Características hidroquímicas e hidrodinâmicas do aquífero na planície arenosa da Costa da Caparica
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1 Características hidroquímicas e hidrodinâmicas do aquífero na planície arenosa da Costa da Caparica Frederico FERREIRA1, M. Rosário CARVALHO2, Manuela SIMÕES3, Catarina SILVA2, Paula GALEGO FERNANDES2 1Instituto Hidrográfico, frederico.ferreira@hidrografico.pt 2Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, Departamento de Geologia, Centro de Geologia 3Universidade Nova, Faculdade de Ciências e Tecnologia
2 ESTRUTURA 1. Introdução e objetivos 2. Enquadramento Geográfico 3. Metodologia 4. Enquadramento Geológico e Hidrogeológico 5. Locais de amostragem 6. Hidrogeoquímica 7. Hidrodinâmica 8. Modelo conceptual 9. Conclusões.
3 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS O estudo incide no aquífero costeiro do concelho de Almada; Obtenção de dados hidrogeológicos de modo a gerar conhecimento científico. Caracterizar do ponto de vista hidrogeoquímico e hidrodinâmico o aquífero; Identificar eventuais zonas contaminadas por poluentes químicos orgânicos e água marinha. Previsão do comportamento do aquífero a alterações climáticas
4 2. ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO
5 4. ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO E HIDROGEOLÓGICO Bacia Terciária do Tejo-Sado
6 Unidade Hidrogeológica Bacia do Tejo-Sado Aquífero em estudo: - areia de praia e de duna; - 20 m de espessura.
7 5. LOCAIS DE AMOSTRAGEM
8 Referência Condutividade (μs/cm) 6. HIDROGEOQUÍMICA P1A 752 ph T (ºC) 7,174 18,9 P2A 916 7,352 20,2 F3A ,875 18,8 P4A ,393 19,3 F5A 809 7,247 21,8 F6A ,876 22,5 P7A ,511 21,3 P8A ,969 19,2 P9A ,997 19,2 F10A ,698 19,0 P11A ,203 24,3 P12A 995 7,626 20,5 F13A ,256 21,5 P14A 798 7,769 20,2 P15A ,026 20,4 P16A ,661 21,3 P17A ,4 P18A ,0 Parâmetros obtidos no campo.
9 Referência Condutividade (μs/cm) ph T (ºC) P1A 752 7,174 18,9 P2A 916 7,352 20,2 F3A ,875 18,8 P4A ,393 19,3 F5A 809 7,247 21,8 F6A ,876 22,5 P7A ,511 21,3 P8A ,969 19,2 P9A ,997 19,2 F10A ,698 19,0 P11A ,203 24,3 P12A 995 7,626 20,5 F13A ,256 21,5 P14A 798 7,769 20,2 P15A ,026 20,4 P16A ,661 21,3 P17A ,4 P18A 967e hidrodinâmicas do aquífero 23,0 Características hidroquímicas na planície arenosa da Costa da Caparica
10 Linha de mistura água do mar
11 - Boa correlação; - Mesma origem para os dois iões; - Provavelmente contaminação agrícola.
12 Modelação hidrogeoquímica - software Phreeqc Referência Água do mar F3A 4,67% P8A 3,69% F6A 1,75% P15A 1,25% P9A 1,15% P7A 0,55% F13A 0,35%
13 Contaminação em Sulfatos Referência SO42- (mg/l) F3A 1464,89 F6A 786,98 P7A 310,69 P8A 902,73 P9A 374,47 F13A 91,92 P15A 753,82 Excesso de sulfatos ter origem nos fertilizantes utilizados na agricultura.
14 - Descarta a hipótese de origem em contaminação marinha. Linha de mistura água do mar - Excepto captação P8A. Linha de mistura água do mar
15 7. HIDRODINÂMICA
16 Transmissividade Determinada pelo método de Theis de recuperação: T = 704,31 m2/dia Dados bibliográficos: o Simões et al., (2011) planície da Costa da Caparica 3,40 m/dia < permeabilidade (condutividade hidráulica) < 23,59 m/dia; o Condença (2004) península de Tróia 650 m2/dia < Transmissividade < 1500 m2/dia.
17 Avaliação dos Impactes das Alterações Climáticas nos Aquíferos Costeiros do Concelho de Almada 7. Geoquímica isotópica δ18o e δ2h δ18o δ2 H Frederico Ferreira 12 de junho de 2012
18 Avaliação dos Impactes das Alterações Climáticas nos Aquíferos Costeiros do Concelho de Almada Frederico Ferreira 12 de junho de 2012
19 8. CONCLUSÕES Grau de mineralização muito variado, atingindo valores de condutividade elétrica de 6290 μs/cm; Fácies hidrogeoquímica: bicarbonatada, sulfatada e cloretada cálcica; sulfatada magnesiana-sódica; e bicarbonatada magnesiana; Ocorrência de ligeira contaminação por sais de origem marinha e forte contaminação por sulfatos e nitratos de origem antrópica; A transmissividade estimada para o aquífero livre foi de 704,31 m2/dia;
20 Modelação Matemática (FEFLOW) Modelo de fluxo: o Malha triangular de elementos finitos; o Simulação a 2D com uma única camada, em meio saturado com fluxo e transporte de massa transitório, projeção vertical; o Condições de fronteira: Nível piezométrico imposto (1ª ordem) no limite com o mar; Fluxo imposto (2ª ordem) recarga proveniente de Este das formações Miocénicas; Fluxo imposto (2ª ordem) recarga direta de precipitação.
21 Modelo de Transporte: o Salinidade: Água do mar mg/l; Água de precipitação 5 mg/l (cloretos); Água de recarga subterrânea 60 mg/l (cloretos); o o o o Porosidade 0,3; Difusão molecular 1*10-9 m2/s; Dispersividade longitudinal 15 m; Dispersividade transversal 1,5 m;
22 Calibração do modelo de fluxo O nível piezométrico calculado pelo modelo e o registado no terreno ficaram semelhantes quando foi considerada a seguinte recarga: - 80% de precipitação (514,24 mm/ano); mm/ano proveniente de cada zona de ascensão; - 50 mm/ano procedente da arriba fóssil.
23 Impacte das alterações climáticas O cenário mais pessimista para 2100: Redução em 42% na precipitação (Santos e Miranda, 2006); Aumento do nível do mar em 1,5 m (Grinsted et al., 2009).
24 8. CONCLUSÕES Interface água doce água do mar estende-se até cerca de 50 m da linha de costa, em zonas onde não existe extração excessiva Avanço da cunha salina em cerca de 20 m até 2100 assumido cenário mais pessimista de diminuição de recarga e aumento do n.m.a.m.
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