Transcrição da Teleconferência de Resultados do 3T05 9 de novembro de 2005

Transcrição

1 Operadora: Bom dia. Sejam bem-vindos à teleconferência da Localiza Rent A Car referente ao resultado do 3T05. Estão presentes Eugênio Mattar, Vice-Presidente, Roberto Mendes, Diretor de Finanças e Relações com Investidores, e Silvio Guerra, Relações com Investidores. Informamos que a apresentação é gravada e todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da empresa. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas para analistas e investidores, quando mais instruções serão fornecidas. Caso alguém necessite de alguma assistência durante a conferência, por favor, solicite a ajuda de um operador digitando *0. O áudio e os slides dessa teleconferência estão sendo apresentados, simultaneamente, na Internet no endereço Neste endereço pode ser encontrada a respectiva apresentação para download, na plataforma que pode ser acessada ao se clicar no banner Webcast 3T05. Todas as informações estão em reais (R$) e baseadas em USGAAP exceto quando indicado o contrário. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência relativas às perspectivas de negócios da Localiza, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o futuro da Localiza e conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Eugênio Mattar, Vice-Presidente da Localiza, que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Mattar, pode prosseguir. Bom dia a todos. Gostaria de agradecer por participarem da teleconferência de resultados da Localiza referente ao 3T05. No slide número 1 temos os destaques para a nossa Companhia no 3T05. Neste trimestre registramos um EBITDA de R$ 70,8 milhões em US GAAP, 31% maior do que o registrado no 3T04. Esse crescimento foi possível principalmente em função da expansão de 36% no volume do segmento de aluguel de carros, bem como o aumento de 32% no volume do segmento de aluguel de frotas. 1 / 16

2 Consequentemente, tal crescimento no volume de nossos negócios nos permitiu expandir 31% nas receitas dos segmentos de aluguel de carros e aluguel e administração de frotas. A performance operacional sólida também está refletida na taxa de utilização do trimestre, que foi de 63,7%, representando um aumento de 8,3 pontos percentuais quando comparado ao 2T05. A frota total, composta por carros em 30 de setembro de 2005, cresceu 20% em relação ao mesmo período do ano passado. E por último, mas não menos importante, neste trimestre ficamos orgulhosos de receber o Troféu Transparência 2005, quando a Localiza foi considerada a companhia com as melhores demonstrações financeiras entre as 500 maiores e melhores companhias na categoria empresa fechada. Este prêmio é organizado anualmente pela ANEFAC, Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Nesta premiação tivemos nossas demonstrações financeiras de 2004 analisadas, quando ainda éramos uma companhia de capital fechado. No slide 2 da apresentação podemos observar os principais destaques financeiros do terceiro trimestre de 2005 para a Localiza. Registramos um crescimento de 49% da receita líquida quando comparamos com o 3T04, totalizando R$ 228 milhões. Essa performance foi possível em função do aumento no volume de negócios de aluguel de carros e de frotas, já mencionados anteriormente, e também devido ao aumento de 43% no volume de carros vendidos, bem como em seu preço médio, que registrou aumento de 21%, quando comparado com o mesmo trimestre do ano passado. O EBITDA cresceu significativamente, bem acima da taxa de crescimento anual composta calculada nos três últimos anos, e está em linha com nossa sólida performance operacional no trimestre. Por outro lado, o lucro líquido decresceu 23%, para R$22 milhões, em vista do aumento de nossas despesas financeiras e de nossa nova estrutura financeira, que passou a ter uma estrutura de recursos de terceiros para capital próprio, na razão de 1:1, diferentemente de nossa média histórica de 1:3. A dívida líquida apresentou leve redução de 5% sobre o trimestre passado, contabilizando R$ 349 milhões. Agora eu gostaria de passar a palavra ao nosso Diretor de Finanças e Relações com Investidores, Roberto Mender, que irá discutir mais detalhadamente o desempenho financeiro e operacional do trimestre. Roberto, por favor. 2 / 16

3 Obrigado Eugênio, bom dia a todos. Vamos passar agora para o slide 3, onde temos a evolução do volume de negócios da Localiza expressos em milhares de diárias de aluguel. Como já mencionado pelo Eugênio, nós expandimos consideravelmente nossos volumes de negócios de aluguel de carros e aluguel de frotas em uma comparação ano-a-ano. Nossa taxa de utilização do aluguel de carros tem permanecido entre 60% e 70%, o que nós consideramos ser um bom patamar, levando em conta as peculiaridades do nosso setor. No 3T05, apesar da expansão do volume de diárias de aluguel de carros, a taxa de utilização neste segmento caiu 2,9 pontos percentuais em uma comparação ano-a-ano. O segmento de aluguel e administração de frotas manteve praticamente estável sua taxa de utilização em 95%, que também consideramos um bom patamar. No segmento de aluguel e administração de frotas, a receita líquida expandiu 24,3% no 3T quando comparado com o mesmo período do ano passado, principalmente em função do aumento de 31,7% no volume de negócios do aluguel de frota. A receita média por carro neste segmento caiu 5,4% quando comparado com o 3T04, principalmente devido à maioria dos contratos serem corrigidos pelo IGPM que teve variação bem abaixo da inflação interna medida pelo IPCA, bem como uma maior competitividade no mercado de aluguel de frota. As receitas com venda de carros usados aumentaram 72,4%. Este crescimento decorreu do aumento de 20,5% nos preços médios de venda, bem como de um crescimento de 43,3% na quantidade de carros vendidos. O aumento no volume de carros vendidos se deve a desmobilização de parte da frota do aluguel de carros, cuja renovação neste ano foi antecipada para o segundo trimestre. No próximo slide, número 4, temos a performance operacional por segmento de negócio. As receitas de aluguel de carros aumentaram 34% para R$ 69 milhões, refletindo o aumento no volume de negócios já mencionado, parcialmente compensado por uma redução de 1,5% nas tarifas médias de locação. Adicionandose a receita de vendas de carros da ordem de R$ 97 milhões, apuramos um crescimento de 62%, totalizando uma receita de R$ 166 milhões. A expansão nas receitas de vendas de carros é explicada pelo aumento de 63% no volume de vendas e pelo aumento de 15% nos preços médios. O EBITDA do segmento de aluguel de carros cresceu 41%, para R$44 milhões, representando uma margem EBITDA de 26,2%. O EBITDA excluindo-se as atividades de vendas de carros totalizou R$34 milhões, um aumento de 41% na comparação ano a ano. No segmento de aluguel e administração de frotas, a receita líquida aumentou 25% para R$ 39 milhões, e, adicionando-se a receita de venda de carros de R$ 21 milhões, 3 / 16

4 o crescimento foi de 24%, totalizando uma receita de R$ 60 milhões. O EBITDA cresceu 10% para R$ 26 milhões, derivado essencialmente das atividades de aluguel de frota, uma vez que a atividade de venda de carros derivada da frota neste segmento resultou em um prejuízo de R$ 1 milhão na composição do EBITDA. A margem EBITDA do aluguel de frotas foi de 44%. O próximo slide, número 5, completa o anterior e apresenta a composição do nosso EBITDA por segmento. O segmento de aluguel de carros foi responsável pela maior parte do EBITDA do 3T05, em linha com o observado historicamente. Em segundo lugar, o segmento de aluguel e gestão de frotas contribuiu com 37% do nosso EBITDA e o valor residual, de 1%, foi obtido através de nossa rede de franquias. A margem EBITDA total foi de 31%. O slide 6 mostra a composição do lucro líquido por segmento. Neste cálculo separamos todas as receitas e custos relacionados com a frota, incluindo a venda de carros. As margens líquidas do aluguel de carros e de frotas foram de 31% e 47% em 2005, um pouco abaixo das margens registradas no ano passado. As perdas líquidas decorrentes da frota subiram 64%, atingindo R$ 31 milhões, refletindo principalmente o aumento das despesas financeiras líquidas, tendo em vista o aumento de R$ 231,7 milhões na dívida líquida no período analisado. O lucro total líquido foi de R$ 80 milhões, 4% maior do que o valor registrado no ano passado. No slide 7 nós temos a evolução do lucro líquido do 3T04 ao 3T05. A receita líquida subiu R$ 209 milhões no período indicado, mas foi compensada com um aumento de R$ 135 milhões nos custos diretos, R$ 10,7 milhões de despesas de depreciação adicionais e um aumento de R$ 18,2 milhões nas despesas operacionais. O lucro líquido para os primeiros nove meses de 2005 também sofreu o impacto do aumento de R$ 35,9 milhões nas despesas financeiras líquidas, refletindo o aumento da dívida líquida no período, como já foi mencionado. Finalmente, o aumento de R$ 6,5 milhões nos impostos e o R$ 200 mil de um resultado não-operacional contabilizado em 2004 também impactaram o lucro líquido nos primeiros nove meses de 2005, que atingiu R$ 79,7 milhões, 4% acima dos R$ 76,9 milhões de lucro liquido no nos 9 meses de No próximo slide, número 8, nós temos o histórico dos nossos investimentos em frota desde o ano de Nos primeiros 9 meses de 2005, nós adquirimos carros, o que demandou um investimento bruto de R$ 399 milhões. No terceiro trimestre de 2005, especificamente, nós fizemos um investimento na frota no montante de R$ 104 milhões para adquirir veículos. Considerando que a renovação da frota em 2005 foi antecipada para o segundo trimestre, os investimentos em frota no 3T05 foram substancialmente mais baixos do que no 3T04. 4 / 16

5 Passando para o slide 9, nós temos uma visão geral do desempenho operacional da rede de venda de carros usados. Nos primeiros nove meses de 2005, nós vendemos carros, o que gerou uma receita líquida de R$ 348 milhões. A idade média dos carros vendidos no 3T05 foi de 10,4 meses para o segmento de aluguel de carros e de 28,3 meses para o segmento de aluguel e gestão de frotas. O slide 10 mostra a evolução do índice de Dívida Líquida sobre o Valor da Frota desde Observamos que este índice tem se mantido estável em torno de 50% desde então. No 3T05 o índice foi de 49,2% O último slide da nossa apresentação, slide número 11, destaca as nossas sólidas margens de lucro em comparação com outras grandes companhias internacionais que operam no setor de aluguel de carros. A nossa margem de EBITDA nos 9 últimos meses, considerando somente as receitas de aluguel de carros e aluguel de frotas, foi de 66,5%, bem acima da margem calculada para nossos pares. A nossa margem líquida de 23,5%, também ficou muito acima das outras companhias, confirmando nosso sólido desempenho. As nossas ações RENT3 tiveram um desempenho absoluto excepcional de 83% e um desempenho relativo 55% acima do índice BOVESPA, considerando o período entre a abertura do nosso capital, em 23 de maio e 8 de novembro. No mesmo período, o volume médio negociado foi de R$ 3,4 milhões por dia. Agora que terminamos essa apresentação breve, nós gostaríamos de agradecê-lo pela atenção e mencionar que hoje, às 16:00, nós faremos a nossa apresentação APIMEC no Hotel Gran Meliá, em São Paulo. Nesse evento, nós teremos a presença do nosso Vice-presidente, Eugênio Mattar, eu e o Silvio Guerra. Nós convidamos todos a participar desse evento e a aproveitar essa oportunidade para conhecer melhor a nossa companhia e esclarecer eventuais dúvidas. Agora nós daremos início à nossa sessão de perguntas e respostas. Nós teremos grande prazer em responder quaisquer perguntas que vocês tenham. Operadora: Senhores analistas e investidores, iniciaremos agora a seção de perguntas e respostas. Caso haja alguma pergunta, queiram, por favor, digitar *1. Sr. Luis Otávio Campos, da Credit Suisse, gostaria de fazer uma pergunta. Luis Otávio Campos: 5 / 16

6 Boa tarde a todos. A minha primeira pergunta com relação à dívida líquida, vocês comentaram no conference call em inglês até que a dívida líquida para o 4T tende a dar uma aumentada pela própria sazonalidade do negócio. Eu queria saber se vocês têm alguma estimativa de quanto poderia aumentar a dívida líquida; e com relação às taxas de utilização, principalmente no piso de aluguel diário, a gente vê que, mesmo com a grande recuperação que teve do 3T sobre o 2T, ela ainda está abaixo do ano passado. Eu queria ter uma idéia aí do que vocês esperam mais para 2006 de taxas de utilização, se seria algo na casa de 65% ou voltando até para o histórico, que já foi de 70%, está certo? Obrigado. Luis Otávio, nesse trimestre, como já anunciamos, faremos uma compra de 11 mil carros, nesse mesmo período também haverá uma venda importante, no mesmo patamar que vinha acontecendo. A gente estima que nossa dívida poderá crescer até uns R$ 100 milhões em dezembro, a posição de dezembro em relação à dívida de setembro. E com referência à taxa de utilização do 3T, é uma taxa de utilização média no trimestre, não é, então ela tem um crescente, uma taxa de utilização num patamar bastante razoável, bem próximo dos 65%, que a gente considera ser uma taxa excepcional. Então, nós estamos bem próximos dessa taxa, e deveremos ficar nesse patamar que nós estamos já indicando, lembrando que dezembro é aquele me que a gente faz uma compra maior de carros, e, nesse mês de dezembro, especificamente, poderá ter alguma queda, mas ela será, na média, no 4T, no mesmo patamar deste 3T. Luis Otávio Campos: Está certo, então. Obrigado. Operadora: Senhores analistas e investidores, lembramos que para fazer perguntas basta digitar *1. Sr. Cristiano Souza, da Dynamo, gostaria de fazer uma pergunta. Cristiano Souza: 6 / 16

7 Bom dia a todos. A pergunta é bastante simples: vocês não disponibilizaram nem na demonstração de resultado, nem no press release os statements de cash flow e o balanço patrimonial em USGAAP. Seria interessante que a gente pudesse ter acesso a essas duas informações que não foram divulgadas; e aí eu tenho uma pergunta específica: a companhia continua num ritmo de lucratividade na atividade de compra e venda de carro bastante elevado. O que é razoável a gente esperar para o ano que vem, em relação a esse ano, nessa atividade, especificamente, ou seja, vocês vão conseguir repetir o nível de resultado por carro vendido que foi auferido esse ano no ano que vem? Cristiano, obrigado pela pergunta. Com referência à sua solicitação, ela será atendida hoje à tarde, nós estaremos disponibilizando resultados em USGAAP consolidado, da forma que vocês e os demais acionistas estão acostumados a ver, e então estará lá o resultado dos três trimestres de 2005, os quatro trimestres de 2004, o balanço no dia 30 ou 31 de cada final de cada trimestre, e o cash flow, também por trimestre. Cristiano Souza: Legal, muito obrigado. E também, os dados operacionais de cada trimestre, consolidado. E com referência ao resultado na venda de carros, no ano que vem os resultados deverão ser um pouco inferiores aos deste ano, mas gostaria de te lembrar, Cristiano, que o resultado da venda de carros é uma impulsão da taxa depreciação. Quando deprecia o carro, aquele book value do carro baixado, eu estou buscando um resultado suficiente para pagar os custos de venda e eventual buying de segurança. Cristiano Souza: Então, certamente, quando eu faço a conta eu já ajusto para a depreciação, é que mesmo somando de volta uma conta de depreciação por carro vezes o número de carros vendidos ao CPV, o nível de lucratividade ainda está muito alto, ou seja, a depreciação deveria estar até menor, ou até positiva, mas a expectativa não é que isso se repita no ano que vem, não é? É, a expectativa é que ano que vem tenha resultado um pouco abaixo deste ano, mas essa conta que você tem feito, as depreciações podem ser diferentes, porque eu estou 7 / 16

8 depreciando este ano os carros que eu não vendi, estou baixando os carros que vendi. Então, quando você soma a depreciação dos carros que eu não vendi ao book value dos carros que eu vendi, nós chegamos a um resultado que eu não sei explicar exatamente o que ele é. Cristiano Souza: Não, é por isso que eu pego, e é um ajuste que ainda assim é distorcido, eu pego a depreciação por carro e multiplico esse número pelo número de carros vendidos, para se chegar mais ou menos a um pro rata da depreciação daqueles carros que foram vendidos. Obviamente, pode ser um desvio padrão muito grande dos carros vendidos e os carros que você tem no estoque, vamos chamar assim, mas se o teu mix não muda muito ao longo do tempo, isso deveria fazer pouca diferença, eu acredito. Cristiano, é, realmente é uma tentativa de chegar a esse número, tem sempre alguma distorção em função dessa divisão por carro, que tem até caído, e depois do trimestre subiu um pouquinho, aliás, nesses 9 meses deste ano, isso vai ser publicado também neste ano, depreciação por carro. Agora, de qualquer jeito, só para completar, para não ficar essa imagem de resultado por carro, eu gostaria de lembrar que a nossa atividade é aluguel de carros, e a venda de carros é uma área de apoio, não é, para ter a menos taxa de depreciação. E se eu descontar incluindo o custo de carreto, o custo de trazer esse ativo no período que ele ficar em operação, o resultado é sempre negativo, isso vai ser demonstrado exatamente para que não haja uma sensação equivocada de que há possibilidade de ganhar dinheiro comprando o carro e depois vendendo e ganhar dinheiro. Não há possibilidade disso, ficou bem mais fácil de ser percebido na apresentação que eu fiz esse ano sobre o segmento, deixando isso bem evidente; que naquele custo financeiro que nós temos ali, e só o custo financeiro sobre a nossa dívida, nem inclui ali... Cristiano Souza: O capital próprio.... o capital dos acionistas. 8 / 16

9 Cristiano Souza: Certamente. Eu acho que a forma de divulgar alocando a despesa financeira toda na atividade de compra e venda é a mais correta, mas o ponto é que, se a perda nominal por carro, se o ganho nominal por carro antes do financeiro cair muito, o prejuízo vai aumentar mais ainda. É verdade, mas só que nós vamos sempre estar com uma taxa de depreciação, buscando não diminuir esse número. A taxa de depreciação busca sempre ter um resultado suficiente para pagar os custos de venda, está OK? Cristiano Souza: Está perfeito. Obrigado, gente. Operadora: Senhores jornalistas, caso queiram fazer alguma pergunta, queiram, por favor, digitar *1. Sra. Renata Stuani, da Agência Estado, gostaria de fazer uma pergunta. Olá, pessoal. Eu queria esclarecer uma dúvida. Vocês falaram que, no 4T, haverá um acréscimo de R$ 100 milhões na dívida líquida, em relação a setembro, não é? Perfeito. E quanto que fechou a dívida líquida em 30 de setembro? R$ 349 milhões, se não me engano. 9 / 16

10 R$ 349 milhões, OK. Isso se deve, esse acréscimo se deve principalmente a que, à compra de carro, então? Sim, é o investimento líquido em carro que nós vamos fazer. Quando a gente fala de investimento líquido, é quanto eu vou gastar para comprar carro menos quanto eu recebo na venda de carro. Esse investimento é sempre necessário, porque em janeiro é o nosso pico de demanda, da segunda quinzena de dezembro para frente. Então, para atender esse pico de demanda, que intensifica muito no final do ano, e, principalmente em janeiro, e uma parte de fevereiro, a gente essa faz essa compra adicional de frota, nós já até anunciamos, de cerca de 11 mil carros, e depois, quando o pico de demanda vai caindo, a gente vai desfazendo desses carros de novo, lá para março, abril e maio do ano que vem, e não deste mesmo carro, a gente pega os carros mais antigos, evidentemente, para vendê-los, e aí a dívida volta para um patamar de, uma relação de, que tem sido histórica nossa, de 1x dívida para equity, está OK? Esses 11 mil carros, então seria no 4T? Sim, no 4T. Isso é para cobrir não só, mas 11 mil de acréscimo. Acréscimo, mas também para eventuais trocas, porque se tem alguns carros que estão no momento já de trocá-los, não é, então eles também serão parte desses 11 mil carros, se refere a troca, e parte a acréscimo. Esse número é maior do que no 4T04? Um minuto. Em 2004, no 4T, nós compramos carros. Contamos então com o valor da nossa compra naquela data, e agora nós estamos contando 11 mil, então isso iria ser 2 mil acima. Correto. Então esses financiamentos são com vários bancos, não é? 10 / 16

11 Na verdade, a gente não concentra nenhum banco, geralmente a gente diversifica. E para 2006 vocês planejam adquirir mais financiamentos, para bancar um pouco mais, ou não? Não, como nós falamos, no início do trimestre de 2006, no 1T e no início do 2T, existe até o contrário, a dívida tende a cair quando eu começo a vender os carros mais antigos, e vou então liquidando essa dívida de curto prazo que eu contrato no final do ano para atender à essa necessidade. Eu queria que vocês falassem um pouco sobre as estratégias para a recuperação de margem EBITDA no ano que vem. A margem está muito boa, não existe nenhuma estratégia específica para recuperar margem. O que ela caiu em termos de pontos percentuais é porque a receita da venda de carros cresceu mais do que a receita de aluguel, e como ela tem um EBITDA baixo, essa parte de venda de carros, então a margem EBTIDA consolidada, aluguel com vendas de carro, ela tem uma pequena queda. Mas a margem de EBITDA por segmento, se você pegar só cada segmento, aluguel de carro e aluguel de frota, ela não está apresentando queda. Operadora: Lembramos que para fazer perguntas basta digitar *1. Sra. Renata Stuani, da Agência Estado, gostaria de fazer uma pergunta. Oi, então. Alô? 11 / 16

12 Pronto? Então, eu queria também saber se a entrada de novos competidores afeta de alguma forma o mercado de vocês, não é, tem uma nova empresa alemã, que eu não sei o que vai... Vai entrar no mercado de luxo, não é, isso afeta o negócio de vocês? Bem, o nosso mercado, a Sixt, não é, que está anunciando a entrada no Brasil, na realidade ela já está no Brasil, ela já é uma empresa que opera no Brasil, e que opera com uma marca própria, nacional, e que vai passar a adotar a bandeira da Sixt do Brasil, então, ou seja, em termos de competição, não está entrando um novo concorrente, está apenas mudando o nome, e não sei se a estratégia deles aqui vai ser de aluguel de carros de luxo também, acreditamos que não seja essa a mesma estratégia. Na Alemanha é a estratégia deles, no Brasil não temos certeza. E nós temos uma preocupação sempre grande com toda a concorrência, então, de certa forma, a gente se está sempre monitorando a concorrência, acompanhando os passos dela, para poder nunca ter uma surpresa em relação a esse tipo de entrada no mercado. Correto. A Localiza oferece carros de alto luxo, também, ou não? Nós oferecemos carros de luxo no Brasil, os carros de luxo realmente são carros diferentes dos carros europeus e americanos, mas usamos carros blindados, por exemplo, temos carros importados, carros mais blindados que atendem bem à demanda do Brasil. Lembrando sempre que, no caso de entrada de novos competidores internacionais, caso eles estejam instalados no Brasil, nós estamos, ou seja, nós temos 30 anos de experiência, tecnologias, sistemas state-of-the-art, conhecimento de mercado, escala, de modo que a entrada de qualquer competidor no mercado demanda tempo, e para qualquer ação, mas a gente normalmente não subestima a entrada de qualquer concorrente. Está certo. Quem falou por último, Eugênio? 12 / 16

13 Isso. Está bom. Obrigada. De nada. Só lembrando também que, no caso da Total Fleet a gente tem muito carro de luxo, de acordo com a demanda das frotas das empresas a quem a gente atende. Está certo, obrigada. Pois não. Operadora: Lembramos que para fazer perguntas basta digitar *1. Esta será a última instrução. Caso haja alguma pergunta, queiram, por favor, digitar *1. Sra. Nana Preto, da Invest News, gostaria de fazer uma pergunta. Nana Preto: Oi, pessoal. Eu queria que vocês fizessem um balanço das operações de vocês na bolsa, como é que vocês estão vendo, e se vocês têm algum guidance para o 1T do ano que vem. Bom, a nossa performance na bolsa, desde a abertura do nosso capital em maio até ontem, a nossa ação valorizou 83%. Em relação ao Ibovespa, ela subiu 55% do que a 13 / 16

14 variação do Ibovespa. Nós temos tido um volume médio de transações diário da ordem de R$ 3,4 milhões. Em termos de guidance, normalmente a empresa não dá um guidance futuro para não levar à indução a erros e principalmente expectativas. Nossa expectativa é que esse 4T virá a ser um trimestre tão forte quanto o 3T, provavelmente um pouco mais, e o ano que vem a gente, analisando o mercado que os bancos, analistas e economistas têm em vista é que haverá um crescimento no Brasil no ano que vem da ordem de 3,5%, o que a gente acha muito positivo, e para o desenvolvimento e contínuo crescimento das nossas atividades no Brasil. Nana Preto: Legal. E vocês têm alguma perspectiva de fazer parte de algum índice do Ibovespa, ou de algum outro índice da Bolsa? É, nós temos como meta dar o melhor tratamento possível ao mercado. Na medida que nós praticamos uma governança corporativa em alto nível, quer dizer, estamos no Novo Mercado, e estamos tratando os acionistas e investidores da Localiza com o maior carinho possível, e na medida que as nossas ações se valorizam e haja uma liquidez da ação, pode ser que, eventualmente, ela vá fazer parte de algum índice. Mas o nosso trabalho é trabalhar bem as informações, e o mercado é que vai, eventualmente, nos levar a participar de algum índice ou não. Nana Preto: OK. Vocês estão com formador de mercado, não é isso? Poderia repetir, por favor? Nana Preto: Formador de mercado. Sim, o Pactual, o Banco Pactual foi indicado e já é nosso formador de mercado já desde junho desse ano. 14 / 16

15 Nana Preto: E vocês tiveram alguma análise em relação ao desempenho das ações antes e depois do formador, de fato existe uma melhora, um aumento de liquidez? Assim que acabou o greenshoe, nós iniciamos imediatamente com o market maker, então nós não temos como fazer como era antes e depois do market maker, nós só temos nosso histórico com o greenshoe e depois do market maker. Então, nós não temos mais essa história sem market maker. Nana Preto: Legal. Está jóia, obrigada. De nada. Operadora: Não havendo mais perguntas, gostaria de passar a palavra ao Sr. Eugênio Mattar para as considerações finais. Mais uma vez, obrigado a todos pelo seu interesse pela Localiza. Gostaria de dizer que nossa empresa continuará focada em sua missão de contribuir para o sucesso do lazer e dos negócios dos clientes, alugando carros com eficiência e simpatia e realizando uma eficiente gestão de frota. Acima de tudo, a expansão de nosso negócio permanecerá baseada na valorização do cliente, no reconhecimento ao desempenho dos nossos colaboradores, no comportamento ético, no zelo pela imagem da empresa, na busca da excelência e na adição de valor à empresa. Se vocês tiverem dúvidas, por favor, sintam-se à vontade para contatar nosso departamento de Relações com os Investidores ou para visitar nosso site de Relações com Investidores, Muito obrigado mais uma vez, e tenham todos um bom dia. Operadora: 15 / 16

16 O conference call da Localiza referente aos resultados do 3T05 está encerrado. Agradecemos a participação de todos e tenham uma boa tarde. Obrigada. 16 / 16