INFLUÊNCIA DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS E DIFERENTES TIPOS DE BANDEJAS NA CULTURA DA ALFACE 1

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1 INFLUÊNCIA DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS E DIFERENTES TIPOS DE BANDEJAS NA CULTURA DA ALFACE 1 Samuel Angelo P. Carneiro 2, Wilson Itamar Godoy 2, Dione Farinacio 2, Vandersson Wurtzius 2 RESUMO Avaliou-se a influência de diferentes substratos e tipos de bandeja na cultura da alface (Lactuca sativa L.) na fase de produção de mudas e campo, no período de abril a junho de 2009, no município de Pato Branco-PR. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, onde foram avaliados cinco substratos alternativos, em dois tipos de bandejas de poliestireno expandido (200 e 288 células) com 4 repetições. Na fase de produção de mudas, o tratamento T 02 (solo esterilizado, vermiculita fina, esterco bovino, (2:1:1) foi o que obteve as maiores médias, seguido pelos tratamentos T 03 (solo esterilizado, fibra de coco, esterco bovino 2:1:1) e T 04 (solo esterilizado, carvão vegetal composto de esterco bovino 2:1:1) que em algumas avaliações não diferiram estatisticamente do T 02. Já o substrato T 05 Plantmax HA foi o que apresentou as menores médias diferindo estatisticamente dos demais tratamentos em todas as avaliações, exceto para a porcentagem de emergência, onde não ocorreu significância entre os tratamentos. Para o fator bandeja, as com 200 células apresentaram maiores médias diferindo estatisticamente das bandejas com 288 células. Na fase de campo confirma-se a tendência da produção de mudas, onde o tratamento T 02 obteve as maiores medias diferindo estatisticamente dos demais tratamentos. O tratamento T 05 seguiu com as menores médias como já havia apresentado na produção de mudas. PALAVRAS-CHAVE: Lactuca sativa L., substratos, bandejas. INFLUENCE OF ALTERNATIVE SUBSTRATES AND DIFFERENT TRAYS ON LETTUCE ABSTRACT We evaluated the influence of the substrate and tray types on the growth of lettuce (Lactuca sativa L.) during seedling production in the period of April to June 2009, in Pato Branco- 1 Artigo apresentado no VII ENSub, de setembro de 2010, Goiânia, Goiás 2 UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Pato Branco, PR, Brasil. s: spcsamuk@gmail.com, wigodoy@gmail.com, dionefarinacio@hotmail.com, wvvandersson@hotmail.com

2 PR. We used a randomized experimental design. Were evaluated five alternative substrates, two types of polystyrene trays (200 and 288 cells) with four replications. In the seedling stage, the treatment T 02 (sterilized soil, fine vermiculite, cattle manure (2:1:1) was that obtained the highest average, followed by treatments T 03 (sterilized soil, coconut fiber, manure veal 2:1:1) and T 04 (sterilized soil, charcoal made from cattle manure 2:1:1) that in some evaluations did not differ from T 02. Since the substrate Plantmax T 05 AH which was submitted lower means differing from the other treatments at all assessments, except for the percentage of emergency, where there was no significant difference among the treatments. For factor pan, with the 200 cells had higher average differing significantly from the trays with 288 cells. In the phase field confirms the trend of seedling production, where the T 02 treatment had the highest averages differing from the other treatments. T 05 where treatment was followed with the lowest average as he had already presented in the production of seedlings. KEY-WORDS: Lactuca sativa L., substrates, growing media, trays. INTRODUÇÃO Atualmente as mudas de alface são produzidas em bandejas, método que segundo Filgueira (2000) proporciona melhor rendimento operacional em quantidade de sementes, uniformização das mudas, controle fitossanitário, condições que permitem colheitas precoces. Considera-se substrato agrícola o produto resultante do preparo artificial de materiais, tanto de origem orgânica, quanto mineral, misturados ou não, normalmente utilizados para o desenvolvimento de mudas em recipientes ou embalagens, enraizamento de estacas e germinação de sementes. É composto por uma fração sólida e outra porosa, preenchida por ar e água. O substrato promove o suporte das plantas, regula a disponibilidade de ar, água e nutrientes, tornando-se imprescindível adequar às características químicas e físicas da sua composição para que se alcance as melhores condições de crescimento das plantas (Fermino, 1996). Em seus estudos, Gomes et al. (1991) destacaram a vermiculita, a compostagem orgânica, o esterco bovino, a moinha de carvão, o material de subsolo, a serragem, o bagaço de cana, a acícula de pínus e a turfa como fontes potenciais de serem utilizadas na composição de substratos para produção de mudas. Entretanto, o grande desafio para a implantação plena de um sistema de produção de mudas está relacionado ao custo do substrato e a formulação de um substrato que reúna em suas características boa capacidade de retenção de água, suporte

3 de nutrientes, boa aeração, baixa resistência à penetração das raízes e boa resistência à perda de estrutura, uma vez que este representa um grande percentual no custo final da muda, existindo poucos estudos que apresentem alternativas viáveis para a sua produção ao nível regional. Os melhores resultados para a produção de mudas tanto de alface como de outras culturas são sempre em bandejas com menor número de células, devido ao maior volume de substrato depositário do sistema radicular o que proporciona melhor suprimento dos fatores de produção influentes no crescimento e o desenvolvimento das mudas (Menezes Júnior et al, 2000). Neste sentido, Latimer (1991) também afirma que para a produção de mudas de alta qualidade, um dos fatores que deve ser considerado é o tamanho do recipiente ou da célula da bandeja, condição essa que afeta diretamente o desenvolvimento e a arquitetura do sistema radicular. No entanto os produtores de alface têm dado preferência a bandejas de 200 células, muito embora, existam produtores que utilizam as de 128 e/ou 288 células, ignorando as pesquisas que apontam que o volume da célula afeta diretamente o desenvolvimento radicular, tendo implicações no desenvolvimento das mudas (GCP, 2008). Em relação a bandejas de 288 células, essas apresentam prejuízo ao comportamento das plantas, afetando a arquitetura, o desenvolvimento, o peso, a qualidade e conseqüentemente, a produção final, devido ao menor volume de substrato disponível a planta (Janick, 1986). O objetivo deste trabalho foi desenvolver e avaliar diferentes substratos alternativos compostos por materiais facilmente disponíveis na região Sudoeste do Paraná realizando suas analises e possíveis correções, acondicionado em dois tipos de bandejas para produção de mudas de alface. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado nas dependências da UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Pato Branco, sendo constituído de duas fases, a primeira fase de produção de mudas em casa de vegetação e a segunda fase o transplantio das mudas a campo, ambas com sistema de irrigação por microasperssão. Foram avaliados cinco substratos, sendo suas características químicas apresentadas na Tabela 1. Suas formulações foram nas seguintes proporções em volume: T 01-solo esterilizado, vermiculita fina, húmus de minhoca (2:1:1) ; T 02- solo esterilizado, vermiculita fina, esterco bovino (2:1:1); T 03- solo esterilizado, fibra de coco, esterco bovino (2:1:1); T 04- solo esterilizado, carvão vegetal composto de esterco bovino (2:1:1); T 05-Plantmax HA, tendo como planta teste a alface crespa cultivar Jullie.

4 Tabela 1 - Teores disponíveis de nutrientes e propriedades químicas dos substratos utilizados no experimento. (UTFPR, Pato Branco-PR, 2009). SUBSTRATOS ph M.O. P K Cu Fe Zn Mn CaCl 2 g.dm -3 mg.dm -3 T01 5,70 68,35 105, ,43 3,95 91,01 16,77 137,80 T02 5,20 72,37 67, ,38 3,51 117,86 10,46 140,68 T03 5,10 80,41 56, ,30 6,08 178,36 9,91 124,09 T04 5,90 87,11 105,09 617,78 2,35 74,05 18,99 137,35 T05 5,50 95,16 102,19 488,75 0,71 186,36 2,24 57,96 SUBSTRATOS Ca Mg Al +3 H+Al SB Saturação. Al cmol c.dm -3 % T01 5,20 8,03 0,00 5,98 15,968 0,00 72,74 T02 7,70 2,89 0,00 6,53 13,77 0,00 63,83 T03 4,46 4,37 0,04 5,98 12,13 0,33 66,98 T04 8,69 3,70 0,00 5,01 13,97 0,00 73,60 T05 12,32 9,04 0,00 4,59 22,61 0,00 83,13 P-Fósforo; K-Potássio; Ca-Cálcio; Mg-Magnésio; Al-Alumínio; H+Al-Acidez Potencial; SB-Soma de Bases; V- Saturação em Bases; M.O-Matéria Orgânica; Sat.Al-Saturação por alumínio; Cu-Cobre; Fe-Ferro; Zn-Zinco; Mn-Manganes. O experimento constituiu-se de 10 tratamentos em esquema bifatorial (5 tipos de substratos x 2 tipos de bandejas), em delineamento inteiramente casualizado, com 4 repetições. As bandejas utilizadas foram as poliestireno com 200 células e com 288 células. Cada tratamento teve como área útil as 64 plantas centrais das bandejas. Na fase de produção de mudas a avaliação foi realizada aos 27 dias após a semeadura. As variáveis avaliadas foram: comprimento do sistema radicular e parte aérea, contagem de plântulas emergidas onde foi avaliada a partir do aparecimento da primeira plântula e se estendeu até o sétimo dia após a emergência da primeira plântula, área foliar que foi medida através do integrador de área foliar LI COR, modelo LI 3100, determinação da fitomassa fresca da parte aérea e fitomassa fresca do sistema radicular foi realizando a pesagem em uma balança de precisão, para a determinação da fitomassa seca da parte aérea e fitomassa seca do sistema radicular as amostras foram colocadas em sacos de papel e acondicionadas em estufas de secagem a 55ºC, ao atingirem peso constante foram pesadas novamente. Na fase de transplantio aos 27 dias após a semeadura, foram transplantadas 16 plantas de cada tratamento, para canteiros (Latossolo vermelho distrófico segundo classificação da V

5 Embrapa (1997) corrigidos e adubados de acordo com o Manual de adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (SBCS 2004). Ao completarem 40 dias no campo após o transplantio, foram avaliadas as seguintes variáveis: número de folhas por planta, comprimento do sistema radicular e parte aérea e área foliar medida com o mesmo método utilizado na produção de mudas. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância utilizando-se o programa SISVAR e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (Ferreira 1999). RESULTADOS E DISCUSSÃO Analisando-se a Tabela 2 é possível observar que para altura de planta, comprimento radicular, área foliar, fitomassa fresca e seca da parte aérea e fitomassa fresca e seca do sistema radicular as maiores médias observadas foram para o tratamento T 02 diferindo estatisticamente dos demais tratamentos. Esse resultado é devido ao bom teor de nutrientes desse substrato (Tabela 1). Os resultados encontrados nesse trabalho vem a corroborar com Mello et al. (2000), os quais afirmam que o tipo de material orgânico influencia na produção final das plantas, sendo que o substrato que se sobressaiu foi aquele composto por esterco bovino. Neste mesmo sentido Menezes Junior et al. (2000) verificaram que os substratos que têm na sua composição material orgânico, apresentam melhores propriedades físicas, químicas e físico-química para a produção de mudas de alface. As menores medias em todas as variáveis avaliadas foram observadas no tratamento T 05, devido a uma possível insuficiência do substrato em disponibilizar nutrientes as plântulas, principalmente de nitrogênio, onde as mesmas apresentaram coloração amarelada nos cotilédones e nas folhas definitivas. De acordo com Ferri (1979) o nitrogênio é importante no metabolismo de compostos dentre eles os aminoácidos, proteínas, clorofila, alcalóides, amidas, coenzimas, vitaminas, pigmentos e outros compostos, atuando na multiplicação celular e no crescimento dos órgãos vegetais, sendo necessário desde a germinação até a colheita da alface. Neste mesmo sentido para Kämpf (2000), os substratos que obtiveram baixo rendimento estão fora do equilíbrio, o que deve ocorrer entre os nutrientes contidos em um substrato adequado, podendo ajudar a explicar as menores médias obtidas nesse substrato T 05, independente do modelo de recipiente utilizado, como demonstra a Tabela 2.

6 Tabela 2 - Dados médios de área foliar (cm 2 ), fitomassa fresca e seca da parte aérea (g), fitomassa fresca e seca do sistema radicular (g), emergência (%), altura da parte aérea (cm), e comprimento de raiz (cm) das mudas de alface 27 dias após a semeadura. Substratos Médias Área foliar cm 2 T ,62 ca 191,68 bb 199,15 d T ,49 aa 210,66 ab 277,57 a T ,90 ba 193,61 bb 251,76 b T ,46 ba 183,93 cb 243,69 c T 05 25,52 da 18,19 db 21,86 e Médias 238,00 A 159,61 B CV (%) 1,89 Fitomassa Fresca da Parte Aérea g T 01 6,53 ca 4,58 cb 5,55 d T 02 11,54 aa 6,49 ab 9,01 a T 03 8,65 ba 5,00 bb 6,82 b T 04 8,81 ba 4,91 bcb 6,86 c T 05 0,99 da 4,58 da 0,88 e Médias 7,30 A 4,35 B CV (%) 3,13 Fitomassa Seca da Parte Aérea g T 01 0,28 ca 0,17 bb 0,22 c T 02 0,44 aa 0,26 ab 0,35 a T 03 0,34 ba 0,18 bb 0,26 b T 04 0,34 ba 0,18 bb 0,26 b T 05 0,04 da 0,03 ca 0,03 d Médias 0,28 A 0,16 B CV (%) 9,59 Fitomassa Fresca do Sistema Radicular g T 01 1,60 ca 1,10 cb 1,35 c T 02 2,31 aa 1,72 ab 2,02 a T 03 1,97 ba 1,34 bb 1,66 b T 04 1,96 ba 1,32 bb 1,64 b T 05 0,24 da 0,18 da 0,21 d Médias 1,62 A 1,13 B CV (%) 6,80 Fitomassa Seca do Sistema Radicular g T 01 0,07 ca 0,05 ca 0,06 c T 02 0,10 aa 0,07 aa 0,09 a T 03 0,08 ba 0,06 ba 0,07 b T 04 0,08 ba 0,05 ba 0,07 b T 05 0,01 da 0,007 da 0,009 d Médias 0,07 A 0,05 B CV (%) 5,52 Comprimento de Raiz cm T 01 7,6 aa 7,02 ab 7,31 a T 02 7,95 aa 7,20 ab 7,57 a T 03 7,67 aa 7,02 ab 7,35 a T 04 7,70 a A 7,02 ab 7,36 a T 05 5,76 ba 5,25 bb 5,50 b Médias 7,33 A 6,70 B CV (%) 3,56

7 Tabela 2 - continuação. Altura da Planta cm T 01 12,13 ca 7,52 cb 9,83 c T 02 14,93 aa 13,33 ab 14,13 a T 03 13,56 ba 8,26 cb 10,91 b T 04 13,56 ba 9,23 bb 11,40 b T 05 3,20 da 2,50 db 2,85 d Médias 11,48 A 8,17 B CV (%) 3,83 Emergência (Médias) % T 01 97,60 ns T 02 96,63 ns T 03 97,83 ns T 04 97,45 ns T 05 97,54 ns CV (%) 1,83 Bandejas Médias 96,72 ns 98,13 ns Na variável comprimento de raiz, os tratamentos T 01, T 02, T 03 e T 04, não diferiram estatisticamente obtendo as maiores medias. O substrato T 05 apresentou as menores médias. Para a percentagem de emergência conforme demonstrado na Tabela 2, não ocorreram diferenças estatísticas entre os substratos analisados, indicando que todos apresentam condições químicas e físicas que favorecem uma emergência adequada das plântulas, nas bandejas os recipientes de 200 e 288 células também não diferiram estatisticamente. Conforme apresentado na tabela 2, a altura e área foliar correspondem a fitomassa fresca e seca da parte aérea, sendo as maiores médias observadas foram para o tratamento T 02 na bandeja de 200 células que diferiu estatisticamente dos demais, devido à composição equilibrada e adequada de nutrientes e ao maior volume de substrato envolvendo o sistema radicular, obtendo mais facilmente valores ótimos de produção de mudas. Devido ao maior volume de substrato contido nas células envolvendo o sistema radicular, as bandejas de 200 células, obtiveram as maiores médias para as variáveis área foliar, fitomassa fresca e seca da parte aérea, fitomassa fresca e seca do sistema radicular, comprimento de raiz e altura de planta, em relação as bandejas de 288 células. Os resultados encontrados nesta etapa do experimento concordam com outros trabalhos realizados em bandejas de isopor com outras culturas tais como cebola (Cardoso & Costa, 1999) e quiabo (Modolo & Tessarioli Neto, 1999) onde as melhores mudas foram obtidas nas células com maior volume.

8 Observando a tabela 3 confirma-se a tendência da produção de mudas, onde o tratamento T 02 obteve as maiores médias diferindo estatisticamente dos demais tratamentos para área foliar, comprimento de parte aérea e número de folhas. O tratamento T 05 seguiu com as menores médias como já havia apresentado na produção de mudas, onde as mudas que pouco se desenvolveram na fase de produção de mudas, apresentaram baixos resultados na produção a campo. Tabela 3 - Dados médios de área foliar (cm 2 ), número de folhas, altura da parte aérea (cm), e comprimento de raiz (cm) de alface aos 40 dias após o transplantio. Substratos Médias Área foliar cm² T ,56 ca 1586,34 bb 1761,95 d T ,26 aa 1795,86 ab 2053,06 a T ,63 ba 1812,71 ab 1976,17 b T ,39 ca 1662,07 bb 1837,23 c T ,79 da 197,54 cb 232,67 e Médias 1734,01 A 1369,88 B CV (%) 2,53 Número de folhas T 01 16,58 ca 13,55 ca 15,07 c T 02 19,51 aa 17,71 aa 18,61 a T 03 18,56 ba 15,36 ba 16,96 b T 04 18,45 ba 15,54 ba 16,99 b T 05 9,047 da 6,99 da 8,02 d Médias 16,29 A 13,6200 B CV (%) 2,1 2 Comprimento da parte aérea cm T 01 19,88 ca 15,86 cb 17,87 d T 02 22,59 aa 19,56 ab 21,08 a T 03 21,56 ba 17,45 bb 19,50 b T 04 20,78 bca 16,60 bcb 18,69 c T 05 9,69 da 7,62 db 8,65 e Médias 18,34 A 14,96 B CV (%) 2,64 Comprimento da raiz cm T 01 18,45 ca 15,30 bcb 16,88 b T 02 19,88 aa 17,43 ab 18,65 a T 03 19,33 aba 16,48 abb 17,91 a T 04 19,51 aba 17,51 ab 18,51 a T 05 12,93 da 9,45 cb 11,19 c Médias 17,78 A 15,11 B CV (%) 3,56 Aos 40 dias após o transplantio é pode-se notar a influência que os diferentes substratos e modelos de recipiente, sendo o tratamento com a maior média foi T 02 na bandeja de 200 células e o tratamento T 05 apresentou a menor média na bandeja de 288

9 células, confirmando os resultados anteriores onde os recipientes com maior volume de substrato apresentam mudas mais desenvolvidas. Para o comprimento de raiz os tratamentos T 02, T 03, T 04 apresentaram as maiores médias não diferindo estatisticamente entre si para os dois tipos de bandeja, o tratamento T 05 foi o que apresentou as menores médias diferindo dos demais para os dois modelos de recipiente. CONCLUSÃO De maneira geral foi possível concluir que o tratamento T 02 composto por solo esterilizado, vermiculita fina, esterco bovino na proporção (2:1:1) foi o que apresentou as maiores médias, podendo ser utilizado por produtores de mudas de alface, gerando mudas de alta qualidade, apresentando também bom rendimento a campos das mudas transplantadas. Os tratamentos T 01, T 03 e T 04, respectivamente compostos por T 01 - solo esterilizado, vermiculita fina, húmus de minhoca (2:1:1) ; T 03 - solo esterilizado, fibra de coco, esterco bovino (2:1:1); T 04- solo esterilizado, carvão vegetal composto de esterco bovino (2:1:1), apresentaram valores intermediários para produção de mudas e produção a campo, podendo ser utilizador por agricultores como forma de reutilizar matérias que compõe os substratos nesta atividade. O substrato T 05 - Plantmax HA foi o que apresentou as menores médias em todos as variáveis analisadas exceto para porcentagem de emergência onde os não houve significância, mostrando que este tem potencial para emergências das plântulas de alface, no entanto não apresentou desenvolvimento esperado das plântulas, portanto não é adequado para produção de mudas de qualidade de alface, pois as mudas geradas por estes não tem desenvolvimento expressivo a campo. As bandejas de 200 células têm um maior rendimento em relação às de 288 células no processo de produção de mudas de alface, ocorrendo influência desde a produção de mudas até a colheita a campo, devido a estas conterem uma maior quantidade de substrato. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARDOSO, A.I.I.; COSTA, C.P Produção de bulbinhos de cebola em bandejas de isopor. Scientia Agricola, v. 56, n. 4: EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Centro Nacional de Pesquisas de solo. Manual de métodos de análises de solos. 2ª ed., Rio de Janeiro: p.

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