S I N O P S E S I N D I C A L S E T E M B R O D E

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1 S I N O P S E S I N D I C A L S E T E M B R O D E ALIMENTAÇÃO. Com data-base em 1º de setembro, a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo fechou acordo com a bancada patronal, representante do setor de massas, biscoitos, sorvetes e cacau em barra. Basicamente foram mantidas as cláusulas sociais e quanto ao reajuste salarial foi acertado o índice de 3,60% para quem ganha até R$ 2.000,00. Acima deste valor, o reajuste salarial será de R$ 72,00. ALIMENTAÇÃO. Com data-base em 1º de setembro, o Sindicato do Trabalhadores em Alimentação vem negociando com a entidade patronal a renovação das cláusulas sociais e econômicas. Até o presente momento, a entidade patronal já ofereceu 2,5% de reposição e propôs redução no piso salarial e diminuição de 25% nas horas extras. As tratativas negociais continuam em andamento. ALIMENTAÇÃO. Com data-base em 1º de setembro, o Setor de massas, biscoitos e sorvetes vem negociando com a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado e 59 sindicatos, que representam aproximadamente 150 mil trabalhadores. Até o presente momento, o setor patronal, após várias rodadas de negociação, ofertou reajuste salarial de 3,63%, evolução do piso salarial de R$ 264,00 para R$ 273,50 nas empresas com até 50 funcionários. Nas demais, o valor do piso evoluiria de R$ 325,60 para R$ 337,32. O abono de participação nos lucros e resultados deverá ser negociado individualmente por empresa. 1

2 BANCÁRIOS. Com data-base em 1º de setembro, a Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT) representando 300 mil trabalhadores no setor privado, deu início às rodadas de negociação com o setor patronal, reivindicando 7,7% de reajuste salarial, 14,8% de produtividade e garantia de emprego, além da manutenção das cláusulas sociais. Do lado patronal, a posição foi no sentido de discutir uma jornada menor com encargos e salários menores, além da dificuldade da concessão de reajuste com inflação baixa. Como corolário das tratativas negociais, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs o congelamento dos salários e do prêmio de PLR no período de 1º de setembro de 1998 a 31 de agosto de Em resumo, a proposta patronal ficou delimitada nos seguintes termos: Abono: de R$ 700,00 para todos os 450 mil bancários do país; Salário: permanecerá sem reajuste por um ano; Tíquete-refeição (R$ 8,11), vale-cesta (R$ 118,00) e auxílio-creche (R$ 100,00): congelados até 31 de agosto de 1999; Anuênio de R$ 7,88 por ano de casa: eliminado para os funcionários admitidos após a data-base; PLR: mesmo valor do ano passado, 80% do salário mais R$ 300,00. Será pago em duas vezes, 40% mais R$ 100,00 até 18 de dezembro e 40% mais R$ 200,00 a ser acertado até 1º de março de 1999; Convenção coletiva: os banqueiros prometem manter as cláusulas do acordo passado, à exceção das já citadas. 2

3 BEBIDAS. Com data base em 1º de outubro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação recebeu proposta de acordo da empresa Antarctica, a nível nacional, envolvendo trabalhadores, nos seguintes termos: a) reajuste salarial de 2%; b) abono de R$ 700,00 a título de PLR que benefíciará 80% dos empregados; c) para os empregados que tenham salários superiores a R$ 700,00, o abono é de R$ 500,00; d) aumento do valor da cesta-básica de R$ 85,00 para R$ 90,00; e) auxílio material escolar no valor de R$ 400,00 para todos os funcionários com filhos cursando desde a pré-escola até a faculdade. A proposta será analisada até o final da semana. CARTEIROS. Com data-base em 1º de agosto, a categoria dos carteiros envolvendo aproximadamente 82 mil trabalhadores, representados pelos respectivos Sindicatos profissionais no Brasil, em princípio, não lograram êxito no processo negocial com a ECT - Empresa de Correios e Telégrafos, destarte, instaurando dissídio coletivo perante o Tribunal Superior do Trabalho. Ocorre que, numa tentativa derradeira de buscar a conciliação, a ECT - Empresa de Correios e Telégrafos - ofereceu 2% de reajuste salarial, abono de 60% sobre o salário-base obedecendo o teto mínimo de R$ 250,00 e máximo de R$ 460,00, reajuste da cesta- 3

4 básica de R$ 30,00 para R$ 40,00, proposta esta, aceita pelos carteiros de todo o país. DISTRIBUIÇÃO DE GÁS. Com data-base em 1º de setembro, o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo apresentou pauta de reivindicações ao setor patronal, reivindicando 10% de produtividade, reposição da inflação, prêmio de PLR, aumento do tíquete-refeição para R$ 10,00 e manutenção das cláusulas sociais. Em contrapartida, na primeira rodada de negociação o setor patronal propôs: a) redução do piso salarial de R$ 436,00 para R$ 200,00; b) diminuição do percentual do prêmio de PLR para 25% sobre o valor do piso; c) Implantação do banco de horas. O sindicato profissional irá avaliar a proposta e retornará à mesa de negociação no dia 28/09. EDIFíCIOS. Com data-base em 1º de outubro, o Sindicato dos Empregados em Edifícios de São Paulo, representando aproximadamente 140 mil trabalhadores, renovou a convenção coletiva com a entidade patronal nos seguintes termos: a) Cesta-básica foi majorada de R$ 32,00 para R$ 34,00; b) Manutenção das cláusulas sociais; c) Reajuste salarial de acordo com o valor do piso: 11,11% para faxineiros, sendo que o piso passa de R$ 270,00 para R$ 300,00; 8,2% para os zeladores, sendo que o piso passa de R$ 305,00 para R$ 330,00; 8,62% para porteiros, ascensoristas, garagistas, vigias e outras funções, sendo 4

5 que o piso passa de R$ 290,00 para R$ 315,00; 4% para quem ganha acima do piso. GRÁFICOS. Com data-base em 1º de outubro, o Sindicato dos Gráficos do ABC representando aproximadamente trabalhadores, iniciou o processo negocial com o Setor patronal de Jornais e Revistas. A categoria profissional reivindica 5% de produtividade e reposição da inflação do período com base no INPC - IBGE. LATICÍNIOS. Com data-base em 1º de setembro, o Sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios de São Paulo, representando 800 trabalhadores do setor de café solúvel, renovou a convenção coletiva com o setor patronal, destarte, mantendo as cláusulas sociais e reajustando os salários em 3%, além de PLR no valor de R$ 300,00, a ser pago em duas vezes (1ª parcela em outubro/98). MARCENEIROS. Com data-base em 1º de outubro, o Sindicato dos Marceneiros de São Paulo não aceitou a proposta da bancada patronal para renovação do acordo normativo. Basicamente, foi ofertado o índice de 1% de reajuste salarial. O Sindicato profissional irá instaurar dissídio coletivo perante o TRT - 2ª Região. METALÚRGICOS. Em decorrência do corte de pedidos das empresas montadoras, o Setor de Autopeças vem tentando se ajustar a essa nova realidade com a concessão de licença remunerada, férias coletivas, entre outras medidas, objetivando contornar a crise momentânea sem optar pela dispensa de empregados. Exemplificativamente, 5

6 temos: Empresa Localidade Nº de Benefícios func. Gamesa (Fornecedora da VW) Taubaté 100 Concederá 9 dias de férias coletivas no período de 28/09 a 07/10. Magneti Marelli (Fornecedora da VW) Campinas Concederá licença remunerada de 9 dias para 120 funcionários no período de 28/09 a 07/10. Eaton (Metalúrgica) Valinhos Há previsão de férias coletivas no período de 12 a 22 de outubro. Metalúrgica Autopira Piracicaba 220 Concederá férias coletivas de 15 dias a partir de 01/10. Fundição Mauá Sto. André 970 A partir de 01/10 a empresa concederá férias normais para 110 trabalhadores. METALÚRGICOS. A Indústria Semeraro, 250 funcionários, localizada na capital, São Paulo, em decorrência da diminuição da atividade econômica, negociou com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo a redução da jornada de trabalho para 33 horas semanais (o que corresponde à redução de 25% na jornada normal de 44 horas) e redução salarial de 20%. METALÚRGICOS. A Heral Indústria Metalúrgica, 100 funcionários, localizada no município de Santo André, São Paulo, em decorrência da diminuição da atividade econômica, negociou com o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André a redução da jornada de trabalho e salários nos seguintes termos: a) Duração do acordo: de 14/09 até 30/11/98; b) Redução de 20% na jornada normal que passará para 36 horas semanais, com 6

7 redução salarial de 12,5% para quem ganha até R$ 583,00, destarte, abrangendo 50% dos funcionários; c) Para os funcionários que ganham de R$ 583,01 a R$ 1.300,00, a jornada de trabalho e o correspondente salário serão reduzidos em 20%; d) Para os funcionários que ganham acima de R$ 1.300,00, a redução será de 25% no salário e na jornada de trabalho; e e) Fica garantido que nenhum funcionário ganhará menos que o piso da categoria equivalente a R$ 293,00. METALÚRGICOS. A Ford do Brasil irá conceder férias coletivas para as unidades fabris de São Bernardo do Campo e Taubaté, ambas com funcionários, a partir do dia 28 de setembro e pelo prazo de 10 a 12 dias, ainda a ser definido. METALÚRGICOS-MINAS GERAIS. A Fiat com sede em Betim, MG, concederá licença remunerada de 1 mês para o terceiro turno (2.500 funcionários), a partir do dia 14/09 e com término no dia 16/10, de modo a ajustar a produção de veículos. METALÚRGICOS. A Indústria Armco, com sede na capital, São Paulo, 750 funcionários, celebrou acordo coletivo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo para reduzir os salários em 10% e a jornada de trabalho em 20% durante 3 meses, acordo este que atingirá 170 funcionários. METALÚRGICOS. A Indústria de Componentes Eletrônicos TCE, 115 empregados, localizada no município de Itapevi, São Paulo, negociou com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Osasco e Região a redução da jornada de trabalho para 42 horas semanais com banco de horas e sem redução salarial. 7

8 METALÚRGICOS. Com data-base em 1º de novembro, os metalúrgicos da CUT (16 sindicatos) e Força Sindical (49 sindicatos), representando aproximadamente um milhão de trabalhadores, iniciaram as reuniões preparatórias à campanha salarial, reconhecendo que dificilmente conseguirão obter reajuste salarial na data-base, em função do desemprego, inflação baixa e o pacote econômico baixado pelo Governo Federal. Desta forma, o centro das negociações ficará restrito à manutenção do emprego e garantia dos benefícios já concedidos. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. Empresa Nº de func. Benefícios Metalúrgica Gilbarco 250 Fechou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos (Fabricante de Bombas para postos de gasoli-na) de Guarulhos para pagamento do prêmio de PLR no valor de R$ 500,00, sendo R$ 350,00 no dia Elastic (Artefatos de borracha) Montemor (Artefatos de borracha) 20/10 e R$ 150,00 no dia 22/12/ Fechou acordo com o Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo para pagamento do prêmio de PLR no valor de R$ 330, Fechou acordo com o Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo para pagamento do prêmio de PLR no valor de R$ 330,00. Metalúrgica Mecanel 70 Com sede no município de Santo André, São Paulo, a empresa celebrou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André para pagamento do prêmio de PLR no valor de R$ 300,00. Metalúrgica Astan 65 Com sede no município de Rio Grande da Serra, São Paulo, a empresa celebrou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André para pagamento do prêmio de PLR no valor de R$ 250,00. 8

9 Empresa Nº de func. Benefícios Metalúrgica Multivisão 300 Com sede no município de Vargem Grande, São Paulo, a empresa celebrou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco para pagamento do prêmio de PLR no valor de R$ 250,00, sendo que R$ 125,00 para o dia 25/09 e a outra metade para o dia 10/03/99. Metalúrgica Cimaf 570 Com sede no município de Osasco, São Paulo, a empresa fechou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André para pagamento do prêmio de PLR no valor de R$ 300,00, sendo R$ 150,00 para o dia 05/10 e a outra metade para abril/99. Ravel 100 Com sede no município de Diadema, São Paulo, a empresa fechou acordo com o Sindicato dos Borracheiros da grande São Paulo para pagamento do prêmio de PLR no valor de R$ 350,00. Eureka 80 Com sede no município de Diadema, São Paulo, a empresa fechou acordo com o Sindicato dos Borracheiros da grande São Paulo para pagamento do prêmio de PLR no valor de R$ 200,00. Remantec (Marcenaria) 73 Com sede na capital, São Paulo, a empresa fechou acordo com o Sindicato dos Marceneiros de São Paulo para pagamento do prêmio de PLR no valor de R$ 250,00. Metalúrgica Texima 280 Com sede na capital, São Paulo, fechou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo para pagamento do prêmio de PLR no valor de R$ 350,00, sendo R$ 200,00 no dia 05/10 e R$ 150,00 no dia 05/03/99. QUÍMICOS. O Sindicato dos Químicos do ABC, com data-base em 1º de 9

10 novembro, em assembléia geral, aprovou a pauta de reivindicações nos seguintes termos: a) Renovação das cláusulas sociais; b) PLR de R$ 600,00; c) Redução da jornada semanal de 44 horas para 30 horas; d) Reposição salarial de 29,8% calculada sobre as perdas desde 1994; STF MUDA LEI SOBRE PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. O Supremo Tribunal Federal (STF) alterou a Medida Provisória nº que dispõe sobre a participação dos empregados nos lucros das empresas. O tribunal concedeu liminar em ação direta de inconstitucionalidade (Adin nº 1.861), apresentada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), contra a expressão que tornava obrigatório que fosse escolhido, dentre os funcionários da empresa, o representante do sindicato para integrar comissão que negociará a participação dos empregados nos lucros. Segundo a CNTC, a expressão constitui uma restrição que contraria a representação dos sindicatos na defesa dos direitos dos interesses individuais e coletivos da categoria profissional, como determina a Constituição Federal no artigo 8º, inciso III. Por unanimidade e acompanhando o voto do relator Ilmar Galvão, os ministros do STF entenderam que a expressão dentre os funcionários da empresa, limitava a participação do sindicato da categoria nas negociações coletivas e contrariava o disposto na Constituição. 10

11 TÊXTEIS. As empresas Têxtil São João Clímaco e Têxtil Murad pertecentes ao Grupo Murad, com sede no município de São Bernardo do Campo, São Paulo, demitiram 46 trabalhadores e não pagaram as verbas rescisórias. O Sindicato dos Têxteis de São Bernardo do Campo está tentando abrir diálogo com as empresas para parcelamento das indenizações. TÊXTEIS. Com data-base em 1º de setembro, o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Recife - PE renovou a convenção coletiva de trabalho com a entidade patronal, mediante a manutenção das cláusulas sociais. Quanto às cláusulas econômicas, cumpre destacar o seguinte: a) reajuste salarial de 2%; b) abono salarial de R$ 20,00 em setembro/98 e fevereiro/99. Fontes de pesquisa: - Diário Popular, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo - Boletim Dieese - Diário da Justiça - Informações obtidas junto às entidades sindicais 11