ante o exposto, compreende-se que as exceções permitidas não atingem as partes contratantes no âmbito do comércio internacional. Com as regras e exceções ficou claro que os princípios foram determinados pelo Acordo Geral, entretanto cada parte deve instituir as normas do comércio, bem como os meios de implementá-las dentro do seu território. As rodadas de negociações multilaterais também tiveram papel relevante. Thorstensen salienta que: No momento em que tais rodadas passaram a incluir outros temas que não só tarifárias, os interesses de cada parte na negociação, de melhor acesso para suas exportações e melhor defesa contra importações consideradas desleais, começaram a ser contrabalançados com os custos dos novos compromissos de abertura das economias. (THORSTENSEN, 2009, p.35-36) A continuidade do processo de liberalização comercial internacional, por meio das rodadas e a participação da totalidade dos parceiros do comércio em tais rodadas, foram considerados como pontos fundamentais do sistema multilateral. 1.3 A CONVENÇÃO DE BRETTON WOODS E SEUS REFLEXOS ATUAIS NA GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA A atual ordem econômica decorreu do esforço de reconstrução elaborado no mês de julho de 1944, quando se realizou a Conferência Monetária e Financeira das Nações Unidas. A conferência teve como objetivo elaborar as condições para a construção de uma nova ordem financeira internacional em face da destruição advinda pela crise de entre guerras e pelo conflito armado de , dado que o sistema econômico internacional afeta diretamente o padrão de vida das pessoas e a sua instabilidade impulsiona novos conflitos mundiais. Dinh (2003) ressalta que os Estados industrializados, sob a liderança dos EUA, acharam essencial organizar a reconstrução da Europa para impedir a reincidência dos problemas que apareceram depois a Primeira Guerra Mundial. Nesse intuito, preocuparam-se em reestabelecer o mais rápido as regras do jogo de

20 19 mercado, da concorrência nas suas relações mútuas, o que os incitou a estabelecer as organizações internacionais e a instituir regras convencionais internacionais. Deste modo, instituíram o Fundo Monetário Internacional 1 (FMI) e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) ou Banco Mundial 2. O intuito dos delegados foi estabelecer um sistema objetivando o equilíbrio e o desenvolvimento do comércio internacional, causando a estagnação da concorrência monetária e, ao mesmo tempo, a cooperação monetária entre os Estados. Oliveira acrescenta que: A ideia de uma organização internacional para gerir o comércio internacional tem suas origens nos acordos de Bretton Woods que fundaram o sistema econômico internacional, idealizado para contar com três pilares: (i) Banco Internacional para Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD, Banco Mundial), voltado para a redução da pobreza e elevação dos níveis de renda, por meio de apoio financeiro e técnico, (ii) o Fundo Monetário Internacional, destinado a promover a estabilidade do câmbio e a cooperação monetária internacional, (iii) Organização Internacional do Comércio, cujo objetivo seria promover a liberalização do comércio internacional por meio da diminuição sistemática de tarifas aduaneiras. Todas essas instituições foram idealizadas com o intuito de evitar-se uma nova guerra mundial, por meio da cooperação interestatal e do aumento dos níveis de vida nos vários países, o que contribuiria diretamente para a manutenção da paz (OLIVEIRA, 2007, p. 39). É evidente que as experiências da guerra tinham enraizado na memória de todos, destarte temiam que isso ocorresse novamente. Visando impedir novos conflitos, foram criados alguns institutos, que estabeleceria normas para a gestão da economia mundial, com o escopo de reduzir as tensões existentes em razão do conflito mundial, assim como de impulsionar o comércio e o desenvolvimento das nações do mundo. De fato, Bretton Woods significou, em um primeiro momento, o que se poderia delinear como meio-termo entre uma visão não-unilateralista do mundo, mas, paradoxalmente, a admissão dos Estados Unidos como potência econômica dominante (SOUZA, 2006). O sistema Bretton Woods foi o primeiro exemplo na história de uma ordem monetária inteiramente negociada, com o escopo de governar as relações monetárias entre Estados. Suas bases políticas são encontradas na confluência de diversas situações: as experiências comuns da Grande Depressão; a concentração 1 Principal órgão regulador do Sistema Monetário Internacional. Os Países-membros são os responsáveis pela formação do fundo, através da subscrição de cotas, que é feita de acordo com a capacidade de cada país. 2 O Banco Mundial ajudou, inicialmente, a reconstruir a Europa. O trabalho de reconstrução permanece como um enfoque importante do Banco Mundial.

21 20 de poder num pequeno número de países, e a presença de uma potência dominante capaz de assumir um papel de liderança. A Conferência de Bretton Woods colaborou de forma decisiva para que os Estados Unidos se tornasse uma das maiores potências econômicas do mundo, visto que nessa conferência estabeleceram que o dólar passaria a ser a principal moeda de reserva mundial. Com efeito, os Estados Unidos, no final da Segunda Guerra Mundial, encontravam-se em uma situação favorável e havia conseguido superar algumas posições tradicionais de grupos isolacionistas internos. Como nenhum outro país, naquela época, estava em condições de questionar a posição hegemônica norteamericana, o domínio mundial norte-americano cresceu ainda mais com a tendência de monopolização do capitalismo de forma bastante acelerada, surgindo, daí, os programas de privatização que se intensificaram, especialmente na década de 1980, abarcando muitos países em todo o mundo. A consequência disso foi a movimentação de trilhões de dólares em investimento. 1.4 AS RODADAS DO GATT E A OMC Com o fim da Segunda Guerra Mundial, diversos países se manifestaram no sentido de buscar uma forma de regular as relações do comércio internacional, com o escopo de melhorar a qualidade de vida dos povos e buscar soluções para os problemas de ordem econômica que influenciavam de forma direta as relações entre os governos. Como consequência, além de regular os aspectos financeiros e monetários, com a criação do FMI e do BIRD foram também debatidos os aspectos referente às relações comerciais, como a criação da Organização Internacional do Comércio (OIC), com a principal função de atuar como uma agência especializada nas relações comerciais das Nações Unidas. Em 1946, 23 países, posteriormente chamados de fundadores, reuniram-se com o intuito de dar um impulso na liberalização do comércio internacional, bem como de lutar contra as práticas protecionistas. Como resultado desse encontro foram criadas 45 mil concessões e um conjunto de regras e normas de concessão tarifária, que teve como denominação Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT sigla, em inglês, de General Agreement on Tariffs and Trade).

22 21 Os denominados países-fundadores, reunidos com outros países interessados, formaram um grupo que formulou o projeto de criação da Organização Internacional do Comércio, tendo sido os Estados Unidos o principal país a defender a ideia de um liberalismo comercial regulamentado em bases multilaterais. (SOUZA, 2006, p. 80). Há de se considerar que o FMI juntamente com o BIRD foram as duas instituições que vingaram, tomando corpo e exercendo as suas funções a partir de 1945, entretanto a OIC fracassou, pelo desinteresse do Congresso norte-americano em ratificar o seu tratado constituinte, a Carta de Havana 3. O Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT 1947), constituía a principal instituição da OIT, passou a ser provisionalmente implementado a partir de Necessário ressaltar que, mesmo durante muito tempo (1947 a 1995), a ordem econômica internacional tenha sido regulada pelos ditames do GATT 1947, não é possível incluir o GATT como uma organização internacional. Foi, na realidade, apenas um Acordo sobre Tarifas e Comércio utilizado pelos países contratantes. Nesse sentido, o doutrinador Celso Albuquerque de Mello diz que: é interessante observar as relações do GATT com a ONU, uma vez que ele não é propriamente uma organização especializada da ONU. (MELO, 1993, p.80) No mesmo sentido pondera Accioly: O antigo Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT 1947) não era organização internacional, propriamente dita, mas acordo temporário, cuja vigência se estendeu de 1948 até 1944, quando veio a ser absorvido pelo conjunto institucional mais amplo e mais estruturado da Organização Mundial do Comércio. Assim, pôs-se fim à lacuna institucional remanescente desde o fracasso da pretendida instauração da Organização Internacional do Comércio, que nunca tendo entrado em vigor, dera lugar ao acordo de vigência provisória, sobre o qual se estrutura e desenvolve, em considerável extensão, o sistema mundial de livre comércio. (ACCIOLY, 2008,p.421) Já o doutrinador Amaral Júnior entende de forma diversa, para ele, o GATT foi um Organismo Internacional de fato, haja vista possuir um Secretariado, estabelecido em Genebra, e um Diretor-Geral. Assim pondera: O Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, que em princípio seria provisório, acabou por originar uma organização internacional de fato, com Secretariado estabelecido em Genebra e um diretor-geral que, em várias ocasiões, agiu com grande competência e imaginação no encaminhamento dos problemas e na busca de alternativas para os impasses havidos durante as negociações.(amaral JÚNIOR, 2008, p.10) 3 Foi realizado o foro de debates pelos países na cidade de Havana, capital de Cuba, no período compreendido entre novembro de 1947 e março de 1948, sendo concluído com a assinatura de um documento intitulado Carta de Havana, no qual constava a criação da Organização Internacional do Comércio. SOUZA, 2006, p.80.

23 22 As Rodadas do GATT iniciaram-se em 1947 e buscavam um contínuo de um processo de liberalização progressiva do comércio internacional, por meio da redução das barreiras tarifárias e não-tarifárias. Para isso fez-se necessária à inclusão de determinadas cláusulas liberatórias, como, por exemplo, medidas de reparação contra o dumping e os subsídios (Artigo VI do GATT 1947); regras de transparências e publicação dos regulamentos nacionais relativos ao comércio (Artigo X do GATT 1947); exceções relacionadas com a balança de pagamentos(artigo XII a XVII, seção B do GATT 1947); medidas de salvaguardas contra o aumento brusco das importações (Artigo X do GATT 1947); entre outros. O GATT que foi inicialmente criado com o objetivo de regular de maneira provisória as relações comerciais internacionais, até a criação da OIC, acabou tornando-se o mecanismo regulamentador das relações comerciais entre os países por muitos anos. A fim de cumprir seus objetivos, o GATT estabeleceu, em seu documento constitutivo, princípios básicos que deveriam ser observados pelos países signatários do instrumento normatizador do comércio internacional (Souza, 2006). Com efeito cabe citar alguns desses princípios:- princípio da não discriminação; - princípio da proteção transparente; - princípio da base estável para o comércio; - princípio da concorrência leal; - princípio das restrições quantitativas às importações; - princípio do reconhecimento dos acordos regionais; - princípio da adoção de medidas de urgência e princípio das condições especiais para os países em desenvolvimento. Embora existam referidos princípios determinados claramente pelo Gatt, na realidade, nem sempre eles são cumpridos. Atualmente o que se verifica no contexto do comércio internacional é o descumprimento das normas por parte de alguns países desenvolvidos, que visam proteger apenas seus interesses, adotando assim barreiras comerciais. Várias rodadas de negociação fora realizadas no âmbito do GATT, dentre as quais destacaremos: a) Rodada de Genebra, 1947 abordou reduções tarifárias; b) Rodada de Annecy, abordou reduções tarifárias; c) Rodada de Torquay, 1950/ abordou reduções tarifárias; d) Rodada de Genebra, 1955/1956 abordou reduções trifárias; e) Rodada Dillon, 1960/ abordou reduções tarifárias;

24 23 dumping; f) Rodada Kennedy, 1964/ abordou reduções tarifárias e prática de g) Rodada de Tóquio, 1973/ abordou reduções tarifárias, medidas não tarifárias e acordos comerciais; h) Rodada Uruguai, 1986/ abordou reduções tarifárias, assim como inaugurou um novo marco jurídico na história do Acordo, quando foi criada a OMC; i) Rodada Milênio (Doha) abordou investimentos, agricultura, serviços, saúde pública e ingresso da China. Seitefus afirma que: O objetivo das seis primeiras consistiu na redução das tarifas que protegiam os produtos manufaturados. Num primeiro momento, a negociação era feita produto por produto. Porém, a partir da Rodada de 1964, as Partes começaram a reduzir as tarifas de forma linear. (SEITEFUS, 2005, p.213) Sendo assim, torna-se relevante apresentar o significado de algumas das rodadas de negociações realizadas nos últimos anos e os reflexos nas atuais relações internacionais do comércio A Rodada Kennedy Abrangendo o tema países em desenvolvimento, a Rodada Kennedy ( ) trouxe alteração importante, emendando o Gatt com a inclusão da Parte IV, entretanto deixando de abordar a redução das tarifas para os produtos agrícolas. Ainda assim, é possível ponderar que representou o início da segunda fase do sistema multilateral de comércio, no momento em que novos temas passaram a ser discutidos e regulamentados. Vale lembrar que, pela primeira vez, houve a participação da Comunidade Européia CE. Devido o volume das transações internacionais, a CE apresentou-se como uma nova potência no comércio internacional, capaz de fazer frente ao unilateralismo estadunidense que até então prevalecia. Na opinião de Lima (2005, p.58): É importante destacar que os EUA participaram da rodada munidos dos poderes que foram concedidos pelo Trade Espansion Act of 1962, que permitiu ao executivo negociar a redução das tarifas em até 50% de forma linear, ou seja, a mesma porcentagem de redução acordada incidiria sobre todos os produtos, deixando de lado a prática de negociação produto por produto ou bilateral, já considerada ineficiente tendo em vista o volume de produtos e tarifas e o número de países em questão.

25 24 É válido lembrar que as negociações pela primeira vez tocaram no campo das barreiras não tarifárias, produzindo apenas poucos resultados, pois a autorização concedida ao presidente dos EUA não atingia esse âmbito, o que não permitia sua redução desestimulando as outras partes contratantes. A abrangência dos temas tratados na Rodada Kennedy alcançou o artigo VI do Gatt, que tratava de medidas antidumping de forma vaga, facultando sua utilização como barreira não-tarifária. Os esforços concentrados deram ensejo ao Código Antidumping de 1967, que trouxe exigências para a aplicação dessas medidas e esclareceu conceitos como o de indústria doméstica, produto similar e relação casual. (LIMA, 2005) A Rodada de Tóquio Entre 1973 e 1979 realizou-se a Rodada Tóquio que significou o despertar em direção a novos rumos do sistema multilateral de comércio. Durante a negociação, a situação vivida era caracterizada pela recessão e pela instabilidade monetária, uma vez que acontecia em 1973 a crise do petróleo e em decorrência, também, a crise econômica mundial. Com a crise do petróleo, os países em fase de desenvolvimento tiveram sérios problemas relativos ao alto índice de desemprego e de inflação acelerada, tendo como resultado o aumento das restrições comerciais impostas pelos países industrializados (SOUZA, 2006). Dessa maneira, os países na Rodada de Tóquio buscavam negociar um maior número de itens que constituíam objeto das restrições. Discutiam, sobretudo, a proliferação das barreiras não-tarifárias que eram criadas de maneira sistemática. Sendo assim, após várias discussões sobre o assunto, resultaram graves obstáculos à prática das relações comerciais livres, alguns deles foram obtidos nesse fórum de debates, dentre os quais cabe mencionar: - Negociação para reduzir a tarifa média dos produtos industrializados em cerca de 30%; - a criação de códigos com o objetivo de regular os procedimentos concernentes às barreiras não tarifárias, tais como valoração aduaneira, barreiras de natureza técnica, licenciamentos de importação, compras governamentais, prática de subsídios e aplicação de medidas antidumping; - discussão sobre a reforma estrutural do GATT, sendo que para os países em processo de desenvolvimento econômico foi oficialmente reconhecido o direito à isenção na Cláusula da Nação mais favorecida e da reciprocidade em favor dos países em desenvolvimento (...); - da mesma sorte, foi facilitada a utilização de medidas restritivas, não tarifárias; em decorrência de distorções observadas no balanço de pagamentos dos países em desenvolvimento; - naquela oportunidade, também foi

26 25 aperfeiçoado o sistema de solução de controvérsias entre os países (SOUZA, 2006, p. 84). A Rodada Tóquio atingiu uma variedade de temas que careciam de regulamentação, sem, no entanto, ter uma base forte que efetivamente obrigasse à implementação dos acordos e o respeito pelos princípios do Gatt, como a cláusula da nação mais favorecida e o tratamento nacional. O sistema multilateral de comércio desenhado pelo Gatt e pelas rodadas de negociações alcançava uma fase que merecia análise, carecendo de mais comprometimento das Partes Contratantes, vez que um novo protecionismo - neoprotecionismo passou a despontar a partir de 1970, amparando-se na utilização das barreiras não-tarifárias, em meio a um cenário econômico difícil (crise do petróleo e efeitos subsequentes) em que novos países produtores despontavam (LIMA, 2005). Em suma, o Gatt atingiu objetivos mais simples como a redução tarifária, deixando de lado temas como barreiras não-tarifárias, agricultura e países em desenvolvimento o que acabou ressaltado pela carência de segurança jurídica das decisões dos painéis, estabelecendo uma reestruturação do sistema multilateral de comércio A Rodada Uruguai No ano de 1986 iniciava a rodada de negociações no Uruguai. Prevista para durar três anos, não se vislumbravam objetivos tão ambiciosos como os que foram sendo incorporados à pauta de negociações, à medida que se estendia o prazo para sua conclusão. Todavia esta Rodada durou o dobro do tempo inicialmente previsto. Quando foi concluída, em 1994, os textos negociados e seus anexos compunham páginas de regras, abordando os mais diversos temas, e envolvendo a maior parte do comércio internacional 4. No dizer de Thorstensen (2009, p. 39), os principais temas negociados na Rodada Uruguai foram: 1) a criação da OMC Organização Mundial do Comércio, que substitui o antigo órgão internacional, o GATT, simples secretariado de um acordo multilateral, por uma nova organização internacional; 2) rebaixamento tarifário para produtos industriais e para produtos agrícolas; 3) introdução de novos setores para o quadro do GATT e liberalização dos mesmos: 4 O Decreto n.1.355/94 aprova os Acordos da Rodada Uruguai

27 26 agricultura, têxteis, serviços e propriedade intelectual; 4) reforço das regras do GATT em temas como: anti-dumping, subsídios, salvaguardas, regras de origem, licenças de importação, barreira técnicas, medidas fitossanitárias, valoração aduaneira, inspeção de pré-embarque e investimentos relacionados ao comércio, dentre outros; 5) negociação de um novo processo de solução de controvérsias, que tornou a nova OMC muito mais forte e respeitada como organização, quando comparada com o antigo GATT; 6) prazo de implantação dos temas negociados em período que variam de cinco a dez anos, a partir da instalação da nova OMC, isto é Países em desenvolvimento e menos desenvolvidos tiveram prazos mais alargados para a implementação. 7) negociação de uma série de entendimentos sobre diversos artigos do Acordo Geral: Artigo XXIV sobre a formação de acordos preferenciais de comércio, Artigo XII e XVIII sobre problemas relativos ao balanço de pagamento e assistência ao desenvolvimento econômico, Artigo XXVIII sobre alterações nas listas de concessões e negociações sobre tarifas, e Artigo XVII sobre empresas estatais de comércio exterior. Nesse sentido, Amaral Júnior pondera: O resultado mais significativo da Rodada Uruguai foi a criação da Organização Mundial do Comércio, a primeira organização internacional do mundo PÓS-GUERRA Fria, instituída a partir da conjuntura internacional propiciada pela queda do muro de Berlim e pela desintegração da União Soviética.(AMARAL JÚNIOR, 2008, p.50) Por intermédio da instituição da Organização Mundial do Comércio pretendeuse promover a expansão do comércio global. Para que ocorresse essa expansão, no entanto, mister a conjugação de dois elementos: instituir um ambiente permanente de negociações comerciais multilaterais e consolidar um sistema de solução de controvérsias entre os países membros. (VARELLA, 2009) Os resultados da Rodada Uruguai passaram a definir as regras de comércio internacional, tanto dos grandes parceiros internacionais, dirimindo os conflitos, quanto dos demais parceiros, que a partir daí passaram a ter na OMC a organização que supervisionaria e apoiaria para garantir o acesso aos mercados protegidos dos próprios países mais desenvolvidos, assim como dos grandes acordos regionais de comércio. Nesse sentido, Thorstensen (2009, p. 40) ressalta que: Após a Rodada Uruguai, o termo GATT 1994 ficou definido para designar todo o conjunto de medidas que inclui: os dispositivos do Acordo Geral do GATT de 1947, e todas as modificações introduzidas pelos termos dos instrumentos legais que entraram em vigor até a data do início das funções da OMC, isto é janeiro de Inclui, portanto: concessões tarifárias, protocolos de acesso de novos membros, decisões de derrogação de obrigações (waivers) concedidas, e outras decisões; uma série de seis entendimentos negociados dentro da área do comércio de bens; e, o Protocolo de Marraqueche que estabelece os prazos de implementação das concessões tarifárias negociados na Rodada Uruguai. Os demais acordos multilaterais sobre o comércio de bens, serviços, propriedade intelectual e solução de controvérsias negociados na Rodada Uruguai são definidos como integrantes do Acordo Constitutivo da OMC.

28 27 Lima (2005) enfatiza que as alterações trazidas pelo Acordo de Marraqueche davam novos rumos ao sistema multilateral de comércio, principalmente quando se observa que alcançou a criação da Organização Mundial do Comércio. Diante do exposto evidencia a ampliação do comércio internacional a partir da criação da OMC. Assim, o GATT que antecedeu à Organização Mundial do Comércio tem, doravante, a sua atuação como coadjuvante no cenário do comércio global. A OMC é a organização responsável pela coordenação das negociações das regras do comércio internacional e pela supervisão da prática de tais regras, além de coordenar as negociações sobre novas regras ou temas relacionados ao comércio. Assim, o termo GATT ficou estabelecido para designar o conjunto de todas as regras sobre o comércio negociadas desde 1947, além das modificações implantadas pelas sucessivas rodadas de negociações até a Rodada Uruguai. Desta forma, o GATT morreu como órgão internacional, mas está vivo como o sistema das regras do comércio internacional (THORSTENSEN, 2009, p. 41). Surgiram, nas últimas décadas, muitos fenômenos de natureza política e econômicas que acabaram por influenciar diretamente os rumos tomados pela economia internacional, como por exemplo, o crescimento da tradicional comercialização de bens e mercadorias; a prestação de serviços o avanço da tecnologia e o surgimento e fortalecimento das organizações econômicas por meio da formação e sedimentação de blocos comerciais regionais; a falência da filosofia de governo comunista e a consequente expansão das fronteiras do sistema capitalista, exercendo sua influência sobre os países do leste europeu (SOUZA, 2006). Apesar de todas as dificuldades, a Rodada Uruguai pode ser encerrada com o Acordo Marraqueche em A partir daquele momento, desapareceu o GATT, após meio século de atividades, e surgiu como herdeira dos compromissos assumidos a OMC, que será esboçada em seguida, salientando seus objetivos, princípios e estrutura. 1.5 AS ORIGENS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO Após a Segunda Guerra Mundial, as potências vencedoras se uniram para firmar acordos internacionais que pudessem ajudar a manter o equilíbrio e a paz nas

29 28 relações internacionais, objetivando assim reconstruir a economia mundial. No ano de 1944, em Bretton Woods, foi finalizado um acordo que objetivava instituir um ambiente de maior cooperação na área da economia internacional, baseado no estabelecimento das seguintes instituições internacionais: FMI, Banco Mundial e OIC. O FMI com papel de manter as taxas de câmbio estáveis e auxiliar os países com problemas de balanço de pagamentos por meio de acesso a fundos especiais, e de tal modo desestimular a prática da época de se empregar restrições ao comércio sempre que aparecesse um desequilíbrio do balanço de pagamentos. O Banco Mundial com o objetivo de fornecer subsídios para a reconstrução dos países atingidos pela guerra. A Organização Internacional do Comércio com função de coordenar e supervisionar a negociação de um novo regime para o comércio mundial baseado nos princípios do multilateralismo e do liberalismo. Com o fim da guerra, o Banco Mundial e o FMI foram instituídos, contudo a OIC nunca se consolidou, pois a carta de Havana, que tratava de seus objetivos e funções, não foi ratificada. O real motivo pelo qual a carta não foi encaminhada ao Congresso dos EUA foi porque grande parte dos deputados temia que a nova instituição restringisse de forma excessiva a soberania do país nas questões do comércio internacional. Diante do impasse, em 1947, as partes contratantes negociaram um Acordo Provisório, que adotava um segmento da Carta de Havana, aquela que tratava das negociações de tarifas e regras sobre o comércio. O referido segmento (GATT), de simples acordo, terminou por tornar-se uma organização internacional de fato, com sede em Genebra, cujas atribuições envolviam o oferecimento da base institucional para várias rodadas de negociações sobre comércio, a resolução de conflitos, a supervisão das regras do comércio até o final da Rodada Uruguai e a criação da atual OMC. O atual sistema de regras do comércio internacional foi concebido ao longo do tempo, por meio de oito rodadas de negociações multilaterais. A Rodada Uruguai, foi a mais ambiciosa e complexa das negociações instituídas no âmbito do GATT. Cerca de cem países participaram da Rodada, demonstrando o interesse dos mesmos em negociações sobre o sistema multilateral do comércio. Nesta Rodada tratou-se de uma série de questões não tarifárias (barreiras não tarifárias, produtos agrícolas e têxteis, serviços e propriedade intelectual) e abriu portas para a criação

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