DECLARAÇÃO SOBRE COOPERAÇÃO EM COMÉRCIO E INVESTIMENTO E PLANO DE AÇÃO OS ESTADOS DA AELC OS ESTADOS MEMBROS DO MERCOSUL

Transcrição

1 DECLARAÇÃO SOBRE COOPERAÇÃO EM COMÉRCIO E INVESTIMENTO E PLANO DE AÇÃO entre OS ESTADOS DA AELC e OS ESTADOS MEMBROS DO MERCOSUL Genebra, 12 December 2000 Florianópolis, 15 December 2000

2 ASSOCIAÇÃO EUROPÉIA DE LIVRE-COMÉRCIO DECLARAÇÃO A República da Islândia, o Principado de Liechtenstein, o Reino da Noruega e a Confederação Suíça (doravante chamados de Estados da AELC ), por um lado, e A República da Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai (doravante chamados de Estados Membros do MERCOSUL, por outro lado: Desejando fortalecer os laços de amizade e cooperação entre os Estados da AELC e os Estados Membros do MERCOSUL, Inspirados por princípios básicos de direitos humanos e pelo objetivo comum de fomentar contatos humanos e econômicos além das fronteiras, Baseados em seus compromissos mútuos junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), Reconhecendo o desejo dos Estados da AELC e dos Estados Membros do MERCOSUL de fortalecer suas relações de cooperação econômica e comércio, Considerando que tanto os Estados da AELC quanto os Estados Membros do MERCOSUL têm experiências particulares de integração regional que poderiam ser mutuamente benéficas à medida em que as relações entre eles se estreitam, Declarando sua intenção de estabelecer um marco para a expansão e a diversificação do comércio e investimentos entre AELC e MERCOSUL, Desejando explorar oportunidades para fortalecer a cooperação em outras áreas e atividades, Chegaram ao seguinte entendimento:

3 I OBJETIVOS 1. Os Estados da AELC e os Estados Membros do MERCOSUL procurarão: (a) intensificar as relações econômicas entre eles, particularmente com relação ao comércio de bens e serviços e a investimentos; (b) reforçar a cooperação com vistas a promover maior liberalização do comércio e dos investimentos; (c) facilitar o maior envolvimento do setor privado, em particular das pequenas e médias empresas, no comércio e cooperação comercial entre eles; (d) examinar, à luz de qualquer fator relevante, a possibilidade de desenvolver mais seu comércio e cooperação econômica. II EXPANSÃO DO COMÉRCIO E INVESTIMENTO 1. Os Estados da AELC e os Estados Membros do MERCOSUL esforçar-se-ão para criar condições mais favoráveis à expansão do comércio de bens e serviços e à expansão do investimento entre eles de acordo com o Plano de Ação anexo. 2. Os Estados da AELC e os Estados Membros do MERCOSUL examinarão todas as questões exibidas no Plano de Ação que influenciem suas relações econômicas ou seus respectivos interesses relacionados ao comércio e investimento em terceiros países, incluindo questões multilaterais de interesse comum surgidas em fórum apropriado. 3. Intensificando a expansão do comércio e investimento entre seus setores privados, os Estados da AELC e os Estados Membros do MERCOSUL irão, em particular, promover intercâmbios regulares de informação sobre oportunidades de comércio e investimento. III COMISSÃO MISTA 1. Os Estados da AELC e os Estados Membros do MERCOSUL estabelecem por meio desta uma Comissão Mista. 2. A Comissão Mista deverá vistoriar a cooperação em áreas referidas na presente Declaração e discutir quaisquer outros assuntos de interesse mútuo. A Comissão Mista poderá fazer recomendações apropriadas à implementação desta Declaração. 3. A Comissão Mista reunir-se-á sempre que necessário, normalmente uma vez por ano, para revisar e dirigir o progresso no Plano de Ação. 4. A Comissão Mista poderá instalar grupos de trabalho na medida em que considerar necessário para alcançar suas metas.

4 5. Os serviços de secretariado para a Comissão Mista serão executados conjuntamente pelo Secretariado da AELC e pela Presidência Pro-Tempore do MERCOSUL. 6. A Comissão Mista poderá convidar representantes do setor privado para suas reuniões. IV CLÁUSULAS FINAIS 1. Nada nesta Declaração afeta os respectivos direitos e obrigações dos Estados da AELC ou dos Estados Membros do MERCOSUL em Acordos, Convenções ou outros instrumentos dos quais façam parte, individual ou coletivamente. 2. Esta Declaração poderá ser emendada por meio da concordância escrita dos Estados da AELC e dos Estados Membros do MERCOSUL. 3. A Declaração entra em vigor com a assinatura e permanecerá em vigor a menos que terminada pelos Estados da AELC ou pelos Estados Membros do MERCOSUL com notificação prévia de 180 dias.

5 FEITO em duas cópias originais nos idiomas Inglês e Português. Genebra, 12 de dezembro de 2000 Florianópolis, 15 de dezembro de 2000 Pela República da Islândia Pela República Argentina. Pelo Principado de Liechtenstein Pela República Federativa do Brasil. Pelo Reino da Noruega Pela República do Paraguai Pela Confederação Suíça Pela República Oriental do Uruguai.

6 DECLARAÇÃO SOBRE COOPERAÇÃO EM COMÉRCIO E INVESTIMENTO ENTRE OS ESTADOS DA AELC E O MERCOSUL PLANO DE AÇÃO 1. Este Plano de Ação constitui parte integral da Declaração sobre Cooperação em Comércio e Investimento entre o Estados da AELC e os Estados Membros do MERCOSUL, assinada em Genebra, em 12 de dezembro de 2000 e em Florianópolis, em 15 de dezembro de O Plano de Ação, em conformidade com os objetivos desta Declaração, incluirá as Seguintes áreas de interesse prioritário: a) troca de informação e cooperação técnica em certos setores essenciais como aduanas e regras de origem, valoração aduaneira e procedimentos de trânsito; regulamentos técnicos; competição, e políticas anti-dumping; subsídios, medidas de apoio interno e Barreiras Não-Tarifárias em todos os setores; compras governamentais; propriedade intelectual, particularmente em relação à conformidade com convenções e padrões internacionais; serviços; cooperação entre instituições responsáveis por promoção comercial; facilitação de investimentos. b) Identificação e análise de fatores e medidas, incluindo aquelas de terceiros países, que influenciem o comércio e o investimento. c) definição de opções e ações apropriadas com o objetivo de promover acesso a mercados para bens e serviços. 3. O presente Plano de Ação será revisado periodicamente e modificado de maneira apropriada pela Comissão Mista.