AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DE REVESTIMENTO ANTI-DERRAPANTE COLORIDO NA MELHORIA DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DE REVESTIMENTO ANTI-DERRAPANTE COLORIDO NA MELHORIA DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA"

Transcrição

1 AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DE REVESTIMENTO ANTI-DERRAPANTE COLORIDO NA MELHORIA DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA Resumo Miguel Menezes José Neves Ana Fernandes Instituto Superior Técnico Lisboa, Portugal A camada de desgaste dos pavimentos rodoviários tem a principal função de assegurar bons níveis de atrito e macrotextura, de modo a contribuir para uma circulação mais segura, principalmente em situações adversas de circulação. Nos últimos anos as características de superfície dos pavimentos têm sido cada vez mais valorizadas no sentido de darem um importante contributo no aumento dos níveis de segurança nas estradas e, consequentemente, na diminuição da sinistralidade rodoviária. A melhoria das propriedades dos materiais betuminosos e o desenvolvimento de novas técnicas de pavimentação tem contribuído para beneficiar as características de superfície dos pavimentos em termos de segurança (melhor aderência) e durabilidade (menor desgaste), ao longo da sua vida útil. O revestimento anti-derrapante colorido é um destes exemplos. O revestimento antiderrapante consiste num tratamento superficial aplicado sobre a camada de desgaste do pavimento, recomendado em intervenções de construção, conservação e reabilitação de pavimentos em bom estado estrutural. É uma tecnologia de aplicação simples e que necessita de interrupção mínima do tráfego, com corte alternado de vias. A avaliação da aplicação de revestimentos anti-derrapantes coloridos na melhoria da segurança rodoviária baseou-se em dois casos práticos para os quais se descreveu o procedimento de aplicação e os materiais utilizados e se apresentou os resultados dos ensaios realizados quer na superfície existente, quer no revestimento anti-derrapante. A medição do atrito e da macrotextura foi realizada recorrendo aos métodos pontuais do Pêndulo Britânico e da Mancha de Areia, respectivamente. Da análise comparativa dos resultados dos ensaios ao revestimento anti-derrapante dos casos de estudo relativamente aos valores observados no pavimento existente, concluiu-se que houve um aumento significativo do coeficiente de atrito e da macrotextura. Observou-se também, que em situações de muito tráfego pesado, o revestimento anti-derrapante apresenta degradações precoces. INTRODUÇÃO Apesar dos inúmeros esforços desenvolvidos no combate à sinistralidade rodoviária, os acidentes estão ainda bem presentes na realidade das estradas de todo o mundo. A ocorrência de despistes é devida, normalmente, à deficiente gestão da velocidade de circulação por parte 1597

2 dos condutores, no contexto do tipo de traçado e de outros factores como o pavimento molhado e a sinalização desajustada. O revestimento anti-derrapante consiste num tratamento superficial aplicado sobre a camada de desgaste do pavimento existente, sem que sejam necessárias intervenções na estrutura do pavimento. Este revestimento tem como principal objectivo a melhoria das características superficiais pelo aumento do coeficiente de atrito e da macrotextura. Os maiores valores do coeficiente de atrito conseguidos com esta técnica contribuirão para a redução do risco de acidente, nomeadamente, pela diminuição das distâncias de travagem, potenciada por uma maior aderência do veículo ao pavimento. Com a utilização de revestimentos anti-derrapantes coloridos, as travagens de emergência, especialmente em pavimentos molhados, podem ser muito mais eficazes em locais potencialmente perigosos, tais como: declives de inclinação acentuada; aproximação a cruzamentos; curvas perigosas; aproximação a pontes; passagens de peões. Em Portugal, os revestimentos anti-derrapantes são ainda uma técnica nova. Noutros países, este tipo de pavimento já é utilizado na prevenção de acidentes há alguns anos. No Reino Unido, em particular, onde este produto é certificado, a experiência obtida ao longo dos últimos 30 anos demonstrou que estes revestimentos são muito eficazes na redução dos acidentes de tráfego, sobretudo em zonas do traçado caracterizadas por elevada densidade de tráfego e elevado risco de ocorrência de derrapagem [Gaspar, 2007]. CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DO REVESTIMENTO ANTI-DERRAPANTE O revestimento anti-derrapante consiste numa técnica aplicada em camadas muito delgadas, constituídas por resina adesiva e agregado de alto valor do polimento acelerado (PSV). O revestimento é aplicado directamente na superfície do pavimento existente e resulta numa superfície final de elevada microtextura. Tanto a resina como o agregado a aplicar no revestimento podem ter a cor vermelha, o que para além do elevado valor de coeficiente de atrito já referido, é um excelente alerta visual para zonas potencialmente perigosas. A aplicação do revestimento pode ser a quente ou a frio, bem como também pode ser manual, produtos conhecidos na terminologia inglesa por coat and scatter (espalhamento dos materiais por camadas) ou por meios mecânicos ou por desgaste. Na aplicação manual a quente são utilizados ligantes em resina termoplástica e agregados de granulometria seleccionada, resultando num revestimento com espessura final de cerca de 4 mm. No sistema de aplicação mecânica a frio, utiliza-se como ligante uma resina epóxica de dois componentes, pulverizada previamente no local a tratar, sendo em seguida espalhado o agregado. Ambos os sistemas de aplicação conferem um elevado coeficiente de atrito à superfície do revestimento. Os agregados utilizados têm dimensão nominal compreendida entre 1 e 3mm. Os revestimentos anti-derrapantes só devem ser aplicados sobre superfícies secas, em bom estado e limpas de pó, óleos, excesso de betume e outros contaminantes pois estes podem diminuir a aderência. A remoção de óleo, gordura ou similares contaminações, pode ser feita 1598

3 por lavagem com agente desengordurante seguido de enxaguamento com água. Depois da preparação da superfície, esta tem que estar completamente seca. O uso de ar comprimido pode ser aconselhável. Também qualquer crosta de gelo ou sal deve ser inteiramente eliminada pela lavagem. Um dos problemas associados aos revestimentos anti-derrapantes, tal como noutros tipos de revestimentos, está relacionado com a reflexão de fendas ou outros defeitos do pavimento existente na superfície do revestimento anti-derrapante [Gaspar, 2007]. Assim, é essencial que seja aplicada previamente uma camada adequada de resina. Remendos muito irregulares ou salientes no pavimento podem requerer uma aplicação adicional de resina para tornar uniforme a superfície do pavimento. Em certas circunstâncias, o ligante de resina é ele próprio uma primeira aplicação. Contudo, em superfícies muito absorventes, como por exemplo em betão betuminoso de maior porosidade, é aconselhável aplicar em primeiro lugar um produto para colmatar os vazios. No caso da aplicação a frio do revestimento, deve ser assegurado que a mistura da resina é homogénea para se proteger convenientemente a superfície e de modo a prevenir contaminações. A mistura da totalidade do conteúdo do activador e da resina é efectuada com misturador em movimentos verticais. A mistura de ambos os componentes é realizada durante 2 a 3 minutos de forma a obter um material homogéneo e totalmente activado. Deve aplicar-se imediatamente o material dispondo a resina em riscas na superfície, com rodo fechado, e espalhando posteriormente o agregado na superfície de forma a assegurar que a resina fica completamente coberta. Se a área contígua também for para tratar, deve-se deixar uma margem molhada e aplicar a resina o mais cedo possível de modo a evitar a junta. O excesso de agregado deve ser varrido quando a resina tiver feito presa. O agregado não contaminado pode ser recuperado e voltar a ser usado. É normal ocorrer a desagregação de agregado no período a seguir à aplicação do revestimento. Algum agregado resulta do excedente depositado pelo assentador e pode ser varrido ou levemente removido com uma máquina de pressão, apenas depois da resina ter feito presa conforme já referido, o que acontece cerca de uma hora e meia a duas horas depois da sua aplicação. Dois a três dias após a aplicação do revestimento e abertura ao tráfego, a estrada deve ser novamente varrida para retirar os agregados soltos pela circulação dos veículos. Normalmente não são necessários outros cuidados posteriores. De qualquer forma, detritos tais como folhas e sujidades podem ser removidos com máquina de pressão, assegurando que a ponta da mangueira esteja pelo menos localizada a 5 cm da superfície. As manchas de óleo existentes no revestimento podem ser tratadas com escova rija e solução forte de detergente e água. A superfície deve ser depois enxaguada com água limpa. APRESENTAÇÃO DOS CASOS DE ESTUDO A avaliação do revestimento anti-derrapante como medida de melhoria da segurança rodoviária baseou-se em dois casos de estudo onde esta técnica foi aplicada em duas estradas municipais, ambas pertencentes ao Concelho de Sintra: a EM 603 e a EM A EM 603 faz a ligação entre a Várzea de Sintra e o Magoito. É uma estrada de dois sentidos, com uma via em cada sentido, com pavimento em betão betuminoso na camada de desgaste e volume de tráfego baixo. A aplicação do revestimento anti-derrapante foi feita em Setembro de 2007 numa extensão de cerca de 300 m, num troço inclinado e em curva numa extensão de cerca de 300 m (Figura 1a)). A ocorrência de alguns acidentes neste troço levou 1599

4 à opção de aplicação de revestimento anti-derrapante. Os acidentes registados deveram-se, essencialmente, ao excesso de velocidade dos condutores proporcionado pelo traçado da estrada naquele local. a) EM 603 b) EM Figura 1: Vista geral dos casos de estudo O segundo local de estudo situa-se na EM entre a Venda do Pinheiro e Negrais, onde a aplicação do revestimento anti-derrapante se realizou em Maio de Tal como no caso anterior, o pavimento existente sobre o qual foi aplicado a nova solução tinha camada de desgaste em betão betuminoso. Esta estrada é também constituída por duas vias, uma em cada sentido, sendo o troço de estrada em estudo maioritariamente em curva (Figura 1b)). A recta que faz a aproximação à curva no sentido Venda do Pinheiro/Negrais e a própria curva têm uma inclinação descendente muito acentuada. Cerca de 100 m após a curva, no sentido Negrais, situa-se uma passagem de peões. A colocação do novo revestimento teve como objectivo principal o aumento do atrito na secção em curva e na zona de aproximação à passagem de peões, de forma a reduzir o número de acidentes neste local. Contudo, considera-se que a aplicação do revestimento deveria ter sido prolongada até à passagem de peões (Figura 1b)) no sentido Negrais, reduzindo a distância de paragem dos veículos. Da mesma forma, também no sentido oposto se considera que o revestimento deveria ter sido prolongado até antes do início da curva, para que toda a trajectória fosse feita pelos veículos em melhores condições de aderência. Durante a visita à obra observou-se que o revestimento anti-derrapante, apesar de recente, já evidenciava algumas degradações: ocorrência de ondulações devidas ao deslizamento do revestimento anti-derrapante sobre o pavimento existente (Figura 2a)); existência de peladas, sendo já visível a camada de desgaste subjacente (Figura 2b)). A ocorrência destas degradações podem ser devidas ao facto de no momento de aplicação do novo revestimento o pavimento existente não estar seco em virtude das condições atmosféricas. Também a construção de obra particular junto ao local pode ter provocado a acumulação de detritos que não foram devidamente varridos, o que poderá ter contribuído para uma inadequada aderência do revestimento novo ao suporte. O volume adicional de tráfego pesado induzido por aquela obra poderá também ter contribuído para o aparecimento destas degradações. 1600

5 a) Ondulações b) Peladas Figura 2: Degradações no pavimento da EM Por observação directa no local, constatou-se que esta estrada tem volume de tráfego muito elevado e que, numa grande percentagem, é constituído por tráfego pesado. DESCRIÇÃO E RESULTADOS DOS ENSAIOS A análise da eficácia da aplicação do revestimento anti-derrapante nos casos de estudo baseou-se na realização de ensaios in situ de resistência à derrapagem e da profundidade de textura com métodos padronizados. Os equipamentos utilizados pertencem ao Laboratório de Vias de Comunicação e Transportes do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico. Tendo em conta a extensão reduzida dos casos de estudo, considerou-se suficiente e adequado recorrer apenas a métodos de ensaio pontuais. Para a medição da resistência à derrapagem foi utilizado o Pêndulo Britânico e para a determinação da profundidade de textura utilizou-se o Teste da Mancha da Areia. Os ensaios na EM603 foram realizados em Abril de 2008 e, na EM539-2, em Julho de Em cada caso de estudo foram feitos ensaios com o Pêndulo Britânico e com a Mancha de Areia na rodeira (a 0,90m da berma da estrada), onde o atrito tem a tendência a ser mais desfavorável devido à passagem dos rodados dos veículos, e a meio da via (a 1,70 m da berma da estrada), para comparação. No ensaio do Pêndulo Britânico, para medição do coeficiente de atrito, foi seguida a norma europeia EN (2003). Em cada ensaio foram registadas cinco medições e considerouse que os valores obtidos não poderiam afastar-se mais de três unidades PTV (valor do teste do pêndulo) O coeficiente de atrito do pavimento, considerado como resultado do ensaio, corresponde à média das cinco medições. Antes de realizar o ensaio, o piso foi limpo, medida a temperatura da superfície e seguidamente molhada. Os resultados finais do ensaio foram normalizados para a temperatura de 20º C de acordo com a correcção indicada no Quadro 1. Quadro 1: Correcção a aplicar ao coeficiente de atrito Temperatura medida (ºC) Correcção do Coeficiente de atrito O ensaio da Mancha de Areia foi realizado segundo a norma europeia EN , substituindo-se as esferas de vidro pela areia calibrada tal como preconizado ainda pelo 1601

6 método de ensaio anterior. Para cada local foram feitas cinco medições, com espaçamentos de um metro no alinhamento da rodeira e no meio da via. Em cada ensaio foi espalhado 25 cm 3 de areia calibrada de forma a obter uma mancha de areia circular, até ao total espalhamento da areia. Mediram-se dois diâmetros do círculo para tentar obter um valor mais realista, através da média dos dois diâmetros. A textura do pavimento é calculada para cada ponto de ensaio pela equação 1 4 V MTD = (1) π 2 D em que: MTD profundidade média da textura superficial (mm); V volume de material espalhado (mm 3 ); D diâmetro médio do círculo obtido com o espalhamento do material (mm). O estudo da aplicação do revestimento anti-derrapante na EM 603 foi feito sete meses após a abertura ao tráfego. Foram escolhidos três locais de ensaio: o primeiro localizou-se no pavimento de betão betuminoso antigo, imediatamente antes do início do revestimento antiderrapante, para que fosse representativo das condições existentes anteriores à aplicação do novo revestimento; os outros dois realizaram-se sobre o revestimento anti-derrapante, em duas situações distintas de traçado início da secção em recta e na secção em curva. Ambos os ensaios foram realizados na via com sentido Magoito/Várzea de Sintra, correspondente ao intradorso da curva e ao sentido descendente e por isso mais gravoso. Foram escolhidos estes dois locais para poder ser feita a comparação entre o desgaste do pavimento em secção recta e curva, que se previa diferente. No Quadro 2 estão apresentados os resultados dos ensaios. Pavimento Existente Local de ensaio Quadro 2: Resultados dos ensaios na EM 603 Temperatura (ºC) Valor medido (PTV) Pêndulo Britânico Valor corrigido (PTV) Mancha de Areia Textura (mm) rodeira 18 0,60 0,59 0,75 1/2 da Via 20 0,45 0,45 (a) Revestimento Anti- rodeira 17 0,69 0,68 1,50 Derrapante (Recta) 1/2 da Via 17 0,70 0,69 1,51 Revestimento Anti- rodeira 22 0,70 0,70 1,45 Derrapante (Curva) 1/2 da Via 20 0,68 0,68 1,30 (a) Não foi possível realizar esta medição divido ao tráfego e proximidade do cruzamento. Na EM foram escolhidos três pontos de ensaio com afastamento entre si de 5 m, todos situados na secção em recta do revestimento anti-derrapante (sentido Venda do Pinheiro/Negrais). Não foi possível realizar ensaios na secção em curva, devido ao tráfego elevado e à falta de visibilidade nessa zona. Para a realização em segurança de mais ensaios teria sido necessário desviar o tráfego, o que não foi possível. Estes ensaios foram realizados dois meses após a aplicação do novo pavimento. A opção de realizar três ensaios em pontos com as mesmas características serviu apenas para aumentar a amostra, tornando os resultados mais consistentes. No Quadro 3 apresenta-se os resultados dos ensaios. 1602

7 Quadro 3: Resultados dos ensaios na EM Local de ensaio Temperatura (ºC) Valor medido (PTV) Pêndulo Britânico Valor corrigido (PTV) Revestimento Anti- rodeira 43 0,77 0,80 Derrapante (1º Ponto) 1/2 da Via 43 0,80 0,83 Revestimento Anti- rodeira 42 0,67 0,70 Derrapante (2º Ponto) 1/2 da Via 42 0,74 0,77 Revestimento Anti- rodeira 41 0,75 0,78 Derrapante (3º Ponto) 1/2 da Via 40 0,74 0,77 Mancha de Areia Textura (mm) 1,70 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO REVESTIMENTO ANTI-DERRAPANTE Pretendeu-se avaliar o comportamento do revestimento anti-derrapante aplicado nos casos de estudo através da análise e interpretação dos resultados obtidos nos ensaios de campo. Relativamente ao atrito, observa-se na Figura 3, que resume os resultados dos ensaios de medição do atrito realizados na EM 603 apresentados no Quadro 2, que foi claro o aumento do coeficiente de atrito com a aplicação do revestimento anti-derrapante em relação ao pavimento existente de betão betuminoso na camada de desgaste. Ao contrário do que seria esperado, observou-se que o atrito na zona da rodeira nem sempre foi mais baixo que no meio da via. O facto da rodeira não estar bem definida por se tratar de zona em curva pode justificar estes resultados. Neste caso, por exemplo, o atrito na zona da curva foi menor a meio da via, o que pode ser devido aos condutores abrirem a trajectória de circulação ao fazerem a curva, para a tornar menos apertada. A mesma justificação serve para o pavimento com desgaste em betão betuminoso por ter sido realizado perto dum cruzamento e a rodeira não estar bem definida aí. Atrito (PTV) Pavimento existente Revestimento anti-derrapante (recta) Revestimento anti-derrapante (curva) Rodeira 1/2 da Via Figura 3: Resultados dos ensaios de Pêndulo Britânico na EM 603 Ao comparar os resultados obtidos nos ensaios com o valor de referência para o coeficiente de atrito estipulado no Caderno de Encargos da Estrada de Portugal SA. (0,55 PTV) [EP, 1998], verificou-se que o atrito no pavimento existente se encontrava abaixo do valor mínimo recomendado. Relativamente à aplicação do revestimento, este apresentou valores muito bons, cerca de 25% acima do valor de referência. Em relação ao pavimento existente, o revestimento anti-derrapante trouxe uma melhoria de aproximadamente 15% na zona da rodeira e de 50% a meio da via, o que foram resultados muito satisfatórios. 1603

8 Neste estudo, foram feitos ensaios ao revestimento anti-derrapante para diferentes períodos após abertura ao tráfego. Na EM as características de superfície foram avaliadas no início da sua vida, quando o pavimento tinha apenas dois meses, enquanto que na EM 603, os ensaios foram realizados sete meses após a abertura ao tráfego. Na Figura 4 observou-se uma diferença relativa entre as duas situações de 12%, e que poderá estar associada à diferença de cinco meses entre as duas aplicações. Contudo, apesar da preocupação em escolher dois locais com características semelhantes de traçado e com a aplicação de revestimentos idênticos, existem significativas e inevitáveis diferenças entre os dois locais: o tráfego foi claramente superior na EM e a inclinação longitudinal do troço é também significativamente diferente. Para um estudo mais aprofundado e realista, seria ideal monitorizar sempre o mesmo pavimento ao longo da sua vida, ou utilizar uma situação claramente semelhante em todos os aspectos. Outra preocupação importante a ter em conta é relativa à realização dos ensaios sempre na mesma altura do ano, para evitar a influência da sazonalidade destas propriedades. Atrito (PTV) EM 603 EM Rodeira 1/2 da Via Figura 4: Resultados do coeficiente de atrito no troço em recta na EM 603 e na EM Na Figura 5 estão resumidos os resultados dos ensaios de medição da textura pelo método da Mancha de Areia e onde se pode observar as medições de profundidade de textura nas três situações já descritas: pavimento existente com camada de desgaste em betão betuminoso e secção em recta e em curva do revestimento anti-derrapante. Textura (mm) Pavimento existente Revestimento anti-derrapante (recta) Revestimento anti-derrapante (curva) Rodeira 1/2 da Via Figura 5: Resultados dos ensaios de Textura na EM

9 Na EM 603 verificou-se um claro aumento da textura entre o pavimento existente e o revestimento anti-derrapante. Na rodeira, em recta, esse aumento foi de 100%, tendo-se conseguido com o novo revestimento, o dobro da textura do anterior (1,5 mm) que é um resultado bastante bom. A meio da via, a textura do revestimento anti-derrapante em curva e em recta apresentou uma pequena diferença, o que pode ser resultado de um maior desgaste do pavimento provocado pela força centrífuga na trajectória da curva. À semelhança do atrito, a profundidade de textura na rodeira, no troço em curva, apresentou valores mais elevados relativamente ao meio da via, o que pode estar mais uma vez relacionado com a localização da rodeira em curva não corresponder exactamente à localização em recta. Como se estava à espera, os valores do atrito e macrotextura estão relacionados: nas zonas de maior atrito, a profundidade de textura do pavimento apresentou valores mais elevados e nos locais de menor atrito a profundidade de textura é mais baixa (Figuras 3 e 5). Ao comparar os valores da textura do pavimento, antes da intervenção, com o valor mínimo de 0,6 mm preconizado no Caderno de Encargos das Estradas de Portugal para pavimentos com camada de desgaste em betão betuminoso, verifica-se que a profundidade de textura de 0,75 mm existente está acima do valor mínimo para este tipo de camada. Relativamente ao revestimento anti-derrapante não existem ainda valores de referência, mas pode ser legítimo utilizar o valor mínimo para o microbetão betuminoso rugoso, pelas suas semelhanças. Sendo assim, todas as medições de textura resultaram em valores superiores a 1,0 mm, valor estipulado no Caderno de Encargos das Estradas de Portugal [EP, 1998]. Os valores de profundidade de textura na rodeira, na secção em recta foram 70% e 50% superiores ao valor de referência, na EM e na EM 603, respectivamente. Esta diferença pode, uma vez mais, ser justificada pela diferença de idades das aplicações (5 meses). CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Dos dois casos de estudo analisados concluiu-se na generalidade que, em ambas as situações, houve uma melhoria substancial do coeficiente de atrito e da profundidade de textura com a aplicação do revestimento anti-derrapante, relativamente ao pavimento existente com camada de desgaste em betão betuminoso. Este facto leva a considerar que o revestimento antiderrapante constituiu uma boa solução nestes casos para melhorar as condições de aderência pneu/pavimento e, desta forma, tornar os pavimentos mais seguros. Nesta avaliação apenas foram tidas em conta as vantagens técnicas e ambientais, ou seja, não foram consideradas as vantagens económicas da sua aplicação e os custos da manutenção ao longo do ciclo de vida. Os valores de atrito e textura obtidos nos ensaios após aplicação do revestimento foram bastante superiores aos valores de referência do Caderno de Encargos da EP [EP, 1998]. Os revestimentos anti-derrapantes podem ser vistos como uma solução para o melhoramento de algumas características funcionais, tais como a resistência à derrapagem e a profundidade de textura, contribuindo significativamente para o seu aumento. Para além dessa melhoria, em muitos casos, este tipo de revestimento é colorido, constituindo um alerta visual para o condutor, chamando à atenção para uma zona potencialmente perigosa, onde é exigido um comportamento mais atento. Não é uma técnica para aplicação em grandes extensões de estrada, mas sim em zonas localizadas, onde o risco de derrapagem é elevado. Quanto à sua aplicação, os revestimentos anti-derrapantes apresentam algumas vantagens relativamente a outro tipo de intervenções: pode ser realizado com o corte alternado das vias, para que a interrupção do tráfego seja mínima e pode permitir o aproveitamento da sinalização horizontal existente. A reabertura ao tráfego pode ser feita passadas poucas horas. 1605

10 Está neste momento em conclusão um trabalho no IST de âmbito mais aprofundado que avalia o efeito da colocação deste tipo de revestimento na segurança dos veículos, tanto ao nível de circulação em curva como no efeito nas distâncias de travagem junto a passagens de peões e intersecções semaforizadas, para a avaliação na diminuição do número de acidentes. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao Eng.º João Almeida que proporcionou os casos de estudo, acompanhou a realização dos ensaios e disponibilizou a informação consultada relativamente aos revestimentos anti-derrapantes. Agradece-se ainda ao Instituto Superior Técnico pela disponibilização dos equipamentos do Laboratório de Vias de Comunicação e Transportes, que tornaram possível a realização dos ensaios dos casos de estudo. REFERÊNCIAS EN (2001), Road and airfield surface characteristics Test methods Part 1: Measurement of pavement surface macrotexture depth using a volumetric patch technique, European Committee for Standardization, Brussels, May. EN (2003), Road and airfield surface characteristics Test methods Part 4: Method for measurement of slip/skid resistance of a surface The pendulum test, European Committee for Standardization, Brussels, August. EP (1998), Caderno de Encargos, Estradas de Portugal, S.A., E.P.E., Lisboa. Gaspar, F.L. (2007), Sinalização e Equipamentos Rodoviários S. A.,

Diferentes tipos de camadas de desgaste em prol da segurança e ambiente

Diferentes tipos de camadas de desgaste em prol da segurança e ambiente Ligantes Betuminosos Diferentes tipos de camadas de desgaste em prol da segurança e ambiente Escola Superior de Tecnologia do Barreiro Instituto Politécnico de Setúbal 6 e 7 Dez 2006 II ENEM - CRP Dez

Leia mais

"PROJECTO DE ESPECIFICAÇÃO PARA

PROJECTO DE ESPECIFICAÇÃO PARA "PROJECTO DE ESPECIFICAÇÃO PARA MARCAÇÃO RODOVIÁRIA RIA " MARIA ISABEL EUSÉBIO INVESTIGADORA COORDENADORA DO LNEC MARIA INÊS SHIRLEY ENGª. CIVIL DA EP- ESTRADAS DE PORTUGAL, E.P.E. PAULO MARQUES ENGº.

Leia mais

MEDIÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO COM O GRIP-TESTER

MEDIÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO COM O GRIP-TESTER MEDIÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO COM O GRIP-TESTER RUI BARROS DIRECTOR EXECUTIVO DA NORVIA / PRONORSAN RESUMO A avaliação das características funcionais dos pavimentos é fundamental para uma gestão eficaz

Leia mais

Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas Mestrado Integrado em Engenharia Civil Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes GUIA

Leia mais

Indicadores de Segurança do Estado dos Pavimentos

Indicadores de Segurança do Estado dos Pavimentos Maria da Conceição Monteiro Azevedo CONFORTO SEGURANÇA Irregularidade vibrações Ruído interior e exterior Aderência características de atrito textura superficial Características de traçado (projecção de

Leia mais

Avaliação do Ruído de Tráfego: Metodologia para a Caracterização de Camadas de Desgaste Aplicadas em Portugal

Avaliação do Ruído de Tráfego: Metodologia para a Caracterização de Camadas de Desgaste Aplicadas em Portugal Avaliação do Ruído de Tráfego: Metodologia para a Caracterização de Camadas de Desgaste Aplicadas em Portugal M. L. Antunes, A. S. Coutinho e J. Patrício Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Portugal

Leia mais

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DOS PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS E A SEGURANÇA DE CIRCULAÇÃO DO TRÁFEGO

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DOS PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS E A SEGURANÇA DE CIRCULAÇÃO DO TRÁFEGO AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE AS CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DOS PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS E A SEGURANÇA DE CIRCULAÇÃO DO TRÁFEGO ANA FERNANDES ENGENHEIRA CIVIL / BOLSEIRA DE INVESTIGAÇÃO, FCT E IST CESUR JOSÉ

Leia mais

CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DOS PAVIMENTOS DE INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS 1 Prof. José Neves

CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DOS PAVIMENTOS DE INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS 1 Prof. José Neves Instituto Superior Técnico Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Mestrado Integrado em Engenharia Civil Ano Lectivo 2007/2008 Unidade Curricular Construção e Manutenção de Infra-estruturas de

Leia mais

O Efeito dos Microrevestimentos Cimentícios no Atrito de Rolamento dos Pavimentos

O Efeito dos Microrevestimentos Cimentícios no Atrito de Rolamento dos Pavimentos O Efeito dos Microrevestimentos Cimentícios no Atrito de Rolamento dos Pavimentos José Vanderlei de Abreu - jose.abreu@holcim.com José Tadeu Balbo - jotbalbo@usp.br Rodrigo Menegaz Muller - rodrigo.muller@holcim.com

Leia mais

CAPÍTULO 3 DESCRIÇÃO DA OBRA DE RECICLAGEM

CAPÍTULO 3 DESCRIÇÃO DA OBRA DE RECICLAGEM CAPÍTULO 3 DESCRIÇÃO DA OBRA DE RECICLAGEM 3.1 INTRODUÇÃO Esta obra refere-se à beneficiação de um troço da EN 244 entre Ponte Sôr e o cruzamento com a EN 118, já no concelho de Gavião, com uma extensão

Leia mais

A condução do meu veículo com estas condições climatéricas: Deve ser feita com especial cuidado. Deve ser feita como normalmente.

A condução do meu veículo com estas condições climatéricas: Deve ser feita com especial cuidado. Deve ser feita como normalmente. A circulação neste tipo de via de características urbanas e com trânsito intenso implica o reconhecimento por parte do condutor que: A condução pode tornar-se monótona. O ambiente rodoviário é mais estável

Leia mais

Inspecção de Marcas Rodoviárias, com equipamento estático e dinâmico

Inspecção de Marcas Rodoviárias, com equipamento estático e dinâmico , com equipamento estático e dinâmico SAFETRAFFIC / AFESP Coordenador da SC2 / CT 155 As Marcas desempenham um papel fundamental no guiamento dos condutores. Delimitam vias de circulação Separam sentidos

Leia mais

MÓDULO B: PAVIMENTOS Características superficiais dos pavimentos de infra-estruturas rodoviárias

MÓDULO B: PAVIMENTOS Características superficiais dos pavimentos de infra-estruturas rodoviárias Instituto Superior Técnico Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Mestrado em Engenharia

Leia mais

Medição da profundidade da macrotextura de pavimentos utilizando técnica volumétrica

Medição da profundidade da macrotextura de pavimentos utilizando técnica volumétrica Medição da profundidade da macrotextura de pavimentos utilizando técnica volumétrica C D T - CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Fevereiro de 2016 DESIGNAÇÃO - ARTERIS E 965-16 02/2016 E 965-16 pg1 -

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@ topeca. pt www.topeca.pt topeca floor in Pág. 2 liso ou anti

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua D. Nuno Alvares Pereira, 53 2490 114 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@ topeca. pt www.topeca.pt juntaemcor natural

Leia mais

casos de estudo Aplicação de borracha reciclada de pneus

casos de estudo Aplicação de borracha reciclada de pneus Fátima Batista LNEC Objectivo Transferência de conhecimentos sobre estratégias de fim de vida para as outros materiais que não são habitualmente reciclados na construção rodoviária: Técnicas de demolição

Leia mais

RUI VIEGAS DE BARROS DIRECTOR EXECUTIVO NORVIA / PRONORSAN PAULO FONSECA DIRECTOR GERAL RECIPAV PINTO RODRIGUES ADMINISTRADOR DELEGADO - VALNOR RESUMO

RUI VIEGAS DE BARROS DIRECTOR EXECUTIVO NORVIA / PRONORSAN PAULO FONSECA DIRECTOR GERAL RECIPAV PINTO RODRIGUES ADMINISTRADOR DELEGADO - VALNOR RESUMO A UTILIZAÇÃO DE MISTURAS BETUMINOSAS COM BETUME MODIFICADO COM BORRACHA RECICLADA DE PNEUS USADOS NA BENEFICIAÇÃO DE ESTRADAS MUNICIPAIS DE ACESSO AO ATERRO SANITÁRIO DE AVIS RUI VIEGAS DE BARROS DIRECTOR

Leia mais

MICROAGLOMERADO BETUMINOSO A FRIO. Uma Técnica de Referência. Pedro Seixas

MICROAGLOMERADO BETUMINOSO A FRIO. Uma Técnica de Referência. Pedro Seixas MICROAGLOMERADO BETUMINOSO A FRIO Uma Técnica de Referência Congresso Rodoviário Português - Abril 2006 Princípios gerais Construir Estradas de altas prestações Cumprir as normas em vigor. Colaborar na

Leia mais

Helena Lima, EP, S.A. Oscar Furtado, CENOR

Helena Lima, EP, S.A. Oscar Furtado, CENOR 1 Helena Lima, EP, S.A. Oscar Furtado, CENOR Índice Enquadramento A caracterização do pavimento rígido A solução de beneficiação A camada de desgaste em mistura betuminosa anti-fissuras rugosa A aplicação

Leia mais

Avaliação do Comportamento à Deformação Permanente de Misturas Betuminosas com base nas Normas de Ensaio Europeias

Avaliação do Comportamento à Deformação Permanente de Misturas Betuminosas com base nas Normas de Ensaio Europeias Avaliação do Comportamento à Deformação Permanente de Misturas Betuminosas com base nas Normas de Ensaio Europeias Maria de Lurdes Antunes, LNEC Ana Cristina Freire, LNEC Contribuição das camadas betuminosas

Leia mais

Teste n.º 3 Tema V. Vias de trânsito, condições ambientais adversas

Teste n.º 3 Tema V. Vias de trânsito, condições ambientais adversas Teste n.º 3 Tema V Vias de trânsito, condições ambientais adversas 1 O que se entende por via de trânsito? Via de comunicação terrestre do domínio privado aberta ao trânsito público. Via de tráfego resultante

Leia mais

BENEFICIAÇÃO E REABILITAÇÃO DOS PAVIMENTOS DA A22 VIA DO INFANTE, ENTRE O NÓ DA GUIA E O NÓ DE FARO/AEROPORTO

BENEFICIAÇÃO E REABILITAÇÃO DOS PAVIMENTOS DA A22 VIA DO INFANTE, ENTRE O NÓ DA GUIA E O NÓ DE FARO/AEROPORTO BENEFICIAÇÃO E REABILITAÇÃO DOS PAVIMENTOS DA A22 VIA DO INFANTE, ENTRE O NÓ DA GUIA E O NÓ DE FARO/AEROPORTO EDUARDO FUNG Coordenador de Projectos da COBA,S.A. e Director Técnico da CONSULSTRADA FERNANDO

Leia mais

FICHA TÉCNICA DE PRODUTO SPRAY TERMOPLÁSTICO

FICHA TÉCNICA DE PRODUTO SPRAY TERMOPLÁSTICO FICHA TÉCNICA DE PRODUTO SPRAY TERMOPLÁSTICO (Elaborada de acordo com a norma NP-3284:1986) Designação Comercial Spray Termoplástico R4 Branco Identificação Técnica Spray Termoplástico de cor branco elaborado

Leia mais

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes 1/24 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T6 Pavimentos Sumário da aula Pavimentos rodoviários: Tipos de pavimentos Funções das camadas do pavimento Materiais de pavimentação:

Leia mais

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos Misturas Betuminosas

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos Misturas Betuminosas MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO Luís de Picado Santos (picsan@civil.ist.utl.pt) Misturas Betuminosas Materiais elementares: betume e agregados Tipos correntes de misturas betuminosas

Leia mais

EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA EQUIPAMENTO DE INFORMAÇÃO ATIVADO PELOS VEÍCULOS

EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA EQUIPAMENTO DE INFORMAÇÃO ATIVADO PELOS VEÍCULOS A. Âmbito da Nota Técnica A presente Nota Técnica pretende estabelecer o enquadramento do Equipamento de Segurança: Equipamento de Informação Ativado pelos Veículos. O referido equipamento poderá ser instalado

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@ topeca. pt www.topeca.pt Pág. 2 top endur utilização Top Endur

Leia mais

BENEFICIAÇÃO DE PAVIMENTO COM UTILIZAÇÃO DE MISTURAS BETUMINOSAS TIPO SMA COM FIBRAS NA REDE DE AUTO-ESTRADAS DA BRISA

BENEFICIAÇÃO DE PAVIMENTO COM UTILIZAÇÃO DE MISTURAS BETUMINOSAS TIPO SMA COM FIBRAS NA REDE DE AUTO-ESTRADAS DA BRISA BENEFICIAÇÃO DE PAVIMENTO COM UTILIZAÇÃO DE MISTURAS BETUMINOSAS TIPO SMA COM FIBRAS NA REDE DE AUTO-ESTRADAS DA BRISA Isabel Cristina da Silva Gonzalez 1 e Maria Dora Baptista 2 1 Brisa-Engenharia e Gestão,

Leia mais

Construção. e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes. IST - DECivil. Total de páginas: Sumário. da aula. Terminologia

Construção. e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes. IST - DECivil. Total de páginas: Sumário. da aula. Terminologia 1/31 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T4 Terraplenagens Sumário da aula Fundação e leito do pavimento Tratamento de materiais 2/31 Terminologia 3/31 Pavimento Fundação Terraplenagem

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@ topeca. pt www.topeca.pt topeca endur classic Pág. 2 utilização

Leia mais

Reciclagem dos Pavimentos

Reciclagem dos Pavimentos UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: MANUTENÇÃO DE PAVIMENTOS Reciclagem dos Pavimentos

Leia mais

INFLUÊNCIA DAS METODOLOGIAS DE PROJECTO E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS NA OCORRÊNCIA DE DEGRADAÇÕES EM PAVIMENTOS DE AUTO-ESTRADAS

INFLUÊNCIA DAS METODOLOGIAS DE PROJECTO E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS NA OCORRÊNCIA DE DEGRADAÇÕES EM PAVIMENTOS DE AUTO-ESTRADAS INFLUÊNCIA DAS METODOLOGIAS DE PROJECTO E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS NA OCORRÊNCIA DE DEGRADAÇÕES EM PAVIMENTOS DE AUTO-ESTRADAS JOÃO MORGADO (INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO) CO-AUTORES: JOSÉ NEVES (INSTITUTO SUPERIOR

Leia mais

AULA 3 - PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA COMPARAÇÃO ENTRE PAVIMENTOS

AULA 3 - PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA COMPARAÇÃO ENTRE PAVIMENTOS AULA 3 - PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA COMPARAÇÃO ENTRE PAVIMENTOS Prof.º: Roque Rodrigo Rodrigues Disciplina: Pavimentos especiais Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - Campus Centro Pavimento rígido

Leia mais

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Norma Rodoviária DNER-PRO 013/94 Procedimento Página 1 de 5

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Norma Rodoviária DNER-PRO 013/94 Procedimento Página 1 de 5 Procedimento Página 1 de 5 RESUMO Este documento, que é uma norma técnica, fixa o procedimento para coleta de amostra de misturas betuminosas. Descreve as condições gerais para tomada de amostras e as

Leia mais

Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas LABORATÓRIO DE VIAS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES

Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas LABORATÓRIO DE VIAS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas LABORATÓRIO DE VIAS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES ANEXO 1. Introdução Este anexo ao documento sobre a proposta

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@ topeca. pt www.topeca.pt topcola epoxy Pág. 2 argamassa de

Leia mais

RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL

RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL PARTE 2 RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL Engº Pery C. G. de Castro Revisado em setembro/2009 1 RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL OBJETIVO: melhorar as condições da superfície do pavimento A) Lama

Leia mais

Simona Fontul, LNEC Pedro Domingos, LNEC

Simona Fontul, LNEC Pedro Domingos, LNEC Caracterização de pavimentos aeroportuários em serviço: a experiência do NEC Maria de urdes Antunes, NEC mlantunes@lnec.pt Simona Fontul, NEC simona@lnec.pt Pedro Domingos, NEC pdomingos@lnec.ptpt Enquadramento

Leia mais

Selagem asfáltica de fissuras de pavimentos Edição Maio/2006 Revista Téchne

Selagem asfáltica de fissuras de pavimentos Edição Maio/2006 Revista Téchne Selagem asfáltica de fissuras de pavimentos Edição 110 - Maio/2006 Revista Téchne Todas as estradas, rodovias e ruas necessitam de manutenção para manter suas condições operacionais, pois sofrem constante

Leia mais

MICROAGLOMERADOS A FRIO

MICROAGLOMERADOS A FRIO MICROAGLOMERADOS A FRIO Teresa Carvalho 1, Maria del Mar Colas 1 Cepsa Portuguesa Petróleos S.A., Obras Públicas, Rua General Firmino Miguel nº3 Torre 2 2º andar, 1600-100 Lisboa, Lisboa, Portugal email:

Leia mais

Câmara Municipal de Águeda Pavimentação e Arranjos Urbanísticos do Estacionamento do Bairro do Redolho, na Borralha.

Câmara Municipal de Águeda Pavimentação e Arranjos Urbanísticos do Estacionamento do Bairro do Redolho, na Borralha. MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA Memória Descritiva e Justificativa 1 1 - GENERALIDADES 1.1 - Denominação e Localização Refere-se a presente memória descritiva e justificativa ao projecto de execução

Leia mais

DR3-Usar conhecimentos científicos que suportam normas reguladoras de segurança no Código Rodoviário. Distância mínimas entre veículos

DR3-Usar conhecimentos científicos que suportam normas reguladoras de segurança no Código Rodoviário. Distância mínimas entre veículos DR3-Usar conhecimentos científicos que suportam normas reguladoras de segurança no Código Rodoviário Distância mínimas entre veículos ... Há cada vez mais veículos nas nossas estradas.... os veículos

Leia mais

MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE EM CENTRAL NA REDE BRISA

MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE EM CENTRAL NA REDE BRISA MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE EM CENTRAL NA REDE BRISA Laboratório Nacional de Engenharia Civil 7 e 8 de Julho de 2009 Dora Baptista BEG/spg 1 SUPORTE LEGISLATIVO E TÉCNICO Caderno de Encargos

Leia mais

DESEMPENHO DE MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE

DESEMPENHO DE MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE DESEMPENHO DE MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE ANTÓNIO MIGUEL COSTA BAPTISTA PROFESSOR ADJUNTO, DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU

Leia mais

4. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA

4. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA 4. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA Principal componente: aderência Coeficiente de atrito longitudinal: CAL = F /R Coeficiente de atrito transversal: CAT = N /R UFPR TAP 200 4. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA Macrorugosidade:

Leia mais

PAVIMENTOS BETUMINOSOS ECONÓMICOS PARA VIAS DE BAIXO TRÁFEGO

PAVIMENTOS BETUMINOSOS ECONÓMICOS PARA VIAS DE BAIXO TRÁFEGO PAVIMENTOS BETUMINOSOS ECONÓMICOS PARA VIAS DE BAIXO TRÁFEGO MARISA DINIS DE ALMEIDA, ASSISTENTE, DEC-UBI; J. P. CASTRO GOMES, PROF. ASSOCIADO DEC-UBI; LUIZ A. P. OLIVEIRA, PROF. ASSOCIADO DEC-UBI. RESUMO

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@topeca.pt www.topeca.pt rebetop color Pág. 2 utilização Revestimento

Leia mais

2Concepção. de pavimentos

2Concepção. de pavimentos 2Concepção de pavimentos 21 O pavimento de uma estrada ou de um arruamento é constituído por um conjunto de camadas colocadas horizontalmente sobre o terreno, tendo como principal função, proporcionar

Leia mais

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios Página 1 de 5 Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios Capitulos 01 - Requisitos 02 - Etaqpas 03 - Traçado 04 - Trafego e Clssificação 05 - Geometria 06 - Caracteristicas Técnicas 07 - Distancia

Leia mais

Soluções com incorporação de fibras celulósicas

Soluções com incorporação de fibras celulósicas Soluções com incorporação de fibras celulósicas Misturas betuminosas de grande durabilidade e alto desempenho SMA (Stone Mastic Asphalt) e PA (Porous Asphalt) Fernando Martinho (FMc / JRS) fernando.martinho@ist.utl.pt

Leia mais

É toda modificação na superfície ou na estrutura de um pavimento que altere negativamente seu desempenho

É toda modificação na superfície ou na estrutura de um pavimento que altere negativamente seu desempenho Eng Pery C. G. de Castro Revisado em: agosto 2009 CONCEITO É toda modificação na superfície ou na estrutura de um pavimento que altere negativamente seu desempenho 1 FATORES QUE ATUAM NEGATIVAMENTE SOBRE

Leia mais

Sistema de Gestão de Pavimentos da Estradas de Portugal, S.A.

Sistema de Gestão de Pavimentos da Estradas de Portugal, S.A. Sistema de Gestão de Pavimentos da Estradas de Portugal, S.A. 26 de Novembro de 2010 João Gomes Morgado Direcção de Construção e Manutenção Departamento de Gestão de Conservação de Vias ÍNDICE Objectivos

Leia mais

AVALIAÇÃO IN-SITU DA ADERÊNCIA DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO

AVALIAÇÃO IN-SITU DA ADERÊNCIA DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO AVALIAÇÃO IN-SITU DA ADERÊNCIA DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO Inês Flores-Colen (I.S.T) Jorge de Brito (I.S.T) Fernando A. Branco (I.S.T.) Introdução Índice e objectivo Ensaio de arrancamento pull-off Estudo

Leia mais

A HOMOLOGAÇÃO DE MISTURAS BETUMINOSAS COM BETUME MODIFICADO COM BORRACHA. Maria de Lurdes Antunes, LNEC Fátima Batista, LNEC Paulo Fonseca, RECIPAV

A HOMOLOGAÇÃO DE MISTURAS BETUMINOSAS COM BETUME MODIFICADO COM BORRACHA. Maria de Lurdes Antunes, LNEC Fátima Batista, LNEC Paulo Fonseca, RECIPAV A HOMOLOGAÇÃO DE MISTURAS BETUMINOSAS COM BETUME MODIFICADO COM BORRACHA Maria de Lurdes Antunes, LNEC Fátima Batista, LNEC Paulo Fonseca, RECIPAV Documentos de Homologação Avaliação de novos materiais

Leia mais

Este sinal indica: Este sinal indica:

Este sinal indica: Este sinal indica: Teste n.º 2 Tema I Sinais de perigo 1 Este sinal indica: nimais sem condutor. irculação proibida a animais. Zona de caça. 2 Este sinal indica: urva à direita e contracurva. urva à esquerda e contracurva.

Leia mais

LAMA ASFÁLTICA. Departamento Técnico

LAMA ASFÁLTICA. Departamento Técnico LAMA ASFÁLTICA Departamento Técnico Dez/2003 Introdução LAMA ASFÁLTICA SLURRY SEAL COULIS BETUMINEUX LECHADA ASFÁLTICA BITUME SCHLAME São as nomenclaturas utilizadas em diferentes países para designar:

Leia mais

Avaliação objetiva de superfície pelo IGG Avaliação de aderência pneu-pavimento

Avaliação objetiva de superfície pelo IGG Avaliação de aderência pneu-pavimento UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: MANUTENÇÃO DE PAVIMENTOS Avaliação objetiva de superfície

Leia mais

Manutenção de Pavimentos: Conceituação e Terminologia

Manutenção de Pavimentos: Conceituação e Terminologia UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: MANUTENÇÃO DE PAVIMENTOS Manutenção de Pavimentos:

Leia mais

Introdução. Com os sistemas em Colorpav. cobremse todas as necessidades possíveis em. pavimentos. CARACTERÍSTICAS

Introdução. Com os sistemas em Colorpav. cobremse todas as necessidades possíveis em. pavimentos. CARACTERÍSTICAS Introdução O Colorpav é uma solução para pavimentos constituída por uma resina de polireutano e inertes seleccionados É a nova geração de betume colorido para pavimentos. Este revestimento é caracterizado

Leia mais

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Avaliação da resistência do concreto por ensaio de luva expansível

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Avaliação da resistência do concreto por ensaio de luva expansível Procedimento Página 1 de 7 RESUMO Este documento, que é uma norma técnica, estabelece um procedimento para determinar a resistência do concreto endurecido. Contém a relação de normas complementares, referências

Leia mais

Exame - tipo Parte Teórica

Exame - tipo Parte Teórica 1/7 duração: 60 minutos NOME: Nº aluno: Sem consulta e sem calculadora 1 - (4,0) Complete, no enunciado, as frases, usando uma das sugestões entre parêntesis (um erro pode descontar se a frase deixar de

Leia mais

Reforço ao corte de vigas T de betão armado usando a técnica NSM com laminados de CFRP

Reforço ao corte de vigas T de betão armado usando a técnica NSM com laminados de CFRP a) Primeiras fendas de flexão b) Aparecimento de fendas diagonais de corte c) Aparecimento de novas fendas diagonais de corte d) Início do spalling da parede constituída pelo betão de recobrimento e pelos

Leia mais

AVALIAÇÃO DO RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO EM PAVIMENTOS COM CAMADAS DE DESGASTE DELGADAS

AVALIAÇÃO DO RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO EM PAVIMENTOS COM CAMADAS DE DESGASTE DELGADAS AVALIAÇÃO DO RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO EM PAVIMENTOS COM CAMADAS DE DESGASTE DELGADAS Elisabete Freitas Universidade Minho Guimarães, Portugal efreitas@civil.uminho.pt Paulo Pereira Universidade Minho

Leia mais

elevado volume de tráfego

elevado volume de tráfego Long-Life Asphalt Pavements Technical version Pavimentos Asfálticos de Elevada Performance e Pavimentos de Longa Duração Conservação de Pavimentos de Longa Duração Exemplo prático de um projecto de conservação

Leia mais

Influência da Composição no Desempenho de Argamassas Adesivas

Influência da Composição no Desempenho de Argamassas Adesivas Influência da Composição no Desempenho de Argamassas Adesivas José B. Aguiar Universidade do Minho Guimarães aguiar@civil.uminho.pt Luís S. Henriques Duarte&Filhos,S.A. Braga luiscsh@gmail.com Resumo:

Leia mais

A Importância das Inspeções de Segurança Rodoviária na Redução da Sinistralidade

A Importância das Inspeções de Segurança Rodoviária na Redução da Sinistralidade A Importância das Inspeções de Segurança Rodoviária na Redução da Sinistralidade Paulo Gil Mota 1 1 Fórum dos Auditores de Segurança Rodoviária, Alameda dos Oceanos, Lote 1,02.1.1 T 32, 1990-203, Lisboa,

Leia mais

CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS

CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS Grelha em fibra de vidro pré-revestida de betume CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS SP-PT.07.04.01.00 Este trabalho de reforço de pavimento refere-se à aplicação de grelha em fibra de vidro pré-revestida de

Leia mais

Desempenho de Pavimentos Rodoviários. Prof. M.Sc. em Eng. Civil Matheus Lemos Nogueira

Desempenho de Pavimentos Rodoviários. Prof. M.Sc. em Eng. Civil Matheus Lemos Nogueira Desempenho de Pavimentos Rodoviários Prof. M.Sc. em Eng. Civil Matheus Lemos Nogueira Desempenho É a variação da serventia ao longo do tempo (ou do tráfego) de uso do pavimento. VSA Valor de Serventia

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA ÁREA DEPARTAMENTAL DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO

UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA ÁREA DEPARTAMENTAL DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA ÁREA DEPARTAMENTAL DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO ENSAIOS DO BETÃO NAS ESTRUTURAS DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE ESCLEROMÉTRICO (Ensaio não destrutivo) DOCENTE:

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ÂNGELO

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ÂNGELO PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ÂNGELO MEMORIAL DESCRITIVO IMPLANTAÇÃO DE CICLOFAIXA GENERALIDADES O presente memorial tem por finalidade descrever os materiais e serviços que serão utilizados e observados

Leia mais

Deterioração dos Pavimentos Asfálticos

Deterioração dos Pavimentos Asfálticos UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: MANUTENÇÃO DE PAVIMENTOS Deterioração dos Pavimentos

Leia mais

ARGAMASSA BELACOLA AC-II BRANCA

ARGAMASSA BELACOLA AC-II BRANCA 1. Descrição A Argamassa Belacola AC-II Branca é recomendada para o assentamento de peças cerâmicas em pisos e paredes de áreas internas e externas. Revestimentos de até 60x60 cm. S 2. Classificação A

Leia mais

Dimensionamento de pavimentos

Dimensionamento de pavimentos Dimensionamento de pavimentos Consiste em: calcular as espessuras das camadas especificar as características dos materiais dessas camadas por forma a limitar, durante a vida de projecto, a ocorrência de

Leia mais

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes 1/44 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T7 Pavimentos Sumário da aula Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Materiais de pavimentação: Misturas betuminosas

Leia mais

Manta de espuma em poliuretano, componente do sistema. Permanentemente flexível. Isolamento acústico. Resistência média ao impacto. Fácil aplicação.

Manta de espuma em poliuretano, componente do sistema. Permanentemente flexível. Isolamento acústico. Resistência média ao impacto. Fácil aplicação. Ficha de Produto Edição de Abril de 2011 Nº de identificação: 08.037 Versão nº 1 Sikafloor -Comfort Regupol 4580 Manta de espuma em poliuretano, componente do sistema Sika -ComfortFloor Decorative Pro

Leia mais

INFLUÊNCIA DO TIPO DE AGREGADO E LIGANTE NO COMPORTAMENTO DAS MISTURAS BETUMINOSAS

INFLUÊNCIA DO TIPO DE AGREGADO E LIGANTE NO COMPORTAMENTO DAS MISTURAS BETUMINOSAS INFLUÊNCIA DO TIPO DE AGREGADO E LIGANTE NO COMPORTAMENTO DAS MISTURAS BETUMINOSAS JORGE PAIS PROFESSOR AUXILIAR, DEP. ENG. CIVIL DA UNIVERSIDADE DO MINHO PAULO FONSECA GERENTE DA RECIPAV ENGENHARIA E

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@ topeca. pt www.topeca.pt Pág. 2 juntas em cor para mosaico,

Leia mais

Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS

Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS 1. INTRODUÇÃO: Características geométricas inadequadas são causas de acidentes, baixa eficiência e obsolescência precoce da estrada, devendo portanto os

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@topeca.pt www.topeca.pt Pág. 2 rebetop gran revestimento orgânico

Leia mais

CUIDADOS NA CONSTRUÇÃO DE ATERROS E VIAS DE COMUNICAÇÃO

CUIDADOS NA CONSTRUÇÃO DE ATERROS E VIAS DE COMUNICAÇÃO CUIDADOS NA CONSTRUÇÃO DE ATERROS E VIAS DE COMUNICAÇÃO FILIPE MARQUES Workshop Práticas e Intervenções a Evitar em Engenharia Civil e Geologia da Engenharia Laboratório Regional de Engenharia Civil, Ponta

Leia mais

PIN Talk in Portugal Improving Urban Road Safety

PIN Talk in Portugal Improving Urban Road Safety PIN Talk in Portugal Improving Urban Road Safety Portuguese Road Safety Strategy Urban Areas Jorge Jacob Lisboa, 14 de março de 2017 Agenda: 1 Portugal na União Europeia 2 Evolução da Sinistralidade Rodoviária

Leia mais

Amassadura do betão preparado em central distribuidora

Amassadura do betão preparado em central distribuidora Amassadura do betão preparado em central distribuidora Pode ser amassado: a) Completamente amassado na central, donde passa por um camião transportador que o mantém em agitação a fim de evitar a segregação.

Leia mais

ALTERAÇÃO NA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO PARA A FREGUESIA DA VILA DE SANTA CATARINA

ALTERAÇÃO NA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO PARA A FREGUESIA DA VILA DE SANTA CATARINA ALTERAÇÃO NA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO PARA A FREGUESIA DA VILA DE SANTA CATARINA SANTA CATARINA 1. Rua do Século XXI, junto á rotunda que liga Estrada Nacional 360 e Av. da Igreja. a) Colocação de um sinal

Leia mais

Disciplina: Vias de Comunicação. Parte I - Traçado em Planta (1/2)

Disciplina: Vias de Comunicação. Parte I - Traçado em Planta (1/2) Licenciatura em Engenharia Civil e em Engenharia do Território Disciplina: Vias de Comunicação Prof. Responsável: Prof. Paulino Pereira Parte I - Traçado em Planta (1/2) Instituto Superior Técnico / Licenciaturas

Leia mais

Sdeck Composite - Perfil 140x24 mm

Sdeck Composite - Perfil 140x24 mm Sdeck Composite - Perfil 140x24 mm Ficha de Instalação e Manutenção INDICAÇÕES GENÉRICAS O armazenamento dos perfis Sdeck Composite deverá ser feito numa superfície plana, devendo os perfis ser protegidos

Leia mais

Compactação. Para se conseguir este objectivo torna-se indispensável diminuir o atrito interno das partículas.

Compactação. Para se conseguir este objectivo torna-se indispensável diminuir o atrito interno das partículas. Compactação Objectivo tornar o betão mais compacto possível provocando a saída do ar e facilitando o arranjo interno das partículas. O contacto com os moldes e armaduras deve ser perfeito. Para se conseguir

Leia mais

Em marcações em superfícies de cimento após pré tratamento com um primário adequado.

Em marcações em superfícies de cimento após pré tratamento com um primário adequado. Produto Nome do Produto: Branco Reflectivo Screed/ Extrusão Tipo de produto: Material Termoplástico para Marcação de Estradas Área de Utilização Em todo o tipo de marcações em superfícies novas ou antigas;

Leia mais

A condução do meu veículo com estas condições climatéricas: Deve ser feita com especial cuidado. Deve ser feita como normalmente.

A condução do meu veículo com estas condições climatéricas: Deve ser feita com especial cuidado. Deve ser feita como normalmente. A circulação neste tipo de via de características urbanas e com trânsito intenso implica o reconhecimento por parte do condutor que: A condução pode tornar-se monótona. O ambiente rodoviário é mais estável

Leia mais

ACIDENTES ESTUDO DE CASO TALAIA 1,2. ISCIA Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração, Aveiro 2

ACIDENTES ESTUDO DE CASO TALAIA 1,2. ISCIA Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração, Aveiro 2 A SEGURANÇA A RODOVIÁRIA RIA E OS ACIDENTES ESTUDO DE CASO NUNO AMARO 1 e MÁRIO M TALAIA 1,2 1 ISCIA Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração, Aveiro 2 Departamento de Física, Universidade

Leia mais

NOTA TÉCNICA INSTALAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE LOMBAS REDUTORAS DE VELOCIDADE

NOTA TÉCNICA INSTALAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE LOMBAS REDUTORAS DE VELOCIDADE 1 - Introdução A construção de vias públicas com o objectivo primordial de maximizar o escoamento de grandes volumes de tráfego e o conforto dos ocupantes dos veículos, aliada aos progressos da industria

Leia mais

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL. Materiais e critérios de seleção

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL. Materiais e critérios de seleção DER-MG II Seminário de Sinalização e Segurança Viária SINALIZAÇÃO HORIZONTAL Materiais e critérios de seleção Heverton Moreira Considerando os estudos e a aprovação na 8 a Reunião Ordinária da Câmara Temática

Leia mais

CAPÍTULO 6 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS

CAPÍTULO 6 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS CAPÍTULO 6 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS 6.1 CONCLUSÕES A reciclagem dos pavimentos já faz parte das preocupações do dia-a-dia de diversas sociedades do mundo. A reciclagem semi-quente surge no meio de

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@topeca.pt www.topeca.pt Pág. 2 rebetop decor raiada areada utilização

Leia mais

CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS

CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS Grelha em fibra de vidro pré-revestida de betume com CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS SP-PT.07.04.04.00 Este trabalho de reforço de pavimento refere-se à aplicação de grelha em fibra de vidro pré-revestida

Leia mais

A aposta em soluções de baixo custo

A aposta em soluções de baixo custo Em que pensamos quando falamos em soluções de baixo custo? Materiais baratos? Sistemas de execução rápida e simples? Soluções duradouras? Solução inicial mais barata vs solução global mais económica? Qual

Leia mais

Proteção para veículos LY41200 CAP400 PRO90 CAP150 PRO200 PRO60

Proteção para veículos LY41200 CAP400 PRO90 CAP150 PRO200 PRO60 Proteção para veículos LY41200 CAP400 PRO90 CAP150 PRO200 PRO60 LY41200 - Proteção Interiores LYNX 4 em 1 Integral 4 em 1 Proteção ideal para o interior do veículo As vantagens do Integral 4 em 1 LY41200

Leia mais

Auditoria de Segurança Rodoviária e Revisão de Projectos de Estradas

Auditoria de Segurança Rodoviária e Revisão de Projectos de Estradas 4º Congresso Rodoviário Português Auditoria de Segurança Rodoviária e Revisão de Projectos de Estradas Eng. João Lourenço Cardoso Laboratório Nacional de Engenharia Civil Estrutura Oportunidades para melhoria

Leia mais

Anexo D. Ficha Técnica Sika Icosit K 101 N.

Anexo D. Ficha Técnica Sika Icosit K 101 N. Anexo D Ficha Técnica Sika Icosit K 101 N. Ficha de Produto Edição de Abril de 2011 Nº de identificação: 04.104 Versão nº 1 Icosit K 101 N Ligante epoxi estrutural em dois componentes Descrição do produto

Leia mais