DIURÉTICOS 09/10/2016 CONCEITO INTRODUÇÃO FISIOLOGIA RENAL FISIOLOGIA RENAL FISIOLOGIA RENAL
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- Maria das Dores Figueiroa Cordeiro
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1 CONCEITO DIURÉTICOS Diuréticos são drogas que promovem a excreção renal de água, sódio e outros eletrólitos, aumentando assim a formação de urina e o débito urinário. Prof. Karina Lemos Guedes Karinag@pitagoras.com.br (ABRAMS, 2006) INTRODUÇÃO IMPORTÂNCIA TERAPÊUTICA Distúrbios Edematosos Distúrbios não-edematosos Insuficiência Cardíaca Doença Renal Doença Hepática Hipertensão Arterial Cirurgia oftálmica Função primária dos rins é controlar o volume, a composição e o ph dos líquido corporais. Recebem aproximadamente 25% do débito cardíaco. 1
2 A filtração glomerular Reabsorção Tubular Sangue arterial chega com Movimento de substâncias do pressão de 70mmHg (alta) túbulo (FG) para o sangue nos forçando a saída de água, capilares peritubulares. eletrólitos e outros solutos pela Maior absorção túbulo cápsula de Bowman. proximal. A TFG é aproximadamente Há absorção de quase toda a 125ml/min. glicose e aa, cerca 80% de O sangue não filtrado sai do água, eletrólitos. glomérulo arteríola eferente. Reabsorção Tubular 20% FG entra na alça de Henle. 30% do Na+ filtrada é reabsorvida na alça. O Na é absorvido no túbulo distal por troca do K secretados das paredes tubulares. Água e solutos restantes urina Secreção Tubular Secreção de subst.do sangue nos capilares peritubulares para o filtrado glomerular. Ocorre no túbulo distal e proximal. Proximal: ácido úrico, creatinina, H+ e amônia. Distal: K+, H+ e amônia. INFLUÊNCIAS HORMONAIS Hormônio Antidiurético Renina Hormônio Antidiurético 2
3 DROGAS DIURÉTICAS DROGAS DIURÉTICAS Os diuréticos atuam sobre os rins aumentando o fluxo urinário e para reduzir a reabsorção de sódio, cloro, água e outras substâncias. A principal indicação clínica são insuficiência cardíaca, hipertensão e edema. Tiazídicos Diuréticos de alça Diuréticos poupadores de potássio Diuréticos osmóticos Diuréticos Inibidores da anidrase carbônica TIAZÍDICOS Indicados para tratamento a longo prazo da insuficiência cardíaca e hipertensão. Reduzem a reabsorção de Na + e cloro no túbulo contorcido distal. Ação de vasodilatador direto sobre as arteríolas periféricas. Hidroclorotiazida é mais usada; a clorotiazida é única que pode ser administrada EV. Não administrar após meio da tarde para evitar noctúria TIAZÍDICOS São ineficazes na estimulação da diurese imediata (ação lenta). E pouco eficazes também na diminuição da função renal. Eficazes quando o fluxo da diurese é adequado. Drogas bem absorvidas e amplamente distribuídas, altamente ligadas a proteínas plasmáticas. Acumula-se apenas nos rins. TIAZÍDICOS Efeito inicial em 2 horas, pico em 4-6 horas, com duração de 6 a 24hs. Excretada inteiramente pelos rins. Contra-indicada para pacientes alérgicos a sulfonamidas (quimicamente relacionadas). Uso cuidadoso em gestantes (atravessam a placenta), pode provocar comprometimento da perfusão placentária. DIURÉTICOS DE ALÇA Inibem a reabsorção de Na + e cloro no ramo ascendente da alça de Henle, onde ocorre a reabsorção da maior parte do Na + filtrado. São diuréticos potentes (perda de Na + 10x maior que os tiazídicos). São mais eficazes e versáteis para uso clínico. Podem ser administrado por VO e EV. (CLAYTON, B.S; STOCK, Y.S.; COOPER,S.E., 2012 ; MORTON et al, 2011) (GOLAN et al., 2011) 3
4 DIURÉTICOS DE ALÇA DIURÉTICOS DE ALÇA VO efeitos dentre 30-60min, pico 1 a 2hs e duram cerca de 6-8hs. IV efeitos em 5 minutos, pico em 30min e duram cerca de 2hs. Causam grande volume de diurese por curtos períodos. Os rins reabsorvem mais Na + que o habitual durante a fase pós-diurética (restrição alimentar). (GOLAN et al., 2011) São metabolizadas e excretadas pelos rins. São diuréticos de escolha para efeitos rápidos (edema pulmonar, insuficiência renal). Contra-indicada na gravidez. O furosemida é o mais utilizado. A bumetamina (mais potente 40mg lasix: 1mg bumetamina) pode ser usada quando não responder ao furosemida. (GOLAN et al., 2011) O Na + é normalmente reabsorvido no túbulo distal na troca por íons potássio e hidrogênio. Os diuréticos poupadores de K + atuam no túbulo distal para reduzir a reabsorção de Na + e a excreção de K +. Este grupo inclui 3 drogas: espironolactona, amilorida e triantereno. Controle do sódio e do volume de líquido corporal Secreção de hormônios vasoativos Vasodilatação = RVP Renina Cininas Prostaglandinas Vasoconstrição = RVP Aldosterona = Na + e H 2 O A espironolactona bloqueia os efeitos de retenção de Na + da aldosterona. Amilorida e triantereno atuam diretamente no túbulo distal para reduzir a troca de Na + por K +. Esses diuréticos são fracos quando usados isoladamente. Normalmente são associados a perdedores de K +. São contra-indicados na insuficiência renal, pois pode provocar hipercalemia. A principal hipercalemia é o principal efeito adverso dessas drogas. Os pacientes não devem receber suplementos de K + e não devem ser estimulados a comer alimentos ricos em K + e nem o uso de substitutos do Na + (cloreto de potássio). 4
5 DIURÉTICOS OSMÓTICOS Produzem diurese rápida por aumento da quantidade de solutos (pressão oncótica) do filtrado glomerular. A pressão osmótica aumentada causa atração da água dos locais extravasculares para a corrente sanguínea, aumentando a volemia e conseqüentemente o débito urinário. DIURÉTICOS OSMÓTICOS Pressão Osmótica Vascular Atração de H2O Extravascular Corrente sanguínea Aumento da volemia reabsorção de H2O e eletrólitos Volume da diurese DIURÉTICOS OSMÓTICOS INIBIDORES ANIDRASE CARBÔNICA A acetazolamida é um diurético fraco que atua inibindo a enzima anidrase carbônica nos rins, cérebro e olhos. Como diurético promove a excreção de sódio, água, potássio e bicarbonato. Não é muito utilizado como diurético devido à disponibilidade de medicamentos mais efetivos. Entretanto é usado para pacientes com glaucoma. DIURÉTICOS INTOXICAÇÃO DIGITÁLICA Intoxicação Digitálica: hipocalemia induzida pelos diuréticos 5
6 INTOXICAÇÃO DIGITÁLICA INVESTIGAÇÃO Histórico de Sintomas Padrão Urinário Histórico Medicamentoso Histórico da ingesta de líquidos INVESTIGAÇÃO Estado de Hidratação -Desidratação -Turgor da pele -Mucosa oral Sinais de hiperidratação - Ganho de peso; -Aumento da circunferência abdominal -Turgência da jugular Edema - Sinal de cacifo Alterações laboratoriais - Hematócrito; - Hemoglobina; - Uréia; - Eletrólitos INVESTIGAÇÃO (CLAYTON, B.S; STOCK, Y.S.; COOPER,S.E., 2012 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM D.2 C.5 Volume de líquidos excessivo D2. C.5 Volume de líquido deficiente D2. C.5 Risco de desequilíbrio eletrolítico D.4 C.4 Débito cardíaco diminuído D.11 C.2 Risco de choque Cuidados Gerais - Fornecer comadres ou marrecos se necessário; - Realizar SVD em casos de controle da diurese rigoroso; - Observar débito urinário: oligúria/poliúrica/anúria; - Furosemida EV é fotossensível (interação farmacêutica). (NANDA, ) 6
7 Observar se há efeitos terapêuticos -Pesar diariamente o paciente enquanto houver edema; -Realizar Balanço hídrico rigoroso; -Registrar aspecto da diurese; -Observar redução ou aparecimento de dispnéia, crepitações e tosse em casos de insuficiência cardíaca ou edema pulmonar. Observar efeitos adversos -Hipocalemia: arritmias, náuseas, vômitos, exames laboratoriais, RHA diminuídos, fraqueza muscular, confusão; -Desidratação; -Hipercalemia: (poupadores) alteração ECG, arritmias; -Hiperglicemia. Observar efeitos adversos -ATBs aminoglicosídeos (otoxicidade acumulativa); -Anti-hipertensivos (hipotensores acumulativos) -AINES (retenção de sódio e água) -Contraceptivos orais (retenção de sódio e água) -Vasopressores (redução da responsividade das arteríolas) REFERÊNCIA CLAYTON, B.S; STOCK, Y.S.; COOPER,S.E. Farmacologia na prática de enfermagem. 15ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, GOLAN, D. E. et al. Princípios de Farmacologia. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, MORTON, Patrícia Gonce, et al. Cuidados Críticos de Enfermagem: Uma abordagem holística. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSES ASSOCIATION. Diagnóstico de enfermagem da NANDA: definições e classificação ARTMED. Porto Alegre,
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