A COERÊNCIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO - XIII. 1. O ordenamento jurídico como sistema:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A COERÊNCIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO - XIII. 1. O ordenamento jurídico como sistema:"

Transcrição

1 A COERÊNCIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO - XIII 1. O ordenamento jurídico como sistema: - No capítulo anterior ao falar da unidade do ordenamento jurídico, o autor demonstrou que esta pressupõe uma norma fundamental, através da qual se possam relacionar todas as normas do ordenamento. O problema apresentado neste capítulo é o de saber se o ordenamento constitui um sistema, entendido como tal uma unidade sistemática ordenada de forma coerente, e assim se as normas que o compõem estão num relacionamento de coerência entre si, e em que condições é possível essa relação; - Kelsen distingue entre os ordenamentos normativos dois tipos de sistemas: a) sistema estático: é aquele no qual as normas estão relacionadas umas às outras, partindo de uma ou mais normas originárias as quais estabelecem as regras gerais, das quais derivam outras que irão observar a norma original. Neste caso as normas estão relacionadas entre si pelo seu conteúdo, ou seja, estabelecem uma certa conduta à outra. Exemplo de um sistema estático: de uma regra determinando que se deve evitar a guerra e procurar a paz, derivam todas as demais; b) sistema dinâmico: neste as normas que o compõem derivam uma das outras através de sucessivas delegações de poder e não de seu conteúdo, através da autoridade que a estabeleceu, assim uma autoridade inferior deriva de uma superior até chegar a autoridade suprema que não tem nenhuma outra acima de si. Neste caso a lei autoriza a autoridade a estabelecer norma de conduta, através da passagem de uma autoridade a outra. Exemplo de um sistema dinâmico: se fosse colocada no vértice do ordenamento jurídico a máxima: é preciso obedecer à vontade de Deus. Um outro exemplo: Um pai ordena ao filho que faça a lição, e o filho pergunta por que?. Se o pai responde: 1. Porque deves aprender, a justificativa tende à construção de um sistema estático; 2. Porque deves obedecer a teu pai, a justificativa tende à construção de um sistema dinâmico; Se o filho, ainda insatisfeito, peça outra justificativa: a) Por que devo aprender? (partindo da primeira resposta), terá como resposta: 3. Porque precisas ser aprovado. Esta resposta seria dada num sistema estático; b) Por que devo obedecer a meu pai? (partindo da segunda resposta), terá como resposta: 4. Por que teu pai foi autorizado a mandar pela Lei do Estado. Esta resposta seria dada num sistema dinâmico. Kelsen sustenta que os ordenamentos jurídicos são sistemas dinâmicos, sendo os estáticos próprios dos ordenamentos morais. Porque o ordenamento jurídico é um ordenamento no qual o enquadramento das normas é julgado com base num critério formal, isto é independentemente do conteúdo, já o ordenamento moral é aquele cujo critério de enquadramento das normas no sistema é fundado sobre aquilo que as normas prescrevem e não na autoridade de que derivam; 1

2 2. Três significados de sistema: - Geralmente utiliza-se na linguagem jurídica o termo sistema para indicar o ordenamento jurídico, por exemplo, quando se utiliza os termos sistema normativo, no lugar de ordenamento jurídico. Uma outra tendência é considerar o Direito como um sistema, a considerar, entre as várias forma de interpretação, a denominada interpretação sistemática, ou seja, aquela forma de interpretação que tira os seus argumentos do pressuposto de que as normas de um ordenamento, ou de parte do ordenamento (como o Direito Civil e o Direito Penal), constituam uma totalidade ordenada, e, portanto seja licito esclarecer uma norma obscura ou deficiente, recorrendo ao chamado espírito do sistema. Em verdade cada um usa o termo sistema de acordo com as suas próprias conveniências; - No uso histórico da filosofia do Direito e na jurisprudência, existem três significados de sistema: a) sistema dedutível: diz-se que um dado ordenamento é um sistema enquanto todas as normas jurídicas daquele ordenamento são deriváveis de alguns princípios gerais, ditos princípios gerais do Direito, considerados da mesma maneira que os postulados de um sistema científico; b) jurisprudência sistemática: neste caso o termo sistema é usado para indicar um ordenamento da matéria, realizado através do processo indutivo, isto é, partindo do conteúdo das simples normas, com a finalidade de construir conceitos sempre mais gerais e classificações ou divisões de matéria inteira, chega-se a um ordenamento do material jurídico de forma a estabelecer uma classificação. A sua finalidade é de reunir dados fornecidos pela experiência, com base nas semelhanças, para formar conceitos gerais que permitam unificar todo o material existente. Dos conceitos gerais elaborados pela jurisprudência sistemática, num esforço construtivo e sistemático, tem-se a se destacar o conceito do negócio jurídico, surgiu da reunião de vários fenômenos, que tinham em comum a característica de serem manifestação da vontade com as conseqüências jurídicas, bem como o conceito do relacionamento jurídico, o qual permitiu a redução de todos os fenômenos jurídicos a um esquema único; c) sistema da compatibilidade das normas: diz-se que um ordenamento jurídico constitui um sistema porque não pode existir nele normas incompatíveis. Neste caso o sistema exclui a incompatibilidade das normas, porque as normas de um ordenamento relacionam-se entre si e este relacionamento é o da compatibilidade. Se num ordenamento vem a existir normas incompatíveis, uma das duas ou ambas devem ser eliminadas; 3. As antinomias: - Ocorre a antinomia quando há a contradição entre leis ou a incompatibilidade entre normas. Partindo-se da tese de que o Direito constitui um sistema da compatibilidade das normas, pode-se dizer, também, que o Direito não tolera antinomia; - Definimos a antinomia como aquela situação na qual são colocadas em existência duas normas, das quais uma obriga e a outra proíbe; ou uma obriga e a outra permite; ou uma 2

3 proíbe e a outra permite o mesmo comportamento. Mas que além disto, para que ocorra a antinomia são necessárias duas condições: a) duas normas devem pertencer ao mesmo ordenamento; b) as duas normas devem ter o mesmo âmbito de validade: distinguem-se quatro âmbitos de validade de uma norma: temporal, espacial, pessoal e material. - Porem não constitui antinomia, duas normas que não coincidem com respeito a: a) validade temporal: é proibido fumar das cinco às sete, não é incompatível com: é permitido fumar das sete às nove ; b) validade espacial: é proibido fumar na sala de cinema, não é incompatível com: é permitido fumar na sala de espera ; c) validade pessoal: é proibido, aos menores de 18 anos, fumar não é incompatível com é permitido aos adultos fumar ; d) validade material: é proibido fumar charutos não é incompatível com é permitido fumar cigarros ; - Podemos definir a antinomia jurídica como aquela situação que se verifica entre duas normas incompatíveis, pertencentes ao mesmo ordenamento e tendo o mesmo âmbito de validade. Pode as antinomias, assim definidas, ser distintas em três tipos diferentes: a) total-total: se duas normas incompatíveis têm igual âmbito de validade: neste caso nenhuma das normas pode ser aplicada sem entrar em conflito com a outra. Exemplo: é proibido, aos adultos, fumar das cinco às sete na sala de cinema e é permitido, aos adultos, fumar das cinco às sete na sala de cinema ; b) parcial-parcial: se as duas normas incompatíveis têm âmbito de validade em parte igual e em parte diferente, a antinomia subsiste somente para a parte comum: neste caso as normas têm um campo de aplicação em conflito com a outra, e um campo de aplicação no qual o conflito não existe. Exemplo: é proibido, aos adultos, fumar cachimbo e charuto das cinco às sete na sala de cinema e é permitido, aos adultos, fumar charuto e cigarro das cinco às sete na sala de cinema ; c) total-parcial: se duas normas incompatíveis uma tem um âmbito de validade igual ao da outra, porem mais restrito: neste caso a primeira norma não pode ser em nenhum caso aplicada sem entrar em conflito com a segunda; a segunda tem uma esfera de aplicação em que não entre em conflito com a primeira. Exemplo: é proibido, aos adultos, fumar das cinco às sete na sala de cinema e é permitido, aos adultos, fumar, das cinco às sete, na sala de cinema, somente cigarros ; 4. Critérios para a solução das antinomias: - Como a antinomia constitui a existência de duas proposições incompatíveis e verdadeiras, e como ambas não podem ser aplicadas, dever-se-á eliminar uma das duas normas; - Existem alguns critérios que são utilizadas para a solução da antinomia, porém não servem para resolver todos os casos possíveis. Assim temos as antinomias solúveis, denominadas de aparentes, e insolúveis, denominadas de reais; São três as regras para a solução das antinomias: 3

4 a) critério cronológico (lex posterior): neste caso quando houver duas normas incompatíveis, permanece a norma posterior; b) critério hierárquico (lex superior): é aquele pelo qual, entre duas normas incompatíveis, prevalece a hierarquicamente superior; c) critério da especialidade (lex specialis): é aquele pelo qual, de duas normas incompatíveis, uma geral e uma especial, prevalece a norma especial; 5. Insuficiência dos critérios: - Os critérios anteriormente expostos (cronológico; hierárquico e da especialidade), podem não servir quando ocorrer antinomia entre duas normas contemporâneas; do mesmo nível e ambas gerais. Neste caso o autor aponta uma outra solução que seria o da forma da norma. Segundo a forma, as normas podem ser imperativas, proibitivas e permissivas; - O critério com respeito à forma consistiria em estabelecer uma graduação de prevalência entre as três formas da norma jurídica. Assim se, por exemplo, uma é imperativa ou proibitiva e a outra é permissiva, prevaleceria esta, pois se entende que a mesma seria a mais favorável (lex favorabilis). O que pode ocasionar problemas, uma vez que a norma jurídica é bilateral, que dizer, ao mesmo tempo atribui um direito a uma pessoa e impõe uma obrigação a outrem, donde resulta que a interpretação a favor de um sujeito é ao mesmo temo odiosa para o outro. Aponta o autor que este não seria o melhor critério, mas sim o de qual dos dois sujeitos da relação jurídica é mais justo proteger; - No conflito entre duas normas incompatíveis, onde uma é imperativa e a outra proibitiva, tem-se neste caso o conflito entre duas normas contrárias, as quais se excluem. Neste caso, existindo uma norma que obriga fazer algo e uma outra que proíbe fazer a mesma coisa, estas duas normas anulam-se reciprocamente e, portanto, o comportamento, em vez de ser ordenado ou proibido, se considera permitido ou licito; -Deve-se reconhecer que estas regras não têm a mesma legitimidade do critério cronológico, hierárquico e o da especialidade, e isto equivale afirmar que em havendo conflito e não podendo aplicar estes critérios, a solução do mesmo é confiada à liberdade do interprete, num autentico poder discricionário deste, ao qual cabe resolver o conflito, valendo-se das técnicas de hermenêutica, não se limitando a aplicar uma só regra, tendo a sua frente as seguintes possibilidades: a) eliminar uma: neste caso a operação feita pelo juiz ou jurista chama-se interpretação ab-rogante, em sentido impróprio, pois o jurista, por não ser legislador não tem o poder ab-rogativo, e se feita pelo juiz este de modo geral tem o poder de não aplicar a norma que considera incompatível no caso concreto, mas não de retirála do sistema; b) eliminar as duas: neste caso verifica-se quando a oposição entre duas normas seja de contrariedade, onde o interprete poderia ser induzido a considerar que as duas normas contrárias se excluem uma à outra. Também haveria neste caso a ab-rogação imprópria; c) conservar as duas: a mais utilizada pelo interprete é o de conservar as duas normas incompatíveis, demonstrando que não são incompatíveis, que a incompatibilidade é 4

5 puramente aparente, derivando de uma interpretação ruim, unilateral, incompleta ou errada de uma das normas ou de ambas, eliminando-se, assim, a incompatibilidade; 6. Conflito dos critérios: - Das duas antinomias insolúveis, ou seja, a inaplicabilidade dos critérios, já foi esclarecida no item precedente, a outra onde se afigura a aplicabilidade de dois ou mais critérios conflitantes, nos ocuparemos adiante; - Para a solução das antinomias utilizamos os três critérios: o cronológico; o hierárquico e o de especialidade. Pode acontecer que duas normas incompatíveis mantenham entre si uma relação em que se podem aplicar concomitantemente, não apenas um, mas dois ou três critérios. Ex.: uma norma constitucional e uma norma ordinária são formuladas em tempos diverso. Entre estas duas normas existe ao mesmo tempo uma diferença hierárquica e uma cronológica. Em sendo geral a norma constitucional e a ordinária especial, os critérios aplicáveis são três; - Se de duas normas incompatíveis, uma é superior e subseqüente e outra é inferior e antecedente, tanto o critério hierárquico como o cronológico dão o mesmo resultado de fazer prevalecer a primeira. O mesmo acontece se a norma é subseqüente e especial em relação à precedente, ela prevalece com base no critério da especialidade e no cronológico, os dois critérios se somam; - Entretanto pode acontecer em que duas normas sejam aplicadas dois critérios, mas que a aplicação de um critério dê uma solução oposta à aplicação do outro. Assim neste caso somente poder-se-ia aplicar um só critério. A questão que se coloca é qual seria o critério a ser aplicado? Exemplo: a incompatibilidade existente entre uma norma constitucional anterior e outra ordinária posterior. Neste caso aplica-se o critério hierárquico e o cronológico. Desta forma se aplicado o primeiro prevalece a norma constitucional, se aplicado o segundo dá-se prevalência à norma ordinária. Assim não podem ser aplicados os dois critérios, porque ambos são incompatíveis. Há uma incompatibilidade de critérios válidos para a solução de incompatibilidade entre normas. A solução que se apresenta seria o a da aplicação do critério estável, para a solução dos conflitos entre critérios, e o de saber se existe o critério estável. Não existe uma regra geral, deve ser examinado caso a caso; - Conflitos entre critério: a) hierárquico e o cronológico: quando uma norma anterior e superior é antinômica em relação a uma norma posterior e inferior, prevalece o critério hierárquico sobre o cronológico, mesmo que a norma inferior seja posterior; b) de especialidade e o cronológico: quando uma norma anterior-especial é incompatível com uma norma posterior-geral. Aqui prevalece a seguinte regra: Lex posterior generalis non derogat priori speciali, ou seja, o conflito entre estes dois critérios deve ser resolvido em favor do critério da especialidade; c) hierárquico e o de especialidade: estes dois critérios, considerados fortes em relação ao cronológico. Trata-se do caso de uma norma superior-geral incompatível com uma norma inferior-especial. Neste caso não existe uma regra consolidada. 5

6 Caberá ao interprete aplicar ora um ora outro critério, segundo as circunstâncias. Teoricamente deveria prevalecer o da hierarquia; 7. O dever de coerência: - A incompatibilidade entre duas normas deve ser um mal a ser eliminada, o que pressupõe uma regra de coerência que poderia assim ser formulada: Num ordenamento jurídico não devem existir antinomias. A coerência não é condição de validade, mas é sempre condição para a justiça do ordenamento, pois é evidente que quando duas normas contraditórias são válidas e que pode haver indiferentemente a aplicação de uma ou de outra, conforme o livre-arbítrio daqueles que são chamados a aplicá-las, são violadas duas exigências que inspiram o ordenamento jurídico: a exigência da certeza, que corresponde ao valor da paz ou da ordem, e a exigência da justiça, que corresponde ao valor da igualdade. Onde existem duas normas antinômicas, ambas válidas, e, portanto, aplicáveis, o ordenamento jurídico não consegue garantir nem a certeza, nem a justiça. BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico, 10. Ed. Brasília: Universidade de Brasília, 1999, p

Exemplos das Normas sobre Fumo

Exemplos das Normas sobre Fumo Exemplos das Normas sobre Fumo Exemplo 1: CRFB determina que a vida humana é o bem maior a se proteger; LC determina que é proibido fumar; LO estabelece que é permitido fumar. (Localize-se! Volte à pirâmide:

Leia mais

XIV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ. Necessidades Energéticas e Consequências Ambientais

XIV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ. Necessidades Energéticas e Consequências Ambientais 1 XIV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Necessidades Energéticas e Consequências Ambientais A Coerência do Ordenamento Jurídico Nathalia Carolini Mendes dos Santos

Leia mais

AULA 08 HERMEUTICA JURIDICA E INTERPRETAÇÃO DO DIREITO

AULA 08 HERMEUTICA JURIDICA E INTERPRETAÇÃO DO DIREITO AULA 08 HERMEUTICA JURIDICA E INTERPRETAÇÃO DO DIREITO Hermenêutica Jurídica e Interpretação do Direito. Origem grega: hermeneuein. Filosofia da interpretação. Muito associado ao deus grego Hermes (mensageiro,

Leia mais

Disciplina: IED (Introdução ao Estudo do Direito)

Disciplina: IED (Introdução ao Estudo do Direito) ANHANGUERA Educacional Campus Rondonópolis - MT Disciplina: IED (Introdução ao Estudo do Direito) Prof. Ms. Valéria Borges Ribeiro vbr.adv@gmail.com 1º. Semestre Curso: Direito Aula 08 ANTINOMIA JURÍDICA

Leia mais

FORMA DE CESSAÇÃO DE VALIDADE DA NORMA: REVOGAÇÃO E CADUCIDADE

FORMA DE CESSAÇÃO DE VALIDADE DA NORMA: REVOGAÇÃO E CADUCIDADE FORMA DE CESSAÇÃO DE VALIDADE DA NORMA: REVOGAÇÃO E CADUCIDADE O ato de revogar consiste em tornar sem efeito uma norma, retirando sua obrigatoriedade REVOGAR determinada lei significa retirar-lhe sua

Leia mais

Aula 3. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO LINDB Dec. Lei n /42 Lei n /2010

Aula 3. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO LINDB Dec. Lei n /42 Lei n /2010 Aula 3 LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO LINDB Dec. Lei n. 4.657/42 Lei n. 12.376/2010 Lei de introdução ao Direito Civil X Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro Principais

Leia mais

1ª Fase PROVA OBJETIVA TEORIA GERAL DO DIREITO

1ª Fase PROVA OBJETIVA TEORIA GERAL DO DIREITO 1ª Fase PROVA OBJETIVA TEORIA GERAL DO DIREITO QUESTÃO 1 - Sobre o positivismo é CORRETO dizer que: P á g i n a 1 A. Para o positivismo a teoria do direito deve ser caracterizada por propriedades valorativas,

Leia mais

9 Considerações Finais

9 Considerações Finais 9 Considerações Finais Depois desta longa jornada, onde diversos aspectos concernentes à definição da norma jurídica na Teoria Pura do Direito foram devidamente analisados, é possível apresentar algumas

Leia mais

A UNIDADE DO ORDENAMENTO JURÍDICO - XII. 1. Fontes reconhecidas e fontes delegadas:

A UNIDADE DO ORDENAMENTO JURÍDICO - XII. 1. Fontes reconhecidas e fontes delegadas: A UNIDADE DO ORDENAMENTO JURÍDICO - XII 1. Fontes reconhecidas e fontes delegadas: - Os ordenamentos jurídicos são compostos por uma infinidade de normas, as quais são criadas para satisfazer todas as

Leia mais

2. DA NORMA JURÍDICA AO ORDENAMENTO JURÍDICO

2. DA NORMA JURÍDICA AO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. INTRODUÇÃO Segundo Kelsen, estudar o direito é estudar a norma jurídica posta. O positivismo jurídico é uma dogmática jurídica Os dogmas do positivismo são: A Unidade: O direito funciona como um sistema

Leia mais

Noções de Direito Administrativo e Constitucional

Noções de Direito Administrativo e Constitucional Considerações iniciais Considera-se Direito como um sistema normativo do qual são extraídos imperativos de conduta. Embora seja único e indivisível, a subdivisão se torna uma prática importante para o

Leia mais

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS TEORIA GERAL DO DIREITO

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS TEORIA GERAL DO DIREITO PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS TEORIA GERAL DO DIREITO P á g i n a 1 Questão 1. Hans Kelsen em sua obra Teoria Pura do Direito : I. Define a Teoria Pura do Direito como uma teoria do Direito positivo

Leia mais

Lacunas 1) Lacuna própria: espaço vazio no sistema 2) Lacunas impróprias: originam-se da comparação do sistema real x ideal

Lacunas 1) Lacuna própria: espaço vazio no sistema 2) Lacunas impróprias: originam-se da comparação do sistema real x ideal BOBBIO Lacunas 1) Lacuna própria: espaço vazio no sistema 2) Lacunas impróprias: originam-se da comparação do sistema real x ideal 1a) Heterointegração - busca-se alternativa em ordenamento diverso (direito

Leia mais

Norberto Bobbio. Prof. Nogueira

Norberto Bobbio. Prof. Nogueira Norberto Bobbio Prof. Nogueira Norberto Bobbio 3 e 4 Teoria da Norma Jurídica (item 3 do edital) Teoria do Ordenamento Jurídico (item 4 do edital) Variedade e Multiplicidade das Normas 3.1 Além das normas

Leia mais

AS RELAÇÕES ENTRE OS ORDENAMENTOS JURÍDICOS XV

AS RELAÇÕES ENTRE OS ORDENAMENTOS JURÍDICOS XV AS RELAÇÕES ENTRE OS ORDENAMENTOS JURÍDICOS XV I A pluralidade dos ordenamentos: - Um outro problema pertinente ao ordenamento jurídico é o das relações entre ordenamentos. Assim, para que possamos falar

Leia mais

HANS KELSEN ( )

HANS KELSEN ( ) HANS KELSEN (1881-1973) TEORIA PURA DO DIREITO Contextualização: O Movimento para o Direito Livre estava em plena ascensão na Alemanha e parecia que o formalismo jurídico havia sido superado. A diversidade

Leia mais

Ordenamento (a) FERRAZ JÚNIOR, T. S. Introdução ao. Dominação. 4ª edição. São Paulo: Atlas,

Ordenamento (a) FERRAZ JÚNIOR, T. S. Introdução ao. Dominação. 4ª edição. São Paulo: Atlas, Ordenamento (a) FERRAZ JÚNIOR, T. S. Introdução ao Estudo do Direito Técnica, Decisão e Dominação. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 2003. (4.3 e 4.3.1) Ordenamento: visão zetética Da norma ao ordenamento Ordenamento

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A supremacia da Constituição e o controle de constitucionalidade Laisla Fernanda Zeni * O artigo procura trazer a tona a Teoria da Supremacia da Constituição idealizada por Hans

Leia mais

Teoria Geral do Direito

Teoria Geral do Direito Professor Alexandre Travessoni Teoria Geral do Direito Ponto 1.1: Conceito da norma jurídica A norma é um juízo prescritivo Para Kelsen, existe uma clara distinção entre SER e DEVER SER. 1. SER: Âmbito

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A aplicabilidade da norma jurídica frente o problema da revogação e o controle da constitucionalidade Rafael Damaceno de Assis SUMÁRIO: 1. Teoria da Norma Jurídica 2. Poder Constituinte

Leia mais

Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura:

Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura: Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO Data: 10/outubro/2011 Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura: 1. O que é interpretação autêntica da lei? Critique-a do ponto de vista hermenêutico. (0,5

Leia mais

MATERIAL DE APOIO MONITORIA

MATERIAL DE APOIO MONITORIA OAB Disciplina: Filosofia do Direito Prof. Alessandro Sanchez Aula: 02 MATERIAL DE APOIO MONITORIA I. Anotações de aula; II. Lousa; I. ANOTAÇÕES DE AULA: Filosofia: Estuda os valores Normatividade: Ética:

Leia mais

Prof. Talles D. Filosofia do Direito A Teoria da Norma Jurídica

Prof. Talles D. Filosofia do Direito A Teoria da Norma Jurídica Prof. Talles D. Filosofia do Direito A Teoria da Norma Jurídica Os pontos elencados são tópicos da obra de Norberto Bobbio, sempre presente nas provas dos concursos públicos, o que provavelmente se repetirá

Leia mais

Scientiam Juris, Aquidabã, v.1, n.1, Set, Out, Nov, Dez 2012, Jan, Fev INTERPRETAÇÃO E CONSISTÊNCIA: O PROBLEMA DAS ANTINOMIAS E DA REVOGAÇÃO

Scientiam Juris, Aquidabã, v.1, n.1, Set, Out, Nov, Dez 2012, Jan, Fev INTERPRETAÇÃO E CONSISTÊNCIA: O PROBLEMA DAS ANTINOMIAS E DA REVOGAÇÃO Journal homepage: www.arvore.org.br/seer INTERPRETAÇÃO E CONSISTÊNCIA: O PROBLEMA DAS ANTINOMIAS E DA REVOGAÇÃO RESUMO A concepção de um sistema jurídico unitário traz à tona uma difícil questão hermenêutica

Leia mais

Dircurso Prático e Discurso Jurídico

Dircurso Prático e Discurso Jurídico Dircurso Prático e Discurso Jurídico FMP FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO FACULDADE DE DIREITO DISCURSO PRÁTICO E DISCURSO JURÍDICO INTRODUÇÃO A NECESSIDADE DO DIREITO, diante das limitações

Leia mais

ANTINOMIAS E CRITÉRIOS SOLUCIONADORES ANTINOMIES AND SOLVING CRITERIA

ANTINOMIAS E CRITÉRIOS SOLUCIONADORES ANTINOMIES AND SOLVING CRITERIA ANTINOMIAS E CRITÉRIOS SOLUCIONADORES ANTINOMIES AND SOLVING CRITERIA Recebido em 08/11/2017 Aprovado em 12/01/2018 REIS FRIEDE 1 RESUMO: o ordenamento jurídico constituiu-se em um sistema de normas jurídicas,

Leia mais

Filosofia GRUPO I GRUPO II GRUPO III. Teste Intermédio de Filosofia. Teste Intermédio. Duração do Teste: 90 minutos

Filosofia GRUPO I GRUPO II GRUPO III. Teste Intermédio de Filosofia. Teste Intermédio. Duração do Teste: 90 minutos Teste Intermédio de Filosofia Teste Intermédio Filosofia Duração do Teste: 90 minutos.0.0 0.º Ano de Escolaridade Decreto-Lei n.º 74/004, de 6 de Março. GRUPO I..... 5 pontos..... 5 pontos.... 5 pontos......

Leia mais

Legislação Previdenciária

Legislação Previdenciária Legislação Previdenciária Fontes Hierarquia (ordem de graduação) Autonomia (entre os diversos ramos) Aplicação (conflitos entre normas) Vigência Interpretação (existência de norma) Integração (ausência

Leia mais

Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura:

Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura: Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO Data: 10/outubro/2011 Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura: 1. O que é interpretação autêntica da lei? Critique-a do ponto de vista hermenêutico. 1 2

Leia mais

jurídico; em segundo lugar, mesmo que o perecimento do soberano significasse o perecimento do sistema, ainda assim não seria possível explicar nos

jurídico; em segundo lugar, mesmo que o perecimento do soberano significasse o perecimento do sistema, ainda assim não seria possível explicar nos 6 Conclusão Foi visto no segundo capítulo que, de acordo com Raz, uma teoria dos sistemas envolve quatro questões diferentes: a questão de sua existência, de sua identidade, de sua estrutura e de seu conteúdo.

Leia mais

PROVA ESCRITA DE NOÇÕES DE DIREITO E DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

PROVA ESCRITA DE NOÇÕES DE DIREITO E DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO PROVA ESCRITA DE NOÇÕES DE DIREITO E DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Nesta prova, faça o que se pede, utilizando, caso deseje, os espaços indicados para rascunho no presente caderno. Em seguida, escreva

Leia mais

Hugo Goes Direito Previdenciário Módulo 02 Aula Direito Previdenciário para o Concurso do INSS

Hugo Goes Direito Previdenciário Módulo 02 Aula Direito Previdenciário para o Concurso do INSS Hugo Goes Direito Previdenciário Módulo 02 Aula 001-005 Direito Previdenciário para o Concurso do INSS Fontes Hierarquia (ordem de graduação) Autonomia (entre os diversos ramos) Aplicação (conflitos entre

Leia mais

ÉTICA E MORAL. O porquê de uma diferenciação? O porquê da indiferenciação? 1

ÉTICA E MORAL. O porquê de uma diferenciação? O porquê da indiferenciação? 1 ÉTICA E MORAL O porquê de uma diferenciação? O porquê da indiferenciação? 1 Ética e Moral são indiferenciáveis No dia-a-dia quando falamos tanto usamos o termo ética ou moral, sem os distinguirmos. Também

Leia mais

QUARTA PARTE. Direito Constitucional Processual e Garantias Processuais Constitucionais

QUARTA PARTE. Direito Constitucional Processual e Garantias Processuais Constitucionais QUARTA PARTE Direito Constitucional Processual e Garantias Processuais Constitucionais 31. Controle concreto da constitucionalidade de normas (Art. 100 I GG) GRUNDGESETZ Artigo 100 (Controle de constitucionalidade

Leia mais

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE As normas elaboradas pelo Poder Constituinte Originário são colocadas acima de todas as outras manifestações de direito. A própria Constituição Federal determina um procedimento

Leia mais

Conforme nos ensina o constitucionalista J. J. Gomes Canotilho,

Conforme nos ensina o constitucionalista J. J. Gomes Canotilho, Interpretação da Constituição Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino Prof. Dr. João Miguel da Luz Rivero jmlrivero@gmail.com (19) 8130-5005 Interpretação da Constituição. Interpretar as normas constitucionais

Leia mais

1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma.

1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma. P á g i n a 1 PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS TEORIA GERAL DO DIREITO 1. Quanto às afirmações abaixo, marque a alternativa CORRETA : I O direito é autônomo, enquanto a moral é heterônoma. II O valor jurídico

Leia mais

AS PRESCRIÇÕES E O DIREITO VIII. I A imperatividade do direito:

AS PRESCRIÇÕES E O DIREITO VIII. I A imperatividade do direito: AS PRESCRIÇÕES E O DIREITO VIII I A imperatividade do direito: - A Teoria da Imperatividade do Direito, ou das Normas Jurídicas como Comandos (ou imperatividade): estabelece que as proposições que compõem

Leia mais

LINDB. A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é uma lex legum, ou seja, lei das leis.

LINDB. A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é uma lex legum, ou seja, lei das leis. LINDB A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é uma lex legum, ou seja, lei das leis. Isso significa que a LINDB será aplicada a todos os ramos do direito, salvo lei específica em contrário.

Leia mais

DIEGO AMORIM LÍNGUA PORTUGUESA

DIEGO AMORIM LÍNGUA PORTUGUESA DIEGO AMORIM LÍNGUA PORTUGUESA Texto para responder às questões de 01 a 14. Liberdade e igualdade O significado tradicional de liberdade aquele a partir do qual se falava de uma liberdade de culto, ou

Leia mais

PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I Ano letivo de Regente: Prof. Doutor Miguel Nogueira de Brito

PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I Ano letivo de Regente: Prof. Doutor Miguel Nogueira de Brito PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO I Ano letivo de 2017-2018 Regente: Prof. Doutor Miguel Nogueira de Brito I NOÇÕES E PROBLEMAS ELEMENTARES 1. Direito, direitos, interesse, norma, sistema e lei

Leia mais

A HISTÓRIA DO PENSAMENTO JURÍDICO. Aula n.º 02

A HISTÓRIA DO PENSAMENTO JURÍDICO. Aula n.º 02 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO JURÍDICO Aula n.º 02 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO JURÍDICO Correntes de pensamento que tem o objetivo de explicar a origem do direito; Cada uma afirma que o direito provém de uma fonte

Leia mais

Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura:

Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura: Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO Data: 10/outubro/2011 Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura: 1. O que é interpretação autêntica da lei? Critique-a do ponto de vista hermenêutico. 1 2

Leia mais

GUIA BIBLIOGRÁFICO Bibliografia de introdução ao estudo do direito Bibliografia específica lição 1. DEFINiÇÕES DO DIREITO

GUIA BIBLIOGRÁFICO Bibliografia de introdução ao estudo do direito Bibliografia específica lição 1. DEFINiÇÕES DO DIREITO SUMÁRIO NOTA À 4. a EDIÇÃO............. INTRODUÇÃO À La EDIÇÃO... GUIA BIBLIOGRÁFICO... 5 15 19 1. Bibliografia de introdução ao estudo do direito... 19 2. Bibliografia específica..........................

Leia mais

BREVES LINHAS SOBRE A UNIDADE, COERÊNCIA E COMPLETUDE DO ORDENAMENTO JURÍDICO

BREVES LINHAS SOBRE A UNIDADE, COERÊNCIA E COMPLETUDE DO ORDENAMENTO JURÍDICO BREVES LINHAS SOBRE A UNIDADE, COERÊNCIA E COMPLETUDE DO ORDENAMENTO JURÍDICO RESUMO Fabrício Vasconcelos de Oliveira 1 O objetivo do estudo é de apresentar, em breves linhas, um conjunto de reflexões

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO. Curso JB preparatório para o Instituto Rio Branco Não é permitida a reprodução deste material.

NOÇÕES DE DIREITO. Curso JB preparatório para o Instituto Rio Branco Não é permitida a reprodução deste material. NOÇÕES DE DIREITO BETINA GÜNTHER SILVA Professora da Graduação em Direito do UniCEUB. Mestre em Direito Público pela PUC/Minas. MBA em Direito da Economia e da Empresa pela FGV. Especialista em MESC s.

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Disposições Gerais do Código de Defesa do Consumidor Fontes, Conceito, Aplicação e Disposições Gerais do CDC Parte I Prof. Francisco Saint Clair Neto A Teoria do Diálogo das Fontes,

Leia mais

O Direito e o Pensamento Jurídico. Programa (versão provisória) Rui Pinto Duarte

O Direito e o Pensamento Jurídico. Programa (versão provisória) Rui Pinto Duarte O Direito e o Pensamento Jurídico Programa (versão provisória) Rui Pinto Duarte 2011/2012 1. Ideia Geral de Direito 1.1. Sentidos da palavra direito 1.2. Perspectivas sobre o direito; adopção de uma perspectiva

Leia mais

Pós-Graduação On-Line Tema: Validade, vigência, eficácia e interpretação no Direito Tributário

Pós-Graduação On-Line Tema: Validade, vigência, eficácia e interpretação no Direito Tributário Pós-Graduação On-Line Tema: Validade, vigência, eficácia e interpretação no Direito Tributário 1 Profa. Cecilia Priscila de Souza Mestre PUC/SP e Coordenadora IBET Roteiro Interpretativo 1. Bases metodológicas

Leia mais

- Jurisdição - Competência é o limite dentro do qual juízes e tribunais exercem jurisdição.

- Jurisdição - Competência é o limite dentro do qual juízes e tribunais exercem jurisdição. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 09 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Princípios da Jurisdição: Aderência. Competência: Natureza Jurídica; Competência Absoluta x Relativa;

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO. Conflitos Bidimensionais. Conflitos Positivos. Conflitos Negativos.Teoria do Retorno ou Reenvio Professora Raquel Perrota Existem duas espécies e conflitos de normas cuja

Leia mais

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO 1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO P á g i n a 1 QUESTÃO 1 - Admitindo que a história da filosofia é uma sucessão de paradigmas, a ordem cronológica correta da sucessão dos paradigmas na história

Leia mais

A Constituição, entre Deus e o Diabo

A Constituição, entre Deus e o Diabo A Constituição, entre Deus e o Diabo Paulo Eduardo Razuk I Na trilha das anteriores, ao promulgar a Constituição Federal de 1988, o legislador constituinte invocou a proteção de Deus (preâmbulo). O laicismo

Leia mais

PODERES ADMINISTRATIVOS

PODERES ADMINISTRATIVOS 4.1.6 O Poder de Polícia Incide sobre: BENS DIREITOS OU INTERESSES ATIVIDADES LIBERDADES (Exceto de Locomoção) Obs: Em nenhuma hipótese, o poder de polícia não acarreta prisão, ou seja, não incide sobre

Leia mais

Teoria do Estado e da Constituição Prof. Dr. João Miguel da Luz Rivero ENTRADA EM VIGOR DE UMA NOVA CONSTITUIÇÃO

Teoria do Estado e da Constituição Prof. Dr. João Miguel da Luz Rivero ENTRADA EM VIGOR DE UMA NOVA CONSTITUIÇÃO Teoria do Estado e da Constituição Prof. Dr. João Miguel da Luz Rivero jmlrivero@gmail.com ENTRADA EM VIGOR DE UMA NOVA CONSTITUIÇÃO Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino As normas de uma nova Constituição

Leia mais

POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA ESCOLA PRÁTICA / TORRES NOVAS. Curso de Formação de Agentes_08 NOÇÕES GERAIS DE DIREITO CÓDIGO DISCIPLINA: 09

POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA ESCOLA PRÁTICA / TORRES NOVAS. Curso de Formação de Agentes_08 NOÇÕES GERAIS DE DIREITO CÓDIGO DISCIPLINA: 09 POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA ESCOLA PRÁTICA / TORRES NOVAS VISTO 20ABR2011 Curso de Formação de Agentes_08 Duração: 50 minutos A NOÇÕES GERAIS DE DIREITO CÓDIGO DISCIPLINA: 09 RECOMENDAÇÕES PRÉVIAS: Identifique-se

Leia mais

Plano de Aula: HERMENEUTICA JURÍDICA II INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - CCJ0003

Plano de Aula: HERMENEUTICA JURÍDICA II INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - CCJ0003 Plano de Aula: HERMENEUTICA JURÍDICA II INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - CCJ0003 Título HERMENEUTICA JURÍDICA II Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 12 Tema HERMENEUTICA JURÍDICA II. Objetivos

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Aplicação da Lei Estrangeira: Professora Raquel Perrota 1. Natureza Jurídica - Até o final do século XIX, o direito estrangeiro era considerado matéria de fato. - A partir

Leia mais

Universidade de Brasília UnB - Faculdade de Direito Disciplina: Teoria Geral do Direito Privado Professora: Ana Frazão REQUISITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

Universidade de Brasília UnB - Faculdade de Direito Disciplina: Teoria Geral do Direito Privado Professora: Ana Frazão REQUISITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO Universidade de Brasília UnB - Faculdade de Direito Disciplina: Teoria Geral do Direito Privado Professora: Ana Frazão REQUISITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO Classificação Os requisitos do negócio jurídico desdobram-se

Leia mais

Legística. A Arte de Elaborar a Lei

Legística. A Arte de Elaborar a Lei Legística A Arte de Elaborar a Lei Prof. Dr. Thiago Rodrigues Pós-Doutorando em Filosofia pela UERJ Doutor em Direito Mestre em Direito Coordenador Adjunto do curso de Direito da LASALLE Institutos Superiores

Leia mais

Filosofia do Direito

Filosofia do Direito 1 Filosofia do Direito Grupo de estudo Revisão José Roberto Monteiro 21 de novembro de 2012 2 Matéria para a prova de 22/11/12 A Justiça em Aristóteles. Hugo Grócio. Immanuel Kant. Hans Kelsen 3 A Justiça

Leia mais

LINDB - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO

LINDB - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO LINDB - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LINDB)... 4 Introdução...4 Vigência da Lei...4 2. APLICAÇÃO E

Leia mais

O DIREITO COMO SISTEMA: DEVER DE COERÊNCIA E AS ANTINOMIAS SEGUNDO NORBERTO BOBBIO

O DIREITO COMO SISTEMA: DEVER DE COERÊNCIA E AS ANTINOMIAS SEGUNDO NORBERTO BOBBIO O DIREITO COMO SISTEMA: DEVER DE COERÊNCIA E AS ANTINOMIAS SEGUNDO NORBERTO BOBBIO LAW AS A SYSTEM: DUTY OF COHERENCE AND ANTINOMIES ACCORDING NORBERTO BOBBIO Franciele Silva Cardoso * Resumo: A teoria

Leia mais

Tópica Jurídica e Nova Retórica

Tópica Jurídica e Nova Retórica Tópica Jurídica e Nova Retórica FMP FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO FACULDADE DE DIREITO TÓPICA JURÍDICA E NOVA RETÓRICA INTRODUÇÃO Tópica jurídica Theodor Viehweg publica Topik und Jurisprudenz

Leia mais

O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura

O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura Adriano Bueno Kurle 1 1.Introdução A questão a tratar aqui é a do conceito de eu na filosofia teórica de Kant, mais especificamente na Crítica da

Leia mais

GUSTAVO SALES DIREITO ADMINISTRATIVO

GUSTAVO SALES DIREITO ADMINISTRATIVO GUSTAVO SALES DIREITO ADMINISTRATIVO 01 - Aplicada em: 2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: Oficial Técnico de Inteligência - Conhecimentos Gerais Julgue o item que se segue, a respeito de aspectos diversos

Leia mais

Introdução ao Estudo do Direito

Introdução ao Estudo do Direito Introdução ao Estudo do Direito Interpretação e Hermenêutica Jurídica Prof. Rosane Terra Noções Introdutórias Para a aplicação justa do Direito, é imperioso que o intérprete lance mão de métodos, ou seja,

Leia mais

TÓPICOS DE CORREÇÃO DO EXAME FINAL

TÓPICOS DE CORREÇÃO DO EXAME FINAL TÓPICOS DE CORREÇÃO DO EXAME FINAL DE DIREITO DA UNIÃO EUROPEIA,TURMA DA NOITE (2.º ANO) DE 7 DE JUNHO DE 2017 Regente: Prof.ª Doutora Ana Maria Guerra Martins NOTA: A hipótese poderia ter sido resolvida

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. Aula n. 79 Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Recursos nas ações em Direito Médico e da Saúde

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. Aula n. 79 Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Recursos nas ações em Direito Médico e da Saúde Aula n. 79 Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Recursos nas ações em Direito Médico e da Saúde O prequestionamento 1. Conceito O prequestionamento é a exigência que se impõe ao recorrente de discutir

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Vigência e validade da lei Luiz Flávio Gomes * O Estado constitucional e democrático de Direito, que é muito mais complexo e garantista que o antigo Estado de Direito, caracteriza-se

Leia mais

Dotar os estudantes de noções jurídicas basilares para que possam compreender a necessidade do Direito, assim como a sua aplicabilidade prática;

Dotar os estudantes de noções jurídicas basilares para que possam compreender a necessidade do Direito, assim como a sua aplicabilidade prática; FUNDAMENTOS DO DIREITO [11111] GERAL Ano Letivo: 201718 Grupo Disciplinar: Ciências Jurídico-Privatísticas ECTS: 4,5 Regime: D, EL Semestre: S1 OBJETIVOS Dotar os estudantes de noções jurídicas basilares

Leia mais

Ordem pública internacional do estado local

Ordem pública internacional do estado local Ordem pública internacional do estado local Distingue-se da ordem pública interna, que são as normas jurídicas estruturais do ordenamento jurídico a que pertencem e que por isso revestem natureza imperativa,

Leia mais

SUMÁRIO INTRODUÇÃO...23

SUMÁRIO INTRODUÇÃO...23 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...23 CAPÍTULO 1 EM BUSCA DA DEFINIÇÃO DO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA...29 1.1. O direito e a segurança jurídica... 29 1.1.1. Absolutismos e relativismos em termos de segurança jurídica:

Leia mais

Superveniência de constituição

Superveniência de constituição Superveniência de constituição Material para acompanhamento de aulas, Professor Luiz Marcello de Almeida Pereira Formato ABNT, para citação desta apostila em trabalhos acadêmicos: PEREIRA, L. M. A. Superveniência

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I

Cálculo Diferencial e Integral I Cálculo Diferencial e Integral I Texto de apoio às aulas. Amélia Bastos, António Bravo Dezembro 2010 Capítulo 1 Números reais As propriedades do conjunto dos números reais têm por base um conjunto restrito

Leia mais

ACÓRDÃO. São Paulo, 28 de junho de 2017.

ACÓRDÃO. São Paulo, 28 de junho de 2017. fls. 466 Registro: 2017.0000471537 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 1134731-48.2016.8.26.0100, da Comarca de São Paulo, em que são apelantes UNIMED DO ESTADO DE SAO PAULO

Leia mais

Direitos Fundamentais 4.º TAN 2018/2019 Regência: Professor Doutor Pedro Moniz Lopes Exame 15 de janeiro de h00 Duração 2h

Direitos Fundamentais 4.º TAN 2018/2019 Regência: Professor Doutor Pedro Moniz Lopes Exame 15 de janeiro de h00 Duração 2h Direitos Fundamentais 4.º TAN 2018/2019 Regência: Professor Doutor Pedro Moniz Lopes Exame 15 de janeiro de 2019 19h00 Duração 2h Parte I (1,5 valores + 1,5 valores + 1,5 valores) Responda, com o limite

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO ELEITORAL FADIVALE FILOSOFIA DO DIREITO

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO ELEITORAL FADIVALE FILOSOFIA DO DIREITO PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO ELEITORAL FADIVALE FILOSOFIA DO DIREITO lugafap@yahoo.com.br jlgabriel.blogspot.com POSITIVISMO JURÍDICO: O NORMATIVISMO DE HANS KELSEN BITTAR e ALMEIDA, Curso de Filosofia do

Leia mais

Hans Kelsen. Prof. Nogueira. O que é Justiça?

Hans Kelsen. Prof. Nogueira. O que é Justiça? Hans Kelsen Prof. Nogueira O que é Justiça? Biografia Básica 1881 1973 Austríaco Judeu Biografia Básica 1 ed. Teoria Pura do Direito 1934 O que é Justiça? 1957 2 ed. Teoria Pura do Direito 1960 Histórico

Leia mais

1.2. Elementos do Conceito de Direito Sistema Jurídico

1.2. Elementos do Conceito de Direito Sistema Jurídico 1.2. Elementos do Conceito de Direito Noção de Direito: sistema de normas de conduta social, assistido de protecção coactiva. Desta noção é possível retirar os seguintes elementos: 1) Sistema jurídico

Leia mais

Pensando a filosofia, o direito e a política de forma crítica.

Pensando a filosofia, o direito e a política de forma crítica. Pensando a filosofia, o direito e a política de forma crítica. Semana do Direito Constitucional 3ª AULA CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Prof. Dr. Thiago Rodrigues-Pereira Perguntas Iniciais Necessárias

Leia mais

PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO DO TRABALHO 1. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO, PROTETOR, DA FAVORABILIDADE, DA TUTELA, TUITIVO OU CORRETOR DE DESIGUALDADES

PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO DO TRABALHO 1. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO, PROTETOR, DA FAVORABILIDADE, DA TUTELA, TUITIVO OU CORRETOR DE DESIGUALDADES PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO DO TRABALHO 1. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO, PROTETOR, DA FAVORABILIDADE, DA TUTELA, TUITIVO OU CORRETOR DE DESIGUALDADES Todos esses nomes representam a mesma ideia. Esse princípio

Leia mais

Direito Civil. Vigência da Lei, Conflito das Leis no Tempo e Eficácia da Lei no Espaço

Direito Civil. Vigência da Lei, Conflito das Leis no Tempo e Eficácia da Lei no Espaço Direito Civil Vigência da Lei, Conflito das Leis no Tempo e Eficácia da Lei no Espaço Vigência da Lei É o chamado ciclo vital da lei. Nasce Tem Continuidade Cessa Criação Consiste em três fases: elaboração,

Leia mais

A DICOTOMIA JURÍDICA PÚBLICO-PRIVADO NO DIREITO CIVIL CONSTITUCIONALIZADO

A DICOTOMIA JURÍDICA PÚBLICO-PRIVADO NO DIREITO CIVIL CONSTITUCIONALIZADO Iuri Bolesina 1 Jorge Renato dos Reis 2 A DICOTOMIA JURÍDICA PÚBLICO-PRIVADO NO DIREITO CIVIL CONSTITUCIONALIZADO Antes de tudo: o que é uma dicotomia? Bobbio (2010, p. 13-15) irá sustentar que uma dicotomia

Leia mais

FILOSOFIA DO DIREITO

FILOSOFIA DO DIREITO PÓS-GRADUAÇÃO DIREITO ELEITORAL FADIVALE FILOSOFIA DO DIREITO Prof. José Luciano Gabriel lugafap@yahoo.com.br jlgabriel.blogspot.com NORBERTO BOBBIO 18/10/1909 a 09/01/2004. O FUTURO DA DEMOCRACIA Pág.

Leia mais

PARTE I O CONTROLE DA LEGALIDADE NA TRADIÇÃO DO CIVIL LAW

PARTE I O CONTROLE DA LEGALIDADE NA TRADIÇÃO DO CIVIL LAW SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 21 PARTE I O CONTROLE DA LEGALIDADE NA TRADIÇÃO DO CIVIL LAW 1. A TUTELA DA LEI IDEALIZADA PELA REVOLUÇÃO FRANCESA... 29 1.1. Os valores da Revolução Francesa... 29 1.2. O Conseil

Leia mais

Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro Bateria de Questões Cespe. Prof. Dicler Forestieri

Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro Bateria de Questões Cespe. Prof. Dicler Forestieri Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro Bateria de Questões Cespe Prof. Dicler Forestieri LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO Professor Dicler Forestieri Ferreira EXERCÍCIOS DA

Leia mais

NÓTULA SOBRE O PREENCHIMENTO DE LACUNAS DA LEI SEGUNDO O ART. 10.º DO CÓDIGO CIVIL PORTUGUÊS

NÓTULA SOBRE O PREENCHIMENTO DE LACUNAS DA LEI SEGUNDO O ART. 10.º DO CÓDIGO CIVIL PORTUGUÊS NÓTULA SOBRE O PREENCHIMENTO DE LACUNAS DA LEI SEGUNDO O ART. 10.º DO CÓDIGO CIVIL PORTUGUÊS Agostinho Cardoso Guedes* art. 10.º do Código Civil português estabelece as diretrizes que devem ser seguidas

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br (Artigos) poder normativo do juiz Newton Garcia Faustino Sabemos que o juiz é um agente político que detém parcela do poder do Estado e que possui ampla liberdade de atuação funcional,

Leia mais

Aula de Direito Civil IV. Teoria Geral dos Contratos

Aula de Direito Civil IV. Teoria Geral dos Contratos Aula de Direito Civil IV Teoria Geral dos Contratos 1 Interpretação dos Contratos PLT Conceito e extensão O contrato origina-se de ato volitivo e por isso requer sempre uma interpretação, uma vez que nem

Leia mais

TEORIA DA NORMA JURÍDICA

TEORIA DA NORMA JURÍDICA TEORIA GERAL DO DIREITO I AXIOLOGIA E Prof. Thiago Gomes 2. CONCEITO São normas jurídicas aquelas que apresentam regras de conduta do homem com seus semelhantes, garantida pela eventual aplicação da força

Leia mais

A PONDERAÇÃO DE VALORES NA SOLUÇÃO DE ANTINOMIAS NO SISTEMA JURÍDICO. Weighting Values in Solution Antinomies in the Legal System

A PONDERAÇÃO DE VALORES NA SOLUÇÃO DE ANTINOMIAS NO SISTEMA JURÍDICO. Weighting Values in Solution Antinomies in the Legal System A PONDERAÇÃO DE VALORES NA SOLUÇÃO DE ANTINOMIAS NO SISTEMA JURÍDICO. Weighting Values in Solution Antinomies in the Legal System Milena Zampieri Sellmann Doutora, Mestre e especialista em Direito pela

Leia mais

Gustavo Filipe Barbosa Garcia CPC. Novo. e Processo do Trabalho. 39 e 40 de 2016 do TST. Conforme a Lei / ª edição Revista e atualizada

Gustavo Filipe Barbosa Garcia CPC. Novo. e Processo do Trabalho. 39 e 40 de 2016 do TST. Conforme a Lei / ª edição Revista e atualizada Gustavo Filipe Barbosa Garcia Novo CPC e Processo do Trabalho 39 e 40 de 2016 do TST Conforme a Lei 13.467/2017 3ª edição Revista e atualizada 2017 CAPÍTULO 1 ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DO CPC DE 2015 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

Verdade e Justiça em suas três dimensões

Verdade e Justiça em suas três dimensões Verdade e Justiça em suas três dimensões Carloto Rocha Pereira Pinto* Cristiane Martins Vilar Alves* Fabrício Oliveira de Lima Santos* Mariana Ferreira Vitor* Meire Ellem Diniz Costa Galvão* Raísa Valério

Leia mais

Friedrich Karl von Savigny

Friedrich Karl von Savigny Friedrich Karl von Savigny No Curso de Inverno (1802), Savigny afirmava que a ciência da legislação (ciência do Direito) é primeiro uma ciência histórica e depois também uma ciência filosófica; a ciência

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Jurisdição e competência Competência em razão da pessoa: o foro por prerrogativa de função Parte 3 Prof. Thiago Almeida . Embargos de declaração na ADI 2.797: eficácia a partir

Leia mais

Aula 08 POSICIONAMENTO DE CANOTILHO

Aula 08 POSICIONAMENTO DE CANOTILHO Página1 Curso/Disciplina: Direito Constitucional Objetivo Aula: Posicionamento de Canotilho. Eficácia dos Princípios (Luis Roberto Barroso). Classificação Material dos Princípios Constitucionais 08 Professor

Leia mais

Aula nº 291. Recurso Extraordinário: Objeto (Parte Final)

Aula nº 291. Recurso Extraordinário: Objeto (Parte Final) Página1 Curso/Disciplina: Processo Civil Aula: Direito Processual Civil (NCPC) - 291 Professor(a): Edward Carlyle Monitor(a): Patricia de Souza Gonçalves Aula nº 291. Recurso Extraordinário: Objeto (Parte

Leia mais

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 27/360

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 27/360 1 DEMAIS SIMULADOS NO LINK ABAIXO CLIQUE AQUI REDE SOCIAL SIMULADO 27/360 ADMINISTRATIVO INSTRUÇÕES TEMPO: 30 MINUTOS MODALIDADE: CERTO OU ERRADO 30 QUESTÕES CURTA NOSSA PÁGINA MATERIAL LIVRE Este material

Leia mais

Gustavo Filipe Barbosa Garcia CPC. e Processo do Trabalho. Atualizado com as Instruções Normativas 39 e 40 de 2016 do TST

Gustavo Filipe Barbosa Garcia CPC. e Processo do Trabalho. Atualizado com as Instruções Normativas 39 e 40 de 2016 do TST Gustavo Filipe Barbosa Garcia Novo CPC e Processo do Trabalho Atualizado com as Instruções Normativas 39 e 40 de 2016 do TST 2ª edição Revista, ampliada e atualizada 2017 Garcia-Novo CPC e Processo do

Leia mais