Política de Investimentos 2014: O Que Fazer?

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1 Outubro 2013 REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL Política de Investimentos 2014: O Que Fazer? Sumário Este trabalho tem como objetivo auxiliar os RPPSs a desenharem as suas Políticas de Investimentos para 2014, em um ambiente macroeconômico desafiador. Para tanto, destacamos algumas verdades que convém não esquecer: 1. A renda fixa tem risco 2. A volatilidade de curto prazo é inversamente proporcional à rentabilidade de longo prazo 3. A renda variável não é só o IBrX 4. O risco de crédito deveria ser parte integrante de qualquer estratégia de renda fixa 5. Ativos alternativos são somente isso: alternativos 6. O cenário do próximo ano será completamente diferente daquele previsto pelos analistas Percorrendo estes tópicos, esperamos agregar subsídios para decisões mais informadas e eficazes. O final do ano sempre marca um momento de reflexão nos RPPSs. É a hora de rever premissas, e tentar antecipar tendências no desenho da política de investimentos. Se isso é verdade sempre, em 2013 esse exercício tem sido, mais do que nunca, algo presente no dia-a-dia dos institutos. Não é para menos: tanto a renda fixa quanto a renda variável, os dois principais componentes de qualquer PI, têm apresentado performance muito aquém do desejável. Principalmente a parcela de renda fixa, que tem sido, na maior parte dos institutos, fonte de ruído e dor de cabeça. Até o fechamento do 3º trimestre, o IMA-Geral e o IMA-B, benchmarks de renda fixa mais utilizados pelos institutos, haviam rendido, respectivamente, -1,7% e -8,7%. O IBrX não tem sido melhor: acumula queda de 3,2% no mesmo período. Trata-se de uma situação inédita: pela primeira vez desde que os IMAs começaram a ser calculados, tanto os indicadores de renda fixa quanto os de renda variável estão abaixo do CDI (veja Figura 1). E, pelo andar da carruagem, esta situação não deve mudar até o final deste ano. Figura 1 Retornos excedentes sobre o CDI IBrX IMA-Total IMA-B YTD Podemos observar que, pela primeira vez desde 2002, temos a renda fixa e a renda variável rendendo abaixo do CDI. (A rentabilidade da renda fixa foi multiplicada por 8 e a rentabilidade da renda variável foi multiplicada por 2, que são as proporções típicas das PIs dos institutos). Fonte: BDS/Western Asset. Diante desses resultados, muitos institutos estão se perguntando o que fazer para recuperar essas perdas em Não temos a pretensão de oferecer respostas definitivas, mesmo porque não existe uma fórmula única para todos os institutos. O que vamos apresentar neste trabalho são alguns elementos para que os RPPSs possam pensar de maneira mais estruturada, e chegar a conclusões de acordo com suas próprias premissas e necessidades. Para tanto, vamos relembrar algumas verdades básicas, umas já conhecidas há muito tempo, outras recém chegadas. Mas todas muito importantes para aqueles que têm a responsabilidade de tomar decisões em nome dos participantes dos Regimes Próprios. Western Asset Management Company DTVM Limitada Esta publicação é de propriedade da Western Asset Management Company DTVM Limitada e é de uso exclusivo de nossos clientes, seus respectivos consultores de investimentos e terceiros interessados. Esta publicação não deve ser enviada a qualquer outra pessoa. O conteúdo deste material não poderá ser reproduzido ou utilizado sob qualquer forma sem a nossa expressa autorização. Western Asset 1 Outubro 2013

2 1. A renda fixa tem risco Esta talvez tenha sido a principal surpresa para muitos dirigentes e participantes dos RPPSs neste ano. A renda fixa, a começar pelo seu nome, sempre foi entendida como o porto seguro dos investimentos. E era de fato assim, quando a renda fixa confundia-se com a Caderneta de Poupança (onde a rentabilidade é determinada por lei, sem risco), ou com o Overnight (onde as aplicações têm maturidade de um dia). Mas não é assim quando o título tem um valor nominal e um prazo de vencimento. Não é objetivo deste trabalho explicar em detalhe como um título de renda fixa pode se desvalorizar, mas basta saber que, dependendo da taxa do dia, o valor do título pode aumentar ou diminuir pelo efeito da marcação a mercado. Estas oscilações dos preços dos títulos são diretamente proporcionais às oscilações das taxas de juros e ao prazo de vencimento dos títulos. Quanto maior for a oscilação das taxas de juros e quanto maior for o prazo do título, maior será a perda ou ganho. É neste ponto que a surpresa foi maior neste ano. Até o ano passado, a renda fixa havia mostrado o seu lado mais benigno. No período que vai de 2004 a 2012 (9 anos), o IMA-Geral rendeu 15, ao ano, enquanto o IMA-B rendeu 17, ao ano, contra um CDI de 12,6% ao ano. Ou seja, um prêmio de 2,4% ao ano para o IMA-Geral e de 4,9% ao ano para o IMA-B. No período que vai de 2009 a 2012 a coisa foi ainda mais espetacular: o IMA-Geral e o IMA-B renderam, respectivamente, 14,3% e 19,4% ao ano, contra 9,9% ao ano do CDI. Ou seja, prêmios de 4,4% e 9, ao ano em relação ao CDI, respectivamente. Estávamos muito mal acostumados. No final do ano passado, mais ou menos nesta época, vários gestores de Regimes Próprios estavam discutindo o que fazer, dado que as taxas de juros estavam muito baixas. Muitos decidiram por aumentar a duration de suas carteiras, elevando a alocação em fundos que investem em títulos de prazos mais longos. A ideia era tentar continuar obtendo as excelentes rentabilidades do passado recente, em uma ambiente de taxas de juros sensivelmente menores. Ao mesmo tempo em que esta era uma decisão que fazia sentido para o longo prazo, no curto prazo agregava risco ao portfólio, ao deixá-lo mais exposto às oscilações das taxas de juros. O mais interessante é que, mesmo aqueles institutos que não modificaram a sua carteira, estavam mais expostos ao risco do que no passado. Como podemos observar na Figura 2, a duration do IMA-B dobrou nos últimos 6 anos: Figura 2 Duration do IMA-B (em dias úteis) A duration do IMA-B subiu de 1000 para 2000 dias em 6 anos. O que equivale a dizer que o risco desse benchmark dobrou neste período. Fonte: BDS/Western Asset. Isso aconteceu porque o Tesouro Nacional conseguiu alongar o perfil de sua dívida ao longo deste período. O efeito disto foi uma maior volatilidade deste benchmark. Na Figura 3, podemos observar como a volatilidade do IMA-B, depois de permanecer baixa no período que vai de 2009 a 2011, aumentou de maneira significativa em 2

3 2012 e, principalmente, Mas o mais interessante é comparar a volatilidade do IMA-B com a das taxas de juros das NTNs-B. Podemos notar na Figura 3 que a volatilidade das taxas de juros em 2013 está sendo praticamente a mesma que observamos em No entanto, a volatilidade do IMA-B em 2013 é 4 pontos percentuais superior. Uma outra forma de perceber o mesmo fenômeno é comparar a volatilidade de 2010 com a de 2013: a volatilidade das taxas de juros dobrou, enquanto a volatilidade do IMA-B triplicou neste mesmo período. O efeito para as carteiras cujo benchmark é o IMA-B, ou mesmo o IMA-Geral, foi desastroso, como podemos observar na figura 4. Figura 3 Volatilidade anual do IMA-B e das taxas das NTNs-B 12, IMA-B (esquerda) NTN-B 2024 (direita) 1,8% 10, 1,6% 8, 1,4% 6, 1,2% 4, 1, 2, 0,8% 0, A volatilidade das taxas de juros aumentou em 2013, mas a volatilidade do IMA-B aumentou mais do que proporcionalmente. Fonte: Western Asset/Economática. Figura 4 Impacto do aumento das taxas na rentabilidade do IMA-B 0,6% 1,0 Duration (direita) Aumento da taxa (esquerda) , Aumento da taxa 0,6 0,4 0, Duration (d.u.) 0,0-4,52% -3,83% -3,38% -2,79% mai/13 out/08 mai/06 jun/13 Aqui mostramos os quatro piores retornos mensais do IMA-B (retornos na parte inferior das barras). Podemos observar que, mesmo com um aumento de taxa de apenas 65 pontos-base em maio, o IMA-B perdeu bem mais que em out/08 e mai/06, quando as taxas subiram entre 90 e 100 pontos-base. Isso aconteceu porque a duration do IMA-B é bem superior agora. Fonte: BDS/Western Asset. A única forma de diminuir a volatilidade e potenciais perdas de curto prazo é diminuindo a duration da parcela de renda fixa. Uma ideia, por exemplo, seria reduzir a posição em fundos que aplicam em títulos de prazo mais longo, como aqueles que possuem o IMA-B5+ como benchmark. Por exemplo, vamos assumir que a carteira de um determinado instituto fosse composta integralmente por fundos passivos de benchmark IMA-Geral no início de Dessa forma, a duration do portfólio seria de 700 dias, igual à do índice naquela data. Com a atual duration do índice por volta de 885 dias, mesmo o instituto não tendo feito uma única movimentação neste intervalo, a sua duration já teria aumentado em 185 dias, um incremento de quase 3! Uma mudança nada desprezível. Para retornar à duration inicial, seria preciso mudar o alocação do Instituto para 79% IMA-Geral e 21% CDI. Assim, o risco assumido seria o mesmo que o verificado no início de A decisão de reduzir a duration, no entanto, traz consigo um efeito indesejado: a redução do potencial de ganhos em prazos mais longos, como veremos a seguir. 3 0

4 2. A volatilidade de curto prazo é inversamente proporcional à rentabilidade de longo prazo Investimento de risco é para o longo prazo. Este é um truísmo que já ouvimos inúmeras vezes. Mas a economia brasileira parece desafiar os mais bem estabelecidos conhecimentos sobre finanças. Aqui, o que está escrito nos livros parece não funcionar, e o risco parece não valer a pena. Mas será isto uma realidade, ou apenas uma sensação agravada pelos resultados dos últimos anos? Para testar esta hipótese, nada melhor do que fazer um levantamento do histórico dos ativos de risco no Brasil. Testaremos as duas variáveis que vêm sendo contestadas: o IBrX e o IMA-Geral. Comecemos observando as Figuras 5A e 5B, onde apresentamos os retornos do IBrX em janelas de 5 e 10 anos, respectivamente: Figura 5A Retornos anualizados do IBrX em excesso sobre o CDI (janelas de 5 anos) Figura 5B Retornos anualizados do IBrX em excesso sobre o CDI (janelas de 10 anos) 7% 6% 4% 3% 2% 1% Retornos anualizados do IBrX em excesso sobre o CDI em janelas de 5 e 10 anos. Note como a volatilidade dos retornos em 10 anos é bem menor do que em janelas de 5 anos. Fonte: Economática/Western Asset. Observe como, em janelas de 5 anos, os retornos do IBrX em relação ao CDI é errático: há períodos espetaculares (como o que vai de 2003 a 2007, quando o IBrX rendeu quase 2 ao ano acima do CDI), alternando-se com períodos bastante ruins. Nos últimos três períodos de 5 anos, por exemplo, o retorno do IBrX ficou abaixo do retorno do CDI. Da mesma forma, no período que vai de 2008 a 2012, o IBrX rendeu quase 1 ao ano abaixo do CDI. Não é à toa que o humor do mercado em relação à bolsa não está dos melhores. 4

5 Mas agora observe o segundo gráfico: a única diferença deste para o anterior é a janela de medição da rentabilidade. Note como, neste caso, temos um comportamento muito mais constante e, o que é mais importante, positivo. Em janelas de 10 anos, o IBrX rendeu, nos últimos 18 anos, entre 4% e 7% ao ano acima do CDI, mesmo considerando a péssima rentabilidade dos últimos cinco anos. Parece livro-texto, mas é o mercado brasileiro. Vamos a um outro exemplo, desta vez na renda fixa. Observe as Figuras 6A e 6B a seguir: Figura 6A Retornos anualizados do IMA-G em excesso sobre o CDI (janelas de 2 anos) 4% 3% 2% 1% -1% -2% -3% Figura 6B Retornos anualizados do IMA-G em excesso sobre o CDI (janelas de 5 anos) 3, 3, 2, 2, 1, 1, 0, 0, Retornos anualizados do IMA-G em excesso sobre o CDI, em janelas móveis de 2 e 5 anos. Também aqui a volatilidade dos retornos diminui muito em janelas maiores. Fonte: Economática/Western Asset. Em renda fixa, infelizmente não temos um histórico tão longo quanto na renda variável. Aliás, este talvez seja o principal motivo pelo qual a atual volatilidade da renda fixa tenha pego tantos de surpresa. Afinal, não temos histórico suficiente, e esta é a primeira vez que observamos um retorno tão ruim desta classe de ativo. No primeiro gráfico, podemos observar que, nos últimos dois anos, o IMA-Geral rendeu 2, ao ano abaixo do CDI. É a primeira vez que isso acontece, mas certamente não será a última. Nos próximos anos, na medida em que os prazos dos títulos públicos continuarem a aumentar, esses eventos deverão ser mais frequentes. Mas vejamos agora o segundo gráfico: observe que, a exemplo do IBrX, o IMA-Geral também apresenta uma rentabilidade mais estável em janelas maiores (neste caso, cinco anos), algo entre 1, e 2, ao ano em excesso sobre o CDI. O período de 2007 a 2012 foi um ponto fora da curva, que não deve repetir-se. 5

6 Obviamente, o passado pode não se repetir no futuro. A rentabilidade de alguma janela mais longa pode vir a decepcionar. Mas o mais provável é que, como predizem os livros de finanças, o risco compense no longo prazo em uma economia estável. Assim, diminuir o risco do portfólio significa comprar tranquilidade no curto prazo às custas de um retorno mais modesto no longo prazo. Aqueles que tomam decisões em nome dos RPPSs devem ter sempre isso em mente. 3. A renda variável não é só o IBrX A bolsa brasileira tem colocado um desafio a todos aqueles que acreditam que o risco compensa no longo prazo. Vimos no item 2 que, observando janelas de tempo suficientemente longas, investimentos em bolsa acabam por valer a pena. Mas esta não é, definitivamente, a sensação para quem vem acompanhando a bolsa brasileira nos últimos 5 anos. Quando falamos de bolsa, no entanto, precisamos definir exatamente o que queremos dizer com isso. Na maior parte dos casos, principalmente entre os gestores previdenciários, falar de bolsa é falar sobre o IBrX. Mas a bolsa é mais que isso. Há subconjuntos de ações que podem oferecer uma diversificação interessante de risco. Para mostrar isso, vamos avaliar quatro índices que medem a rentabilidade de certos subconjuntos de ações do mercado local. São eles o SMLL (small caps), IDIV (ações que pagam dividendos), ISE (empresas com práticas de sustentabilidade) e IGC (empresas com boa governança corporativa). Observe a Figura 7: Figura 7 Relação Risco (Beta) x Retorno dos benchmarks de RV: e 2012 Retorno Retorno CDI CDI IDIV 2007 IBrX 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1, ,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 Beta Beta IDIV IBrX ISE IGC SMLL IGC SMLL ISE -3 IBrX ISE -4 IGC -5-6 SMLL 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 Comportamento do SMLL, IDIV, ISE e IGC em relação ao IBrX. Os losangos cinzas representam o retorno real de cada índice naquele ano, e o seu beta em relação ao IBrX. Já os pontos azuis representam um portfólio fictício, formado pela combinação do IBrX com o CDI, com o mesmo beta dos índices SMLL, IDIV, ISE e IGC. Se o losango estiver acima ou abaixo do ponto, significa que aquele índice gerou um retorno em excesso ao seu risco sistêmico (alfa). Ou seja, o beta sozinho não explica o seu retorno, o que mostra um retorno não correlacionado com o IBrX. Fonte: BDS/Western Asset. Retorno Retorno CDI CDI 2008 Beta 2012 IDIV 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 Beta ISE IDIV IBrX SMLL IGC 6

7 Podemos observar acima quatro gráficos, mostrando quatro anos completamente diferentes entre si: 2007 (um ano bom), 2008 (um ano catastrófico), 2009 (um ano espetacular) e 2012 (um ano morno). Não há uma regra única. O SMLL, por exemplo, se sobressai em 2009 e Já o IDIV consegue alfas positivos em todos os anos menos em 2009, quando empata com o IBrX, ajustado pelo risco. Por fim, o ISE e o IGC têm comportamento semelhante: se sobressaem em 2012 e perdem em 2007, ficando mais ou menos empatados com o IBrX (ajustados pelo risco) em 2008 e Como se pode perceber, não há uma regra ex-ante que defina se um índice é bom ou ruim em um ano bom ou ruim. O IDIV parece ser superior aos outros, mas a amostra é muito pequena para se tirar conclusões definitivas. Uma coisa, no entanto, parece certa: a diversificação para outros índices agrega alfa não correlacionado ao IBrX ao portfólio, o que pode ser uma alternativa interessante para aqueles institutos não confortáveis em relação ao IBrX. Uma outra alternativa de exposição à bolsa, mas fora do mercado brasileiro, é o S&P500, principal índice da bolsa dos Estados Unidos. A BM&FBovespa passou a negociar o contrato futuro de S&P500 no mercado local, o que permite exposição à bolsa norte-americana sem precisar investir no exterior. A Western Asset, atenta à demanda de seus clientes, criou um fundo de investimento que permite investir nos contratos futuros de S&P500 de maneira rápida e sem complicação. Trata-se do fundo Western Asset US Index 500 FI Multimercado, que além dos benefícios proporcionados pelo contrato negociado na bolsa local, ainda proporciona um ganho adicional em relação ao S&P500 em virtude do diferencial de taxa de juros entre o mercado brasileiro e o americano. E o que é melhor, provendo liquidez diária, característica pouco comum a investimentos no exterior. Esta é mais uma oportunidade de diversificação dentro do mercado de renda variável. 4. O risco de crédito deveria ser parte integrante de qualquer estratégia de renda fixa Como vimos no item 1 acima, a renda fixa tem risco. Este fato, descoberto a duras penas pelos RPPSs, deveria ser estendido ao risco de crédito. Muitos institutos querem o risco de crédito em suas carteiras, desde que não ocorra nenhum evento de default. Para conseguir isso, adotam limites ainda mais conservadores que o permitido pela legislação para alocação em fundos de crédito. O resultado é, via de regra, um retorno muito limitado dessa classe de ativo. No futuro (e o futuro está mais perto do que imaginamos), o crédito será uma fonte muito importante de retorno, assim como ocorre nos mercados mais desenvolvidos. Abrir mão dessa fonte provavelmente significará obter resultados cada vez mais pífios da parcela de renda fixa das carteiras. Mas para que a estratégia seja efetiva, é necessário abrir mais espaço para alocação em fundos de crédito privado mais arriscados e o mais importante, escolher gestores que possuam experiência neste segmento. Para exemplificar, falaremos um pouco sobre o mercado de crédito High Yield, que contempla os títulos privados com grau de risco mais elevado, ainda que esses ativos não sejam permitidos pela legislação atual. Não há ainda um mercado maduro de High Yield no Brasil, mas haverá no futuro. É preciso, portanto, que os Institutos entendam esse mercado e estejam preparados, pois à medida que as taxas de juros no Brasil se acomodem em patamares cada vez mais baixos, esses títulos passarão a ser um mal cada vez mais necessário, o que deverá impor uma mudança na legislação em algum momento do tempo. No mercado de High Yield, o default não é um evento extremo. Ele faz parte da regra do jogo. Assim como em um portfólio de ações algumas sobem e outras caem, em um portfólio de crédito High Yield, alguns emissores pagam, alguns atrasam e alguns não pagam. O que importa, no final do dia, é se o portfólio como um todo apresentou performance compatível com o seu risco. 7

8 Como dissemos, este mercado existe ainda de maneira incipiente no Brasil. Vejamos como este setor se comportou em um mercado maduro como o norte-americano, na Figura 8. Podemos observar que o setor de High Yield pode apresentar ganhos e perdas extraordinários, dependendo do ano. O que importa, ao final do dia, é o retorno obtido. E este claramente compensou o risco da classe de ativo. Figura 8 Ganhos/perdas em relação às treasuries dos diversos setores de crédito no mercado americano * Total US Agency US MBS US ABS US Investment Grade Credit US High Yield Credit Emerging Markets Setores representados pelos índices US Barclays. Todos os números em pontos-base. * Até agosto/13. Fonte: Barclays. Não custa repetir o quanto é importante que o gestor tenha expertise neste mercado. Na Figura 9, podemos observar duas coisas: 1) que sempre existe certo nível de default na indústria. Por exemplo, em 2009, mais de 13% dos emissores não pagaram suas obrigações. Trata-se de um ponto fora da curva, é verdade, mas em todos os anos há algum nível de default, por menor que seja. O default é natural, e esperado. 2) que a Western Asset possui um histórico invejável nesta classe de ativo. No período de 1997 a 2012, conseguiu obter, em todos os anos, menor nível de default do que a indústria como um todo. É deste modo que se agrega valor à carteira de crédito. Figura 9 Média das taxas de default da indústria ,3 8,8 7,4 7,0 6,6 4,5 3,7 3,8 4,0 4,1 4,7 4,8 5,1 5,4 5,6 5,7 5,9 2,9 2,9 3,2 3,3 1,4 1,6 1,6 1,9 2,0 2,3 TAXA DE DEFAULT WA Construção Civil Energia Miscelânea Saúde & Farmacêutica Computadores & Eletrônica Varejo Químicos Materiais de Construção Indústria Produtos de Consumo Mineração & Siderurgia Alimentação, Bebidas & Fumo Supermercados Seguros Diversão & Entretenimento Jogos, Hotelaria & Restaurantes TAXA DE DEFAULT MERCADO Midia Cabo Papel & Embalagens Tecidos & Móveis Utilidades Bancos & Financeiras Transportes Automóveis Telecomunicações Taxa de default** Ano WAM US HY ,0 2,34% ,56% 3, ,0 5,84% ,57% 7,64% ,63% 11,93% ,88% 7,77% ,6 6,06% ,0 3, ,6 2,61% ,5 2, ,0 1,41% ,97% 5,56% ,62% 13, ,47% 3, ,81% 1,82% ,1 3,2 Média 1,4 5,13% Taxas médias de default por setor, da indústria de High Yield como um todo e da carteira da Western Asset. ** Percentual dos emissores. Fonte: Fitch/Moody s/western Asset. 8

9 Os intitutos de previdência deveriam abrir, em suas Políticas de Investimento, espaço para esta classe de ativo. E sempre tendo em mente que o default faz parte do jogo, e o que importa é a rentabilidade final da carteira de crédito. 5. Ativos alternativos são somente isso: alternativos Na medida em que as taxas de juros foram recuando, e a bolsa não compensou essa perda de rentabilidade, os chamados ativos alternativos invadiram o imaginário dos gestores previdenciários como a panaceia para todos os seus problemas. Há aquela sensação de que deve existir, em algum lugar do mercado financeiro, ativos que proporcionem retorno a um risco razoável. A boa notícia é que, de fato, esses ativos existem. A má, é que, via de regra, estão em mercados muito pouco líquidos, e com riscos de difícil mensuração. Vejamos três dos mais conhecidos: 1) Fundos imobiliários: os fundos imobiliários são uma solução interessante para a diversificação dos portfólios no mercado de imóveis. Possuem uma liquidez muito superior à compra pura e simples de imóveis, e permitem diversificação em vários setores do mercado imobiliário, como lajes corporativas, shoppings, residencial, etc. No entanto, por maior que seja a liquidez, esta é ainda muito limitada. Para se ter uma ideia, a média diária de negociação dos Fundos Imobiliários na Bovespa foi de R$ 28 milhões neste ano, contra R$ 6,6 bilhões do mercado acionário. Mesmo o volume de debêntures, mercado conhecido por ser pouco líquido, negociou uma média de R$ 640 milhões por dia neste ano, ou quase 23 vezes mais. Não que não se possa ter ativos não líquidos no portfólio. Pelo contrário, esta é uma característica que deveria ter importância menor para os RPPSs, dado o perfil dos seus passivos. Mas é preciso ter essa característica em mente quando se opta por este tipo de investimento. Outra característica importante, e muitas vezes negligenciada, é que o fundo imobiliário não é um ativo de renda fixa. Parece óbvio, mas muitos se esquecem deste fato, ao considerar o fundo imobiliário simplesmente como um ativo que gera renda. A cota do fundo imobiliário pode oscilar de maneira relevante, e o que é mais importante, pode não gerar aquela renda esperada. Nesse sentido, o fundo imobiliário guarda mais semelhanças com uma ação do que com uma NTN-B. 2) Fundos de participações: se os fundos imobiliários têm baixíssima liquidez, os fundos de participações não têm nenhuma. E isto é característica intrínseca desses ativos. Uma vez aceita esta característica, o dirigente deve considerar a natureza desse tipo de ativo. Trata-se de participar de uma empresa em seus estágios iniciais, antes de abrir o seu capital em bolsa. A natureza, portanto, é a mesma da bolsa, com maior risco e maior potencial de retorno. Cabe, então, a pergunta: se a bolsa não conta com a simpatia de grande parte dos dirigentes de RPPSs, por que então os fundos de participações teriam esta simpatia? Uma possível resposta estaria na composição do IBrX e do Ibovespa, dominada por setores potencialmente sujeitos a interferências governamentais e, portanto, com valorização limitada. Os ativos alternativos são, sem dúvida e sem trocadilho, uma alternativa interessante para a diversificação dos portfólios dos RPPSs. Mas estão longe de ser a solução para o problema da baixa rentabilidade. 9

10 6. O cenário do próximo ano será completamente diferente daquele previsto pelos analistas Muitos dirigentes de RPPSs, ao pensarem na Política de Investimento, perguntam aos seus gestores e consultores o cenário econômico que esperam para o ano seguinte. Este talvez seja o maior erro na elaboração de uma PI. E por dois motivos: 1) uma Política de Investimento deveria ser elaborada com base em um horizonte de longo prazo, e considerando-se os passivos do instituto e sua aversão a risco. Deveria guardar pouca relação com o cenário econômico de curto prazo. O gestor de fundos, este sim, seria o responsável pelos movimentos táticos em torno do que foi definido na PI, com base em seu próprio cenário de curto prazo. Assim, a PI indicaria a direção estratégica dos investimentos, e deveria mudar muito pouco de um ano para o outro, dado que o passivo do instituto e seu apetite por risco não mudam radicalmente de um ano para o outro. 2) Os analistas, na média, acertam pouco o cenário do ano seguinte. Veja a Figura 10 e note que, raramente, os números das principais variáveis macroeconômicas previstas no Relatório Focus do Banco Central se confirmam no final do ano seguinte. Figura 10 Relatório Focus: previsões x realizado 14% 12% 1 8% 6% 4% IPCA Previsto Realizado 2% % 7% 6% 4% 3% 2% 1% PIB Previsto Realizado -1% % 2 23% 21% 19% 17% 1 13% 11% 9% 7% Fonte: Relatório Focus / IBGE Selic Previsto Realizado Fonte: Relatório Focus / IBGE Dólar Previsto Realizado 1, Fonte: Relatório Focus / BC Comparação entre as previsões do Relatório Focus no final do ano anterior contra os números realizados. Variáveis analisadas: IPCA, crescimento do PIB, Selic no final do ano e dólar no final do ano. Fonte: Relatório Focus/IBGE. 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 Fonte: Relatório Focus / Bloomberg Alguns poderiam argumentar que acertar o número é difícil mesmo, mas o que importa é acertar a direção da variável: por exemplo, a inflação vai subir ou cair no ano seguinte? Podemos ver o resultado na Figura 11. Com exceção da previsão para o PIB, que tem um índice de acerto da direção acima de 8, os outros índices contam com índice de acerto perto de se jogar uma moeda. O caso do dólar é ainda pior: os analistas ouvidos pelo BC acertaram a direção do câmbio no ano seguinte em menos da metade dos anos. 10

11 Figura 11 % Acerto dos analistas econômicos IPCA PIB Selic Dólar Acerto 67% 83% 64% 36% Índice de acerto da direção da variável macroeconômica: o verde significa que os economistas acertaram a direção, o vermelho significa que erraram. Fonte: BC. Isso significa que os analistas econômicos são ruins? De maneira nenhuma! Os analistas nos dão as ferramentas para pensar a economia, e é sempre muito difícil resumir todas as premissas adotadas em um único número. Além do mais, estamos falando da opinião média dos analistas, que é o que representa o Relatório Focus. Como em todas as profissões, há analistas econômicos mais e menos habilidosos. Como, no entanto, é impossível, a priori, saber qual analista acertará a sua previsão, os institutos costumam coletar as opiniões dos seus gestores e consultores, e fazer então uma média. O resultado, previsível, é o que vimos nas duas figuras citadas. O portfólio estratégico, aquele determinado na Política de Investimento, deveria sair do estudo do passivo da entidade e de sua tolerância ao risco. E o instituto deveria deixar os cenários econômicos para os gestores de fundos tomarem decisões táticas de curto prazo. Concluindo O desenho da Política de Investimento é a decisão mais importante de um Regime Próprio. Esperamos, com as sugestões deste trabalho, ter colaborado para que este processo se desenvolva de maneira mais informada e eficiente. As opiniões, estimativas e previsões apresentadas neste material, constituem julgamento dos gestores da Western Asset Management Company DTVM Limitada ('"Western Asset") baseadas nas condições atuais do mercado e estão sujeitas a mudanças sem aviso prévio. A Western Asset acredita que as informações apresentadas neste material são confiáveis, mas não garante sua exatidão. Este material não tem o propósito de prestar qualquer tipo de consultoria financeira, recomendação de investimentos, nem deve ser considerado uma oferta para aquisição de produtos da Western Asset. Recomenda-se ao leitor consultar seus analistas e especialistas particulares antes de realizar qualquer investimento. A Western Asset não se responsabiliza pelas decisões de investimento tomadas pelo leitor. 11

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