A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUA RELEVÂNCIA NA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA DAS EMPRESAS
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- Júlio Regueira Sabala
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1 A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUA RELEVÂNCIA NA VERIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA DAS EMPRESAS Zalete Barbosa de Castro¹ Diego Saldo Alves² RESUMO Este estudo tem como tema a análise das demonstrações contábeis e sua relevância na verificação da situação econômica e financeira das empresas. O problema de pesquisa busca verificar a situação econômica e financeira das empresas de vestuário listadas na BM&FBovespa. Têm por objetivo analisar os índices financeiros das empresas objeto deste estudo e formular um diagnóstico das empresas do vestuário. É uma pesquisa exploratória, através de estudo de caso e pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa. Por meio dos índices de Estrutura de Capitais e Liquidez foi possível uma apreciação da situação financeira das empresas, bem como a realização de um comparativo entre as empresas deste estudo. Palavras-chave: Análise, índices, situação financeira ABSTRACT This study has as its theme the analysis of financial statements and its relevance in verifying the economic and financial situation of companies. The research problem aims to verify the economic and financial situation of the listed apparel companies on BM & FBovespa. They have to analyze the financial ratios of the company object of this study and formulate a diagnosis of clothing companies. It is an exploratory research through case study and literature review of qualitative approach. Through the Capital Structure and Liquidity ratios it was possible an assessment of the financial situation of the companies, as well as carrying out a comparison between the companies in this study. Key-words: Analysis, indices, financial situation 1 Graduanda do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Alberto. 2 Professor Orientador do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Alberto, Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Rio Dos Sinos.
2 1 INTRODUÇÃO Atualmente, o cenário brasileiro e mundial passa por diversas mudanças, e onde basicamente a divulgação e apreciação das informações se manifesta quase que em tempo real o ambiente empresarial é um dos mais atingidos. A concorrência acirrada, entre as empresas desencadeia a necessidade de buscar por melhores resultados e condições para manterem-se atuante no mercado. É nesse contexto que as empresas estão inseridas e necessitam, cada vez mais, dispor de dados altamente confiáveis para implementar suas estratégias e continuarem sobrevivendo. Dentre esses dados ressalta-se a contabilidade como uma ferramenta de auxílio, entretanto, está por si só, não satisfaz plenamente o usuário. É necessário saber interpretá-la. E dentro deste dispositivo está o conjunto básico de informações contábeis a serem analisadas a qual são denominas como demonstrações contábeis. Devido ao fato das demonstrações contábeis evidenciarem a posição patrimonial, econômica e financeira das organizações requer que sua leitura e interpretação sejam feitas por meio de determinadas técnicas, onde o usuário da análise recolherá os elementos necessários, interpretará e fará o uso adequado das informações para tomada de decisões. A interpretação e a análise das demonstrações contábeis determinam qual a real situação das empresas em um determinado momento, este resultado é considerado uma ferramenta na tomada de decisões, seja, para a administração, acionistas, fornecedores, investidores, entre outros. Diante do exposto acima, formulou-se a seguinte questão de pesquisa. Qual a situação econômica e financeira das empresas de vestuário listadas na BM&FBovespa? No intuito de responder esta questão, o objetivo geral deste estudo é verificar qual a situação econômica e financeira das empresas de vestuário listadas na BM&FBovespa. E tem-se como objetivo específico, analisar os índices financeiros das empresas objeto deste estudo e formular um diagnóstico das empresas de vestuário. A análise das demonstrações contábeis, surge portanto como uma ferramenta imprescindível e associada a uma série de indicadores combinados, evidência a apreciação da empresa em seus aspectos patrimoniais, financeiros, operacionais e econômicos. Com a análise das demonstrações contábeis é
3 possível verificar o passado, indicando assim fatos ocorridos, permitir também uma visão das tendências futuras, para tomada de decisões, esta sendo então fundamental para as organizações, que buscam eficiência em seus resultados saber analisar esses dados. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Demonstrações Contábeis. Descreve Ribeiro (2008, p. 37) que as Demonstrações Financeiras ou Demonstrações Contábeis possuem como objetivo apresentar aos diversos usuários informações de natureza econômica e financeira sobre a entidade. São relatórios elaborados com base na escrituração mercantil referentes à gestão do patrimônio que realiza-se durante um exercício social. A Lei nº 6.404/1976, no art. 176, determina que, ao fim de cada período social, deverá ser elaborado, com base na escrituração contábil, as demonstrações contábeis, que deverão expressar com clareza a posição patrimonial da entidade e as alterações ocorridas durante o exercício social, dentre as principais esta: Balanço Patrimonial; Demonstração de Resultado do Exercício; Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados; Demonstração dos Fluxos de Caixa; Demonstração do Valor Adicionado. 2.2 Análise das Demonstrações Contábeis Segundo Morante (2007), a análise das demonstrações auxilia decisivamente na compreensão dos problemas empresariais, como má gestão, limitações financeiras, se tornando um fonte segura. Estas são úteis na tomada de decisões por parte de credores e investidores. O grande objetivo da análise das demonstrações contábeis é examinar o comportamento econômico-financeiro dos períodos passados, para determinar e traçar tendências futuras, tornando-se um poderoso painel de controle para a administração.
4 2.3 Indicadores Cita Morante (2007) os indicadores ou índices exprimem o resultado alcançado da divisão de duas grandezas. Esse resultado expõe o resultado da divisão de valores que representam o patrimônio. Essa etapa, é simplesmente o cálculo do índice com princípio em uma fórmula e a etapa seguinte é o esclarecimento e como podemos explicar. Segundo Matarazzo (2007) os índices compõe a relação entre contas ou grupo de conta das demonstrações financeiras, que evidenciam a situação econômica ou financeira da empresa, sendo a técnica de análise mais utilizada. Os índices auxiliam na comparação de diversos aspectos econômicos e financeiros de uma empresa, permitindo construir um quadro de avaliação da empresa. 2.4 Estrutura de Capitais Segundo Matarazzo (2007) os índices pertencentes à estrutura de capitais exprimem as grandes linhas de decisões financeiras, em termos de aquisição e aplicação de recursos. São quatro tipos de índices desse grupo: Participação de capitais de terceiros, Composição do Endividamento, Imobilização do Patrimônio Líquido e Imobilização dos Recursos Não-Correntes Participação de Capitais de Terceiros Fórmula: CT Capitais de Terceiros x 100 PL Patrimônio Líquido O índice de Participação de Capitais de Terceiros examina duas grandes fontes de recursos da organização, ou seja, capitais próprios e capitais de terceiros. É uma evidência de risco ou de dependência por parte da empresa a terceiros. Também é identificado como grau de endividamento da empresa Composição do Endividamento Fórmula: PC Passivo Circulante x 100 CT Capitais de Terceiros
5 Conforme Matarazzo (2007), está fórmula representa o percentual de obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais. Quanto menor for o índice de participação composição do endividamento, melhor é para a empresa Imobilização do Patrimônio Líquido Fórmula: AP Ativo Permanente x 100 PL Patrimônio Líquido Tal fórmula relata Matarazzo (2007), indica quanto à empresa aplicou no ativo permanente para cada $ 100 de Patrimônio Líquido. Quanto menor for este índice melhor para a empresa. O ideal para a empresa em termos financeiros é esta possuir um patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo Permanente e ainda sobrar uma parcela CCP (Capital Circulante Próprio) razoável para financiar o ativo circulante Imobilização dos recursos não correntes Fórmula: AP Ativo Permanente x100 PL + ELP Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo Descreve Matarazzo (2007), que está fórmula representa qual o percentual de recursos não-correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente. Quanto menor for o índice de imobilização dos recursos não-correntes, melhor será para a empresa. 2.5 Índices de Liquidez Os índices de liquidez para Matarazzo (2007) expressam a base da situação econômica da empresa, pois é através do confronto dos ativos circulantes com as dívidas que se consegue medir quão sólida é a base financeira da empresa. Para uma empresa ter boas condições de pagar suas dividas deve-se ter bons índices de liquidez. O grupo de índices de liquidez é subdividido em: Liquidez Corrente e Liquidez Seca, Liquidez Geral Índice de Liquidez Corrente (ou liquidez comum) (LC) Segundo Marion (2006), o índice de Liquidez Corrente mostra a
6 capacidade de pagamento da empresa a curto prazo, é obtido dividindo-se o Ativo Circulante pelo Passivo Circulante. Este índice expõe quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada R$ 1,00(um real) de Passivo Circulante. Quanto maior, melhor para a empresa Índice de Liquidez Seca Para Marion (2006), o índice de Liquidez Seca é uma forma bastante conservadora para avaliar a situação financeira da empresa. Esse índice elimina os estoques da equação. O índice de liquidez Seca é obtido pela Fórmula: Ativo Circulante Estoque /Passivo Circulante Representa quanto à empresa possui de Ativo Líquido para cada R$1,00 de Passivo Circulante (dívidas a curto prazo). Quanto maior for o índice de liquidez seca, melhor é para a empresa Índice de Liquidez Geral (LG) Conforme Marion (2006), o índice de liquidez geral demonstra a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo, englobando tudo que ela converterá em dinheiro a curto e a longo prazo), relacionando-se com todas as dividas assumidas a curto e a longo prazo. É obtida pela fórmula: Ativo Circulante + Realizávela Longo Prazo Passivo Circulante + Exigívela Longo Prazo 3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS Beuren et al. (2004, p. 67) definen a metodologia de pesquisa com base no problema formulado, acompanhado ou substituído pela elaboração de hipóteses. O problema formulado ou as hipóteses devem estar relacionadas com objeto-alvo, justificando a escolha realizada, sendo que interferem de modo direto nos resultados da pesquisa. Conforme Beuren (2003), em Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade (Teoria e Prática), considerando as particularidades da Contabilidade cita três categorias de metodologia: Pesquisa quanto aos objetivos: contemplando a pesquisa exploratória, descritiva e explicativa. Pesquisa quanto aos procedimentos: aborda o estudo de caso, o
7 levantamento, a pesquisa bibliográfica, documental. Quanto à abordagem do problema: compreendendo a pesquisa qualitativa e quantitativa. De acordo com Bruyne, Herman e Schoutheete (1977) estudo de caso é a reunião de informações que auxiliam em um maior conhecimento para a resolução de problemas sobre o assunto em estudo. Para o tratamento e confecção de análise de dados gráficos foi utilizado o software Sphinx. A população deste estudo compreende 7 empresas do ramo do vestuário listadas na BM&FBovespa. Como amostra utilizou-se 4 empresas desse segmento. Foi analisado os índices financeiros das empresas pertencentes à amostra. Os dados foram obtidos das demonstrações contábeis das empresas, informações estas divulgadas na página eletrônica de cada instituição no campo Relação com Investidores. De posse das informações contábeis e financeiras, calculou-se os índices financeiros. 4 COLETA E ANÁLISE DE DADOS A análise dos resultados demonstra os índices de cada empresa; demonstra o que cada índice contribuiu para o resultado da empresa. Para tanto, foram analisados os Balanços Patrimoniais dos anos correspondentes de 2012 e 2013, das empresas listadas no sítio da Bovespa do segmento de tecidos, vestuário e calçados, sendo elas: Lojas Hering S/A, Lojas Renner S.A, Marisa Lojas S.A e Grazziotin S.A, nos Índices Estrutura de Capitais e Índices de Liquidez. Tabela 1 Índices de Liquidez Lojas Hering S.A Índice Liquidez Corrente 3,83 6,57 Liquidez Seca 3,58 6,17 Liquidez Geral 0,05 0,05 A partir dos cálculos de índices de Liquidez Corrente evidenciam o quanto a empresa possui de recursos à curto prazo em comparação com suas obrigações de curto prazo, isto significa que os investimentos no Ativo Circulante
8 são suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo e ainda permitir uma folga de 83% e 57% respectivamente nos anos de 2012 e A Liquidez seca verifica a possibilidade da empresa pagar suas obrigações excluindo do cálculo os estoques por serem o ativo de menor liquidez em razão de que não é possível afirmar que os mesmos serão convertidos em dinheiro no prazo necessário para saudar suas dividas. Em análise do indicador em 2012 e 2013 há folga sem o uso deste item do ativo circulante. A primeira conclusão em Liquidez Geral é de que não tem margem de segurança, existe insuficiência de 0,05 de dívida nos dois anos. Entretanto, as dívidas de longo prazo não vencem já e que até seu vencimento a empresa deverá gerar recursos para pagar suas dívidas. Tabela 2 - Ìndices de Estrutura do Capital Lojas Hering S.A Índice Part Capitais de Terceiros 688,07% 191,01% Comp do Endividamento 1.399,28% 673,75% Imob Patrimônio Líquido 752,76% 282,55% Imob recursos não correntes 96,65% 975,25% Participação de Capitais de Terceiros: Esse índice mostra que, para cada R$ 100,00 de capital próprio (Patrimônio Líquido), a empresa tomou de Capitais de Terceiros em 2012, R$ 688,07 emprestados e em 2013, tomou R$ 191,01. Composição do Endividamento: Tal índice indica que em 2012 a empresa tinha 1.399,28% de suas obrigações vencíveis a curto prazo e que em 2013 este percentual caiu para 673,75% (quase a metade), melhorando aquilo que se pode chamar perfil de dívida. Imobilização do Patrimônio Líquido: Este índice revela que, em 2012, a empresa investiu no Ativo Imobilizado a importância equivalente a 752,76% do Patrimônio Líquido; em 2013 esse percentual diminui significativamente para 282,55%. A Imobilização dos Recursos Não Correntes, índica a proporção existente entre o ativo permanente e os recursos não correntes, isto é, quanto a empresa investiu no ativo permanente em relação ao patrimônio líquido mais o exigível a
9 longo prazo. Estes índices mostram que a empresa destinou ao ativo permanente respectivamente, em 2012, 96,65% e em 2013, 975,25% dos recursos não correntes. Tabela 3 - Índices de Liquidez Lojas Renner S.A Índice Liquidez Corrente 1,45 15,52 Liquidez Seca 1,18 1,29 Liquidez Geral 1,07 1,04 Analisando o índice de liquidez corrente, percebe-se a empresa tem a capacidade de cumprir com suas obrigações de curto prazo com recursos também de curto prazo, significando que para 1 (um) real de contas do passivo, a empresa dispõe de 1,45 em 2012 e de R$ 15,52 no ano de 2013 de recursos para cumprir com suas obrigações. A liquidez seca é semelhante à liquidez corrente, porem, neste caso se subtrai do ativo circulante o valor dos estoques. Em análise do indicador correspondente ao ano de 2012, de 1,18 para o ano de 2013 é de 1,29 indicando que há folga sem o uso deste item do ativo circulante. A liquidez Geral mostra a capacidade financeira que a empresa possui para liquidar todas as suas obrigações a curto e a longo prazo. Ou seja, apresenta índice acima de 1 (um). Ainda o período de 2013 está melhor que o de 2012, que reduziu de 1,07 para 1,04 no ano de Tabela 4 - Ìndices de Estrutura do Capital Lojas Renner S.A Índice Part Capitais de Terceiros 188,74% 202,40% Comp do Endividamento 70,00% 63,94% Imob Patrimônio Líquido 87,47% 92,79% Imob recursos não correntes 55,85% 53,64% O índice de Participação de Capitais de Terceiros encontrado evidencia que a empresa possui um passivo exigível total correspondente a 188,74% do Patrimônio Líquido no exercício de 2012 e ao longo dos exercícios estudados a
10 participação de capitais de terceiros esteve superior ao capitais próprios. A evolução mostra que cada $ 100 de Capital Próprio a empresa aumentou para 202,40% de Capital de Terceiros tomados emprestados em relação ao Capital Próprio no ano de Os valores correspondentes a Composição do Endividamento mostram que a situação financeira da empresa teve melhora no ano de 2013, pois os recursos tomados de terceiros em 2012, de 70,00% no curto prazo para 63,94% no ano de Imobilização do Patrimônio Líquido: Este índice revela que, em 2012, a empresa investiu no Ativo Imobilizado a importância equivalente a 87,47% do Patrimônio Líquido; em 2013 esse percentual aumentou para 92,79%. A Imobilização dos Recursos Não Correntes, mostram que a empresa destinou ao ativo permanente respectivamente, em 2012, 55,85% e em 2013, 53,64% e dos recursos não correntes. Tabela 5 - Índices de Liquidez Marisa Lojas S.A Índice Liquidez Corrente 2,77 2,45 Liquidez Seca 2,17 1,95 Liquidez Geral 1,31 1,28 Na análise do Índice de Liquidez Corrente observa-se que nos dois anos o quociente foi maior que R$1,00. A empresa dispõe de 2,77 no ano de 2012 e de 2,45 no ano de 2013 e significa que os investimentos no Ativo Circulante são suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo. A liquidez seca é semelhante à liquidez corrente, porem, neste caso se subtrai do ativo circulante o valor dos estoques. Desse modo, em análise do indicador em 2,17 correspondente ao ano de 2012 e 1,95 para o ano de 2013 e indicando que há folga sem o uso deste item do ativo circulante. Pode-se observar que o Índice de Liquidez Geral no ano de 2012 é de 1,31 e R$1,28 em 2013, indicando consegue cumprir com seus compromissos financeiros e ainda dispõe de um excedente ou margem de (ou de R$0,31 a cada R$1,00 de dívidas).da mesma forma, ocorre no ano de 2013.
11 Tabela 6 Índice de Estrutura do Capital Marisa Lojas S.A Índices Part Capitais de Terceiros 134,90% 132,58% Comp do Endividamento 43,21% 47,03% Imob Patrimônio Líquido 57,78% 63,30% Imob recursos não correntes 32,72% 37,19% Participação de Capitais de Terceiros: Esse índice mostra que, em 2012, para cada R$ 100,00 de capital próprio (Patrimônio Líquido), a empresa tomou 134,90% de Capitais de Terceiros e que, em 2013, para cada 100,00 próprios tomou 132,58% emprestados. Composição do Endividamento: Tal índice indica que em 2012 a empresa tinha 43,21% de suas obrigações vencíveis a curto prazo e que em 2013 este percentual aumentou para 47,03%. Imobilização do Patrimônio Líquido: Este índice revela que, em 2012, a empresa investiu no Ativo Imobilizado a importância equivalente a 57,78% do Patrimônio Líquido; em 2013 esse percentual aumentou para 63,30%. A Imobilização dos Recursos Não Correntes, índica que a empresa destinou ao ativo permanente respectivamente, em 2012, 32,72% dos recursos não correntes e em 2013, 37,19% e Tabela 7 - Índices de Liquidez Grazziotin S.A Índices Liquidez Corrente 2,62 2,54 Liquidez Seca 1,89 1,89 Liquidez Geral 1,77 1,83 A partir dos cálculos de índices de Liquidez Corrente os dados mostram que nos dois exercícios, os investimentos no Ativo Circulante são suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo e ainda permitir uma folga, respectivamente 2,62 no ano de 2012 e de 2,54 no ano de A Liquidez seca verifica em análise do indicador em 2013 e 2012 com índice de 1,89 nos dois anos, há folga sem o uso deste item do ativo circulante. Na liquidez Geral observa-se que os índices apurados pela empresa nos
12 períodos de 2012 e 2013, respectivamente 1,77 e 1,83, demonstram que a mesma obteve índices que lhe permitem honrar suas dividas nos prazos. Ou seja, apresenta índice acima de 1 (um). Tabela 8 - Índices Estrutura do Capital Grazziotin S.A Índices Part Capitais de Terceiros 43,46% 45,40% Comp do Endividamento 66,21% 70,63% Imob Patrimônio Líquido 66,46% 62,39% Imob recursos não correntes 57,94% 55,05% Em 2012 teve um índice participação de Capital de Terceiros de 43,46% em 2013 respectivamente 45,40%, verificando que ficou praticamente no mesmo patamar já que não houve diferença significativa. Composição do Endividamento: Tal índice indica que em 2012 a empresa tinha 66,21% de suas obrigações vencíveis a curto prazo e que em 2013 este percentual aumentou para 70,63%. Imobilização do Patrimônio Líquido: Este índice revela que, em 2012, a empresa investiu no Ativo Imobilizado a importância equivalente a 66,46% do Patrimônio Líquido; em 2013 esse percentual aumentou para 70,63%. A Imobilização dos Recursos Não Correntes, mostram que a empresa destinou ao ativo permanente respectivamente, em 2012, 57,94% e em 2013, 55,05% dos recursos não correntes. Respondendo ao problema de pesquisa estabelecido para o presente estudo: Qual a situação econômica e financeira das empresas de vestuário listadas na BM&FBovespa? Com o intuito de responder esta questão, o objetivo geral deste estudo é verificar através de índices as demonstrações contábeis e através disto fazer uma analise da situação financeira das empresas nos respectivos anos de 2012 e Em relação ao índice de Líquidez, no geral todas as empresas apresentaram resultados favoráveis. Nos cálculos dos índices de liquidez corrente e liquidez seca a empresa Hering S. A, apresentou os melhores valores, em relação às outras empresas do mesmo segmento, ambas apresentam
13 índices superiores ao mínimo recomendado que é (1), ou seja, para cada R$ 1,00 de dívida, ela possui mais mais que R$ 1,00 para sanar as suas obrigações no curto prazo. No índice de liquidez geral a empresa Grazziotin S.A., evidenciou os melhores índices. Quanto aos indicadores de estrutura de capitais a Marisa Lojas S.A., se mostrou menos dependente do capital de terceiros, com o melhor desempenho nos índices de Composição do Endividamento, Imobilização do Patrimônio Líquido, Imobilização dos recursos não correntes, significando maior predominância do capital próprio com relação ao capital de terceiros na composição de seus financiamentos (passivos). Já nos índices de Participação de Capitais de Terceiros a empresa Grazziontin S.A., apresentou os menores índices dos anos correspondes do referente estudo. Gráfico de Participação do Capital Fonte: Dados estruturados conforme pesquisa do estagiário 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo possibilitou importante aprofundamento na análise das demonstrações contábeis, através dos índices financeiros das empresas do segmento de tecidos, vestuário e calçados, listadas na BM& Bovespa, das seguintes empresas: Lojas Hering S.A, Lojas Renner S.A, Marisa Lojas S.A, Grazziotin S.A.. Existem várias ferramentas que podem ser utilizadas para a extração das informações das demonstrações contábeis, entre elas evidencia-se no trabalho a aplicação dos índices de Liquidez e índices de Estrutura de Capitais. A análise das demonstrações contábeis é uma técnica que consiste na coleta dos dados constantes das respectivas demonstrações, onde busca-se verificar as informações em períodos sucessivos e com empresas concorrentes possibilitando compará-las para obter um diagnóstico da situação financeira das empresas objeto deste estudo. Foi constatado em relação ao índice de Líquidez, que em geral todas as empresas apresentaram resultados favoráveis. Nos cálculos dos índices de liquidez corrente e liquidez seca a empresa Hering S. A, apresentou
14 os melhores valores, em relação às outras empresas do mesmo segmento, ambas apresentam índices superiores ao mínimo recomendado que é (1), ou seja, para cada R$ 1,00 de dívida, ela possui mais mais que R$ 1,00 para sanar as suas obrigações no curto prazo. No índice de liquidez geral a empresa Grazziotin S.A., evidenciou os melhores índices. Quanto aos indicadores de estrutura de capitais a Marisa Lojas S.A., se mostrou menos dependente do capital de terceiros, com o melhor desempenho nos índices de Composição do Endividamento, Imobilização do Patrimônio Líquido, Imobilização dos recursos não correntes, significando maior predominância do capital próprio com relação ao capital de terceiros na composição de seus financiamentos (passivos). Já nos índices de Participação de Capitais de Terceiros a empresa Grazziontin S.A., apresentou os menores índices dos anos correspondes do referente estudo. REFERENCIAS BEUREN, Ilse Maria et al. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade. 2. Ed. São Paulo: Atlas S.A, BEUREN, Ilse Maria. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, BRUYNE, Paul de; HERMAN, Jacques; SCHOUTHEETE, Marc de. Dinâmica da Pesquisa em Ciências Sociais: Os Pólos da Prática Metodológica. Rio de Janeiro: F. Alves, MATARAZZO, Dante Carmine, Análise Financeira de Balanço. Abordagem Básica e Gerencial, 6. Ed. São Paulo: Altas S.A, MORANTE, Antonio Salvador. Análise das Demonstrações Financeiras. São Paulo: Atlas S.A, 2007.
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