A Intervenção Regulatória do Estado no Domínio Econômico: Inspiração Tardia no Direito Regulatório Norte-Americano.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A Intervenção Regulatória do Estado no Domínio Econômico: Inspiração Tardia no Direito Regulatório Norte-Americano."

Transcrição

1 A Intervenção Regulatória do Estado no Domínio Econômico: Inspiração Tardia no Direito Regulatório Norte-Americano. Aluisio de Souza Martins 1 RESUMO: O presente artigo aborda a passagem do Estado interventor ao Estado regulador, destacando o papel das agências reguladoras, como instrumento de intervenção do Estado na atividade econômica. Destaca que o modelo regulatório brasileiro foi inspirado no direito regulatório norte-americano, apesar das diferenças políticas e jurídicas entre os dois Estados. Por fim, ressalta que essa fonte inspiradora revela-se tardia, por o direito regulatório alienígena encontrar-se em processo de regressão. Palavras-chaves: Estado. Intervenção na economia. Direito regulatório. ABSTRACT This paper addresses the passage of the intervening State to the governor, emphasizing the role of regulatory agencies as an instrument of state intervention in economic activity. Stresses that the regulatory model was inspired by the Brazilian regulatory law the U.S., despite political and legal differences between the two states. Finally, it appears that this source of inspiration appears to be late for the right regulatory alien found in the process of regression. Keywords: State. Intervention in the economy. Regulatory law.

2 2 S U M Á R I O 1. Considerações iniciais 2. Do Estado interventor ao Estado regulador 2.1. Noções gerais 2.2. Programa nacional de desestatização 2.3. Surgimento das agências reguladoras nos EUA 2.4. Surgimento das agências reguladoras no Brasil 3. Inspiração no direito regulatório norte-americano 4. Considerações finais 5. Referências 1. Considerações iniciais Nos últimos tempos, seguindo uma tendência da globalização econômica norteadora dos mercados atuais, bem como da solidificação da política neoliberal, intensificou-se no Brasil um fenômeno de retirada do Estado da economia, conferindo-se, via de conseqüência, a entes da iniciativa privada a prerrogativa de explorar determinados serviços e atividades antes somente prestados diretamente pelo próprio Estado ou indiretamente por pessoas jurídicas por ele controladas (sociedades de economia mista e empresas públicas). Com efeito, o processo de privatização, ou em linguagem mais adequada, o processo de desestatização é a face mais nítida de uma nova estrutura de Estado, na medida em que este vem delegando à iniciativa privada a prestação de serviços públicos, seja através de concessões, permissões, autorizações ou terceirizações. Não há como negar que, após a delegação dos serviços públicos para o setor privado, ganha nitidez e relevo o papel regulador e fiscalizador do Estado, que deixa de ser interventor para transformar-se em regulador e mediador da atividade econômica. 1 Mestre em Direito pela UCB. Professor de Direito da FAETE e Advogado da União.

3 3 Nesse novo cenário de afastamento do Estado da atividade econômica que encontra eco a instituição das agências reguladoras, objeto do presente estudo. Pretende-se, com o ensaio em espeque, abordar os principais aspectos relacionados à intervenção do Estado na economia, através de seus entes reguladores, bem assim apontar as influências do direito regulatório norte-americano nas agências regulatórias brasileiras. 2. Do Estado interventor ao Estado regulador 2.1. Noções gerais Com a chegada de Getúlio Vargas ao poder nos idos de 1930, tomou corpo o Estado desenvolvimentista, caracterizado pela forte intervenção do Estado na ordem econômica, onde este financiava o seu próprio desenvolvimento, executando, através das empresas estatais, todos os tipos de atividades e serviços públicos. Este modelo de Estado intervencionista, que teve seu apogeu nas décadas de 1930 e 1970, culminou no crescimento descomunal do aparelho administrativo estatal, mormente das empresas públicas e sociedades de economias mistas e suas subsidiárias, ocasionando o esgotamento da capacidade de investimento do setor público e, como tal, a falência dos serviços públicos em geral. A Constituição de 1988, em seu Título VII, dispõe sobre a ordem Econômica e Financeira, disciplinando especialmente o papel do Estado como agente normativo e regulador e como executor subsidiário de atividades econômicas. Dispõe ainda sobre a possibilidade de transferência à iniciativa privada da prestação de alguns serviços que durante muito tempo estiveram sob controle estatal Programa nacional de desestatização

4 4 Dentro desse contexto, surgiu o Programa Nacional de Desestatização. Diferentemente da simples descentralização, que consiste na transferência da execução de determinado serviço público, ou de utilidade pública, a uma entidade da Administração Indireta (autarquia, fundação pública, empresa pública ou sociedade de economia mista), a desestatização afasta o Estado, quer pessoalmente quer por intermédio de suas pessoas administrativas, da execução daqueles serviços, que são postos nas mãos dos particulares, sob sua vigilância. É a retirada do Estado de atividades reservadas constitucionalmente à iniciativa privada (princípio da livre iniciativa) ou de setores em que ela possa atuar com maior eficiência (princípio da economicidade). A Lei n /90 trouxe para mais próximo da realidade aquele anseio, que era também social, e inaugurou a nova fase do Estado brasileiro, estruturando o Programa Nacional de Desestatização e elencando, em seu art. 1.º, os objetivos fundamentais que justificaram a nova postura do Estado frente à ordem econômica. São eles: I - reordenar a posição estratégica do Estado na economia, transferindo à iniciativa privada atividades indevidamente exploradas pelo setor público; II - contribuir para a redução da dívida pública, concorrendo para o saneamento das finanças do setor público; III - permitir a retomada de investimentos nas empresas e atividades que vierem a ser transferidas à iniciativa privada; IV - contribuir para a modernização do parque industrial do País, ampliando sua competitividade e reforçando a capacidade empresarial nos diversos setores da economia; V - permitir que a Administração Pública concentre seus esforços nas atividades em que a presença do Estado seja fundamental para a consecução das prioridades nacionais; VI - contribuir para o fortalecimento do mercado de capitais, através do acréscimo da oferta de valores mobiliários e da democratização da propriedade do capital das empresas que integrarem o programa. Os instrumentos a serem utilizados para o alcance desses objetivos também foram discriminados pelo citado diploma legal, em seu art. 4.º, a saber: I - alienação de participação societária, inclusive de controle acionário, preferencialmente mediante a pulverização de ações junto ao público,

5 5 empregados, acionistas, fornecedores e consumidores; II - abertura de capital; III - aumento de capital com renúncia ou cessão, total ou parcial, de direitos de subscrição; IV - transformação, incorporação, fusão ou cisão; V - alienação, arrendamento, locação, comodato ou cessão de bens e instalações; VI - dissolução de empresas ou desativação parcial de seus empreendimentos, com a conseqüente alienação de seus ativos. Note-se que, até então, não se falava em concessão de serviços públicos a empresas privadas pré-existentes. O máximo que se tinha planejado era a saída do Estado do quadro societário de empresas em que ele se fazia presente. Isto porque a primeira providência, em termos de prioridade, era essa, qual seja, a desvinculação do Estado. O art. 7.º da Lei n.º 8.031/90 estipulou que a privatização de empresas que prestam serviços públicos pressupõe a delegação, pelo Poder Público, da concessão ou permissão do serviço objeto da exploração. Até aí, nada de diferente. A única preocupação era com a continuidade do serviço público. Somente a partir da edição da Lei n.º 8.987/95 ficou aberta concretamente a disposição de incluir empresas originariamente privadas no programa de execução de serviços públicos (ou de utilidade pública), atendendo-se, então, ao disposto no art. 170 da Constituição Federal, in verbis: "A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: (...). Parágrafo único - É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em Lei". Obviamente que não se pode concluir, a partir disso, que a figura das concessões (em sentido lato) somente surgiu a partir da edição da referida lei. O que se deve entender é que, a partir desse marco, iniciou-se uma nova fase no âmbito do Direito Administrativo, no tocante ao tema concessão de serviços públicos, implantando-se uma nova filosofia de regulamentação das atividades econômicas que têm um quid de interesse público. Agora, a transferência do exercício

6 6 de tais atividades não se faz mais aos entes integrantes da administração indireta (delegação legal), mas aos particulares, mais preocupados com a eficiência. Nesse novo cenário, foram criadas as condições necessárias a fim de que o Estado deixasse de atuar diretamente na atividade econômica e passasse a regular tal atividade, assumindo, portanto, um papel regulador, cujo ambiente mostrou-se favorável ao fortalecimento do direito regulatório Surgimento das agências reguladoras nos EUA Logo após a Primeira Guerra Mundial, os EUA obtiveram um crescimento econômico vertiginoso, o que acarretou o surgimento de grandes fortunas e aplicações desenfreadas nas bolsas de valores, especialmente de natureza especulativa, acarretando a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, afetando a economia capitalista. Para enfrentar essa depressão econômica, o Presidente Franklin Delano Roosevelt, eleito em 1932, implementou um programa econômico, baseado nas idéias do economista John Maynard Keynes, onde [...] o Estado passava a intervir na economia, no sentido de amenizar os focos de tensão social; o governo iniciava um intenso processo de vultosos investimentos em construções de grande porte, como estradas, usinas, pontes etc., visando absorver a massa desempregada; a renda seria melhor distribuída, o que resultaria em um aumento da capacidade de compra do cidadão médio; o volume da produção agrícola tornava-se controlado, para que o risco da superprodução não mostrasse sua cara. (MUNIZ SHECAIRA, 2004, p.422) 2 Essa intervenção na economia objetivava aplacar as graves desigualdades econômicas e sociais provocadas pela crise do sistema capitalista, mormente em relação as 2 MUNIZ SHECAIRA, Cibele Cristina Baldassa. A Competência das Agências nos EUA. In Direitos Regulató rios. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella (organizadora). 2 ed. rev.e ampl. Belo Horizonte: Forum, 2004.

7 7 camadas sociais mais carentes. O Estado, que era dominado pela ideologia liberal, segundo a qual o mercado é guiado por uma mão invisível, não intervinha na economia. Com efeito, as desigualdades sociais eram gritantes. Havia exploração da mão-de-obra, cuja situação se mostrava desumana. Nesse contexto, foi criada a regulatory agency, especialmente como instrumento de intervenção do Estado na economia, para controlar os monopólios e combater a concorrência prejudicial. Destarte, objetivou-se suprir a ausência do Estado na atividade econômica. Já no Brasil, a criação das agências reguladoras objetivou, principalmente, retirar a participação do Estado da economia, cujo fenômeno se verificou com as privatizações a partir de meados de Destarte, enquanto nos EUA as agências visaram suprir a ausência do Estado na economia, no Brasil a criação das agências buscou reduzir a intervenção do Estado. Com efeito, a partir de 1980, especialmente com a ascensão ao poder de Ronald Reagan, iniciou-se um movimento de retirada do Estado da economia, numa tentativa de implementar as idéias liberais, o que acarretou na redução dos poderes da agências reguladoras. Essa processo de flexibilização das regras fixadas pelas agências reguladoras.está em curso, porquanto passou-se a defender que a regulação excessiva prejudicava a atividade econômica, restringia os direitos individuais e contribuía para o agigantamento do Estado Surgimento das agências reguladoras no Brasil As agências reguladoras foram implantadas em nosso país, com base no modelo norte-americano, nada obstante as grandes diferenças entre os dois sistemas normativos. Neste, a principal fonte de direito são as decisões judiciais, os regulamentos são aceitos como fonte, cujas questões não são inteiramente aceitáveis no ordenamento brasileiro.

8 8 MOREIRA NETO 3 (2000, p. 150), um dos defensores da aplicação do modelo norteamericano das agências reguladoras no Brasil, aduz que:... no fim da década de oitenta, em momento em que outros países desvencilhavam-se ou já se haviam despojado de seus antiquados aparelhos estatais hipertrofiados, centralizadores, burocratizados, ineficientes e, sobretudo, insuportavelmente dispendiosos, o Brasil enveredava, guiado pelos constituintes de 1988, pela contramão da História, levado por uma Carta Política ditada de utopismo bem intencionado, mas delirante; pela demagogia, dos que queriam ostentar uma imagem populista e progressista ; pelo corporativismo, dos grupos que logravam melhor se organizar e manipular recursos; pelo socialismo, dos que criam piamente ser possível fazer justiça social sem liberdade econômica; pelo estatismo, dos que ainda acreditavam que a sociedade não poderia prescindir de tutela; pelo paternalismo, dos que esperavam que o governo tudo lhes desse sem necessidade de competir; pelo assistencialismo, dos que imaginavam que a palavra escrita converte-se automaticamente em benefícios; pelo fiscalismo, dos que se despreocupavam das conseqüências desmotivadoras e recessivas das sobrecargas tributárias e, por fim, da xenofobia, dos que viam o País como alvo de um imenso complô internacional concebido para entravar um romântico projeto de progresso autonômico. DI PIETRO 4 (1999, p. 144) critica o momento em que aconteceu adoção no Brasil do modelo norte-americano de agências reguladoras, aduzindo que é lamentável, no entanto, que a imitação venha ser feita quando o próprio modelo que serviu de inspiração já foi profundamente alterado no próprio país de origem. O modelo que se está copiando é o que se adotava antes das reformas iniciadas na década de 60. Entendemos, todavia, ainda que ultrapassado em alguns pontos o modelo norteamericano de agências reguladoras, que o mesmo pode ser aproveitado em nosso país, desde que venha a se compatibilizar com o ordenamento jurídico brasileiro e com nova formatação de Estado, que, gradualmente, vem diminuindo sua atuação estatal e intervenção 5 na atividade econômica. É justamente neste momento que nascem as agências reguladoras, com o escopo de 3 MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Mutações do Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Renovar, DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na Administração Pública - 3ª ed. São Paulo: Atlas, GRAU, Eros Roberto. A Ordem Economica na Constituição de ed. revista e atualizada. Malheiros, SP, 2007, p.93-94: Daí se verificar que o Estado não pratica intervenção quando presta serviço público ou regula prestação de serviço público. Atua, no caso, em área de sua titularidade, na esfera pública. Por isso mesmo dirse-á que o vocábulo intervenção e, no contexto, mais correto do que a expressão atuação estatal: intervenção expressa atuação estatal em área de titularidade do setor privado; atuação estatal, expressa significado mais

9 9 normatizar e regular os serviços e atividades delegadas à iniciativa privada, sempre buscando o equilíbrio e harmonia entre o Estado, usuários e delegatários. Embora, inicialmente, se tenha feito alarde acerca da implantação das agências reguladoras no Direito brasileiro, o certo é que tal de forma de descentralização da Administração Pública, para boa parte da doutrina nacional, não constitui novidade, consoante entendimento de BANDEIRA DE MELLO 6 (2001, p ), assim vazado: i Em rigor, autarquias com funções reguladoras não se constituem em novidade alguma. O termo com que ora foram batizadas é que é novo no Brasil. Apareceu ao ensejo de tal Reforma Administrativa, provavelmente para dar sabor de novidade ao que é muito antigo, atribuindo-lhe, ademais, o suposto prestígio de ostentar uma terminologia norte-americana ( agência ). A autarquia Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica DNAEE, por exemplo, cumpria exatamente a finalidade ora irrogada à ANEEL, tanto que o art. 31 da lei transfere à nova pessoa todo o acervo técnico, patrimonial, obrigações, direitos e receitas do DNAEE. Entendimento diverso tem DI PIETRO 7 (1999, p. 130), para quem As agências reguladoras constituem novidade no direito brasileiro, introduzida para assumir o papel que, na concessão, era antes desempenhado pela própria Administração Pública direta, na qualidade de poder concedente; o mesmo papel é assumido na permissão e na autorização. MOREIRA NETO 8 (2000, p. 82) justifica, com muita propriedade e proficiência o porquê da necessidade de instituição das agências reguladoras, revelando-se como um instrumento hábil a viabilizar: amplo. Pois é certo que essa expressão, quando não qualificada, conota inclusive atuação na esfera pública. 6 BANDEIRA DE MELO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 13. ed. São Paulo: Malheiros Editores, DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na Administração Pública - 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1999

10 10 i) uma ação regulatória mais sintonizada com os interesses existentes na Sociedade (alternativamente à regulação autoritária e unilateral cabente num contexto de Estado autoritário); e ii) uma esfera ordena e equalizadora dos interesses embatentes num dado setor da economia ou da Sociedade, a um só tempo permeável aos interesses dos diversos atores envolvidos (produtores e consumidores da utilidade pública) na atividade regulada (permeável, pois, aos interesses existentes na esfera privada) e promotora dos interesses públicos difusos (razão de ser da esfera pública, mormente daqueles que não possuem representação nem no nem perante aparelho estatal. No plano infraconstitucional, a Lei n. 8987/95, ao regulamentar o artigo 175 da Constituição Federal, trouxe novas regras sobre o regime de concessões e permissões de serviços públicos. As agências podem ser criadas tanto em âmbito federal quanto na esfera estadual, com o objetivo de regular a prestação por operadores particulares de serviços públicos delegados à iniciativa privada. A reprodução dessa tendência regulatória tem seguido dois modelos: de um lado, o modelo setorial especializado, em que são criadas diversas agências, uma para cada setor, como ocorre no âmbito federal, onde foram criadas diversas agências; e o modelo multissetorial, em que se cria apenas uma agência incumbida da regulação de todos os serviços públicos prestados por particulares, como é o caso do Estado do Rio de Janeiro, onde foi criada a ASEP-RJ (Agência Reguladora de Serviços Públicos), responsável pela fiscalização e regulação de todos os serviços públicos objeto de concessão ou permissão pelo Estado. 3. Inspiração tardia no direito regulatório norte-americano Marçal Justen Filho (2007, p.53-54) ressalta que é difícil transportar institutos jurídicos construídos em realidades diferentes: Não é possível transplantar para o domínio de um Estado um instituto que se desenvolveu em face de uma cultura e de um ordenamento jurídico com características muito distintas. 8 MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Mutações do Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Renovar, 2000.

11 11 A advertência não apresenta maior originalidade para os que trabalham com o Direito comparado. A primeira ressalva efetuada, quando se estudam institutos jurídicos estrangeiros, relaciona-se à diversidade dos sistemas jurídicos. O Direito de cada Estado reflete suas pecularidades culturais, econômicas, políticas, sociais e assim por diante. Os ordenamentos jurídicos dos diversos Estados apresentam diferenças inconfundíveis, que inviabilizam a pura e simples importação de um instituto estrangeiro. A adoção de experiência jurídica alienígena pressupõe sua compatibilidade com a ordem jurídica nacional e pressupõe, com exigência inafastável, sua configuração aos princípios e regras que estruturam o Direito pátrio. 9 Embora o Brasil e EUA sejam estados federativos, o processo de formação de cada um foi bem diferenciado. Nos EUA, existia um governo central em conflito com os estados independentes, que resistiam ao comando da administração central. Assim, o federalismo formouse com a união dos estados independentes. No Brasil havia um estado unitário, o qual foi desmembrado, formando o federalismo. Essa formação histórica refletiu na organização do sistema jurídico norteamericano, no qual a decisão judicial é considerada fonte principal de direito, bem como o disciplinamento do direito regulatório admite a criação de agências reguladoras independentes em relação aos demais poderes, à consideração de que seus dirigentes são detentores de estabilidade em suas funções e exercem funções quase-legislativas e quase-judiciais. Outra questão, como já salientado, as agências norte-americanas foram criadas especialmente como instrumento de intervenção do Estado na economia do país, em decorrência da grande depressão econômica a partir de Já no Brasil, a criação das agências reguladoras objetivou, principalmente, retirar o Estado da economia, cujo fenômeno se verificou com as privatizações a partir de meados de Destarte, enquanto nos EUA as agências foram criadas para fortalecer a participação do Estado na atividade econômica, através de instrumentos regulatórios, no Brasil, a criação das agências buscou reduzir a intervenção do Estado. Nada obstante essas diferenças, o modelo regulatório brasileiro foi inspirado no direito regulatório norte-americano. 9 JUSTEN FILHO, Marçal. O Direito das Agências Reguladoras Independentes. SP: Dialética, 2002.

12 12 Ocorre que, naquele país, já há uma marcha no sentido de reduzir o papel das agências reguladoras, seja através de seu controle ou das desregulação de determinadas atividades econômicas, ficando por conta dos próprios interessados. Essa nova postura, iniciada a partir de década de 80, especialmente com a ascensão de Reagan à presidência, tem haver com o retorno aos ideais do liberalismo, que prega intervenção mínima do Estado na atividade econômica. Nesse cenário, diz-se que a interferência estatal na atividade econômica só se justifica se a falha do Estado for menor do que a falha do mercado; caso contrário, não vale a pena corrigir a falha do mercado, para se cometer uma ainda maior. Destarte, quando a partir de década de 90 se iniciou no Brasil uma intensa atividade regulatório, esse instrumento de intervenção na atividade econômica, já vem perdendo força nos EUA, motivo pelo qual esse modelo não poderia servir de base para criação do direito regulatório brasileiro, seja porque são Estados que possuem organizações políticas e jurídicas, além de outras, diferentes, ou porque o modelo regulatório norte-americano se encontra em processo de redução. 4. Considerações finais As agências reguladoras, seguindo o modelo norte-americano, surgem no Brasil em decorrência do novo cenário de autuação do Estado na economia, em que há uma diminuição substancial de sua participação na prestação de serviços, colimando normatizar e regular os serviços e atividades delegados à iniciativa privada, na busca do equilíbrio e harmonia entre o Estado, usuários e delegatários As agências reguladoras federais foram criadas como autarquias sob regime especial, integrando, assim, a Administração Pública descentralizada ou indireta, na linguagem do art. 2º, do Decreto-lei n. 200/67. Os privilégios conferidos às agências reguladoras para consecução de seus fins caracterizam-se basicamente pela independência que gozam frente aos três poderes -

13 13 consubstanciada na estabilidade de seus dirigentes (mandato fixo) e autonomia técnico-financeira (renda própria e liberdade de sua aplicação) -, poder normativo (função quase-legislativa consistente na regulamentação das matérias de sua competência, sem invadir as chamadas reservas da lei) e poder de dirimir conflitos (função quase-judicial) Praticamente inexiste autonomia das agências reguladoras no tocante ao Poder Judiciário, pois, embora a agência possa dirimir conflitos em última instância administrativa, tal como os demais órgãos, isso não impede o controle de suas decisões pelo Poder Judiciário (art. 5 o, XXXV, da CF/88). Também é tênue a independência das agências em relação ao Poder Legislativo, na medida em que seus atos normativos não podem conflitar com normas constitucionais ou legais e, ademais, não estão sujeitos ao controle do Congresso Nacional, previsto no art. 49, inc. X, por comporem a Administração Indireta, bem assim ao controle financeiro, contábil e orçamentário exercido pelo Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas da União. Maior margem de autonomia verifica-se em relação ao Poder Executivo, tendo em vista que os atos que dizem respeito à atividade-fim não podem ser revistos pelo Poder Executivo, o qual também não pode exonerar ad nutum seus diretores. O poder normativo das agências é compatível com o regime constitucional pátrio, na medida em que a competência regulamentar pode ser exercida tanto pelo Chefe do Executivo, com primazia, como pelos Ministros de Estado e por outros órgãos da Administração Pública, estando aí incluídas as autarquias. Sob pena de ofensa ao princípio da tripartição dos poderes, acolhido de forma moderado pela Constituição, os atos das agências reguladoras são passíveis de controle judicial, não podendo contrariar as normas legais, nem inovar de forma absoluta na ordem jurídica.

14 14 5. Referências BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 13. ed. São Paulo: Malheiros Editores, CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 40. ed. São Paulo: Saraiva, COLETÂNEA DE LEGISLAÇÃO ADMINISTRATIVA. Organizadora Odete Medauar. 2. ed. revista atualizada e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na Administração Pública - 3ª ed. São Paulo: Atlas, GRAU, Eros Roberto. A Ordem Economica na Constituição de ed. revista e atualizada. Malheiros, SP, 2007 JUSTEN FILHO, Marçal. O Direito das Agências Reguladoras Independentes. SP: Dialética, MUNIZ SHECAIRA, Cibele Cristina Baldassa. A Competência das Agências nos EUA. In Direitos Regulatórios. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella (organizadora). 2 ed. rev.e ampl. Belo Horizonte: Forum, MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Mutações do Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Renovar, 2000.

AULA 01. Esses três primeiros livros se destacam por serem atualizados pelos próprios autores.

AULA 01. Esses três primeiros livros se destacam por serem atualizados pelos próprios autores. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Administrativo / Aula 01 Professora: Luiz Oliveira Castro Jungstedt Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 01 CONTEÚDO DA AULA: Estado Gerencial brasileiro.introdução1

Leia mais

Características das Autarquias

Características das Autarquias ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Professor Almir Morgado Administração Indireta: As entidades Administrativas. Autarquias Define-se autarquia como o serviço autônomo criado por lei específica, com personalidade d

Leia mais

Noções Gerais das Licitações

Noções Gerais das Licitações Noções Gerais das Licitações Material didático destinado à sistematização do conteúdo da disciplina Direito Administrativo I Publicação no semestre 2014.1 do curso de Direito. Autor: Albérico Santos Fonseca

Leia mais

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO O ESTADO VEIO TENDO, NO DECORRER DO SÉCULO XX, ACENTUADO PAPEL NO RELACIONAMENTO ENTRE DOMÍNIO JURÍDICO E O ECONÔMICO. HOJE, TAL RELAÇÃO JÁ SOFRERA PROFUNDAS

Leia mais

O Estado brasileiro: Oligárquico/patrimonial; Autoritário/burocrático; Estado de bem-estar; Estado Regulador

O Estado brasileiro: Oligárquico/patrimonial; Autoritário/burocrático; Estado de bem-estar; Estado Regulador O Estado brasileiro: Oligárquico/patrimonial; Autoritário/burocrático; Estado de bem-estar; Estado Regulador 1. Introdução 2. Estado oligárquico e patrimonial 3. Estado autoritário e burocrático 4. Estado

Leia mais

Natanael Gomes Bittencourt Acadêmico do 10º semestre de Direito das Faculdades Jorge Amado

Natanael Gomes Bittencourt Acadêmico do 10º semestre de Direito das Faculdades Jorge Amado ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Natanael Gomes Bittencourt Acadêmico do 10º semestre de Direito das Faculdades Jorge Amado Resumo: A Administração Pública se liga ao interesse público e às necessidades sociais,

Leia mais

INTERVENÇÃO FEDERAL ARTIGO 34 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

INTERVENÇÃO FEDERAL ARTIGO 34 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL INTERVENÇÃO FEDERAL ARTIGO 34 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL É o ato de intervir (tomar parte), toda vez que a ação de um Estado- Membro perturbe o sistema constitucional federativo ou provoque grave anormalidade

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO. Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções.

TERCEIRIZAÇÃO. Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções. TERCEIRIZAÇÃO Autor: Ivaldo Kuczkowski, Advogado Especialista em Direito Administrativo e Conselheiro de Tributos da Empresa AUDICONT Multisoluções. INTRODUÇÃO Para que haja uma perfeita compreensão sobre

Leia mais

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas.

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O que é o dever de Consulta Prévia? O dever de consulta prévia é a obrigação do Estado (tanto do Poder Executivo, como do Poder Legislativo)

Leia mais

Novas formas de prestação do serviço público: Gestão Associada Convênios e Consórcios Regime de parceria- OS e OSCIPS

Novas formas de prestação do serviço público: Gestão Associada Convênios e Consórcios Regime de parceria- OS e OSCIPS Novas formas de prestação do serviço público: Gestão Associada Convênios e Consórcios Regime de parceria- OS e OSCIPS Material de apoio para estudo: slides trabalhados em sala de aula com acréscimo de

Leia mais

A IMPLANTAÇÃO DE CONSELHO CONSULTIVO EM SOCIEDADES LIMITADAS COMO FORMA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA

A IMPLANTAÇÃO DE CONSELHO CONSULTIVO EM SOCIEDADES LIMITADAS COMO FORMA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA A IMPLANTAÇÃO DE CONSELHO CONSULTIVO EM SOCIEDADES LIMITADAS COMO FORMA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA Ana Carolina Rovida de Oliveira Especialista em Direito da Economia e Empresarial I INTRODUÇÃO A estabilização

Leia mais

"Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã."

Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã. MANIFESTO DO SINDICATO DOS MÉDICOS E DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DE PERNAMBUCO SOBRE A ATUAL SITUAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL E SOBRE AS INTERVENÇÕES JUDICIAIS(JUDICIALIZAÇÃO) COMO INSTRUMENTO

Leia mais

Direito Administrativo I

Direito Administrativo I Faculdade de Direito Milton Campos Reconhecida pelo Ministério da Educação Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito Público Direito Administrativo I Carga Horária: 60 h/a 1- Ementa 1 Estado. 2 Poderes

Leia mais

APRESENTAÇÃO CNF Comparato, Nunes & Federici Advogados

APRESENTAÇÃO CNF Comparato, Nunes & Federici Advogados APRESENTAÇÃO CNF Comparato, Nunes & Federici Advogados é um escritório especializado em Direito Empresarial, possuindo forte atuação contenciosa e consultiva de âmbito nacional. Conta com estrutura física

Leia mais

Avaliação de Investimentos pelo Método de Equivalência Patrimonial. Contabilidade Avançada I Profª MSc. Maria Cecilia Palácio Soares

Avaliação de Investimentos pelo Método de Equivalência Patrimonial. Contabilidade Avançada I Profª MSc. Maria Cecilia Palácio Soares Avaliação de Investimentos pelo Método de Equivalência Patrimonial Contabilidade Avançada I Profª MSc. Maria Cecilia Palácio Soares Aspectos Introdutórios No Método de Equivalência Patrimonial, diferentemente

Leia mais

02 a 05 de junho de 2009. Eventos Oficiais:

02 a 05 de junho de 2009. Eventos Oficiais: 02 a 05 de junho de 2009 Expo Center Norte - SP Eventos Oficiais: 1 A Saúde Rompendo Paradigmas para o Crescimento Sustentável Saúde Suplementar : Modelo,Regulação e Intervenção Estatal Alceu Alves da

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO Registro: 2012.0000468176 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 9066515-49.2009.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é apelante BANCO NOSSA CAIXA S A, é apelado SESVESP

Leia mais

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº 94, DE 2012 Propõe que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, com auxílio do Tribunal de Contas da União,

Leia mais

A DESVIRTUALIZAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO

A DESVIRTUALIZAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO A DESVIRTUALIZAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO A essência da terceirização visa trazer às empresas contratantes desenvolvimento econômico, especialização dos serviços, competitividade, busca de qualidade, controles

Leia mais

RESSEGURO: OS NOVOS RESSEGURADORES LEGAIS

RESSEGURO: OS NOVOS RESSEGURADORES LEGAIS RESSEGURO: OS NOVOS RESSEGURADORES LEGAIS Elaborado em 11.2007. João Marcos Brito Martins Bacharel em Administração de Empresas e em Ciências Jurídicas, pós-graduado em Seguros pelo Instituto de Administração

Leia mais

1 (FCC/TRE-AC/Analista/2010) A respeito das entidades políticas e administrativas, considere:

1 (FCC/TRE-AC/Analista/2010) A respeito das entidades políticas e administrativas, considere: 1 (FCC/TRE-AC/Analista/2010) A respeito das entidades políticas e administrativas, considere: I. Pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura constitucional do Estado e têm poderes políticos

Leia mais

SETOR PÚBLICO, SETOR PRIVADO E TERCEIRO SETOR

SETOR PÚBLICO, SETOR PRIVADO E TERCEIRO SETOR SETOR PÚBLICO, SETOR PRIVADO E TERCEIRO SETOR Consiste na forma como as diferentes Pessoas Jurídicas atuam no desenvolvimento de atividades econômicas e sociais no âmbito da sociedade. De acordo com o

Leia mais

PARCERIAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

PARCERIAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Maria Sylvia Zanella Di Pietro PARCERIAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Concessão, Permissão, Franquia, Terceirização, Parceria Público-Privada e outras Formas loª Edição SÃO PAULO EDITORA ATLAS S.A. - 2015

Leia mais

Assunto: Considerações da Petrobras para a Consulta Pública ANEEL 11/2014

Assunto: Considerações da Petrobras para a Consulta Pública ANEEL 11/2014 Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2015. Para: Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL Superintendência de Mediação Administrativa, Ouvidoria Setorial e Participação Pública SMA Dr. MARCOS BRAGATTO Assunto:

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado 13/11/2013 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 3 4. Conclusão... 5 5. Informações

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Resseguro: os novos resseguradores legais João Marcos Brito Martins* A Lei Complementar 126/07 dispõe sobre a política de resseguro, retrocessão e sua intermediação, as operações

Leia mais

Administração Pública. Prof. Joaquim Mario de Paula Pinto Junior

Administração Pública. Prof. Joaquim Mario de Paula Pinto Junior Administração Pública Prof. Joaquim Mario de Paula Pinto Junior 1 A seguir veremos: Novas Modalidades de Administração no Brasil; Organização da Administração Pública; Desafios da Administração Pública.

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br O Princípio da Legalidade na Administração Pública Heletícia Oliveira* 1. INTRODUÇÃO O presente artigo tem como objeto elucidar, resumidamente, a relação do Princípio da Legalidade

Leia mais

AYLA SÂMYA SOUSA SOBRINHO O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA NA SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS - SEMA

AYLA SÂMYA SOUSA SOBRINHO O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA NA SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS - SEMA AYLA SÂMYA SOUSA SOBRINHO O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA NA SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS - SEMA TERESINA 2013 AYLA SÂMYA SOUSA SOBRINHO O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA NA SECRETARIA MUNICIPAL

Leia mais

ROBSON ZANETTI & ADVOGADOS ASSOCIADOS AS HOLDINGS COMO ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS, PROTEÇÃO PATRIMONIAL E SUCESSÃO FAMILIAR

ROBSON ZANETTI & ADVOGADOS ASSOCIADOS AS HOLDINGS COMO ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS, PROTEÇÃO PATRIMONIAL E SUCESSÃO FAMILIAR AS HOLDINGS COMO ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS, PROTEÇÃO PATRIMONIAL E SUCESSÃO FAMILIAR Robson Zanetti Advogados 1 1. Origem legal da holding no Brasil Lei nº. 6.404 (Lei das S/A s). No Brasil as holdings surgiram

Leia mais

Terminais Alfandegados à Luz do Direito Administrativo

Terminais Alfandegados à Luz do Direito Administrativo Terminais Alfandegados à Luz do Direito Administrativo LEONARDO COSTA SCHÜLER Consultor Legislativo da Área VIII Administração Pública ABRIL/2013 Leonardo Costa Schüler 2 SUMÁRIO O presente trabalho aborda

Leia mais

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 45º SEMINÁRIO DE ACIARIA -ABM PRIMARIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS Cléverson Stocco Moreira PORTO ALEGRE - MAIO/2014 CONCEITO DE MANUTENÇÃO: INTRODUÇÃO Garantir a confiabilidade e a disponibilidade

Leia mais

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO DIREITO ECONÔMICO É O RAMO DO DIREITO QUE TEM POR OBJETO A JURIDICIZAÇÃO, OU SEJA, O TRATAMENTO

Leia mais

Lei nº11.107 Consórcios públicos e gestão associada de serviços públicos

Lei nº11.107 Consórcios públicos e gestão associada de serviços públicos Lei nº11.107 Consórcios públicos e gestão associada de serviços públicos Seminário de Licenciamento Ambiental de Destinação Final de Resíduos Sólidos Brasília, DF - Novembro de 2005 Coleta de resíduos

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina)

PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina) PROJETO DE LEI Nº de 2007 (Da Deputada Luiza Erundina) Cria isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas beneficiárias de ações de cunho previdenciário e assistencial. O Congresso Nacional decreta:

Leia mais

POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A.

POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A. POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A. 28.03.2013 1. OBJETIVO 1.1 A presente Política de Transações com Partes Relacionadas da BB Seguridade Participações S.A.

Leia mais

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 INDICE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 1. Objetivo...2 2. Aplicação...2 3. implementação...2 4. Referência...2 5. Conceitos...2 6. Políticas...3

Leia mais

Agências Executivas. A referida qualificação se dará mediante decreto do Poder Executivo. Agências Reguladoras

Agências Executivas. A referida qualificação se dará mediante decreto do Poder Executivo. Agências Reguladoras Agências Executivas A Lei nº 9.649/98 autorizou o Poder Executivo a qualificar, como agência executiva aquela autarquia ou fundação pública que celebre contrato de gestão com o Poder Público. A referida

Leia mais

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT]

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] 1. Os Tribunais de Contas somente podem realizar suas tarefas quando são independentes da entidade auditada e são protegidos

Leia mais

Qualificação técnica. A documentação relativa à qualificação técnica limita-se a:

Qualificação técnica. A documentação relativa à qualificação técnica limita-se a: Observe, quando da contratação de empresas para realização de obras e/ou prestação de serviços, o disposto na Lei 8.212/91, que determina a exigência da Certidão Negativa de Débito da empresa na contratação

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 2.295, DE 2015 (Do Sr. Rodrigo Garcia)

PROJETO DE LEI N.º 2.295, DE 2015 (Do Sr. Rodrigo Garcia) *C0054719A* C0054719A CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI N.º 2.295, DE 2015 (Do Sr. Rodrigo Garcia) Estabelece diretrizes gerais para política de reajustes do setor de saúde suplementar visando à proteção

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES O modelo tradicional do setor elétrico estruturado através de monopólios naturais verticalizados foi a principal forma de provisionamento de energia elétrica no mundo

Leia mais

Prof. Marcelino Fernandes DIREITO ADMINISTRATIVO

Prof. Marcelino Fernandes DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Marcelino Fernandes DIREITO ADMINISTRATIVO Twitter: @profmarcelino facebook.com/profmarcelino88 Fanpage:facebook.com/profmarcelino instagram.com/profmarcelino professormarcelino@hotmail.com AULA

Leia mais

Por que criar Ouvidorias nos Tribunais de Contas?

Por que criar Ouvidorias nos Tribunais de Contas? Por que criar Ouvidorias nos Tribunais de Contas? Autora: Edna Delmondes: Mestre em Adminstração de Empresas, pela Universidade Federal da Bahia. Auditora do Tribunal de Contas do Estado da Bahia. Para

Leia mais

A moeda possui três funções básicas: Reserva de Valor, Meio de troca e Meio de Pagamento.

A moeda possui três funções básicas: Reserva de Valor, Meio de troca e Meio de Pagamento. 29- A lógica da composição do mercado financeiro tem como fundamento: a) facilitar a transferência de riscos entre agentes. b) aumentar a poupança destinada a investimentos de longo prazo. c) mediar as

Leia mais

POLÍTICA ANTITRUSTE DAS EMPRESAS ELETROBRAS. Política Antitruste das Empresas Eletrobras

POLÍTICA ANTITRUSTE DAS EMPRESAS ELETROBRAS. Política Antitruste das Empresas Eletrobras Política Antitruste das Empresas Eletrobras Versão 1.0 19/05/2014 1 Sumário 1. Objetivo... 3 2. Conceitos... 3 3. Referências... 3 4. Princípios... 4 5. Diretrizes... 4 5.1. Corrupção, Suborno & Tráfico

Leia mais

Direito Administrativo

Direito Administrativo Olá, pessoal! Trago hoje uma pequena aula sobre a prestação de serviços públicos, abordando diversos aspectos que podem ser cobrados sobre o assunto. Espero que gostem. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS O

Leia mais

INSTRUMENTOS DE TRATAMENTO DE CONFLITOS DAS RELAÇÕES DE TRABALHO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

INSTRUMENTOS DE TRATAMENTO DE CONFLITOS DAS RELAÇÕES DE TRABALHO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF 4, 5 e 6 de junho de 2012 INSTRUMENTOS DE TRATAMENTO DE CONFLITOS DAS RELAÇÕES DE TRABALHO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL Marcela Tapajós e Silva Painel

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO I. EMPREGADOR 1. Conceito A definição celetista de empregador é a seguinte: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual

Leia mais

Empresas de Capital Fechado, ou companhias fechadas, são aquelas que não podem negociar valores mobiliários no mercado.

Empresas de Capital Fechado, ou companhias fechadas, são aquelas que não podem negociar valores mobiliários no mercado. A Ação Os títulos negociáveis em Bolsa (ou no Mercado de Balcão, que é aquele em que as operações de compra e venda são fechadas via telefone ou por meio de um sistema eletrônico de negociação, e onde

Leia mais

Francisco Paulo Pimenta Maria Tereza de Araújo Serra

Francisco Paulo Pimenta Maria Tereza de Araújo Serra TEXTO: FINANCIAMENTO (MECANISMOS E INSTRUMENTOS) Diretrizes Orçamentárias, Plano Integrado e Orçamento Público da União, Estados, Distrito Federal e Municípios: conhecer para exigir, exigir para incluir,

Leia mais

EDP Energias do Brasil

EDP Energias do Brasil EDP Energias do Brasil Contribuição à Audiência Pública ANEEL nº 63/2014: Revisão da Resolução 484, de 17 de abril de 2012, que estabelece os procedimentos a serem adotados pelas concessionárias, permissionárias

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

AFINAL, O QUE É ESSA TAL OUVIDORIA?

AFINAL, O QUE É ESSA TAL OUVIDORIA? AFINAL, O QUE É ESSA TAL OUVIDORIA? Hélio José Ferreira e Hilma Araújo dos Santos * O título provocativo dessa matéria reflete uma situação peculiar pela qual vem passando as ouvidorias no Brasil, que

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2011. Art. 2.º Para os efeitos desta lei, considera-se:

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2011. Art. 2.º Para os efeitos desta lei, considera-se: PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2011 Estabelece a forma de recolhimento e destinação final de baterias automotivas e industriais, compostas por Chumbo e Ácido Sulfúrico. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art.

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2008 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2008 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) PROJETO DE LEI Nº, DE 2008 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame) Regulamenta o inciso XVI do art. 22 da Constituição Federal que trata da organização do sistema nacional de emprego, para a adoção de políticas

Leia mais

Igor Vilas Boas de Freitas

Igor Vilas Boas de Freitas 18ª Reunião Extraordinária da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática. 26 de maio de 2010 Igor Vilas Boas de Freitas Consultor Legislativo do Senado Federal 1. Quais são os

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 03 O objetivo da Empresa e as Finanças Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO O objetivo da Empresa e as Finanças... 3 1. A relação dos objetivos da Empresa e as

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO Estudamos até o momento os casos em que há vínculo empregatício (relação bilateral, nas figuras de empregado e empregador) e, também, casos em que existe

Leia mais

UTILIZAÇÃO PARTICULAR DE BEM PÚBLICO

UTILIZAÇÃO PARTICULAR DE BEM PÚBLICO UTILIZAÇÃO PARTICULAR DE BEM PÚBLICO Autoria: Sidnei Di Bacco Advogado Particular pode utilizar, com exclusividade, loja pertencente à prefeitura municipal localizada no terminal rodoviário? Há necessidade

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009

3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009 3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009 Alexandre A. Tombini Diretor de Normas e Organização do Sistema

Leia mais

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA 1 ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA SUMÁRIO Introdução... 01 1. Diferenciação das Atividades de Linha e Assessoria... 02 2. Autoridade de Linha... 03 3. Autoridade de Assessoria... 04 4. A Atuação da

Leia mais

Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico

Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico As competências constitucionais Competência para prestação de serviços públicos locais (CF, art. 30) Compete aos Municípios:... V - organizar e

Leia mais

2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia

2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia 2 O Novo Modelo e os Leilões de Energia 2.1. Breve Histórico da Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro No início da década de 90, o setor elétrico brasileiro apresentava uma estrutura predominantemente

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 (Do Sr. Arthur Oliveira Maia) Altera a redação do art. 3º da Lei nº 8.650, de 20 de abril de 1993, para suprimir qualquer restrição ou preferência legal na contratação de treinador

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

Terceirização. A precarização das relações trabalhistas No Brasil

Terceirização. A precarização das relações trabalhistas No Brasil Terceirização A precarização das relações trabalhistas No Brasil RELAÇÃO DE EMPREGO (ARTIGO 3º DA CLT) Pessoalidade Subordinação Trabalho não eventual remuneração O QUE É TERCEIRIZAÇÃO? É uma prática administrativa

Leia mais

4. Padrão Mínimo de Qualidade dos Sistemas Integrados de Administração Financeira e Controle

4. Padrão Mínimo de Qualidade dos Sistemas Integrados de Administração Financeira e Controle 4. Padrão Mínimo de Qualidade dos Sistemas Integrados de Administração Financeira e Controle Luís Eduardo Vieira Superintendência de Gestão Técnica SGT Financeira e Controle. Introdução A transparência

Leia mais

ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 10/2009 NOME DA INSTITUIÇÃO: SKY BRASIL SERVIÇOS LTDA.

ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 10/2009 NOME DA INSTITUIÇÃO: SKY BRASIL SERVIÇOS LTDA. ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTES À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 10/2009 NOME DA INSTITUIÇÃO: SKY BRASIL SERVIÇOS LTDA. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL ATO REGULATÓRIO: (Resolução nº, de de de 2009

Leia mais

Administração Direta. Empresas Estatais

Administração Direta. Empresas Estatais Ordem Social Ordem Econômica Administração Indireta Administração Direta Autarquia Fundação Publica Direito Público Consórcio Público Direito Público Fundação Publica Direito Privado Consórcio Público

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL.

ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL. ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL. Por Osvaldo Feitosa de Lima, Advogado e mail: drfeitosalima@hotmail.com Em razão do princípio da supremacia do interesse

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO PROJETO DE LEI N o 3.687, DE 2012 Altera o inciso I do artigo 37 da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, que Dispõe sobre o Registro Público

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

Agências Reguladoras: o novo em busca de espaço

Agências Reguladoras: o novo em busca de espaço III Congresso Iberoamericano de Regulação Econômica Agências Reguladoras: o novo em busca de espaço São Paulo-SP Junho de 2008 Alvaro A. P. Mesquita Sócio Sumário I. Objetivo II. III. IV. Regulação Papel

Leia mais

ORIENTAÇÃO PARA CONSTITUIÇÃO DE COOPERATIVAS

ORIENTAÇÃO PARA CONSTITUIÇÃO DE COOPERATIVAS ORIENTAÇÃO PARA CONSTITUIÇÃO DE COOPERATIVAS 1. BREVE HISTÓRICO O cooperativismo objetiva difundir os ideais em que se baseia, para atingir o pleno desenvolvimento financeiro, econômico e social de todas

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Conceito Administração Pública é todo o aparelhamento do Estado, preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. (MEIRELLES, Hely Lopes).

Leia mais

Novos Modelos Organizacionais dos Municípios. Agência Reguladora do Serviço de Água e Esgotos (Arsae)

Novos Modelos Organizacionais dos Municípios. Agência Reguladora do Serviço de Água e Esgotos (Arsae) Novos Modelos Organizacionais dos Municípios Agência Reguladora do Serviço de Água e Esgotos (Arsae) 2 Características do modelo Autarquia em regime especial; Autonomia e independência decisória e decisão

Leia mais

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador SÉRGIO SOUZA I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador SÉRGIO SOUZA I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2013 Da COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 398, de 2012, do Senador Pedro Taques, que

Leia mais

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Unidade II ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Prof. Jean Cavaleiro Introdução Essa unidade tem como objetivo conhecer a padronização das demonstrações contábeis. Conhecer os Índices Padrões para análise;

Leia mais

AGÊNCIA DE REGULAÇÃO ECONÓMICA MODELO DE GOVERNAÇÃO

AGÊNCIA DE REGULAÇÃO ECONÓMICA MODELO DE GOVERNAÇÃO MODELO DE GOVERNAÇÃO Praia, 07 de Julho de 2009 João Renato Lima REGULAÇÃO EM CABO VERDE De acordo com Constituição da República revista em 2002, cabe ao Estado regular o mercado e a actividade económica

Leia mais

OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO.

OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO. OS FUTUROS CONTRATOS DE TRABALHO. José Alberto Couto Maciel Da Academia Nacional de Direito do Trabalho. Não me parece que com o tempo deverá perdurar na relação de emprego o atual contrato de trabalho,

Leia mais

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação.

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação. ISO 9001 A ISO 9001 é um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) standard que exige que uma dada organização satisfaça as suas próprias exigências e as dos seus clientes e reguladores. Baseia-se numa metodologia

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

Perspectivas e Desafios ao Desenvolvimento de Infra-estrutura de Transportes no Brasil

Perspectivas e Desafios ao Desenvolvimento de Infra-estrutura de Transportes no Brasil Perspectivas e Desafios ao Desenvolvimento de Infra-estrutura de Transportes no Brasil Desafios Regulatórios: Visão dos Reguladores Fernando Fialho Diretor-Geral da ANTAQ Brasília, 29 de novembro de 2006

Leia mais

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Unidade II FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Prof. Jean Cavaleiro Objetivos Ampliar a visão sobre os conceitos de Gestão Financeira; Conhecer modelos de estrutura financeira e seus resultados; Conhecer

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESARIAS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ATUAIS. Cácito Augusto Advogado

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESARIAS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ATUAIS. Cácito Augusto Advogado TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESARIAS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ATUAIS Cácito Augusto Advogado I INTRODUÇÃO Após quatro anos de vigência do Novo Código Civil brasileiro, que

Leia mais

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING Uma aplicação da Análise de Pontos de Função Dimensionando projetos de Web- Enabling Índice INTRODUÇÃO...3 FRONTEIRA DA APLICAÇÃO E TIPO DE CONTAGEM...3 ESCOPO DA

Leia mais

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... PRIMEIRA PARTE: A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... PRIMEIRA PARTE: A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO SUMÁRIO INTRODUÇÃO... PRIMEIRA PARTE: A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO Capítulo I As transformações do Estado e a organização administrativa moderna 1.1. Estado Liberal, Estado

Leia mais

LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO DE 1999. Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.

LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO DE 1999. Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO DE 1999 Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2006. (Do Sr. Luciano Zica)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2006. (Do Sr. Luciano Zica) PROJETO DE LEI Nº, DE 2006 (Do Sr. Luciano Zica) Altera a Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, que "dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 2640, DE 2007

PROJETO DE LEI Nº 2640, DE 2007 COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES PROJETO DE LEI Nº 2640, DE 2007 Dispõe sobre a comercialização de seguro facultativo complementar de viagem no âmbito dos serviços de transporte rodoviário interestadual

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais