JUPRUDÊNCIA DOS CONCEITOS - PUCHTA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "JUPRUDÊNCIA DOS CONCEITOS - PUCHTA"

Transcrição

1 JUPRUDÊNCIA DOS CONCEITOS - PUCHTA Ponto de partida: - idéia de sistema (influência de Schelling) - visão do Direito como um organismo vivo; Influência do idealismo alemão (Hegel): identificação entre o real e o racional; interpretação da realidade em referência a um princípio unitário; Influência de Savigny: caráter sistemático do Direito (Direito Romano, pandectista produção de conceitos gerais abstratos); não considera, porém, o caráter histórico (costumes, tradição, história do povo alemão) Influência de Newton: uma teoria científica não trata dos fatos do mundo, mas procura explicar como eles acontecem.

2 JUPRUDÊNCIA DOS CONCEITOS - PUCHTA Conclusão: o sistema deve procurar a unidade na diversidade, com a utilização do método lógicomatemático, através da construção lógico-científica do Direito; Imagem representativa do sistema: a pirâmide, em cujo topo se encontra um conceito supremo não jurídico (ético), do qual os conceitos jurídicos derivam até a base, decompondo-se em espécies e subespécies; Puctha, discípulo de Savigny, propõe a criação da genealogia dos conceitos, através de operações lógicoindutivas e lógico-dedutivas.

3 JUPRUDÊNCIA DOS CONCEITOS - PUCHTA Função da Ciência jurídica: verificar as etapas deste processo de derivação, conferindo a produção de cada conceito, identificando os passos intermediários da sua formação; ciência jurídica formalista e funcionalista. Exemplo prático: conceito de servidão, do Direito Romano: passos = pessoa coisa coisa alheia uso social conceito jurídico geral; A pirâmide jurídica encabeçada por um conceito ético, evolui para um exagerado abstracionismo, desviando o Direito da sua função social, tornando-se um conceitualismo vazio, abrindo caminho para o positivismo.

4 JURISP. CONCEITOS - JHERING primeira fase Ponto de partida: Direito como organismo objetivo da liberdade humana. Atribui ao Direito as qualidades de um produto da natureza. Cria o método históriconatural da ciência do Direito. Rejeita os fins sociais. Função sistemática do Direito consiste em desmontar os institutos jurídicos e as proposições jurídicas em seus elementos lógicos, combiná-los entre si de modo a extrair destes tanto as normas conhecidas como normas novas e em seguida reconstituir tudo lógicamente. Mediante a combinação de elementos diversos, a ciência pode criar novos conceitos e proposições jurídicas: os conceitos são produtivos acasalam-se e geram novos conceitos.

5 JHERING - Método e Conceito do Direito Aproxima o Direito do modelo de pensamento típico das ciências da natureza. O seu método de construção de conceitos não se alicerça num conceito supremo (como em Puchta), mas apenas na indução, semelhante ao estudo das ciências naturais. Compara com os procedimentos do alfabeto para a formação de novas palavras mediante a combinação das letras, e da química para a formação de novos corpos a partir da matéria prima dada. O Direito é como uma química jurídica formando 'corpos jurídicos'. A descoberta de novas proposições jurídicas não se deve a nenhuma necessidade prática da sociedade, mas a uma necessidade lógica: elas não podem não existir.

6 Críticas e mudança de posição Muitas críticas abalaram profundamente as estruturas intelectuais de Ihering, que passou a reconhecer a insuficiência da pandectista e começou a dar mais atenção aos problemas do seu tempo. A partir de 1861, começou a escrever cartas aos jornais, provocando debates sobre a jurisprudência e assinando como um desconhecido. Vinte anos depois (1884) ele publicou essas cartas junto com outros estudos em livro ( O que é sério e o que não é sério na jurisprudência ), reconhecendo a construção jurídica formal como algo imprestável e contraditória com o sadio entendimento. A coerência lógica nem sempre conduz à validade prática.

7 JHERING jurisprudência pragmática 2a fase A vida não provém dos conceitos, mas estes sim é que existem por causa da vida. Não é o que a lógica deduz que tem de acontecer, mas o que a vida postula é o que tem de acontecer, seja isso lógico ou ilógico. As fontes primárias dos conceitos jurídicos devem ser buscadas nas razões psicológicas e práticas, éticas e históricas, assim a dialética jurídica, na discussão sobre conceitos e princípios jurídicos, determina-se pela adequação prática do resultado. Jhering lança os pressupostos de uma jurisprudência pragmática, e não mais formalista, e propõe o elemento teleológico como norteador do Direito. Para Jhering, o fim é o criador de todo o Direito, pois não existe nenhuma norma jurídica sem uma finalidade, sem um motivo prático. Ou melhor, toda proposição jurídica deve sua existência a um motivo prático, um fim subsistente em si mesmo.

8 O fim social como criador do Direito Isso não significa que os fins são a motivação criadora do Direito como algo automático, e sim que o sujeito humano estabelece esses fins, ou seja, o novo fio condutor do pensamento de Ihering muda o foco para o sujeito dos fins, o sujeito que está por trás das proposições jurídicas, o sujeito coletivo. Um tal sujeito, que não é o legislador, só se pode descobrir na sociedade, pois esta é uma cooperação para fins comuns, em que cada qual, enquanto trabalha para os outros, trabalha também para si, e enquanto trabalha para si, trabalha também para os outros.

9 Direito, Sociedade e Estado A essência da sociedade é a promoção recíproca dos fins de todos os seus membros. Assim, para assegurar-se de que as condições de existência dos sujeitos será preservada, a sociedade precisa de regras de conduta estáveis e, para isso, cria no Estado um poder coercitivo que garanta o seu cumprimento. Desse modo, surge o Direito, ou seja, todas as proposições jurídicas têm por fim a segurança das condições de existência na sociedade e, portanto, a sociedade é o sujeito do fim de todas as proposições jurídicas. O Estado é o guardião do Direito.

10 Jurisprudência dos Interesses A hierarquização dos fins sociais resulta das necessidades vitais (apetites) de uma sociedade historicamente dada. O que uma certa sociedade humana entende como útil e relevante para si é o que determina a sua exigência de felicidade. Tal relativização dos temas jurídicos vale também para os temas morais, na medida em que as normas morais também têm por fim a subsistência e a prosperidade da sociedade; O Direito como função social e a idéia da jurisprudência pragmática foram o ponto de partida de uma jurisprudência dos interesses, desenvolvida pelos discípulos de Ihering, sobretudo por Philipp Heck.

11 Resumo da doutrina de Jhering A nova teoria de Ihering pode ser disposta em nove pontos: 1 desloca o eixo do problema do legislador (sujeito individual) para a sociedade (sujeito coletivo); 2 defende o monopólio do Estado em matéria de criação do Direito; 3 atribui a cada norma jurídica uma relação de conteúdo com um fim social determinado, motivo da existência da norma; 4 abandona a perspectiva formalista da jurisprudência dos conceitos, pela sua falta de coerência com a vida prática; 5 a compreensão da norma jurídica passa menos por uma análise lógica ou psicológica e mais por uma análise sociológica;

12 Resumo da doutrina de Jhering A nova teoria de Ihering pode ser disposta em nove pontos: 6 a hierarquização dos fins sociais resulta das necessidades vitais (apetites) de uma sociedade historicamente dada. O que uma certa sociedade humana entende como útil e relevante para si é o que determina a sua exigência de felicidade. 7 Tal relativização dos temas jurídicos vale também para os temas morais, na medida em que as normas morais também têm por fim a subsistência e a prosperidade da sociedade;

13 Resumo da doutrina de Jhering A nova teoria de Ihering pode ser disposta em nove pontos: 8 o Direito como função social e a idéia da jurisprudência pragmática foram o ponto de partida de uma jurisprudência dos interesses, desenvolvida pelos discípulos de Ihering, sobretudo por Philipp Heck. 9 A jurisprudência dos interesses considera o Direito como tutela de interesses : as leis são as resultantes dos interesses de ordem material, nacional, religiosa e ética que existem numa comunidade jurídica.

JURISPRUDÊNCIA DOS CONCEITOS

JURISPRUDÊNCIA DOS CONCEITOS JURISPRUDÊNCIA DOS CONCEITOS Pontos de partida: idéia de sistema (influência de Schelling) - Direito como um organismo vivo idealismo alemão (Hegel) - identificação entre o real e o racional (princípio

Leia mais

Friedrich Karl von Savigny

Friedrich Karl von Savigny Friedrich Karl von Savigny No Curso de Inverno (1802), Savigny afirmava que a ciência da legislação (ciência do Direito) é primeiro uma ciência histórica e depois também uma ciência filosófica; a ciência

Leia mais

DISCUSSÃO SOBRE O CÓDIGO CIVIL ALEMÃO

DISCUSSÃO SOBRE O CÓDIGO CIVIL ALEMÃO ESCOLA HISTÓRICA Em 1802, ao iniciar sua atividade como jurista, Savigny ensinava que a ciência da legislação era histórica e filosófica (sistemática). Demonstrava simpatia pelo positivismo legalista francês

Leia mais

JURISPRUDÊNCIA DOS INTERESSES

JURISPRUDÊNCIA DOS INTERESSES JURISPRUDÊNCIA DOS INTERESSES Sequência da Jurisprudência Teleológica, de Jhering: Direito vinculado a um determinado fim desejado pela sociedade. Decisões judiciais: objetivam satisfazer as necessidades

Leia mais

2.2 As dificuldades de conceituação da Ciência do Direito

2.2 As dificuldades de conceituação da Ciência do Direito 2.2 As dificuldades de conceituação da Ciência do Direito O termo ciência não é unívoco O debate está voltado à questão da metodologia, mas cada ciência tem a sua... Direito: ciência ou técnica pertencente

Leia mais

Max Weber

Max Weber Max Weber - 1864-1920. Considerado o sistematizador da Sociologia na Alemanha Criador da metodologia compreensiva na Sociologia. Desenvolveu estudos no campo do direito, filosofia, história com ênfase

Leia mais

Método e Metodologia Conceitos de método e seus princípios

Método e Metodologia Conceitos de método e seus princípios Conceitos de método e seus princípios Caminho pelo qual se chega a determinado resultado... É fator de segurança. Seleção de técnicas para uma ação científica... Forma de proceder ao longo de um caminho

Leia mais

DOUTRINAS ÉTICAS FUNDAMENTAIS PROFA. ME. ÉRICA RIOS

DOUTRINAS ÉTICAS FUNDAMENTAIS PROFA. ME. ÉRICA RIOS DOUTRINAS ÉTICAS FUNDAMENTAIS PROFA. ME. ÉRICA RIOS ERICA.CARVALHO@UCSAL.BR Ética e História Como a Ética estuda a moral, ou seja, o comportamento humano, ela varia de acordo com seu objeto ao longo do

Leia mais

Os Sociólogos Clássicos Pt.2

Os Sociólogos Clássicos Pt.2 Os Sociólogos Clássicos Pt.2 Max Weber O conceito de ação social em Weber Karl Marx O materialismo histórico de Marx Teoria Exercícios Max Weber Maximilian Carl Emil Weber (1864 1920) foi um intelectual

Leia mais

1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma.

1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma. P á g i n a 1 PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS TEORIA GERAL DO DIREITO 1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma. II O valor jurídico

Leia mais

CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER

CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER Karl Marx (1818-1883) Mercadoria como base das relações sociais Mercantilização: tudo vira mercadoria. Materialismo Histórico Dialético Toda e qualquer

Leia mais

CEAP Curso de Direito Disciplina Introdução ao Direito. Aula 04. DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO Prof. Milton Correa Filho

CEAP Curso de Direito Disciplina Introdução ao Direito. Aula 04. DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO Prof. Milton Correa Filho CEAP Curso de Direito Disciplina Introdução ao Direito Aula 04 DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO Prof. Milton Correa Filho 1.Motivação: O que é o que é (Gonzaguinha) -Dialógo de Antigona 2.Apresentação

Leia mais

22/08/2014. Tema 7: Ética e Filosofia. O Conceito de Ética. Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes

22/08/2014. Tema 7: Ética e Filosofia. O Conceito de Ética. Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes Tema 7: Ética e Filosofia Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes O Conceito de Ética Ética: do grego ethikos. Significa comportamento. Investiga os sistemas morais. Busca fundamentar a moral. Quer explicitar

Leia mais

ROMANTISMO E IDEALISMO (Século XIX)

ROMANTISMO E IDEALISMO (Século XIX) ROMANTISMO E IDEALISMO O Idealismo alemão sofreu forte influência, na sua fase inicial, do Romantismo, movimento cultural que se manifestou na Arte, na Literatura e na Filosofia. No seu ponto culminante,

Leia mais

A HISTÓRIA DO PENSAMENTO JURÍDICO. Aula n.º 02

A HISTÓRIA DO PENSAMENTO JURÍDICO. Aula n.º 02 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO JURÍDICO Aula n.º 02 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO JURÍDICO Correntes de pensamento que tem o objetivo de explicar a origem do direito; Cada uma afirma que o direito provém de uma fonte

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria da Constituição Métodos de Interpretação Constitucional Profª. Liz Rodrigues - A principal função dos métodos de interpretação é limitar a discricionariedade de quem está

Leia mais

NIKLAS LUHMANN ( )

NIKLAS LUHMANN ( ) NIKLAS LUHMANN (1927-1998) TEORIA AUTOPOIÉTICA DO DIREITO Conceitos preliminares Conceito de ciência segundo Aristóteles: Teoria ciências contemplativas, apreensão direta pelo intelecto, pura racionalidade

Leia mais

QUESTÕES DE FILOSOFIA DO DIREITO

QUESTÕES DE FILOSOFIA DO DIREITO QUESTÕES DE FILOSOFIA DO DIREITO QUESTÃO 1 Considere a seguinte afirmação de Aristóteles: Temos pois definido o justo e o injusto. Após distingui-los assim um do outro, é evidente que a ação justa é intermediária

Leia mais

Professora Edna Ferraresi. Aula 2

Professora Edna Ferraresi. Aula 2 Aula 2 Escolas e Teorias Jus filosóficas Modernas: a Escola da Exegese: positivismo jurídico ideológico; redução do Direito à lei; "In Claris NON cessat interpretatio"; aplicação mecânica do Direito. Escolas

Leia mais

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA Nada de grande se realizou no mundo sem paixão. G. W. F. HEGEL (1770-1831) Século XIX Revolução Industrial (meados do século XVIII) Capitalismo; Inovações

Leia mais

REVISÃO DE CONTEÚDO AVALIAÇÃO MENSAL DE SOCIOLOGIA 2º ANOS AUGUSTO COMTE, A DOUTRINA POSITIVISTA E SEU CONTEXTO HISTÓRICO.

REVISÃO DE CONTEÚDO AVALIAÇÃO MENSAL DE SOCIOLOGIA 2º ANOS AUGUSTO COMTE, A DOUTRINA POSITIVISTA E SEU CONTEXTO HISTÓRICO. REVISÃO DE CONTEÚDO AVALIAÇÃO MENSAL DE SOCIOLOGIA 2º ANOS AUGUSTO COMTE, A DOUTRINA POSITIVISTA E SEU CONTEXTO HISTÓRICO. Profª Ana Carla O Positivismo trata-se de uma doutrina sociológica, filosófica

Leia mais

Escritos de Max Weber

Escritos de Max Weber Escritos de Max Weber i) 1903-1906 - A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (1ª parte, em 1904; 2ª parte em 1905; introdução redigida em 1920); - A objetividade do conhecimento nas Ciências Sociais

Leia mais

Pensamento do século XIX

Pensamento do século XIX Pensamento do século XIX Século XIX Expansão do capitalismo e os novos ideais Considera-se a Revolução Francesa o marco inicial da época contemporânea. Junto com ela, propagaram-se os ideais de liberdade,

Leia mais

Filosofia do Direito

Filosofia do Direito 1 Filosofia do Direito Grupo de estudo Revisão José Roberto Monteiro 21 de novembro de 2012 2 Matéria para a prova de 22/11/12 A Justiça em Aristóteles. Hugo Grócio. Immanuel Kant. Hans Kelsen 3 A Justiça

Leia mais

Metodologia do Trabalho Científico

Metodologia do Trabalho Científico Metodologia do Trabalho Científico Teoria e Prática Científica Antônio Joaquim Severino Grupo de pesquisa: Educação e saúde /enfermagem: políticas, práticas, formação profissional e formação de professores

Leia mais

Prof. Talles D. Filosofia do Direito. Filosofia, Ciência e Direito

Prof. Talles D. Filosofia do Direito. Filosofia, Ciência e Direito Prof. Talles D. Filosofia do Direito Filosofia, Ciência e Direito O termo Filosofia do Direito pode ser empregado em acepção lata, abrangente de todas as formas de indagação sobre o valor e a função das

Leia mais

A ÉTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO

A ÉTICA NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO SOFISTAS Acreditavam num relativismo moral. O ceticismo dos sofistas os levava a afirmar que, não existindo verdade absoluta, não poderiam existir valores que fossem validos universalmente. A moral variaria

Leia mais

TEORIA GERAL DO DIREITO PRIVADO

TEORIA GERAL DO DIREITO PRIVADO CUSTÓDIO DA PIEDADE U. MIRANDA Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra Doutor em Direito pela Universidade de São Paulo Professor Associado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

Leia mais

NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010

NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 NODARI, Paulo César. Sobre ética: Aristóteles, Kant e Levinas. Caxias do Sul: Educs, 2010 12 Daniel José Crocoli * A obra Sobre ética apresenta as diferentes formas de se pensar a dimensão ética, fazendo

Leia mais

Universidade de Brasília UnB - Faculdade de Direito Disciplina: Teoria Geral do Direito Privado Professora: Ana Frazão ROTEIRO 2

Universidade de Brasília UnB - Faculdade de Direito Disciplina: Teoria Geral do Direito Privado Professora: Ana Frazão ROTEIRO 2 Universidade de Brasília UnB - Faculdade de Direito Disciplina: Teoria Geral do Direito Privado Professora: Ana Frazão ROTEIRO 2 A RELAÇÃO JURÍDICA NA VISÃO DA TEORIA GERAL DO DIREITO PRIVADO 1. O conceito

Leia mais

A teoria do conhecimento

A teoria do conhecimento conhecimento 1 A filosofia se divide em três grandes campos de investigação. A teoria da ciência, a teoria dos valores e a concepção de universo. Esta última é na verdade a metafísica; a teoria dos valores

Leia mais

ÍNDICE SISTEMÁTICO. Abreviaturas e siglas usadas. Apresentação

ÍNDICE SISTEMÁTICO. Abreviaturas e siglas usadas. Apresentação ÍNDICE SISTEMÁTICO Abreviaturas e siglas usadas Apresentação Capítulo 1 Gênese do direito 1. Escola jusnaturalista ou do direito natural 1.1. Origem do jusnaturalismo 2. Escola teológica 2.1. Origem da

Leia mais

I - HISTÓRIA Teoria Objetiva da Posse - Ihering

I - HISTÓRIA Teoria Objetiva da Posse - Ihering 1 I - HISTÓRIA Rudolf Von Ihering, jurista e romancista alemão, nasceu em Aurich, Frísia, em 22 de agosto de 1818, e morreu em Gottingen em 17 de setembro de 1892. Estudou direito em Heidelberg, Munique,

Leia mais

Clóvis de Barros Filho

Clóvis de Barros Filho Clóvis de Barros Filho Sugestão Formação: Doutor em Ciências da Comunicação pela USP (2002) Site: http://www.espacoetica.com.br/ Vídeos Produção acadêmica ÉTICA - Princípio Conjunto de conhecimentos (filosofia)

Leia mais

Vocabulário Filosófico Dr. Greg L. Bahnsen

Vocabulário Filosófico Dr. Greg L. Bahnsen 1 Vocabulário Filosófico Dr. Greg L. Bahnsen Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto / felipe@monergismo.com GERAL Razão: capacidade intelectual ou mental do homem. Pressuposição: uma suposição elementar,

Leia mais

FILOSOFIA - 2 o ANO MÓDULO 14 O POSITIVISMO DE COMTE

FILOSOFIA - 2 o ANO MÓDULO 14 O POSITIVISMO DE COMTE FILOSOFIA - 2 o ANO MÓDULO 14 O POSITIVISMO DE COMTE Fixação 1) Para Comte, o que define a sociedade? Fixação 2) A filosofia de Comte considera a humanidade como uma unidade essencial; para compreender

Leia mais

INFLUÊNCIAS TEÓRICAS PRIMEIRAMENTE, É PRECISO DESTACAR A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO ALEMÃO NA SUA

INFLUÊNCIAS TEÓRICAS PRIMEIRAMENTE, É PRECISO DESTACAR A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO ALEMÃO NA SUA MAX WEBER 1864-1920 A SOCIOLOGIA WEBERIANA TEM NO INDIVÍDUO O SEU PONTO PRINCIPAL DE ANÁLISE. ASSIM, O AUTOR SEMPRE PROCURA COMPREENDER O SENTIDO DA AÇÃO INDIVIDUAL NO CONTEXTO EM QUE ELA SE INSERE. O

Leia mais

Compreensão do Positivismo e Funcionalismo: Linhas epistemológicas que influenciaram o Serviço Social

Compreensão do Positivismo e Funcionalismo: Linhas epistemológicas que influenciaram o Serviço Social 1 - Introdução Este artigo traz as concepções teóricas do positivismo e do funcionalismo e a influência destes para o Serviço Social, ambos são linhas epistemológicas que impulsionaram o Serviço Social

Leia mais

Hans Kelsen. Prof. Nogueira. O que é Justiça?

Hans Kelsen. Prof. Nogueira. O que é Justiça? Hans Kelsen Prof. Nogueira O que é Justiça? Biografia Básica 1881 1973 Austríaco Judeu Biografia Básica 1 ed. Teoria Pura do Direito 1934 O que é Justiça? 1957 2 ed. Teoria Pura do Direito 1960 Histórico

Leia mais

Linguagens Formais e Autômatos

Linguagens Formais e Autômatos Linguagens Formais e Autômatos Conversão de Expressões Regulares (ER) para Autômatos Finitos Determinísticos (AFD) Cristiano Lehrer, M.Sc. Introdução A construção sistemática de um Autômato Finito para

Leia mais

Pensamento do século XIX

Pensamento do século XIX Pensamento do século XIX SÉCULO XIX Expansão do capitalismo e novos ideais De acordo com a periodização tradicional, considera-se a Revolução Francesa o marco inicial da época contemporânea. Esse movimento

Leia mais

Ciências Sociais Aplicadas

Ciências Sociais Aplicadas PIRÂmIDE normativa DE KELsEn: AnáLIsE sob As TEORIAs constitucionalistas DE FERDInAnD LAssALE E KOnRAD hesse Rafael Souza Carvalho Graduando em Direito pela UFRR rafaelcarvalhu@hotmail.com Ciências Sociais

Leia mais

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL SUMÁRIO CAPÍTULO 1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 1.1 Estado e Ordenamento: Correlações Históricas 1.2 Teoria Geral do Processo: Histórico e Conceito 1.3 Direito Material e Direito Processual CAPÍTULO 2 FONTES

Leia mais

DIREITO. 08. URCA/ Não é um dos caracteres da Norma Jurídica: a) Unilateralidade; b) Bilateralidade; c) Generalidade; d) Coercitividade.

DIREITO. 08. URCA/ Não é um dos caracteres da Norma Jurídica: a) Unilateralidade; b) Bilateralidade; c) Generalidade; d) Coercitividade. DIREITO 01. URCA/2011.2 Sobre os Valores Jurídicos, indique a assertiva incorreta: a) Os valores jurídicos se apresentam em escala hierárquica dotada de rigidez, sendo, pois, impossível que se sacrifique

Leia mais

TEI GI, símbolo do TAO

TEI GI, símbolo do TAO TEI GI, símbolo do TAO 31 jan, 2012 Os sinólogos definem TAO como o Absoluto, o Infinito, a Essência, a Suprema Realidade, a Divindade, a Inteligência Cósmica, o Insondável, O Sol e a Lua. A palavra TAO

Leia mais

Lacunas 1) Lacuna própria: espaço vazio no sistema 2) Lacunas impróprias: originam-se da comparação do sistema real x ideal

Lacunas 1) Lacuna própria: espaço vazio no sistema 2) Lacunas impróprias: originam-se da comparação do sistema real x ideal BOBBIO Lacunas 1) Lacuna própria: espaço vazio no sistema 2) Lacunas impróprias: originam-se da comparação do sistema real x ideal 1a) Heterointegração - busca-se alternativa em ordenamento diverso (direito

Leia mais

ECONOMIA E GESTÃO DO SETOR PÚBLICO MÓDULO 1 TEORIA DO ESTADO E CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

ECONOMIA E GESTÃO DO SETOR PÚBLICO MÓDULO 1 TEORIA DO ESTADO E CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO ECONOMIA E GESTÃO DO SETOR PÚBLICO MÓDULO 1 TEORIA DO ESTADO E CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO Índice 1. Teoria do estado e conceitos básicos de economia do setor público...3 1.1. Estado,

Leia mais

SISTEMAS JURÍDICOS NA VISÃO DE JUSFILÓSOFOS

SISTEMAS JURÍDICOS NA VISÃO DE JUSFILÓSOFOS SISTEMAS JURÍDICOS NA VISÃO DE JUSFILÓSOFOS Prof. Dr. João Carlos Medeiros de Aragão Currículo Lattes: Lattes.cnpq.br/49114444160 OBJETIVOS Objetiva-se apresentar a definição de Sistema Jurídico, com base

Leia mais

Hermenêutica Filosofica - Schleiermacher

Hermenêutica Filosofica - Schleiermacher Hermenêutica Filosofica - Schleiermacher Deu início a um novo modelo de hermenêutica Utilizou o método histórico-crítico e o conceito de razão histórica Trouxe para a hermenêutica o caráter científico,

Leia mais

Ética. Material de apoio do Professor Rodrigo Duguay, a partir de Anotações do Professor Felipe Pinho.

Ética. Material de apoio do Professor Rodrigo Duguay, a partir de Anotações do Professor Felipe Pinho. 1 Ética Material de apoio do Professor Rodrigo Duguay, a partir de Anotações do Professor Felipe Pinho. O que é a Ética? Como ramo da filosfia a ética tenta responder à pergunta: - Como viver? A partir

Leia mais

TEORIA SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO

TEORIA SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO Professor Flávio Toledo www.masterjuris.com.br Origens Surgiu em 1940 nos Estudos de Ludwig von Bertalanffy (biólogo alemão) sobre sistemas gerais (metabolismo, estados

Leia mais

Ar infinito: indeterminado, não tem uma forma clara.

Ar infinito: indeterminado, não tem uma forma clara. FILOSOFIA ANTIGA Ar infinito: indeterminado, não tem uma forma clara. Está presente na água de Tales: H20. Essencial para a vida dos seres vivos. É a causa do movimento da natureza: vento move nuvens,

Leia mais

2. Comte, precursor da sociologia ou sociólogo? 3. A contribuição e limitações do POSITIVISMO. 4. Estrutura de análise das correntes teóricas

2. Comte, precursor da sociologia ou sociólogo? 3. A contribuição e limitações do POSITIVISMO. 4. Estrutura de análise das correntes teóricas 1. Breve história da ciência 2. Comte, precursor da sociologia ou sociólogo? 3. A contribuição e limitações do POSITIVISMO 4. Estrutura de análise das correntes teóricas 5. Primeira atividade do trabalho

Leia mais

EAD Fundamentos das Ciências Sociais

EAD Fundamentos das Ciências Sociais EAD - 620 Fundamentos das Ciências Sociais CONHECIMENTO CIENTÍFICO SOBRE A SOCIEDADE SURGIMENTO, CONDIÇÕES HISTÓRICAS E EVOLUÇÃO MOTIVADORES DA CONSTRUÇÃO DA CIÊNCIA SOCIAL 1. A Sociologia como fruto da

Leia mais

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO. A Geografia Levada a Sério

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO.  A Geografia Levada a Sério FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 1 O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete Aristóteles 2 O Mito da Caverna - Platão 3 Entendes??? 4 A Filosofia É um estudo relacionado

Leia mais

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO 1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO P á g i n a 1 QUESTÃO 1 - Admitindo que a história da filosofia é uma sucessão de paradigmas, a ordem cronológica correta da sucessão dos paradigmas na história

Leia mais

A COERÊNCIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO - XIII. 1. O ordenamento jurídico como sistema:

A COERÊNCIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO - XIII. 1. O ordenamento jurídico como sistema: A COERÊNCIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO - XIII 1. O ordenamento jurídico como sistema: - No capítulo anterior ao falar da unidade do ordenamento jurídico, o autor demonstrou que esta pressupõe uma norma fundamental,

Leia mais

A Lei Moral e a Existência de Deus

A Lei Moral e a Existência de Deus A Lei Moral e a Existência de Deus Vai na Bíblia Capítulo 3 A Lei Moral e a Existência de Deus Será que há sentido, valor ou propósito na vida, se Deus não existir? Se Deus existe, por que coisas ruins

Leia mais

O QUE É CULTURA? 1. Reflexões em torno do conceito de cultura. .Cultura. .Cultura / Civilização. .Civilização

O QUE É CULTURA? 1. Reflexões em torno do conceito de cultura. .Cultura. .Cultura / Civilização. .Civilização CET ATNA 2007/2008 CULTURA PORTUGUESA.Cultura 1. Reflexões em torno do conceito de cultura O QUE É CULTURA? Docente: Susana Filipa dos Santos Gonçalves.Civilização O QUE É CIVILIZAÇÃO? - acção que o Homem

Leia mais

ÍNDICE SISTEMÁTICO. Parte I O ESTADO NA HISTÓRIA. Capítulo I LOCALIZAÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO. 1º O Estado, realidade histórica

ÍNDICE SISTEMÁTICO. Parte I O ESTADO NA HISTÓRIA. Capítulo I LOCALIZAÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO. 1º O Estado, realidade histórica ÍNDICE SISTEMÁTICO Do Autor Parte I O ESTADO NA HISTÓRIA 1. O Estado, espécie de sociedade política 2. O aparecimento histórico do Estado 3. Sociedades políticas pré-estatais 4. Processos de formação do

Leia mais

1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor).

1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). Exercícios sobre Hegel e a dialética EXERCÍCIOS 1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). b) é incapaz de explicar

Leia mais

INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA

INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA Raízes históricas da socioantropologia Prof. Me. Renato R. Borges Auguste Comte (1798-1875) 1 Viver para os outros não é apenas lei do dever, é também a lei da felicidade. Auguste

Leia mais

Classificação das Ciências. Tipos de conhecimento. Conhecimento Popular. Conhecimento Religioso. Conhecimento Filosófico. Metodologia Científica

Classificação das Ciências. Tipos de conhecimento. Conhecimento Popular. Conhecimento Religioso. Conhecimento Filosófico. Metodologia Científica UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE JI-PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Classificação das Ciências FORMAIS Lógica Matemática Metodologia Científica Prof. a Renata Gonçalves Aguiar CIÊNCIAS

Leia mais

2. Explique o conceito de fato social e dê um exemplo da nossa realidade social que o represente.

2. Explique o conceito de fato social e dê um exemplo da nossa realidade social que o represente. Lista de Exercícios 1 - A Sociologia de Émile Durkheim 1. Cite e explique as características dos fatos sociais. 2. Explique o conceito de fato social e dê um exemplo da nossa realidade social que o represente.

Leia mais

I ENCONTRO DE PESQUISADORES FAZENDÁRIOS METODOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PESQUISA CIENTÍFICA: ORIENTAÇÕES INICIAIS UNIDADE II O MÉTODO CIENTÍFICO

I ENCONTRO DE PESQUISADORES FAZENDÁRIOS METODOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PESQUISA CIENTÍFICA: ORIENTAÇÕES INICIAIS UNIDADE II O MÉTODO CIENTÍFICO I ENCONTRO DE PESQUISADORES FAZENDÁRIOS METODOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DE PESQUISA CIENTÍFICA: ORIENTAÇÕES INICIAIS UNIDADE II O MÉTODO CIENTÍFICO Germana Parente Neiva Belchior germana.belchior@sefaz.ce.gov.br

Leia mais

Augusto Comte e o Positivismo

Augusto Comte e o Positivismo Augusto Comte e o Positivismo Reis, Camila Oliveira. R375a Augusto Comte e o positivismo / Camila Oliveira Reis. Varginha, 2015. 10 slides. Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader Modo de Acesso: World

Leia mais

Faculdades Cathedral Curso de Direito DIREITO CIVIL - I. Professor Vilmar A Silva

Faculdades Cathedral Curso de Direito DIREITO CIVIL - I. Professor Vilmar A Silva Faculdades Cathedral Curso de Direito DIREITO CIVIL - I Professor Vilmar A Silva NORMA JURÍDICA É a condição garantida pelo poder coercitivo do Estado, tendo como objetivo teórico a garantia da vida em

Leia mais

Questão ENEC número 39 - Temática - Metodologia em Durkheim.

Questão ENEC número 39 - Temática - Metodologia em Durkheim. Questão ENEC - 2016 número 39 - Temática - Metodologia em Durkheim. Durkheim, um dos autores clássicos das ciências sociais, possui como um de seus principais conceitos analíticos o fato social. Tanto

Leia mais

Biografia Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Faculdade de Ciências Sociais Doutorado em Direito (Miguel Reale).

Biografia Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Faculdade de Ciências Sociais Doutorado em Direito (Miguel Reale). Biografia 1964 Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. 1964 Faculdade de Ciências Sociais. 1968 Doutorado em Filosofia. 1970 Doutorado em Direito (Miguel Reale). 1974 Pós-Doutorado em Filosofia

Leia mais

TEORIA DO CONHECIMENTO. Aulas 2, 3, 4,5 - Avaliação 1 Joyce Shimura

TEORIA DO CONHECIMENTO. Aulas 2, 3, 4,5 - Avaliação 1 Joyce Shimura TEORIA DO CONHECIMENTO Aulas 2, 3, 4,5 - Avaliação 1 Joyce Shimura - O que é conhecer? - Como o indivíduo da imagem se relaciona com o mundo ou com o conhecimento? Janusz Kapusta, Homem do conhecimento

Leia mais

CURSO DE FORMAÇÃO DE GUARDAS 2014/2015

CURSO DE FORMAÇÃO DE GUARDAS 2014/2015 CURSO DE FORMAÇÃO DE GUARDAS 2014/2015 CURSO DE FORMAÇÃO DE GUARDAS 2014/2015 CURSO DE FORMAÇÃO DE GUARDAS NOÇÕES GERAIS DE DIREITO Sessão n.º 4 2 2 NOÇÕES GERAIS DE DIREITO OBJETIVO GERAL: Caraterizar

Leia mais

1 - TEORIA DA NORMA JURÍDICA

1 - TEORIA DA NORMA JURÍDICA 1 - TEORIA DA NORMA JURÍDICA A experiência jurídica é uma experiência normativa. Nossa vida se desenvolve em um mundo de normas. Acreditamos estar livres, mas em realidade, estamos todos envoltos em uma

Leia mais

INTRODUZINDO O PENSAMENTO DE HANS KELSEN. Renata Salgado Leme¹

INTRODUZINDO O PENSAMENTO DE HANS KELSEN. Renata Salgado Leme¹ INTRODUZINDO O PENSAMENTO DE HANS KELSEN Renata Salgado Leme¹ Advogada, professora das disciplinas Filosofia Jurídica e Direitos Humanos, Doutora em Filosofia e Teoria Geral do Direito/USP. Resumo: O artigo

Leia mais

Noções de Direito Administrativo e Constitucional

Noções de Direito Administrativo e Constitucional Considerações iniciais Considera-se Direito como um sistema normativo do qual são extraídos imperativos de conduta. Embora seja único e indivisível, a subdivisão se torna uma prática importante para o

Leia mais

1 OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

1 OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL EVERARDO BACKHEUSER DISCIPLINA: FILOSOFIA PROFESSOR: CARLOS WEINMAN TURMA: 1ª, 2ª E 3ª SÉRIE ANO LETIVO: 2014 1 OBJETIVO GERAL

Leia mais

Ano Letivo 2012 / COMPETÊNCIAS CONTEÚDOS CALENDARIZAÇÃO AVALIAÇÃO Tema 1 A Paz Universal. - A paz, o grande sonho da humanidade.

Ano Letivo 2012 / COMPETÊNCIAS CONTEÚDOS CALENDARIZAÇÃO AVALIAÇÃO Tema 1 A Paz Universal. - A paz, o grande sonho da humanidade. PLANIFICAÇÃO ANUAL DO 7.º ANO E.M.R.C. Ano Letivo 2012 / 2013 COMPETÊNCIAS CONTEÚDOS CALENDARIZAÇÃO AVALIAÇÃO Tema 1 A Paz Universal - Avaliação Diagnóstica 1. Interpretar produções culturais cujo tema

Leia mais

MATERIAL DE APOIO MONITORIA

MATERIAL DE APOIO MONITORIA OAB Disciplina: Filosofia do Direito Prof. Alessandro Sanchez Aula: 02 MATERIAL DE APOIO MONITORIA I. Anotações de aula; II. Lousa; I. ANOTAÇÕES DE AULA: Filosofia: Estuda os valores Normatividade: Ética:

Leia mais

Biografia Básica. Austríaco. Judeu

Biografia Básica. Austríaco. Judeu Biografia Básica 1881 1973 Austríaco Judeu Biografia Básica 1 ed. Teoria Pura do Direito 1934 O que é Justiça? 1957 2 ed. Teoria Pura do Direito 1960 Histórico Revolução francesa. Liberdade, igualdade

Leia mais

A Questão da Transição. Baseado em Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico de Friedrich Engel.

A Questão da Transição. Baseado em Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico de Friedrich Engel. A Questão da Transição Baseado em Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico de Friedrich Engel. 1 Uma civilização em crise Vivemos num mundo assolado por crises: Crise ecológica Crise humanitária

Leia mais

Metodologia Científica CONCEITOS BÁSICOSB

Metodologia Científica CONCEITOS BÁSICOSB Metodologia Científica CONCEITOS BÁSICOSB CURSO DE TECNOLOGIA Metodologia Científica A Atitude Científica As Concepções de Ciência A Ciência na História Classificações de Ciência Tipos de Conhecimentos

Leia mais

AULA AO VIVO. Professora Laira Pinheiro

AULA AO VIVO. Professora Laira Pinheiro AULA AO VIVO Professora Laira Pinheiro Folha de São Paulo, São Paulo, 28 out., 1993, pg.6, cad.4. Você sabe o que é ética? Será que ela tem preço? Qual é o seu valor? A ética está em crise? Vivemos numa

Leia mais

PARADIGMAS SOCIOLÓGICOS DECORREM DA FORMA DE VER A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE.

PARADIGMAS SOCIOLÓGICOS DECORREM DA FORMA DE VER A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE. PARADIGMAS SOCIOLÓGICOS DECORREM DA FORMA DE VER A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE. 1. Teorias que consideram que a sociedade é uma instância que se impõe aos indivíduos sendo estes produto dessa

Leia mais

O que é Sociologia?

O que é Sociologia? O que é Sociologia? A Sociologia é um ramo da ciência que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam o indivíduo em associações, grupos e instituições. O que faz Sociologia?

Leia mais

Resumo Aula-tema 01: Definindo o conhecimento e aprendizagem organizacional.

Resumo Aula-tema 01: Definindo o conhecimento e aprendizagem organizacional. Resumo Aula-tema 01: Definindo o conhecimento e aprendizagem organizacional. Vivemos uma época de overdose de informação graças, em grande parte, à Internet. Diariamente temos que domar uma avalanche de

Leia mais

MATÉRIA DA DISCIPLINA ÉTICA E CIDADANIA APLICADA AO DIREITO I

MATÉRIA DA DISCIPLINA ÉTICA E CIDADANIA APLICADA AO DIREITO I 4 MATÉRIA DA DISCIPLINA ÉTICA E CIDADANIA APLICADA AO DIREITO I MINISTRADA PELO PROFESSOR MARCOS PEIXOTO MELLO GONÇALVES PARA A TURMA 1º T NO II SEMESTRE DE 2003, de 18/08/2003 a 24/11/2003 O Semestre

Leia mais

Sabrina Demozzi SOCIOLOGIA. 3- Auguste Comte

Sabrina Demozzi SOCIOLOGIA. 3- Auguste Comte Sabrina Demozzi SOCIOLOGIA 3- Auguste Comte - Os principais pressupostos do positivismo - Auguste Comte (1798-1857) - Características do pensamento Comtiano - Exercícios comentados Os principais pressupostos

Leia mais

O desenvolvimento da personalidade na França do século XIX a partir da idéia de propriedade

O desenvolvimento da personalidade na França do século XIX a partir da idéia de propriedade Universidade de Brasília UnB - Faculdade de Direito Disciplina: Teoria Geral do Direito Privado Professora: Ana Frazão TEMA 6 A PERSONALIDADE E OS DIREITOS DE PERSONALIDADE O desenvolvimento da personalidade

Leia mais

Construção da cultura de segurança do paciente: contribuições da psicologia

Construção da cultura de segurança do paciente: contribuições da psicologia Construção da cultura de segurança do paciente: contribuições da psicologia Organizações Organizações são entidades abstratas; no entanto elas são reais e podem, de fato, ser consideradas vivas. (Muchinsky,

Leia mais

3. PROCESSO 3.1. Processo: a) processo e procedimento;

3. PROCESSO 3.1. Processo: a) processo e procedimento; 1 FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL PROGRAMA PARA O CONCURSO PÚBLICO PROFESSOR CLASSE A DIREITO PROCESSUAL CIVIL 2017 1. JURISDIÇÃO

Leia mais

Transição de Fase em. Sistemas Complexos Adaptativos

Transição de Fase em. Sistemas Complexos Adaptativos Transição de Fase em Sistemas Complexos Adaptativos Imre Simon Universidade de São Paulo São Paulo, Brasil http://www.ime.usp.br/is/ Imre Simon, USP 1 Sistemas Complexos Adaptativos Tentativa

Leia mais

- Identificar as características da norma, as fontes de Direito, sua vigência e hierarquia;

- Identificar as características da norma, as fontes de Direito, sua vigência e hierarquia; FUNDAMENTOS DO DIREITO [11111] GERAL Regime: Semestre: OBJETIVOS A unidade curricular de Fundamentos do Direito visa fornecer aos alunos uma introdução ao conceito, problemas e método do Direito, construindo

Leia mais

Ponto 05 HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL. 1. Introdução: Hermenêutica e interpretação são termos distintos.

Ponto 05 HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL. 1. Introdução: Hermenêutica e interpretação são termos distintos. DIREITO CONSTITUCIONAL I PROFESSOR: Ms. JOSÉ ROBERTO SANCHES UniSalesiano Ponto 05 HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL 1. Introdução: Hermenêutica e interpretação são termos distintos. A interpretação busca revelar

Leia mais

Rotas de Aprendizagem º Ano - E. M. R. C.

Rotas de Aprendizagem º Ano - E. M. R. C. AS ORIGENS Rotas de Aprendizagem 2017-2018 7º Ano - E. M. R. C. joao.cruz@mogofores.salesianos.pt Qual a origem, o destino e o sentido do universo e do ser humano? Quais os textos bíblicos que falam da

Leia mais

CURSO DE MESTRADO CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PESQUISA EM EDUCAÇÃO

CURSO DE MESTRADO CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PESQUISA EM EDUCAÇÃO CURSO DE MESTRADO CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO MESTRADO 2017 PESQUISA EM EDUCAÇÃO Profa. Me. Kátia de Aguiar Barbosa Sábado 2 de dezembro de 2017 1 OBJETIVO DA DISCIPLINA. Analisar a atualidade da pesquisa em

Leia mais

PROGRAMA DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I 1.º Semestre do ano letivo de Regente: Miguel Nogueira de Brito

PROGRAMA DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I 1.º Semestre do ano letivo de Regente: Miguel Nogueira de Brito PROGRAMA DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I 1.º Semestre do ano letivo de 2018-2019 Regente: Miguel Nogueira de Brito I NOÇÕES E PROBLEMAS ELEMENTARES 1. Direito, direitos, interesse, norma,

Leia mais

Princípios da Administração Pública (Resumos de Direito Administrativo)

Princípios da Administração Pública (Resumos de Direito Administrativo) Princípios da Administração Pública (Resumos de Direito Administrativo) Princípios da Administração Pública. Princípios são proposições básicas, fundamentais, típicas, que condicionam todas as estruturas

Leia mais

PROAC / COSEAC - Gabarito. Prova de Conhecimentos Específicos. 1 a Questão: (3,0 pontos)

PROAC / COSEAC - Gabarito. Prova de Conhecimentos Específicos. 1 a Questão: (3,0 pontos) Prova de Conhecimentos Específicos 1 a Questão: (3,0 pontos) Thomas Hobbes (1588/1679) e John Locke (1632/1704) são dois dos principais teóricos do Estado moderno. Enquanto o primeiro, na sua obra eminente,

Leia mais

4 - Considerações finais

4 - Considerações finais 4 - Considerações finais Eduardo Ramos Coimbra de Souza SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros SOUZA, ERC. Considerações finais. In: Schopenhauer e os conhecimentos intuitivo e abstrato: uma teoria

Leia mais