SISTEMA AQUÍFERO ELVAS - CAMPO MAIOR

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1 ESTUDO DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS DO ALENTEJO SISTEMA AQUÍFERO ELVAS - CAMPO MAIOR Julho, 2000

2 1 SISTEMA AQUÍFERO DE ELVAS - CAMPO MAIOR Enquadramento geomorfológico e geográfico A área considerada possui 176,1 km2, encontrando-se nos concelhos de Campo Maior e Elvas, distrito de Portalegre (Figura 1.1). Inclui apenas pequenos aglomerados populacionais como o Caia e Ouguela. A quase totalidade da área consiste em herdades com forte actividade agrícola, pertencentes ao perímetro de rega do Caia. O Sistema Aquífero distribui-se em termos cartográficos pelas folhas 386, 387, 400, 401, 414 e 428 da Carta Militar na escala 1: do Instituto Geográfico do Exército Enquadramento geológico do sistema aquífero Os depósitos de idade terciária que constituem o suporte do sistema aquífero fazem parte do bordo ocidental da bacia de Badajoz. As formações, predominantemente detríticas, assentam em discordância sobre terrenos pertencentes ao Complexo cristalofílico de Arronches, representados nesta região por gnaisses migmatíticos de Campo Maior; formações do Câmbrico (arcoses, calcários e dolomitos); Precâmbrico (xistos e quartzitos negros) e ainda sobre os granitos hercínicos (Figura 1.2). Existem extensas áreas constituídas por depósitos de terraços e ainda algumas aluviões de idade quaternária, que cobrem, nalgumas zonas, as formações oligocénicas. As maiores extensões destas formações encontram-se a nordeste (vale 1.1

3 do rio Xévora) e sul (vale do rio Caia) de Campo Maior e ainda a ESE de Elvas (vales do rio Guadiana e Caia). Relativamente à idade das formações terciárias, existe uma certa reserva por parte dos autores que as estudaram. Assim, enquanto, na Folha 37-A ELVAS da Carta Geológica de Portugal Continental, à escala 1/50 000, Gonçalves et al., (1970) atribui às formações idade paleogénica, nas Folhas 33-C CAMPO MAIOR e 33-D RIO XÉVORA, os mesmos autores atribuíram idade paleogénica-neogénica inferior. Os depósitos quaternários são constituídos por argilas arenosas, com burgau e seixo, de cor amarelada e acastanhada e de acordo com a pouca informação disponível, não ultrapassam os 16 m de espessura, na zona da Comenda (a este de Elvas, junto ao posto fronteiriço do Caia). Na área NE do sistema aquífero não se dispõe de informação sobre a espessura dos depósitos de terraços. As formações detríticas do terciário, que constituem o principal suporte litológico deste sistema aquífero, são rochas margosas de cor avermelhada, com detritos de natureza e dimensões diversas, arenitos margosos com algumas intercalações de areias, de tons castanhos e avermelhados e na base, nalguns pontos de água, verifica-se a existência de uma espessa camada de argilas, que chega a atingir 30 m de possança. De acordo com os perfis dos furos, a espessura média destas formações será da ordem dos 60 m, na zona de Roças. No entanto, na zona do Caia, a espessura ronda os 46 m, enquanto mais para sul, no extremo sul do sistema aquífero, as espessuras variam entre 10 e 20 m. Uma vez que o substracto das formações aquíferas é muito irregular, quer na natureza, quer em topografia, pois verificam-se inúmeras intrusões graníticas, entre outras, é de esperar que a espessura das formações aquíferas varie muito em pouco espaço. Os depósitos terciários apresentam particular desenvolvimento a SE da falha de Campo Maior que faz parte do desligamento sinistrógiro de Odemira-Ouguela. O facto de existirem apenas vestígios dispersos destes depósitos no compartimento noroeste da falha e de, a sudoeste de Campo Maior a formação terciária ser, nalguns pontos, limitada por este acidente, sugere que o terá havido rejogo em época recente, deste sistema de fracturas. 1.2

4 1.3 - Enquadramento hidrogeológico Trata-se de um sistema aquífero poroso, multicamada, uma vez que nalgumas áreas verifica-se a existência de camadas com uma percentagem elevada de margas no seio dos grés margosos, existindo, possivelmente, alguma conexão hidráulica entre diferentes camadas (Figura 1.3). A recarga das formações aquíferas é directa onde afloram estas formações e faz-se por drenância, onde se encontram cobertas pelos depósitos quaternários. Uma vez que se verifica a existência de uma camada argilosa na base das formações terciárias, especialmente quando são os calcários do Câmbrico que se encontram subjacentes, não é de prever que exista alguma recarga profunda. No entanto, em zonas onde se desconhece a existência desta camada argilosa, poderá haver alguma recarga profunda. É natural que ocorra alguma recarga a partir dos rios Caia, Xévora e Caiola. As camadas captadas são fundamentalmente as dos arenitos margosos, verificando-se que a espessura da formação apresenta valores médios da ordem dos 60 m na parte norte e leste do sistema, diminuindo para SE com valores de 38 m nas Barrancas, 47 m na área do ex - Posto Fiscal do Caia e de 16 m na parte terminal sul do sistema (Alagada). 1.3

5 N Nossa Senhora da Graça dos Degolados % Ouguela CASA BRANCA Z ATA LAIA DA CONTENDA São João Baptista Z Campo Maior Nossa Senhora da Expe ctação São Vicente e Ventosa PERDIGÃO Z GEB ARELA Z São Brás e São Lourenço Alcáçova Elvas Assunção Caia e São Pedro Z ENXARA Caia % Kilom km Z FALCATO Z Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso Figura Enquadramento geomorfológico e geográfico Sede de concelho Limite de concelho Sede de freguesia Limite de freguesia % Localidade Linhas de relevo (m) Z 500 Vértices geodésicos Rede hidrográfica 1.4

6 ESTUDO DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS DO ALENTEJO ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( Enquadramento geológico do sistema aquífero Fig ur a 1.2 Data 24/4/00 Escal a km ( ( ( ( ( ( ( N ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( Campo Maior ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( Elvas ( ( ( Acidentes tectónicos Formações geológicas alfa2 (a2) Rochas peralcalinas CD (CD) Calcários dolomíticos; mármores CD* (CD) Conglomerados; vulcanitos ácidos e arcoses CTR (CTr) Xistos (C.V.S. Terrugem) CTRVA2 (Va2) Vulcanitos ácidos (C.V.S. Terrugem) CVB (CVB) Xistos e arenitos (Fm. Vila Boim) delt (d) Filão dolerítico do Alentejo e outras rochas básicas delta3 (D3) Gabros e Dioritos (gd) g3 (g3) Granitos biotíticos g3p (g3) Granitos biotíticos porfiróides gama1 (G1) Gabros anortosíticos MV (MV) Formação de Vale do Guiso PECM (PeCM) Formação de Campo Maior PEMO*** (PeMo) Arenitos (Formação de Morenos) PEMOVA (Va) Vulcanitos ácidos (Formação de Morenos) PEMT (PeMt) Xistos, grauvaques,... (Formação de Mosteiros) pg (pg) Pórfiros riolíticos, pórfiros graníticos e aplito-pegmatitos Q (Q) Terraços, Areias e Cascalheiras

7 N Kilome km Hidrogeologia Charnoquitos de Campo Maior e Elvas Elvas-Campo Maior Elvas-Vila Boim Granitos de Nisa, Portalegre e Santa Eulália Rochas Ígneas e Metamórficas - Zona de Ossa Morena Figura Enquadramento hidrogeológico 1.6

8 1.4 - Climatologia Utilizou-se neste trabalho dois parâmetros climáticos fundamentais em estudos hidrogeológicos: precipitação e temperatura. A sua contribuição traduz-se, essencialmente, na estimativa dos recursos hídricos Precipitação Neste trabalho foram utilizadas 5 estações, que se situam sobre a área em estudo ou próximo: Caia Barragem, Campo Maior, Elvas, Badajoz Instituto e, S. Francisco de Olivença. As precipitações médias anuais provêm de Silva (1991) excepto no que respeita à estação de Campo Maior cujo valor foi obtido na página de Internet do Instituto da Água (INAG) Cálculo da precipitação média caída no Sistema Aquífero Em qualquer estudo hidrogeológico, nomeadamente na determinação do balanço hidrológico, o calculo da precipitação média caída numa dada bacia hidrográfica ou região é da máxima importância. Existem vários métodos para estimar a precipitação média, sendo a sua utilização função das características físicas e climáticas da área em estudo. Os métodos que geralmente são utilizados são: - média aritmética; - polígonos de Thiessen (Thiessen, 1911); - curvas isoietas. 1.7

9 Utilizar-se-á neste trabalho o método dos polígonos de Thiessen, pela sua maior representatividade relativamente à média aritmética e, simplicidade no cálculo das áreas de influência relativamente às isoietas (Figura 1.4). A precipitação média anual numa determinada região é dada pela expressão: n Si P= (Pi. ) i= 1 S [1.1] P - precipitação média anual na área estudada (mm) P i - precipitação média anual do polígono i (mm) S i - área da região considerada inserida num dado polígono i (km 2 ) S - área total da região considerada (km 2 ) 1.8

10 Caia - Barragem Campo Maior Elvas Badajoz - Instituto Olivença Figura 1.4 Polígonos de Thiessen aplicados ao Sistema Aquífero 1.9

11 Tabela 1.1. Estimativa da precipitação média anual sobre o Sistema Estação P i (mm) S i (km2) S i /S P i x (S i /S) Campo Maior ,6 0, ,0 Badajoz ,0 0,068 34,0 Olivença 590 3,5 0,020 11,8 Elvas ,0 0, ,8 Total - 176, ,6 Estima-se assim a precipitação média anual caída sobre o Sistema Aquífero em 572,6 mm (Tabela 1.1) Temperatura A análise dos valores médios da temperatura do ar, baseou-se nos dados obtidos na estação climatológica de Caia - Barragem (única estação com registos de temperatura durante um período de tempo minimamente aceitável). Mesmo assim, a estação é acentuadamente mais seca (490 mm/ano) que a média regional (595 mm/ano) e, a série é curta (1963/64 a 1982/83) com um total de apenas 20 anos. A agravar a falta de qualidade da estação temos ainda que neste período de observações a precipitação média caída foi de 468 mm/ano contra os 490 mm/ano da série de 30 anos (in Silva, 1991). 1.10

12 30 T (ºC) Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Figura Distribuição da temperatura média mensal em Caia - Barragem A distribuição da temperatura média mensal (Figura 1.5) demonstra que os meses com temperaturas mais elevadas são Julho e Agosto e com temperaturas mais baixas são, Dezembro e Janeiro. A temperatura média anual é de 16.0 ºC Caracterização da informação e inventário de pontos de água Foram inventariados 53 pontos de água recorrendo essencialmente a relatórios de furos e, reconhecimento de campo. Este último, apenas aconteceu em Fevereiro de 1999, por parte do INAG, tendo como consequência uma insuficiente recolha de informação, não permitindo assim um conhecimento aprofundado da realidade hidrogeológica do Sistema. De salientar no entanto, que uma equipa da Universidade de Évora havia visitado a área antes da data referida, disponibilizando todos os seus dados para a execução desta Ficha de Aquífero. 1.11

13 Tipo de ponto de água Poço 10 Nascente 1 Furo 42 Destes pontos inventariados, apenas oito são destinados a abastecimento público (sete furos camarários no Caia Fronteira) sendo os restantes 45 pontos de água particulares (Figura 1.6) Densidade de furos As duas manchas com maior densidade de furos correspondem às captações para abastecimento público do Caia (a Este de Elvas) e, a um conjunto de furos particulares para uso agrícola na zona das Rossas (Figura 1.7). As áreas não coloridas correspondem apenas à não confirmação da existência de captações, pois para além do reduzido período de reconhecimento de campo, o tipo de ocupação do território também não é muito favorável à inventariação em tempo útil. 1.12

14 0 0 $T S 0 N 0 0 S 0 Campo Maior 0 0 S 0 S 0 0 S S S S Kilometers km 0 Elvas S S 0 Sede de concelho Limite de concelho Rede hidrográfica Privado Público Tipo de ponto de água S Poço $T Nascente 0 Furo Figura Caracterização da informação e inventário de pontos de água 1.13

15 N Campo Maior Elvas km Kilometers Nº de furos > 12 Figura Densidade de furos 1.14

16 Usos A água subterrânea neste Sistema Aquífero é essencialmente usada para rega, sendo contudo utilizada para consumo doméstico, abeberamento de gado e para a indústria da torrefacção do café. Se, no que respeita à rega, há uma mistura de origens entre água superficial da barragem do Caia e água subterrânea, já para os restantes usos a água subterrânea ocupa um lugar de destaque, sendo na maioria a única origem de água. Tipo de uso Agro-Pecuária 23 Abastecimento Privado 8 Abastecimento Público 4 Indústria 4 Agro-Pecuária + Doméstico 5 Abandonado 1 9% 2% 11% 18% 51% 9% Agro-Pecuária Abastecimento Privado Abandonado Abastecimento Público Indústria Agro-Pecuária e Abastec. Privado A influência da barragem do Caia não é muito evidente na Figura 1.8 mas ela existe. O sector Sul do Sistema pertence ao perímetro de rega do Caia, não necessitando por isso de recorrer à água subterrânea, enquanto que a Norte tal não acontece. 1.15

17 Contudo, durante as visitas de campo foi possível auscultar alguns agricultores que se lamentavam dos preços praticados para a água proveniente da barragem, assim como dos timings exigidos. 1.16

18 N Agro-pecuária Abastecimento público Abastecimento privado Industrial Abandonado Campo Maior Elvas ESTUDO DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS DO ALENTEJO Caracterização e quantificação dos usos Fi gura 1.8 Data 24/4/00 Escal a km

19 1.6 Caracterização e descrição hidrogeológica - HIDRODINÂMICA Caracterização da informação disponível Não se dispõem de dados quer quantitativos quer qualitativos, para se poder inferir algo sobre características hidráulicas do sistema (permeabilidades, transmissividades ou coeficientes de armazenamento), superfícies piezométricas, sentidos de fluxo ou produtividades. No entanto, sobre este último, embora com algumas reservas, publica-se a informação recolhida Balanço Hídrico Não é possível, à data, efectuar os cálculos do balanço hídrico para o Sistema Aquífero, por falta de dados Piezometria Neste Sistema Aquífero apenas se realizaram medições pontuais em Fevereiro de 1999, em dez pontos de água, sendo esta informação manifestamente insuficiente para qualquer tipo de abordagem ou conclusões. As profundidades a que se encontrava a água, à data, variava de forma aleatória em termos espaciais, entre os poucos centímetros da superfície do terreno a, 13m de profundidade Sondagens No âmbito do ERHSA, o INAG construiu na região de Elvas Caia, sete piezómetros com o objectivo de monitorizar os calcários do Sistema Aquífero Elvas Vila Boim, tornando-se assim possível em algumas dessas sondagens, obter informação litológica 1.18

20 e de espessuras das formações detríticas que servem de suporte a este Sistema Aquífero. Tabela 1.2 Formações Horta das Barrancas topo (m) base (m) Argila acastanhada 0,00-1,70 Argila arenosa com seixo e/ou burgau acastanhado -1,70-2,10 Idem acinzentado -2,10-3,15 Calcário mais ou menos fracturado acinzentado -3,15-15,00 Argila margosa avermelhada acastanhada -15,00-37,35 Marga arenosa cinzento-esverdeado -37,35-37,50 Calcário compacto acinzentado - esbranquiçado -37,50-46,00 Calcário margoso acinzentado -46,00-49,55 Xisto-grauvaque alterado cinzento-esverdeado -49,55-60,00 Monte da Alagada topo (m) base (m) Argila margosa amarela-acastanhada com burgau 0,00-2,90 Areia média a grosseira, argilosa, c/seixo e ou burgau, amarelada -2,90-5,10 Marga acinzentada -5,10-8,00 Calcário róseo -8,00-8,75 Marga arenosa acinzentada -8,75-15,60 Calcário mais ou menos fracturado com veios de calcite róseo-acinzentado -15,60-24,00 Granito pouco fracturado, negro, alterado -24,00-27,30 Idem, róseo -27,30-29,50 Granito negro -29,50-32,40 Granito róseo muito fracturado -32,40-41,20 Granito negro mais ou menos compacto -41,20-44,50 Granito róseo compacto -44,50-48,00 Granito negro compacto -48,00-57,00 Gramicha topo (m) base (m) Terra vegetal com marga acastanhada 0,00-0,70 Calcário margoso acinzentado -0,70-6,00 Marga acastanhada -6,00-7,00 Calcário margoso avermelhado-acastanhado -7,00-15,00 Marga arenosa acinzentada -15,00-16,10 Calcário compacto cinzento claro -16,10-22,40 Idem, com transição para granito ligeiramente alterado -22,40-24,90 Granito alterado -24,90-28,00 Granito metamórfico, róseo, pouco fracturado -28,00-33,10 Idem, mais compacto -33,10-37,00 Granito compacto -37,00-40,

21 Monte do Campo topo (m) base (m) Argila lodosa cinzenta 0,00-1,00 Cascalheira -1,00-2,50 Argila margosa amarela acastanhada -2,50-5,10 Calcário margoso com intercalações de marga avermelhada -5,10-18,80 Idem, com transição para granito fracturado -18,80-25,00 Granito alterado -25,00-30,00 Granito róseo, compacto -30,00-35,00 Granito compacto -35,00-43,00 Caia topo (m) base (m) Argila com calhaus rolados, acastanhada 0,00-0,60 Argila acinzentada-avermelhada -0,60-1,95 Marga avermelhada-acastanhada -1,95-11,50 Calcário mais ou menos fracturado acinzentadoavermelhado -11,50-18,00 Marga avermelhada -18,00-31,00 Calcário acinzentado -31,00-33,70 Idem, por vezes fracturado -33,70-43,00 Granito alterado -43,00-47,30 Granito mais ou menos compacto -47,30-55,

22 Horta das Barrancas Caia GramichaCampo Alagada Figura 1.9 Localização das sondagens Produtividade (caudais) Consideram-se 27 furos para a análise da distribuição de caudais, agrupados em três núcleos. Um, o do Caia, constituído por captações para abastecimento público; o das Roças, com captações para o regadio e, um outro núcleo na Godinha onde as extracções são essencialmente para fins agrícolas e industriais (Figura 1.10). 1.21

23 Se por um lado o facto de ser furo poderá ser positivo pois representa com certeza água subterrânea não sub-superficial, por outro, a totalidade da informação provém de relatórios de construção, o que, como se sabe, não é sinónimo de rigor. Não foram realizados ensaios de caudal durante o ERHSA (1997 a 1999). O tempo passado desde a data de obtenção desses caudais alguns de 1967 poderá também ser um factor negativo na qualidade da informação pois, os caudais registados aquando da construção das captações poderá não corresponder aos caudais extraídos actualmente, entre outros factores, devido a fenómenos de incrustação nas tubagens e/ou assoreamento dos furos Sentidos de fluxo da água subterrânea A inexistência de uma rede piezométrica neste Sistema Aquífero com medições periódicas, assim como a grande heterogeneidade do perfil hidroquímico (ver capítulos e ) não permite tirar ilações sobre sentidos de fluxo da água subterrânea. 1.22

24 N Campo Maior S S SS S S S S SS SS S S Elvas SSSS S SSSSS SS Kilometers km Caudais (l/s) S 0-1 S 1-6 S > 6 Figura Distribuição de caudais 1.23

25 1.7 Caracterização e descrição hidrogeológica - HIDROGEOQUÍMICA Caracterização da informação disponível Da totalidade de pontos de água inventariados, apenas 26 foram objecto de análise química expedita e/ou de laboratório (9 poços, 16 furos e uma nascente) durante o ERHSA. De entre estes, 18 foram analisados quer de forma expedita no campo (Temperatura da água, condutividade eléctrica, ph, Eh, oxigénio dissolvido e nitratos) quer em laboratório. A obtenção destes dados no campo foi da responsabilidade do Instituto da Água, da Faculdade de Ciências e, da Universidade de Évora (Figura 1.11) Parâmetros químicos O reduzido número de pontos amostrados assim como frequência de amostragem não permite a extrapolação de teorias de índole hidrogeológica pelo que nos remeteremos a pouco mais do que um simples tratamento estatístico e projecção espacial dos dados em classes, salientando os pontos com valores extremos (máximos e mínimos para dado parâmetro). A temperatura da água assim como o ph e a condutividade eléctrica, foram obtidos in situ, o mais próximo da origem possível. Os restantes parâmetros químicos foram determinados em laboratório, com a brevidade possível Temperatura da água A amostra é constituída por 16 medições (Figura 1.12) realizadas apenas no período de águas altas (Janeiro, Fevereiro e Novembro de 1999), encontrando-se 81 % da amostra com temperaturas entre os 15 e os 20 ºC (Tabela 1.2). 1.24

26 Tabela 1.2 Estatísticas do parâmetro Temperatura Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão 16,8 3,7 8,4 16,0 18,3 19,5 19,8 1.25

27 0 0 $T S 0 N 0 0 S Campo Maior S S 0 0 S S S Kilometers km Elvas 0 S 0 S Sede de concelho Dados de campo e análise fisico-química Apenas dados de campo Tipo de ponto de água S Poço $T Nascente 0 Furo Figura Caracterização da informação disponível 1.26

28 Águas altas Águas baixas N Ouguela Campo Maior Godinha Elvas Caia Kilometers km Temperatura (ºC) > 20 Sem dados Figura Distribuição da Temperatura da água 1.27

29 Condutividade eléctrica Realizaram-se 22 medições, possuindo a amostra dispersão razoável e amplitude de 1080 µs/cm (Tabela 1.4). Nos dois únicos pontos de água em que há registos em águas altas e águas baixas, houve um incremento de condutividade na ordem dos 60 µs/cm das primeiras para as segundas. Os valores mais elevados (Figura 1.13) encontram-se influenciados por concentrações anómalas de nitratos e cloretos (Sapo condutividade 1344 µs/cm) ou essencialmente cloretos (Caia condutividade 1424 µs/cm). Tabela 1.4 Estatísticas do parâmetro Condutividade eléctrica Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão ph Das 22 medições (Tabela 1.5) ressaltam como valores extremos no sentido da basicidade da água, a Lapagueira (8.3), Ouguela (8.1) e Tagarral (8.1). No sentido oposto regista-se o Sapo (6,0), Godinha (6.2) e Comenda (6.2). A inexistência de um perfil químico bem definido das águas deste Sistema está patente na diferença de ph s (6.6 e 8.1) entre dois pontos de água distanciados de apenas 180 m no Tagarral (Figura 1.14). Tabela 1.5 Estatísticas do parâmetro ph Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão 7,2 0,7 6,0 6,7 7,3 7,6 8,3 1.28

30 Dureza Total A amostra é constituída por 19 análises, com distribuição simétrica e dispersão (coeficiente de variação) de 33% (Tabela 1.6). Os valores máximos ocorrem na Serrinha (625 mg/l de CaCO 3 ), Castro e Rossas. O teor mínimo oberva-se no Tagarral (168 mg/l) (Figura 1.15). Tabela 1.6 Estatísticas do parâmetro Dureza Total Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão

31 Águas altas Águas baixas Sapo N Ouguela Serrinha Campo Maior Castro Tagarral Elvas Caia Kilometers km Condutividade (micros/cm) > 1000 Sem dados Figura Distribuição da Condutividade da água 1.30

32 Águas altas Águas baixas Lapagueira Sapo N Ouguela Campo Maior Tagarral Godinha Comenda Elvas Caia Kilometers km ph > 8 Sem dados Figura Distribuição do ph da água 1.31

33 Águas altas Águas baixas N Ouguela Serrinha Campo Maior Castro Tagarral Godinha Rossas Elvas Caia Kilometers km Dureza Total (mg/l CaCO3) > 500 Sem dados Figura Distribuição da Dureza Total da água 1.32

34 Ião Bicarbonato O bicarbonato é o anião preponderante no conjunto dos pontos amostrados. Em 20 análises registou-se uma amplitude de concentrações de 716 mg/l, a que corresponde um coeficiente de variação de 47 % (Tabela 1.7). Os valores mínimos ocorrem na Quinta (50 mg/l) e Sapo (122 mg/l) enquanto que concentrações máximas surgem na Serrinha (766 mg/l) e Alivã (555 mg/l) (Figura 1.16). Tabela 1.7 Estatísticas do ião Bicarbonato Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão Ião Cloreto O cloreto contribui de forma significativa para a falta de perfil hidrogeoquímico das águas deste Sistema. A distribuição deste parâmetro, com 20 análises, apresenta elevadíssima dispersão (c.v. = 80 %) (Tabela 1.8). As menores concentrações registaram-se no Tagarral (11mg/L) e Ronquilha (23 mg/l). O teor máximo determinado de 291 mg/l observou-se no Caia (Figura 1.17). A esta concentração não será alheia a ocupação do solo por agricultura intensiva desde longa data. Tabela 1.8 Estatísticas do ião Cloreto Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão

35 Ião Sulfato Assim como o ião cloreto, também o sulfato com uma enorme dispersão de concentrações (c.v. = 88 %), não contribui em nada para a definição de um perfil hidrogeoquímico natural para as águas subterrâneas deste Sistema (Tabela 1.9). Em 20 análises, o valor máximo regista-se no Sapo (97 mg/l) seguido do Caia com 70 mg/l. No lado oposto, Ronquilha, Tagarral e Godinha não excedem os 7 mg/l (Figura 1.18). Tabela 1.9 Estatísticas do ião Sulfato Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão

36 Águas altas Águas baixas Sapo N Ouguela Quinta Serrinha Campo Maior Alivã Tagarral Elvas Caia Kilometers km HCO3 (mg/l) > 500 Sem dados Figura Distribuição do teor em Bicarbonato na água 1.35

37 Águas altas Águas baixas N Ouguela Campo Maior Ronquilha Tagarral Godinha Elvas Caia Kilometers km Cl (mg/l) > 200 Sem dados Figura Distribuição do teor em Cloreto na água 1.36

38 Águas altas Águas baixas Sapo N Ouguela Campo Maior Ronquilha Tagarral Godinha Elvas Caia Kilometers km SO4 (mg/l) > 100 Sem dados Figura Distribuição do teor em Sulfato na água 1.37

39 Ião Nitrato Para este ião podemos contar para além dos dados de laboratório (20 análises), com 18 medições de campo realizadas com o Rqflex da Merck. Ainda que se verifiquem diferenças significativas nos vários parâmetros estatísticos presentes no Tabela 1.10 aplicando o teste F às duas amostras conclui-se que as mesmas poderão corresponder a uma mesma população. Os valores máximos (determinados em laboratório) ocorreram no Sapo (297 mg/l), Rossas (125 mg/l) e Comenda (107 mg/l em águas altas e 74 mg/l em águas baixas). As menores concentrações encontram-se na Ouguela e no Baldio, ambos os pontos de água com 7 mg/l (Figura 1.19). Tabela 1.10 Estatísticas do Ião Nitrato Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão LAB Campo Ião Cálcio Para um conjunto de 20 análises, a distribuição possui dispersão média (c.v. = 35%) para o conjunto de parâmetros considerados (Tabela 1.11). A concentração máxima ocorre nas Rossas (111 mg/l) e a mínima no Baldio (27 mg/l) (Figura 1.20). Tabela 1.11 Estatísticas do ião Cálcio Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão Ião Magnésio Com o mesmo número de amostras do ião cálcio, e dispersão idêntica (c.v. = 36 %), o teor mínimo surge no Baldio (20 mg/l) e o máximo no Castro (78 mg/l) (Tabela 1.12 e Figura 1.21). 1.38

40 Tabela 1.12 Estatísticas do ião Magnésio Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão

41 Águas altas Águas baixas Sapo N Ouguela Baldio Campo Maior Castro Buque Rossas Comenda Elvas Caia Kilometers km NO3 (mg/l) > 50 Sem dados Figura Distribuição do teor em Nitrato na água 1.40

42 Águas altas Águas baixas N Ouguela Baldio Campo Maior Godinha Rossas Elvas Caia Kilometers km Ca (mg/l) > 110 Sem dados Figura Distribuição do teor em Cálcio na água 1.41

43 Águas altas Águas baixas N Ouguela Baldio Serrinha Campo Maior Castro Alivã Ronquilha Tagarral Rossas Elvas Caia Kilometers km Mg (mg/l) > 50 Sem dados Figura Distribuição do teor em Magnésio na água 1.42

44 Ião Sódio A distribuição do ião sódio revela baixa simetria e elevada dispersão (c.v. = 62%) para o conjunto das 20 análises consideradas (Tabela 1.13). As concentrações máximas ocorrem no Caia (132 mg/l) e Baldio (110 mg/l) e, a mínima no Tagarral (9 mg/l) (Figura 1.22). Tabela 1.13 Estatísticas do ião Sódio Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão Ião Potássio Para o tratamento estatístico do ião potássio optou-se por retirar a análise referente ao Monte do Sapo pelo facto do valor ser claramente anómalo (136 mg/l), considerandose assim, uma amostra de 19 elementos (Tabela 1.14). Desta forma, o teor máximo ocorre no Tagarral (3,3 mg/l) e, o mínimo na Serrinha (0,4 mg/l) (Figura 1.23). Tabela 1.14 Estatísticas do ião Potássio (para uma amostra de 19 análises) Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão 1,1 0,8 0,4 0,6 1,0 1,1 3, Sílica A sílica apresenta uma distribuição com elevada simetria e dispersão média (c.v. = 36%) para uma amostra de 20 análises (Tabela 1.15). Concentrações máximas no Campo (58 mg/l), Godinha (52 mg/l em águas altas e 59 mg/l em águas baixas) e, Buque (51 mg/l), talvez relacionadas com captação em rochas ígneas em profundidade. As menores concentrações encontram-se a Norte (Figura 1.24), nos furos Sapo (15 mg/l) e Baldio (16 mg/l). 1.43

45 Tabela 1.15 Estatísticas do parâmetro Sílica Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão

46 Águas altas Águas baixas Sapo N Ouguela Quinta Baldio Campo Maior Tagarral Godinha Elvas Caia Kilometers km Na (mg/l) > 50 Sem dados Figura Distribuição do teor em Sódio na água 1.45

47 Águas altas Águas baixas Sapo N Ouguela Campo Maior Godinha Tagarral Elvas Caia Kilometers km K (mg/l) > 10 Sem dados Figura Distribuição do teor em Potássio na água 1.46

48 Águas altas Águas baixas N Ouguela Campo Maior Buque Godinha Elvas Caia Campo Kilometers km SiO2 (mg/l) > 50 Sem dados Figura Distribuição do teor em Sílica na água 1.47

49 Ferro Realizaram-se 20 análises ao ferro, onde 85% dos pontos amostrados possuem concentração inferior a 0,05 mg/l (Tabela 1.16). A concentração máxima encontra-se na Ouguela (0,07 mg/l) (Figura 1.25). Tabela 1.16 Estatísticas do ião Ferro Média Desvio Mínimo 1º Quartil Mediana 3º Quartil Máximo Padrão 0,03 0,02 0,01 0,03 0,03 0,04 0, Fácies hidrogeoquímicas Para a caracterização da fácies hidrogeoquímica das águas deste Sistema Aquífero recorrer-se-á a duas representações gráficas muito usadas em hidrogeologia: os diagramas de Stiff e o diagrama de Piper Diagramas de Stiff Para a construção destes diagramas recorreu-se para além das análises efectuadas em pontos de água do próprio Sistema Aquífero, a análises de captações da área envolvente (apenas a Oeste do Sistema pois a Este encontra-se a fronteira com Espanha), por forma a contextualizar de forma expedita mas rápida, as potenciais características das águas analisadas no Sistema. No presente caso, as diferenças são mínimas pois como já foi referido, as águas deste Sistema Aquífero não possuem um perfil hidroquímico bem definido. Na Figura 1.26, observa-se então a projecção dos pontos, distinguindo-se através de cores os pontos da responsabilidade do Instituto da Água (INAG) e da Universidade de Évora (UE). Estes diagramas foram modificados, por forma a incluir a representação do ião nitrato (área a amarelo para os pontos do INAG e, cinzento para os da UE). 1.48

50 A projecção dos dados referentes ao período de águas baixas não se justifica pelo reduzido número de amostras. 1.49

51 Águas altas Águas baixas N Ouguela Campo Maior Godinha Elvas Caia Kilometers km Fe (mg/l) > 0.3 Sem dados Figura Distribuição do teor em Ferro na água 1.50

52 INAG UE Nitrato 11 2 N Nitrato Campo Maior Elvas Na+K Mg Águas altas Cl SO4+NO3 Ca HCO ESTUDO DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS DO ALENTEJO 3 Diagramas de Stiff Fig ura 1.26 Data 24/4/00 2 Escal a km

53 Diagrama de Piper Este diagrama de fácies hidroquímicas, representa a proporcionalidade entre espécies iónicas (iões maiores, excepto o ião nitrato). Na Figura 1.27, observa-se a preponderância catiónica do cálcio e magnésio e, aniónica, do bicarbonato (para os ph s existentes, a concentração em carbonato é mínima). Os desvios ocorrem nos seguintes pontos de água: (1) Monte do Sapo; (2) Caldeiras (Caia); (3) Godinha; (4) Baldio. Sulfato(SO4)+Cloreto(Cl) Cálcio(Ca)+Magnésio(Mg) Magnésio(Mg) Mg SO Sódio(Na)+Potássio(K) Carbonato(CO3)+Bicarbonato(HCO3) Sulfato(SO4) Ca Na+K HCO 3+CO 3 Cl Cálcio (Ca) Cloreto (Cl) C A T I Õ E S %meq/l A N I Õ E S Figura 1.27 Diagrama de Piper (águas altas) 1.52

54 Sulfato(SO4)+Cloreto(Cl) Cálcio(Ca)+Magnésio(Mg) Ca Magnésio(Mg) Mg SO Sódio(Na)+Potássio(K) Carbonato(CO3)+Bicarbonato(HCO3) Sulfato(SO4) Na+K HCO 3+CO 3 Cl Cálcio (Ca) Cloreto (Cl) C A T I Õ E S %meq/l A N I Õ E S Figura 1.28 Diagrama de Piper (águas baixas). Na Figura 1.28, onde se projectam os pontos amostrados em águas baixas, a dispersão e o reduzido número de amostras impossibilita a concepção de qualquer perfil hidroquímico típico. Referenciando os pontos, temos: (1) Ronquilha; (2) Comenda; (3) Godinha; (4) Quinta. 1.53

55 Estados de saturação das águas relativamente à calcite, dolomite e sílica Considerando-se uma amostra de 17 pontos de água, tem-se que quer relativamente à calcite quer à dolomite, sete pontos se apresentam sub-saturados (ou seja, com capacidade de dissolução desses minerais), um, em equilíbrio e, nove pontos de água, sobressaturados (Figuras 1.30 e 1.31). Os pontos com maior capacidade de dissolução de calcite e dolomite são as captações (furos) do Monte do Sapo e da Godinha, enquanto que na Lapagueira a água evidencia sobressaturação nestes dois minerais. O índice de saturação da calcite apresenta ainda um coeficiente de correlação linear com o índice de saturação da dolomite, de 0.99 (Figura 1.29). Relativamente ao quartzo, todos os pontos se apresentam sobressaturados, sendo o máximo dessa sobressaturação atingido no Buque. log IS dolomite log IS calcite Figura 1.29 Correlação entre o IS calcite e IS dolomite. 1.54

56 Qualidade da água para uso agrícola No sentido de classificar a água quanto à sua aptidão para uso agrícola (rega), foi seguida a classificação do U. S. Salinity Laboratory Staff, em que os factores considerados são a condutividade da água e a taxa de adsorção do sódio (TAS). O primeiro parâmetro fornece indicação sobre o perigo de salinização do solo e, o segundo, o perigo de alcalinização. Para este Sistema Aquífero não se detectou qualquer problema de alcalinização, já o mesmo não acontecendo com a salinização que apresenta perigo médio a alto. As classes encontradas são do tipo C3-S1 (11 pontos de água, correspondendo a 61% da amostra) e, C2-S1 (7 pontos de água). 1.55

57 N SS S S S Campo Maior S S S S S S S Elvas S S S km Kilometers S Log. I.S. Calcite S < -0.1 S S > 0.1 Figura Estado de saturação da Calcite 1.56

58 N SS S S S Campo Maior S S S S S S S Elvas S S S km Kilometers S Log. I.S. Dolomite S < -0.1 S S > 0.1 Figura Estado de saturação da Dolomite 1.57

59 Salinização Alcalinização N Campo Maior Elvas km Kilometers Classes - Águas altas Figura Qualidade da água para uso agrícola 1.58

60 BIBLIOGRAFIA Gonçalves, F., Torre de Assunção, C., Carta Geológica de Portugal na Escala 1/ e Notícia Explicativa da Folha 33-D RIO XÉVORA, Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa, 11 p. Gonçalves, F., Torre de Assunção, C., Pinto Coelho, A. V., Carta Geológica de Portugal na Escala 1/ e Notícia Explicativa da Folha 33-C CAMPO MAIOR, Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa, 41 p. Silva, A. M. V., Hidrogeologia de uma área do Sistema Aquífero de Elvas Vila Boim. Dissertação apresentada à Universidade de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Geologia Económica e Aplicada, Lisboa. 1.59

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