Pós Penal e Processo Penal. Legale
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- Derek Philippi Silveira
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1 Pós Penal e Processo Penal Legale
2 (continuação procedimentos)
3 Lei de 10 de maio de 2016 Art. 1 o Esta Lei acrescenta o art. 394-A ao Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 Código de Processo Penal, a fim de dispor sobre a preferência de julgamento dos processos concernentes a crimes hediondos.
4 Lei de 10 de maio de 2016 Art. 2º O Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de Código de Processo Penal, passa a vigorar acrescido do seguinte art. 394-A: Art. 394-A. Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação em todas as instâncias. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação
5 PROCEDIMENTOS Judiciais Os procedimentos judiciais são divididos em duas categorias:
6 PROCEDIMENTOS Judiciais - Comuns: ordinário, sumário e sumaríssimo - Especiais: Júri, Funcionário Público Afiançável, Honra, Propriedade Imaterial, Drogas e outros
7 PROCEDIMENTO PARA CRIMES DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO
8 Funcionário público de especial esse procedimento só tem um único fator:
9 Funcionário público - após o oferecimento da denúncia e antes do recebimento da denúncia, o acusado apresentará a defesa preliminar (15 dias), consistente em toda matéria de defesa (art. 514, CPP)
10 Funcionário público Com a apresentação da Defesa, o Juiz decidirá se rejeita a denúncia ou queixa (art. 516, CPP) ou recebe a denúncia ou queixa (art. 517, CPP) Se receber, procedimento a ser seguido a partir de então é o procedimento comum ordinário
11 Funcionário público ATENÇÃO: a Súmula 330 do STJ prevê que é desnecessária a resposta preliminar na ação penal instruída por inquérito policial
12 PROCEDIMENTO PARA CRIMES CONTRA A HONRA
13 Honra Poucas diferenças separam o rito dos crimes contra a honra do comum ordinário. Na verdade dois. A saber:
14 Honra Antes do recebimento da queixa, o Juiz marcará uma audiência para a tentativa de reconciliação das partes, em que as mesmas comparecerão sem a presença de seus advogados.
15 Honra Na resposta, pode, em alguns casos, o querelado oferecer uma defesa chamada exceção da verdade (que pode ser contestada em 2 dias)
16 Honra Atenção: não cabe exceção da verdade: - Se, constituindo o fato crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; (segue)
17 Honra - Se o fato é imputado ao Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro; (segue)
18 Honra - Se do crime imputado, embora de ação pública de ação privada, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível (segue)
19 Honra OBS: a lei fala em procedimento para Calúnia e Injúria (Art. 519, CPP), mas também se aplica para a Difamação;
20 PROCEDIMENTO PARA CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL
21 Propriedade imaterial a diferença desse procedimento e o ordinário reside no fato de que se o crime deixar vestígios, obrigatoriamente deve ser feita a busca e apreensão do material, bem como deve ser efetuada perícia. Sem a prova do direito de ação não será admitida a queixa.
22 PROCEDIMENTO DO JÚRI
23 Júri O Tribunal do Júri é constitucionalmente competente para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida
24 Júri Só não vão a julgamento pelo Júri Popular os crimes eleitorais, os crimes militares próprios e os menores infratores
25 Júri O procedimento do Júri é chamado de bifásico ou escalonado Isso porque tem duas fases distintas: - a primeira é o juízo de acusação (iuditio acusationis) - a segunda é o juízo da causa (iuditio causae)
26 Júri (sequência) (1ª fase) - oferecimento da denúncia ou queixa > - recebimento da denúncia ou queixa > - citação > - resposta > - manifestação do Ministério Público > - audiência de instrução, debates e julgamento (decisão encerrando a primeira fase)
27 Júri (sequência) (2ª fase) manifestação da acusação arrolando testemunhas > manifestação da defesa arrolando testemunhas > Despacho resolvendo questões pendentes e marcando a data do julgamento > Plenário
28 Júri (características) (1ª fase) - Principais características - Prazo para encerramento
29 Júri São decisões que encerram a primeira fase do Júri:
30 Júri Pronúncia é a decisão que encerra a primeira fase do júri e que faz com que o acusado seja levado a julgamento pelo Plenário do Júri, faz ter a segunda fase (art. 413 do CPP)
31 Júri O juiz pronunciará quando houve materialidade e indícios suficientes de autoria
32 Júri OBSERVAÇÕES Se o réu está revel ele poderá ser intimado da pronúncia por edital (antigamente o processo ficaria parado) (segue)
33 Júri Na dúvida entre pronunciar ou não, deverá o Juiz pronunciar o réu (in dubio pro societate) (segue)
34 Júri O Juiz não poderá exagerar na fundamentação da pronúncia (segue)
35 Júri O Juiz não poderá aplicar na pronúncia causa especial de diminuição de pena (ressalvada a tentativa)
36 Júri Impronúncia se dará quando o magistrado não se convencer da materialidade ou os autos não tiverem indícios suficientes de autoria ou ainda quando faltarem materialidade e indícios de autoria (art. 414 do CPP)
37 Júri A Impronúncia arquiva o processo que poderá ser reaberto (antes da prescrição) com novas provas
38 Júri Desclassificação Operar-se-á a desclassificação do delito, sempre que o Juiz se convencer que o crime em testilha não é doloso contra a vida e nem guarda conexão ou continência a um (art. 419 do CPP)
39 Júri Na desclassificação o Juiz encaminha os autos ao Juízo singular, onde o réu terá nova oportunidade de defesa
40 Júri Absolvição sumária Por expressa disposição constitucional, quem condena ou absolve os crimes dolosos contra a vida, conexos ou continentes a esses é o Tribunal do Júri. O juiz, em regra, não tem competência para fazê-lo
41 Júri Mas a lei, entendendo que o réu não pode ser punido injustamente por esse dispositivo, conferiu ao magistrado a possibilidade de absolvê-lo antes da sessão plenária. É uma absolvição antecipada que acaba por sumariar o processo. É a chamada absolvição sumária (art. 415 do CPP)
42 Júri Para que o Juiz absolva sumariamente o réu, é necessário que:
43 Júri esteja provada a inexistência do fato, provado não ser o réu o autor ou partícipe do fato, o fato não constituir infração penal ou ficar demonstrada causa de isenção de pena ou exclusão do crime (excludente de ilicitude, excludente de culpabilidade ou erro).
44 Júri A lei faz uma ressalva para expor que a tese de excludente de culpabilidade oriunda de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado não pode ser argüida para a absolvição sumária, salvo se for tese única
45 Júri Recursos das decisões que encerram a primeira fase: Das decisões pronúncia e desclassificação cabe RESE, recurso em sentido estrito (art. 581 do CPP) Da decisão de absolvição sumária e de impronúncia, segundo o art. 416 do CPP caberá apelação.
46 Júri A segunda fase do júri, embora seja reduzida, é totalmente diferenciada de todos os demais procedimentos. Vejamos:
47 Júri Manifestação da acusação (5 dias) sem entrar no mérito e podem arrolar até 5 testemunhas para serem ouvidas em plenário; Manifestação da defesa (da mesma forma); Saneamento do processo feito pelo Juiz e marcação da sessão plenária; Plenário
48 Júri Para a sessão plenária são convocados 25 jurados. Se comparecerem menos que 15 jurados não há julgamento São sorteados 7 jurados que farão parte do conselho de sentença A cada jurado sorteado é perguntado primeiro à defesa e depois à acusação se aceita o jurado. Cada parte pode recusar imotivadamente 3 jurados
49 Júri A sequência dos atos da Sessão plenária, seguirá, a partir de então, a mesma sequência da audiência de instrução, debates e julgamento que encerrou a primeira fase
50 Júri Entretanto, o prazo para as manifestações orais serão de: 1h30min para a acusação; 1h30min para a defesa; 1h de réplica (para a acusação); 1h de tréplica (para a defesa). Se houver mais de 1 réu, para cada prazo acrescente-se 1 hora.
51 Júri Encerrados os debates o Juiz consulta os Jurados se têm condições de proceder o veredicto ou se resta alguma dúvida (caso em que deverá o Juiz esclarecer o jurado)
52 Júri Estando em condições de julgar, todos (menos o réu e platéia) se dirigem à sala secreta, onde será feita a votação por meio de quesitos
53 Júri Sequência obrigatória de quesitos: - materialidade do fato - autoria ou participação - se absolve o acusado - causa de diminuição alegada pela defesa - qualificadora ou causa de aumento
54 Júri OBSERVAÇÕES: A desclassificação para outro crime figurará após o segundo ou terceiro quesito, se for o caso (segue)
55 Júri Havendo mais de um crime e/ou mais de um réu, serão feitos quesitos distintos (segue)
56 Júri Desaforamento: é tirar o julgamento de um foro (comarca) e encaminhar para outro Ocorre por 3 motivos:
57 Júri 1) dúvida sobre a imparcialidade dos jurados 2) risco pessoal ao réu 3)demora excessiva para julgamento
58 Júri Quem decide sobre o desaforamento é o Tribunal de Justiça e em todos os casos deverá a defesa ser ouvida
59 Júri Da sentença em plenário cabe apelação (art. 593, III do CPP) Porém, devemos ter atenção à Soberania dos Veredictos São motivos para a apelação:
60 Júri a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
61 Júri Atenção SÚMULA STF O efeito devolutivo da apelação contra decisões do Júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição.
62 NULIDADES
63 Nulidades Existem vários graus de vícios processuais:
64 Nulidades Irregularidade Nulidade Relativa Nulidade Absoluta Inexistência
65 Nulidades irregularidade: vício que não traz prejuízo
66 Nulidades nulidade relativa: traz prejuízo que deve ser demonstrado e deve ser argüida no momento oportuno, porque se não for se convalida
67 Nulidades nulidade absoluta: o prejuízo é presumido e a favor do réu pode ser argüida a qualquer tempo
68 Nulidades inexistência: vício tão forte que descaracteriza o ato e não produz efeitos
69 Nulidades Atenção: Não há nulidade sem prejuízo pás de nullité sans grief Anulado um ato, são anulados todos os atos posteriores e dependentes Não se pode alegar nulidade que se deu causa
70 Nulidades * O art. 564 do CPP traz as possibilidades de nulidades:
71 Nulidades I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; (absoluta)
72 Nulidades II - por ilegitimidade de parte; (absoluta)
73 Nulidades III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
74 Nulidades a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante; (absoluta)
75 Nulidades b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no art. 167 (absoluta)
76 Nulidades c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos; (absoluta na primeira parte)
77 Nulidades d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública; (relativa)
78 Nulidades e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa; (relativa na segunda parte)
79 Nulidades f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri; (absoluta)
80 Nulidades g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia; (relativa)
81 Nulidades h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei; (relativa)
82 Nulidades i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri; (absoluta)
83 Nulidades j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade; (absoluta)
84 Nulidades k) os quesitos e as respectivas respostas; (absoluta)
85 Nulidades l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento; (absoluta)
86 Nulidades m) a sentença; (absoluta)
87 Nulidades n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; (absoluta)
88 Nulidades o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso; (absoluta)
89 Nulidades p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal para o julgamento; (absoluta)
90 Nulidades IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato (relativa)
91 Nulidades * OBS: Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas respostas, e contradição entre estas (absoluta)
92 Nulidades * Momento de arguição das nulidades (relativas):
93 Nulidades - as da instrução criminal dos processos nas alegações finais - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes;
94 Nulidades - se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso;
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