Bom dia a todos. Gostaria de agradecer por participarem da teleconferência de resultados referente ao 1T06 da Localiza.

Transcrição

1 Operadora: Bom dia sejam bem-vindos à teleconferência da Rent a Car referente ao resultado do primeiro trimestre de Estão presentes Eugênio Mattar, Vice- Presidente, Roberto Mendes, Diretor de Finanças e de Relações com Investidores, e Silvio Guerra, Relações com Investidores. Informamos que a apresentação é gravada e todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da empresa. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas para analistas e investidores, quando mais instruções serão fornecidas. Logo após as perguntas dos analistas e investidores, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas para jornalistas. Caso alguém necessite de alguma assistência durante a conferência, por favor, solicite a ajuda de um operador digitando *0. O áudio e os slides dessa teleconferência estão sendo apresentados, simultaneamente, na Internet no endereço Neste endereço pode ser encontrada a respectiva apresentação para download, na plataforma que pode ser acessada ao se clicar no banner Webcast Todas as informações estão em reais (R$) e baseadas em USGAAP exceto quando indicado o contrário. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de negócio da, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da diretoria da Companhia, bem como circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, da indústria, e outros fatores operacionais podem afetar o futuro da e conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Eugênio Mattar, Vice-Presidente da, que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Mattar, pode prosseguir. Eugenio: Bom dia a todos. Gostaria de agradecer por participarem da teleconferência de resultados referente ao 1T06 da. No slide #2 apresentamos os destaques do primeiro trimestre de O 1T06 foi caracterizado por forte crescimento no volume de negócios nos dois segmentos: o Aluguel de carros cresceu 42,6% e o aluguel de frotas cresceu 31,8%. 1

2 O EBITDA das atividades de aluguel, sem seminovos, também cresceu de forma expressiva: 23,2% no aluguel de carros e 37,3% no aluguel de frotas Neste trimestre também melhorou a taxa de utilização da frota do aluguel de carros em 2,2 pontos percentuais e, em abril, a taxa foi acima dos 65%, que é a meta deste ano. Importante também neste ano foi o crescimento do volume médio de negociações das nossas ações, a RENT3. No primeiro trimestre a média diária de negociações foi de R$ 7,1 milhões ou 68,6% acima da media do ano passado. Já em abril, no mês do follow on, a média foi de R$ 17,1 milhões. Sexta-feira passada foi concluída a operação de follow-on com o ingresso relativo a oferta primária de R$ 156,8 milhões incluindo o green shoe, que foi totalmente exercido. Gostaria de passar a palavra para nosso Diretor de Finanças e Relações com Investidores Roberto Mendes que irá apresentar o desempenho financeiro e operacional no trimestre Roberto, por favor Roberto: Obrigado Eugenio e bom dia a todos. No próximo slide, slide 3, temos o desempenho do aluguel de carros. O forte crescimento de 42,6% no volume de diárias possibilitou o crescimento de 36,4% da receita de aluguel de carros, 36,5% no lucro líquido e 23,2% no EBITDA da atividade de aluguel sem Seminovos. Já o volume de carros vendidos neste trimestre foi no mesmo patamar do mesmo período do ano passado e o crescimento de 5,6% na receita de venda de carros decorre do aumento do preço médio dos carros vendidos. O EBITDA de Seminovos apresentou uma queda de R$ 8,7 milhões em relação ao mesmo período do ano passado cujos comentários faremos à frente. No slide 4 apresentamos o desempenho do aluguel de frotas que cresceu 31,8% em volume no primeiro trimestre deste ano. Os crescimentos de 31,1% na receita com aluguel de frota 50,6% no lucro líquido e 37,3% no EBITDA decorreram, principalmente, deste crescimento de volume. Não houve flutuações relevantes nas vendas de carros do Aluguel de Frotas. O EBITDA de Seminovos apresentou uma queda de R$ 2 MM em relação ao mesmo período do ano passado cujos comentários faremos à frente. 2

3 No slide 5 temos a evolução da margem de EBITDA por segmento desde No aluguel de carros a margem de EBITDA de 48,5% da atividade de aluguel no 1T06 foi acima da média dos últimos três anos e está em linha com nossa visão estratégica de manter elevados retornos e ampliar a liderança no mercado de varejo do aluguel de carros. Da mesma forma, no aluguel de frotas a margem de EBITDA de 76,9% na atividade de aluguel, a maior dos últimos três anos, está em linha com nossa visão estratégica de gerar valor aproveitando as oportunidades do mercado de aluguel de frotas e das sinergias geradas pela plataforma integrada de negócios. O EBITDA com seminovos apresentou queda neste trimestre. Esta queda na margem de EBITDA na atividade de seminovos decorreu da redução dos aumentos reais nos preços dos carros novos como anunciamos no MD&A do ano passado. Tais aumentos nos preços dos carros foram significativos nos últimos três anos. É importante destacar a queda de 8% na depreciação por carro neste trimestre o que reforça nossa visão estratégica da área de seminovos, de agregar valor aos negócios da plataforma, reduzindo custos de depreciação. A margem de EBITDA de toda a plataforma foi de 31,4% no trimestre, dentro da média dos últimos três anos. Vamos passar para o slide 6 para a apresentação do desempenho consolidado. O crescimento de 37,2% no volume de diárias do aluguel de carros e de frotas foi o principal fator para o crescimento de 17,1% da receita consolidada. O volume de venda de 5 mil carros no trimestre foi equivalente ao do ano passado e a receita subiu 3,2% em decorrência do aumento do preço médio de venda. O EBITDA consolidado cresceu R$ 6,4 MM, ou seja, 8,5% decorrente do crescimento de R$ 17,1 MM no EBITDA do aluguel de carros e de frotas impactados pela queda de R$ 10,7 MM no EBITDA do Seminovos. O lucro líquido consolidado no trimestre cresceu 13,9% e a margem líquida ficou em torno de 11,5% no 1º trimestre deste ano, estável em relação ao 1º trimestre do ano passado. No slide 7 apresentamos a reconciliação do lucro líquido destes dois trimestres. O lucro líquido aumentou 13,9% principalmente pelo aumento do EBITDA em R$ 6,4 milhões, parcialmente compensados com os aumentos dos demais custos em R$ 2,8 MM. O EBITDA consolidado do aluguel de carros e de frotas aumentou 17,1 milhões enquanto o EBTIDA da venda de carros caiu 10,7 milhões. A queda no resultado de seminovos decorreu, como já dissemos da redução dos aumentos reais de carros novos que ocorreram desde

4 No slide 8 apresentamos a variação no fluxo de caixa do primeiro trimestre. O caixa gerado pelas atividades operacionais foi R$ 38,6 milhões acima do mesmo período do ano anterior. 90% dos carros comprados neste trimestre, foram para o segmento de aluguel de frotas, para renovação e novos contratos. A frota do aluguel de carros reduziu 4 mil carros o que levou ao aumento da taxa de utilização. Em abril a taxa de utilização já foi de 65,5%. No próximo slide, slide 9, temos a evolução dos nossos índices de endividamento inclusive pro-forma após a entrada dos R$ 156,8 milhões da oferta primária, concluída sexta-feira passada. Com estes baixos índices de endividamento estamos preparados para novos saltos de crescimento. No slide 10 apresentamos a performance da nossa ação RENT3. No primeiro trimestre deste ano a RENT3 valorizou 28,5% e o volume médio diário foi de R$ 7,1 milhões, 68,6% superior à média diária do ano passado. Agora que concluímos nossa apresentação gostaríamos de agradecer a sua atenção e mencionar que hoje às 16:00h faremos nova apresentação para analistas e investidores no auditório do edifício conhecido por Robocop na avenida das Nações Unidas, Convidamos todos para participarem deste evento. Passamos agora para perguntas e respostas. Luiz Otávio Campos, Credit Suisse: Bom dia a todos. Na verdade, eu tenho duas perguntas referentes ao business de aluguel diário. A primeira: olhando para os custos e para a parte de SG&A, os dois subiram bem acima da receita de aluguel de carro mesmo quando a gente exclui o impacto desse bônus que foi pago para a equipe de vendas. Eu queria entender um pouco mais o que aconteceu com essas duas linhas de custo; e com relação à taxa de utilização, dado que apesar do aumento que teve no trimestre, a taxa de utilização ainda ficou abaixo de 60%, e como vocês têm esse guidance de 65% para o ano, eu queria entender como vocês estão vendo a dinâmica da taxa de utilização nos próximos trimestres do ano. Obrigado. Com referência à taxa de utilização do aluguel de carro, esse trimestre foi basicamente de venda de carros, e não de compra de carros. O volume de venda de carros segue de acordo com a nossa capacidade de ofertar isso ao mercado sem oferecer descontos que seriam impactantes. Vendemos quase 5 mil carros da e da Total Fleet; desses 5 mil, cerca de 4 mil e poucos da. 4

5 Com isso, a utilização elevou para esse patamar de quase 60% que nós anunciamos no trimestre, bem melhor, 2 p.p. acima do ano passado. Já em abril agora, continuamos então o processo de não comprar e continuar a vender, e a utilização chegou nesse patamar de 65,5% em abril, e em maio continua indo muito bem. Então, dentro desse nosso processo, daquele exemplo que a gente dá de torneiras, a torneira de entrada para a caixa d água de carro estaria fechada, e a torneira de saída de vendas estaria aberta, e é por isso que nós conseguimos essa utilização. Com referência ao nosso ganho de escala nas despesas do aluguel de carro, nós não estamos vendo ainda um ganho de escala em um patamar que... Mesmo excluindo esses números, talvez estivesse equivalente, a mesma margem de rentabilidade, ou estaríamos tendo um ganho de escala, ainda. Mas isso ainda tem um pouco de influência de novas agências que ainda não adquiriram a maturidade. Mas esperamos conseguir no futuro. Luiz Otávio Campos: Só para completar, então, Roberto você acha que essa parte de custos que aumentou então mais que a receita, você acha que ao longo do ano isso tende a ter uma diluição dos custos, e daí vocês recuperariam um pouco de margem, e esse impacto do 1T seria realmente one-of, depois vocês passariam a ter um pouco de ganho de escala, mesmo? É, o ganho de escala virá, mas, por enquanto, parte desse ganho de escala está sendo repassada para preço, está certo, Luiz, uma vez que nós estamos mantendo a tarifa no mesmo patamar já histórico, de vários anos, e com isso, então, nós estamos repassando. Ao repassar uma parte desse ganho de escala para preço, nós estamos tendo a chance de provocar esse crescimento, e então consolidar o mercado, que, como nós estamos dizendo, é a nossa meta de curto prazo manter a rentabilidade e aproveitar a oportunidade de crescimento. Como nós estamos fazendo um processo de alavancagem, e forçando um crescimento forte, você viu que a cresceu mais de 40% nesse trimestre em relação ao ano passado, já pelo terceiro ano consecutivo, então a nossa política de manter o preço estável é uma política que, vamos dizer, de certa forma ela reduz o poder de alavancagem nas margens. Mas se você verifica que as nossas margens continuam bastante boas, positivas, então nós estamos 5

6 preferindo consolidar o mercado, aumentar o número de compradores novos, manter os preços, enquanto a gente conseguir fazer esse processo mantendo boas margens de rentabilidade. A gente acha que as margens de rentabilidade ainda estão bastante adequadas para a gente poder manter os preços e continuar consolidando e alavancando o crescimento nosso de uma forma mais expressiva. Luiz Otávio Campos: Está certo, obrigado. Bernardo Carneiro, Santander: Na verdade são três perguntas. Eu notei que o EBITDA por diária caiu 21% sob o 1T05, quer dizer, vocês estão crescendo diária, mas o EBITDA cresceu muito menos do que proporcionalmente, parte devido a esse salto nas despesas operacionais que vocês falaram agora. E mesmo excluindo esse efeito nãorecorrente do bônus e das stock options, pela conta que eu fiz, a despesa não teria subido tanto. Eu gostaria de ver com maior clareza que tipo de despesa é essa você mencionou que as agências novas não estão gerando, contribuindo para a escala, eu queria ter mais detalhe com relação a por que essas despesas SG&A subiram tanto assim. Essa é a primeira pergunta. A segunda pergunta, essa onda do crescimento de EBITDA - o EBITDA estava subindo por trimestre em torno de 30, 40%, esse trimestre subiu só 8,5%, e eu queria ter um tipo de guidance, o que a gente pode esperar para 2006 de crescimento de EBITDA consolidado, incluindo-se 1T, que foi só 8,5%. Então eu queria ter uma certa idéia de vocês. A terceira pergunta é sobre semi-novos. Eu vi que semi-novos teve uma perda de EBITDA de R$ 11 milhões, a margem costumava ser 10 a 14%, a margem EBITDA dela, e foi só de 3%; e vocês explicam que o preço do carro usados cresceu igual a inflação, quer dizer, não teve aumento real do preço. Qual o cenário para esse aumento de preço do carro usado daqui para frente, que vai favorecer ou não a recuperação na geração de semi-novos, porque semi-novos não contribuiu para esse trimestre; vinha contribuindo, sempre agregava um pouco de EBITDA, e nesse trimestre teve uma perda, teve R$ 11 milhões a menos de EBITDA em semi-novos. São essas as três perguntas, obrigado. A sua primeira pergunta foi referente a EBITDA por diária; segunda foi EBITDA consolidado de 8,5%; e a terceira foi a queda da taxa de semi-novos, OK. Bom, com referência a EBITDA por diária, nós crescemos esse ano no segmento chamado aluguel mensal, o mini-leasing. Esse produto tem uma tarifa um pouco menor, porque tem uma utilização um pouco maior. Então, quando você compara 6

7 com o dado histórico, ele gera uma distorção, mas não impacta a margem EBITDA. A nossa margem EBITDA no aluguel de carro está acima de 48,5% neste trimestre, no ano passado todo tinha sido 51%, no ano de 2004, 46%... Nossa margem EBITDA continua em um patamar bastante interessante. O efeito do 8,5% do crescimento, ou seja, seria a mesma explicação para a margem EBITDA, que é um número que nós estamos sempre atentos a ele. Se você prestar atenção, Bernardo, na realidade todas as suas perguntas estão correlacionadas com o mesmo fato: a queda do EBITDA nos semi-novos. Se você pegar a margem do EBITDA da, que foi 48,5%, muito em linha com o ano passado, que foi 51,2%, o da Total Fleet, do aluguel de frota, foi 76,9%, bem superior à do ano passado, que foi 73,5%, então, na realidade, todas as três perguntas suas são correlacionadas com o mesmo fato, a queda do EBITDA de semi-novos. Ou seja, realmente, nos três anos passados, o preço do carro novo estava subindo acima da inflação, o que gerava um ganho maior nos índices dos semi-novos. Na medida em que as montadoras começaram a ajustar o preço do carro mais em linha com a inflação, esses ganhos extraordinários desapareceram. Então, nós estamos fazendo alguns movimentos para poder compensar isso no futuro. Um deles é o aumento da utilização. A nossa utilização já está em 65,5% em abril, e nós estamos trabalhando para subir mais ainda essa taxa de utilização; e estamos programando algumas ações em termos de custos e despesas para poder aproveitar mais a alavancagem e compensar essa queda da margem de semi-novos. OK. Eu estou vendo aqui que na parte do aluguel de carros, só, só olhando esse nicho, a margem EBITDA caiu de 54% para 48,5%, teve uma queda de 520 pontos-base em relação ao 1T05, e além disso quer dizer, não foi só a queda dos semi-novos o aluguel também gerou menos EBITDA em proporção à receita. Isso. É por causa daquele assunto que eu falei do aluguel mensal. Eu queria mais detalhe nisso. Por que o mini-leasing não está gerando tanto EBITDA assim? Entre mais em detalhe com relação a isso. 7

8 É por causa da receita. Como ele tem uma diária, você veja, um carro que é alugado por 30 dias tem uma tarifa muito mais baixa do que uma tarifa de um carro que é alugado diariamente. Então, como a receita dele é bem abaixo da receita de uma tarifa diária, ele gera menos receita diária, menos EBITDA, margem EBITDA proporcionalmente. Certo. Então é um nicho de mercado que tem menos rentabilidade do que no varejo. Em termos relativos, sim. O lado bom dele é que ele alavanca o crescimento. OK. E o que vocês esperam, então, para o preço médio do carro, que vocês colocaram um gráfico no press release mostrando o preço do Palio, e isso fez com que o EBITDA caísse R$ 11 milhões, dado a semi-novos. É, esse é um exemplo, Bernardo, para mostrar como é que são percentuais de aumento real. Em relação a IPCA. Então, a nossa expectativa para 2006 é que os aumentos serão em linha com a inflação, como já aconteceu no 1T. Se incluísse abril, já teve até um pequeno aumento real aqui, mas é muito pequeno. Os aumentos dos preços de carro, na nossa expectativa, é que eles vão acompanhar, realmente, a inflação, o IPCA. 8

9 OK. Então, ao invés de projetar uma semi-novos gerando 105 de margem, eu posso projetar em torno de zero. O EBITDA dos semi-novos é próximo de zero. OK, então. Obrigado. Guilherme Arruda, Banco Pactual: Bom dia a todos. Bom, a maior parte das minhas perguntas já foi respondida. Eu queria saber só esse crescimento de volume, mesmo, nos dois segmentos de aluguel de carro, eles estão bem acima do guidance da empresa para o ano; eu quero saber se em abril permaneceu nesse patamar de 40%, e se vocês estão pensando em revisar o guidance para o ano de 25% que vocês estavam dando. O mês de abril está muito próximo dos crescimentos atuais tanto no aluguel de frota quanto no aluguel de carros; o crescimento continua forte, e a gente, conservadoramente, dá o guidance de que o crescimento será acima de 25% no aluguel de carro, acima de 15% no aluguel de frota. Guilherme Arruda: Está ótimo, então. Mas reportando que o mês de abril e maio mostram um crescimento equivalente ao que está vindo no 1T. Guilherme Arruda: Está bom, então, obrigado. Fabio Zagatti, HSBC: Algumas perguntas também, de certa forma, foram respondidas, mas eu queria entender, pegando carona na última pergunta realizada pelo colega para manter esse guidance de 25%, significaria que vocês estariam trabalhando, como o acabaram de mencionar, que o ritmo seria bem parecido com o do 1T. Daria para 9

10 imaginar que haveria uma menor sazonalidade ao longo de 2006; ou, realmente, lá para o 4T a gente estaria vendo taxa de crescimento significativamente maior do que esses 25% de guidance? Bom, o nosso guidance é mínimo de 25% e mínimo de 15%. A gente não vê nenhum fator hoje que possa diminuir muito atividade dar o ritmo que ela está vindo nesses dois primeiros trimestres. O que nós vemos é que no 2T nós temos as eleições, que é um driver a mais de eventual aquecimento do mercado. Então, os drivers todos nossos continuam em linha com a nossa expectativa, o PIB continua com a expectativa até maior do que a projetada no início do ano, o tráfego aéreo continua crescendo fortemente em relação ao ano passado, a expansão de cartões de crédito continua forte, o nosso mercado de replacement está crescendo fortemente, a terceirização de informações continua no mercado ativo, a consolidação do mercado continua esse ano, novamente diminuiu mais um pouco o número de locadoras no mercado; então, ou seja, todos os drivers das oportunidades de crescimento nosso continuam presentes, e com mais um driver, que é a eleição no 2S. Então, as perspectivas nossas no momento estão bastante positivas. Eugênio, se você me permite vocês mencionaram a questão dos mini-leasings no 1T, quer dizer, vocês tiveram um impacto significativo para o incremento do número de diárias no trimestre, ou não? Sim, tivemos um impacto forte. Daqui para frente a gente pode imaginar que continuariam a existir esses contratos, o que significaria que a tarifa média também vai ser menor daqui para frente, ou não? Sim. Na medida em que nós estamos abordando mais fortemente os mercados locais, nós estamos focados em um crescimento orgânico maior, e o mercado local tem muita oportunidade de aluguel de mini-leasing, então significa que esse mix nosso de tarifa vai permanecer. 10

11 Eu entendo que é uma informação estratégica, mas de repente eu vou fazer a pergunta na cara-de-pau: vocês poderiam abrir o que foi crescimento em função de mini-leasing e o que não foi? A gente não abre, porque como você comentou aí... Essa é uma estratégia que a gente mantém fechada para a gente. OK. A segunda pergunta seria com relação ao business de semi-novos: eu tinha entendido, quando da divulgação do 4T, dos conferences, das reuniões de analistas, que vocês empreenderiam um esforço ainda maior para racionalizar a frota neste 1T. Eu realmente percebi que vocês venderam muito mais carros do que vocês compraram, efetivamente foram 4 mil contra cerca de cento e poucos no segmento de aluguel, mas eu tinha entendido que os esforços seriam realmente maiores, porque nesse ritmo, fazendo algumas contas, eu não estou conseguindo enxergar onde é que vocês conseguiriam chegar, se vocês poderiam fechar o ano com 65% de taxa de utilização. Vocês falaram que em abril seria já 65,5%. Fabio, em abril e maio essa nossa meta já foi alcançada, então agora nós não vemos nenhum desconforto para continuar afirmando que a taxa de utilização desse ano será de no mínimo 65%. E tendo dito isso, Roberto, significaria que no 2T, 3T e 4T a gente teria uma taxa de utilização de pelo menos 67%. Tendo dito isso, a gente poderia inferir que esse guidance de crescimento de volume de 25% em diárias acaba sendo conservador? A média do ano, se nós conseguirmos 67% daqui para frente, os 65% do ano seriam alcançados. 11

12 Eu só estava tentando fazer um exercício, porque a taxa de utilização de vocês está 59%, que eu imaginava que vocês fossem, efetivamente, vender mais carros no trimestre, ou seja, racionalizar a frota, que eu acho que vocês estão com um número maior do que vocês precisariam para atender mesmo esse crescimento de 25% ao longo do ano. Mas se vocês querem chegar a 65%, de duas uma: ou você vai aumentar muito o volume, fazendo com que esse guidance de 25% seja conservador, ou você vai vender mais carros do que efetivamente ficou escrito no seu 1T. É que essas duas coisas não são correlacionadas. Nós temos a habilidade de crescer a frota mantendo a utilização alta ou baixa. O que nós estamos fazendo agora é o ajuste inicial. Então, eu já cheguei em 65,5% no mês de abril, então nós estamos trabalhando para chegar nos 67, 68% em maio e manter isso. E o crescimento está livre para crescer muito mais do que 25%, que aí basta a gente comprar mais carros, é um ajuste na compra, na velocidade de compra com a velocidade de venda. O ajuste mais difícil é o ajuste na parte de venda, que nós já fizemos agora, então se a gente tiver um crescimento maior, manter a taxa elevada é fácil, porque é só a compra de carro, e comprar carro é mais fácil do que vender carro. Então veja, o crescimento pode vir acima de 25%, e a utilização vai estabilizar em 67% ou onde determinar. O ajuste da frota ociosa, que a gente particularmente do 1T, porque nós temos o mês de dezembro e janeiro bastante aquecidos, e depois vem um desaquecimento muito forte logo em seguida, então esse ajuste, que é o mais difícil, que é vender os carros, nós já o fizemos até o mês de abril. Silvio Guerra: Fabio, só complementando, a taxa de utilização nossa já foi, em 2000, de 74%, 2001, 74%, 2002, 67,4%, com uma média naqueles três anos de 72%. Essa recuperação agora nós estamos indo de uma taxa de, em 2003, 62,9%, 2004, 60,6%, em 2005 fechamos com 58,8%. Esses ajustes você viu aí no 1T06 foram vendidos 4112 carros, e foram comprados só 158, então, ao longo do tempo, até o fim do ano, nós devemos estar com taxas inclusive superiores a esses 65%, para que a média do ano fique 65%. E a manutenção dessa taxa não tem nenhuma correlação com o crescimento você pode crescer 25%, 30%, 35%, 40%, que é só comprar mais carro, que é a parte mais fácil do processo. Está entendido? 12

13 Entendido. Se vocês me permitem fazer uma última questão, com relação à depreciação que vocês apresentam na página 8 do release, o valor principalmente para frota, que eu notei que houve um decréscimo bastante significativo do 4T para o 1T, esse deve ser a referência para 2006? Não ficou claro para mim se houve a revisão especificamente de carros de frota ou não. É, o aluguel de frota sempre tem um mix mais variado em relação ao aluguel de carros, às vezes as flutuações podem ser em função de mix. Mas nesse caso, comparando trimestre com trimestre, a referência do 1T é uma boa referência, 1T06. O 1T05 tinha um não-ajuste daquilo que a gente fazia trimestral; até o ano passado nós fazíamos revisão das taxas, era semestral, e mudamos para trimestral. Então, o 1T05 ficou não-comparável com o 1T06, por isso nós fizemos esse expurgo para poder facilitar a comparação dos dois trimestres. Mas realmente, a referência desse trimestre de 2006 é uma referência para o futuro desse ano. Ótimo. Eu vou abrir novamente para perguntas, senão eu vou voltar com uma última pergunta. Obrigado. Operadora: Temos uma pergunta feita pela Internet. Nós vamos ler a pergunta e vamos fazer a resposta. A pergunta é de Renato Cintra, da Unic Capital, e a pergunta é o seguinte: bom dia. Eu gostaria de entender melhor o porquê da queda da depreciação no 1T06 frente ao 1T05, e qual a razão para não ter feito revisão da taxa de depreciação no 1T05, conforme foi mencionando aqui pelo Roberto, e minha segunda pergunta refere-se ao salto do preço dos carros comprados no segmento de aluguel de carros. Eu posso considerar este preço como um novo patamar para os próximos trimestres?. Bom, então vamos fazer a primeira explicação sobre o 1T05. No 1T05 a empresa não era aberta até aquela, a abertura da aconteceu em maio. Então, a partir daquela data da abertura é que nós passamos a fazer divulgações trimestrais dos resultados na CVM. Então, percebemos a importância de fazer essa revisão trimestral e passamos a fazê-la desde então. Então, no 1T05 não 13

14 fizemos porque nossa freqüência era semestral, e ao ter a necessidade de divulgar resultados trimestrais, nós percebemos que deveríamos então fazer essa revisão também trimestral. Com referência ao preço de compra de carros da, o aluguel de carros do 1T06 é 130 carros comprados, é o mix de maior valor agregado, inclusive colocamos isso em observação lá no rodapé da tabela 1, exatamente para poder explicar que esse não é o preço médio normal, o preço normal é bem abaixo disso. Foram comprados utilitários C10, um carro da Volks, que é de valor maior, passa a R$ 30 mil, então esses carros puxaram uma situação atípica para um trimestre, não representam uma tendência de novo preço de carro. Espero que o Renato esteja ouvindo. Bernardo Carneiro, Santander: Só mais uma pergunta: eu lembro que no ano passado, em novembro, vocês deram uma espécie de guidance para número total de carros vendidos. Vocês estão dando de novo esse tipo de guidance? Quantos carros vocês quiseram vender ou comprar, quer dizer, uma venda liquida de carro, ou compra líquida para 2006? Obrigado. As vendas, nós estamos estimando 26 mil carros para vender este ano em função de atingimento da idade de 12 meses, no caso da, ou término do contrato, no caso do aluguel de frota, que tem que ser renovado. Então, estimamos essa venda de 26 mil carros. A compra será uma decorrência do crescimento se crescermos 25%, a compra seria, então, de 3 mil carros. Então tudo vai depender de quantos carros, qual vai ser o crescimento. OK, então posso usar mais ou menos uns 3 mil carros, acha que é um bom número? Não, esse é o exemplo. Na realidade, a compra... Nós crescemos até agora bem mais do que 25%, então a compra vai ser uma decorrência do crescimento, que no 1T foi forte, e continua forte ainda no 2T. Ele deu o exemplo se o crescimento fosse de 25%, que não é o que está ocorrendo. É equilibrar com a utilização, não é? 14

15 Exatamente. Você está lembrado, não é, Bernardo, quando a gente vai fazer o modelo, a compra é o número que a gente acha por diferença, quer dizer, em função do crescimento e da taxa de utilização a gente sabe de quantos carros precisa. A gente já sabe quanto vai vender pelo atingimento da idade, então a conta é achada por diferença. Está OK, obrigado. Operadora: Não havendo mais perguntas, gostaríamos de passar a palavra aos palestrantes para as considerações finais. Bom, gostaríamos de agradecer a todos pela participação na nossa teleconferência, e novamente reforçar o convite para que todos compareçam na nossa apresentação aos analistas aqui no edifício Robocop, na Av. Nações Unidas, às 16h. Obrigado, bom dia a todos. Operadora: O conference call da está encerrado. Agradecemos a participação de todos, e tenham um bom dia. 15