GINÁSTICA DE APARELHOS
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- Ana Clara Imperial Pinheiro
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1 GINÁSTICA DE APARELHOS Plinto O plinto é um aparelho utilizado para a realização de saltos tanto na posição transversal como longitudinal. Segurança: Deve-se verificar se a distância do trampolim ao aparelho é adequada à capacidade de execução dos alunos. Antes de se iniciar o salto, deve-se confirmar que o ajudante está atento. Deve-se concentrar no salto que vai realizar. Nos saltos do plinto, devem ser consideradas as seguintes fases: 1. Corrida de balanço: em aceleração progressiva; 2. Pré-chamada: é a última passada, que deve ser rasante e alongada; 3. Chamada: impulsão simultânea dos dois pés no trampolim; 4. Primeiro voo: fase aérea até ao apoio das mãos no plinto; 5. Apoio e repulsão: apoio das mãos no aparelho e exercer força sobre este; 6. Segundo voo: o mais alto possível; 7. Recepção: contacto com o solo, que deve ser feito pela parte anterior dos pés, com ligeira flexão dos membros inferiores. Salto de eixo (Plinto transversal) Realiza a corrida preparatória em velocidade crescente; Efectua a chamada a pés juntos e, no momento do contacto dos pés com o trampolim, mantém os ombros recuados em relação ao apoio dos pés e os m.s. em movimento de elevação anterior; Faz uma impulsão, controlada, de forma a promover o primeiro voo, com extensão inicial do corpo, antes do apoio das mãos no plinto; Apoia as mãos no plinto, efectuando, de imediato, a acção de repulsão de m.s., projectando os ombros e o peito para cima, facilitando a transposição do aparelho; Afasta os m.i. no momento da repulsão; Prepara a recepção, procurando a extensão do corpo antes do apoio dos pés no solo e efectua uma ligeira flexão dos m.i., no momento do contacto dos pés com o solo. 1
2 Salto de eixo (Plinto longitudinal) Os mesmos aspectos referidos para o plinto transversal; Na chamada, traz os membros superiores de trás para a frente; Realiza o primeiro voo longo com o apoio das mãos na extremidade mais afastada do plinto e com os dedos orientados para a frente. Como ajudar? Um ajudante colocado na zona de recepção de frente para o executante. Colocar as mãos na cintura escapular (ombros), de forma a facilitar a transposição do aparelho e a recepção em equilíbrio. Salto entre mãos (Plinto transversal) Corre com o olhar dirigido para o aparelho; Faz a chamada e a impulsão no trampolim com os dois pés em simultâneo; Eleva a bacia acima da linha dos ombros; Faz a repulsão flectindo os membros inferiores (puxa os joelhos para o peito); Realiza a recepção flectindo ligeiramente os membros inferiores. 2
3 Como ajudar? Um ajudante colocado na posição lateral ao aparelho. Com uma mão no ombro e a outra na zona da bacia, facilita a transposição do aparelho e a recepção em equilíbrio. Minitrampolim Este aparelho é utilizado para a realização de saltos que envolvem grandes cuidados ao nível da segurança, devido à elevada impulsão que proporciona. A execução dos saltos caracteriza-se essencialmente pela elevação e/ou rotação. Segurança: Nunca se devem realizar os saltos sem que a zona de recepção e área envolvente estejam protegidas por colchões. Os alunos nunca devem executar qualquer salto sem a presença do professor. Deve-se concentrar no salto que vai realizar. Deve-se ter a noção da elevada capacidade de impulsão que este aparelho proporciona. Nos saltos de minitrampolim, devem ser consideradas as seguintes fases: 1. Corrida de balanço: em aceleração progressiva; 2. Pré-chamada: longe do minitrampolim e salto rasante; 3. Chamada: pés apoiados simultaneamente na tela com os membros inferiores ligeiramente flectidos; 4. Salto propriamente dito: momento em que se executam as acções que definem o salto; 5. Recepção: contacto com o solo, que deve ser feito pela parte anterior dos pés, com ligeira flexão dos membros inferiores. 3
4 Salto em extensão (Vela) Eleva os braços, ajudando na impulsão; Eleva o corpo em completa extensão e em tonicidade; Mantém os membros inferiores unidos e em extensão; Coloca a bacia em retroversão durante a fase aérea e membros superiores em elevação superior; Dirige o olhar para a frente. Salto engrupado Realiza a corrida de balanço e a chamada; Define a posição engrupada no ponto mais alto da trajectória aérea (fecha os membros inferiores sobre o tronco); Toca com as mãos nos joelhos; Mantém o tronco em posição vertical, olhando para a frente; Estende o corpo antes da recepção. 4
5 Salto de carpa (pernas afastadas) Realiza a corrida de balanço e a chamada; Fecha os membros inferiores em extensão sobre o tronco antes do ponto mais alto do salto; Afasta energicamente os membros inferiores no ponto mais alto; Toca com as mãos nos pés; Faz uma ligeira inclinação do tronco à frente; Mantém o olhar dirigido para a frente; Abre o ângulo tronco-membros inferiores; Junta os membros inferiores e estende o corpo antes da recepção. Salto de carpa (pernas unidas) Realiza a corrida de balanço e a chamada; Fecha os membros inferiores em extensão sobre o tronco antes do ponto mais alto do salto; Une energicamente os membros inferiores no ponto mais alto; Toca com as mãos nos pés; Faz uma ligeira inclinação do tronco à frente; Mantém o olhar dirigido para a frente; Abre o ângulo tronco-membros inferiores; Junta os membros inferiores e estende o corpo antes da recepção. 5
6 Salto com meia pirueta vertical Realiza a corrida de balanço e a chamada; Eleva o corpo em completa extensão e tonicidade; Acompanha, com o olhar, o sentido da rotação, mantendo a cabeça em posição anatómica; Inicia a rotação na fase ascendente; Mantém os braços em cima, em extensão e no prolongamento do tronco; Terminada a rotação, os membros superiores executam um afastamento lateral, parando o movimento de rotação e aproximam-se do tronco preparando a recepção; Coloca a bacia em retroversão; Mantém as pernas em extensão e unidas; Finaliza, virado para o ponto de partida. 6
7 Salto com pirueta vertical Realiza a corrida de balanço e a chamada; Eleva o corpo em completa extensão e tonicidade; Acompanha, com o olhar, o sentido da rotação, mantendo a cabeça em posição anatómica; Inicia a rotação na fase ascendente; Mantém os braços em cima, em extensão e no prolongamento do tronco; Terminada a rotação, os membros superiores executam um afastamento lateral, parando o movimento de rotação e aproximam-se do tronco preparando a recepção; Coloca a bacia em retroversão; Mantém as pernas em extensão e unidas. Como ajudar? Um ajudante colocado numa posição frontal ou lateral ao aparelho. Acompanha o movimento do executante, garantindo a execução e a recepção em equilíbrio. NOTA: Na carpa, o ajudante deve estar de frente para o aparelho. Barra fixa Aparelho onde se executam essencialmente elementos de balanço, sem interrupções, em movimentos contínuos desde a entrada até à saída. Segurança: Os executantes devem limpar bem as mãos e/ou passá-las por magnésio. Não devem realizar os elementos sem haver protecção de colchões. Devem respeitar o posicionamento das mãos (pronação/supinação). 7
8 Antes de executar os elementos técnicos, deve-se saber fazer: Balanços Tipos de pegas: Subida de frente na barra fixa Inicia em suspensão com as mãos em pronação e com o polegar por baixo da barra (no banzo, por ter maior diâmetro, permite-se colocar o polegar por cima); Flecte os m.s., aproximando os ombros da barra; Aproxima os m.i. do tronco, projectando a bacia para cima e aproximando-a da barra; Flecte ligeiramente a cabeça para trás quando a zona da bacia chega à barra; Roda sobre a barra até à posição de apoio, mantendo o corpo em tonicidade 8
9 Como ajudar? Um ajudante colocado por baixo da barra. Colocar a mão na zona da bacia e empurrar o executante para cima na fase ascendente do movimento. Meia volta em apoio Pega em pronação; Passa um membro inferior estendido sobre a barra; Mantém o apoio de uma das mãos na barra e liberta a outra mão, efectuando meia volta; Retoma o apoio com as duas mãos, passando o outro membro inferior estendido sobre a barra. Rolamento à frente Executa apoio facial sobre a barra em extensão completa e cabeça levantada; Coloca as mãos em supinação (o polegar apoia por cima da barra); Roda à frente mantendo a zona abdominal sempre em contacto com a barra; Não desacelera a velocidade do corpo na fase de subida, colocando o peito para dentro e o corpo em elevada tonicidade; Procura avançar os ombros para cima da barra na fase de subida (ligeira flexão do tronco à frente para ajudar a aumentar a velocidade); Pára no apoio fazendo forte impulsão de m.s.. 9
10 Como ajudar? Um ajudante colocado numa posição elevada junto ao aparelho. Colocar uma mão na zona da bacia e outra na zona dos ombros, ajudando no movimento de rotação. Saída à frente Sobre a barra, mantém o corpo em extensão com o peito ligeiramente dentro, cabeça levantada e olhar em frente, m.s. e m.i. estendidos e contraídos; Roda o corpo à retaguarda sem deixar descair a bacia e olha para a frente; Durante a rotação, fecha o corpo ligeiramente e só após a subida dos pés em relação ao nível da barra, o aluno deverá executar a acção de abertura lançando os m.i. para cima e para a frente na busca de uma saída alta e para longe do aparelho; Coloca o corpo em posição selada durante o voo; Executa uma ligeira flexão de m.i. na recepção para estabelecer o equilíbrio. Como ajudar? Um ajudante colocado numa posição elevada junto ao aparelho. Colocar uma mão na zona da bacia, ajudando o executante a projectar-se para trás, com os membros superiores em extensão. 10
11 Trave (baixa) Aparelho onde se executam em sequência os elementos acrobáticos e gímnicos trabalhados no solo. Segurança: Os executantes devem executar os elementos de forma concentrada e em equilíbrio. colchões. Nunca devem realizar os exercícios sem que a zona envolvente esteja protegida com Antes de se realizarem os elementos técnicos específicos deste aparelho, deve-se: Ter a noção da posição adequada dos pés, que devem estar colocados um atrás do outro no eixo da trave; Adoptar uma postura corporal correcta: -alinhamento de todos os segmentos corporais; -olhar dirigido para a frente; -participação activa dos membros superiores em todos os movimentos; -realizar os elementos de forma encadeada. Entrada a um pé Marcha na ponta dos pés (frente e atrás) Corre obliquamente ao trampolim; Realiza a chamada a um pé, no trampolim, e apoia o outro na trave, virado para fora e em equilíbrio, de forma a promover a subida para a trave; Mantém o tronco na vertical; Faz o deslocamento na ponta dos pés com o corpo alinhado e em tonicidade, olhando para a frente. 11
12 Meia volta com balanço de um membro inferior Avião Dirige o olhar para a frente; Roda sobre a ponta de um pé com o membro inferior em completa extensão e com a ajuda dos membros superiores; Balança o membro inferior livre e roda a bacia; Realiza a posição de equilíbrio com o pé de apoio rodado para fora e o membro inferior em completa extensão; Mantém a posição durante três segundos. Salto a pés juntos com flexão dos membros inferiores Saída com salto em extensão e meia pirueta Faz a impulsão simultânea dos membros inferiores puxando os joelhos ao peito e eleva os membros superiores pela frente; Promove a extensão dos membros inferiores; Faz a recepção na trave pela ponta dos pés; Salta na vertical com o corpo em extensão e roda 180º sobre o eixo longitudinal; Executa a recepção equilibrada com flexão ligeira de membros inferiores; Mantém o olhar dirigido para a frente. 12
13 Bibliografia: Batista, P. & Rego, L. & Azevedo, A. (2006). Em Movimento. Lisboa: Edições ASA. Documento elaborado por: Grupo de EDF
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