BARREIRAS À EXPORTAÇÃO
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- Ângela Tavares Cavalheiro
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1 BARREIRAS À EXPORTAÇÃO QUESTÕES FITOSSANITÁRIAS RIAS José Fernandes ALIMENTARIA LISBOA, 29 de Março
2 BARREIRAS À EXPORTAÇÃO QUESTÕES FITOSSANITÁRIAS RIAS Organizações Internacionais/ Normas Internacionais Organização dos serviços de IF em Portugal Apresentação de casos práticos ALIMENTARIA LISBOA, 29 de Março
3 Organizações Internacionais Normas Internacionais Convenção Internacional de Protecção Fitossanitária IPPC Protecção das plantas cultivadas ou silvestres, evitando a introdução e dispersão de organismos prejudiciais aos vegetais e produtos vegetais através do comércio internacional. CIPF Estabelecida em países membros
4 Organizações Internacionais Normas Internacionais Organização Mundial do Comércio (OMC) Acordo sobre as Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (Acordo SPS) (Agreement on Sanitary and Phytosanitary Measures SPS Agreement) Principais objectivos: preservar direito dos países membros de estabelecerem um nível de protecção fitossanitária apropriado; assegurar que esse direito não seja utilizado de maneira injustificada e com fins proteccionistas Princípios: Soberania Transparência Necessidade Não discriminação Justificação técnica Impacto mínimo O Acordo aplicase a todas as medidas fitossanitárias que podem, directa ou indirectamente, afectar o comércio mundial.
5 Organizações Internacionais Normas Internacionais Acordo sobre as Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (Acordo MSF) (Agreement on Sanitary and Phytosanitary Measures SPS Agreement) As medidas fitossanitárias nacionais devem ser estabelecidas com base em normas internacionais Acordo SPS reconhece o IPPC como a organização internacional competente para a elaboração das Normas Internacionais para as Medidas Fitossanitárias (NIMF) COMISSÃO DE MEDIDAS FITOSSANITÁRIAS Actividades Elaborar e aprovar normas internacionais (34 NIMF); Avaliar o estado da protecção fitossanitária no mundo; Estabelecer regras e procedimentos para a difusão da informação fitossanitária; Estabelecer regras e procedimentos para a resolução de conflitos.
6 Organizações Internacionais Normas Internacionais Acordo sobre as Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (Acordo MSF) (Agreement on Sanitary and Phytosanitary Measures SPS Agreement) Norma Internacional para Medidas Fitossanitárias nº 15 (NIMF 15) Directrizes para a regulamentação das embalagens de madeira no comércio internacional Norma aprovada em 2002, revista em 2009, com forte impacto no comércio internacional Define os tratamentos aceites para o material de embalagem de madeira no sentido de evitar a dispersão de organismos de quarentena Define igualmente a marcação reconhecida como comprovativo de tratamento das embalagens de madeira.
7 Organizações Internacionais Normas Internacionais Comité Fitossanitário Permanente (CFP) União Europeia O CFP assiste a Comissão Europeia no exercício das suas competências no domínio da quarentena vegetal, nomeadamente a monitorização da correcta aplicação pelos Estados Membros do regime fitossanitário comunitário CFP Presidido pela Comissão Composto por representantes dos 27 Estados Membros Reuniões mensais Analisa e aprova Directivas, Decisões e Regulamentos indispensáveis à prossecução do regime fitossanitário comunitário A Organização Nacional de Protecção das Plantas (ONPP) de cada Estado Membro é responsável pela aplicação das Directivas, Decisões e Regulamentos no seu território. rio.
8 Organização dos Serviços de Inspecção Fitossanitária em Portugal DirecçãoGeral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) (Autoridade Fitossanitária Nacional ONPP) Evitar a introdução, dispersão e estabelecimento no território nacional, de organismos prejudiciais de importância económica que ainda aí não existem ou, caso existam, têm uma distribuição limitada e estão sujeitos a medidas oficiais de controlo (organismos de quarentena) Coordenação e colaboração na implementação das actividades de inspecção fitossanitária
9 Organização dos Serviços de Inspecção Fitossanitária em Portugal Autoridade Fitossanitária Nacional DGADR Área Agrícola Área Florestal DRA (Madeira) DRAP (Continente) Inspecção Fitossanitária DRDA (Açores) DRDA (Açores) AFN DRF Inspecção Fitossanitária DRF (Madeira) Vegetais e produtos vegetais de espécies agrícolas Material de embalagem de madeira Madeira e vegetais de espécies florestais Exportação Locais de produção, circulação e comércio Importação DGAIEC (Alfândega) Importação Locais de produção, circulação e comércio Exportação
10 Exportação Frutos Pêra, Maçã, Castanha, Pêssegos BRASIL vegetais e produtos vegetais tradicionalmente importados de uma determinada origem (com registo importação anterior 1997) A exportação é efectuada após o cumprimento de requisitos fitossanitários já anteriormente estabelecidos pelo Brasil
11 Exportação Frutos KIWI BRASIL BRASIL vegetais e produtos vegetais que não tenham sido importados de uma determinada origem (sem registo importação anterior 97) Condição Prévia à Autorização de Importação Análise de Risco de Pragas (ARP) pelos serviços fitossanitários brasileiros
12 Exportação Frutos KIWI BRASIL 1 Manifestação de interesse exportação de frutos de kiwi Portugal (ONPP) Parceiro Comercial (potencial importador) Serviços Fitossanitários Brasileiros (ONPP)
13 Exportação Frutos KIWI BRASIL 2 Análise de Risco de Pragas ONPP do Brasil em parceria com Centro Colaborador credenciado contratado pelo interessado Pedido informações ONPP Portugal
14 Exportação Frutos KIWI BRASIL 3 Elaboração dos Requisitos Fitossanitários específicos para importação Consulta ONPP Portugal 4 Publicação dos Requisitos Fitossanitários específicos (IN) Autorização de Importação
15 Exportação Frutos KIWI BRASIL Ponto de situação (Fase 3) Envio comentários à proposta de requisitos fitossanitários do Brasil proposta de introdução de algumas alterações por se considerarem certas exigências desproporcionadas tendo em conta o risco de introdução de determinadas pragas e doenças através dos frutos de kiwi.
16 Ponto de situação (Fase 1) Exportação Frutos Citrinos BRASIL 1 Manifestação de interesse exportação de frutos de citrinos Portugal (ONPP) Parceiro Comercial (potencial importador) Serviços Fitossanitários Brasileiros (ONPP)
17 Exportação Peras e Maçãs EUA Requisitos fitossanitários dos EUA predefinidos mas de difícil e oneroso cumprimento: 1. Pomares Inspecções oficiais pelo menos 2x época produção [L. malifoliella rejeição; outros organismos tratamentos aprovados APHIS (pomar + 1 km)] 2. Centros embalagem registo, rastreabilidade, inspecções técnicos do centro + inspecções oficiais [L. malifoliella rejeição; outros organismos tratamentos aprovados APHIS] 3. Tratamento pelo frio 0.5 a 1ºC durante 14 dias
18 Exportação Peras e Maçãs EUA Requisitos fitossanitários dos EUA 4. Preclearance Locais aprovados APHIS; Inspecção 300 cxs por cada unidade mínima de 6000 cxs; Rejeição da unidade, dos pomares, centro embalagem [L. malifoliella, outros organismos tratamento] ALTERNATIVA Reconhecimento pelos EUA de um sistema alternativo equivalente
19 Exportação Peras e Maçãs EUA Requisitos fitossanitários dos EUA Processo de candidatura conjunta c/ outros EstadosMembros UE (através MAAC); Protocolo sistema de protecção contra a praga Leucoptera malifoliella nos pomares candidatos à exportação; Análise de risco pela APHIS com base na informação fornecida pelos EstadosMembros Ponto de situação actual
20 Exportação de toros de eucalipto para Marrocos Marrocos introduziu medidas adicionais de protecção fitossanitária para evitar a dispersão de psílideo Glycaspis brimblecombei. A principal espécie exportada é o Eucalyptus globulus o qual, é pouco susceptível a esta praga. O produto exportado destinase ao fabrico de pasta de papel de baixo valor e baixa margem de lucro. Negociações bilaterais entre as duas ONPP. Requisitos fitossanitários de Marrocos assentam na isenção de folhas e casca, fumigação com fosfina e emissão de certificado fitossanitário.
21 BARREIRAS À EXPORTAÇÃO QUESTÕES FITOSSANITÁRIAS RIAS Conclusões: A maioria das discussões para eliminação de barreiras e estabelecimento de requisitos fitossanitários com justificação técnica e impacto mínimo, são muito morosas; As normas internacionais do IPPC pretendem estabelecer directrizes para a elaboração de exigências fitossanitárias nacionais, tornando o processo mais transparente; Dado não existirem normas internacionais para todas situações, continuam a ser criadas barreiras no comércio internacional de difícil resolução, pelo que há ainda um longo caminho a percorrer.
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