A MOBILIZAÇÃO SOCIAL E A OTIMIZAÇÃO DA COLETA SELETIVA EM UM CONDOMÍNIO DE RESIDÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE POÇOS DE CALDAS-MG

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1 A MOBILIZAÇÃO SOCIAL E A OTIMIZAÇÃO DA COLETA SELETIVA EM UM CONDOMÍNIO DE RESIDÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE POÇOS DE CALDAS-MG Flávio de Souz Pereir Filho (1) ; Fábio Henrique Pereir Ribeiro (2),Yul de Lim Merol (3) (1) Discente de Engenhri Ambientl, Fculdde Pitágors Poços de Clds, endereço: Ru Guicurus, nº 400, Vil Togni, Poços de Clds MG, emil: flvinhospf@yhoo.com.br, (2) Discente de Engenhri Ambientl, Fculdde Pitágors Poços de Cls, endereço: ru Mário Mttioli, nº 243, pto., 03, Chácr Alvord, Poços de Clds-MG, e-mil: fbio.terrviv@live.com (3) Docente d Fculdde Pitágors de Poços de Clds e Coordendor do Projeto Sntnder Universidde Solidári. Av. João Pinheiro, Poços de Clds. yul.merol@pitgors.com.br Eixo temático: Educção Ambientl RESUMO A colet seletiv tu ns ciddes como grnde lid no combte à degrdção mbientl, ms pr que el sej efetiv deve-se relizr cmpnhs de mobilizção e sensibilizção. Sendo ess dificuldde compreendid, foi relizd um mobilizção de educção mbientl, com o tem d colet seletiv, em um conjunto de mordis e os resultdos referente à eficiênci n operção dos cooperdos de um coopertiv de ctdores de mteril recicldo pós ção, form comprdos com os nteriores. Dest mneir, objetivou-se consttr que sensibilizção relizd foi pouco eficiente e deve ser mntid. Plvrs-chve: Mteril reciclável. Comunidde. Eficiênci. Condomínio. ABSTRACT Selective collection opertes in cities in combting environmentl degrdtion, but for it to be effective should be done mobiliztion nd sensitiztion. An ction of environmentl eduction ws held in prtnership with the condominium residents. The results regrding the efficiency fter the ction, were compred. Sensitiztion ws crried out efficiently nd should be mintined. Key words: Selective Collection. Socil mobiliztion. Income. Optimiztion. Introdução N tulidde temos enfrentdo um grnde problem, compnhmos dirimente s complicções imposts pel gerção de resíduos em noss modern civilizção, Ribeiro et l (2011) cit que o umento dos resíduos oriundos ds ções ntrópics umentou pós revolução industril, juntmente com o umento populcionl, meios de produção e pdrões de consumo. Ao crescentr os problems sociis ess relidde um novo grvnte surge, clsse de ctdores de mteriis recicláveis que trvés dos tempos vem se tornndo cd vez mis expressiv em noss sociedde, porém ind sem devid tenção, sendo mrginlizd e explord. A colet seletiv dest form, vem incorporndo grdtivmente um perfil de inclusão socil e gerção de rend pr os setores mis crentes e excluídos do

2 cesso os mercdos formis de trblho (SINGER, 2002). Entre s vntgens mbientis d colet seletiv, destcm-se redução do uso de mtéri prim e economi dos recursos nturis, lém d redução d disposição de lixo nos terros snitários e dos impctos mbientis decorrentes (RUBERG, AGUIAR E PHILIPPI JR., 1998). Contudo, ind com tntos benefícios, os índices de reciclgem no Brsil são muito bixos (GOUVEIA, 2012). A idei de relizr um colet seletiv não é impor o ctdor o mnuseio de lixo, é justmente o contrário, trzendo um nov mneir de trtr os resíduos por prte d sociedde, sensibilizndo os gerdores pr que seprem todos os produtos de descrte de mneir dequd, grntindo melhores condições de trblho pr os trblhdores d reciclgem. Ribeiro e Lim (2000) firm que pr melhor proveitmento de colet de recicláveis, deve-se ocorrer um pré-seprção dos mteriis n fonte gerdor. Porém sociedde necessit de ferrments pr compreensão sobre importânci dos resíduos gerdos, sendo de sum importânci um sensibilizção voltd pr vlorção ds tividdes relizds por ctdores, sendo esses gentes mbientis imprescindíveis, pr que, desão dos mordores sej eficiente (PEREIRA 2013). Bssni (2011) diz que os custos d colet seletiv são diferentes dos custos d colet convencionl, sugerindo que os progrms de colet seletiv devem buscr prceris em grndes gerdores e os condomínios são um lterntiv, prtindo dest lógic e d colet que já ocorri foi delinedo um plno de ção pr melhorr eficiênci d colet. Os condomínios residenciis são locis que concentrm um grnde número de pessos, gerndo um quntidde relevnte de resíduos sólidos e pode trzer benefícios como redução d quntidde de resíduos gerdos e gerção de rend o trblho dos ctdores A implntção de um colet seletiv vem como oportuniddes em um todo, gerndo rend, empregos e fcilitndo o trblho qunto à crg de resíduos em terros snitários, lém de vlorizr os imóveis em questão e judndo o meio mbiente, qunto mis reciclmos mis energi é poupd. Neste sentido esse trblho tem como objetivo verificr possibilidde de implementção de um progrm de colet seletiv no Condomínio Residencil, situdo n região Sul de Poços de Clds, fim de contribuir pr umento de rend d coopertiv de ctdores Coopersul e n redução de lixo encminh o terro controldo do município. Mteril e Métodos A Coopersul Coopertiv Regionl Sul de Reciclgem e Preservção Ambientl de Poços de Clds LTDA, é um coopertiv de cunho sócio mbientl, onde busc mnter um equilíbrio mbientl, inserção socil e cpcitção profissionliznte de ctdores de mteriis recicláveis no município de Poços de Clds, sendo ssistid por prceiros que uxilim no desenvolvimento de sus tividdes e um destes prceiros é Fculdde Pitágors Poços de Clds que, trvés de dignósticos, identificou necessidde de se relizr um mobilizção socil em um conjunto residencil n região onde coopertiv está inserid,

3 denomindo Residencil Prque ds Nções e Residencil Jrdim dos Pássros colet já ocorri de form indequd, sendo todos os resíduos gerdos pelos mordores depositdos em um mesmo locl, sendo imposto os ctdores que tivessem que relizr seprção de recicláveis no meio do lixo doméstico, crretndo dois desconfortos: condições inslubres e bix n produtividde d coopertiv, de cordo com Pereir (2013) qundo não se tem um desão à colet seletiv diminui-se potencilidde d produção d coopertiv e s possibiliddes de rend dos ctdores. A presente pesquis foi relizd n cidde de Poços de Clds- Mins Geris em um condomínio loclizdo n prte sul d cidde, pr medir o resíduo domicilir n quntificção de tl, form utilizdos métodos de comprção, visão e cont, de scos de litros. Relizou-se um reunião de condomínio onde foi presentd propost de implntção do sistem de colet seletiv e discutiu-se sobre s etps que se utilizrim no trblho, tis como: umento no número de coletores de resíduos, disposição dos pontos de colet, custos com implntção, lém de expor os dois condôminos os benefícios d seprção e correto descrte dos resíduos pr o condomínio e pr o meio mbiente. Form elbordos mteriis informtivos, juntmente com um circulr, com o objetivo de esclrecer s dúvids dos mordores e mplir seus conhecimentos sobre colet seletiv, segregção dos resíduos sólidos e descrte correto de resíduos perigosos, destcndo tmbém os horários e pontos de colet. Estes mteriis form colocdos em lugres de fácil visulizção, como ns entrds dos blocos e perto ds gvets coletors de resíduos orgânicos. Queiroz (2013) diz que o o se relizr mobilizção não se deve somente flr d colet, ms principlmente expor os tores sociis envolvidos no projeto pr um sensibilizção e proximção dos ciddãos que terão mior confinç e drão mis credibilidde às ções do empreendimento deve-se tentr pr s informções que serão pssds pr populção. Resultdos e Discussão O mteril retirdo do condomínio pelo ctdor é levdo té coopertiv onde é vlido, seprdo de cordo com clssificção de recicláveis e pesdo pr vlir os resultdos d mobilizção. Os resultdos obtidos form todos compildos de form poder relizr um comprtivo entre os períodos de ntes e depois d mobilizção socil pr colet seletiv, o vlor médio do mteril vendido hoje pel coopertiv é de R$ 0,35 (trint e cinco centvos) por quilogrm, o que resultou em um médi de R$ 97,33 por período nterior à mobilizção e de R$ 113,98 pós mobilizção. No que se refere às hors gsts durnte colet e trigem, houve um redução de proximdmente um hor por di em cd tividde, pois, como houve um pequen melhor n desão dos mordores à colet seletiv, foi necessário menos tempo pr relizr pré-trigem no condomínio e consequentemente trigem finl n coopertiv. Qunto o volume coletdo, o longo do período precedente à

4 Mobilizção XIII CONGRESSO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE DE POÇOS DE CALDAS mobilizção, form coletdos 835 Kg de mteril reciclável. Após mobilizção form coletdos 977 Kg. Isso mostr um umento de 14,53% n quntidde de mteril coletdo. Tbel 1: Comprtivo ntes e depois d mobilizção Dt 19/02/16 26/02/16 29/02/16 04/03/16 07/03/16 11/03/16 Hor gst colet Totl 48 hors Hor gst Trigem Volume coletdo 3h/di 2h/di 50Kg/di (300kg 3h/di 2h/di 59Kg/di (295kg 3h/di 2h/di 48Kg/di (240kg Vlor 12/03/16 Estimdo Dt rrecddo R$ 105,00 14/03/16 18/03/16 R$ 103,25 21/03/16 25/03/16 28/03/16 R$ 84,00 04/04/16 Hor gst colet 32 hors 835 kg 292,25 31 hors Hor gst trigem Volume coletdo 2h/di 1h/di 66Kg/di (330 kg 2h/di 1h/di 55Kg/di (275 kg 2h/di 1h/di 62Kg/di (372kg Vlor Estimdo rrecddo 115,5 96,25 130,20 16 hors 977 kg 341,95 Aind que, com um pequeno umento de volume, o tempo despendido pr relizção ds trefs foi significtivmente reduzido, otimizndo o trblho e dest form mostrndo efetividde n ção de divulgção d colet seletiv. Conclusões Concluiu-se que mobilizção socil pr sensibilizção result em melhors ns condições de trblho e eficiênci n colet de recicláveis, porém um únic inserção nos condomínios não foi suficiente pr um desempenho máximo, deixndo certez de que há necessidde de novs inserções e crição de um gend de mnutenção, grntindo ssim os objetivos lmejdos que são colet de resíduos domésticos recicláveis sem contminção de orgânicos ou demis rejeitos, com segurnç, dignidde e otimizção do tempo de trblho. Um nov cmpnh está em plnejmento pr que os resultdos sejm mis expressivos, d mesm mneir mnutenção ds cmpnhs será um ponto ser discutido pr que os vnços não retrocedm. A prticipção dos ctdores é imprescindível pr que sensibilizção sej mis eficz, pois flt de um profissionl é mis efetiv do que de um voluntário. Agrdecimentos Este trblho foi finncido pelo Prêmio Sntnder Universidde Solidári do Progrm Sntnder Universiddes Referêncis BASSANI, PD. Crcterizção de resíduos sólidos de colet seletiv em condomínios residênciis Estudo de cso em Vitóri-ES Dissertção (Mestrdo em Engenhri Ambientl) Universidde Federl do Espírito Snto. Vitóri. GOUVEIA, N. Resíduos sólidos urbnos: impctos sociombientis e perspectiv de mnejo sustentável com inclusão socil. Ciênci e Súde Coletiv, v.17, n. 06, 2012.

5 PEREIRA, M. A. O.; BAMPI, A. C.; RODRIGUES, U. I. A gestão de resíduos sólidos urbnos em Colider - MT e s questões sociombientis: Interconexões com educção mbientl. Anis do Congresso Brsileiro de Gestão Ambientl e Sustentbilidde. v. 1, Congests QUEIROZ, A. P. B. Colet seletiv em condomínios: reliddes, possibiliddes e desfios estudo de cso do município de Niterói, RJ Dissertção (Mestrdo em Engenhri Ambientl) Universidde do Estdo do Rio de Jneiro. Rio de Jneiro. RIBEIRO, L. A.; SILVA, M. M. S.; LEITE, V. D.; SILVA, H. Educção mbientl como instrumento de orgnizção de ctdores de mteriis recicláveis n comunidde Noss Senhor Aprecid, Cmpin Grnde-PB. Revist de Biologi e Frmáci. v. 5, n. 2, RIBEIRO, T. F.; LIMA, S. C. Colet seletiv de lixo domicilir - estudo de csos Revist Cminhos d Geogrfi. Uberlândi, v. 1, n. 2, p RUBERG, C., AGUIAR, A., PHILIPPI JR., A Promoção d Qulidde Ambientl trvés d Reciclgem de Resíduos Sólidos Domicilires. In: II Simpósio Interncionl de Qulidde Ambientl Gerencimento de Resíduos e Certificção Ambientl. Porto Alegre, de out., Anis: Porto Alegre. p SINGER, P A recente ressurreição d economi solidári no Brsil. In Sntos, B.S. (ORG.) Produzir pr viver. Os cminhos d produção não cpitlist. Rio de jneiro: Civilizção Brsileir. P