DIALOGO AFRICANO SOBRE TRIBUTAÇÃO
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- Regina Maria Clara Carlos Pinho
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1 DIALOGO AFRICANO SOBRE TRIBUTAÇÃO Workshop: A eliminação das tarifas aduaneiras na SADC e EAC: Será que as barreiras não tarifárias seguirão o mesmo caminho? Por: Guilherme Mambo, Autoridade Tributaria de Moçambique
2 Conteúdos 1. Definição: barreiras tarifarias e não tarifarias; 2. O Protocolo Comercial da SADC; 3. Comunidade Económica de África (EAC); 4. Impacto das barreiras não tarifária na facilitação do comercio; 5. Conclusão;
3 Definição: barreiras tarifarias e não tarifarias Embora não haja uma definição precisa para barreira comercial, esta pode ser entendida como qualquer lei, regulamento, política, medida ou prática governamental que imponha restrições ao comércio exterior. Há duas categorias mais comuns de barreiras,nomeadamente: Barreiras tarifárias: Barreiras não-tarifárias; É importante observar que as barreiras técnicas podem ocorrer por falta de transparência das normas e regulamentos ou, pela imposição de determinados procedimentos morosos ou dispendiosos para avaliaçãode conformidade.
4 Barreiras tarifarias As que envolvem a cobrança de taxas, tais como: Direitos aduaneiros na importação; Imposto de consumo ou sobre taxas; etc. É fundamental a identificação sistemática e actualizada das barreiras existentes paraque medidas adequadas possam ser adotadas paraimpedirque estas causem entravesao comércio exterior.
5 Barreiras não-tarifárias: Envolvem mecanismos protecionistas, tais como: Restrições quantitativas (quotas de importação); Licenciamento de importação; Procedimentos alfandegários; Avaliação aduaneira arbitrária ou com valores fictícios; Medidas antidumping; Medidas compensatórias ; Subsídios; Medidas de salvaguarda; Medidas sanitárias e fitossanitárias; Barreiras técnicas.
6 O Protocolo Comercial da SADC O Protocolo Comercial da SADC entrou em vigor em Janeiro de 2000, visando, em especial, o estabelecimento de uma Área de Comércio Livre na região da SADC até 2008, para permitir que bens e serviços sejam transacionados livres de barreiras tarifárias e de outras barreiras técnicas ao comércio (barreiras não tarifárias). Actualmente, SADC engloba catorze (14) países e de entre seus objectivos ressalta a promoção do crescimento e desenvolvimento económico, alivio da pobreza, aumento da qualidade de vida dos povos africanos e provendo o auxíliodos mais desfavorecidos por via da integração regional;
7 Comunidade Económica de África (EAC) O Tratado de Abuja lança a basepara a criação da Comunidade Económica Africana (EAC), na qual as economias dos Estados Membros da UA estarão completamente integradas. O objectivo da EAC é o de transformar as cinquenta e três economias da África numa única união económica e monetária com moeda comum, livre circulação de capital e de trabalho. A Comunidade Económica Africana (EAC) está a ser concretizada gradualmente. Neste momento a EAC está na terceira etapa do processo que consiste na criação de Zonas de Comércio Livre (ZCL) e de uniões aduaneiras em cada um dos blocos económicos actuais até 2017.
8 Impacto das barreiras não tarifária na facilitação do comercio A globalização favorece o incremento da actividade económica global com eliminaçãoou minimização das barreiras tarifarias e nãotarifarias ao comércio, nos termos determinadospelaorganizaçãomundialdocomércio (OMC);
9 Impacto das barreiras não tarifária na facilitação do comercio AsdemorasnasAlfândegas africanas são em média, mais longasdo queno resto do mundo: 12 dias nos países da África Subsariana; 7 dias na América Latina; Menos de 6 dias na Ásia Central e Oriental, e Pouco menos de 4 dias na Europa Central e Oriental. Esses atrasos representam um custo enorme para os importadorese exportadores e aumentam os custos de transacção docomércio entreos países africanos.
10 Impacto das barreiras não tarifária na facilitação do comercio Cada dia de transporte perdido devido aos problemas aduaneiros e afins é equivalentea taxa suplementar. A situação na passagem das fronteiras entre os países africanos aumentam o custo de exportação de África e comprometem a competitividade do continente. Cada dia de atraso reduz o volume de exportação em cerca de um por cento com base em algumas estimativas.
11 Conclusão Criação de um mercado continental único de bens e serviços, com livre circulação de pessoas e investimentos como caminho para o estabelecimento da União Aduaneira Continental livre de disparidades nas politicas e procedimentos de comercio entre os Estados Membros e com um mínimo de barreiras não-tarifarias. A remoção das barreiras não tarifarias e por não as tarifarias também e imprescindível para a implementação da agenda de desenvolvimento económico, social e cultural e da integração das economias africanas. Este processo passa pelo fortalecimento auto confiança económica e minimização de acções protecionistas que são a principal origem das barreiras não- tarifarias.
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