FACULDADE CEARENSE FAC CURSO DE DIREITO

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1 FACULDADE CEARENSE FAC CURSO DE DIREITO VANQUES ANTÔNIO GOMES DE MELO NULIDADE POR AUSÊNCIA DO EXAME DE CORPO DE DELITO NOS CRIMES NÃO TRANSEUNTES FORTALEZA 2013

2 VANQUES ANTÔNIO GOMES DE MELO NULIDADE POR AUSÊNCIA DO EXAME DE CORPO DE DELITO NOS CRIMES NÃO TRANSEUNTES Monografia apresentada ao Curso de Direito das Faculdades Cearenses - FAC, como requisito parcial para obtenção de grau de bacharel em Direito, sob orientação da Profª. Teresa Cristina Pinto Moreira./ FORTALEZA 2013

3 M528n Melo, Vanques Antônio Gomes de Nulidade por ausência do exame de corpo de delito nos crimes não transeuntes / Vanques Antônio Gomes de Melo. Fortaleza f. Orientador: Profª. Teresa Cristina Pinto Moreira. Trabalho de Conclusão de curso (graduação) Faculdade Cearense, Curso de Direito, Nulidade. 2. Exame de corpo de delito. 3. Infrações - vestígios. I. Título CDU 343 Bibliotecário Marksuel Mariz de Lima CRB-3/1274

4 VANQUES ANTÔNIO GOMES DE MELO NULIDADE POR AUSÊNCIA DO EXAME DE CORPO DE DELITO NOS CRIMES NÃO TRANSEUNTES Monografia apresentada ao Curso de Direito da Faculdade Cearense - FAC, como requisito parcial para obtenção de grau de bacharel em Direito, sob orientação da Profª. Teresa Cristina Pinto Moreira./// Fortaleza (CE) de fevereiro de 2014 Teresa Cristina Pinto Moreira// Profª. Orientadora da Faculdade Cearense Ms. José Hugo de Alencar Linard Filho Prof. Examinador da Faculdade Cearense Ms. Prof. José Péricles Chaves Prof. Examinador da Faculdade Cearense José Júlio da Ponte Neto Coordenador do Curso de Direito

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6 De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto. RUI BARBOSA

7 Ao Deus todo poderoso, que direciona os meus passos; Aos meus pais, Antônio e Marinete, que me conceberam; Ao meu avô Din, fonte de onde colhi algumas sementes de honestidade, ética e moral; À minha sábia e ajudadora amada esposa Márcia; Aos meus queridos e amados filhos Vanderson, Vladerson, Vandebergue, Wanques Emanoel e Samuel, bênçãos recebidas de Deus; e Ao meu irmão e amigo Zé.

8 AGRADECIMENTO trabalho. A profª Tereza Cristina e o Prof. Hugo, pela dedicação em todas as etapas deste À minha família, pela confiança e motivação. Aos professores e colegas de Curso de Direito da FAC, pois juntos trilhamos uma etapa importante de nossas vidas. A todos que, de algum modo, colaboraram para a realização e finalização deste trabalho.

9 RESUMO O objetivo deste trabalho é analisar as hipóteses de ocorrência de nulidade por ausência do exame de corpo de delitos nos crimes não transeuntes conforme as disposições do ordenamento jurídico brasileiro. O Código de Processo Penal brasileiro determina que nas infrações que deixam vestígio, ou seja, crimes não transeuntes, será indispensável a realização do exame de corpo de delito (art. 158), podendo ocorrer nulidade (Art. 564, III, b ) caso referido exame não seja realizado ou nas hipóteses de haverem desaparecido os vestígios, e a prova testemunhal não for capaz de supri-lo (art. 167). Palavras-chave: Nulidade. Exame de corpo de delito. Infrações que deixam vestígios.

10 ABSTRACT The objective of this work is to analyze the chances of occurrence of invalidity for lack of examining body offenses in non passers crimes under the provisions of Brazilian law. The Brazilian Code of Criminal Procedure provides that the offenses that leave traces, ie no passers crimes, will be essential to the examination of corpus delicti (art. 158), invalidity may occur (Art. 564, III, "b" ) if examination is not performed or the assumptions they had traces gone, and witnesses are not able to supply him (art. 167).

11 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 - NULIDADE CONSIDERAÇÕES GERAIS CONCEITO DE NULIDADE SISTEMAS DE LEGALIDADE DAS NULIDADES PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ÀS NULIDADES Princípio do Prejuízo ou pas de nullité sans grief Princípio da Instrumentalidade das Formas Princípio da convalidação Princípio do livre convencimento motivado do juiz ou da persuasão racional Princípio da causalidade ou da sequencialidade Princípio da conservação Princípio do interesse Princípio da reformatio in pejus EXTENSÃO DAS NULIDADES ESPÉCIES DE NULIDADES Nulidade absoluta Nulidade relativa Características das nulidades relativas a) Necessidade de demonstração do prejuízo b) Momento de arguição Diferenças entre nulidade absoluta de nulidade relativa NULIDADES SANÁVEIS... 29

12 1.8 ATOS DEFEITUOSOS CONVALIDAÇÃO DAS NULIDADES DECLARAÇÃO DE NULIDADES PELO JUIZ NULIDADES EM FACE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE O INQUÉRITO POLICIAL NULIDADES EM ESPÉCIEIS CAPÍTULO 2 - EXAME DE CORPO DE DELITO 2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS CONCEITO DO EXAME DE CORPO DE DELITO OBJETIVO DO EXAME DE CORPO DE DELITO A FORMAÇÃO DO CORPO DE DELITO PREVISÃO LEGAL NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO NECESSIDADE DE PERITO OFICIAL MOMENTO PARA A REALIZAÇÃO DO EXAME DE CORPO DE DELITO AS PROVAS INADMISSÍVEIS NO EXAME DE CORPO DE DELITO CAPÍTULO 3 - NULIDADE POR AUSÊNCIA DO EXAME DE CORPO DE DELITO NOS CRIMES QUE DEIXAM VESTÍGIOS 3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS CONCEITO DE VESTÍGIO CRIMES QUE DEIXAM VESTÍGIOS Crimes materiais e formais Crime de homicídio Crimes contra a propriedade imaterial Crimes de falsidade documental... 49

13 Crimes de lesão corporal Crimes contra a liberdade sexual Crimes de violência doméstica Lei Maria da Penha Crimes de Trânsito A OBRIGATORIEDADE DO EXAME DE CORPO DE DELITO DA NULIDADE POR FALTA DE FÓRMULAS AUSÊNCIA DO EXAME DE CORPO DE DELITO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 63

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15 15 INTRODUÇÃO O homem, na sua incansável busca pela sobrevivência, quando diante de uma adversidade, usa de todos os meios necessários e disponíveis para sagrar-se vencedor. Algumas vezes, para contra-atacar; outras, para defender-se. Na sua ação, ou mesmo omissão, os meios utilizados muitas vezes ultrapassam aos limites permitidos, ocasionando um resultado danoso ao seu oponente, à sociedade e, como sujeito constante, ao próprio Estado. Quando tal resultado é contrário ao direito, ou seja, ilícito, por exemplo, morte, aborto, lesão corporal etc., surge para o Estado o jus puniendi. Ocorre que, mesmo sendo o Estado um ente soberano, a prerrogativa de punir que lhe é conferida alcança certas limitações que esbarram na ideia de Estado Democrático de Direito. Logo, para exercer o seu direito de castigar, o Estado deve dispor de elementos suficientes que demonstrem de forma contundente a materialidade do delito praticado pelo agente. É aí que surge o instituto das provas, que devem seguir obrigatoriamente o procedimento determinado pelo ordenamento jurídico. Como em regra, o resultado ocasionado pelo infrator deixa vestígio, há a necessidade de se fazer uma análise mais minuciosa do fato delituoso. Nessa hipótese, o ordenamento jurídico brasileiro prevê a obrigatoriedade de se fazer o exame de corpo de delito (art. 158 do CPP), quando não for possível por meio de outra prova ser demonstrada a materialidade do fato (art. 167 do CPP). Logo, se não for feita a perícia, ou essa seja feita de forma que infrinja alguma norma legal para sua realização, estaremos diante de uma possível nulidade. A justificativa para este trabalho é que pretendemos com este estudo levantar questionamentos sobre o tema. Em relação aos aspectos metodológicos, esta proposta de pesquisa monográfica tem por objetivo geral analisar o atual posicionamento da legislação, da doutrina e da jurisprudência. Quanto aos objetivos específicos, busca-se analisar e compreender algumas situações mais importantes possíveis de nulidades. Nesta proposta de trabalho monográfico, adotaremos o método científico, o que implica a procura das possíveis causas de um acontecimento e a busca da compreensão ou explicação da realidade, apresentando os fatores que determinam a existência de um evento.

16 16 Em relação aos aspectos metodológicos, as hipóteses foram realizadas mediante uma análise descritivo-analítica, desenvolvida com base na pesquisa bibliográfica, por meio de livros, publicações especializadas, artigos e dados publicados na Internet. Quanto à utilização dos resultados será pura, pois terá como único fim a ampliação dos conhecimentos; já quanto à abordagem será qualitativa, à medida que se aprofundará na compreensão dos assuntos, nas relações, condições e frequências de determinadas situações jurídicas. Por fim, quanto aos objetivos será descritiva, pois buscará descrever, explicar, esclarecer e interpretar o fenômeno observado; e exploratória, pois objetiva aprimorar as ideias por meio de informações sobre o tema em foco. No primeiro capítulo, apresenta-se um contexto geral sobre o instituto das Nulidades, exposto por meio de conceitos doutrinários, que são imprescindíveis para o conhecimento do tema. Inicia-se com a explanação acerca do objetivo das nulidades, apresentando-se, em seguida, o conceito, o sistema de legalidade, os princípios aplicáveis, as espécies, as nulidade que podem ser sanadas, as nulidades em face da Constituição Federal e, por fim, apontam-se as nulidades em espécies previstas no Código de Processo Penal brasileiro. No segundo capítulo, analisa-se a questão do exame de corpo de delito, buscando-se, primeiramente, apresentar a importância da realização do exame e, em seguida, a definição do instituto, sua formação, espécies, previsão legal, necessidade da perícia, momento da realização do exame e as provas admissíveis, destacando-se, para isso, os principais fundamentos que alguns doutrinadores levantam para consolidar o assunto. No terceiro capítulo, buscou-se analisar as hipóteses de nulidade por ausência do exame de corpo de delito nos crimes não transeuntes, mencionando o conceito de vestígio, bem como quais crimes deixam vestígios, a obrigatoriedade da realização e a repercussão da ausência do exame de corpo de delito, dando ênfase, sobretudo ao atual posicionamento adotado pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça. O ponto principal deste trabalho é, portanto, analisar as hipóteses de ocorrência de nulidade por ausência do exame de corpo de delitos nos delitos que deixam vestígios.

17 17 CAPÍTULO 1 1 NULIDADES NO PROCESSO PENAL 1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS Inicialmente, antes de adentrar ao assunto do nosso tema, é importante fazermos algumas considerações sobre o instituto das nulidades previstas no ordenamento Processual Penal brasileiro, por se tratar de entendimento necessário à compreensão do assunto a ser abordado neste trabalho. O Direito Processual Penal em seu caráter objetivo tem como finalidade a busca pela verdade real, e tal meta se alcança por intermédio das provas que se produzem e se valoram em conformidade com as normas prescritas em lei, e cuja finalidade é formar a convicção do Juiz sobre os elementos necessários à solução da causa, sem muito formalismo, mas observando as exigências legais. Ocorre, porém, que se tais exigências não forem observadas no momento da realização de determinado ato processual, estaremos diante de uma possível nulidade processual. O Instituto das nulidades está previsto nos Arts. 563 a 573 do Código de Processo Penal e tem amparo no princípio constitucional do devido processo legal (Art. 5º, LIV, da Constituição Federal). 1.2 CONCEITO DE NULIDADE Feitoza Pacheco (2005, p.265) conceitua nulidade como o defeito do ato processual ou do processo, que pode ter como sanção a ineficácia. Portanto, nulidade é característica, qualidade, do ato processual ou do processo, enquanto a ineficácia é a sanção aplicada pela inobservância da forma prescrita em lei.

18 18 Segundo Frederico Marques (2005, p.265), A nulidade é uma sanção que, no processo penal, atinge a instância ou o ato processual que não estejam de acordo com as condições de validade impostas pelo Direito objetivo. Conforme se depreende dos conceitos apresentados, podemos definir nulidade como uma sanção imposta em decorrência da inobservância de um vício do ato processual que foge aos ditames legais, podendo ocasionar a invalidade do ato ou mesmo a nulidade de todo o processo. Observa Nassif (///online) que o legislador adota a expressão sanção como a medida tomada para eliminar o vício do contexto processual, expungindo ou renovando o ato viciado. 1.3 SISTEMAS DE LEGALIDADE DAS NULIDADES Nestor Távora e Rosmar Alencar (2010, p.942) apresentam uma classificação históricoevolutiva dos sistemas de nulidades em três critérios, quais sejam: 1) Sistema Privatista: as partes devem reclamar a invalidade do ato, que só será declarado nulo se resultar prejuízo. 2) Sistema Legalista ou Formalista: o juiz fica subordinado à lei, tendo em vista que essa traça os elementos essenciais a serem observados; 3) Sistema Judicial ou Instrumental: tal sistema permite que o juiz valore a essencialidade do requisito não observado do ato processual. Borges (2003, online), citando Nestor Távora e Rosmar Alencar (Apud), expõe que o Brasil adotou um sistema eclético que contempla tanto o sistema legal e judicial quanto o sistema instrumental. Tal argumento se justifica porque o Art. 564 do Código de Processo Penal traz um rol exemplificativo de hipóteses que podem acarretar nulidades. Lima (2013, p.1579) entende que no estudo da teoria das nulidades, o que deve ser evitado é o excessivo formalismo, exigindo-se dos sujeitos do processo a observância de formas inúteis que nada contribuem para a solução da demanda, nem tampouco para a existência de um processo penal justo, sob pena de desvirtuamento da própria finalidade do processo, que é a de servir como instrumento para a aplicação do direito penal objetivo.

19 19 Afirma Paulo Rangel (2009, p.785) que o sistema adotado foi o da instrumentalidade das formas com resquícios do sistema legalista. Para Mirabete (2010, p.615) o Código de Processo Penal ficou em um meio-termo entre os sistemas formalista (legalista) e da instrumentalidade das normas, procurando ser restritivo em matéria de nulidades ao afastar um formalismo excessivo. Portanto, em matéria de nulidades, conforme BADARÓ (2008, p.177), busca-se evitar o formalismo excessivo já que o legislador processual adotou o princípio da legalidade dos atos processuais. 1.4 PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ÀS NULIDADES Assim como todo e qualquer instituto jurídico, as nulidades também são regidas por princípios que explicam suas regras e seu funcionamento. Logo, não se pode falar em nulidades sem analisar seus princípios. Dentre os princípios processuais penais relativos às nulidades destacam-se os seguintes: Princípio do prejuízo ou pas de nullité sans grief Este princípio é um dos primeiros que devem ser observados, pois se o ato não causa prejuízo, não há que se falar em nulidade. É o que reza o Art. 563 do Código de Processo Penal, In verbis: Art. 563 Nenhum ato processual será declarado nulo, se da nulidade não tiver resultado prejuízo para uma das partes. O CPP determina que o ato irregular inofensivo que não influiu para apuração dos fatos ou da decisão da causa, isto é, não afetou o convencimento do juiz, não deve ser declarado nulo. É o que reza o Art. 566, se não vejamos: Art Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.

20 20 A aplicação de tal princípio está previsto também na Súmula 523 do STF: "No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu". Esse princípio aplica-se à nulidade relativa, devendo ser demonstrado o prejuízo Princípio da instrumentalidade das formas Não se declara a nulidade se o ato, embora eivado de defeito acidental, se não houver interferido na apuração da verdade substancial, atingido os fins a que foi proposto, devendo, assim ser sanada a nulidade. É o que prevê os Arts. 566 e 572, II do CPP. Art Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa. Art As nulidades previstas no Art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas: (...) II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim... Deste modo, tem-se que, se o ato tiver atingido o seu fim, mesmo que praticado de outra forma, as nulidades previstas no Art. 564, II, d e e (2ª parte), g e h, e IV são consideradas sanadas. Vejamos os dispositivos citados: Art A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: II - por ilegitimidade de parte; d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública; e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa; g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia;

21 21 h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei; IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato Princípio da convalidação O princípio da convalidação dos atos processuais está elencado em vários dispositivos do CPP (p. ex. Arts. 568, 569, 570, 571) e tem como finalidade sanear o vício constante no ato (Art. 572 do CPP). Está ligado aos princípios da economia processual, da razoável duração do processo e da conservação dos atos processuais (Távora, 2010, p.959) O Art. 571 do diploma processual estabelece o momento em que as nulidades relativas devam ser alegadas, sob pena de convalidação do ato viciado, conforme veremos mais adiante. Entretanto, tratando-se de denúncia ou queixa, o Art. 569 dispõe que "as omissões da denúncia ou da queixa poderão ser supridas a todo tempo, antes da sentença final" Princípio do livre convencimento motivado do juiz ou da persuasão racional Ao juiz é livre formar sua convicção pessoal, desde que de forma motivada (Art. 93, IX da CF), podendo fundamentar suas decisões com base nas provas existentes nos autos, sem se sobrepor ao formalismo excessivo da norma. Aponta Portanova (1999, p. 245) que... o juiz é livre para basear seu convencimento tanto naquilo que as partes fazem (ativamente) no processo, como no que elas deixam de fazer. Destaca-se que o juiz, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, tem a faculdade para apreciar livremente a prova, ainda que não alegados pelas partes, entretanto deverá indicar na sentença os motivos que lhe formaram o convencimento (Art. 130 do CPC). Vejamos a redação do Art. 130 do CPP: Art Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.

22 Princípio da causalidade ou da sequencialidade entre eles. Qualquer ato processual tem como finalidade uma sentença. Assim, há uma conexão Se outros atos foram gerados em razão de um ato viciado, aqueles também estarão contaminados pelo vício deste. Logo, ocorrendo nulidade de um, os demais que dele dependam também serão nulos. É, portanto, dever do juiz declarar expressamente quais são os atos contaminados. É o que prevê o Art. 573 do CPP: Art Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores, serão renovados ou retificados. 1º A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência. 2º O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende. Portanto, pelo princípio da causalidade, a nulidade de um ato ocasionará a nulidade de todos os demais que dele forem decorrentes ou consequentes Princípio da conservação Quando a nulidade é aplicada, ela deve alcançar somente o ato viciado, devendo permanecer os atos que forem íntegros, conforme prevê o Art. 573, 1º. Art (...) 1º A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência. Alguns doutrinadores entendem que o princípio da conservação é um corolário do princípio da causalidade. Assim, mesmo que reconhecida a nulidade de determinado ato

23 23 irregularmente praticado, os demais atos que guardam relação de dependência ou continuação deveram ser aproveitados, como é o caso dos atos praticados por juiz incompetente (art ) Princípio do interesse Tal princípio está previsto no Art do CPP. Segundo dispõe o referido artigo, somente pode arguir nulidade à parte prejudicada. A parte que deu causa não poderá alegá-la, pois assim estaria agindo de má-fé. Este princípio só aplica às nulidades relativas; pois, como já sabemos, sendo a nulidade absoluta, o juiz pode declará-la de ofício Princípio da reformatio in pejus A reformatio in pejus consiste no agravamento da situação jurídica do réu em face de recurso que interpôs. O Art do CPP veda a agravação da pena quando apenas o réu apelar da sentença condenatória. Art O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da sentença. Em se tratando de sentença penal condenatória anulada em decorrência de recurso exclusivo da defesa, está vedado aplicar pena mais grave (reformatio in pejus indireta) que a da decisão anulada, devendo o processo ser declarado nulo caso seja aplicada penal mais gravosa. 1 Art A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente. 2 Art Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse. 3 Art O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da sentença.

24 24 A título de esclarecimento, ressalta-se que, em caso do tribunal agravar a situação da defesa quando só esta recorreu da decisão, deve-se recorrer dessa decisão por meio do Recurso Ordinário, quando tal decisão fere lei federal. 1.5 EXTENSÃO DAS NULIDADES Tovo (2008, p.13) esclarece que a nulidade pode ser do processo, do procedimento, de ato processual ou de parte deste. No primeiro caso, o vício atinge toda a atividade processual desde o início, como no caso de suspeição ou suborno do juiz ou nas hipóteses do inciso III, do Art. 564 do CPP, In verbis: Art A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: (...) III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante; b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos; d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública; e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa; f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri; g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia; h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei; i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri; j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade;

25 25 k) os quesitos e as respectivas respostas; l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento; m) a sentença; n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso; p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quórum legal para o julgamento; IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato. Já no caso de nulidade do procedimento, tal ocorre quando o vício atinge apenas a parte da atividade processual. Quanto à nulidade de ato ou de parte deste, ocorre a nulidade quando o vício não contamina os demais atos TIPOS DE NULIDADES As nulidades são divididas pela doutrina em absolutas e relativas Nulidade absoluta Neste tipo de nulidade temos um dano evidente, cujo vício atinge o próprio interesse público, não havendo, portanto, necessidade de demonstração do prejuízo, devendo ser declarada de ofício pelo juiz. Por se tratar de nulidade absoluta, o ato não poderá ser sanado, não sendo possível sua convalidação, devendo ser renovado por inteiro. Tais nulidades estão previstas no Art. 564, I, II e III, a, b, c, 'e' (1ª parte), e f, as quais são as seguintes: Art A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:

26 26 I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; II - por ilegitimidade de parte; III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante; b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos; (...) e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa; f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri; Nulidade relativa Trata-se da espécie de nulidade que confronta com o texto de norma infraconstitucional, devendo as partes demonstrar o prejuízo (Art. 563). Por não ser reconhecida de ofício, admite convalescimento. Tais hipóteses estão previstas nos Arts. 572 e 568, 569 e 570 do CPP, In verbis: Art A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, mediante ratificação dos atos processuais. Art As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, antes da sentença final. Art A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argui-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar direito da parte. Art As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas: I - se não forem arguidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;

27 27 II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim; III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos. Nos termos do Art. 565 do CPP, temos os seguintes tipos de nulidades relativas: a) a falta de intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nas ações intentadas pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública (Art. 564, III, d); b) a não concessão dos prazos legais à acusação ou à defesa, para manifestação ou produção de algum ato (Art. 564, III, alínea e, 2ª parte); c) a falta de intimação do réu para a sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia (Art. 564, III, g). d) a ausência de intimação das testemunhas arroladas na fase do Art. 422 (Art. 564, III, h). e) a omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato (Art. 564, IV) Características das nulidades relativas As nulidades relativas apresentam duas características fundamentais: a) Necessidade de demonstração do prejuízo Diferentemente da nulidade absoluta em que o prejuízo é presumido, para que seja reconhecida a nulidade relativa o prejuízo exige sua demonstração. O Art. 563 do Códex Processual determina que nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa. Logo, se o ato não causa prejuízo, este será plenamente válido. Todavia, havendo prejuízo, a parte deve demonstrá-lo. b) Momento de arguição A nulidade relativa deve ser arguida no momento oportuno, sob pena de preclusão.

28 28 Nos termos do art. 571 do CPP, as nulidades devem ser arguidas nos seguintes momentos: Art I - as da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a que se refere o art. 406; II - as da instrução criminal dos processos de competência do juiz singular e dos processos especiais, salvo os dos Capítulos V e Vll do Título II do Livro II, nos prazos a que se refere o art. 500; III - as do processo sumário, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se verificadas depois desse prazo, logo depois de aberta a audiência e apregoadas as partes; IV - as do processo regulado no Capítulo VII do Título II do Livro II, logo depois de aberta a audiência; V - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes (art. 447); VI - as de instrução criminal dos processos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Apelação, nos prazos a que se refere o art. 500; VII - se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso ou logo depois de anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as partes; VIII - as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo depois de ocorrerem Diferenças entre nulidade absoluta de nulidade relativa Paulo Rangel (2009, p. 794), ao apresentar a diferencia nulidade absoluta de nulidade relativa, expõe: a) Nulidade absoluta. Pode ser decretada de ofício, independente de manifestação das partes. Não convalesce. Para a doutrina majoritária, não necessita demonstrar prejuízo (discordamos). Não se aplicam a ela os princípios do interesse e do prejuízo. Pode ser invocada em qualquer tempo e grau de jurisdição. Se houver sentença condenatória, não é acobertada pela coisa julgada, pois pode ser objeto de revisão criminal ou de habeas corpus. Entretanto, se houver sentença absolutória e não for alegada em grau de recurso, ficará acobertada pela coisa julgada, pois não há revisão pro societate. b) Nulidade relativa. A parte a quem interessa a nulidade pode abrir mão da formalidade estabelecida em lei. Somente se decreta a nulidade se houver prejuízo. Não arguida no

29 29 momento oportuno, haverá a preclusão, portanto, há prazo para ser declarada. Se houver sentença (condenatória ou absolutória) e a nulidade não houver sido alegada pela parte interessada, ficará acobertada pela coisa julgada. Há convalescimento (art. 572). O princípio do interesse somente se aplica à nulidade relativa. De maneira sintética, pode-se dizer que na nulidade absoluta há violação do interesse público; que o prejuízo é presumido por lei; que pode ser reconhecida a qualquer tempo, inclusive de ofício e não se convalida. Já na nulidade relativa há violação de interesse das partes, exigindo-se a demonstração do prejuízo; se não alegada no momento oportuno, é convalidada automaticamente e somente pode ser reconhecida mediante provocação das partes. 1.7 NULIDADES SANÁVEIS E NÃO SANÁVEIS Nulidades não sanáveis são as previstas no Art. 564, I, II e III, a, b, c, e (1ª parte), f, i, j, k, l, m, n, o e p. Nesse tipo de nulidade não há preclusão e podem ser arguidas a qualquer tempo, mesmo havendo sentença transitada em julgado, obedecidas as regras dos Art. 565 a 569, que tratam de casos especiais. Vejamos os dispositivos citados: Art Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa. Art A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; II - por ilegitimidade de parte; III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante; b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos;

30 30 e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa; f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri; i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri; j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade; k) os quesitos e as respectivas respostas; l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento; m) a sentença; n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso; p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quórum legal para o julgamento; Art Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse. Art Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa. Art A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente. Art A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, mediante ratificação dos atos processuais. Art As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, antes da sentença final. Já o art. 572 do CPP apresenta as espécies de nulidades que podem ser sanadas, ou seja, serão consideradas relativas. Vejamos então: Art As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas:

31 31 I - se não forem arguidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior; II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim; III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos. Assim, são sanáveis as nulidades 1) previstas nos Art. 564, III, e (1ª parte), d e e (2ª parte), g, h e as do inciso IV conforme prevê o Art. 570 do CPP; 2) a prevista no Art. 568; 3) as previstas no Art. 569 do CPP. Tomemos como exemplo o Art. 570, que preceitua que se a parte ainda não foi intimada da sentença, mas de alguma forma tiver ciência do fato e apresenta recurso, estará sanada a falha. Deste modo, só será declarada a nulidade se o ato não puder ser aproveitado. 1.8 ATOS DEFEITUOSOS Para se evitar que todo um processo possa ser declarado nulo, o Código de Processo Penal, no Art , 1º, previu que a nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a nulidade dos atos subsequentes que daquele tiveram dependência, ou seja, se um ato inicial está eivado de vícios, os atos subsequentes também estarão contaminados, isso porque todos os atos processuais são entrelaçados entre si. Logo, se um ato é nulo, os demais que dele dependam também o serão. Trata-se do principio da contaminação como já foi exposto. Caso o ato não seja refeito, o processo dever ser declarado nulo. Acerca do assunto, a lição de ARES (online)///: Ocorrendo a nulidade absoluta ou a nulidade relativa que não veio a ser sanada, índice em error in procedendo e, por conseguinte, o magistrado estará impedido de julgar o mérito da causa, determinando, outrossim, que ato seja novamente praticado ou corrigido, conforme determina o artigo 573 do Código de Processo Penal. 5 4 Art Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores, serão renovados ou retificados. 1º A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência. 2º O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende. 5 ARES, Regis Cardoso. A nulidade absoluta no processo penal.

32 32 Entende MIRABETE (2009, p. 628) que o aperfeiçoamento do ato viciado pode ser por renovação, sendo realizado novamente; ou por retificação, sendo alterado, ou completado de acordo com os preceitos legais violados. 1.9 CONVALIDAÇÃO DAS NULIDADES Convalidação significa admitir que o ato defeituoso seja integrado aos atos não viciados, tornando-o, assim, válido como os demais. Nucci (2013, p. 844) entende que a existência de vício que cause uma nulidade relativa, havendo a possibilidade do vício ser sanado ou superado pela falta de pedido da parte interessada, a nulidade se convalida DECLARAÇÃO DE NULIDADES PELO JUIZ Nos termos do Art. 251 do CPP, o magistrado tem o dever de resguardar a regularidade do processo, podendo dispor de todos os meio possíveis para que este atinja seu fim. Isto significa dizer que o juiz pode proclamar a nulidade de um ato a qualquer tempo. Vejamos a redação do dispositivo supracitado: Art Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública. que: A esse respeito, Tourinho Filho (2009, p.369), com maestria que lhe é peculiar, leciona O Juiz, a qualquer momento, pode proclamar a nulidade, mesmo porque, nos termos do art. 251 do CPP, cabe-lhe prover à regularização do processo. Quanto à defesa, é preciso fazer-se uma distinção: em se tratando de nulidade absoluta, nada impede possa ser ela arguida mesmo após o trânsito em julgado da sentença, se condenatória for, seja através de revisão, seja por meio de habeas corpus. Tratando-se de nulidade atinente a ato não essencial, deverá ser ela arguida na primeira oportunidade a que se refere o art Respeitante à acusação, as nulidades devem ser arguidas na mesma oportunidade. Após o trânsito em julgado de sentença absolutória, não, mesmo porque estaria havendo, por via

33 33 oblíqua, revisão pro societate, o que não se admite. Mesmo após a fase do art. 571, se a parte arguir a nulidade, nada impede que o Juiz a acolha, nos termos do art É como se ele próprio houvesse detectado. Frisa-se que na hipótese da nulidade a ser arguida pela defesa, tratando-se de nulidade absoluta, essa pode ser arguida até mesmo após a sentença condenatória transitada em julgado, por meio de revisão criminal ou habeas corpus. Todavia, se a nulidade for relativa, deve ser arguida tanto pela defesa como pela a acusação, conforme previsão legal do Art. 571 do CPP, como bem já explanou o Tourinho Filho(2009, p.369). Sobre o assunto, o STF se manifestou nos seguintes termos: No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu" (Súmula 523 do STF). AUTO DE EXAME DE CONJUNÇÃO CARNAL. LAUDO SUBSCRITO POR UM PERITO. PERÍCIA REALIZADA POR OCASIÃO DA COMUNICAÇÃO AO JUIZ DA PRISÃO EM FLAGRANTE. REMESSA POSTERIOR DO RESPECTIVO AUTO, ACOMPANHADO DO LAUDO ASSINADO POR DOIS EXPERTOS. PROVA VÁLIDA. Não há ilegalidade no fato do laudo resultante do exame de conjunção carnal ter sido subscrito por apenas um perito na oportunidade da comunicação ao juiz da prisão em flagrante se, posteriormente, o respectivo auto se fizer acompanhar do assinado por dois expertos. REVISÃO CRIMINAL. ESTUPRO. DECISÃO CONTRÁRIA À EVIDÊNCIA DOS AUTOS. REEXAME DA PROVA. INVIABILIDADE. SENTENÇA CONDENATÓRIA ALICERÇADA NAS PROVAS DO PROCESSO. PEDIDO INDEFERIDO. "O juízo revisional não comporta nova avaliação da prova, devendo o tribunal limitar-se a verificar se a condenação tem base em algum dos elementos probatórios ou se é divorciado de todos eles" (RT 624/348-9) NULIDADES EM FACE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Além das hipóteses de nulidades prevista no art. 564 do CPP, outros podem ocorrer caso sejam violadas normas ou princípios constitucionais. Assim, se um ato praticado violar dispositivos da Constituição, tal ato deve ser imediatamente declarado nulo em decorrência de sua inconstitucionalidade. Machado (2013, p.564) apresenta como exemplos de atos processuais contrários à Constituição Federal a falta de fundamentação da sentença (art. 93, IX); a falta de publicidade dos

34 34 atos processuais (art. 5º, LX); o processo perante o juiz ou tribunal de exceção (art. 5º, XXXVII); a ausência de contraditório e ampla defesa no processo penal (art. 5º, LV); e a utilização de provas ilícitas (art. 5º, LVI) O INQUÉRITO POLICIAL Por possuir conteúdo apenas informativo, o inquérito policial não é peça obrigatória para que o Ministério Público possa se valer para o oferecimento de denúncia ou queixa, desde que demonstrada a verossimilhança da acusação ele(inquérito) pode ser dispensado. Neste sentido é o entendimento do STF, que enuncia: "O inquérito policial não é imprescindível ao oferecimento de denúncia ou queixa, desde que a peça acusatória tenha fundamento em dados de informação suficiente à caracterização da materialidade e autoria da infração penal (STF, RTF 76/741; TRF 3ª Reg., HC , 1ª Turma, Rel. des. Fed. Roberto Haddad, RT 768/719)". (p. 08). A corte maior do país (STF) tem entendido não ser possível o trancamento da ação penal pelo fato do inquérito policial está eivado de vícios. Vejamos seu entendimento: "PENAL. HABEAS CORPUS. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. CONDUÇÃO SOB A INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL (ART. 306, CBT). PROVA MATERIAL. PRESCINDIBILIDADE DE TESTE OU EXAME PERICIAL. ART. 158 DO CPP. DISCUSSÃO SOBRE A NATUREZA DA INFRAÇÃO. EXAME DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE. INDEPENDÊNCIAS DAS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVA E PENAL. I - Afigura-se insuscetível de análise na célere via do writ a alegação de nulidade de prova relativa ao teste de dosagem alcoólica (teste do bafômetro), haja vista que a mesma reclama o revolvimento de questões fático-probatórias não demonstradas, de plano, na impetração. II - Havendo outros elementos probatórios, de regra, lícitos, legítimos e adequados para demonstrar a verdade judicialmente válida dos fatos, não há razão para desconsiderá-los sob o pretexto de que o art. 158 do CPP admite, para fins de comprovação da conduta delitiva, apenas e tão-somente, o respectivo exame pericial. III - Existindo nos autos elementos que evidenciem, a princípio, a perpetração da infração delineada no art. 306 do CPP, não há como trancar a ação penal, sob a

35 35 argumentação de atipicidade do delito, sem o necessário cotejo analítico do material cognitivo. IV - A propositura de ação penal não se vincula, na espécie, à decisão proferida na esfera administrativa, haja vista a independência das instâncias. Writ denegado. " (STJ, RHC /SC, 5.ª Turma, Rel. Min. FELIX FISCHER, DJ de 26/05/2003.) (Destaque nosso) No mesmo sentido é o que já tem decido o STJ: PROCESSUAL PENAL. HABEAS-CORPUS. CRIME DE LESÕES CORPORAIS. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. IMPRESTABILIDADE DO RECONHECIMENTO FEITO EM SEDE INQUISITORIAL. INVOCADA NULIDADE QUE NÃO ALCANÇA A FASE JUDICIAL. É entendimento dominante neste Superior Tribunal de Justiça que eventual nulidade do inquérito policial não contamina a ação penal superveniente, vez que aquele é mera peça informativa, produzida sem o crivo do contraditório. Inviável o trancamento da ação penal sob a alegação de que o reconhecimento feito pela Autoridade Policial, na fase do inquérito policial, estaria eivado de vício a ponto de nulificar o processo ab initio, de vez que tal providência ensejaria dilação probatória, incompatível na via estreita do writ. - Recurso ordinário desprovido. (STJ, RHC SP 2002/ , 6ª turma, Rel. Ministro Vicente Leal, DJ p. 288) Assim, caso ocorra algum vício na fase de inquérito, a ação penal não estará contaminada. Corroborando com esse entendimento, CAPEZ (2011, p.71) argumenta que "Não sendo o inquérito policial ato de manifestação do Poder Jurisdicional, mas mero procedimento informativo destinado à formação da opinio delicti do titular da ação penal, os vícios por acaso existentes nessa fase não acarretam nulidades processuais, isto é, não tingem a fase seguinte da persecução penal: a da ação penal. A irregularidade poderá, entretanto, gerar a invalidade e a ineficácia do ato inquinado, v.g., do auto de prisão em flagrante como peça coercitiva; do reconhecimento pessoal, da busca e apreensão etc". (grifo nosso)

36 36 NAGIMA (online), ao explanar sobre o assunto, tem o seguinte entendimento: Note-se, ainda que qualquer vício existente no procedimento administrativo policial não conduzirá em viciado o processo criminal existente, pois, ao contrário da teoria dos frutos da árvore envenenada, o inquérito policial é meramente peça informativa, que dá ao "parquet" notícias sobre os indícios de materialidade e de autoria, para que, então, possa promover a respectiva ação penal. Portando, em sede inquisitória eventual vício do inquérito policial não contamina a ação e consequentemente não gera nulidade NULIDADES EM ESPÉCIEIS As hipóteses de nulidades estão previstas no ordenamento jurídico brasileiro nos artigos 563 a 573 do Código de Processo. Sendo que o Art. 564 apresenta um rol exemplificativo de nulidade absolutas e relativas, podendo ocorrer outras por inobservância de princípios gerais do direito ou de normas e princípios constitucionais, como bem frisa Machado (2013, p.554). Dispõe o art. 564 do CPP: A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; II - por ilegitimidade de parte; III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante; b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos; d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública; e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa;

37 37 f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri; g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia; h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei; i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri; j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade; k) os quesitos e as respectivas respostas; l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento; m) a sentença; n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso; p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal para o julgamento; IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato. Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas respostas, e contradição entre estas. (Grifamos) Neste trabalho restringirmo-nos a analisar apenas o inciso III, letra b do citado Art. 564 do CPP. É o que será abordado no próximo capítulo.

38 38 CAPÍTULO 2 2 EXAME DE CORPO DE DELITO 2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS Feitas as considerações preliminares sobre o instituto das nulidades, com o fito de lançar o alicerce da presente monografia, também é mister que se analise o instituto do exame de corpo de delito, que será o ponto de partida para a delimitação do nosso tema. A prova pericial tem fundamental importância para análise e construção dos fatos que constituem o processo. O exame de corpo de delito, como uma das modalidades de provas previsto no Título VII do Código de Processo Penal, tem uma importância significativa, pois se trata de meio de prova indispensável nas infrações que deixam vestígios, conforme prevê o Art. 158 do CPP: Art Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Na impossibilidade da realização da perícia de forma direta, por haverem desaparecido os vestígios, o CPP possibilitou que essa possa ser feita de forma indireta ou substituída pela prova testemunhal, conforme o Art. 167 do CPP: Art Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. Entretanto, pode ocorrer que nenhuma testemunha tenha presenciado o fato e os vestígios desaparecidos. Assim, obrigatoriamente há de ser realizada a perícia, sob pena de nulidade do processo ou mesmo absolvição do acusado por falta de provas, como veremos mais adiante. Como a regra é que seja realizado o exame de corpo de delito, se por algum motivo não for possível sua realização e também não houve prova testemunhal, caso a infração praticada não seja crime contra a dignidade sexual já que nestes crimes a palavra da vítima é suficiente a defesa deverá requerer a absolvição do acusado por falta de provas nos temos do Art. 386, II ou VII, do CPP.

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