Avaliação de Melbourne 2 Orientações de Realização
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- Alfredo Azeredo Caires
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1 Avaliação de Melbourne 2 Orientações de Realização Instruções gerais para realização Para assegurar clareza de instruções do teste nós referimos à terapeuta/avaliadora como ela e à criança como ele através das orientações de realização. Ambiente de teste O Melbourne Assessment 2 deve ser realizado individualmente numa sala tranquila, bem-iluminada que seja livre de distracções. Posição da criança A criança está sentada confortavelmente numa cadeira e mesa adequadas ao seu tamanho com os pés apoiados no chão, quadris, joelhos e tornozelos em 90 e com os cotovelos e antebraços confortavelmente apoiados no tampo da mesa. Se necessário, a criança pode ser lembrada para manter a postura adequada antes de iniciar cada item. Para uma criança com idade entre 2, 5 e 4 anos que talvez se sinta angustiada por ter de se sentar afastada de sua mãe/pai incentivar a mãe/pai ou prestador de cuidados da criança a sentar-se ou ajoelhar-se ao lado da cadeira da criança no lado não estudado para tranquilizá-la com sua aproximação. Como último recurso uma criança mais pequena pode sentar-se no joelho da mãe/pai/prestador de cuidados para completar as actividades assegurando-se que a mesa esteja elevada a uma altura que permita à criança pousar confortavelmente no tampo da mesa seu cotovelo e antebraço. Se a criança estiver sentada nos joelhos de sua mãe/pai/ prestador de cuidados assegure-se que a colocação das mãos do adulto não entravem a criança ao efectuar quaisquer itens. Por exemplo, no Item 11: Palma para baixo assegure-se que a criança está virada de lado no joelho de sua mãe/pai com seu lado estudado enfrentando a câmara de vídeo e sua mãe/pai não a está segurando nos quadris ou coxa no lado estudado o que pode interferir quando ela quiser tocar nas suas nádegas. Se a criança não for capaz de se sentar independentemente, pode permanecer na sua forma habitual de se sentar (por exemplo, cadeira de rodas com alças ou acessórios de suporte) a uma mesa de altura adequada ou se necessário utilizando o tabuleiro de sua cadeira de rodas como superfície de teste. Anote na ficha de pontuação o equipamento de assento e mesa/bandeja utilizado e também quaisquer alças ou dispositivos de suporte (por exemplo, almofadas torácicas na cadeira de rodas, braços na cadeira, alças de ombro ou torácicas). Deve ser colocado na mesa um autocolante branco na linha média da criança a uma distância confortável dos antebraços ao peito da criança. Através das instruções de avaliação esta posição é referida como posição assinalada. Se a criança não conseguir chegar à sua linha média o autocolante deve ser colocado no lado do membro a ser avaliado. Se a criança não puder executar tarefas ao comprimento dos antebraços o autocolante deve ser colocado a uma distância do seu corpo em que ela possa alcançar as tarefas apresentadas. Por exemplo, isto pode ser quer ao comprimento dos braços completamente estendidos para uma criança com uma assinalável tonicidade do extensor ou a uma distância mais próxima para uma criança com tonicidade do flexor ou contracturas do seu ombro ou articulações do cotovelo. Qualquer variação para a colocação da posição assinalada da requerida linha média e comprimento dos antebraços deve ser anotada no espaço fornecido na ficha de pontuação de resultados e o incentivo de teste deve ser colocado na posição assinalada modificada em vez de na linha média conforme as instruções. A avaliação é filmada e os itens são pontuados a partir do vídeo. Linguagem utilizada Antes de começar o teste com uma criança, em especial uma criança pequena (2, 5 a 4 anos) poderá ser necessário estabelecer que a criança compreende as palavras utilizadas nas instruções do teste, por exemplo varinha mágica no Item 12: Pronação/supinação, e a expressão à volta e sobre no Item 8: Manuseamento. A terapeuta pode necessitar de primeiramente verificar com os pais que palavras são usadas em casa para estes termos e palavras usadas para outros nomes, tais como ursinho, cão, nádegas etc. As terapeutas podem incorporar as palavras utilizadas pelos familiares ao dar indicações à criança nos itens de teste. Para as crianças mais pequenas, é conveniente utilizar qualquer linguagem que seja familiar e conhecida da criança, bem como demonstração e imitação de obter os movimentos desejados. Os pais podem também ser utilizados para dar indicações à criança nas acções pretendidas utilizando frases ou palavras comuns à criança. Tempo de realização A avaliação leva aproximadamente 10 a 30 minutos para realizar dependendo do nível de habilidade da criança e de facilidade de seguir instruções. Antes de realizar a avaliação, a instalação do equipamento de teste e marcação das posições para a colocação da câmara de vídeo demora aproximadamente dez minutos. A arrumação exige cerca de cinco minutos. Para as crianças mais pequenas a realização do teste poderá ter de ser flexível. Se uma criança mais pequena perde atenção ou opta por não cooperar com as instruções, poderão ser necessárias diversas breves sessões de avaliação para completar a avaliação contudo, estas devem ser efectuadas dentro de um período de duas semanas. Também se houver itens que precisam ser apresentados em uma sequência variada para ajudar a envolver e manter a atenção da criança 1
2 isto é também permitido porque não é o nível ou duração da atenção da criança, ou nível de cooperação que estão sendo avaliados mas sim a qualidade dos seus movimentos do membro superior. Assistência dos pais ou prestadores de cuidados Os pais ou prestadores de cuidados podem ser usados para demonstrar a acção pretendida ou envolver as crianças de 2,5 a 4 anos na realização do movimento se necessário. Para as crianças mais pequenas as terapeutas poderão ter de demonstrar a acção pretendida para a mãe/pai de modo a que a mãe/pai mostrem o movimento à sua criança e a encorajem a realizar a tarefa. Tentativas repetidas Ao avaliar crianças é adequado para o avaliador utilizar repetidas demonstrações e orientação verbal para facilitar o desempenho da criança de cada um dos itens do teste. (Por exemplo, o avaliador pode mostrar à criança onde é a palma da sua mão para o Item 10: Alcançar para escovar desde a testa até a traseira do pescoço, Item 11: Palma para baixo e Item 13: Alcançar o ombro oposto). O objectivo do teste é o de medir a qualidade dos movimentos do membro superior e não o nível de cognição em seguir comandos verbais, assim é permitida a repetição da instrução verbal e demonstração. Nota: Item 4: O controlo do desenho é realizado somente quando a mão dominante da criança está sendo avaliada. Qualificações dos realizadores do teste Os realizadores do teste podem ser terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, outros profissionais da área da saúde ou médicos qualificados na avaliação do controlo motor dos membros superiores. Idealmente, o utilizador do teste deve estar familiarizado com a criança e experiente na observação dos movimentos de crianças com comprometimento neurológico. É essencial que os utilizadores do teste se familiarizem com as orientações de realização e pontuação do Melbourne Assessment 2 e completem o componente Teste-se a si próprio das orientações. Além disso, a fiabilidade do avaliador deve ser estabelecida antes de começar a utilizar a ferramenta conforme as recomendações detalhadas nas directrizes. Item 1: Alcances para a frente O ícone indica as instruções para colocação da câmara 1 metro atrás e a 1 metro do lado estudado da criança A terapeuta coloca-se na linha média da criança em frente à mesa segurando o interruptor à altura da mesa. O interruptor é segurado com a carinha perpendicular ao piso para que este possa estar em plena vista da criança e a uma distância que requer alcance máximo para a criança ser capaz de tocar a carinha. Estabelecer a posição exacta antes do teste com um ensaio. Para crianças com idade entre 5 e 15 anos, diga à criança: Toca na carinha com os dedos. Toca na carinha para tocar a música. Item 2: Alcance lateral a uma posição elevada 1 metro atrás e a 1 metro do lado não estudado da criança A terapeuta move-se para o lado da criança sendo avaliado e segura o interruptor ao mesmo nível do ombro da criança e em linha com o tronco da criança. O interruptor é de novo segurado com a carinha perpendicular ao piso para que este possa estar em plena vista da criança e a uma distância que requer alcance máximo para a criança ser capaz de tocar a carinha. Estabelecer a posição exacta antes do teste com um ensaio. Toca na carinha com os dedos. Toca na carinha para tocar a música. Item 3: Segurar o lápis de cera Coloque o lápis de cera na posição assinalada na mesa num plano horizontal à criança. Pega o lápis de cera. 2
3 Item 4: Controlo no desenho Este item é para ser realizado somente quando a mão dominante da criança estiver a ser avaliada. A criança estará segurando o lápis de cera a seguir ao item 3. Coloque a folha de papel em branco em frente da criança. Posicione o papel com círculos na mesa para a criança copiar. Desenha círculos na folha de papel em branco como os mostrados neste pedaço de papel. (A terapeuta aponta para o papel com círculos ao dar esta instrução). Para crianças com idade entre 3 e 4 anos: Coloque o papel com o único círculo (8cm de diâmetro) em frente da criança e posicione o pedaço de papel em branco entre a criança e a folha a ser copiada. Desenha um círculo no teu papel como este aqui. (A terapeuta aponta para o papel com o único círculo ao dar esta instrução). Se a criança não compreende a tarefa pretendida então a terapeuta pode demonstrar a tarefa à criança. Continue com as deixas à criança até que ela compreenda o que está envolvido na tarefa. Se a criança não for capaz de fazer um rabisco circular, encoraje qualquer acção de desenho que seja possível para a criança. Para crianças de 2,5 anos: Coloque uma folha de papel em branco em frente da criança na sua linha média. (O papel pode ser orientado horizontal ou verticalmente). Usando o segundo lápis de cera a terapeuta pode demonstrar no papel um rabisco/traço circular com aproximadamente 8cm de diâmetro. Desenha como eu. Continue com as deixas à criança até que ela compreenda o que está envolvido na tarefa. Se a criança não for capaz de fazer um rabisco circular, encoraje qualquer acção de desenho que seja possível para a criança. Por exemplo, a terapeuta pode demonstrar no papel um traço vertical ou qualquer acção de rabiscar. Se a criança não for capaz de segurar voluntariamente o lápis de cera no item 3 ou não for capaz de manipular o lápis de cera na sua mão para obter o seu habitual controlo de desenho, a terapeuta pode ajudar e colocar o lápis de cera na mão da criança. Anote esta ajuda na ficha de pontuação. Item 5: Libertar o lápis de cera A criança estará segurando o lápis de cera a seguir ao item 3 ou 4. Coloque o pequeno recipiente (recipiente de rolo) à frente da criança na posição assinalada. NB. A terapeuta ou a criança não devem segurar o recipiente para estabilizá-lo. Destaque para a criança a importância do cuidado com a colocação do lápis de cera. É permitido um ensaio. Coloca o lápis de cera no pequeno recipiente. Coloca o lápis de cera aqui (indicando o pequeno recipiente). Se a criança for bem-sucedida e poder libertar o lápis de cera no recipiente sem o desequilibrar, pare o item nesta fase. Se a tentativa falhar, substituir o recipiente pequeno com o de tamanho médio e repitir o item. (Todavia, se o recipiente pequeno desequilibrar no ponto de libertação, a terapeuta pode usar seu julgamento clínico e oferecer uma segunda tentativa com o recipiente pequeno antes de substitui-lo com o recipiente de tamanho médio). Coloca o lápis de cera no recipiente médio. Coloca o lápis de cera aqui (indicando o recipiente médio). Se não for bem-sucedido, retire todos os recipientes. Coloca o lápis de cera na mesa (o terapeuta pode bater na superfície da mesa para indicar a libertação do lápis de cera). Item 6: Segurar a bolinha Coloque a bolinha na posição assinalada. Pega o smartie (Sultana/bolinha/M&M). 3
4 Item 7: Libertar a bolinha A criança estará segurando a bolinha a seguir ao item 6. Se a criança não for capaz de voluntariamente segurar a bolinha, coloque a bolinha na mão da criança e anote isto na ficha de pontuação. Coloque o pequeno recipiente (recipiente de rolo) à frente da criança na posição assinalada. Coloca o smartie (Sultana/bolinha/M&M) no pequeno recipiente. Coloca o smartie aqui (indicando o recipiente pequeno). Se a criança não for bem-sucedida a libertar a bolinha, continue como para o item 5 (libertação do lápis de cera). Item 8: Manuseamento Coloque o cubo com as faces de diferentes cores em frente da criança. Para crianças com idade entre 2,5 e 4 anos: Coloque o cubo com as imagens do cão, carro e ursinho em três das faces em frente da criança. Para crianças com idade entre 4 e 15 anos: A terapeuta demonstra à criança a acção de rodar o cubo em uma variedade de sentidos, segurando o cubo em uma mão supinada e utilizando movimentos isolados do polegar e dedos apenas dessa mão. Para crianças de 4 anos de idade a terapeuta utiliza as imagens nos lados do cubo para dar deixas às crianças da acção de rotação necessária. Para crianças de 5 a 15 anos de idade a terapeuta utiliza as faces de diferentes cores para dar deixas às crianças da acção de rotação necessária. O cubo é então colocado na posição assinalada. Para crianças com idade entre 5 e 15 anos, diga : Pega e vira e roda o cubo para que possas ver cada face de cor diferente no cubo, como te mostrei. Para uma criança de 4 anos diga: Pegar e vira e roda o cubo como eu fiz para que possas ver o (cão, carro ) OU: Encontra o cão, carro, ursinho. Se a criança não for capaz de manipular o cubo na sua mão, então demonstre virando e rodando o cubo na superfície da mesa. Mais uma vez saliente a utilização de apenas uma mão. Vira o cubo na mesa para que possas ver cada face de imagem/cor diferente no cubo, como te mostrei. Para crianças com idade entre 2, 5 e 3 anos: Coloque na mesa em frente da criança o cubo com imagens. A terapeuta demonstra a acção de rodar o cubo na mesa usando a superfície da mesa como ajuda a fim de mostrar as imagens nas diferentes faces do cubo usando apenas uma mão. Roda o cubo como eu fiz, para encontrar o ursinho (cão, carro etc.). OU: Mostra-me outra imagem. (Como alternativa para simplificar a instrução a terapeuta pode mostrar a imagem do cão e, em seguida, colocar a face com a imagem do cão contra a superfície da mesa dizendo: Mostra-me o cão. A terapeuta deverá assegurar-se ao realizar este item que a falta de permanência de objecto de uma criança não influencia a pontuação do seu nível de movimento). Se a criança não for capaz de rodar o cubo na mesa, então demonstre se necessário, rodando o cubo na mesa mas não o virando, de modo a que apenas uma face de imagem ou de cor permaneça para cima todo o tempo. Para as crianças mais pequenas utilize a orientação da imagem para dar a deixa à criança do movimento requerido. Por exemplo se a terapeuta está no lado oposto da mesa em relação à criança a terapeuta demonstra rodando o cubo para que o ursinho esteja voltado para a criança e em seguida rodando 180 de modo que fique voltado para a terapeuta. Roda o cubo como eu fiz. Faz com que o ursinho olhe para ti. Aguarde até que a criança tenha tentado/demonstrado esta acção e então diga: Agora roda o cubo para fazer com que o ursinho olhe para mim. (Pode querer utilizar a canção infantil Teddy Bear, teddy bear turn around para incitar a criança a rodar o cubo). Roda o cubo na mesa como eu mostrei. Item 9: Apontar 1 metro do lado não avaliado da criança, nivelado com a posição assinalada na mesa Câmara elevada para ver o ponto de contacto inicial da mão/dedo em cada rectângulo Utilize a folha de apontar com os centros pretos em cada rectângulo colorido. Coloque a folha na linha média da criança na superfície da mesa com o rectângulo azul posicionado o mais próximo possível da criança. Para crianças com idade entre 2,5 e 4 anos: Utilize o lado da folha de apontar com as diferentes imagens no centro de cada rectângulo de cor (cão e carro). Coloque de novo a folha na linha média da criança com a imagem do carro posicionada o mais próximo possível da criança. Vamos jogar um jogo de apontar. Você pode apontar o dedo desta maneira? (A terapeuta demonstra apontando seu dedo indicador). 4
5 Aponta o centro preto do rectângulo verde. Aponta o centro preto do rectângulo azul. Se necessário, poderá ter de dar uma deixa à criança para o centro de cada rectângulo. Agora, aponta para o cão (A terapeuta poderá demonstrar apontando com seu dedo indicador para a imagem do cão). Aponta para o carro (A terapeuta poderá demonstrar apontando com seu dedo indicador para a imagem do carro). A terapeuta pode utilizar outras deixas para levar a criança a apontar a imagem correcta na placa de apontar Item 10: Alcançar para escovar desde a testa até a nuca 1-1½ metros no lado estudado da criança A terapeuta fica na frente da criança e demonstra a acção de mover a sua própria mão -com a palma aberta, da testa, por cima da sua cabeça à nuca. Para crianças com idade entre 2,5 a 4 anos a terapeuta poderá necessitar de realizar o movimento ao mesmo tempo com a criança sobre a sua própria cabeça para indicar os requisitos da tarefa. A criança começará com a sua mão no seu colo. Mostra-me a palma da tua mão. Passa a tua mão de tua testa por cima da tua cabeça até à nuca, conforme demonstrei. Para as crianças mais pequenas, instruções simplificadas podem ser: Move a tua mão sobre a tua cabeça como eu fiz. Escova o teu cabelo como eu. Faz como eu OU Copia-me. Se a criança não tiver a certeza do movimento exigido a terapeuta (ou mãe/pai) pode inicialmente executar o movimento em conjunto com ela. Assegure-se que a criança tem a superfície palmar da sua mão em contacto com sua cabeça se possível. Item 11: Palma para baixo 1-1½ metros no lado estudado da criança Se a criança tiver equilíbrio suficiente sentada afaste da mesa a cadeira da criança. Rode a cadeira da criança 90º (mas mantenha a criança olhando para a frente), para que as costas da cadeira estejam no lado não avaliado da criança. Deixe espaço suficiente entre a mesa e a criança, para que ela possa alcançar o seu braço avaliado em torno e sob suas nádegas (o braço avaliado deve estar do lado da câmara). A terapeuta deve também sentar-se numa cadeira posicionada em frente da criança, mas de lado para a criança para demonstrar como alcançar suas próprias nádegas para tocar na sua tuberosidade isquiática (com antebraço supinado e punho flectido). Se a criança não for capaz de sentar-se independentemente, a terapeuta ou mãe/pai pode proporcionar estabilização nos ombros ou pélvis se for necessário mínimo apoio externo. Anote esta assistência na ficha de pontuação. Como alternativa, a criança pode tentar o movimento enquanto está sentada na sua cadeira de rodas ou assento adaptado sem apoio de braço e acessórios de apoio (para permitir o acesso da sua mão sob suas nádegas). Anote o assento da criança na folha de resultados e se é necessário suporte ou ajuda. A criança começará com a sua mão no seu colo. Mostra-me a palma da tua mão. Coloca a palma da mão debaixo das tuas nádegas para tocar no osso em que estás sentado/a. (Isto é, a sua tuberosidade isquiática). Para as crianças mais pequenas, instruções simplificadas podem ser: Senta-te na tua mão como eu/mamã/papá. Coloca a tua mão debaixo das tuas nádegas como eu. Copia-me /à mamã/ao papá OU Faz como eu/mamã/papá. Todas estas instruções serão dadas com a terapeuta demonstrando o movimento pretendido. Continuar a dar deixas à criança até que todo o movimento seja realizado. 5
6 Item 12: Pronação/supinação 1-1½ metros em frente da criança A cadeira da criança regressa à sua posição original de frente para a mesa e a criança volta a sentar-se à mesa. A varinha mágica é colocada na posição assinalada em frente da criança num plano horizontal em relação à criança. Comece este item com a terapeuta demonstrando à criança a acção pretendida. A terapeuta deve próximo da lado da criança ser avaliado e alcançar com um antebraço em pronação para agarrar a extremidade da varinha o mais próximo do lado ulnar da mão. A terapeuta, então mostra à criança a acção de supinar seu antebraço para rodar a varinha, salientando que o resultado desejado é a palma da mão voltada para cima. Quando a criança realiza este movimento o braço da criança deve ser estabilizado pela terapeuta na articulação do cotovelo no aspecto distal do braço se necessário. A criança deve agarrar o aspecto central da varinha. A criança deve também agarrar o fim da varinha o mais próximo do lado ulnar da mão. Se a criança não conseguir agarrar a varinha mágica, coloque a varinha mágica na mão da criança. Roda a varinha mágica como eu demonstrei. Para crianças com idade entre 2,5 e 4 anos: Prenda a imagem de um cão (aproximadamente 4 cm 4 cm) ao extremo da varinha a ser colocado no lado do polegar da mão da criança. A imagem deve ser anexada de modo que quando a varinha mágica for colocada em frente da criança a imagem estará virada para baixo em direcção à superfície da mesa e não estará visível para a criança. A terapeuta demonstra como segurar a varinha mágica e supinar seu antebraço para rodar a varinha mágica e revelar a imagem do cão no lado inferior da varinha mágica, dizendo à criança conforme a imagem do cão se torna visível Vê o cão. A terapeuta utiliza a imagem do cão para dar a deixa à criança sobre o completo movimento de supinação pretendido ao invés de instruir a criança para ter a palma da sua mão virada para cima, como indicado acima para crianças com idades entre 5 e 15 anos. Encontra o cão como eu fiz (A terapeuta pode ter de controlar e dar deixas à criança para atingir o alcance máximo de supinação possível e não parar a meio quando o cão for parcialmente visível). De novo, se necessário, o braço da criança deve ser estabilizado pela terapeuta na articulação do cotovelo no aspecto distal do braço. Item 13: Alcançar o ombro oposto 1-1½ metros em frente da criança Mova a mesa diante da criança para permitir um melhor movimento do braço da criança. A terapeuta fica em frente da criança e demonstra a acção de levar seu próprio braço desde uma posição inicial a seu lado até colocar a palma aberta da sua mão no topo do seu ombro oposto (não na superfície anterior do ombro). A criança começará com a sua mão no seu colo ou na superfície da mesa. Mostra-me a palma da tua mão. Coloca a palma da tua mão por cima do teu ombro oposto. (A terapeuta poderá apontar para o topo do ombro apropriado se a criança estiver insegura). Para a criança de 4 anos diga: Se a terapeuta considera que a criança tem compreensão suficiente e é cooperativa, este item pode ser apresentado como para crianças mais velhas. Para as crianças que não entendem ou que não estão a responder ao pedido, poderá ser necessário seguir as instruções abaixo para crianças de 2,5 a 3 anos. Para crianças com idade entre 2,5 e 3 anos: Se for necessário a terapeuta poderá utilizar um pequeno peluche ou marionete para dar deixas à criança para o topo do seu ombro oposto. Se tal deixa for utilizada a terapeuta demonstrará colocando o brinquedo/marioneta no seu próprio ombro oposto e tocando-o. Deve-se ter atenção para que o brinquedo seja suficientemente pequeno para garantir que o ponto de toque permanece em contacto com a parte superior do ombro e não com o topo do brinquedo que poderá estar acima do nível do ombro. Para as crianças mais pequenas, instruções simplificadas podem ser: Toca no (nome do brinquedo) (Dito enquanto a terapeuta coloca o brinquedo no topo do ombro oposto da criança). Faz o mesmo que eu (Dito enquanto a terapeuta demonstra a acção pretendida). Ou: Toca aqui (Dito enquanto a terapeuta ou a mãe/pai toca o ombro oposto da criança para indicar o ponto que a criança tem de alcançar). Assegure-se que a criança tem a superfície palmar da sua mão em contacto com seu ombro oposto se possível. 6
7 Item 14: Mão à boca e abaixo 1-1½ metros em frente da criança Coloque uma barra de fruta/meio palito La Reine/palito de queijo na posição assinalada em frente da criança e num plano horizontal em relação à criança. A terapeuta poderá demonstrar pegar no biscoito e levá-lo à sua boca (A terapeuta não precisa de realmente morder o biscoito mas indicará à criança que esta acção é pretendida). Diga a todas as crianças: Pega a barra de fruta/biscoito/palito de queijo, leva-o à boca e morde-o. Pode ser utilizado um outro tipo de biscoito/alimento tamanho similar para o item alimentar se a criança se recusa a fazer a tarefa. Se a criança se recusar a morder o item alimentar utilizado, incentive-a a realizar a acção de pegar o item e levá-lo à sua boca sem morder. Limpe a mão e boca da criança e a superfície da mesa se necessário após a conclusão da tarefa. Direitos de autor Copyright do The Royal Children s Hospital Melbourne Reservados todos os direitos. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida por qualquer processo, electrónico ou não, em qualquer material impresso ou transmitido a qualquer outra pessoa sem o consentimento prévio por escrito do Royal Children s Hospital Melbourne excepto conforme permitido por estas instruções de utilização ou pelo Copyright Act 1968 (Cth). ERC Updated July
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