Pesquisas envolvem. de veículos. Centro Universitário constrói Fórmula elétrico com bateria de celular

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1 DO MÍNIO FEI Publicação do Centro Universitário da FEI - Ano III - Nº9 - Novembro/Dezembro de 2011 Pesquisas envolvem dinâmica de veículos Fernando Landgraf, diretor de Inovação do IPT, afirma que é preciso estimular os estudantes para a pesquisa Centro Universitário constrói Fórmula elétrico com bateria de celular Engenharia Civil atualiza currículo e segue em busca da internacionalização NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 1

2 EDITORIAL Um ano para ser festejado Professor doutor Marcelo Antonio Pavanello Vice-reitor de Ensino e Pesquisa Centro Universitário da FEI Encerramos 2011 com resultados importantes na área de pesquisa que merecem ser comemorados. Ao longo deste ano, a FEI participou de inúmeros eventos e nossos professores pesquisadores e alunos de Iniciação Científica, pós-graduação e mestrado desenvolveram dezenas de trabalhos relacionados aos mais diferentes temas, cujo objetivo é inovar e gerar conhecimento que possa atender aos interesses da indústria e da sociedade. Uma boa mostra do conhecimento gerado por nossos alunos foi apresentada durante o 1º Simpósio de Iniciação Científica, Didática e Ações Sociais, realizado em outubro no campus São Bernardo do Campo. No evento, 89 trabalhos nas áreas de Administração, Ciên cia da Computação e Engenharia foram apresentados e julgados por comissão formada por professores de todas as áreas, com resultados considerados promissores. Também contribuímos para a organização de encontros nacionais e internacionais, como o Diname Symposium on Dynamic Problems of Mechanics, e o SBMicro 2011, nas áreas de mecânica e microeletrônica, entre outros de igual importância. Ampliamos muito a nossa participação em eventos internacionais de Ciência e Tecnologia, com a apresentação de inúmeros trabalhos patrocinados por agências de fomento, o que demonstra a qualidade e credibilidade das pesquisas realizadas na Instituição. Em alguns desses congressos, nossos docentes foram premiados pela qualidade de suas pesquisas. Outro motivo de orgulho é o reconhecimento crescente de nossos programas de pós-graduação, mestrado e doutorado junto à comunidade científica nacional e internacional. Criamos um círculo virtuoso e todos os resultados alcançados indicam que estamos no caminho certo, tanto em busca da geração de conhecimento quanto no incentivo que damos aos nossos alunos para que se interessem pela pesquisa. Na entrevista especial desta edição, um engenheiro pesquisador formado pela FEI Fernando José Gomes Landgraf, diretor de Inovação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) nos dá a dimensão exata de quanto a universidade pode influenciar a vida de um pesquisador, por meio de informação e incentivo. O Centro Universitário da FEI também esteve envolvido com uma importante ação direcionada à pesquisa, que reuniu sete instituições de ensino superior do Grande ABC. Pela primeira vez na região e de forma pioneira no Brasil, essas instituições idealizaram um movimento no sentido de articular as suas pesquisas entre si e com o setor produtivo, o que culminou, em novembro, no 1º Simpósio de Pesquisa do Grande ABC. Na matéria das páginas 10 e 11 vocês poderão conhecer melhor o projeto. Todas essas iniciativas são parte da responsabilidade do Centro Universitário da FEI de se manter como um centro gerador de conhecimento de excelência e, com isso, contribuir para o crescimento do Grande ABC, de São Paulo e do País. Queremos continuar formando pessoas de alto nível que possam ajudar a inovar e a gerar riquezas, e convidamos nossos alunos e professores, assim como empresários e gestores públicos, a caminhar conosco em busca deste objetivo. NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 3

3 ESPAÇO DO LEITOR SUMÁRIO REVISTA DOMÍNIO FEI Publicação do Centro Universitário da FEI 18 Foi com grande alegria que li e revivi um pouco minha história com a reportagem Arquivo - Evolução na área produtiva, que relata o histórico da Engenharia de Produção. Realmente, a Engenharia de Produção funciona como uma chave mestra que abre as portas de diversos segmentos da indústria. Sou formada em Engenharia de Pro dução Química e, graças à flexibilidade que o curso de produção proporciona ao profissional, tive a oportunidade de atuar nas indústrias petroquímica, química e automotiva realizando, assim, meus anseios como engenheira. Sou uma eterna apaixonada pela Engenharia e a FEI é a grande protagonista desta história. Sou grata aos mestres e a todos os amigos que fiz durante o curso, com os quais ainda mantenho contato. Parabéns pela publicação e pela reportagem. Simone Cotrufo França Engenharia de Produção Química Turma 1995 Gostaria de parabenizar toda equipe produtora da revista Domínio FEI. São matérias inteligentes que nos fazem retornar aos bons tempos de aluno. Acompanho e me entusiasmo com todas as publicações. Antenor Ferreira Filho Engenharia Metalúrgica Turma 1981 Fale com a redação Fico muito orgulhoso e feliz por receber esta pu bli cação periódica, me atualizando sobre os acontecimentos na FEI. Tenho imensa satisfação de ter me graduado em Engenharia Metalúrgica na turma de 1987 no meio do ano! A consistente formação técnica e profissional me permitiu desenvolver uma carreira no setor siderúrgico, contribuindo com o progresso de nosso País. Deixa-me muito alegre ler a importante matéria publicada sobre o assunto na edição número 7 de maio/julho de Parabéns pela justa homenagem prestada aos nossos mestres que tanto se dedicaram à nossa formação e se dedicam aos atuais alunos. Saudações! Karl Kristian Bagger Engenharia Metalúrgica Turma 1987 Gostaria de parabenizar a redação pela revista Domínio FEI. Acabo de ler algumas matérias da edição de agosto/outubro de 2011 e, como exaluno, fico feliz de ver as inovações que a FEI está proporcionando. É bom poder acompanhar os acontecimentos que ocorrem nesta comunidade, da qual não queremos deixar de fazer parte. Thomas Kiss Engenharia de Produção Turma 2010 Ter cursado a FEI e, mais do que isso, ter cursado a ênfase Refrigeração e Ar Condicionado, foi um fator determinante na minha carreira pro fissional. A FEI sempre preparou profissionais aptos a enfrentarem quaisquer desafios que apresentem em seus caminhos. Sinto orgulho de fazer parte de uma elite profissional que fez, faz e continuará fazendo história no mercado. Osvaldo Francisco Alves Jr. Engenharia Mecânica Ênfase Refrigeração e Ar Condicionado Turma 1984 A equipe da revista Domínio FEI quer saber a sua opinião sobre a publicação, assim como receber sugestões e comentários. Escreva para Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, 3972, Bairro Assunção - S.B.Campo - SP - CEP , mande para redacao@fei.edu.br ou envie fax para o número (11) Em virtude do espaço, não é possível publicar todas as cartas e s recebidos. Mas a coordenação da revista Domínio FEI agradece a atenção de todos os leitores que escreveram para a redação. As matérias publicadas nesta edição poderão ser reproduzidas, total ou parcialmente, desde que citada a fonte. Solicitamos que as reproduções de matérias sejam comunicadas à redação pelo redacao@fei.edu.br. EXPEDIENTE Centro Universitário da FEI Campus São Bernardo do Campo Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, 3972 Bairro Assunção São Bernardo do Campo SP Brasil CEP Tel: Telefax: Campus São Paulo Rua Tamandaré, 688 Liberdade São Paulo SP Brasil CEP Telefax: Presidente Pe. Theodoro Paulo Severino Peters, S.J. Reitor Prof. Dr. Fábio do Prado Vice-reitor de Ensino e Pesquisa Prof. Dr. Marcelo Pavanello Vice-reitora de Extensão e Atividades Comunitárias Profª. Drª. Rivana Basso Fabbri Marino Conselho Editorial desta edição Professores doutores Rivana Basso Fabbri Marino, Camila Borelli Silva, Agenor de Toledo Fleury e Ricardo Belchior Torres Coordenação geral Andressa Fonseca Comunicação e Marketing da FEI Produção editorial e projeto gráfico Companhia de Imprensa Divisão Publicações Edição e coordenação de redação Adenilde Bringel (Mtb ) Reportagem Adenilde Bringel, Marli Barbosa, Elessandra Asevedo, Fernanda Ortiz, Aline Nascimento (estagiária) e Fabrício F. Bomfim (FEI) Fotos Arquivo FEI, Jésus Perlop, Alex Lodovico e Ilton Barbosa Programação visual Irati Motta e Felipe Borges (estagiário) Tiragem: 16 mil exemplares CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI Instituição associada à ABRUC Professores e alunos do Centro Universitário da FEI desenvolvem pesquisas na área de dinâmica de veículos 22 ENTREVISTA O engenheiro Fernando José Gomes Landgraf, diretor de Inovação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), explica o que pode ser feito para que o Brasil tenha mais pesquisadores voltados à inovação DESTAQUES Presidente da FEI diz o que espera para o futuro Semana da Engenharia teve uma série de atividades Travessia desafia estudantes da FEI e do ensino médio Simpósio reúne sete instituições voltadas à pesquisa Carro Fórmula da FEI é pentacampeão no SAE Brasil Centro Universitário constrói carro elétrico inédito Convênio com Omnisys possibilita novo conhecimento Encontro reúne engenheiros de três turmas de 1966 FEI vai sediar Assembleia Geral da FIUC em 2012 DESTAQUE JOVEM Engenheiro de produção formado em 1997, Alexandre Cecolim faz carreira de sucesso na área de logística GESTÃO & INOVAÇÃO Empresas que optam pela terceirização devem estar atentas aos riscos de envolvimento com trabalho escravo ARQUIVO O curso de Engenharia Civil, criado no fim da década de 1980, caminha para a internacionalização PÓS-GRADUAÇÃO IECAT oferece dois cursos de especialização na área de Administração: para Engenheiros e para a Produção RESPONSABILIDADE SOCIAL O Programa de Apoio ao Ingressante visa auxiliar os calouros a se adaptarem à vida universitária SEÇÕES Mestrado Agenda Artigo 4 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 5

4 DESTAQUE Olhos voltados para o futuro O Centro Universitário da FEI busca na qualidade humana a chave para se manter na vanguarda do conhecimento faz parte da cultura de qualidade brasileira, participa de convênios nacionais e AFEI internacionais, fomenta a internacionalização de seus estudantes e pesquisadores. O fu turo infiltra-se no presente, acelerando o processo de autossuperação. É o que o Padre Saboia legou e, que com a graça divina, a FEI assumiu através de suas diretorias continuamente. A afirmação do Padre Theo doro Peters S.J., presidente da Fundação Educacional Inaciana Padre Saboia de Medeiros (FEI), mantenedora do Centro Uni versitário da FEI, resume os caminhos que a Instituição vem trilhando ao longo de 70 anos de his tória. Fundada em 1941 pelo jesuíta Roberto Saboia de Medeiros, a FEI se mantém comprometida com os ideais que levaram às suas origens, focada no pio neirismo e no compromisso de formar pro fissionais com visão empreendedora voltada aos desejos e às necessidades da sociedade. A qualidade humana presente nos quadros de alunos, professores, pesquisadores e corpo funcional espelha a qualidade acadê mica e ambas seguem uma clareza de atitudes para que a FEI continue formando profissionais altamente qualificados. A qualidade também se reflete na preocupação com a estrutura física e de equipamentos e laboratórios, que recebem investimentos permanentes para que estejam sempre adequados às necessidades de docentes e estudantes. Entre as ações mais recentes neste sentido estão a modernização e atualização de bibliotecas, informatização de salas de aula, instalação de mobiliários novos, aquisição de equipamentos de ponta para os laboratórios e melhoria dos ambientes externos e de serviços, como restaurante, papelaria e livraria. A qualidade de uma universidade se ava lia depois de 20 anos de desempenho dos formandos na sociedade e a FEI mantém um universo de ex-alunos ocupando posições de grande destaque, no Brasil e no exterior, o que nos dá a certeza de estarmos cumprindo a missão de nosso fundador, que era formar mão de obra altamente qualificada e preparada para atender aos anseios das empresas e da sociedade, reflete o presidente da FEI. Outro destaque é o fomento para a produção científica e o trabalho em rede de pesquisa, que envolve todos os níveis universitários. Com isso, a Instituição objetiva formar cidadãos do mundo, habilitados para intervir no aperfeiçoamento de processos, aptos para a formação continuada, socializados para o trabalho em equipe e convictos de que são capazes de ultrapassar as fronteiras do conhecimento. Cheia de vitalidade, a Instituição chegou aos 70 anos com muitos planos para o futuro. A FEI busca ampliar a internacionalização de suas ações por meio de convênios como o que mantém com a Conservatoire National des Arts e Metiers (CNAM), de Paris, no mestrado de Administração, par cerias e participação em congressos internacionais com trabalhos de pesquisa, tanto de professores quanto de alunos de Iniciação Científica. Segundo o Padre Theo doro Peters, mais que oferecer uma boa faculdade, o objetivo é institucionalizar as intenções de ensino, aliando a pesquisa e a vida comunitária. Começamos com faculdades separadas, que foram articuladas em Centro Universitário em 2002 e, hoje, temos amadurecimento suficiente para ampliar os nossos cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado, argumenta. Graças à qualidade dos cursos de mestrado, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes soal de Nível Superior (CAPES) ofe receu à FEI a assinatura digital de sua biblioteca vir tual sem pagamento. Com isso, desde o 2010 a Instituição utiliza a verba, de apro ximadamente US$ 200 mil anuais, para ou tros investimentos nos cursos e campi. O presidente reforça que a FEI tem uma identidade própria, que é propiciar uma for mação plena e desenvolver a aptidão pro fissional de seus alunos, estimulando as habilidades pessoais, a comunicação e a dis cussão de ideias. Nossa missão é formar en genheiros e administradores capacitados a responder aos desafios, superar dificuldades, profissionalizar atitudes e, ao mesmo tem po, que também pensem no bem-estar da sociedade e na sustentabilidade do meio am biente, ultrapassando as barreiras do co nhecimento. A visão de futuro é a marca do presente da FEI, afirma. O Padre Theodoro Peters S.J. preside a Fundação Educacional Inaciana - FEI Plenitude na vida universitária Para o Padre Theodoro Peters S.J., den tre todos os avanços vivenciados pela FEI ao longo destes 70 anos, a audácia da Instituição para a construção do futuro se ria um dos grandes motivos de orgulho de seu fundador. Jesuítas falam muito do ser para os outros e queremos que nossos alunos se desenvolvam com harmonia. Tudo isso é estimulador para formar amizades e relacionamentos que perdurem, e as amizades são construídas por meio de atitudes. O Padre Saboia estaria muito feliz ao saber que a FEI estimula os alunos a gerar atitudes e a avançar, e que propicia a eles uma vida universitária plena, acredita. O presidente da FEI lembra que o fundador era energia pura, um homem que derrubava fronteiras com suas propostas de concretização da fraternidade solidária e do desenvolvimento sustentável para o Brasil. As dificuldades desafiavam a inteligência do religioso para que pudesse superá las, e havia uma grande preocupa ção com as tensões do pós guerra, com as necessidades humanas e com a desigualda de social. Além disso, o Padre Saboia tinha grande preocupação com a dependência do Brasil em relação aos países desenvolvidos e aos sistemas de produção. Por isso tudo é que se uniu a um grupo de intelectuais e colaboradores e resolveu qualificar o capital humano que o Brasil tanto precisava. Homem de fé, piedoso, solidamente formado, orador sacro, intelectual renomado, o Padre Saboia percebeu a exigência que a justiça social impunha como tributária da formação de elite que recebera e que deveria disponibilizar para o bem comum. Com ideais imensos e recursos parcos, inaugurou as escolas em dependências humildes e congregou colaboradores para levar adiante as suas iniciativas. Formar líderes e pessoas com valores cristãos, solidárias, competentes, fraternas e abertas à inovação era o motivo de seu sorriso satisfeito e irradiador, ressalta o Padre Theodoro Peters. 6 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 7

5 DESTAQUE Semana dedicada à Engenharia Palestras, minicursos e visitas aos laboratórios atraíram centenas de estudantes em novembro Tecnologia, empreendedorismo, gestão e perspectivas da Engenharia no Brasil foram alguns dos temas abordados por profissionais e estudantes durante a 3ª Semana da Enge nha ria da FEI, de 7 a 11 de novem bro no campus São Bernardo. Com objetivo de complementar a formação acadêmica dos alunos e de dar a oportunidade de adquirirem novos co nhecimentos, a Semana envolveu 56 pa lestras, ministradas por profissionais de diversas áreas, 14 minicursos, visita téc nica às empresas Unifi do Brasil, em Alfenas, e Cam bos Jeans, em Elói Mendes, Minas Gerais, e o Concurso Travessia (leia ao lado). Na abertura, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, ressal tou a importância da FEI para o desenvolvimento da cidade e da região ao for mar gerações de engenheiros, administradores e profissionais de Ciência da Computação. Não podemos falar de administração, pesquisa e tecnologia sem lembrar a FEI. E não podemos falar de produtos, sistema viário, gestão urbana e automóveis sem lembrar os engenheiros, exemplificou. O secretário de Desenvolvimento Eco nômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo do Campo, Jefferson José da Conceição, lembrou a participação da FEI nas discussões com a Prefeitura sobre a criação de um novo parque tecnológico, que deverá atuar nos segmentos de petróleo e gás e na indústria da defesa. A estruturação do desenvolvimento está centrada na inovação e na geração de tec nologia, e a FEI sempre esteve voltada à geração do conhecimento, destacou. As palestras envolveram profissionais das empresas Combustol & Metalpó, Trützschler, IAV do Brasil, Car Group, Cesvi Brasil, GE, Stäbull, Braskem, ThyssenKrupp, SCG Engenharia e Consultoria, Atlas Schindler, Alcatel Lucent, Phillps Ecorodovias Concessões, Scania, Rolls Royce e Procter & Gamble, entre outras. Os minicursos abordaram temas como Tecnologia Audi carroceria, motores, câmbios e eletrônica embarcada; Torres de resfriamento; Eficiência energética e Yellow Belt uso da metodologia Lean Six Sigma. A Semana recebeu patrocínio da Audi que também levou um carro para o evento, Mapfre e Scania, além de apoio da Neumayer Tekfor, Bardahl, Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e P&G. APROVAÇÃO Entre os estudantes que participaram estava Diego Ferreira, de Engenharia de Automação e Controle. Sempre participo, porque acredito que é um meio de a FEI nos proporcionar uma visão diferente e ampla da área, ressalta. O aluno de Engenharia de Produção, Adler Lage Varela, afirma que também participa das ativi dades e, neste ano, mesmo sendo monitor da área de Comunicação, encontrou tempo para assistir algumas palestras. O evento sempre tem a presença de palestrantes de destaque na minha área, e gosto mais ainda quando são ex alunos da FEI, informa. Da esq.: O secretário Jefferson José da Conceição, o prefeito Luiz Marinho e o professor doutor Fabio do Prado Ponte de palitos de sorvete Concurso Travessia destaca habilidades dos estudantes Cola, barbante, clipes, palitos de sorvete e muita vontade de adquirir novos conhecimentos e habilidades foram os ingredientes para os estudantes enfrentarem o desafio proposto pelo Concurso Travessia. Promovido pelo Departamento de Engenharia Civil da FEI, a terceira edição do concurso foi realizada dias 9 e 10 de novembro, no campus São Bernardo do Campo, e integrou as atividades da Semana da Engenharia. Os participantes alunos da graduação do Centro Universitário e de escolas do ensino médio enfrentaram o desafio de construir uma ponte de palitos de sorvete capaz de suportar o maior peso possível, em apenas quatro horas. Para a escolha das equipes vencedoras, as pontes foram submetidas a um teste de resistência com o Pondemobilator 2011 F, um aplicador de carga móvel desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Civil da FEI. Além da resistência, os grupos foram avaliados em quesitos como criatividade, projeto técnico e memória de cálculo. Na categoria ABC, composta por alunos dos cursos de Ciência da Computação, Administração e Engenharia da FEI (primeiro e segundo ciclos), a equipe MIB alcançou o primeiro lugar com uma ponte que suportou 60 quilos. O estudante do segundo ciclo de Engenharia e integrante da equipe, Átila Poles, já havia participado da segunda edição do concurso, como inte grante da equipe Sutrilhos, vencedora da categoria EMC em Quando eu era estudante do ensino médio decidi participar do concurso, porque tinha a intenção de escolher a Engenharia como profissão. Com a participação, tive a oportunidade de conhecer melhor a área e certeza da minha escolha, afirma. Neste ano, na categoria EMC, que integra estudantes do ensino médio de diversas escolas da região metropolitana, Capital e Santos, a equipe Earthquake, do Instituto Sagrada Família, e a equipe PQP, do Colégio Amorim, tiveram empate técnico e conquistaram a primeira posição. Para Felipe Ponciano de Novaes, professor do Instituto Sagrada Família e responsável pelo grupo, o concurso contribui para a formação dos alunos. Essa é a segunda vez que participamos, pois a competição é um meio de estimular o trabalho em equipe e também representa uma forma de auxiliá-los na escolha da profissão, acredita. Na categoria PRO, composta por estudantes do terceiro ao décimo ciclos de Engenharia da FEI, a equipe Que ganhou ano passado alcançou a primeira colocação. A premiação do concurso foi realizada em 16 de novembro e cada integrante das equipes vencedoras recebeu uma câmera digital. A escola campeã foi contemplada com um notebook e algumas equipes rece beram menção honrosa pelo quesito cooperatividade. Segundo o professor doutor Kurt André Pereira Amann, coordenador do cur so de Engenharia Civil da FEI, o objetivo do Concurso Travessia é estimular nos alunos novas habilidades e o interesse pela pesquisa. O desafio é uma forma de os estudantes colocarem seus conhecimentos em prática e também de adquirirem novos aprendizados, como planejamento e tra balho em equipe, resume. 8 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 9

6 DESTAQUE Pesquisadores em re de Sete instituições de ensino superior do ABC estão articuladas para compartilhar conhecimentos Otimismo geral A vice-reitora Rivana Basso Fabbri Marino (esq.) ao lado de professores pesquisadores e estudantes do Centro Universitário da FEI O Simpósio foi prestigiado por reitores e vice-reitores das sete instituições participantes e por inúmeros estudantes, docentes e pesquisadores. O reitor da FEI, professor doutor Fabio do Prado, afirma que a iniciativa pode gerar muitas possibilidades e que a Instituição tem uma cultura de desprendimento, criatividade e interesse e está suficientemente madura para ir além das fronteiras do conhecimento. Pesquisar é provocar cada vez mais o saber; é esse espírito que a FEI quer dos alunos e professores, ressalta. O reitor da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Silvio Augusto Minciotti, afirma que o encontro teve uma importante característica por ser o primeiro esforço de instituições de ensino superior para apresentarem, juntas, produção no campo das pesquisas. Para isso, é preciso superar as barreiras do individualismo e as dificuldades. Na universidade, preparamos pessoas para serem notáveis, mas não se pode ser isolado. Podemos ser notáveis com os outros também, acrescenta. Um movimento idealizado pelos vice-reitores de pesquisa de sete instituições de ensino superior do Grande ABC Centro Universitário da FEI, Centro Universitário Fundação San to André (FSA), Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (Mauá), Fa culdade de Medicina do ABC (FMABC), Uni versidade Metodista de São Paulo (UMESP), Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) e Universida de Fe deral do ABC (UFABC) reuniu docentes e alunos pesquisadores das áreas de Ciên cias Exatas e Engenharia, Ciências Hu manas e Sociais Aplicadas, Ciências da Saúde e Biologia, e Ensino por meio de pes quisa em um evento pioneiro no País. Realizado dia 10 de novembro, o 1º Sim pósio de Pesquisa do Grande ABC foi o passo inicial para que pesquisadores das sete instituições apresentassem seus es tudos e criassem um movimento com obje tivo de articular a possibilidade de pes quisas conjuntas, tanto entre as escolas quanto com o setor produtivo. Todas as instituições participantes possuem Segundo o pró-reitor de Pesquisa da Universidade Metodista, professor doutor Fábio Botelho Josgrilberg, o maior receio da comissão organizadora do simpósio estava relacionado à reação que a comunidade de pesquisa teria à proposta de abrir o conhecimento aos demais. É emocionante ver como todos reagiram com a possibilidade de se encontrar, afirma. Para o professor doutor Klaus Werner Capelle, pró-reitor de Pesquisa da Universidade Federal do ABC, o encontro serve de ponte para facilitar a interação entre as universidades e estimular parcerias entre alunos e professores. A professora doutora Márcia Zorello Laporta, pró-reitora de Pesquisa da Fundação Santo André, lembra que, apesar de as instituições de ensino da região fazerem pesquisas há décadas, raramente houve tratativas que resultassem em uma aproximação como a que se viu no simpósio. Aqui acontece uma grande quebra de paradigmas. O Brasil precisa de pesquisa qualificada e nossa meta é fortalecer essas escolas e as pesquisas que desenvolvem, reforça. programas de pós-graduação em nível de mes trado e doutorado, e desenvolvem pes quisas relevantes nas diversas áreas do co nhe cimento. Do total de 400 pôsteres apro vados para o Simpósio, nos quatro ei xos temáticos, a FEI participou com 54 tra balhos na área de Ciências Exatas e En genharias. Além da exposição dos pôsteres foi realizada apresentação com a presença do CNPq, do Consórcio Intermunicipal do Gran de ABC, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do Cen tro das Indústrias do Estado de São Pau lo (CIESP), com abordagem voltada às oportunidades de cooperação entre as ins tituições de ensino e o setor produtivo, e das próprias universidades, que demonstraram seu potencial de cooperação. Es sa iniciativa inédita visa fomentar a ar ticulação entre universidade e setor pro dutivo e entre as próprias instituições, que produzem conhecimento isoladamente, mas podem se unir para explorar to das as potencialidades de seus estudos, des taca o vice-reitor de Ensino e Pesquisa da FEI, professor doutor Marcelo Antonio Pavanello. Essas parcerias vão permitir aos pesquisadores conhecer os recursos, entender o que falta de conhecimento sobre os te mas e, principalmente, apresentar as inú meras possibilidades existentes na re gião e os benefícios que poderão gerar. Se gundo o vice-reitor da FEI, até agora ca da instituição desenvolvia seus estudos sem olhar para o entorno e sem saber se ha via alguma oportunidade de trabalho con junto. Por isso, o mais importante do encontro é a disponibilidade de articulação demonstrada pelas escolas, que pode gerar um embrião para gerar riquezas para a região e o País. O potencial de geração de conhecimento destas instituições é muito grande, resume. FEI é penta no Fórmula SAE Brasil A equipe Fórmula FEI conquistou pela quinta vez o primeiro lugar na Competição Fórmula SAE Brasil-Petrobras, que está na oitava edição e foi realizada em novembro no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), em Piracicaba, no interior de São Paulo. A competição reuniu 20 equipes de um total de 22 inscritas, que representaram instituições de ensino do Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. Com a vitória, a FEI representará o País na competição Fórmula SAE Michigan, que será em maio de A competição analisou oito quesitos e a FEI foi melhor em Autocross, Custos de Manufatura e no enduro de resistência, além de receber homenagens nas avaliações feitas pelos juízes. Neste ano, a Instituição foi representada pelo RS6, um protótipo mais compacto e leve em relação ao antecessor, o RS5. Os alunos investiram no uso de materiais leves e resistentes em diversas partes do veículo, como alumínio, fibra de carbono, fibra de vidro, policarbonato e aço. O RS6 tem suspensões duplo A, rodas aro 10, pneus com composto supermacio, freios com pinças, discos e pastilhas projetadas pela equipe, motor monocilíndrico de 450 cc com alterações para usar álcool, injeção eletrônica programável, controle de tração para aceleração e troca de marchas em plena carga, que possibilita mudar a marcha sem tirar o pé do acelerador. O veículo também possui sistema de telemetria desenvolvido pelos alunos, que permite a transmissão de informações sobre o funcionamento do carro durante o enduro entre boxe e veículo. SEMINÁRIO O Seminário Race Vehicle Dynamics, realizado pela OptimumG pela primeira vez no Brasil, foi sediado pelo Centro Universitário da FEI entre os dias 21 e 23 de novembro, no campus São Bernardo do Campo. O encontro ocorreu logo após o encerramento da 8ª Competição Fórmula SAE Brasil-Petrobras e foi uma oportunidade única para os competidores começarem a se preparar para a próxima etapa competitiva, com informações e dicas passadas pelo experiente engenheiro Claude Roulle. Depois de construir seu próprio carro de corrida, Claude Roulle trabalhou como engenheiro de projeto em competições importantes como Europe Touring Car Championship, Fórmula 3, F3000, Indycar e Fórmula 1. Em 1997, o engenheiro criou a OptimumG, empresa de consultoria especializada em engenharia de carros de corridas e desenvolvimento de software de aquisição de dados. 10 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 1

7 DESTAQUE Solução inovadora Troca de experiências FEI constrói carro elétrico com bateria de celular em apenas cinco semanas Em outubro, representantes da SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade) procuraram o Centro Universitário da FEI com um pedido desafiador: construir um carro de competição totalmente elétrico para ser exposto durante o 20º Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade em apenas cinco semanas. O objetivo era propor o lançamento, em 2012, da 1ª Competição Fórmula SAE Elétrico durante o evento, que reúne os maiores especialistas da área de mobilidade do Brasil e da América Latina. Apesar do curto espaço de tempo, os professores e sete alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica da FEI aceitaram o desafio e construíram o primeiro carro do gênero do País. O mercado brasileiro não oferecia as baterias necessárias para alimentar o veículo e a importação demoraria pelo menos seis meses, inviabilizando a entre ga do carro para a exposição. Então, surgiu uma ideia inusitada de usar baterias de celular, que são do tipo íon de lítio e poderiam fazer o carro andar, explica o professor do curso de Engenharia Mecânica Automobilística da FEI, Ricardo Bock, que coordenou o projeto. A solução inovadora mereceu empenho extra da equipe. Leandro Lacerda, aluno do curso de Engenharia Mecânica, conta que tiveram de unir as 1,4 mil baterias de celular doadas por uma empresa parceira. Cada bateria tem dois polos e foi trabalhoso lidar com elas, revela. Estudantes no estande do Congresso da SAE Brasil com o Fórmula pioneiro Fabio de Souza Moraes, estudante do curso de Engenharia Elétrica, afirma que a situa ção possibilitou o entrosamento entre alunos e conteúdo de cursos diferentes e que a experiência foi benéfica para sua futura atuação profissional, uma vez que o mercado brasileiro exigirá engenheiros capacitados para lidar com carros elétricos. As baterias de celular que alimentam o motor do Fórmula elétrico da FEI levam cerca de quatro horas para carregar e garantem autonomia de 30 minutos. O carro pesa 320kg, contando com o peso do piloto, pode superar os 100 km/h e possui recurso wireless que permite ao piloto ter informações como carga de bateria, tempo do motor ligado, velocidade e rotação em tempo real em uma tela de LCD acoplada ao volante. Com preocupação ecológica, a equipe que criu o carro na FEI utilizou banco com laminação à base de fibra de Curauá, planta originária do Pará. Durante o Congresso da SAE Brasil, realizado de 4 a 6 de outubro em São Paulo, a Instituição expôs também o baja Dipton, protótipo off road projetado e desenvolvido pelos próprios estudantes. Com tradição em construção de carros de corrida, a FEI se tornou a maior campeã das competições estudantis organizadas pela SAE Brasil, com quatro títulos mundiais e sete nacionais na categoria Baja e outros cinco no Fórmula SAE. FEI e Omnisys assinam convênio que visa oportunidades de intercâmbio tecnológico Desde que foi criado, em 2002, o Centro Universitário da FEI investe no desenvolvimento de pesquisas, em várias frentes, com objetivo de ampliar as possibilidades de formação de profissionais qualificados e, também, de atender às necessidades do mercado com a produção de novos conhecimentos. Essa atuação foi um dos motivos que levaram a Omnisys, empresa do Grupo Thales sediada em São Bernardo do Campo e especializada em fornecer soluções de alta tecnologia para os segmentos de defesa, segurança e espaço, a assinar convênio para intercâmbio de conhecimentos com a FEI, no dia 20 de outubro. O acordo foi formalizado durante o seminário As oportunidades da indústria de defesa e segurança para o Brasil e a Região do ABC, realizado pela Prefeitura de São Bernardo do Campo. Segundo o reitor do Centro Universitário da FEI, professor doutor Fabio do Prado, a parceria vai permitir a interação entre a FEI e a Omnisys para troca de experiências e pesquisas conjuntas, especialmente na área de automação e controle, na qual a FEI mantém expertise. A Omnisys é líder em diversos segmentos e nossa intenção é que esta parceria seja ampla. Vislumbramos muitas possibilidades para troca de conhecimentos que vão além da indústria de defesa, reforça. Para a Omnisys, o convênio abre perspectivas de cooperação em projetos educacionais e de pesquisa e desenvolvimento (P&D), ligações com a indústria e com o parque tecnológico do Grande ABC. O diretor geral da empresa, Luciano Lampi, afirma que o objetivo do memorando de entendimento assinado entre a Omnisys e a FEI é selar o compromisso de ambas, que já são efetivas parceiras. Esse convênio visa oportunidades de intercâmbios diversos dentro de áreas e temas de interesse ligados à produção de conhecimento, desenvolvimento de talen tos, pesquisa e projetos. Um exemplo é a qualificação de mão de obra altamente especializada, além de novos projetos de P&D, acrescenta. A OMNISYS Empresa brasileira de alta tecnologia, a Omnisys é subsidiária do Grupo Thales e integra sua rede internacional de centros de excelência em pesquisa e desenvolvimento. A empresa atua em áreas estratégicas de aplicação civil e militar, como defesa aérea e controle de tráfego aéreo, guerra eletrônica naval e áreas espaciais e de aviônicos, além da prestação de ser viços. Laurent Mourre, diretor geral da Thales, informa que a Omnisys será responsável pela transferência de tecnologia prevista para os grandes programas a serem lançados no Brasil nos próximos anos. Nossa estratégia de transferir tecnologia, estabelecer uma base industrial local e desenvolver parceiras em pesquisa e desenvolvimento está 100% alinhada à política de investimentos do governo brasileiro, explica. Marcus Moraes Da esq.: O reitor da FEI, professor doutor Fabio do Prado, a vice-reitora professora doutora Rivana Basso Fabbri Marino, o diretor geral da Omnisys Luciano Lampi e o gerente de projetos do Grupo Thales, Jean-Noël Maffi-Berthier 12 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 13

8 DESTAQUE Cucubau/Istockphoto Bodas de amizade Três turmas de Engenharia de 1966 festejam 45 anos de formatura e 50 de companheirismo Em fevereiro de 1962, 171 jovens estudantes começavam a construir a história de suas carreiras ao ingressar nos cursos de Engenharia Elétrica, Mecânica e Química da FEI antiga Faculdade de Engenharia Industrial, ainda no campus da rua São Joaquim, na Liberdade, em São Paulo. Ali iniciaram, além da trajetória para a formação profissional, uma amizade que já dura 50 anos. Para celebrar os 45 anos de formatura e os 50 de amizade, parte deste grupo se reuniu em uma festa, dia 21 de outubro, em São Paulo. Para que todos pudessem se reconhecer foram preparados crachás e, para lembrar os tempos da faculdade, os orga ni zadores elaboraram uma edição comemorativa do boletim O Fumaça, que circulava na FEI na década de 1960, e passaram fotos em um telão. A edição especial lembra que, no começo, eram muitas as dúvidas, os receios, as perguntas e as esperanças que cada um trazia. No entanto, ao longo desses 45 anos, todos tiveram sucesso na vida pessoal e profissional, graças à sólida formação que receberam aliada à oportunidade de vivenciarem um período importante da história do Brasil e do mundo, tanto na política quanto nas artes, na música e nos costumes. Dos 103 participantes, 17 eram da primeira turma de Engenharia Elétrica, entre eles um dos organizadores do encontro, o engenheiro Euclides Valente Soares. Para que todos soubessem como a Instituição cresceu, o ex aluno visitou o campus São Bernardo do Campo e conversou com a vice reitora de Extensão e Atividades Comunitárias da FEI, Rivana Basso Fabbri Marino, que contou como a Instituição está atualmente. O vídeo foi apresentado na festa. É uma alegria poder reunir tantos colegas neste dia. Só lamentamos por aqueles que já partiram e os que não conseguimos encontrar, ressalta o engenheiro, que também ajuda a organizar os encontros do grupo em uma pizzaria de São Paulo sempre na última quinta feira do mês. Luiz Fernando Faro Ribeiro também é da turma de Elétrica e afirma que o tempo de faculdade foi marcante pela união da turma, pelo coleguismo e pe las comemorações. Segundo o engenheiro, a FEI proporcionou um conhecimento que foi além do convencional, pois ensinou a ter um espírito crítico. Por sermos a primeira turma, ajudamos a construir o curso com nossas opiniões e sugestões, define. Nas matérias relacionadas à En genharia Elétrica, Luiz Fernando Ri bei ro diz que procurou estudar com afinco, inclusive garimpando a literatura especializada. Os sólidos conhecimentos adquiridos pelo engenheiro foram relevantes para a obtenção, em 1969, do título de mestre em Engenharia na área de Sistemas Elétricos de Potência no Rensselaer Polytechnic Institute, em Troy, nos Estados Unidos. A única mulher da primeira turma de Engenharia Elétrica da FEI Maristela Afonso de André também era, no dia da festa, a única representante feminina. Maristela de André e Esther Ramos A Turma da Mecânica Assim como ocorria na FEI de 1962, a Turma de Mecânica estava em maior número também na festa dos 45 anos de formatura. A lembrança mais marcante que tenho do período de faculdade está relacionada ao movimento que fizemos para ampliar o número de vagas para o curso. Para alcançar o nosso objetivo, uma das medidas foi ir até o Ministério da Cultura, no Rio de Janeiro, onde ficamos acampados em frente ao prédio. Graças ao nosso esforço, o número de vagas passou de 60 para 180, afirma Hideo Hama, ao lembrar que o grupo era o mais politizado no meio universitário e sempre participava de passeatas contra o golpe de 1964, que culminou com a ditadura militar. Embora o engenheiro more há 40 anos na Bahia, nunca perdeu um encontro da turma. A FEI me deu a oportunidade de adquirir múltiplas culturas, conhecimentos que foram além do ensino técnico. Hoje, tenho uma empresa com 80 engenheiros, e quase a metade é formada pela FEI, acentua. de Oliveira, da turma de Engenharia Química (que não foi à festa), eram as duas únicas mulheres estudando na FEI naquela época, mas a engenheira garante que nunca passou por constrangimentos durante o curso e que sempre recebeu todo o apoio dos colegas. Nossa presença era muito valorizada e éramos tratadas como irmãs pelos meninos. Foi uma época muito feliz, pois a faculdade não nos passava apenas a formação, mas nos ensinava a viver em sociedade, resume. QUÍMICA E HANDEBOL Um dos 20 representantes da turma da Engenharia Química na festa era Ivo Bock que, por ser atleta quando in gressou na faculdade, ajudou a montar a primeira equipe de handebol da FEI, que chegou a ser campeã universitária al guns anos depois. Convidei os colegas a participar da equipe, selecionei o grupo e prometi que, em cinco anos, seríamos campeões. Um dos atletas do time era o Sérgio Motta, exministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Car doso, já falecido. Como ele era grande e não conseguia correr muito, jogava como centroavante ou no gol, lembra o en genheiro, que atua na área de logística. Carlos Gouveia Soares lembra que, quando prestou vestibular, foi aprovado em outras duas faculdades de Engenharia, mas escolheu a FEI porque já tinha admiração pela Instituição e conhecia o seu conceito. Não me arrependo da escolha. A FEI me proporcionou uma sólida formação universitária, além da oportunidade de conhecer amigos que são para a vida toda, resume. Seu colega de turma, Mário Liebrecht, representante comercial de indústrias do exterior, conta que sempre quis ser engenheiro mecânico e escolheu a FEI pelo reconhecimento que a Instituição possuía. Durante a faculdade traduzi os catálogos de uma firma chamada Molykote, que estava se instalando no Brasil. Além da tradução, também comecei a vender aditivo lubrificante para motores de automóvel fabricado pela mesma empresa, na faculdade, por isso, recebi o apelido de Molykote e até hoje é assim que sou conhecido na turma, relata. 14 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 15

9 DESTAQUE FEI sedia Assembleia Geral da FIUC Federação Internacional de Universidades Católicas integra 215 instituições de ensino superior no mundo e Aprender na Universidade Católi ca é Ensinar o tema do encontro que reunirá reitores e representantes das instituições que fazem parte da Federação Internacional das Universidades Católicas (FIUC), em julho de 2012, no Brasil. Escolhido por meio de votação na assembleia realizada em 2009, em Roma, o Centro Universitário da FEI será a sede do evento, cujo objetivo é discutir temas candentes e inerentes à vocação universitária e avaliar o papel das universidades católicas como indutoras da formação integral do indivíduo. A assembleia contará com palestras de grandes pensadores da educação superior católica de diversas partes do mundo. A expectativa é que, nesta edição, a FIUC bata o recorde de participação por estar sendo realizada no Brasil, pois atualmente há um forte interesse pelo País. Este evento tem o selo pontifício e a escolha da FEI para sediá-lo reflete a competência da Instituição, qualidade de seu projeto institucional e de suas dependências físicas, fatores fundamentais para que tenha sido eleita pelos membros A Federação do Conselho Superior da FIUC, ressalta o reitor da Instituição, professor doutor Fabio do Prado. O reitor tem a expectativa de celebrar convênios e parcerias de cooperação internacional com as instituições participantes. Para tanto, a FEI busca inovar na organização do evento inserindo atividades que permitirão que os visitantes conheçam suas competências de ensino e pesquisa. Segundo o Monsenhor Guy-Réal Thivierge, secretário da Federação Internacional das Universidades Católicas, a próxima assembleia geral terá também uma dimensão administrativa em que os filiados farão algumas escolhas sobre o futuro da FIUC, a sua orientação, suas prioridades e sua organização, além de elegerem o presidente e o Conselho de Administração da entidade. As universidades católicas não estão apenas preocupadas com a criação de novos conhecimentos, mas também em formar as gerações mais jovens como cidadãos responsáveis por sua sociedade e da humanidade inteira, reflete. Para o representante da FIUC, as instituições católicas são importantes não só para transmitir a fé, mas também para formar as pessoas que querem e sabem usar o que aprendem para o bem da humanidade. Parece-me que é por isso que as universidades católicas são muito importantes e é nisso que queremos nos concentrar em nossas várias reuniões ou na assembleia geral, define o religioso. O Monsenhor Guy-Réal Thivierge é secretário da FIUC Fundada em 1924 e reconhecida canonicamente em 1949 pela Santa Sé (Congregação para a Educação Católica), a Federação Internacional das Universidades Católicas tem sede em Paris e é a associação mais antiga e maior de universidades católicas de todos os continentes. A principal meta da FIUC é ajudar as instituições católicas de ensino superior a afirmarem sua identidade e cumprirem sua missão. Esta rede está dividida em Associações Regionais com base na localização geográfica, Grupos Setoriais baseados em campos disciplinares comuns e um Centro de Coordenação de Pesquisa que promove a pesquisa em um espírito de cooperação internacional. Especialista em operações logísticas Engenheiro formado pela FEI responde pela área de Supply Chain da FedEx para a América Latina Desde cedo, o engenheiro de produção Alexandre Cecolim percebeu que precisaria trabalhar em uma área na qual o raciocínio lógico fosse um diferencial importante, pois, ainda na infância, já gostava de brinquedos de montar que envolviam complexidades variadas, como carros e barcos. Com isso, escolheu cursar Engenharia Mecânica com ênfase em Produção e se especializou em logística. O executivo, que concluiu o curso no Centro Universitário da FEI em 1997, fez pós-graduação em logística no Instituto de Especialização em Ciências Administrativas e Tecnológicas da FEI (IECAT), MBA em International Trade & Logistics na Universidade de São Paulo (USP) e um módulo de extensão na University of Grenoble, na França. Em 2010, terminou um post-mba pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston, e foi certificado como profissional em Supply Chain reconhecido pelo MIT Sloan School of Management. Toda esta formação levou o executivo a ocupar importantes cargos na carreira e, em novembro de 2010, foi contratado pela FedEx com a missão de criar um departamento de Supply Chain na América Latina. Sempre quis trabalhar para a FedEx porque, para mim, a empresa é um ícone e uma referência na área. Aqui existe muita oportunidade, já que a empresa está nos seus estágios iniciais de desenvolvimento da área de Supply Chain. É uma empresa jovem, de apenas 40 anos, e isso representa oportunidades para toda uma futura equipe de profissionais, ressalta. Alexandre Cecolim conta que sempre trabalhou com o objetivo de alcançar um cargo de liderança, mas imaginava que isso ocorreria quando estivesse perto dos 40 anos. No entanto, aos 34 anos já ocupava um cargo deste nível nos Estados Unidos, onde mora há 10 anos. Acho que a chave foi pensar sempre no que era benéfico para a maioria das pessoas em uma empresa o cliente interno, antes de pensar no que seria melhor para mim. Se o cliente interno está motivado e se sente respeitado, sendo DESTAQUE JOVEM parte de um todo, as demais peças do quebra-cabeça se juntam. A empresa atinge suas metas e os clientes não procuram outro provedor, ressalta. O executivo escolheu a Engenharia de Produção porque era a área que tinha o escopo mais amplo dentre todas as especialidades. A opção pela FEI foi devido ao respeito da indústria pela Instituição e ao fato de que muitos gerentes e diretores atuantes no mercado, naquela época, também tinham se formado na FEI. Já na graduação, as matérias relacionadas à Engenharia de Produção eram minhas preferidas, até porque os professores começavam a relacionar os estudos em sala de aula com as expectativas e a realidade do mundo corpo rativo. Os professores Giorgio Chiesa, Paulo Alt, Fernando Laugeni e Alexandre Massote foram grandes mentores para mim. Até hoje, quando gerencio grandes grupos, aplico o que aprendi com eles, técnica e moralmente, relata. No terceiro ano de faculdade, Alexandre Cecolim começou a estagiar na Dana Corporation, em São Ber nardo do Campo, onde percebeu que a escolha profissional estava correta. Um ano depois, pas sou em primeiro lugar em um processo de seleção da Mercedes-Benz, no qual havia 11 mil candidatos para 10 vagas. Se fosse dar um conselho aos engenheiros no início de carreira diria para terem, na sua rede de relacionamento, alguns headhunters competentes, além de se acostumarem com a ideia de que o caminho que leva ao topo é uma subida bastante difícil, orienta. Na FedEx, o desafio é selecionar e desenvolver uma equipe de ponta, que permita criar soluções logísticas competitivas e, ao mesmo tempo, inovadoras. Também quero ajudar a preparar a empresa para os desafios que estão por vir nos próximos anos. E o foco tem de ser nas pessoas, o capital humano, que é a base de tudo, define. Fotos: Divulgação FedEx 16 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 17

10 ENTREVISTA FERNANDO JOSÉ GOMES LANDGRAF A busca pela inovação Oengenheiro metalurgista Fernando José Gomes Landgraf, formado pelo Centro Universitário da FEI em 1976, tem muitos desafios à frente da Diretoria de Inovação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. O engenheiro ingressou no IPT em 1977 dando início às atividades do Laboratório de Metalurgia do Pó e Materiais Magnéticos, onde permaneceu até 2005, ano em que deixou o Instituto para dedicar a maior parte de seu tempo ao cargo de professor doutor na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP). Em 2009, retornou para assumir a nova diretoria, que tem como foco incentivar a inventividade do IPT na sua relação com as empresas e criar inovações. O senhor sempre foi um engenheiro voltado à pesquisa? Acho que dá para dizer isso sim, porque isso está na minha própria opção pela Engenharia. Quando entrei na Engenharia estava na dúvida se con tinuaria ou não na área, tanto que prestei vestibular para História na USP e cheguei a começar o curso. No segundo ano da FEI continuava em dúvida e o que me fez ficar na faculdade foi um professor do segundo ano que me apresentou uma tal de pesquisa em Engenharia, que eu não sabia que existia. Para mim, Engenharia era trabalhar em fábrica e o professor Gentile, que ministrava a disciplina de Introdução à Engenharia Meta lúrgica e trabalhava no IPT, disse que eu poderia fazer pesquisas. Minha ligação com a pesquisa vem desse momento da vida, aos 18 anos, quando decidi que era isso que eu que ria fazer. Meu pai era um pequeno empresário da área metalúrgica em Diadema, e fiz estágio na empresa e tam bém no IPT. Apaixoneime pelo jeito de trabalhar do Ins tituto e es tou aqui há 29 anos. Em 2005 saí do IPT, porque eu tinha apostado na viabilidade econômica de uma linha de pesquisa que, depois de trabalhar nela por 10 anos, revelou-se insuficiente. Assim, fui para a POLI para continuar a pesquisa como professor, mas, em 2009 o professor João Fernando Gomes de Oliveira, presidente do IPT, me convidou para assumir a Diretoria de Inovação e aceitei. Hoje, de segunda A iniciação científica é uma oportunidade muito importante para o estudante, porque ele vai ser chamado a pensar, a raciocinar, a trabalhar o assunto que está estudando... a quinta-feira sou diretor de Inovação e às sextas-feiras sou professor da POLI. Hoje, há mais engenheiros pesquisadores ou ainda falta interesse em pesquisa na Engenharia? Acredito que tenhamos mais engenheiros pesquisadores, pois a indústria brasileira evoluiu. Na minha área espe cificamente, que é metalurgia, temos grupos importantes. Uma das empresas fortes neste segmento é a antiga Acesita, que agora se chama Aperam, com um gru po de pesquisas excelente, assim como tem grupo de pesquisas importantes na Usiminas e CSN, só para falar da siderurgia. Um ex-aluno da FEI, colega meu de turma, é o responsável pela pesquisa da Villares Metals. Existe um espa ço para engenheiros trabalharem com pesquisa e acredito que cada vez mais. De que forma a universidade pode estimular esse interesse? A iniciação científica é uma oportunidade muito importante para o estudante, porque ele vai ser chamado a pensar, a raciocinar, a trabalhar exatamente o assunto que está estudando, vai ter de raciocinar em um grau de profundidade maior e lidar com a realidade. É como juntar o conhecimento com a realidade da natureza, das coisas como elas são. Essa é uma experiência que a iniciação científica dá. Acho que todo aluno deveria fazer pelo menos um ano de iniciação científica, para depois trabalhar na indústria, se essa for a sua opção. Pelo menos terá essa experiência e sentirá como é fazer pesquisa. Como está a demanda da indústria por pesquisa e inovação? Nitidamente crescente. É difícil falar de maneira geral, porque o Brasil é muito multifacetado e a indústria brasileira também. Temos setores em que isso está se desenvolvendo mais do que outros. Por exemplo, na área de materiais, onde o Brasil é forte, temos vários grupos empresariais importantes, além desses que já citei. Também temos grupos de pesquisa na área de polímeros, por exemplo, na Braskem e Oxiteno, duas em presas fortes na área petroquímica que estão fazendo intensas parcerias com a universidade. O mesmo ocorre com a Petrobras, que investiu R$ 500 milhões nos últimos 10 anos na parceria com universidades e centros de pesquisa. O sistema de ciência e tecnologia do Brasil detectava, há 20 anos, uma distância excessiva entre a universidade e a empresa, mas isso está mudando. Por volta do ano 2000 houve uma grande mudança, com a criação dos fundos setoriais, que são fundos formados pelo lucro de empresas que devem ser aplicados no sistema de ciência e tecnologia do País. Em alguns setores deu mais certo do que em outros. Isso se mede em números. No IPT, há 15 anos, 15% do orçamento vinha do mercado e 85% era do governo. Hoje, já estamos com 35% do governo e 65% vindos da indústria. Isso é um caminho sem volta? Sem volta. Claro que deve passar por ajustes, pois existe um risco nessa relação, que é o risco do curto prazo, é o risco de que algumas empresas buscam a universidade com o problema de ontem. Esse problema é atraente para professores e para o IPT, porque a empresa vai pa gar para que possamos resolver o seu problema de ontem. No entanto, nossa contribuição é muito maior na oportunidade de amanhã do que no problema de ontem. A indústria brasileira já acordou para isso e está andando a passos rápidos. O Brasil está avançado em pesquisa e inovação ou estamos longe dos países desenvolvidos? Estamos longe, e é uma situação interessante de avaliar porque, dependendo do indicador que se usa, as respostas são muito diferentes. Se olharmos para o mundo da pesquisa brasileira com o olhar da publicação de artigos, o Brasil cresceu muito nos últimos 10 anos, mas ainda somos um País médio. O número de artigos que o Brasil produz é da ordem de 2,5% do total da publicação mundial, que é o mesmo número do nosso PIB em relação ao PIB do planeta. Avançamos muito, porque há 20 anos era 0,5%. Antes, éramos um País atrasado; agora somos um País médio. Já em patentes nossa presença é muito pequena. Em quais setores o Brasil está adiantado e onde está atrasado? Teria vontade de dizer que estamos avançados na agroindústria da cana, mas alguma coisa aconteceu e estamos perdendo a nossa vantagem. A indústria do açúcar e do álcool vinha bem, mas a questão da inovação é assim, quando paramos, andamos para trás. E está acontecendo isso com o setor sucroalcooleiro. O Brasil vinha avançando muito rápido e, de 2008 para cá, o investimento em novas unidades parou, ou seja, estamos andando para trás. Isso é um problema. Isso ocorre porque a inovação é ágil demais e quem parar perde a vantagem? Exatamente, é muito rápida. Como a crise mundial de 2008 pegou o setor sucroalcooleiro endividado, isso causou problemas para o setor, que parou de inves tir em inovação. Com isso, nossa produtividade da cana está caindo. O grande ícone brasileiro da inovação é a Em brapa, por todos os desenvolvimentos que fez, mas a Embrapa não é forte na cana. Quem é forte na cana é o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e é um centro que sentiu esse baque, porque a indústria do setor diminuiu a demanda no momento da crise. Mesmo assim, o setor onde temos um desenvolvimento tecnológico importante é o setor agrícola, com a Embrapa. No setor industrial, tenho uma referência da minha área específica, que é a Aperam. Os aços para motores elétricos desenvolvidos pela Aperam são dos melhores do mundo. Isso é para dar um exemplo de que estamos na fronteira do mundo em alguns setores específicos. 18 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 19

11 ENTREVISTA FERNANDO JOSÉ GOMES LANDGRAF Como a universidade pode formar bons pesquisadores e profissionais voltados à inovação? Acho que realmente o desafio aumentou, porque o educador tem de lidar com duas questões opostas. De um lado, temos de lidar com a tecnologia, que trouxe no vas formas de informação e, do outro, com os problemas de uma educação de nível secundário que está piorando. Agora, dentro da universidade, é muito importante o laboratório, a mão na massa, para o aluno tomar contato com as coisas como elas são, e isso custa caro, porque laboratórios exigem investimentos, exigem menos alunos por professor... Somos um País pobre e a educação depende de laboratórios, que é uma forma cara de edu car. Portanto, esse é um desafio importante. A iniciação científica é uma forma de mudar este quadro e já falamos sobre isso. E, no momento que estamos vivendo, o empreendedorismo é outra oportunidade muito importante. Isso é reconhecido no mundo inteiro, mas não temos muitos casos de empreendedores no Brasil, infelizmente. Qual o caminho para ser um empreendedor voltado à inovação? O melhor caminho para o empreendedorismo inovador seria o aluno fazer um doutorado, na expectativa de que possa ter uma boa ideia e possa transformar aquela ideia em um negócio. Este é o modelo desenvolvido em muitas partes do mundo, mas é um caminho que envolve um sacrifício, porque o aluno vai ter de viver de bolsa durante o seu doutorado, ganhando R$ 1,5 mil, R$ 2 mil... No entanto, se esse aluno souber que outros jovens doutorandos montaram uma empre sa e estão ganhando dinheiro, essa informação poderia aumentar o interesse. Entretanto, quantos casos desses nós temos no Brasil? Pouquíssimos. Até porque, o empreendedor se depara com muitos custos no País... Isso é parcialmente verdade. Hoje Dentro da universidade é muito importante o laboratório, a mão na massa... em dia, as oportunidades que a FAPESP dá para o empreendedor montar o seu negócio, poucos lugares no mundo oferecem. Na FAPESP é possível conseguir R$ 700 mil se tiver uma boa ideia e fizer o trabalho direito. Um empreendedor pode montar a sua pequena empresa com esse dinheiro, sem gastar nada e sem dever pa ra ninguém. Agora, precisa ter coragem para fazer isso. E, aos poucos, isso está acontecendo. Existe uma demanda por essa fonte de recursos muito menor do que a gente gostaria, mas já existe. Como se mede a produção de conhecimento e inovação de um País? Os indicadores usados são o número de artigos publicados, que é uma medida de avanços científicos; e o número de pa tentes, que é um indício de invenção. Mas não podemos esquecer que isso não é inovação, porque inovação é a invenção que vai para o mercado. O bom indicador, do ponto de vista das universidades e institutos, seria o quanto de royalties de licenciamento de suas patentes as instituições recebem. Mas esse número no Brasil é tão pequeno que é melhor não falar sobre isso. Como conceituar inovação? Tive essa curiosidade outro dia, olhei no Wikipédia e descobri que há uma diferença na conceituação em português e inglês. Ambas têm a definição de que a invenção não é inovação, porque a inovação precisa levar para algum lugar. A diferença é que na Wikipédia em português está escrito que inovação é a invenção levada ao mercado, e em inglês está que é a inven ção levada ao mercado, ao governo, à sociedade. Portanto, é uma visão mais ampla. O discurso da inovação no Brasil ainda é predominantemente um discurso das empresas. Aparentemente, governo e sociedade ainda não estão lidando bem com essa história, se é que a Wikipédia pode ser um indicador dessa diferença. Mas o conceito é esse: é uma novidade que tem de ser levada para a sociedade, e o mercado faz parte da sociedade. Não basta dizer: publiquei o artigo, então le vei para a sociedade. Não! O lado aca dêmico já sofreu uma evolução no sentido de que muita gente busca saber quantas pessoas leram o seu artigo. Então, o indicador de números de citações já é usado por muitos pesquisadores. E, de fato, isso reflete melhor o impacto de uma publicação. Trabalhos desenvolvidos por estudantes nas universidades podem estimular a inovação? Tenho a impressão que essas atividades são importantes, porque exigem a inventividade dos alunos. Acho que a escola pode criar condições que exijam do aluno a inventividade. Porém, inovação significa que o estudante olhou para fora e assumiu a responsabilidade dele. E a universidade não tem esse papel. Tenho a impressão, mas não tenho os números, de que houve muito mais empreendedorismo no início da década de 1960, quando a indústria automobilística chegou aqui, do que hoje. Alguém precisaria comparar esses dois momentos. Qual é o seu papel como diretor de inovação do IPT? Meu papel é incentivar a inventividade do IPT na sua relação com as empresas para, juntos, criarmos inova ções. O IPT tem um papel inovador no sentido de que, quando desenvolve novas técnicas de análise e oferece isso ao mercado, cria inovação. O IPT está colocando no mercado novos ensaios, novos métodos, portanto, é inovador. Além disso, o que queremos é aumentar o volume de receitas que o IPT tem na área de pesquisa e desenvolvimento, que é de apenas 15% do total. Quando o professor João Fernando criou a Diretoria de Inovação tinha isso na cabeça: aumentar a fração das receitas do IPT com projetos de P&D e com novos ensaios. Isso seria a inovação do IPT na área de metrologia e o aumento do número de projetos de P&D com empresas. Isso está acontecendo. Há estímulos para isso? O BNDES criou uma nova fonte de financiamento, que é o FUNTEC, que está sendo muito importante, porque reconhece que precisa pagar o pesquisador. O IPT vive disso; o governo do Estado não paga o nosso salário e, até hoje, as agências de fomento olhavam para a universidade e pensavam que o salário estava pago, e era preciso dar o dinheiro apenas para comprar a maquininha nova para o pesquisador brincar. E não é assim. É preciso ter gente trabalhando, precisamos contratar gente para trabalhar. O BNDES enxergou isso e o IPT entrou nessa linha de pesquisa, que é bem favorável para a empresa. Se a empresa colocar 10% do O conceito amplo é que inovação é a invenção levada ao mercado, ao governo, à sociedade... valor do empreendimento, pelo menos, o BNDES entra com 90%, e isso tem sido um grande incentivo. Temos organizado projetos importantes nessa direção. Hoje, temos cinco projetos em andamento e seis em negociação. Quantos pesquisadores atuam na Diretoria de Inovação do IPT? Somos 400 pesquisadores no IPT e, na Diretoria de Inovação, somos cinco pessoas. Um desses projetos está diretamente ligado à gaseificação de biomassa, que visa o melhor aproveitamento do bagaço da cana. É o nosso maior projeto de inovação. Um projeto de R$ 80 milhões. É uma planta piloto de gaseificação que está em negociação. Quais são as suas melhores lembranças da época da FEI? Tenho várias. Estudei nos anos 1970 e, naquele tempo, atrás da FEI não tinha nada, era só mato. Ali onde hoje são as quadras era uma floresta, e fazia parte da brincadeira dos alunos ir passear na floresta; fazia parte da nossa aventura de estudar na FEI. Outra lembrança era a quantidade de alunos que usava a Babi lônia, que é o jardim entre o corredor principal e o restaurante. Aquele era o lugar das assembleias estudantis da década de Fui presidente do Diretório Acadêmico e era uma época muito agitada, de resistência à ditatura militar, e os estudantes se envolviam em muitas assembleias, muitos shows. Fazia parte daquele momento político a questão cultural e tivemos grandes shows na Babilônia. Claro que eram shows sempre muito engajados, com intérpretes da época, com muita música latino-americana de grupos como Tarancon e Raíces de América. Essas são minhas grandes lembranças. A FEI foi uma boa escolha? Foi, com certeza. Acho que aprendi bastante e foi uma escolha que teve um impacto muito grande na minha vida. Estou no IPT porque metade dos meus professores era do IPT. A informação sobre a pesquisa, que citei no começo da nossa conversa, apareceu no meu segundo ano, mas permaneceu nos anos seguintes e sempre esteve presente no curso, e essa ponte foi determinante para a minha vida. Depois de formado, dei aulas de Materiais Elétricos na FEI, que é a minha especialidade, em dois períodos. Era bem divertido. O que o senhor faz para manter a boa forma e a mente em ordem? O que faço para não estressar é estudar a história do Brasil, mais exatamente a história da tecnologia no Brasil. Tenho uma linha de pesquisa como professor da POLI sobre a história da metalurgia do Brasil e é a minha diversão. O que o senhor diria para o jovem engenheiro que acabou de se formar e busca um caminho na carreira? Considere a possibilidade de empreender. No meu tempo, a gente considerava a possibilidade de ir para o Japão em um cargueiro do Lloyd lavando o porão; era isso que a gente cantava. Hoje, o jovem engenheiro tem de considerar o empreendedorismo como uma boa possibilidade. 20 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 21

12 PESQUISA & TECNOLOGIA Controle e segurança Carlo Leopoldo Francini/Istockphoto As pesquisas desenvolvidas na área de dinâmica de veículos procuram melhorar a interação homem-máquina Arelação do homem com o automóvel passou por muitos momentos ao longo da história até culminar com a tecnologia existente nos dias atuais. Em 1885, o primeiro automóvel com motor a gasolina, criado pelo alemão Karl Benz, tinha somente três rodas. Em 1892, o norte americano Henry Ford apresentou o seu primeiro veículo, nos Estados Unidos, com a concepção de quatro rodas mantida até hoje. Um pouco depois, foi a vez dos ingleses produzirem o seu primeiro automóvel o Lanchester. Este episódio tem uma peculiaridade: devido a uma lei vigente na época, conhecida como bandeira vermelha, o carro não poderia ultrapassar os 10km por hora e deveria levar, na frente, uma pessoa segurando uma bandeira vermelha para sinalizar aos pedestres que o automóvel estava passando. De lá para cá, os veículos evoluíram muito em conforto e desempenho, mas, na opinião de pesquisadores da FEI dedicados ao estudo da dinâmica veicular que é a interação entre o motorista, o veículo em movimento e o solo, ainda há muito que melhorar nos automóveis e outros veículos sobre rodas. E, assim como os ingleses do passado, a segurança é a principal preocupação. Carros, motos, ônibus e caminhões podem atingir altas velocidades e fogem ao controle do motorista mais facilmente do que se imagina. No Brasil, são enormes os impactos sociais e econômicos das milhares de mortes e internações por acidentes de transporte terrestre. O quadro fica ainda mais preocupante com o acelerado crescimento da frota, contexto no qual a pesquisa acadêmica ganha importância redobrada. A pesquisa possibilita economia de tempo e, consequentemente de gastos, aos profissionais envolvidos no desenvolvimento de veículos, ressalta Marco Barreto, engenheiro de desenvolvimento da General Motors, ex aluno de graduação da FEI, mestre em Engenharia Mecânica e atual professor do curso de Engenharia Mecânica Automobilística da FEI. O engenheiro continua se dedicando a estudos relacionados à dinâmica veicular em seu curso de doutorado, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Para o professor doutor Roberto Bor tolussi, chefe do Departamento de Engenharia Mecânica da FEI, ainda é necessário investir muito em pesquisas relacionadas à dinâmica veicular e se gu rança. Estudos para alteração da geo metria dos automóveis, por exemplo, podem significar a diferença entre a vida e a morte, não só dos ocupantes quando ocorre uma colisão, mas também de pe destres em caso de atropelamentos, ressalta. O mestrado de Rafael da Neves Donadio visava aprimorar a segurança de motocicletas O professor orientou a primeira tese do curso de mestrado em Engenharia Mecânica da FEI, criado em 2007, que visava aprimorar a segurança de motocicletas, de autoria do engenheiro Rafael das Neves Donadio. Na tese, intitulada Modelagem do comportamento direcional de motocicletas em curva, o autor demonstra a influência das mudanças no pneu dianteiro para dirigibilidade e equilíbrio em trajetórias curvas. No estudo foram utilizados modelos matemáticos para simulações em diferentes ângulos de rolagem e esterço. Os resultados foram apresentados em gráficos e validados em testes práticos, e a adequação de hardware de uso automotivo para ob tenção de dados em motocicleta foi essencial para o sucesso da pesquisa. O trabalho foi apresentado em março de 2011 no International Symposium on Dynamics Problems of Mechanics (Diname 2011), em São Sebastião, São Paulo. O encontro, realizado pela Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas (ABCM) a cada dois anos, reúne cientistas, acadêmicos e engenheiros com o objetivo de apresentar e discutir desenvolvimentos recentes em dinâmica e controle, com sessões específicas para dinâmica de veículos. SISTEMAS DE APOIO Um dos capítulos a que construtores e pesquisadores mais têm se dedicado na segurança ativa que procura evitar o acidente são os sistemas de apoio à dinâmica de condução, segundo o professor doutor Agenor de Toledo Fleury, coordenador do curso de mestrado da FEI. Um estudo do engenheiro Daniel Pereira, orientado pelo docente, concluiu que grandes ônibus equipados com eixos de apoio garantem maior confiança e menor desgaste de pneus. No estudo A avaliação da dinâmica lateral de veículos comerciais equipados com multieixos esterçantes foi analisado o comportamento da dinâmica lateral de ônibus com o esterçamento das rodas do eixo de apoio do tipo 6x2 durante a execução de manobras em curvas. Outro estudo orientado pelo professor Agenor Fleury analisa o impacto de veículos de carga na malha viária, cuja condição tem ligação direta com o risco de acidentes. No estudo do engenheiro Rafael Domingues Shiotsuki, Análise do efeito da suspensão traseira de veículo rodoviário de carga no desempenho de pavimentos flexíveis, foi observado que veículos equipados com suspensão traseira pneumática causam menos danos que caminhões com suspensão mecânica. Na pesquisa, a simulação dos veículos foi realizada com dados reais através de softwares, entre os quais o SisPav 2009, desenvolvido pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O sistema de suspensão, assunto de grande interesse para a cadeia produtiva de veículos, é alvo de pesquisa recém-iniciada pelo engenheiro Guilherme Caravieri de Abreu. Seu objetivo é elaborar um modelo matemático que possa ser aplicado na avaliação de novos projetos de amortecedores e, em particular, investigar novos conceitos de válvulas que poderão trazer melhorias potenciais ao conforto e à segurança de veículos. Atualmente, os amortecedores são avaliados com fabricação de protótipos montados em veículos, o que demanda tempo e custos com desenvolvimento. A meta deste trabalho é criar uma ferramenta para uma pré-avaliação do conceito logo após a sua concepção, dando subsídios para a análise da viabilidade técnica e econômica antes mesmo da construção do primeiro protótipo, esclarece. O professor Marco Barreto se dedica aos estudos sobre dinâmica veicular 22 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 23

13 PESQUISA & TECNOLOGIA Prática e pesquisa O professor Carlos Rodrigues com estudantes da Iniciação Científica A experiência e o empenho dos professores fazem a grande diferença para alunos do curso de Engenharia Mecânica Automobilística da FEI, dentre eles Ricardo Bock, que usa seu extenso conhecimento em prol dos estudantes. O docente é reconhecido pela ousadia e pelos 30 carros que construiu no Centro Universitário, entre eles um roadster teleguiado com 550 HP de potência. À fren te da coordenação do curso, o professor doutor Roberto Bortolussi incentiva a participação dos alunos nas competições SAE Mini Baja e Fórmula SAE para fixação de conceitos e desenvolvimento de pesquisas verdadeiramente inovadoras. O desenvolvimento dos carros competitivos resultaram em várias teses de mestrado. Entre os trabalhos desenvolvidos estão a dissertação Simulação de um veículo sob diferentes geometrias de direção, desenvolvida pelo engenheiro Hugo Leonardo Mendes Martins; Análise comparativa da influência da torção de um chassi de Fórmula SAE no comportamento dinâmico do veículo, de Marcos Paulo Gaspar Fernandes Pinheiro; e Aquisição de dados em um veículo de competição Fórmula SAE, de Rafael Serralvo Neto. Atualmente, o professor do curso de graduação da FEI, Carlos Rodrigues, investiga em sua tese de doutorado na FEAGRI-Unicamp o comportamento dinâmico de um pneu agrícola quando sujeito a forças transversais, para diferentes pressões de insuflamento em duas condições de solo, uma deformável e a outra não. Em sua investigação, o docente visa melhorar a estabilidade lateral de tratores de rodas em terrenos declivosos. Os testes dinâmicos necessários utilizam um trator, mais conhecido por SHAK, construído na FEI pelo professor como projeto de formatura, sendo utilizado em seu mestrado e, agora, no doutorado após algumas alterações. O aluno Vinicius Pecorari Coelho, atualmente cursando o sétimo ciclo, trabalha no mesmo tema em sua Iniciação Científica. Orientados pelo docente, outros estudantes desenvolvem trabalhos de Iniciação Científica, Iniciação Acadêmica e conclusão de curso de altíssimo nível. Um desses trabalhos, desenvolvido pelo aluno do sétimo ciclo Vinicius de Almeida Lima, terá artigo apresentado no próximo congresso da SAE Brasil, em março de O estudo refere se à prática da elevação das suspensões traseiras de caminhões adotada por alguns usuários no Brasil. Assim como Vinicius, seu colega Marcos Blanco Fernandes, também do sétimo ciclo, considera as pesquisas muito positivas para a formação profissional, fixação de conceitos e ampliação de conhecimentos. Em seu trabalho de Iniciação Científica, Marcos determinou a potência, o torque e o consumo específico gerado pelo uso de diferentes concentrações de biodiesel no motor de um caminhão comercial leve. Alunos estudam carros usados no Fórmula SAE (acima) e testes dinâmicos em um trator, conhecido por SHAK, construído na FEI Nova linha de estudo investiga a biomecânica A aplicação dos conceitos da biomecânica, uma ciência relativamente jovem, à pesquisa em segurança veicular, é uma nova linha na qual o curso de mestrado em Engenharia Mecânica da FEI pretende investir. O professor doutor Marko Ackermann, que cursou pós-doutorado no Departamento de Engenharia Biomédica da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, tem concentrado suas linhas de investigação na biomecânica e dinâmica do movimento humano. É uma área de grande potencial e com muito espaço para estudos, frisa. A influência do condutor sobre o comportamento do veículo e vice-versa em situações extremas, como as que ocorrem durante acidentes e manobras repentinas, é uma das possibilidades de estudo na FEI, que pode ser realizado com utilização de mod elos computacionais detalhados do sistema neuromuscular e esquelético em simulações rea listas da dinâmica do sistema condutor-veículo. Segundo o pesquisador, simulações deste tipo podem ser utilizadas na concepção, projeto e testes de sistemas de segurança, reduzindo ou mesmo eliminando a necessidade de testes experimentais trabalhosos e caros. Uma primeira pesquisa nesta linha, intitulada Estudos da influência dos espelhos retrovisores na percepção humana, foi finalizada recentemente pelo engenheiro Adriano do Carmo Maquiavelli, com orientação do professor doutor Agenor Fleury. O trabalho explorou as causas da vibração do espelho automotivo e os efeitos na percepção do motorista, sugerindo um modelo para o desenvolvimento de espelhos retrovisores. O docente da FEI explica que o espelho deve ser estável a ponto de garantir que o condutor não interprete erroneamente a imagem observada. Entretanto, com a crescente necessidade de redução de peso e de custos, os componentes metálicos e estruturais do espelho, responsáveis pela rigidez e estabilidade dinâmica da peça, estão sendo substituídos por polímeros. A compensação da rigidez é feita com alterações da geometria, que não podem deixar de lado a percepção óptica da vibração, explica. alubalish/istockphoto 24 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 25

14 GESTÃO & INOVAÇÃO Gestão sustentável de pessoas As organizações devem se prevenir do envolvimento com trabalho escravo ao optarem pela terceirização de mão de obra Muitas empresas optam pela terceirização porque, às vezes, é mais econômico e produtivo contratar outra empresa como fornecedora de mão de obra. Neste caso, o produto são trabalhadores, o que envolve uma série de implicações que ainda não estão devidamente regulamentadas por lei. Casos de grandes e conhecidas organizações, envolvidas e responsabilizadas pela utilização de trabalho escravo pelas contratadas, têm se multiplicado no noticiário e exposto os riscos da terceirização, prática que se firmou como tendência no mundo dos negócios. Todas as empresas envolvidas na cadeia produtiva que explora mão de obra escrava são corresponsáveis e peças fundamentais para mudar a degradante situação que ainda permeia a sociedade. O alerta é do professor doutor André Ofenhejm Mascarenhas, do curso de Administração do Centro Universitário da FEI. Para o docente, os gestores precisam desenvolver modelos de administração que visem a adaptação ao fenômeno moderno das relações de trabalho impostos pela terceirização. O RH de hoje tem de adotar conceitos de sustentabilidade e criar mecanismos para monitorar toda a cadeia envolvida com seu produto final, frisa o professor, que tem se dedicado a pesquisas nas áreas de estratégia de organizações, gestão socioambiental e sistemas sustentáveis de trabalho. O Brasil registrou 8,2 milhões de trabalhadores terceirizados em 2010, segundo pesquisa do Sindicato das Empresas de Serviços Terceirizáveis e Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem). Atuando em diversos segmentos da economia, esses prestadores de serviços são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Quando as normas são violadas, a Justiça do Trabalho tem decidido, com frequência, que a empresa contratante é responsável pelo pagamento de causas trabalhistas caso a terceirizada não tenha recursos. Apesar de não existir uma lei específica que regulamente o tra balho terceirizado, a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) prevê a responsabilização de toda a cadeia produtiva e é base para julgamentos que envolvem o trabalho escravo, tendo condenado e punido empresas com multas altíssimas e corte de créditos em instituições públicas. Uma tese pioneira de mestrado está sendo de sen volvida na FEI por Rodrigo Martins Baptista, com o título Escravidão contemporânea: significado, antecedentes e contextualização da política para erradicação do trabalho escravo no Brasil. Para o mestrando, a gestão empresarial não pode ser focada somente nos custos, mas sim em melhorias de qualidade, assim como não pode menosprezar a responsabilidade social na contratação de terceiros. Rodrigo Baptista frisa que, além de verificar todo o histórico de uma possível empresa parceira, o administrador tem de criar mecanismos de controle. Uma tendência que vem se fir mando em algumas empresas é contratar consultorias ou criar departamentos próprios que monitorem as condições de tra balho e o cumprimento de obrigações trabalhistas de terceiras, exemplifica. A pressão para que grandes empresas combatam abusos em sua cadeia produtiva começou no Brasil em 2005, quando companhias como Bunge, Cargill, Carrefour, Petrobras, Vale do Rio Doce, Walmart e Pão de Açúcar assinaram um pacto no qual se comprometeram a cortar fornecedores flagrados na exploração da mão de obra. O pacto foi assinado depois que suas marcas foram vinculadas ao trabalho escravo. A Nike, depois de pressionada pela comunidade internacional por causa de denúncias, na década de 1990, que a ligavam à exploração de mão de obra infantil e trabalho escravo em países da Ásia, investiu na implantação de auditorias e tornou transparentes os nomes e endereços de seus fornecedores. Recentemente, a empresa espanhola Zara teve sua marca envolvida com trabalho escravo em confecções de São Paulo. Em consequência, diretores da companhia vieram ao Brasil para assinar um pacto que visa a erradicação do trabalho escravo, prometendo fiscalizar sua cadeia de fornecedores. A lista suja é o cadastro de empregadores envolvidos em flagrantes de trabalho escravo, instituído pelo Ministério do Trabalho. A Cosan foi inserida nesta lista no fim de 2009 depois que uma fiscalização libertou 42 trabalhadores da Usina Junqueira, em Igarapava, interior de São Paulo. A empresa é uma das maiores do se tor de açúcar e álcool do mundo, possui 23 usinas, quatro refinarias, dois terminais portuários e postos de combustíveis, é de tentora de marcas famosas de açúcar e, em 2008, faturou R$ 14 bilhões. Como consequência do envolvimento com trabalho escravo, a companhia teve operações bloqueadas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a decisão do grupo varejista Walmart de suspender a compra de seus produtos. A escravidão contemporânea A escravidão parece uma realidade do século 19, mas ainda está presente na sociedade, levando milhares de pessoas a se sujeitarem a condições humilhantes de trabalho. Estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) indicam que mais de 12 milhões de pessoas são vítimas de trabalho escravo em todo o mundo. No Brasil, considerado pela OIT como modelo por reconhecer o problema e se empenhar na sua erradicação, cerca de 40 mil pessoas foram resgatadas do trabalho escravo nos últimos 15 anos, de acordo com o Ministério do Trabalho. O trabalho escravo não é uma exclusividade de países pobres ou em desenvol vimento e existe em todas as economias do mundo, apresentando as mais diversas formas. No Brasil, se concentra no setor agropecuário, mas, segundo o professor André Mascarenhas, atinge vários outros segmentos da economia, como vestuário e construção civil. Na opinião de Rodrigo Baptista, a servidão atual pode se configurar ainda pior que no passado, quando os escravos eram considerados como propriedade valiosa e que deveria ser preservada ao máximo. As diversas modalidades de trabalho forçado no mundo têm sempre duas características em comum: o uso da coação e a negação da liberdade, envolvendo aspectos morais e psicológicos. Geralmente, o indivíduo fica preso a dívidas com os patrões, acrescenta. O Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer o problema perante a OIT e criou em 1995 o grupo móvel de fiscalização, formado por fiscais, procuradores do trabalho e policiais federais, que atende denúncias em todo o País. O grande salto que o Brasil deu nestes últimos anos foi a constituição da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, que traçou estratégias para atuar frente ao problema. A comissão é constituída por associação de juízes federais e do Trabalho, procuradores da República e do Trabalho, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Organização Internacional do Trabalho e Comissão Pastoral da Terra. Rodrigo Baptista desenvolve tese de mestrado pioneira sobre o tema Franck Boston/Istockphoto 26 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 27

15 ARQUIVO A serviço do Criado no fim da década de 1980, o curso de Engenharia Civil na FEI teve seu início de forma diferenciada em relação aos demais Muitas universidades criam o curso de Engenharia Civil assim que iniciam suas atividades mas, com a FEI, a história foi bem diferente. A proposta de criação do curso na Instituição surgiu no fim da década de 1980 longos anos depois da primogênita Engenharia Química, nascida em O objetivo foi atender às necessidades do projeto do Trem Aerodinâmico Leve de Alta Velocidade (TALAV), desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Mecânica. O projeto recebeu financiamento do Ministério dos Transportes e participou de feiras internacionais, mas precisava progresso de uma pista experimental construída por profissionais especializados. O fato despertou na Instituição a ideia de inserir a modalidade de Engenharia Civil. Com esta demanda, a FEI enviou a proposta de criação do curso para o Ministério da Educação (MEC). O professor doutor Kurt André Pereira Amann, coordenador do curso e chefe do Departamento de Engenharia Civil da FEI, explica que o objetivo do curso não era só voltado à infraestrutura, mas também para planejamento e operação de transportes. Caso contrário, não te ríamos conseguido a liberação, já que existiam outras escolas em São Paulo e seus profissionais atendiam à demanda do mercado na época, ressalta. Com a autorização do Governo Federal e a for matação do curso, o primeiro passo foi a contratação, em 1988, do primeiro coordenador e chefe de Departamento de Engenharia Civil, o professor Valter Prie to, considerado a peça-chave para a criação do curso e pelo conhecimento no mercado, e que também foi responsável pelas contratações de professores. Não me considero a peça-chave, mas acreditei muito no curso, que foi uma espécie de filho para mim. A ideia de uma graduação com ênfase em transportes naquela época era fantástica, era algo necessário e ainda é atual, se lembrarmos que 700 novos veículos são colocados na rua diariamente e existem cerca de 6 milhões de veículos em São Paulo, enfatiza o professor Valter Prieto, que ainda leciona na Instituição as disciplinas Superestruturas Rodoviárias e Projeto Geométrico Viário. Para o corpo docente, o então coordenador teve como critério convidar professores com mestrado e doutorado que tivessem vida profissional e acadêmica, como o professor Luiz Sérgio Mendonça Coelho, que entrou na Instituição para lecionar Iniciação ao Planejamento Geral e Urba no para o décimo ciclo e, atualmente, também ministra aulas de Tecnologias da Construção Civil e Higiene e Segurança do Trabalho na Construção Civil. O docente conta que foi contratado com a intenção de ficar apenas seis meses e já completou 21 anos de FEI. Não sou formado na FEI, mas tenho um carinho muito grande pela Instituição, tanto que até nas minhas férias frequento o campus São Bernardo do Campo devido à sua infraestrutura, que proporciona calma, lazer e conhecimento, acrescenta. Muitos professores escalados para a primeira turma vieram de instituições renomadas em Engenharia Civil e não tinham experiência com a FEI, mas todos acreditavam na importância da ênfase em transportes e se dedicaram ao máximo para o sucesso do curso. Como a primeira turma era pequena, o curso foi moldado conforme as necessidades do mercado e os alunos tinham aulas pela manhã e no período da tarde. MODERNIZAÇÃO Os professores Valter Prieto e Luiz Sérgio Coelho relembram as mudanças e a modernização pelas quais o Centro Universitário da FEI passou nos últimos anos. Amigos de longa data estudaram Enge nharia Civil na Faculdade de Engenharia de Barretos e moraram na mesma república entre 1967 e 1971, os docentes lembram que o material de trabalho, que envolvia lousa de giz, retroprojetores e slides, deu espaço aos computadores e softwares de alta tecnologia. Como não existia um la bo ratório de Engenharia Civil, a FEI fez convênios com a Faculdade de Tecnolo gia de São Paulo (FATEC) onde eram mi nistradas aulas práticas e teóricas de Mecânica dos Solos e de Materiais sema nalmente, e com o SENAI, onde a cada semana os alunos eram treinados nas práticas de construção civil e laboratório. Também havia dificuldades ocasionadas pelo espa ço restrito, então, dividíamos a sala dos professores e de coordenação com o curso de Metalurgia, o que gerava certo ciúme entre as secretárias, brinca o professor Valter Prieto. O ambiente da FEI também mudou muito com o crescimento da Instituição, colocação das áreas de conveniência dentro do campus e a consequente chegada das meninas, pois o curso, inicialmente frequentado somente por homens, virou cenário de convivência e gerou ca sa mentos entre alunos, completa o professor Luiz Sérgio Coelho, ao reforçar que o curso de Engenharia Civil capacita seus alunos para o mercado de trabalho. O docente Raul Fernando Ramos, que entrou na FEI em 1990 para dar aulas de Economia dos Transportes e a extinta matéria de Problemas Especiais de Transportes, ressalta que o perfil dos alunos também mudou e, hoje, muitos já ingressam na Instituição mais preparados e melhor qualificados para o curso, o que permite um aprofundamento nos temas abordados em sala de aula. Para o docente, a mudança ocorreu de forma visível por volta de 1995 devido à presença mais marcante do computador, o acesso à internet e, consequentemente, a documentos de valia. Na década de 1970 gastávamos profissionalmente 70% do tempo de estudo obtendo a informação e 30% trabalhando. Hoje em dia, se gasta apenas 10% do tempo para obter os dados, facilidade que me permite ser mais exigente em relação ao trabalho e às suas conclusões, afirma. O professor também leciona as disciplinas Engenharia de Tráfego e Trabalho Final de Curso I e II. Da esq.: Os professores Raul Fernando Ramos, Luiz Sérgio Coelho (sentado) e Valter Prieto relembram as mudanças implantadas na FEI nos últimos anos 28 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 29

16 ARQUIVO Aprendizado para toda a vida Da esq.: Os engenheiros Antonio Lauro Valdivia Neto, José Luís Gemignani de Almeida e Luiz Henrique Moraes de Souza estavam entre os estudantes que optaram pela Engenharia Civil Apenas 12 na primeira turma Embora os alunos e professores de Engenharia Civil não tenham enfrentado as dificuldades de infraestrutura que os demais cursos vivenciaram, como falta de transportes para chegar ao campus, ruas de terra e salas de aula sem vidros, a formação da primeira turma demandou muito trabalho e dedicação do corpo docente e dos estudantes do ciclo básico que queriam ser engenheiros civis. Criamos um verdadeiro movimento para formação da primeira turma, que precisava de pelo menos 10 alunos para o início do curso. O professor Valter Prieto nos cedeu uma sala para que pudéssemos nos reunir e organizar nosso trabalho de formação da turma. Realizávamos visitas às salas de aula e explicávamos os objetivos do curso. A FEI também fazia sua parte e organizou uma palestra sobre o setor, ministrada pelo então presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), Adalberto Panzan, recorda o aluno da primeira turma Antonio Lauro Valdivia Neto, assessor técnico da NTC e proprietário da RLV Soluções Empresariais, que atua na área de treinamento, assessoria e consultoria de transportes de carga e passageiros. O trabalho surtiu efeito e o grupo con seguiu reunir 12 estudantes, entre eles José Luís Gemignani de Almeida, que ingressou na FEI para fazer Engenharia Me cânica, mas mudou de ideia após ver anúncios em murais informando a possibilidade de cursar Engenharia Civil. Além de achar o curso interessante, não gostei das matérias ligadas à Mecânica. Outro ponto interessante é que, na época, a área de logística e transportes era pouco explorada e pouquíssimos profissionais tinham conhecimento teórico, o que me daria uma vantagem no mercado. E deu!, celebra o supply chain da Gambro, empresa sueca que faz produtos para a área renal. Recentemente, José Luís de Almeida foi convidado pela IE Business School, da Espanha, para fazer curso de doutorado que é oferecido apenas para 10 pessoas do mundo por ano. O curso de Engenharia Eletrônica tam bém perdeu um aluno para a Civil. Luiz Henrique Moraes de Souza, atual coordenador de projetos na área de Energia, Urbanização e Transportes da Consugal Brasil, mudou o caminho mesmo sem saber como seria o mercado de trabalho quando estivesse formado. No curso básico fiz um trabalho relacionado à área que chamou minha atenção. Então mudei e não me arrependo. É uma matéria envolvente, que entra no sangue. E, mesmo sendo a primeira turma, o curso foi muito bem estruturado e com professores com ótimo currículo. Além disso, a FEI ensinou conceitos importantes que me ajudam a resolver e buscar soluções para todos os problemas do dia a dia, enfatiza o engenheiro. Por ser reconhecida e ter excelência no ensino, a FEI atrai muitos alunos que visam se destacar no mercado de trabalho. Um bom exemplo é Luciana Dalanese, formada em Engenharia Civil em 2001 e uma das responsáveis pela implantação de projetos de contingência elétrica e afins na infraestrutura predial do Conglo merado do Itaú Unibanco. Desde que entrou na FEI, a ex-aluna sabia que a Instituição exigia alto desempenho e dedicação, fama que influenciava positivamente nos processos seletivos de emprego. Ser feiana é um diferencial no currículo, pois o mercado necessita de mão de obra capa citada e a Instituição me proporcionou isso. Com o incentivo dos professores, também participei de projeto de Inicia ção Científica na área de Materiais, apre sentando trabalhos em concursos do Ibracon e American Concret Institut, que é um mecanismo de aprimoramento do aprendizado que influenciou na minha formação profissional, enaltece. A escolha pela FEI ocorreu de forma bem inusitada para Ermínio Casadei Júnior, formado em Na época em que fez cursinho pré-vestibular, o jovem se identificou com os exercícios dos vestibulares realizados pela Instituição e, ao pesquisar mais profundamente, percebeu que a FEI era uma escola conso lidada, reconhecida e alinhada às suas ideias e objetivos futuros. Depois que entrei na FEI me tornei um frequentador assíduo do campus, utilizava as quadras e a piscina, estudava na lanchonete Mac FEI e participava dos eventos acadêmicos, além de trabalhar aos sábados como moni tor da disciplina de Superestruturas Rodoviárias, do pro fessor Valter Prieto, em busca de apri mo rar os conhecimentos e conseguir um desconto na mensalidade para complementar a bolsa de estudos e abater nos de mais gastos, inclusive com a república. Mesmo depois de formado mantenho contato com alguns professo res e já ministrei algumas palestras na FEI, durante a Semana de Engenharia Civil, ressalta o gestor do contrato de concessão Luciana Dalanese está formada desde 2001 e diz que o feiano é diferenciado da Via Quatro, empresa respon sável pela operação e manutenção da Li nha 4-Amarela do Metrô de São Paulo. Graduado em 1998, Alexandre Frazão, que é coordenador de projetos na área de En ge nharia de Transportes da Sistran En genharia, ainda utiliza no dia a dia as apostilas de tráfego, economia e planejamento de transportes da FEI. O engenheiro conta que, além do material didático de qualidade, os professores eram altamente experientes e atuavam na área. Depois de formado dei aula em outra universidade e pude perceber como os equipamentos da FEI eram moderníssimos, com laboratórios, softwares e biblioteca de primeira linha. É uma Instituição que prepara o aluno de Engenharia para resolver problemas reais do mercado a partir de uma consistente base teórica, destaca. Alexandre Frazão e Ermínio Casadei Júnior estão com as carreiras consolidadas, mas não perderam o contato com a FEI 30 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 31

17 ARQUIVO Voltada para a internaciona lização do currículo Durante a trajetória do curso, a FEI realizou algumas modificações na grade curricular para adequar às necessidades do mercado e do Ministério da Educação (MEC). As alterações de grandes proporções, como inclusão de disciplinas, são feitas a cada década e, neste meio tempo, a Instituição realiza pequenos ajustes. Mesmo com o curso com ênfase em transportes, a FEI elaborou a primeira proposta de mudança em 1991 com o objetivo de aumentar a quantidade de disciplinas voltadas à área de construção civil predial, como instalações hidráulicas, elétricas e arquitetura para, assim, atender de forma mais completa os alunos que seguiram na área de construção civil. Em 2003 houve nova revisão no currículo, que coincidiu com a criação do Centro Universitário da FEI e trouxe mudanças na carga horária com diminuição das disciplinas específicas de transportes e aumento das relacionadas ao gerenciamento de obras. Dentre as modificações houve o aumento da carga horária na área de estruturas de concreto e a criação da disciplina de Fundações e Obras de Terra. Devido à demanda, algumas disciplinas ligadas ao Departamento de Engenharia de Produção passaram a ser ministradas exclusivamente aos alunos de Civil, como Qualidade e Produtividade na Construção Civil, Higiene e Segurança no Trabalho, que tem como base a Norma Regulamentadora 18, pontua o professor doutor Kurt Amann. Neste mesmo período, o Departamento de Engenharia Civil criou um projeto interdisciplinar na área de construção civil que possibilita aos alunos programarem todas as áreas de conteúdo em uma mesma atividade. Hoje, a modalidade está novamente em processo de revisão curricular que deve ser discutida até O principal foco é o processo de internacionalização do curso para que haja um intercâmbio de alunos e, consequentemente, conhecimento entre universidades de todo o mundo. As primeiras conversas sobre o tema já foram iniciadas na Associação de Universidades Confiadas à Companhia de Jesus na América Latina (AUSJAL), da qual a FEI faz parte, visando intercâmbio entre as instituições integrantes e, posteriormente, entre as escolas dos Estados Unidos e da Europa. O programa Ciências sem Fronteiras, lançado neste ano pelo Governo Federal, ajudou a FEI na aceleração do processo de internacionalização, pois concede bolsas de intercâmbio para O professor doutor Kurt André Pereira Amann é o coordenador do Departamento de Engenharia Civil da Instituição estudantes de graduação e pós-graduação realizarem estágio no exterior. A FEI já selecionou um aluno da Civil por ter média superior a sete e ter sido aprovado no exame de inglês, que é exigência do programa. O aluno estudará Engenharia Civil por um ano nos Estados Unidos em uma universidade que ainda será definida. Como a nota é levada em consideração, acreditamos que este programa valoriza e, ao mesmo tempo, Alunos de Civil aproveitam os laboratórios do curso incentiva todos os estudantes a melhorarem a média, resume o coordenador do curso de Engenharia Civil na FEI. Voltada à internacionalização, a mudança curricular também levará em consideração o Processo de Bolonha que ocorreu na Europa e interpreta o currículo de forma diferente, levando mais em consideração as competências do que as disciplinas lecionadas, além de permitir a mobilidade dos estudantes entre as universidades europeias e reconhecer o diploma em toda a Europa. Um programa norte-americano chamado A Visão da Engenharia Civil em 2025, que discute o perfil do engenheiro civil e a visão de como pode e deve ser o futuro deste profissional, também tende a influenciar na revisão do currículo da FEI. Para atender o mercado brasileiro, a Institui ção está levando em consideração a resolução nº do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) que modifica a forma de atribuição profissional. Com a resolução, não basta ser formado em Engenharia Ci vil para trabalhar na área. O profissional só poderá exercer suas atividades conforme o currículo do curso, para garantir à sociedade que está capacitado naquilo que propõe. Em minha opinião, os clientes terão mais trabalho, pois terão de pesquisar junto ao CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) se o contratado está apto ao serviço, reforça o professor doutor Kurt Amann. Outro ponto que a FEI estuda para aplicar nas disciplinas do curso de Engenharia Civil é a metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), na qual o problema deve ser solucionado pelo aluno e não pela teoria. INFRAESTRUTURA Para atender às necessidades de estudo e melhorar as atividades práticas, há três anos a FEI ampliou o Laboratório de Engenharia Civil, que ganhou uma sala de aula própria com área para colocar em prática as tecnologias básicas da disciplina e uma laje com ponte rolante para ensaios de modelo de estruturas. A ampliação permitiu, ainda, a aquisição de equipamentos de laboratório de pavimentos asfálticos, mecânica de solos e topografia. Recentemente, a Instituição também adquiriu uma máquina importada para ensaios triaxiais de resistências do solo. Mas, a tarefa continua e os professores vão se entrosando no dia a dia com o mercado de trabalho e outras instituições, para melhorar mais e mais o curso de Engenharia Civil, enfatiza o coordenador. Na área, a FEI também oferece cursos de especialização em Planejamento e Gestão de Transportes Urbanos e em Planejamento e Gestão de Construções Sustentáveis, ministrados pelo IECAT. 32 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 33

18 PÓS-GRADUAÇÃO Excelência em gestão administrativa Centro Universitário oferece especializações em Administração de Empresas para Engenheiros e Administração de Produção Diferentemente de décadas passa das, o diploma de graduação não é mais garantia de boa colocação no mercado de trabalho, que exige profissionais bem pre pa rados, principalmente para cargos de gestão. Para acompanhar as mudanças que ocorrem cada vez mais rapidamente é necessário atualizar constantemente os conhecimentos. Atenta a este novo cenário da economia, a FEI oferece há mais de 20 anos cursos de especialização lato sensu em Administração de Empresas para Engenheiros e Administração de Produção, que capacitam profissionais graduados para a área administrativa. Criado em 1990, o curso de Administração de Empresas para Engenheiros tem o objetivo de possibilitar aos engenheiros, arquitetos e tecnólogos uma formação básica nas áreas essenciais da Administração, como estratégia empresarial e gestão de processos e logística, gestão de recursos humanos, administração financeira, contabilidade de custos e marketing para que atuem e tenham uma habilitação essencial no campo administrativo. Deste modo, o profissional fica capacitado a desempenhar um trabalho mais voltado para a gestão, que pode envolver inclusive uma relação de liderança, bem como tomar decisões que abrangem a empresa como um todo. Pioneiro no assunto, o curso da FEI serviu de inspiração para outras universidades, mas se destaca devido ao corpo docente, composto em sua maioria por engenheiros e administradores que atuam na área que lecionam. Para garantir a excelên cia no ensino, o mínimo exigido para os professores é o mestrado, mas a maioria tem doutorado. Além disso, muitos têm empresas de consultoria na área e lecionam em outras instituições renomadas, enfatiza o professor Ailton Pinto Alves Filho, coordenador do curso no campus São Paulo. Nesses 21 anos de existência, o curso continua atual, pois a base sólida nas áreas de Exatas e Humanas ga rante aos engenheiros a oportunidade de trabalharem em cargos administrativos, além de ser cada vez mais comum o reposi cionamento desses profissionais da área produtiva para a administrativa. Recentemente, para atender à demanda do mercado, o curso passou por uma adequação curricular que deu maior ênfase em treinamento de pessoal e na qualidade. A formatação também permitiu que os cur rículos dos campi São Bernardo e São Paulo fossem igualados. Algumas mudanças importantes foram processadas, das quais podem ser ressaltadas a introdu ção da monografia conclusiva do curso, que possibilita ao aluno um trabalho de especia lização em um dos campos da Adminis tração, e a introdução da disciplina Metodologia da Pesquisa Científica, que constitui base essencial para trabalhos de pesquisa e elaboração de obras científicas, ressalta o professor Celso Sebastião de Souza, coordenador do curso no campus São Bernardo do Campo. FOCO NA PRODUÇÃO A pós graduação em Adminis tração de Produção identifica e analisa o pa pel dos profissionais na otimização da qualidade e da produtividade, desenvol ven do e integrando estratégias para o aprimoramento da gestão operacional e das relações interdepartamentais nas corporações, de modo que incrementem consistentemente a competitividade e lucratividade. A especialização tem por objetivo formar pessoal especializado na área de produção de bens ou serviços por meio do aperfeiçoamento, desenvolvimento e da complementação da formação obtida nos cursos de graduação. Também criado em 1990, o curso se destaca pela grade curricular dividida em três núcleos: Disciplinas Especializadas; Disciplinas de Apoio e Disciplinas de Pesquisa, e possui uma disciplina aberta intitulada Estudos Especiais em Administração de Produção, que pode ser modificada de acordo com os interesses dos alunos. Nesta disciplina já foram desenvolvidos os temas Orga nização do Trabalho na Produção, Abordagem Gerencial, Orga nização do Trabalho em Serviços e o Homem em Situa ção de Trabalho, entre outras. O corpo docente é outro ponto de excelência. Com equipe permanen te, é composto de profissionais a tuan tes em indústria de bens e serviços com vasta vivência na área e, ainda, com for mação acadêmica em mestrado e dou to rado em importantes instituições, enfa tiza o professor José da Cunha Tavares, coorde na dor do curso. A especialização em Admi nistração de Produção já foi mi nis trada pa ra gestores de indústrias como Mercedes Benz (in company), Volkswagen, TRW, Otis, Scania, Rolls Royce e Renault, entre outras. Eric Hood /Istockphoto Os cursos ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS PARA ENGENHEIROS OBJETIVO Capacitar profissionais graduados em Engenharia ao exercício das atividades de administração, possibilitar o conhecimento científico e a visão prática da moderna administração para o desempenho de tarefas inerentes ao corpo de comando das organizações empresariais e desenvolver a capacidade de liderança, comunicação e motivação para facilitar o trabalho no campo das relações interpessoais. PÚBLICO-ALVO Bacharéis em Engenharia e áreas afins. PRÉ-REQUISITOS Engenheiros e áreas afins e análise do currículo. CONTEÚDO Planejamento Estratégico, Comportamento Organizacional, Gestão Estratégica de Custos, Direito Empresarial, Administração Financeira, Metodologia Científica, Administração de Marketing, Gestão de Pessoas, Administração de Vendas, Administração Participativa e Qualidade, Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal, Logística e Administração da Produção. ADMINISTRAÇÃO EM PRODUÇÃO OBJETIVO Conceber pessoal especializado na área de produção de bens ou serviços por meio do aperfeiçoamento, desenvolvimento e complementação da formação obtida nos cursos de graduação; capacitar o participante a ocupar posições estratégicas na estrutura organizacional das empresas. PÚBLICO-ALVO Profissionais de produção ou de outras áreas que desejam aperfeiçoar seus conhecimentos. PRÉ-REQUISITOS Graduação em Administração de Empresas, Engenharia, Farmácia, Química ou Tecnologia e análise do currículo. CONTEÚDO Núcleo de disciplinas específicas: Administração de Suprimentos, Arranjo Físico, Distribuição Física e Logística, Estudos Especiais em Administração de Produção, Gerenciamento da Qualidade, Planejamento, Programação e Controle de Produção e Projeto de Método e Medida do Trabalho. Núcleo de disciplinas de apoio: Administração de Recursos Humanos, Métodos e Técnicas de Treinamento, Análise Econômica para Decisões na Empresa e Sistemas de Informação para Produção. Núcleo de Pesquisa: Metodologia Científica e Supervisão de Pesquisa acompanhamento para monografia. DURAÇÃO DOS CURSOS Três semestres - PERÍODO Noturno INFORMAÇÕES e iecat@fei.edu.br Campus São Bernardo do Campo (11) Campus São Paulo (11) DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 35

19 RESPONSABILIDADE SOCIAL Inserção na vida univer sitária Programa de Apoio ao Ingressante auxilia calouros da FEI no processo de adaptação ao ensino superior Realidade comum entre os estudantes, a adaptação à rotina universitária nem sempre é tarefa fácil. Os desafios e métodos de ensino, as exigências acadêmicas e a necessidade de adquirir uma nova postura em relação aos estudos são os maiores obstáculos que os calouros encontram ao ingressar no ambiente universitário. Para auxiliar o aluno nesta fase de transição, o Centro Universitário da FEI disponibiliza, entre suas atividades oficiais, o Programa de Apoio ao Ingressante (PAI), que estimula e orienta o estudante a encarar o ensino superior com responsabilidade e com muito mais confiança. Mesmo antes de 2007, quando o PAI integrou as atividades oficiais da Institui ção, já era uma prática comum dos professores dos departamentos de Física e Matemática ajudarem os calouros da FEI. O atendimento ao aluno sempre exis tiu, mas não de forma sistemática como atualmente. Com o PAI, nossa proposta é auxiliar no aprendizado e na mudança de postura dos alunos que, muitas vezes, chegam ao ensino superior com uma defasagem de conteúdo e, principalmente, com falhas de atitude em relação ao processo de aprendizagem, explica o professor doutor Vagner Bernal Barbeta, chefe do Departamento de Física e idealizador do programa. O docente acrescenta que a função do PAI não é funcionar como um plantão de dúvidas, mas mostrar ao aluno como criar sua independência Professores envolvidos com o atendimento de alunos do Programa de Apoio ao Ingressante intelectual e assumir responsabilidades que serão cobradas, mais tarde, na vida profissional. Apresentado aos ingressantes na primeira semana de aulas e divulgado, constantemente, em todos os canais de comunicação do aluno, o programa funciona em sala própria com 10 professores das disciplinas de Física e Matemática realizando atendimentos semanais, em horários pré-definidos, com atividades baseadas no conteúdo aplicado durante a semana em sala de aula. A ideia não é que o aluno traga um exercício para ser resolvido. O que pretendemos é orientá-lo a estruturar o raciocínio para, a partir do enunciado, resolver qualquer questão que lhe seja apresentada, pois, desta forma, o estudante passa a atuar de forma mais proativa e percebe que esse é um processo de amadurecimento do aprendizado, argumenta o professor Vagner Barbeta. Apesar do crescimento gradativo, a adesão ainda é baixa, talvez pelo fato de alguns alunos não entenderem a importância de buscar ajuda quando as dúvidas aparecem. Queremos que o calouro entenda que esse é um trabalho de troca. A Instituição oferece um serviço que é de responsabilidade dela e o aluno se beneficia ao buscar apoio e se apropriar desses espaços de aprendizagem, completa o docente. A partir de 2012, com a inauguração da nova biblioteca, a expectativa é que os alunos permaneçam mais tempo na FEI e, consequentemente, procurem mais o atendimento no PAI. AJUDA BEM-VINDA O estudante do primeiro ciclo de Engenharia, Nilton Martin Mathias Brenner, de 18 anos, ressalta a importância do programa para que se inserisse de forma confortável e segura no ambiente universitário. Minha dificuldade nunca foi acompanhar as aulas, mas saber a forma certa de estudar e de interpretar exercícios, para não responder de forma mecânica como estava acostumado a fazer. No PAI encontrei a ajuda que precisava para mudar minha postura e o resultado tem sido positivo, avalia. Junto com seu grupo de estudos, Carolina Hilário Lopes, de 18 anos, também do primeiro ciclo de Engenharia, participa das atividades extraclasses da FEI. Além das aulas de monitoria, frequento os plantões do PAI, principalmente da Física. Os professores têm ajudado a sanar minhas dúvidas, a entender melhor a dinâmica do ensino superior e, principalmente, a estudar corretamente, o que sem dúvida tem contribuído para melhorar meu desempenho, argumenta a estudante. Aldo Murillo/Istockphoto Compromisso com os alunos Aprovado pela FEI e pelos alunos, o sucesso do PAI é atribuído aos professores dos departamentos de Física e Matemática, que agregam entre suas funções a responsabilidade de auxiliar no aprendizado dos ingressantes. O mérito é de todos aqueles que fazem esse programa acontecer; professores em período integral que dedicam seu tempo e entendem a importância de orientar os calouros nessa fase de questionamentos e transição, ressalta o professor Vagner Barbeta. Segundo o docente, a Instituição oferece as condições para realizar o programa, mas é o professor quem dá vida ao PAI, oferecendo um serviço que poucas instituições de ensino disponibilizam aos seus alunos. 36 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 37

20 MESTRADO Dissertações defendidas por alu nos de mestrado da FEI Administração DISSERTAÇÃO Fatores de Decisão de Executivos Brasileiros em Relação à Compra de Produtos Industrializados Chineses AUTOR Henry J. Kupty DISSERTAÇÃO Atributos de Valor para o Consumidor no Varejo: Um estudo no Setor de Material de Construção na Cidade de São Paulo Okea/Istockphoto Engenharia Mecânica DISSERTAÇÃO Uso da Programação Linear no Controle Ótimo de um Sistema Carro-Pêndulo AUTOR Luiz Vasco Puglia DISSERTAÇÃO Influência dos Parâmetros do Processo de Fresamento sobre a Integridade Superficial e Forças de Corte do Aço AISI H13 Endurecido mypokcik/istockphoto ORIENTADOR Prof. Dr. Edmilson Alves de Moraes AUTOR William José Soares Pontual ORIENTADOR Prof. Dr. Fabrizio Leonardi AUTOR Ricardo Trevelin RESUMO Com a China crescendo anualmente a taxas superiores a 8% ao ano desde 2000, por ser o país com a maior população mundial, ter uma extensão continental e estar crescendo tecnologicamente, o mundo passa a ter maior atenção no que ocorre no sudeste asiático. Empresas precisam buscar soluções para seus negócios e a China passa a ser uma alternativa viável para a resolução de muitos problemas comerciais e tecnológicos de muitas delas. O trabalho em questão se propõe a entender quais são os fatores que atraem as empresas a buscar uma relação comercial e importar produtos e serviços da China, e quais fatores pesam nessa decisão; de que forma os executivos tomam decisões para importar produtos chineses; que fatores são considerados importantes e relevantes para tais decisões. ORIENTADOR Prof. Dr. Theodoro A. Peters Filho RESUMO Esta dissertação trata dos atributos de valor para o consumidor, sob a ótica do marketing, e mais precisamente de um modelo conceitual sobre o assunto. O intuito deste trabalho é melhorar e contribuir para ampliar a pouca oferta de estudos deste tema, especificamente sobre o varejo de material de construção. Através da revisão bibliográfica analisou-se o conhecimento que se encontra disponível, até o presente momento, a respeito de atributos de valor para o consumidor bem como de outros temas relacionados como serviço, varejo, qualidade e valor, procurando a maior abrangência possível. RESUMO Este trabalho discute o uso da Programação Linear como alternativa para a solução de problemas de controle ótimo de sistemas dinâmicos lineares no espaço de estados de tempo discreto, onde os elementos do vetor de controle são as variá veis livres de projeto. Como o vetor de estado em um instante qualquer de amostragem pode ser escrito como uma combinação linear do vetor de controle e das condições iniciais, essa forma resulta na estrutura padrão dos problemas de Programação Linear. Os resultados obtidos ilustram que de fato a técnica analisada é bastante simples, poderosa e conclusiva, uma vez que os métodos de solução numérica da Programação Linear são sempre conclusivos quanto à existência de uma solução. ORIENTADOR Prof. Dr. Sergio Delijaicov RESUMO O trabalho apresenta o estudo das influências dos parâmetros de usinagem (velocidade de corte, avanço por faca e profundidade de corte) sobre a integridade superficial e esforços de corte no aço AISI H13 endurecido a 54 HRC durante o fresamento, com a utilização de ferramentas de Nitreto Cúbico de Boro (CBN). Os resultados indicam que a força de penetração foi o parâmetro que mais teve influência nas forças de corte e na rugosidade. Os valores de rugosidade Ra encontrados são semelhantes aos ocorridos em processos de usinagem de superacabamento, possibilitando a substituição do processo de retífica por fresamento de aço endurecido. DISSERTAÇÃO Tecnologia de Informação e Comunicação na Construção de Valor para os Clientes: Proposição de um Processo para Escolha e Implantação de Ferramentas em Empresas do Mercado B2B AUTOR Paulo Roberto Sá Grise ORIENTADOR Prof a D ra Melby Karina Zuniga Huertas RESUMO As empresas estão buscando orientar-se para o mercado e trabalhando para construir suas ofertas com base no valor que elas apresentam para os clientes. Diversas ferramentas de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) têm sido utilizadas, apoiando processos internos e também de relacionamento com os clientes. Várias ferramentas de TIC são implantadas para serem utilizadas pelos clientes. A partir de um conjunto de entrevistas em profundidade, esta pesquisa mostra as várias possibilidades de aplicações de TIC para aumentar o valor das ofertas para os clientes e propõe um processo de escolha e implantação de ferramentas de TIC orientadas para oferecer valor superior aos clientes. DISSERTAÇÃO Desenvolvimento como Liberdade: Uma Aplicação dos Conceitos de Amartya Sen à Educação de Adultos AUTOR Augusto Roque ORIENTADOR Prof. Dr. André Ofenhejm Mascarenhas RESUMO O presente trabalho analisa como as pessoas que participam de um processo de educação de adultos vivenciam este processo de desenvolvimento, analisando, por meio de entrevistas realizadas em profundidade, a história de vida dessas pessoas e os quatro pilares do desenvolvimento propostos por Sen (2000): funcionamentos, capacidades, liberdade e desenvolvimento. Estes quatro pilares, que se constituíram nas unidades de análise do estudo, foram ponderados um a um, chegando-se à conclusão de que os estudos transformam as pessoas, alargando seus horizontes e gerando, consequentemente, seu desenvolvimento humano. A presente conclusão possibilita que sejam desenvolvidos estudos futuros em diferentes áreas da Administração, entre os quais Recursos Humanos, por meio de educação corporativa, assim como em Responsabilidade Social. DISSERTAÇÃO Estudo da Influência da Vibração dos Espelhos Retrovisores na Percepção Humana AUTOR Adriano C. Maquiaveli ORIENTADOR Prof. Dr. Agenor Fleury RESUMO Os espelhos retrovisores automotivos são instrumentos indispensáveis que proporcionam a visão de retaguarda ao condutor do veículo. Por se tratar de um componente de segurança, o espelho deve ser estável a ponto de garantir que o condutor não interprete erroneamente a natureza da imagem observada. Atualmente, pouco se conhece sobre a percepção ópti ca da vibração, porém, sabe-se que os seus efeitos são maiores em espelhos planos quando comparado aos convexos. Por outro lado, os níveis de conforto e aceitação são geralmente testados subjetivamente pelas montadoras depois da construção de protótipos. O presente trabalho tem como objetivo explorar as causas da vibração em um espelho retrovisor automotivo, entendendo os efeitos dessa vibração na percepção visual do motorista, sugerindo um modelo de previsão de vibração para o desenvolvimento de espelhos retrovisores. DISSERTAÇÃO Métodos de Cotação e Negociação de Preços e Custos de Transição na Cadeia de Suprimentos de Autopeças do Brasil AUTOR Edelcio Genaro ORIENTADOR Prof. Dr. Wilson de Castro Hilsdorf RESUMO O presente trabalho tem por objetivo principal identificar quais são os métodos de cotação e negociação de preços predominantes na cadeia de suprimentos de autopeças brasileira. Ainda dentro do escopo do trabalho, buscar-se-á identificar quais os fatores geradores de custo de transação que podem diminuir ou aumentar o custo final. A competição global, a saturação dos mercados e o desenvolvimento do comércio mundial fizeram com que firmas comerciais e industriais, prestadores de serviços e órgãos públicos, entre outros, empurrassem a responsabilidade de haver um custo competitivo em toda a cadeia de suprimentos ou cadeia de valor. E, portanto, a forma e o método como esse preço é negociado nas cadeias de suprimentos assume papel fundamental para o estabelecimento e sucesso das cadeias. Para conferir as dissertações na íntegra acesse a página do mestrado no site 38 DOMÍNIO FEI NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2011 DOMÍNIO FEI 39

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