GOVERNANÇA DAS ESTATAIS FEDERAIS:
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- Eduardo Henriques Prada
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1 GOVERNANÇA DAS ESTATAIS FEDERAIS: Brasília, 12 de dezembro de /28
2 Objetivo da apresentação 2/28
3 Objetivo da apresentação Expor o atual contexto da governança corporativa das estatais federais. Para tanto, propõe-se apresentar: A) A importância das estatais no Brasil. B) Estrutura tripartite de governança das estatais. C) Exemplos de normativos recentes que melhoram a governança das estatais. D) As principais orientações do DEST/MP sobre governança das estatais. 3/28
4 A) Importância das estatais 4/28
5 A) O importante papel das estatais no Brasil: concessão de crédito Crescimento da participação relativa dos bancos estatais Natureza Estatal 30,7% 46,2% Privado 47,9% 37,1% Estrangeiro 21,4% 16,7% Fonte: Banco Central/2013 5/28
6 A) O importante papel das estatais no Brasil: investimentos Maior participação das estatais nos investimentos federais Fonte: SOF/DEST, /28
7 A) O importante papel das estatais no Brasil: investimentos Maior participação dos investimentos das estatais no PIB 0,70% 0,68% 0,66% 0,64% 0,62% 0,60% 0,58% 0,56% 0,54% Fonte: DIMAC/IPEA/2013 7/28
8 A) O importante papel das estatais no Brasil: investimentos Importância do investimento das estatais Comparação com a Administração Direta: Maior expertise para realizar investimentos, uma vez que a elaboração de um plano de negócios permite a análise técnica das propostas de investimentos e contribui para a sustentabilidade econômica das empresas. Comparação com as empresas do setor privado: Apresentam um melhor padrão de inovação tecnológica, de acordo com pesquisa do IBGE. Ataxadeinovaçãodasestataissuperaadasempresasdosetorprivado. Os gastos das estatais com inovação estão concentrados principalmente em Pesquisa e Desenvolvimento. Nas empresas do setor privado, a inovação é realizada primordialmente através da compra de máquinas e equipamentos. 8/28
9 A) O importante papel das estatais no Brasil: políticas públicas Estatais como instrumento de política pública: CF, art. 173: Exploração econômica direta pelo Estado depende de imperativo de segurança nacional ou relevante interesse coletivo. Lei 6.404/76, art. 238: O Estado pode orientar suas empresas para atender interesse coletivo. As estatais se justificam primordialmente pela implementação das políticas públicas. Diagnóstico do Plano do PPA : A continuidade da estratégia de desenvolvimento inclusiva esbarra nas reais dificuldades de manutenção de taxas satisfatórias de crescimento econômico no médio e longo prazos. Centralidade das seguintes políticas públicas: i. PAC: retomada dos investimentos públicos ii.plano Brasil Maior: aumento da competitividade iii. Políticas de ampliação do crédito 9/28
10 A) O importante papel das estatais no Brasil: políticas públicas Exemplo Ilustrativo: Estatal federal Política pública Bancos Fomento financeiro FINEP Fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação IRB Gestão de riscos EMGEA Gestão de riscos CMB Produção da moeda nacional ELETROBRÁS Luz para todos PETROBRAS Diversifição da matriz energética Empresas de abastecimento Segurança alimentar Docas Gestão portuária DATAPREV Unificar informações trabalhistas e previdenciárias ECT Carta social Indústria militar Segurança nacional HEMOBRÁS Saúde pública INFRAERO Gestão aeroportuária SERPRO Solução de TI para o setor público TELEBRÁS Universalização da internet CBTU, Trensurb e Valec PAC - mobilidade urbana CEITEC Nacionalização do conhecimento de semicondutores CODEVASF Revitalização de bacia hidrográfica Hospitais federais Atendimento ao SUS CPRM Planejamento geológico nacional EBC Transparência e cidadania EMBRAPA Inovação agropecuária EPE e EPL Planejamento estratégico do governo federal INB e Nuclep Monopólio da atividade nuclear brasileira 10/28
11 D) Estrutura tripartite de governança das estatais 11/28
12 B) Estrutura tripartite de governança das estatais Necessidade adicional de governança nas empresas estatais: Benefício difuso(sociedade) e menor interesse no desempenho. Controle difuso(vários órgãos): dificulta diretrizes gerais. Objetivo complexo (desempenho e qualidade): dificulta direcionamento estratégico. Acionista dual(estado e governo): dificulta estabilidade. 12/28
13 B) Estrutura tripartite de governança das estatais Estrutura de Governança das estatais CGPAR Ministério da Fazenda (STN) Ministério do Planejamento (DEST) Ministério Supervisor TCU CGU Assembleia Geral (decisão societária) Conselho Fiscal (fiscalização) Auditoria interna (controles internos) Conselho de Administração (decisão estratégica) Auditoria externa (segurança contábil) Diretoria (gestão de negócios) 13/28
14 CGPAR: B) Estrutura tripartite de governança das estatais Composição: Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão- MP; Ministro da Fazenda- MF; Ministro Chefe da Casa Civil da Presidência da República- CC. Competências: estabelecer critérios para: a) avaliação e classificação das empresas estatais federais; e b) indicação, pela União, de conselheiros de administração e fiscal e diretores. aprovar diretrizes e estratégias relacionadas à participação acionária da União nas empresas estatais federais, com destaque para: a)compra e venda de participações; b)remuneração de dirigentes; c)distribuição de dividendos; e d)divulgação de informações financeiras. 14/28
15 B) Estrutura tripartite de governança das estatais Funções de cada instituição no Sistema Tripartite: STN: aspectos societários e financeiros da União UmmembronoConselhoFiscal-CF DEST: Governança, orçamento, pessoal, previdência e avaliação de todas as estatais Um membro no Conselho de Administração CA Único órgão federal que possui visão geral e integrada de todas as estatais federais Ministério Supervisor: Direcionamento setorial do negócio. DemaismembrosdoCAeCF. Indicação dos diretores. *Benefícios do sistema tripartite: especialização de funções e visão balanceada. 15/28
16 B) Estrutura tripartite de governança das estatais Instrumentos de governança nas estatais: 1. Assuntos societários definidos em Assembleia (DEST, PGFN, STN, e MS) 2. Decisões estratégicas apreciadas por Conselho de Administração com visão ampla (MP, MS, holding, empregado e minoritário) 3. Finanças monitoradas pelo Conselho Fiscal (STN, MS e minoritário) 4. Diretores aprovados pelo Presidente da República e com remuneração variável atrelada a metas estratégicas (DEST, MS e CA) 5. Auditoria interna restrita à atividade própria e vinculada ao CA (GCPAR e CGU) 6. Regras básicas de funcionamento definidas em estatuto (DEST, STN, PGFN e MS) 16/28
17 C) Exemplos de normativos que melhoram a governança das estatais 17/28
18 C) Exemplos de normativos que melhoram a governança das estatais Lei que regula conflito de interesses (Lei /13) Disciplina conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego do Poder Executivo federal, no exercício, ou após, de cargo e emprego. No caso das estatais, submetem-se ao regime dessa Lei: Presidente, Vice-Presidentes e Diretores, além daqueles que, em razão do cargo, tenham acesso a informações privilegiadas. AavaliaçãoeafiscalizaçãodaDiretoriaficaacargodaComissãodeÉticaPúblicadaPresidênciadaRepública. Lei de acesso à informação(lei /12) Publicidadeéregraesigiloéexceção. Divulgação ativa e passiva das informações pelas empresas: Classificação pode ser feita nos graus secreta, pelos Presidentes das empresas, ou reservada, pelos ocupantes de cargos equivalentes a DAS 5. Decreto 7.724/12: Lei não se aplica a informação obtida em supervisão e cuja divulgação possa representar vantagem econômica aos concorrentes. Portaria Interministerial MP/CGU/MD/MF 233/2012: Estatais que não atuam em regime de concorrência, deverão disponibilizar as informações de seus empregados e administradores em seus sítios na Internet, não sendo necessária a publicação no Portal da Transparência. 18/28
19 C) Exemplos de normativos que melhoram a governança das estatais Representante dos empregados no CA (Lei /10): Obrigatoriedade para empresas com mais de 200 empregados e eleição pelo voto direto de seus pares. Sujeito a todos os critérios, exigências, prerrogativas, atribuições e responsabilidades definidos em lei ou estatuto. Impedimentos em casos de conflitos de interesses. Remuneração Variável de dirigentes de instituições financeiras (Resolução CMN 3924/10): Pagamento de 40% diferido em 3 anos, com reversão proporcional se houver queda significativa do lucro. Pagamento de 50% em ações ou instrumentos baseados em ações. Obrigação de instituir Comitê de Remuneração nas instituições financeiras de capital aberto ou que sejam obrigadas a constituir Comitê de Auditoria. 19/28
20 C) Exemplos de normativos que melhoram a governança das estatais Resoluções CGPAR de Diretrizes aplicáveis às estatais Resolução nº 2 Auditoria interna: Vinculada ao CA; Restrita à execução de atividades típicas; Relacionamento institucional com os órgãos de controle: CGU e TCU; Pode atuar como órgão de assessoria aos órgãos superiores e direção, quanto ao gerenciamento de riscos. Resolução nº 3 Aprimoramento de práticas relativas ao CA: Vedação à acumulação das funções de Presidente da empresa e do CA; Aprovação de Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna (PAINT) e de Relatório Anual das Atividades de Auditoria Interna(RAINT), em reunião executiva; Criação de comitês de suporte; Implementação da avaliação formal da Diretoria e do CA; Divulgação da remuneração de empregados e administradores em nota explicativa. 20/28
21 D) Principais orientações do DEST/MP sobre governança das estatais 21/28
22 D) Principais do DEST/MP sobre governança das estatais Participação nos lucros ou Resultados de diretores PLR: Extensão às estatais não financeiras dos dispositivos da Resolução CMN 3.921, relativos a diferimento e reversão. Indicadores dos programas alinhados à perspectiva do Balanced Scorecard, uma vez que devem contemplar: Perspectivas multifacetadas: desempenho econômico-financeiro; eficiência operacional; expansão empresarial; execução de política pública; e qualidade do crédito(para bancos). Diferentes níveis: Corporativo; Unidade de Negócio; Avaliação Colegiada; e Avaliação individual(para bancos, apenas). 22/28
23 E) Principais do DEST/MP sobre governança das estatais Maior transparência dos assuntos de governança das estatais: Destinação de lucros e constituição de reservas: Vedação à capitalização direta de lucros; e Condicionar a constituição de reservas à previsão de investimentos ou expansão do crédito. Aumento de Capital Social: Condicionar a capitalização de reservas à execução de investimentos ou expansão de crédito efetiva. Uniformização e transparência para todo repasse da União para investimentos. 23/28
24 E) Principais do DEST/MP sobre governança das estatais Orientação aos representantes do MP no CA das estatais: Operacionaliza as indicações e aprovação na Casa Civil; Disponibiliza material (Estatuto, demonstrações contábeis, boletins, notas, etc); Contato com técnicos via telefone ou ; e Opina sobre pauta prévia (piloto). 24/28
25 E) Principais do DEST/MP sobre governança das estatais Outras participações do DEST reestruturação setorial: Elétrico; Aeroportuário; Ferroviário; Aquaviário; e Abastecimento. Participação em fóruns internacionais: Chile, França e Coreia do Sul em /28
26 Conclusão 26/28
27 Objetivo da apresentação A) As estatais são fundamentais para o desenvolvimento do país: investimento, crédito e política pública. B) As estatais necessitam de maior governança que setor privado. Para tanto, são geridas por sistema tripartide, com especialização de função e visão balanceada. C) Os normativos recentes aprimoraram a governança das estatais. D) O DEST/MP fomenta a governança das estatais em várias frentes. 27/28
28 Obrigado! Gustavo Amorim Antunes Coordenador-Geral de Gestão Corporativa das Estatais Contato: /28
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