S I N O P S E S I N D I C A L N O V E M B R O E D E Z E M B R O D E
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- Lara Carvalhal Casqueira
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1 S I N O P S E S I N D I C A L N O V E M B R O E D E Z E M B R O D E D e s e j a m o s a t o d o s o s n o s s o s c l i e n t e s e a m i g o s, u m N a t a l c o m m u i t a p a z e a m o r e u m e s p l e n d o r o s o AERONAUTAS E AEROVIÁRIOS. Com data-base em 1º de dezembro, o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA) iniciou as tratativas negociais com a Federação Nacional dos Aeroviários e Aeronautas cuja categoria abrange aproximadamente 40 mil aeroviários e 20 mil aeronautas em todo o país. Em princípio, a categoria profissional reivindica 10% de reajuste salarial. Por ora, as partes já acertaram a manutenção de 60 cláusulas sociais da convenção coletiva até dezembro de 2004, sendo certo que permanecem 40 itens pendentes de discussão. BANCÁRIOS. Com data-base em 1º de setembro, o Banco do Brasil, com aproximadamente 78 mil funcionários, renovou o acordo coletivo de trabalho nos seguintes termos: a) Reajuste salarial de 5%; b) Abono salarial equivalente a 90% do salário, com piso de R$ 1.200,00; c) Cesta alimentação de R$ 120,00; d) Tíquete refeição de R$ 10,36; e) Manutenção das cláusulas sociais. COMERCIÁRIOS. Com data-base em 1º de dezembro, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, representando aproximadamente 420 mil comerciários, haviam concordado com a renovação da convenção coletiva de trabalho em conjunto com a Federação do Comércio, nos seguintes termos: 1
2 a) Reajuste salarial equivalente a 11%; b) Manutenção das cláusulas sociais. Entretanto, considerando que a inflação acumulada no período de 12 meses atingiu o patamar de 12,55%, portanto, além do percentual negociado, os comerciários decidiram suspender o acerto. Registra-se que a rede Pão de Açúcar na capital assinou acordo coletivo de trabalho para os seus 20 mil funcionários estabelecendo o reajuste de 12,55% e participação nos lucros ou resultados de R$ 385,00. TÊXTEIS. Com data-base em 1º de novembro, os Sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias Têxteis das cidades de São Paulo, Guarulhos e Sorocaba renovaram a convenção coletiva de trabalho com o Sindicato das Indústrias Têxteis nos seguintes termos: a) Reajuste salarial de 9% para os salários até R$ 2.000,00; b) Reajuste fixo de R$ 180,00 para quem ganha acima de R$ 2.000,00 e mais o percentual de 1,16% em janeiro de 2003 incidente sobre o salário de dezembro até o teto de R$ 2.180,00. Acima deste teto, a segunda parcela corresponderá a R$ 25,29; c) Salário admissional de R$ 329,62 e R$ 362,58 na efetivação. A partir de 1º de janeiro de 2003, o salário admissional será de R$ 333,44 e o de efetivação equivalente a R$ 366,78; d) Implantação do programa de PLR até julho de 2003, sob pena da aplicação de uma multa equivalente a 15% do salário nominal ou R$ 90,00, o que for maior em favor do empregado; e) Manutenção de praticamente todas as cláusulas sociais; Os demais Sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores Têxteis renovaram a convenção coletiva nos mesmos moldes com exceção ao teto para efeito de reajuste salarial da segunda parcela que permaneceu em R$ 2.725,00 e, por conseqüência, para quem ganha acima deste valor, o reajuste ficou em R$ 31,61. 2
3 METALÚRGICOS. Com data-base em 1º de novembro, a General Motors renovou o acordo coletivo de trabalho com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos nos seguintes termos: a) Mudança da data-base para 1º de setembro; b) Reajuste salarial de 10,26% para os salários até R$ 3.800,00; c) Reajuste fixo de R$ 389,88 para quem ganha acima de R$ 3.800,00; d) Abono salarial de R$ 350,00 a ser pago no dia 30 de novembro/02; e) Manutenção das cláusulas sociais. MERETRIZES. Está em fase de registro o recém-criado Sindicato das Meretrizes de São Paulo que já conta com 25 diretoras e tem projetos de tirar a profissão da marginalidade de modo a permitir a contribuição para a Previdência Social objetivando a concessão de aposentadoria. Importante frisar que, a profissão mais antiga do mundo, já está reconhecida de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho. QUÍMICOS. Com data-base em 1º de novembro, a Federação dos Químicos no Estado de São Paulo, filiada à Força Sindical, representando 85 mil trabalhadores, renovou a convenção coletiva de trabalho o Sindicato patronal, nos seguintes termos: a) Reajuste salarial equivalente a 10,26%; b) Piso salarial no valor de R$ 448,76; c) Abono salarial de R$ 350,00; d) Manutenção das cláusulas sociais. MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA 1995/2001. Inobstante possa se afirmar que no período do Plano Real o emprego não parou de crescer, também é verdade que o desemprego tão pouco parou de aumentar. Segundo o diretor do Dieese para começar a recuperar se faz necessário combinar políticas de emprego setoriais e crescimento, em boa parte impulsionadas pelas exportações. Vide quadro abaixo: 3
4 MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA 1995/2001 O número médio de desempregados aumentou 49,5% Ano População Econ. Taxas de Ocupados* Desempregados* Ativa (PEA)* desemprego* , , , , , , ,6 Variação Variação Variação Variação 2001/ / / /2001 Em 1995 Outros** 10,7% O emprego caiu 14,2% na indústria e cresceu 17% no setor de serviços O rendimento médio dos ocupados caiu 21,9% entre 1995 e 2001 As mulheres eram 46,6% dos desempregados e passaram a ser 52,6% 12,14% 6,46% 49,5% 33,3% * médias anuais Distribuição dos ocupados Serviços 47,6% Em 2001 Outros** 11,6% Serviços 52,3% Comércio 17% ** Inclui construção civil e serviços domésticos Fonte: Dieese e Fundação Seade Indústria 24,7% Comércio 16,2% Indústria 19,9% COMO ESTÃO AS NEGOCIAÇÕES DOS METALÚRGICOS. SINDICATOS ESPERAM FECHAR ACORDOS NESTA SEMANA QUEM NEGOCIA TRABALHADORES EMPRESAS CUT (16 sindicatos, em dois Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) blocos, um de 12 e outro de quatro) Grupo 9 (máquinas, eletroeletrônicos e outros setores) empregados Grupo 10 (lâmpadas, estamparia e outros) Força Sindical (51 sindicatos) Montadoras (com exceção de São Bernardo, São Carlos e Taubaté)* mil empregados Fundição Siderurgia 4
5 CUT Grupo 3 (40% da base) Proposta de reajuste pelo INPC PROPOSTA FORÇA SINDICAL Grupo 3 (30% da base) Proposta (3% em novembro, 5% em janeiro e 5% de abono em dezembro) foi rejeitada Grupo 9 (55% da base) Proposta (7,5% em duas vezes) também foi recusada Grupo 3 (30% da base) Ofereceu 3% em novembro e 5% em janeiro, sem abono Montadoras (GM São Caetano) Reajuste pelo INPC para salários até R$ 4.200; para os demais, valor fixo. Proposta recusada Grupo 9 (35% da base) Proposta de 8% rejeitada Grupo 10 Também ofereceu 8% Montadoras (Campinas e São José dos Campos) Em negociação * Os sindicatos do ABC e de Taubaté fecharam, em 2001, acordo com dois anos de duração, prevendo reajuste pelo INPC. O aumento real de 2% depende da produção. Fonte: Sindicatos Posteriormente, o Grupo 3 (Autopeças, forjaria e parafusos) fechou a convenção coletiva de trabalho mantendo as cláusulas salariais e reajuste salarial nos seguintes termos: Abono de 30% pago em 3 parcelas de 10% em 5 de dezembro, 15 de dezembro e 5 de janeiro de 2003; Reajuste salarial de 9,65% a partir de janeiro de 2003; Piso salarial com aumento real de 14%. Também chegaram a bom termo as negociações evolvendo o Grupo 9 (máquinas, eletroeletrônicos entre outros) Abono de 30% pago em 3 parcelas de 10% em 5 de novembro, 20 de dezembro e 30 de janeiro de 2003; Reajuste salarial de 10% a partir de janeiro de 2003; Piso salarial com aumento real de 14%. O MERCADO DE TRABALHO NO ABC. A taxa de desemprego no ABC subiu pelo terceiro mês seguido e foi para 19,3% da População Economicamente Ativa (PEA) em setembro, o equivalente a 246 mil desempregados, 7 mil a mais do que no mês anterior e 37 mil na comparação com setembro do ano passado. Para melhor compreensão vide quadro abaixo: 5
6 O MERCADO DE TRABALHO NO ABC* Período População Economicamente Ativa (PEA) Ocupados Desempregados Setembro ,3 Agosto ,0 Setembro ,8 Distribuição dos ocupados (%) O utros** 9,71% Comércio 14,81% Serviços 46,55% Indústria 28,93% Taxa de desemprego (%) Rendimento médio (em agosto) Ocupados R$ 832 (-1,5% em relação a julho e -6,7% em relação a agosto de 2001) Assalariados R$ 908 (-1,7% e -2%) O ABC tem 13,3% dos ocupados e 13,7% dos desempregados da região metropolitana * Inclui Santo André, São Bernardo, São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra ** Inclui construção civil e serviços domésticos Fonte: Agência de Desenvolvimento Econômico, Consórcio Intermunicipal, Dieese e Fundação Seade A JORNADA DE TRABALHO NO MUNDO. A JORNADA DE TRABALHO NO MUNDO EM MUITOS PAÍSES NÃO HÁ LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA , 5 4 2, 2 3 5, , 3 4 2, 5 3 3, Alemanha (1) Argentina Espanha França (2) EUA Inglaterra Itália Japão Rússia (1) Via negociação coletiva. A dos metalúrgicos é de 36 horas (2) Jornada legal. A contratada, via acordo, que pode ser maior. Há uma limitação horas extras. Neste momento, se discute uma ampliação desse limite Obs.: As médias referem-se a 1999 e As jornadas mínimas e máxima podem variar conforme negociação coletiva Fonte: Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Dieese 6
7 ACIMA DA JORNADA LEGAL / REGIÃO METROPOLITANA DE SP Ano Indústria* Comércio* Serviços* ,2 56,0 37, ,9 57,5 36, ,7 59,1 38, ,4 61,1 39, ,4 59,2 38,2 * Porcentagem de assalariados que ultrapassaram a jornada legal Fonte: Dieese / Fundação Seade O número médio de horas trabalhadas no mundo é de horas/ano No Brasil, a média é de horas A menor é a da Holanda: horas O primeiro país a adotar as 40 horas semanais foi a França, em 1936 Fonte: Diário de São Paulo, Trabalho, 1º/12/2002, p. B6. Fontes de pesquisa: - Diário de São Paulo, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde - Boletim Dieese - Diário da Justiça - Informações obtidas junto às entidades sindicais 7
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