EXECUÇÃO PENAL. 1. Natureza jurídica da LEP:

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1 1 LEI 7210/84 PONTO 1: Natureza jurídica da LEP PONTO 2: Objeto da execução penal PONTO 3: Aplicação da LEP PONTO 4: Finalidades da Pena PONTO 5: Princípios da LEP PONTO 6: Competência do juiz da execução penal PONTO 7: Espécies de pena PONTO 8: Regimes de cumprimento da pena PONTO 9: Do condenado e do internado PONTO 10: Assistência PONTO 11: Do trabalho 1. Natureza jurídica da LEP: Administrativa Primeira corrente: Entende-se que a execução penal é uma estrutura que satisfaz interesse próprio do Estado dotado de jurisdicionariedade episódica não formando uma nova relação jurídica processual. Trata-se, na verdade, de apenas um novo aspecto procedimental, incumbindo ao Estado apenas executar o direito de punir já declarado. O juiz, assim, apenas desempenha função fiscalizatória. A sua atividade seria apenas jurisdicional quando surgissem os chamados incidentes da execução penal. Mista Segunda corrente Essa corrente é adota por Mirabete. A execução penal encerra a atividade jurisdicional e administrativa, uma vez que compete ao juiz da execução penal atividades de cunho administrativo como, por exemplo, fiscalização de presídios, bem como atividades jurisdicionais, tais como decisões sobre livramento condicional, suspensão condicional da execução da pena, remissão, indulto, saídas temporárias, etc. Jurisdicional Terceira corrente Majoritária: A execução penal possui natureza jurídica jurisdicional, embora possua parcela de atividade, muito menor, administrativa. A aplicação da pena faz parte do chamado do direito penitenciário, o qual se vincula ontologicamente ao direito administrativo, embora suas regras façam parte e se encontrem nos Códigos de Processo penal e penal.

2 2 A efetivação da tutela desse direito é o próprio objeto da execução penal, que guarda da natureza jurisdicional e faz parte do direito processual. A própria exposição de motivos n 10 da LEP afirma que a sua natureza jurídica é jurisdicional. Essa é a posição que deve ser adotada em concursos públicos. Disso decorrem conseqüências importantes que são a irrestrita observância aos princípios do devido processo legal, cujos corolários são, ampla defesa e contraditório e, principalmente, da necessidade de fundamentação das decisões judiciais, conforme art. 93, IX 1, CF. 2. Objeto da execução penal: O objetivo da execução penal é efetivar os comandos da sentença penal condenatória ou da decisão criminal. 3. Aplicação da LEP: Ao preso condenado definitivamente, e também ao preso provisório. Observação: Por analogia aplica-se a LEP também ao preso provisório da justiça militar e eleitoral, quando recolhidos a estabelecimento sujeito a jurisdição ordinária. Art. 2 2 e parágrafo único da LEP. 1 Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 2 Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território Nacional, será exercida, no processo de execução, na conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal. Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária.

3 3 4. Finalidades da Pena: Prevenção: Proteção ao bem jurídico tutelado. Evitarem-se novos ataques ao bem jurídico. - Geral Se destina a toda a sociedade. - Positiva - Fazer Teoricamente, o direito penal representa um alerta, uma força, coercitiva para que as pessoas fiquem com medo. Uma vez violada a norma penal haverá uma sanção. - Negativa Não fazer - Especial Se destina a pessoa do réu especificamente. - Positiva Cabe ao Estado fazer com a pena a ressocialização do apenado, ou seja, prepará-lo para o retorno ao convívio em sociedade. - Negativa Enquanto ao réu estiver cumprindo a pena o réu não poderá cometer novas infrações. Retribuição: A pena não pode passar do limite da culpabilidade. 5. Princípios da LEP: Legalidade: Não haverá faltas sem que estejam previamente cominadas na lei. O mesmo ocorrerá com as sanções disciplinares, conforme dispõe o art da LEP. Deve ser observado ainda, o art. 3 4 da LEP, em relação ao processo de execução penal. Observação: 3 Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar. 4 Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei.

4 4 Em relação ao indulto e crime hediondo, deve-se observar que o instituto não é previsto em lei em sentido formal, mas decorre de ato administrativo, portanto regido pela oportunidade e conveniência. Assim, se o réu praticou o crime a época em que não era hediondo, mas que vem a se tornar no momento da execução penal (momento da concessão do indulto), não tem direito ao benefício. Comparativamente, na mesma situação se fosse primário e de bons antecedentes, e se trata-se da obtenção de livramento condicional, deveria cumprir apenas 1/3 da pena privativa de liberdade. Igualdade: Não basta ir a constituição da República, é preciso que se adote o art. 3, parágrafo único 5 da LEP, podendo haver distinção entre sexo e idade. Princípio da individualização da pena art. 5 6, LEP: Todos os apenados deverão ser classificados segundo as suas características pessoais. Jurisdicionalidade art. 2 7 LEP: As decisões mais importantes sobre os incidentes da execução cabem ao juiz, ao passo que as decisões secundárias, tais como horários de visitas, banho de sol, ficaram a cargo da autoridade administrativa. Se não houver concordância do preso, poderá se socorrer do poder judiciário. Devido processo legal: A autoridade judiciária deverá garantir a ampla defesa e o contraditório. Reeducativo: da LEP. O Estado deve garantir o preparo do réu para o retorno a sociedade. Artigos 10 8, 11 9 e 5 Art. 3º. Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política. 6 Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal. 7 Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território Nacional, será exercida, no processo de execução, na conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal.

5 5 Duplo grau de jurisdição: Todas as decisões proferidas pelo juiz da execução penal estão sujeitas ao agravo da LEP. Art LEP. Não tem efeito suspensivo. Direitos políticos preservados: O art. 15, III 12, da CF veda o exercício dos direitos políticos ao preso condenado enquanto durar a condenação ou até que se extinga a punibilidade. O preso provisório não sofre essa previsão. 6. Competência do juiz da execução penal: condenação. A competência do juízo da execução penal não é ditada pelo juízo do local da A) A execução da pena privativa de liberdade é do juízo das execuções criminais, ou seja, do local onde ele cumpre a pena de prisão, daquele local aonde existe a casa prisional respectiva, que pode ser diversa do local da condenação. (Aonde o preso vai, a execução vai atrás); 8 Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade. 9 Art. 11. A assistência será: I - material; II - à saúde; III -jurídica; IV - educacional; V - social; VI - religiosa. 10 Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social: I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido; III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias; IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade; VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho; VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima. 11 Art Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo. 12 Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.

6 6 B) O preso da justiça federal que esta cumprindo pena em estabelecimento estadual, será da competência da justiça estadual. (Súmula STJ); C) Se o condenado estiver em presídio federal, a competência será da VEC Federal; D) A execução da suspensão condicional da execução da pena e da pena restritiva de direitos é de competência do juiz do domicílio do condenado; E) A competência para execução da pena de multa é do juiz do local da condenação. (STJ e STF entendem que a competência é da Vara da Fazenda Pública, pois a pena de multa é divida de valor). F) Para condenados que detenham foro privilegiado por prerrogativa de função, enquanto não perderem o foro privilegiado, a competência será do próprio tribunal que processou e julgou o feito. Não confundir a competência para a execução da pena, o que se da com o transito em julgado da sentença penal condenatória, momento em que se inicia a execução da pena, com a prisão e expedição da guia de recolhimento e o início da prisão, o que pode ocorrer por meio de uma prisão cautelar decretada pelo juiz do processo de conhecimento. Súmula 716 STF: Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. Súmula 717 STF: Não impede a progressão de regime de execução da pena, fixada em sentença não transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão especial. Preso condenado em primeiro grau aguardando recurso: É possível a execução provisória da pena, antecipando-se benefícios da execução penal. Ex: Progressão de regime carcerário. 13 Súmula 192 STJ: Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos à administração estadual.

7 7 Condenado em primeiro grau aguardando solto o recurso: Não é possível a execução provisória, pois a apelação tem efeito suspensivo, respeitando-se o princípio constitucional de presunção de inocência. Observação: É imprescindível que, no caso da possibilidade de execução provisória, o juiz do processo de conhecimento expeça guia de recolhimento provisório, sob pena de ilegalidade. 7. Espécies de pena: Privativas de liberdade - Reclusão Crime. - Detenção Crime. - Prisão Simples Contravenção. - Diferenças entre Reclusão e Detenção: - Art , caput, CP Na fixação do regime inicial de cumprimento da pena: jamais começa no regime fechado. - Art , caput, CP: em caso de concurso material entre crimes punidos com reclusão e detenção, executa-se primeiro aquela. Na possibilidade de perda do poder familiar quando o crime tiver sido cometido contra, filho, tutelado, ou curatelado, desde que punido com reclusão. Art. 92, II 16, CP. 14 Art A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. 15 Art Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. 16 Art São também efeitos da condenação:(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;

8 8 Na possibilidade de cumprimento da medida de segurança em regime de tratamento ambulatorial quando o crime for punido com detenção. Art , CP. - Prisão simples Contravenções. Restritivas de direitos: Requisitos art CP: - Crimes dolosos: Não pode haver violência ou grave ameaça contra a pessoa. Pena de até 4 anos. - Crime culposo céu é o limite. - Reincidência art. 44, II, CP: Art. 44, 3 19, CP Se não for reincidente específico poderá obter PRD. - Formas de substituição art. 44, 2 20, CP: Pena de até 01 ano 1 multa ou 1 PRD Pena > 1 ano 1 multa + 1 PRD ou 2 PRDs. - Art. 44, 4 21, CP revogação e do saldo de pena a cumprir 30 dias. 17 Art Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. 18 Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; II o réu não for reincidente em crime doloso; III a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. 19 Art. 44, 3 o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. 20 Art. 44, 2 o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.

9 9 - Art. 44, 5 22, CP compatibilidade entre uma nova condenação a pena privativa de liberdade e uma PRD que está sendo cumprida, desde que ambas sejam compatíveis. Prestação de Serviços a Comunidade art CP: Somente se aplica para condenação superiores a 6 meses. A proporção é de uma hora para cada dia de condenação. Art. 46, 4 24, CP. Interdição Temporária de Direitos art CP: Não confundir o art. 47, I do CP, que trata da suspensão de cargo público, mandato eletivo ou função pública, com o art. 92, I 26, CP que trata da perda da função pública, mandato eletivo ou cargo público, efeito extrapenal não automático da sentença penal condenatória. O art. 47, I, CP, por representar ao servidor público verdadeira exoneração, acaba não sendo aplicado na prática. Das duas uma, ou o réu tem determinada a perda do cargo, conforme art. 92, I, CP, ou deve ser aplicada outra restritiva de direitos. Limitação de Final de Semana (LFS) art CP. 21 Art. 44, 4 o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. 22 Art. 44, 5 o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. 23 Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade. 24 Art. 46, 4 o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. 25 Art As penas de interdição temporária de direitos são: I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo; II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público; III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. IV proibição de freqüentar determinados lugares 26 Art São também efeitos da condenação: I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública; b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.

10 10 Prestação Pecuniária art. 45, 1 e 2 28, CP: É calcula de acordo com o prejuízo sofrido pela vítima, o grau de reprovabilidade da conduta praticada pelo réu, e, pela situação econômica do condenado. O seu limite varia de um a 360 salários mínimos e, caso não seja paga, a pena restritiva de direitos será convertida em PPL. Ela não possui o mesmo tratamento da multa reparatória prevista no art. 297 do Código de Trânsito, nesse caso calcula-se de acordo com a pena de multa e, caso não cumprida, será, no máximo, executada. Além disso, em ambos os casos, o montante pago será descontado de eventual ação civil de reparação do dano. Perda de Bens e Valores art. 45, 3 29, CP: Essa pena restritiva de direitos se aplica aos bens lícitos do condenado, uma vez que os bens ilícitos serão automaticamente declarados perdidos, conforme art do CP. A forma de calcular o valor é o que for maior: Ou o prejuízo ou o lucro. Observações: As penas restritivas de direitos terão início assim que o condenado se apresentar ao juízo da execução para iniciar o cumprimento, conforme art da LEP. 27 Art A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. 28 Art. 45, 1 o A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. Art. 45, 2 o No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza. 29 Art. 45, 3 o A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto o que for maior o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em conseqüência da prática do crime. 30 Art São efeitos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito; b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso. 31 Art Transitada em julgado a sentença que aplicou a pena restritiva de direitos, o Juiz da execução, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, promoverá a execução, podendo, para tanto, requisitar, quando necessário, a colaboração de entidades públicas ou solicitá-la a particulares.

11 11 O momento propício para a concessão da PRD é na sentença penal condenatória. Poderá haver, no entanto, na execução da pena, a chamada conversão imprópria, ou seja, a concessão de PRD em momento posterior, conforme art da LEP, desde que, preenchidos os seguintes requisitos: - cumprimento da pena em regime aberto, ter o réu cumprido ¼ da pena e que o art do CP seja recomendável. Quanto ao requisito objetivo a pena não pode ser maior de 2 anos. Pena pecuniária Multa. 8. Regimes de cumprimento da pena: Exceções: - Lei 8.072/90; 9.034/95 e 9.455/97: Fixação do regime inicial de cumprimento da pena O que se leva em conta? Art. 33 CP: - Quantidade da pena. - Qualidade da pena. - Reincidência. - art. 59 CP. Reclusão não-reincidente: - Até 4 anos Regime Aberto. - Maior de 4 e até 8 anos Semi-aberto. 32 Art A pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser convertida em restritiva de direitos, desde que: I - o condenado a esteja cumprindo em regime aberto; II - tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um quarto) da pena; III - os antecedentes e a personalidade do condenado indiquem ser a conversão recomendável. 33 Art O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.

12 12 - Maior de 8 anos - Fechado. Reclusão reincidente: - Até 4 anos Semi-aberto. - Maior de 4 e até 8 anos Fechado. - Maior de 8 anos - Fechado. Súmula 269 STJ: A reincidência por si só não implica na fixação do regime inicialmente fechado, mas na fixação do regime imediatamente mais gravoso do que a quantidade de pena iria permitir. Detenção não reincidente: - Até 4 anos Aberto. - Maior de 4 e até 8 anos Semi-aberto. - Maior de 8 anos - Semi-aberto. Detenção reincidente: - Até 4 anos Semi-aberto. - Maior de 4 e até 8 anos Semi-aberto. - Maior de 8 anos - Semi-aberto. 9. Do condenado e do internado: Art Comissão técnica de Classificação: A CTC é responsável para pessoalizar/individualizar a execução da pena de modo a orientar a execução da pena. A ausência da realização desse exame quando do ingresso do apenado no sistema não impede seja ele feito para a progressão de regime carcerário. A partir da reforma operada pela lei /03 excluiu-se de suas atribuições a de acompanhar a pena restritiva de direitos e a progressão, regressão de regime e conversão da pena. 34 Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal.

13 13 Isso não significa que nos casos de crimes graves praticados por violência ou grave ameaça contra pessoa, não possa ser ele exigido, a fim de que se possa aferir sobre o elemento subjetivo do apenado. A função desse exame é a de trazer meios para que se possa classificar adequadamente a personalidade do réu. Art Exame criminológico: Será efetuado obrigatoriamente para a individualização do cumprimento da pena privativa de liberdade nos condenados que ingressam no regime fechado e, facultativamente, naqueles que ingressam no regime semi-aberto. Pelo princípio de presunção de inocência não é realizado nos presos provisórios. Em 2003 ambos os exames foram abolidos para a obtenção dos benefícios de progressão de regime, livramento condicional, indulto, etc. como houve um temerário e precoce de presos do sistema, os tribunais superiores, especialmente o STJ, passou a entender que a realização dos exames era uma faculdade do juiz, a ser exigida em casos mais graves, pelo menos. Tudo isso para que se possa aferir o requisito subjetivo para a obtenção dos benefícios previstos na LEP. Súmula 439 STJ: Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada. Ao juiz, principalmente a requerimento do MP é facultada a determinação da realização da perícia, sem que haja qualquer constrangimento ilegal, sendo meio de prova legítimo a servir de convencimento ao juiz. 10. Assistência: Art. 10 e seguintes da LEP. 11. Do trabalho: Interno art : É obrigado a trabalhar. 35 Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução. 36 Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade.

14 14 - Requisitos do trabalho interno: Não há disposição expressa na LEP sobre quem autoriza o trabalho interno. Em assim sendo, se entende que, quem o autoriza é o Diretor do estabelecimento prisional. A jornada de trabalho de 6 a 8 horas diária conforme art. 33, caput LEP, com descansos aos domingos e feriados. Externo: É admissível aos presos em regime fechado somente em obras públicas ou realizadas por órgãos da administração direta e indireta ou em entidades privadas, desde que, tomadas as cautelas contra fuga em favor da disciplina. O número é limitado em 10% ao total da obra. O trabalho externo depende do consentimento do preso. - Requisitos para concessão do trabalho externo art LEP: - aptidão, disciplina e responsabilidade. - cumprimento de 1/6 da pena no respectivo regime, fechado ou semi-aberto, já que no regime aberto o trabalho é um requisito para tanto, conforme art LEP Súmula STJ. Para a obtenção dos benefícios de trabalho externo ou saída temporária, conta-se o tempo cumprido de pena no regime fechado. Quem concede o trabalho externo é o juiz da execução penal. 37 Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena. 38 Art Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que: I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente; II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime. 39 Súmula 40 STJ: Para obtenção dos benefícios de saída temporária e trabalho externo, considera-se o tempo de cumprimento da pena no regime fechado.

15 15 O trabalho do preso será remunerado, havendo discussão a respeito do trabalho gratuito é ou não contado para fins de remissão da pena. Alguém que preste serviço, mas que não seja remunerado fará jus a remição da pena. Vai ser revogado quando - art. 37, parágrafo único 40, LEP: - praticar fato crime doloso; - for punido com falta grave; - tiver comportamento contrário ao previsto em lei. 40 Art. 37. Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo.

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