AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DOS PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS E A SEGURANÇA DE CIRCULAÇÃO DO TRÁFEGO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DOS PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS E A SEGURANÇA DE CIRCULAÇÃO DO TRÁFEGO"

Transcrição

1 AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DOS PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS E A SEGURANÇA DE CIRCULAÇÃO DO TRÁFEGO ANA FERNANDES ENGENHEIRA CIVIL / BOLSEIRA DE INVESTIGAÇÃO, FCT E IST CESUR JOSÉ NEVES PROFESSOR AUXILIAR, IST CESUR RESUMO O objectivo desta comunicação é a análise da relação existente entre as características superficiais do pavimento e a segurança de circulação do tráfego rodoviário. Devido a uma oferta alargada de novos materiais e tecnologias de pavimentação e de uma procura mais exigente por parte dos utentes da estrada, as características funcionais do pavimento são cada vez mais valorizadas. Com base em dados de acidentes segregados por tipo de secção e de condições de piso, relativos a um conjunto seleccionado de itinerários da Rede Rodoviária Nacional, são divulgadas as primeiras conclusões de um estudo em desenvolvimento sobre esta temática. Os resultados apresentados permitem não só salientar a grande importância do atrito e da textura na ocorrência de acidentes, mas também contribuir para o desenvolvimento de uma metodologia de projecto de pavimentação baseada em critérios de segurança. 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS A segurança rodoviária é um dos temas de grande actualidade que tem merecido especial atenção e preocupação, quer por parte das Administrações Rodoviárias ou outras entidades com iguais competências, quer por parte dos utentes da estrada que são os mais directos intervenientes e principais avaliadores dessa segurança. Nas últimas décadas tem-se registado um aumento significativo do tráfego nas estradas de todo o mundo. Conduzir é agora uma tarefa que envolve maiores riscos para o utente da estrada. Vários estudos indicam que o comportamento humano é o factor com maior influência nos acidentes rodoviários (aproximadamente 95%), mas a infra-estrutura e o ambiente rodoviário têm também uma contribuição significativa (28% no Reino Unido e 34% nos Estados Unidos), como se pode observar na figura 1. Em Portugal, de acordo com o Plano Nacional de Prevenção Rodoviária, a influência da infra-estrutura nos acidentes rodoviários situa-se entre 4% e 75%.

2 Figura 1 Factores influentes na ocorrência de acidentes rodoviários Para diminuir alguns desses riscos, o utente deve respeitar as regras de trânsito enquanto o engenheiro rodoviário tem a responsabilidade de fazer projectos de estradas seguras intervindo, em particular, no traçado, sinalização e, também, na escolha do tipo de pavimento. Hoje em dia, as características funcionais dos pavimentos são cada vez mais valorizadas, decorrentes de uma oferta alargada de novos materiais e tecnologias e de uma procura mais exigente por parte dos utentes da estrada. Os métodos mais comuns de dimensionamento de pavimentos rodoviários têm apenas em consideração a capacidade estrutural dos mesmos sendo, por isso, necessário adquirir maior conhecimento na área das propriedades funcionais conforto e segurança de circulação. As características mais importantes do pavimento, que normalmente se consideram envolvidas na segurança de circulação do tráfego, são a resistência à derrapagem, usualmente conhecida por atrito, e a textura. A utilização de uma adequada metodologia de projecto de pavimentação, no que diz respeito às características de superfície, será certamente um contributo importante para a redução da probabilidade e da gravidade dos acidentes, em particular, e para a melhoria da qualidade da rede rodoviária, em geral. Considera-se que a definição desta metodologia, baseada sobretudo em critérios de segurança, passa pelo desenvolvimento das etapas apresentadas na figura 2. Com esta comunicação são apresentadas relações entre as características superficiais do pavimento e os acidentes obtidas com base em dados de sinistralidade de dois itinerários da rede rodoviária nacional. Os resultados permitiram evidenciar a importância das características de superfície do pavimento, expressa pelo coeficiente de atrito transversal, no número de acidentes ocorrido e servirão, no futuro, à validação e calibração de modelos de comportamento do tráfego que vierem a ser desenvolvidos. Estes modelos serão essenciais à

3 definição de critérios de segurança relativos às principais características de superfície dos pavimentos: resistência à derrapagem (atrito) e textura. Características do tráfego Condições climáticas Características do traçado Características de superfície Dados de sinistralidade 1. Estudo da influência das características de superfície dos pavimentos na segurança de circulação do tráfego 2. Avaliação da evolução das características de superfície dos pavimentos 3. Desenvolvimento de modelos de comportamento 4. Validação e calibração dos modelos de comportamento 5. Definição de critérios de segurança Figura 2 Etapas para a definição de critérios de segurança a utilizar no projecto funcional de pavimentação rodoviária 2. O ESTADO DA ARTE UM CASO DE SUCESSO A associação do atrito ao risco de acidente é, em parte, óbvia. Por exemplo, quando a estrada está mais escorregadia, constata-se que o risco de despiste é maior do que numa situação normal. A complexidade desta análise é traduzida na prática pela dificuldade em estabelecer valores limites de atrito e textura principais parâmetros caracterizadores da superfície dos pavimentos a utilizar no âmbito do controlo de qualidade da construção e manutenção de estradas. A forma que se considera mais viável para estabelecer esses valores limites pode ser através da análise do risco de acidente e a sua relação com a resistência à derrapagem. Uma baixa resistência à derrapagem não causa acidentes por si só, mas pode ser um factor contributivo significante. Alguns países possuem normas para garantir níveis seguros de

4 resistência à derrapagem [1] [2]. O Reino Unido é um dos países líderes no que diz respeito à monitorização do atrito. Desde 1988 que têm implementada uma política para gerir o nível de resistência à derrapagem da rede principal. Esta política resulta de investigação desenvolvida na procura de relações entre o risco de acidente e os valores de resistência à derrapagem. O objectivo é providenciar níveis seguros apropriados a locais com diferentes características. Para cada categoria do local é estabelecido um nível de investigação (quadro 1) que, para valores da resistência à derrapagem iguais ou inferiores aos preconizados, impõe a necessidade de uma investigação ao local e, caso seja necessário, a superfície do pavimento será sujeita a obras de conservação ou reabilitação. A importância de definir valores diferentes consoante a categoria do local está relacionada com a influência da resistência à derrapagem em alguns elementos de traçado. Do ponto de vista da segurança, há elementos do traçado que necessitam de atenção especial, como é o caso de zonas em curva, aproximação a cruzamentos ou trainéis com inclinação acentuada. Em Portugal, a resistência à derrapagem começa a ser considerada um factor importante na compreensão dos acidentes rodoviários. Os excertos do Manual de Sistema de Gestão de Pavimentos das Estradas de Portugal e do Plano Nacional de Prevenção Rodoviária de 23, respectivamente, que são transcritos em seguida, notam a preocupação em estudar de forma mais aprofundada o factor resistência à derrapagem, para melhorar a segurança de circulação. Quadro 1 Níveis de Investigação a 5km/h [3] Categoria do local Nível de investigação Auto-estradas,3,35 Alinhamento recto com dupla faixa de rodagem,3,4 Alinhamento recto com uma faixa de rodagem,33,45 Aproximação a cruzamentos prioritários, semaforizados e rotundas,45,55 Aproximação a passagem de peões ou outras situações de alto risco,5,55 Rotundas,45,5 Trainéis com inclinação longitudinal entre 5 a 1% e extensão superior a 5 m,45,5 Trainéis com inclinação longitudinal > 1% e extensão superior a 5 m,45,55 Raios de curvatura em planta <5m em dupla faixa de rodagem,45,5 Raios de curvatura em planta <5m em faixa de rodagem simples,45,55 ( ) A aderência por vezes não é considerada ao nível do sistema de gestão, como parâmetro que intervém na tomada de decisão em conjunto com outros parâmetros de estado. Trata-se de um parâmetro que, pela sua forte relação com a segurança de circulação, por si só dá lugar a indicações de intervenção nos pavimentos. Assim, este

5 parâmetro deve ser considerado como indicador-fusível : ou tem um valor aceitável, e não oferece nenhuma indicação, ou não tem e características, tais como, o atrito/textura superficial têm de ser recuperadas. ( ). Quanto à Aderência, ( ) sendo necessário definir qual o tipo de indicador e as respectivas classes, ou seja os valores de referência para a respectiva classificação. ( ) Relativamente à definição dos valores de referência de cada classe deste parâmetro, deverá ser realizado um adequado estudo, que tenha em conta os valores que normalmente se obtém no pavimento e a respectiva evolução ao longo do tempo, e ainda o nível de risco que se pretende assumir. ( ). ( ) V.2 - Indicadores de desempenho em segurança rodoviária ( ) b) relativos à infra-estrutura - coeficiente de atrito dos pavimentos com piso seco e com piso molhado (necessário definir coeficientes mínimos admissíveis por tipo de estradas) ( ). Os indicadores utilizados na avaliação da qualidade das características funcionais dos pavimentos das estradas nacionais são a resistência à derrapagem e a textura. Os métodos de controlo de qualidade são aplicados, na maioria das vezes, a estradas novas e não tão frequentemente às já existentes. A Estradas de Portugal (EP) e a BRISA estipulam no respectivo Caderno de Encargos, os valores mínimos para estradas novas (quadro 2). Os requisitos de qualidade das estradas existentes estão normalmente relacionados com os sistemas de gestão de pavimentos adoptados. É importante salientar que troços com características particulares tal como curvas, aproximação a cruzamentos e zonas urbanas não são considerados. Camadas de desgaste de materiais mais recentes, como misturas com betume modificado com borracha ou fibras, em pavimentos novos ou reabilitados também não estão incluídos nos valores especificados. Quadro 2 Valores normativos mínimos de textura e resistência à derrapagem Propriedade Textura Resistência à derrapagem Mancha de Areia Método Valor mínimo EP Brisas Betão betuminoso >,6 >,6 Betão betuminoso drenante > 1,2 Não especificado Microbetão betuminoso > 1, > 1, SCRIM >,4 (5 km/h) >,2 (12 km/h) >,5 Pêndulo Britânico >,55 Não especificado

6 Contudo, os acidentes não têm causa única e a resistência à derrapagem é apenas um dos factores que pode contribuir para a ocorrência dos acidentes. Estudos recentes demonstram uma grande evolução nas técnicas para estabelecer relações entre os acidentes, o tráfego e o traçado. É cada vez mais reconhecido a adaptabilidade dos modelos lineares generalizados (MLG) a estes dados. Os MLG podem ser utilizados em duas situações: variáveis dependentes, com distribuições discretas; variáveis dependentes que não têm uma relação linear com as variáveis explicativas. No caso dos acidentes, ambas as situações são verdadeiras. A forma mais comum para formular modelos de previsão de acidentes é assumir que a frequência de acidentes segue uma distribuição Poisson. Embora esta distribuição tenha a vantagem da média ser igual à variância, no entanto, surgem problemas de sobredispersão sempre que a variância é verdadeiramente superior à média. Isto não afecta a estimação dos coeficientes, mas pode subestimar o desvio padrão. A estrutura do modelo aplicável a troços de estrada é representada na Equação (1) [4]. p ( µ ) a N exp E (1) = β jx ij onde: E(µ) frequência esperada de acidentes (por ano e por km) N tráfego médio diário anual (TMDA) x ij variáveis descritivas da geometria de traçado e ambiente rodoviário (resistência à derrapagem, profundidade de textura, raios de curvatura, inclinação dos trainéis, precipitação) a, p, β j parâmetros estimados 3. RELAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DO PAVIMENTO E OS ACIDENTES RODOVIÁRIOS 3.1. Recolha de dados Conforme se pode concluir da figura 2, a recolha de dados é essencial no desenvolvimento de todas as etapas propostas para definir os critérios de segurança necessários ao projecto funcional dos pavimentos, quer ao nível de construção nova quer ao nível da manutenção. Para cada troço seleccionado para o estudo, decidiu-se que a pesquisa dos diferentes tipos de dados teria as seguintes fontes: a) Características de superfície pretende-se conhecer o atrito e a textura da camada de desgaste de cada troço seleccionado. Para obter estes dados, foram consultados os

7 elementos obtidos pela Universidade do Minho no âmbito de uma campanha alargada de auscultação de pavimentos da rede rodoviária nacional, em b) Dados de sinistralidade o objectivo é conhecer as características dos acidentes rodoviários com vítimas ocorridos em cada troço seleccionado. Optou-se por obter a descrição dos acidentes ocorridos entre 1997 e 22. Para obter esta informação recorreu-se à ex-direcção Geral de Viação. c) Características gerais neste conjunto de dados incluem-se elementos relativos ao traçado (directriz, rasante e perfil transversal), ao tráfego (TMDA e velocidade), ao tipo de camada de desgaste e condições climáticas. Na pesquisa destes elementos foram consultadas as Direcções de Estradas a que pertencem cada um dos troços seleccionados. No que diz respeito às características de superfície, os troços sujeitos à campanha de auscultação realizada em 1999 pela Universidade do Minho foram classificados consoante os seus valores de atrito transversal () e altura equivalente de areia (AAE) nos seguintes níveis: bom ( 65; AAE,8); médio (4 <65;,4 AAE<,8); e mau (<4; AAE<,4). Confrontando esta avaliação com os dados de acidentes nos troços respectivos, foi possível fazer uma primeira selecção dos principais troços a analisar. O processo de selecção só foi concluído depois de avaliada a disponibilidade da informação sobre cada troço. Constatou-se que a qualidade dos dados recolhidos não era tão boa quanto seria desejável para este estudo. Por esse motivo, foi necessário alterar o plano de estudo das relações entre os acidentes e as propriedades funcionais do pavimento. A utilização da equação (1) requer rigor nos dados representados por x ij. Não sendo possível obter essa informação com o nível de rigor requerido, optou-se por aplicar a metodologia descrita seguidamente Metodologia A metodologia implementada consistiu em segregar os dados de acidentes por tipo de secção (planta e perfil longitudinal) e condições do piso, de forma a determinar a importância do atrito e da textura na ocorrência de acidentes em cada situação específica. Em termos de tipo de secção, optou-se por estudar alinhamentos em recta e em curva, no que diz respeito ao traçado em planta, e por considerar trainéis inclinados e em patamar, relativamente ao perfil longitudinal. Foram consideradas duas condições do piso: molhado e seco. A figura 3 esquematiza as combinações analisadas, tendo em conta todas estas características.

8 Combinação Planta Perfil longitudinal Condições do piso 1 CURVA 2 RECTA 3 CURVA INCLINADO 4 CURVA PATAMAR 5 RECTA INCLINADO 6 RECTA PATAMAR 7 CURVA INCLINADO MOLHADO 8 CURVA INCLINADO SECO 9 CURVA PATAMAR MOLHADO 1 CURVA PATAMAR SECO 11 RECTA INCLINADO MOLHADO 12 RECTA INCLINADO SECO 13 RECTA PATAMAR MOLHADO 14 RECTA PATAMAR SECO 15 CURVA MOLHADO 16 CURVA SECO 17 RECTA MOLHADO 18 RECTA SECO 19 MOLHADO 2 SECO 21 TODOS 22 EM CRUZAMENTOS Figura 3 Esquema das combinações analisadas Sendo que o objectivo é a avaliação da influência das características de superfície nos acidentes rodoviários, as variáveis escolhidas como explicativas são a resistência à derrapagem e a textura. Para definir a variável dependente, foram feitas duas tentativas: na primeira tentativa utilizou-se o número de acidentes ocorridos em 6 anos (de 1997 a 22); na segunda, utilizou-se o número total de vítimas em 6 anos (de 1997 a 22). A linha de tendência preferencialmente escolhida pela qualidade de ajustamento aos resultados observados foi a função exponencial. Todas as análises foram primeiramente efectuadas para os troços em separado e, posteriormente, para o conjunto de todos os troços, considerando-se para este caso o tráfego respectivo de cada troço Resultados De forma a exemplificar a metodologia descrita anteriormente, apresentam-se os resultados obtidos para dois itinerários seleccionados da rede rodoviária principal, com características de traçado e condições atmosféricas registadas ao longo do ano distintas: a) Itinerário B este itinerário situa-se no centro do país e é caracterizado por TMDA na ordem dos 46 veíc./dia, pavimento betuminoso tradicional e traçado sinuoso, com uma frequência elevada de alinhamentos em curva.

9 b) Itinerário E este itinerário localiza-se no sul do país e é caracterizado por um TMDA bastante elevado (cerca de 25 veíc/dia), pavimento betuminoso tradicional, traçado essencialmente em alinhamento recto e muitos cruzamentos. Na figura 4 apresentam-se relações entre o número de acidentes e o coeficiente de atrito transversal (), para os dois itinerários e para três combinações: em todos os troços, em curva e em recta. A observação desta figura permite constatar que os coeficientes de correlação obtidos não são muito elevados (<,5). No entanto, tendo em conta que o atrito é apenas um dos factores que contribui para a ocorrência de acidentes, considera-se muito significativo que o possa explica 45% dos acidentes ocorridos no itinerário B (figura 4a) e 24% no itinerário E (figura 4d) Nº de acidentes y = 12,69e -,696x R 2 =,4537 Nº de acidentes 2 1 y = 67,85e -,633x R 2 =, (a) Itinerário B: todos os troços (d) Itinerário E: todos os troços Nº de acidentes y = 3,33e -,535x R 2 =,2892 Nº de Acidentes y = 4,138e -,96x R 2 =, (b) Itinerário B: em curva (e) Itinerário E: em curva 5 25 N º d e a cid en tes y = 5,1135e -,182x R 2 =, (c) Itinerário B: em recta Nº de Acidentes y = 77,46e -,763x R 2 =, (f) Itinerário E: em recta Figura 4 Relações entre o número de acidentes e o coeficiente de atrito transversal (), em dois itinerários

10 Da análise da figura 4, considera-se importante salientar que: a) Nos troços em recta do itinerário B, as condições de atrito explicam pouco a ocorrência dos acidentes. Pelo contrário, nos troços em curva, essa importância é maior e mais significativa (29%). Este é um troço em que os raios de curvatura são pequenos e daí o atrito transversal ter muita importância para contrariar a força centrífuga. Quando o atrito desce para valores muito baixos, a perda de aderência dá origem a despistes. A percentagem de acidentes por despiste neste troço, nos anos estudados, foi de 63%. b) No caso do itinerário E, o que se observa é a situação inversa. O atrito tem maior influência em troços rectos. O acidente típico mais frequente é a colisão 16% dos acidentes registados são colisões traseiras. Esta percentagem pode estar relacionada com a dificuldade em travar em distâncias reduzidas. Este itinerário é caracterizado por um volume elevado de tráfego. O coeficiente de correlação de 34% entre a frequência de acidentes e o atrito pode indicar isso mesmo. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta comunicação é feita a descrição da primeira etapa do trabalho de investigação em curso com vista à definição de uma metodologia de projecto funcional de pavimentos (figura 2). Foram apresentados alguns resultados que permitiram desde já salientar a importância das características superficiais do pavimento na ocorrência de acidentes. Outras etapas se seguirão e os resultados serão utilizados para definir e validar critérios de segurança. Estes critérios resultarão na forma de uma expressão, tabela ou ábaco em que os inputs serão o tráfego, a geometria e o clima e, o output, uma escala de valores de resistência à derrapagem e textura a adoptar, de acordo com a técnica de pavimentação utilizada na camada de desgaste. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] The Highways Agency. Design Manual for Roads and Bridges: Volume 7 - Pavement Design and Maintenance: Section 3 - Pavement Maintenance Assessment: Part 1 - Skid resistance. The Highways Agency, London, 24. [2] TNZ. Specification for skid resistance investigation and treatment selection. Transit New Zealand, 22. [3] Viner, H. E., Sinhal, R. e Parry, A. R. Review of UK skid resistance policy. Routes/Roads, nº 326 de 25, [4] Greibe, P. Accident prediction models for urban roads. Accident Analysis and Prevention, nº 35 de 23,

AVALIAÇÃO DO IMPACTE SOBRE A SINISTRALIDADE DE MEDIDAS CORRECTIVAS EM TRECHO DA EN6

AVALIAÇÃO DO IMPACTE SOBRE A SINISTRALIDADE DE MEDIDAS CORRECTIVAS EM TRECHO DA EN6 AVALIAÇÃO DO IMPACTE SOBRE A SINISTRALIDADE DE Sandra Vieira Gomes João Lourenço Cardoso LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL Estrutura Mitigação da sinistralidade por intervenção da engenharia Caracterização

Leia mais

Indicadores de Segurança do Estado dos Pavimentos

Indicadores de Segurança do Estado dos Pavimentos Maria da Conceição Monteiro Azevedo CONFORTO SEGURANÇA Irregularidade vibrações Ruído interior e exterior Aderência características de atrito textura superficial Características de traçado (projecção de

Leia mais

MEDIÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO COM O GRIP-TESTER

MEDIÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO COM O GRIP-TESTER MEDIÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO COM O GRIP-TESTER RUI BARROS DIRECTOR EXECUTIVO DA NORVIA / PRONORSAN RESUMO A avaliação das características funcionais dos pavimentos é fundamental para uma gestão eficaz

Leia mais

OS PRÓXIMOS 10 ANOS REQUISITOS DE PROJECTO AO LONGO DO CICLO DE VIDA DA ESTRADA

OS PRÓXIMOS 10 ANOS REQUISITOS DE PROJECTO AO LONGO DO CICLO DE VIDA DA ESTRADA OS PRÓXIMOS 10 ANOS REQUISITOS DE PROJECTO AO LONGO DO CICLO DE VIDA DA ESTRADA 1 ÍNDICE 1. A SEGURANÇA NO CICLO DE VIDA DA ESTRADA 2. ESTRADA TOLERANTE 3. DOCUMENTOS TÉCNICOS 2 Incorporar as preocupações

Leia mais

Avaliação do Comportamento à Deformação Permanente de Misturas Betuminosas com base nas Normas de Ensaio Europeias

Avaliação do Comportamento à Deformação Permanente de Misturas Betuminosas com base nas Normas de Ensaio Europeias Avaliação do Comportamento à Deformação Permanente de Misturas Betuminosas com base nas Normas de Ensaio Europeias Maria de Lurdes Antunes, LNEC Ana Cristina Freire, LNEC Contribuição das camadas betuminosas

Leia mais

AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DE REVESTIMENTO ANTI-DERRAPANTE COLORIDO NA MELHORIA DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA

AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DE REVESTIMENTO ANTI-DERRAPANTE COLORIDO NA MELHORIA DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DE REVESTIMENTO ANTI-DERRAPANTE COLORIDO NA MELHORIA DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA Resumo Miguel Menezes José Neves Ana Fernandes Instituto Superior Técnico Lisboa, Portugal miguelmerceana@hotmail.com

Leia mais

PLANO DE ACÇÃO DO TROÇO IP 3 MORTÁGUA EN228 / RAIVA IC6 RESUMO NÃO TÉCNICO

PLANO DE ACÇÃO DO TROÇO IP 3 MORTÁGUA EN228 / RAIVA IC6 RESUMO NÃO TÉCNICO PLANO DE ACÇÃO DO TROÇO IP 3 MORTÁGUA EN228 / RAIVA IC6 RESUMO NÃO TÉCNICO Abril de 2013 IP 3 - Mortágua (EN 228) / Raiva (IC 6). Resumo do Plano de Acção ÍNDICE DE TEXTO Pág. 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS...

Leia mais

às Vias de Comunicação

às Vias de Comunicação Vias de Comunicação Luís Picado Santos 1/24 Apresentação e Introdução Geral às Vias de Comunicação O ensino das vias de comunicação no DECivil Tipos de vias de comunicação Projecto, construção e manutenção

Leia mais

CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DOS PAVIMENTOS DE INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS 1 Prof. José Neves

CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DOS PAVIMENTOS DE INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS 1 Prof. José Neves Instituto Superior Técnico Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Mestrado Integrado em Engenharia Civil Ano Lectivo 2007/2008 Unidade Curricular Construção e Manutenção de Infra-estruturas de

Leia mais

às Vias de Comunicação

às Vias de Comunicação Vias de Comunicação Luís Picado Santos 1/4 Apresentação e Introdução Geral às Vias de Comunicação O ensino das vias de comunicação no DECivil Tipos de vias de comunicação e ciclo de vida Conceitos gerais

Leia mais

Disciplina: Vias de Comunicação. Parte I - Traçado em Planta (1/2)

Disciplina: Vias de Comunicação. Parte I - Traçado em Planta (1/2) Licenciatura em Engenharia Civil e em Engenharia do Território Disciplina: Vias de Comunicação Prof. Responsável: Prof. Paulino Pereira Parte I - Traçado em Planta (1/2) Instituto Superior Técnico / Licenciaturas

Leia mais

Diferentes tipos de camadas de desgaste em prol da segurança e ambiente

Diferentes tipos de camadas de desgaste em prol da segurança e ambiente Ligantes Betuminosos Diferentes tipos de camadas de desgaste em prol da segurança e ambiente Escola Superior de Tecnologia do Barreiro Instituto Politécnico de Setúbal 6 e 7 Dez 2006 II ENEM - CRP Dez

Leia mais

"PROJECTO DE ESPECIFICAÇÃO PARA

PROJECTO DE ESPECIFICAÇÃO PARA "PROJECTO DE ESPECIFICAÇÃO PARA MARCAÇÃO RODOVIÁRIA RIA " MARIA ISABEL EUSÉBIO INVESTIGADORA COORDENADORA DO LNEC MARIA INÊS SHIRLEY ENGª. CIVIL DA EP- ESTRADAS DE PORTUGAL, E.P.E. PAULO MARQUES ENGº.

Leia mais

Tema: Influência da composição dos revestimentos superficiais no seu desempenho

Tema: Influência da composição dos revestimentos superficiais no seu desempenho Universidade do Minho - Escola de Engenharia MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL Plano de Trabalhos para Dissertação de Mestrado 2016/17 Tema: Influência da composição dos revestimentos superficiais

Leia mais

AVALIAÇÕES DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA. Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo

AVALIAÇÕES DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA. Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo AVALIAÇÕES DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo 1 Identificação de 31 locais de acumulação de acidentes e/ou de perceção de risco na Comunidade Intermunicipal da Lezíria

Leia mais

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE PASSAGENS HIDRÁULICAS

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE PASSAGENS HIDRÁULICAS Capítulo 6 PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE PASSAGENS HIDRÁULICAS Pré-dimensionamento de passagens hidráulicas 6.1 INTRODUÇÃO Neste capítulo apresentam-se elementos de dimensionamento hidrológico, hidráulico e

Leia mais

Dimensionamento de Rotundas Procedimentos Normativos

Dimensionamento de Rotundas Procedimentos Normativos Estoril, 5 a 7 de Abril 2006 Dimensionamento de Rotundas Procedimentos Normativos Ana Bastos Silva, Prof. Auxiliar Dep. Engª Civil da FCTUC da Universidade de Coimbra Alvaro Seco, Prof. Associado Dep.

Leia mais

Auditoria de Segurança Rodoviária e Revisão de Projectos de Estradas

Auditoria de Segurança Rodoviária e Revisão de Projectos de Estradas 4º Congresso Rodoviário Português Auditoria de Segurança Rodoviária e Revisão de Projectos de Estradas Eng. João Lourenço Cardoso Laboratório Nacional de Engenharia Civil Estrutura Oportunidades para melhoria

Leia mais

INFLUÊNCIA DAS METODOLOGIAS DE PROJECTO E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS NA OCORRÊNCIA DE DEGRADAÇÕES EM PAVIMENTOS DE AUTO-ESTRADAS

INFLUÊNCIA DAS METODOLOGIAS DE PROJECTO E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS NA OCORRÊNCIA DE DEGRADAÇÕES EM PAVIMENTOS DE AUTO-ESTRADAS INFLUÊNCIA DAS METODOLOGIAS DE PROJECTO E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS NA OCORRÊNCIA DE DEGRADAÇÕES EM PAVIMENTOS DE AUTO-ESTRADAS JOÃO MORGADO (INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO) CO-AUTORES: JOSÉ NEVES (INSTITUTO SUPERIOR

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Civil. Disciplina: TRANSPORTES Prof. Responsável: José Manuel Viegas

Mestrado Integrado em Engenharia Civil. Disciplina: TRANSPORTES Prof. Responsável: José Manuel Viegas Mestrado Integrado em Engenharia Civil Disciplina: TRANSPORTES Prof. Responsável: José Manuel Viegas Sessão Prática 7 (Tipo A): Dimensionamento de intersecções semaforizadas simples INTERSECÇÕES Introdução

Leia mais

SGPav - Sistema de Gestão de Pavimentos

SGPav - Sistema de Gestão de Pavimentos EMANUEL DUARTE F. COSTA PEREIRA J. EMÍDIO DE OLIVEIRA M. CONCEIÇÃO AZEVEDO SGPav - Sistema de Gestão de Pavimentos Objectivos e Funcionalidades 6 de Abril de 2006 GESTÃO DA CONSERVAÇÃO DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS

Leia mais

Exame - tipo Parte Teórica

Exame - tipo Parte Teórica 1/7 duração: 60 minutos NOME: Nº aluno: Sem consulta e sem calculadora 1 - (4,0) Complete, no enunciado, as frases, usando uma das sugestões entre parêntesis (um erro pode descontar se a frase deixar de

Leia mais

A condução do meu veículo com estas condições climatéricas: Deve ser feita com especial cuidado. Deve ser feita como normalmente.

A condução do meu veículo com estas condições climatéricas: Deve ser feita com especial cuidado. Deve ser feita como normalmente. A circulação neste tipo de via de características urbanas e com trânsito intenso implica o reconhecimento por parte do condutor que: A condução pode tornar-se monótona. O ambiente rodoviário é mais estável

Leia mais

Índice: 2 ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO EXISTENTE EM PORTUGAL... 13

Índice: 2 ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO EXISTENTE EM PORTUGAL... 13 Índice: ÍNDICE DE FIGURAS. 3 ÍNDICE DE QUADROS 4 TERMINOLOGIA.. 5 1 INTRODUÇÃO... 9 1.1 Enquadramento do tema...... 1.2 Objectivos e metodologia.. 1.3 Estrutura do trabalho. 2 ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO EXISTENTE

Leia mais

3Dimensionamento. de pavimentos

3Dimensionamento. de pavimentos 3Dimensionamento de pavimentos 35 Os materiais a utilizar e as espessuras das camadas do pavimento de uma estrada devem ser fixados em função do tráfego que esta deverá suportar e das características do

Leia mais

O 7º CRP E A REDE RODOVIÁRIA NACIONAL

O 7º CRP E A REDE RODOVIÁRIA NACIONAL PARCEIROS AUTORIDADES CIDADÃOS CONCERTAÇÃO HARMONIZAÇÃO PROJECTO CONSTRUÇÃO OPERAÇÃO & MANUTENÇÃO ESTRADAS EXISTENTES NA DECADA DE 80 Ausência de zona adjacente à faixa de rodagem Grande ocupação marginal

Leia mais

Inspecção de Marcas Rodoviárias, com equipamento estático e dinâmico

Inspecção de Marcas Rodoviárias, com equipamento estático e dinâmico , com equipamento estático e dinâmico SAFETRAFFIC / AFESP Coordenador da SC2 / CT 155 As Marcas desempenham um papel fundamental no guiamento dos condutores. Delimitam vias de circulação Separam sentidos

Leia mais

Sistema de Gestão de Pavimentos da Estradas de Portugal, S.A.

Sistema de Gestão de Pavimentos da Estradas de Portugal, S.A. Sistema de Gestão de Pavimentos da Estradas de Portugal, S.A. 26 de Novembro de 2010 João Gomes Morgado Direcção de Construção e Manutenção Departamento de Gestão de Conservação de Vias ÍNDICE Objectivos

Leia mais

Dimensionamento de pavimentos

Dimensionamento de pavimentos Dimensionamento de pavimentos Consiste em: calcular as espessuras das camadas especificar as características dos materiais dessas camadas por forma a limitar, durante a vida de projecto, a ocorrência de

Leia mais

Simona Fontul, LNEC Pedro Domingos, LNEC

Simona Fontul, LNEC Pedro Domingos, LNEC Caracterização de pavimentos aeroportuários em serviço: a experiência do NEC Maria de urdes Antunes, NEC mlantunes@lnec.pt Simona Fontul, NEC simona@lnec.pt Pedro Domingos, NEC pdomingos@lnec.ptpt Enquadramento

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Civil. Disciplina: TRANSPORTES Prof. Responsável: José Manuel Viegas

Mestrado Integrado em Engenharia Civil. Disciplina: TRANSPORTES Prof. Responsável: José Manuel Viegas Mestrado Integrado em Engenharia Civil Disciplina: TRANSPORTES Prof. Responsável: José Manuel Viegas Sessão Prática 7 (Tipo A): Dimensionamento de intersecções semaforizadas simples 1/22 INTERSECÇÕES Introdução

Leia mais

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios Página 1 de 5 Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios Capitulos 01 - Requisitos 02 - Etaqpas 03 - Traçado 04 - Trafego e Clssificação 05 - Geometria 06 - Caracteristicas Técnicas 07 - Distancia

Leia mais

Avaliação do Ruído de Tráfego: Metodologia para a Caracterização de Camadas de Desgaste Aplicadas em Portugal

Avaliação do Ruído de Tráfego: Metodologia para a Caracterização de Camadas de Desgaste Aplicadas em Portugal Avaliação do Ruído de Tráfego: Metodologia para a Caracterização de Camadas de Desgaste Aplicadas em Portugal M. L. Antunes, A. S. Coutinho e J. Patrício Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Portugal

Leia mais

MÓDULO B: PAVIMENTOS Características superficiais dos pavimentos de infra-estruturas rodoviárias

MÓDULO B: PAVIMENTOS Características superficiais dos pavimentos de infra-estruturas rodoviárias Instituto Superior Técnico Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Mestrado em Engenharia

Leia mais

ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A. TROÇO EN117 LISBOA (IC15) / AMADORA PLANO DE AÇÃO RESUMO NÃO TÉCNICO

ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A. TROÇO EN117 LISBOA (IC15) / AMADORA PLANO DE AÇÃO RESUMO NÃO TÉCNICO ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A. TROÇO EN117 LISBOA (IC15) / AMADORA PLANO DE AÇÃO RESUMO NÃO TÉCNICO Alfragide, maio de 2015 Esta página foi deixada propositadamente em branco 2 ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A. TROÇO

Leia mais

CASO DE ESTUDO DUM REFORÇO ESTRUTURAL DUM PAVIMENTO RODOVIÁRIO FLEXÍVEL

CASO DE ESTUDO DUM REFORÇO ESTRUTURAL DUM PAVIMENTO RODOVIÁRIO FLEXÍVEL Proceedings CLME2014 / IVCEM 7º Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia / IV Congresso de Engenharia de Moçambique Inhambane/Moçambique, 14-18 Abril 2014 Artigo Nº A023723 CASO DE ESTUDO DUM REFORÇO ESTRUTURAL

Leia mais

LIGAÇÃO DE MONDIM DE BASTO À EN210. Assinatura do contrato da empreitada

LIGAÇÃO DE MONDIM DE BASTO À EN210. Assinatura do contrato da empreitada Assinatura do contrato da empreitada António Laranjo Presidente do Conselho de Administração Mondim de Basto 7 de maio de 2018 VIA DO TÂMEGA VARIANTE À EN210 Lanço Arco de Baúlhe / Celorico de Basto Ligação

Leia mais

AVALIAÇÃO ECONÓMICA DE DIFERENTES SOLUÇÕES DE PAVIMENTAÇÃO AO LONGO DO CICLO DE VIDA DAS INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS

AVALIAÇÃO ECONÓMICA DE DIFERENTES SOLUÇÕES DE PAVIMENTAÇÃO AO LONGO DO CICLO DE VIDA DAS INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS AVALIAÇÃO ECONÓMICA DE DIFERENTES SOLUÇÕES DE PAVIMENTAÇÃO AO LONGO DO CICLO DE VIDA DAS INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS Maria de Lurdes Antunes Vânia Marecos Objectivos >Melhor conhecimento dos custos associados

Leia mais

CÃMARA MUNICIPAL DE ÍLHAVO

CÃMARA MUNICIPAL DE ÍLHAVO MARCAÇÕES RODOVIÁRIAS NA GAFANHA DA NAZARÉ - 2016 MEMORIA DESCRITIVA DOIA Divisão de Obras, Investimentos e Ambiente ÍNDICE Memória Descritiva Introdução Projeto Caraterização DOIA Divisão de Obras, Investimentos

Leia mais

NOTA TÉCNICA INSTALAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE LOMBAS REDUTORAS DE VELOCIDADE

NOTA TÉCNICA INSTALAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE LOMBAS REDUTORAS DE VELOCIDADE 1 - Introdução A construção de vias públicas com o objectivo primordial de maximizar o escoamento de grandes volumes de tráfego e o conforto dos ocupantes dos veículos, aliada aos progressos da industria

Leia mais

EDUARDO FUNG COORDENADOR DE PROJECTOS DA COBA,S.A. E DIRECTOR TÉCNICO DA CONSULSTRADA ANTÓNIO QUINTÃO, COLABORADOR DA COBA, S.A.

EDUARDO FUNG COORDENADOR DE PROJECTOS DA COBA,S.A. E DIRECTOR TÉCNICO DA CONSULSTRADA ANTÓNIO QUINTÃO, COLABORADOR DA COBA, S.A. EDUARDO FUNG COORDENADOR DE PROJECTOS DA COBA,S.A. E DIRECTOR TÉCNICO DA CONSULSTRADA ANTÓNIO QUINTÃO, COLABORADOR DA COBA, S.A. RESUMO Tem-se vindo a assistir nos últimos anos ao desenvolvimento da exploração

Leia mais

MIEC MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL 2017/2018 PROPOSTA DE TEMAS PARA DISSERTAÇÃO RAMO DE ESPECIALIZAÇÃO/ ÁREA CIENTÍFICA: VIAS DE COMUNICAÇÃO

MIEC MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL 2017/2018 PROPOSTA DE TEMAS PARA DISSERTAÇÃO RAMO DE ESPECIALIZAÇÃO/ ÁREA CIENTÍFICA: VIAS DE COMUNICAÇÃO 1 VC01 CONTRIBUIÇÃO PARA A CRIAÇÂO DE UM SIS DE GESTÃO DE PAVIMENTOS Jaime Manuel Queirós Ribeiro CO O presente trabalho tem como objetivo contribuir para definir os princípios para implementar um Sistema

Leia mais

RAMO DE ESPECIALIZAÇÃO DE VIAS DE COMUNICAÇÃO

RAMO DE ESPECIALIZAÇÃO DE VIAS DE COMUNICAÇÃO RAMO DE ESPECIALIZAÇÃO DE VIAS DE COMUNICAÇÃO 2017/2018 Pavimentos - Prof. Jaime Ribeiro - Profª Cecília Vale Materiais de pavimentação: betumes puros, betumes modificados, emulsões betuminosas, misturas

Leia mais

PROJETO DE NORMA NIE 4

PROJETO DE NORMA NIE 4 DESIGN PARAMETERS AND GEOMETRIC CHARACTERISTICS OF A ROAD PARAMÈTRES DE CONCEPTION ET CARACTÉRISTIQUES GÉOMÉTRIQUE D'UNE ROUTE ÍNDICE Art.º 1º Preâmbulo... 2 Art.º 2º Campo de aplicação... 2 Art.º 3º Referências

Leia mais

PLANO DE ACÇÃO DO TROÇO EN 223 FEIRA IP1 / MACEDO IC1 RESUMO NÃO TÉCNICO

PLANO DE ACÇÃO DO TROÇO EN 223 FEIRA IP1 / MACEDO IC1 RESUMO NÃO TÉCNICO PLANO DE ACÇÃO DO TROÇO EN 223 FEIRA IP1 / MACEDO IC1 RESUMO NÃO TÉCNICO Novembro de 2013 EN 223 Feira IP1 / Macedo IC1. Resumo do Plano de Acção ÍNDICE DE TEXTO Pág. 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS... 2 2 -

Leia mais

APLICAÇÃO DE REDES NEURONAIS À ANÁLISE DE RESULTADOS DA OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE SECÇÕES PILOTO DE PAVIMENTOS DA REDE DA BRISA

APLICAÇÃO DE REDES NEURONAIS À ANÁLISE DE RESULTADOS DA OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE SECÇÕES PILOTO DE PAVIMENTOS DA REDE DA BRISA APLICAÇÃO DE REDES NEURONAIS À ANÁLISE DE RESULTADOS DA OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE SECÇÕES PILOTO DE PAVIMENTOS DA REDE DA BRISA Simona Fontul Maria de Lurdes Antunes Pedro Domingos Dora Baptista LNEC

Leia mais

PIN Talk in Portugal Improving Urban Road Safety

PIN Talk in Portugal Improving Urban Road Safety PIN Talk in Portugal Improving Urban Road Safety Portuguese Road Safety Strategy Urban Areas Jorge Jacob Lisboa, 14 de março de 2017 Agenda: 1 Portugal na União Europeia 2 Evolução da Sinistralidade Rodoviária

Leia mais

APLICAÇÕES DE MISTURAS BETUMINOSAS DE ELEVADO DESEMPENHO EM REDES VIÁRIAS URBANAS

APLICAÇÕES DE MISTURAS BETUMINOSAS DE ELEVADO DESEMPENHO EM REDES VIÁRIAS URBANAS APLICAÇÕES DE MISTURAS BETUMINOSAS DE ELEVADO DESEMPENHO EM REDES VIÁRIAS URBANAS Fátima Batista LNEC Henrique Miranda ISEL Maria delurdesantunes LNEC Santiago Lanchas JRS Fernando Martinho FM Consult/JRS

Leia mais

MIEC MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL 2017/2018 PROPOSTA DE TEMAS PARA DISSERTAÇÃO RAMO DE ESPECIALIZAÇÃO/ ÁREA CIENTÍFICA: VIAS DE COMUNICAÇÃO

MIEC MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL 2017/2018 PROPOSTA DE TEMAS PARA DISSERTAÇÃO RAMO DE ESPECIALIZAÇÃO/ ÁREA CIENTÍFICA: VIAS DE COMUNICAÇÃO 1 VC01 CONTRIBUIÇÃO PARA A CRIAÇÂO DE UM SIS DE GESTÃO DE PAVIMENTOS Jaime Manuel Queirós Ribeiro CO O presente trabalho tem como objetivo contribuir para definir os princípios para implementar um Sistema

Leia mais

BENEFICIAÇÃO E REABILITAÇÃO DOS PAVIMENTOS DA A22 VIA DO INFANTE, ENTRE O NÓ DA GUIA E O NÓ DE FARO/AEROPORTO

BENEFICIAÇÃO E REABILITAÇÃO DOS PAVIMENTOS DA A22 VIA DO INFANTE, ENTRE O NÓ DA GUIA E O NÓ DE FARO/AEROPORTO BENEFICIAÇÃO E REABILITAÇÃO DOS PAVIMENTOS DA A22 VIA DO INFANTE, ENTRE O NÓ DA GUIA E O NÓ DE FARO/AEROPORTO EDUARDO FUNG Coordenador de Projectos da COBA,S.A. e Director Técnico da CONSULSTRADA FERNANDO

Leia mais

Paulo Ribeiro CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE APLICADOS A VIAS ARTERIAIS URBANAS PARA APOIO AO PLANEAMENTO E PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA.

Paulo Ribeiro CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE APLICADOS A VIAS ARTERIAIS URBANAS PARA APOIO AO PLANEAMENTO E PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA. CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE APLICADOS A VIAS ARTERIAIS URBANAS PARA APOIO AO PLANEAMENTO E PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA Paulo Ribeiro ESTRUTURA : Introdução :: A sustentabilidade nas Ruas Arteriais

Leia mais

SEGURANÇA RODOVIÁRIA EM ZONAS URBANAS

SEGURANÇA RODOVIÁRIA EM ZONAS URBANAS Jornadas de Investigação e Inovação LNEC Cidades e Desenvolvimento SEGURANÇA RODOVIÁRIA EM ZONAS URBANAS ASPETOS METODOLÓGICOS E PRÁTICOS PARA GESTÃO EFICIENTE João Lourenço Cardoso 18 a 0 de Junho de

Leia mais

Comportamento de camadas de desgaste não estruturais:

Comportamento de camadas de desgaste não estruturais: Comportamento de camadas de desgaste não estruturais: Luís Picado Santos Estrutura Enquadramento Camada de desgaste convencional Camada de desgaste porosa Camada de desgaste delgada Desenvolvimentos Conclusões

Leia mais

PROJECTO DE EXECUÇÃO EN ARQUITECTURA

PROJECTO DE EXECUÇÃO EN ARQUITECTURA 1. Introdução O presente projecto de execução diz respeito à acção de requalificação, ao nível da arquitectura, do troço final da EN 202, na entrada da Vila de Arcos de Valdevez, compreendido entre a nova

Leia mais

FATEC Faculdade de Tecnologia de Pavimentação Departamento de Transportes e Obras de Terra - Prof. Edson 1- RAIO MÍNIMO DE CURVATURA HORIZONTAL

FATEC Faculdade de Tecnologia de Pavimentação Departamento de Transportes e Obras de Terra - Prof. Edson 1- RAIO MÍNIMO DE CURVATURA HORIZONTAL 1- RAIO MÍNIMO DE CURVATURA HORIZONTAL Os raios mínimos de curvatura horizontal são os menores raios das curvas que podem ser percorridas em condições limite com a velocidade diretriz e à taxa máxima de

Leia mais

A condução do meu veículo com estas condições climatéricas: Deve ser feita com especial cuidado. Deve ser feita como normalmente.

A condução do meu veículo com estas condições climatéricas: Deve ser feita com especial cuidado. Deve ser feita como normalmente. A circulação neste tipo de via de características urbanas e com trânsito intenso implica o reconhecimento por parte do condutor que: A condução pode tornar-se monótona. O ambiente rodoviário é mais estável

Leia mais

Dimensionamento de pavimentos

Dimensionamento de pavimentos Dimensionamento de pavimentos Recolha de dados Concepção do pavimento Modelo de comportamento estrutural. Cálculo/ε. Alterar geometria Alterar materiais Análise dos modos de degradação. Avaliação de resistência

Leia mais

Auditorías e Inspecciones de Seguridad Vial. Aplicaciones prácticas

Auditorías e Inspecciones de Seguridad Vial. Aplicaciones prácticas Auditorías e Inspecciones de Seguridad Vial Aplicaciones prácticas Paulo Gil Mota paulogilmota@netcabo.pt Auditorías e Inspecciones de Seguridad Vial Evolução da Sinistralidade em Portugal Função das ASV

Leia mais

Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas LABORATÓRIO DE VIAS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES

Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas LABORATÓRIO DE VIAS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas LABORATÓRIO DE VIAS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES ANEXO 1. Introdução Este anexo ao documento sobre a proposta

Leia mais

elevado volume de tráfego

elevado volume de tráfego Long-Life Asphalt Pavements Technical version Pavimentos Asfálticos de Elevada Performance e Pavimentos de Longa Duração Conservação de Pavimentos de Longa Duração Exemplo prático de um projecto de conservação

Leia mais

segurança da circulação em meio urbano 30 de Novembro de 2018

segurança da circulação em meio urbano 30 de Novembro de 2018 DEPARTAMENTO 2º SEMINÁRIO segurança da circulação em meio urbano 30 de Novembro de 2018 Implementação de zonas 30 e de coexistência Ana Bastos EFEITO DA VELOCIDADE Relação directa quer com a frequência

Leia mais

AVALIAÇÃO DE PAVIMENTOS PERSPECTIVA DA AUTORIDADE AERONÁUTICA

AVALIAÇÃO DE PAVIMENTOS PERSPECTIVA DA AUTORIDADE AERONÁUTICA AVALIAÇÃO DE PAVIMENTOS PERSPECTIVA DA AUTORIDADE AERONÁUTICA Seminário Gestão da Segurança e da Operação e Manutenção de Redes Rodoviárias e Aeroportuárias Lisboa LNEC > 13 de Novembro de 2008 Patrocínio:

Leia mais

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO Luís de Picado Santos (picsan@civil.ist.utl.pt) Traçado em Concepção geométrica Aplicação 1/17 1 Perfil transversal Estabelecido em função da

Leia mais

CAPÍTULO 3 DESCRIÇÃO DA OBRA DE RECICLAGEM

CAPÍTULO 3 DESCRIÇÃO DA OBRA DE RECICLAGEM CAPÍTULO 3 DESCRIÇÃO DA OBRA DE RECICLAGEM 3.1 INTRODUÇÃO Esta obra refere-se à beneficiação de um troço da EN 244 entre Ponte Sôr e o cruzamento com a EN 118, já no concelho de Gavião, com uma extensão

Leia mais

ESTUDO DA EFICÁCIA DOS PAVIMENTOS DRENANTES NA REDUÇÃO DO RUÍDO RODOVIÁRIO PARA AS CONDIÇÕES SECO E MOLHADO. Adriana Santos AENOR

ESTUDO DA EFICÁCIA DOS PAVIMENTOS DRENANTES NA REDUÇÃO DO RUÍDO RODOVIÁRIO PARA AS CONDIÇÕES SECO E MOLHADO. Adriana Santos AENOR ESTUDO DA EFICÁCIA DOS PAVIMENTOS DRENANTES NA REDUÇÃO DO RUÍDO RODOVIÁRIO PARA AS CONDIÇÕES SECO E MOLHADO Adriana Santos AENOR Elisabete Freitas Luís Picado-Santos Universidade de Coimbra Enquadramento

Leia mais

AS VIAS DE COMUNICAÇÃO

AS VIAS DE COMUNICAÇÃO 1ENGENHARIA O PROJECTO (I) O Projecto corresponde à preparação da realização depois de decidido o que é que se quer fazer (planeamento); especifica-se como é que se vai fazer (resolvendo problemas que

Leia mais

ACIDENTES ESTUDO DE CASO TALAIA 1,2. ISCIA Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração, Aveiro 2

ACIDENTES ESTUDO DE CASO TALAIA 1,2. ISCIA Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração, Aveiro 2 A SEGURANÇA A RODOVIÁRIA RIA E OS ACIDENTES ESTUDO DE CASO NUNO AMARO 1 e MÁRIO M TALAIA 1,2 1 ISCIA Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração, Aveiro 2 Departamento de Física, Universidade

Leia mais

Amostragem Aleatória Simples. Exercício Resolvido 4

Amostragem Aleatória Simples. Exercício Resolvido 4 Exercício Resolvido 4 Amostragem Aleatória Simples Para dimensionar o pavimento de uma infra-estrutura rodoviária é necessário ter em conta para além de outros factores, o tráfego médio diário anual (TMDA)

Leia mais

Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura VIAS DE COMUNICAÇÃO VIAS DE COMUNICAÇÃO. Organização da Unidade Curricular

Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura VIAS DE COMUNICAÇÃO VIAS DE COMUNICAÇÃO. Organização da Unidade Curricular Organização da Unidade Curricular Índice Introdução... 1 Programa das Aulas Teóricas e Teórico-práticas... 1 Programa das Aulas Práticas... 4 Avaliação... 5 Bibliografia Recomendada... 6 Bibliografia Complementar...

Leia mais

Rotundas Perspectiva Histórica

Rotundas Perspectiva Histórica Perspectiva Histórica 1 Perspectiva Histórica 2 1 Potencial de Aplicação a) Usadas frequentemente para marcar alterações ao ambiente rodoviário; b) Moderação da velocidade de circulação c) Ganhos de Capacidade

Leia mais

O Efeito dos Microrevestimentos Cimentícios no Atrito de Rolamento dos Pavimentos

O Efeito dos Microrevestimentos Cimentícios no Atrito de Rolamento dos Pavimentos O Efeito dos Microrevestimentos Cimentícios no Atrito de Rolamento dos Pavimentos José Vanderlei de Abreu - jose.abreu@holcim.com José Tadeu Balbo - jotbalbo@usp.br Rodrigo Menegaz Muller - rodrigo.muller@holcim.com

Leia mais

1. Objectivo Âmbito Definições Legislação e Procedimentos/Normas Aplicáveis Caracterização dos Trabalhos...

1. Objectivo Âmbito Definições Legislação e Procedimentos/Normas Aplicáveis Caracterização dos Trabalhos... Índice 1. Objectivo... 3 2. Âmbito... 3 3. Definições... 4 4. Legislação e Procedimentos/Normas Aplicáveis... 4 5. Caracterização dos Trabalhos... 4 6. Princípios Gerais... 4 6.1. Domínio de Implantação...

Leia mais

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos Drenagem

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos Drenagem MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO Luís de Picado Santos (picsan@civil.ist.utl.pt) Drenagem Caracterização das possibilidades de intervenção Estimativa do caudal de ponta de cheia

Leia mais

A Importância das Inspeções de Segurança Rodoviária na Redução da Sinistralidade

A Importância das Inspeções de Segurança Rodoviária na Redução da Sinistralidade A Importância das Inspeções de Segurança Rodoviária na Redução da Sinistralidade Paulo Gil Mota 1 1 Fórum dos Auditores de Segurança Rodoviária, Alameda dos Oceanos, Lote 1,02.1.1 T 32, 1990-203, Lisboa,

Leia mais

ANEXO. Proposta de Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho

ANEXO. Proposta de Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 17.5.2018 COM(2018) 274 final ANNEX 1 ANEXO da Proposta de Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho que altera a Diretiva 2008/96/CE relativa à gestão da segurança da infraestrutura

Leia mais

casos de estudo Aplicação de borracha reciclada de pneus

casos de estudo Aplicação de borracha reciclada de pneus Fátima Batista LNEC Objectivo Transferência de conhecimentos sobre estratégias de fim de vida para as outros materiais que não são habitualmente reciclados na construção rodoviária: Técnicas de demolição

Leia mais

MEMÓRIA DESCRITIVA. Empreitada de VIAS MUNICIPAIS CONSERVAÇÃO E ABERTURA DE NOVAS REPAVIMENTAÇÃO DA AVENIDA JOSÉ ESTEVÃO, GAF.

MEMÓRIA DESCRITIVA. Empreitada de VIAS MUNICIPAIS CONSERVAÇÃO E ABERTURA DE NOVAS REPAVIMENTAÇÃO DA AVENIDA JOSÉ ESTEVÃO, GAF. Empreitada de VIAS MUNICIPAIS CONSERVAÇÃO E ABERTURA DE NOVAS REPAVIMENTAÇÃO DA AVENIDA JOSÉ ESTEVÃO, GAF.DA NAZARÉ página 1 de 5 1 - INTRODUÇÃO A entidade promotora da presente empreitada é a Câmara Municipal

Leia mais

Auditoria de Segurança Rodoviária ao projecto de estradas. Alguns ensinamentos da sua realização em Portugal.

Auditoria de Segurança Rodoviária ao projecto de estradas. Alguns ensinamentos da sua realização em Portugal. Auditoria de Segurança Rodoviária ao projecto de estradas. Alguns ensinamentos da sua realização em Portugal. Eng. J. L. Cardoso Eng. C. A. Roque Estrada 2006 IV CONGRESSO RODOVIÁRIO PORTUGUÊS Estoril,

Leia mais

MICROAGLOMERADO BETUMINOSO A FRIO. Uma Técnica de Referência. Pedro Seixas

MICROAGLOMERADO BETUMINOSO A FRIO. Uma Técnica de Referência. Pedro Seixas MICROAGLOMERADO BETUMINOSO A FRIO Uma Técnica de Referência Congresso Rodoviário Português - Abril 2006 Princípios gerais Construir Estradas de altas prestações Cumprir as normas em vigor. Colaborar na

Leia mais

ANÁLISE DA VARIABILIDADE DO IRI OBTIDO POR VÁRIOS PERFILÓMETROS

ANÁLISE DA VARIABILIDADE DO IRI OBTIDO POR VÁRIOS PERFILÓMETROS ANÁLISE DA VARIABILIDADE DO IRI OBTIDO POR VÁRIOS PERFILÓMETROS Elisabete Freitas Universidade Minho Guimarães, Portugal efreitas@civil.uminho.pt Paulo Pereira Universidade Minho Guimarães, Portugal ppereira@civil.uminho.pt

Leia mais

IMPACTES DO ESTACIONAMENTO EM SEGUNDA FILA

IMPACTES DO ESTACIONAMENTO EM SEGUNDA FILA IMPACTES DO ESTACIONAMENTO EM SEGUNDA FILA Rute Geraldes e José Manuel Viegas, CESUR-Instituto Superior Técnico IV CONGRESSO RODOVIÁRIO PORTUGUÊS 5, 6 e 7 de Abril : 2.1 Análise de situações tipo 3.1 Análise

Leia mais

PROJETO DE ARRANJOS EXTERIORES

PROJETO DE ARRANJOS EXTERIORES PROJETO DE ARRANJOS EXTERIORES ECOCENTRO VALORIZAÇÃO AMBIENTAL Zona Industrial de Cedrim - Sever do Vouga Câmara Municipal de Sever do Vouga TERMO DE RESPONSABILIDADE Anabela de Sá Marques, Engenheira

Leia mais

Teste n.º 7 Tema III e IV Iluminação, passageiros e carga, condução defensiva e peões

Teste n.º 7 Tema III e IV Iluminação, passageiros e carga, condução defensiva e peões Teste n.º 7 Tema III e IV Iluminação, passageiros e carga, condução defensiva e peões 1 O veículo longo que segue à minha frente é obrigado a circular sempre com as luzes de cruzamento acesas? Não. Só

Leia mais

Empreitada n.º Execução das Redes de Saneamento de Benavente Avenida Egas Moniz Samora Correia

Empreitada n.º Execução das Redes de Saneamento de Benavente Avenida Egas Moniz Samora Correia Dono de Obra Entidade Executante AR Águas do Ribatejo, EM, S.A. PROTECNIL - Sociedade Técnica de Construções, S.A. PROJECTO DE SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DE SEGURANÇA A IMPLEMENTAR NA EMPREITADA Empreitada

Leia mais

A concepção de infra-estruturas utilizando modelos da dinâmica de veículos visando a segurança rodoviária

A concepção de infra-estruturas utilizando modelos da dinâmica de veículos visando a segurança rodoviária Instituto uperior Técnico Departamento de Engenharia Mecânica A concepção de infra-estruturas utilizando modelos da dinâmica de veículos visando a segurança rodoviária IV Congresso Rodoviário Português

Leia mais

OS SENIORES E A SEGURANÇA RODOVIÁRIA

OS SENIORES E A SEGURANÇA RODOVIÁRIA OS SENIORES E A SEGURANÇA RODOVIÁRIA Enquadramento O conceito de Seniores tem sofrido grandes alterações ao longo dos anos. Geralmente utiliza-se como referência a idade da aposentação, incluindo-se neste

Leia mais

PROJETO DE INFRAESTRUTURA VIÁRIA

PROJETO DE INFRAESTRUTURA VIÁRIA Projeto de Loteamento Urbano e dos Projetos das Obras de Urbanização da Zona de Localização Empresarial do Sabugal PROJETO DE INFRAESTRUTURA VIÁRIA MEMÓRIA DESCRITIVA REQUERENTE: CÂMARA MUNICIPAL DO SABUGAL

Leia mais

Atropelamentos no concelho do Seixal Que factores urbanísticos os influenciam?

Atropelamentos no concelho do Seixal Que factores urbanísticos os influenciam? Atropelamentos no concelho do Seixal Que factores urbanísticos os influenciam? Hugo Leandro Instituto de Geografia e Ordenamento do Território UL CEG-IGOT Plano da apresentação 1. Metodologia 2. Saúde

Leia mais

SISTEMA DE INSPECÇÃO E DIAGNÓSTICO DE REVESTIMENTOS EPÓXIDOS EM PISOS INDUSTRIAIS

SISTEMA DE INSPECÇÃO E DIAGNÓSTICO DE REVESTIMENTOS EPÓXIDOS EM PISOS INDUSTRIAIS SISTEMA DE INSPECÇÃO E DIAGNÓSTICO DE REVESTIMENTOS EPÓXIDOS EM PISOS INDUSTRIAIS João Garcia maxit / Mestrando IST Jorge de Brito Prof. Associado IST 1º Congresso Nacional de Argamassas de Construção

Leia mais

ÍNDICE GERAL AGRADECIMENTOS RESUMO ABSTRACT SIMBOLOGIA 1. - INTRODUÇÃO 2. - DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

ÍNDICE GERAL AGRADECIMENTOS RESUMO ABSTRACT SIMBOLOGIA 1. - INTRODUÇÃO 2. - DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ÍNDICE GERAL AGRADECIMENTOS RESUMO ABSTRACT SIMBOLOGIA 1. - INTRODUÇÃO 2. - DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 3. - SISTEMATIZAÇÃO DE CONCEITOS E REVISÃO DA LITERATURA 3.1 - INTERPOLAÇÃO ESPACIAL DE INFORMAÇÃO ASSOCIADA

Leia mais

DR3-Usar conhecimentos científicos que suportam normas reguladoras de segurança no Código Rodoviário. Distância mínimas entre veículos

DR3-Usar conhecimentos científicos que suportam normas reguladoras de segurança no Código Rodoviário. Distância mínimas entre veículos DR3-Usar conhecimentos científicos que suportam normas reguladoras de segurança no Código Rodoviário Distância mínimas entre veículos ... Há cada vez mais veículos nas nossas estradas.... os veículos

Leia mais

Medidas de Apoio ao Uso da Bicicleta

Medidas de Apoio ao Uso da Bicicleta Estoril, 5 a 7 de Abril 2006 Medidas de Apoio ao Uso da Bicicleta Ana Bastos Silva, Dep. Engª Civil da FCTUC da Universidade de Coimbra João Pedro Silva, Dep. Engª Civil da ESTG, Instituto Politécnico

Leia mais

Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto 1

Trabalho elaborado por: Sandra Jacinto 1 RADARES DE CONTROLO DE VELOCIDADE Foram instalados nas cidades e periferias, isto contribuiu para a diminuição da sinistralidade. Trabalho elaborado por : Sandra Jacinto 1 Trabalho elaborado por : Sandra

Leia mais

CARTOGRAFIA DE RUIDO DA CIDADE DE LISBOA

CARTOGRAFIA DE RUIDO DA CIDADE DE LISBOA CARTOGRAFIA DE RUIDO DA CIDADE DE LISBOA 43.50.Sr Palma, M.J.; Bento Coelho, J.L. CAPS - Instituto Superior Técnico Av. Rovisco Pais, P-1049-001 Lisboa Portugal Tel: 351 218419393 Fax: 351 218465303 E-mail:

Leia mais

Relatório. Projecto FEUP 2010/2011

Relatório. Projecto FEUP 2010/2011 Relatório Projecto FEUP 2010/2011 Porto, 21 de Outubro de 2010 Tema A sinistralidade rodoviária no concelho do Porto Problema Como se pode eliminar os acidentes num local em particular? Orientadores Supervisora

Leia mais

Diploma. Classifica as estradas da rede viária regional

Diploma. Classifica as estradas da rede viária regional Diploma Classifica as estradas da rede viária regional Decreto Legislativo Regional n.º 15/2005/M Classificação das estradas da rede viária regional A implementação de novas vias, designadamente da via

Leia mais

APRESENTAÇÃO DA NORMA ISO 39001: 2017 Sistemas de Gestão da Segurança Rodoviária (SGSR) Requisitos e orientações para aplicação.

APRESENTAÇÃO DA NORMA ISO 39001: 2017 Sistemas de Gestão da Segurança Rodoviária (SGSR) Requisitos e orientações para aplicação. APRESENTAÇÃO DA NORMA ISO 39001: 2017 Sistemas de Gestão da Segurança Rodoviária (SGSR) Requisitos e orientações para aplicação. Isabel Seabra Indice ISO 39001:2017 e Redução da Sinistralidade ISO 39001

Leia mais

Enunciados da Monografia e dos. Trabalhos Práticos

Enunciados da Monografia e dos. Trabalhos Práticos Enunciados da Monografia e dos Trabalhos Práticos 1 Monografia Objectivos Os alunos deverão desenvolver uma monografia tratando um dos dois temas genéricos seguintes: Segurança Rodoviária Sistemas Inteligentes

Leia mais

Disciplina: Gestão da Mobilidade Urbana. Prof. Responsável: Rosário Macário. Aulas Teóricas

Disciplina: Gestão da Mobilidade Urbana. Prof. Responsável: Rosário Macário. Aulas Teóricas MESTRADO INTEGRADO DE ENGENHARIA CIVIL MESTRADO EM URBANISMO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO MESTRADO EM PLANEAMENTO E OPERAÇÃO DE TRANSPORTES LICENCIATURA EM ENGENHARIA DO TERRITÓRIO Disciplina: Gestão da

Leia mais

Câmara Municipal de Águeda Pavimentação e Arranjos Urbanísticos do Estacionamento do Bairro do Redolho, na Borralha.

Câmara Municipal de Águeda Pavimentação e Arranjos Urbanísticos do Estacionamento do Bairro do Redolho, na Borralha. MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA Memória Descritiva e Justificativa 1 1 - GENERALIDADES 1.1 - Denominação e Localização Refere-se a presente memória descritiva e justificativa ao projecto de execução

Leia mais